“O dos castelos” Na estrutura de Mensagem Localiza-se na primeira parte – Brasão – e é o primeiro poema da secção I – Os Campos . Nascimento da nação – os fundadores e construtores da pátria (formação mítica e histórica)
Portugal Grande esfinge de Gizé, c. 2500 a.C. “O dos castelos”
Postura da esfinge contemplação e imobilismo Simbolicamente, pode revelar a necessidade de um renascimento da Europa Metáfora do mar, representando o passado e o futuro da História Personificação da Europa numa figura feminina Rosto da Europa virado para Ocidente “O dos castelos”
Países civilizadores em diferentes momentos históricos: cultura greco-romana e domínio anglo-saxónico Remete para as raízes culturais europeias Portugal como rosto da Europa e líder da civilização europeia na concretização do seu desígnio A Europa , H. Bünting , 1582 “O dos castelos”
Dupla adjetivação O papel que a Europa terá de cumprir está expresso no Destino, no Fado Portugal assume posição de liderança no novo caminho europeu Olhar premonitório Perspetiva do geral (Europa) para o particular (Portugal) “O dos castelos”
Segunda parte – Mar Português “O Infante”
“O Infante” Na estrutura de Mensagem É o primeiro poema da segunda parte – Mar Português . Vida da nação – realização do desígnio histórico – Os Descobrimentos
Filho de D. João I, foi o principal impulsionador dos Descobrimentos. Símbolo do início da construção do império português. “O Infante”
Presente do indicativo – generalização vontade de Deus + sonho do homem concretização do projeto Pretérito perfeito do indicativo – passado histórico vontade divina Deus atribuiu ao Infante um destino mítico, predestinando os portugueses a desvendar o mar “O Infante”
Metonímia Representa as caravelas portuguesas – símbolo do esforço Gradação Representa o processo de crescimento gradual das Descobertas Costura em torno das velas Materialização do sonho “O Infante”
Presente do indicativo – situação atual da nação: Portugal, uma pátria sem desígnio com uma nova missão Apelo profético Depois de conquistado o mar e após a decadência do Império, Deus tem de voltar a querer e um homem tem de sonhar, para que Portugal possa cumprir o seu desígnio. A sagração individual do herói implica a sagração coletiva do povo português – “nós” “O Infante”
Terceira parte – O Encoberto “O Quinto Império ”
“O Quinto Império” Na estrutura de Mensagem Localiza-se na terceira parte – O Encoberto – e é o segundo poema da secção I – Os Símbolos . Morte da nação – fim da força anímica da pátria. Presente de desencanto
“O Quinto Império”
O Quinto Império Perspetiva pessimista em relação aos que são incapazes de sonhar Antítese – o “eu” lamenta a situação de quem se conforma com a sua condição Censura da mediocridade dos que se dão por felizes e não lutam por um sonho maior Novo paradigma civilizacional Quatro impérios bíblicos: assírio, persa, grego e romano Quatro impérios pessoanos: grego, romano, cristão e inglês (europeu) O Quinto Império seria português O homem que não sonha apenas terá a sepultura
Sucessão das eras – reflexão sobre o efeito da passagem do tempo no Homem Necessidade de domar as forças que conduzem à inércia Crítica do “eu” àqueles que se limitam a uma existência vazia Apelo à insatisfação, ao desejo de procurar novos desígnios
É preciso abandonar a crença no Sebastianismo para que o Quinto Império se concretize pela ação da nação Anúncio do Quinto Império Império civilizacional, cultural e espiritual Impérios que influenciaram a cultura portuguesa