Origem e evolução histórica do turismo

AnaPaulaWalter1 21,338 views 26 slides Oct 18, 2016
Slide 1
Slide 1 of 26
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26

About This Presentation

Origem
Evolução
Conceitos


Slide Content

Origem, Evolução Histórica e Conceitos de Turismo

Quem sou Eu? Eu me chamo Ana Paula e sou Turismóloga formada pelas Faculdades Integrado de Campo Mourão – PR, no ano de 2006. Não sou professora em cursos de Turismo, mas me preparando para um dos raríssimos concursos públicos nesta área, me deparei com a falta de material sobre o assunto na rede, e por isso, decidi fazer vídeos com conteúdos para alunos e concurseiros .

Sobre o que vamos falar: Origem do Turismo Evolução Histórica Conceitos de Turismo Tipos de Turismo

Origens e o Desenvolvimento do Turismo Mundial O homem viaja desde os tempos antigos, quando antepassados primitivos percorriam frequentemente longas distâncias em busca de caça, o que lhes proporcionava o alimento e o agasalho que eram necessários à sua sobrevivência. Vejamos as citações abaixo: Segundo Theobald ( 2002, p. 27), durante todo o curso da história, as pessoas tem viajado por diversos motivos, sejam eles transações comerciais, econômicas, religiosas, guerras, migrações, ou por diversos outros motivos de igual importância.

Mais uma Definição Segundo Fourastié (apud RUSCHMANN, 2004, pág. 13) a pa lavra turismo surgiu no século XIX e mais precisamente após a Segunda Guerra Mundial, que a atividade evoluiu como consequência dos aspectos relacionados à produtividade empresarial, ao poder de compra das pessoas e ao bem – estar resultante da restauração da paz no mundo.

Podemos notar, que há certa contradição entre os autores Theobald e Fourastié , quando se diz respeito ao surgimento do turismo, já que Fourastié afirma que a palavra turismo surgiu no século XIX e Theobald , que o Turismo surgiu no século XX. Porém, os dois autores concordam que a atividade turística teve um notável crescimento após a Segunda Guerra Mundial. No entanto, é importante ressaltar, que Theobald fala em seu texto do turismo de massa enquanto Fourastié trata do turismo de uma forma geral, entretanto, a obra pesquisada não deixa clara a posição da autora em relação à contradição.

Para Rabahy (2003, p.01) a evolução dos acontecimentos econômicos e sociais do mundo moderno transformou o turismo em uma atividade muito promissora e com grandes possibilidades de expansão. E isto provoca alterações no cotidiano das comunidades e principalmente na sua economia, provocando mudanças radicais de todos os tipos. O autor afirma ainda que   o desempenho do setor turístico está intimamente relacionado ao comportamento da renda e suadi istribuição , bem como da disponibilidade de tempo livre e outras facilidades propiciadas pelo progresso tecnológico, até mesmo dos meios de transporte, encurtando as distâncias, o que implica, em última análise, uma maior liberação do tempo para lazer.

Este desenvolvimento tecnológico propiciou às pessoas um maior tempo livre, assim como uma maior disponibilidade financeira, fazendo com elas que pudessem se dedicar mais ao lazer, aumentando assim a prática do turismo e conseqüentemente , fazendo girar a economia de municípios receptores.   Neste contexto ainda, o autor ressalta que : o turismo está entre os cinco maiores geradores de receita de divisas na economia mundial, liderado apenas pelas exportações de armamentos e pelo petróleo. Mesmo depois das recentes crises econômicas mundiais o turismo vem registrando taxas de crescimento de receita que giram em torno de 8% ao ano, isto nos anos de 1980 a 2000, e isto lhe assegura a sua manutenção e participação total das exportações. (RABAHY p. 02, 2003).

Analisando todo este contexto, percebe-se que o turismo é uma prática existente desde os tempos mais antigos, e que foi evoluindo no decorrer dos séculos. Fica claro que a sua ascensão se iniciou após a Segunda Guerra Mundial, mas que continua a evoluir até os tempos atuais.   Percebe-se então, que é um fator econômico de extrema importância tanto para o Brasil, quanto para o mundo, sendo este um dos setores que mais geram renda na atualidade. Além proporcionar a possibilidade de trabalho familiar, onde desde que haja incentivo é possível envolver toda uma família ou até mesmo uma comunidade no circuito do turismo em uma localidade.

Vamos falar de Thomas Cook No século XIX , a idéia de turismo tinha se firmado com a chegada das linhas férreas; Mas apesar da expansão da estrada de ferro e do crescimento das empresas ferroviárias havia um problema que colocava em risco o desenvolvimento e a qualidade da atividade turística: Os horários e as tarifas eram muito complexas e as acomodações econômicas eram muito limitadas. Então o Inglês Thomas Cook , resolveu fretar um trem com tarifas reduzidas, o que aumentaria a demanda pela viagem. A partir dai, Cook criou as viagens em grupos, iniciando a primeira e maior agência de viagens de todos os tempos quando organizou o primeiro tour de viagem em larga escala, conduzindo 500 pessoas para Leicester. Thomas Cook também foi o primeiro a usar campanhas publicitárias e de marketing para captar clientes. A empresa de Cook, tornou-se uma das primeiras empresas internacionais a ganhar o reconhecimento. Cook tornou acessível a viagem e o turismo a pessoas da classe trabalhadora e da classe média, padronizando-os e produzindo-os em massa e o turismo acabou assemelhando à produção fordista (Henry Ford – automóveis).

Evolução Histórica Continuando... Pessoas de várias classes sociais , visitando os mesmos lugares e consumindo as mesmas coisas. Os negócios foram se ampliando. Iniciaram-se as reservas em hotéis, restaurantes e em 1845, foi organizada uma excursão para o litoral de Liverpool que em uma semana venderam 350 passagens. A partir daí aumentaram os números de viagens, a distância entre os locais, assim como a venda em grande quantidade. Algumas de suas idéias foram copiadas e ampliou-se o número de ofertas por outros operadores. O turismo de massa organizado por Cook começou a perder importância e passou a ser alvo de críticas por parte das populações e por autoridades locais o que acabou originando as viagens por pacotes. Diante da possibilidade de crescimento dos negócios turísticos, Cook criou um jornal voltado para orientação em viagens , onde justificava seus produtos, visando atingir um público maior.

Evolução Histórica Continuando... Quando Cook começou a organizar suas primeiras viagens para Paris, partindo da Inglaterra, encontrou resistência das empresas ferroviárias que negaram tarifas especiais. Com isto fundou a mais longa rota para a França, passando pela Holanda via Antuérpia, na Bélgica. Havia ainda facilidades para as pessoas que não falavam francês, principalmente nos contatos com hotéis. Com o passar do tempo surgiu-se também o interesse por viagens independentes de agenciamento, o que facilitou a negociação entre as empresas ferroviárias e os passageiros. Algumas criticas começaram a surgir em decorrência do grande número de turistas que visitavam cidades históricas da Itália causando impactos turísticos nos locais visitados. Com a experiência adquirida com os bilhetes de trem, Cook criou cupons de hotel objetivando recuperar o mercado. Foram firmados vários acordos com hotéis nos itinerários dos trens. O hospede tinha direito à acomodação com pensão completa. A idéia era criar um grupo de hotéis em que o cliente teria condições de escolher qual melhor lhe agrada e com tarifas diferenciadas.

Evolução Histórica A grande dificuldade encontrada era negociar com os hotéis de diferentes países, devido à grande variedade de moedas. Dessa forma, o filho de Cook, seu sócio decidiu criar o circular notes que seria precedente dos atuais traveller´s checks onde os clientes adquiriam os cupons (moeda circulante) podendo ser trocadas nos hotéis participantes. Suas idéias eram sempre surpreendentes e mostravam a rapidez em criar novas modalidades para facilitar as viagens. Assim, Cook e sua família fizeram fortuna com o turismo, tornando as viagens mais acessíveis e motivando cada vez mais as pessoas a viajarem. As viagens passaram a ser consideradas a comercialização do sonho, principalmente com a melhoria dos meios de hospedagens, transporte e alimentação.

A Importância de Cook para a História do Turismo PRIMEIRA AGÊNCIA DE VIAGEM MARKETING PARA CAPTAR CLIENTES MÃO-DE-OBRA TURÍSTICA ESPECIALIZADA VIAGEM PARA TODAS AS CLASSES SOCIAS ROTEIRO DE VIAGEM – DIA-A-DIA DA VIAGEM TARIFAS ESPECIAIS NOS TRANSPORTES CRIAÇÃO DE CIRCULAR NOTES – IDÉIA DO TRAVELLER’S CHECKS E DO CREDIT CARD. INTERESSE DOS HOTELEIROS EM MODERNIZAÇÃO PACOTE COMPLETO – TRANSPORTE E HOTEL

Conceituações de Turismo Não existe uma definição única de turismo, mas sim diversas conceituações, capazes de deixar muito explícitos, quais são os interesses do turismo e também qual é a sua área de abrangência. Barretto (1999, p.9), em seu livro Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo, propõe diversos conceitos de turismo como, por exemplo, a de Schattenhofen que descreveu o turismo como uma atividade que compreende todos os processos, especialmente os econômicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um determinado município, estado ou país, definição esta que data de 1911. Para Robert Glücksmann , turismo é um vencimento do espaço por pessoas que vão para um local no qual não tem residência fixa. Esta definição foi mais tarde revisada tomando o seguinte formato : Vejamos no Slide a seguir.

Quem interpreta o turismo como um problema de transporte, confunde este com o tráfego de turistas. O turismo começa onde o tráfego termina no ponto de turismo, no lugar de hospedagem. O tráfego de viajantes conduz o turismo, porém não é turismo propriamente, nem sequer em parte. Turismo é a soma das relações existentes entre pessoas que se encontram temporariamente num lugar e os naturais deste local. (BARRETTO, 1999, p. 09).

Neste ponto, porém, deve-se ressaltar que o autor não considera dentro da prática do turismo o acesso, o transporte e a recepção. Seguramente pode-se dizer que fazem sim parte do processo turístico, já que este engloba uma cadeia de serviços, pois é impossível fazer turismo sem o processo de deslocamento, por exemplo. Inicialmente a OMT - Organização Mundial de Turismo (apud BARRETTO, 1999, p.12), conceituava a atividade como “a soma de relações e serviços resultantes de um câmbio temporário e voluntário motivado por razões alheias a negócios ou profissionais”. Porém, devido à existência de outros tipos de turismo como turismo de negócios, turismo de eventos e saúde entre outros, a conceituação de turismo da OMT levou o conceito para além da imagem do sair de férias, e a aceita oficialmente apresenta o turismo como “as atividades de deslocamento e permanência em locais fora do seu ambiente de residência, por período inferior a um ano consecutivo, por razões de lazer, negócios ou outros propósitos” (BARRETTO, p. 12, 1999). Neste ponto, porém, deve-se ressaltar que o autor não considera dentro da prática do turismo o acesso, o transporte e a recepção. Seguramente pode-se dizer que fazem sim parte do processo turístico, já que este engloba uma cadeia de serviços, pois é impossível fazer turismo sem o processo de deslocamento, por exemplo. Inicialmente a OMT - Organização Mundial de Turismo (apud BARRETTO, 1999, p.12), conceituava a atividade como “a soma de relações e serviços resultantes de um câmbio temporário e voluntário motivado por razões alheias a negócios ou profissionais”. Porém, devido à existência de outros tipos de turismo como turismo de negócios, turismo de eventos e saúde entre outros, a conceituação de turismo da OMT levou o conceito para além da imagem do sair de férias, e a aceita oficialmente apresenta o turismo como “as atividades de deslocamento e permanência em locais fora do seu ambiente de residência, por período inferior a um ano consecutivo, por razões de lazer, negócios ou outros propósitos” (BARRETTO, p. 12, 1999).

Existem diversas conceituações de turismo, e Barretto em seu livro Manual de Iniciação ao Estudo do Turismo (1999, p. 10) cita outras conceituações muito interessantes , como a de Josef Strander que trata de turismo como: o tráfego de viajantes de luxo (aqueles que possuem condução própria) que se detêm num local fora do seu local fixo de residência e com sua presença naquele país não perseguem nenhum propósito econômico, mas buscam a satisfação (STRANDER apud BARRETTO, 1999, p. 10).

Apesar de ser uma citação muito interessante deve ser repensada, já que o autor deixa claro que apenas pessoas que possuem condução própria poderiam ser chamadas de viajantes de luxo. Entretanto, nem sempre isto pode ser aceito como verdadeiro, pois muitas pessoas viajavam independente de possuírem ou não condução, esta prática não necessita e nem depende apenas disto e menos ainda de automóveis. Além do mais, existem muitas outras formas de locomoção, principalmente quando se trata dos tempos atuais.   Porém, Barretto pode estar utilizando este exemplo de Strander para tratar de pessoas com poder aquisitivo maior que o de muitas outras, mas neste caso, deve-se também levar em consideração que nem todos os turistas que possuem condução própria, necessariamente, tenham um poder aquisitivo maior . Além disso, várias conceituações, inclusive a da OMT já citada, discutem o fato de o turismo não incluir em seu conceito viagens de negócios e trabalho.

Analisando as considerações apresentadas, nota-se que alguns itens como o tempo de permanência nos locais visitados, e o fato de que o turismo é uma atividade não lucrativa, são características muito comuns em conceituações de turismo: Os elementos mais importantes de todas estas definições são o tempo de permanência, o caráter não lucrativo da visita e, uma coisa que é pouco explorada pelos autores, analisados , a procura do prazer por parte dos turistas. O turismo é uma atividade em que a pessoa procura prazer por livre e espontânea vontade. Portanto, a categoria de Livre Escolha deve ser incluída como fundamental no estudo do turismo (BARRETTO, p.13, 1999).

Deve-se lembrar também que há o turismo de eventos, turismo técnico - cientifico , turismo de negócios e também o turismo de saúde que nem sempre são feitos por livre escolha, mas muitas vezes, por outros motivos que podem ser caracterizados por saúde, trabalho, estudo, etc. Turismo de Eventos – é o conjunto de atividades exercidas pelas pessoas que viajam a fim de participar de congressos, convenções, assembleias, simpósios, seminários, reuniões, ciclos, sínodos, concílios e demais encontros (...) para atingi-lo, de objetivos profissional-cultural, técnico-profissional, de aperfeiçoamento setorial ou de atualização (ANDRADE, 1995)   Turismo Técnico Científico ou de Convenções – É aquele praticado com interesse profissional - cultural, visando a participação em congressos, convenções, simpósios, reuniões internacionais, encontros culturais, etc. (BRAGA, 2003, p.228).   Turismo de Negócios – É aquele praticado em busca de contatos e negócios no campo industrial e comercial, (...) visando conhecer novas técnicas de processos de fabricação, a entabular negócios ou abrir novas perspectivas de fazê-lo; também denominado turismo técnico (BRAGA, 2003, p.228).   Turismo de Saúde – É aquele praticado por pessoas em busca de climas, estações ou centros de tratamento onde possam recuperar a saúde (BRAGA, 2003, p.229).

É importante ressaltar que pessoas também viajam e se utilizam dos meios turísticos para fins alheios a ele. É o caso de homens de negócios ou até mesmo de pessoas que viajam a trabalho e que muitas vezes levam consigo o cônjuge, para compartilhar de momentos em que estão liberados do trabalho e dedicá-los à pratica do turismo, e é importante dizer que em congressos e eventos similares já existem atendimento turístico especial para acompanhantes dos participantes (BARRETTO, p.13, 1999).

Outro ponto a ser observado, tratando-se dos conceitos de turismo é que alguns autores consideram como turismo apenas viagens inferiores há 90 dias, mas deve-se salientar que existem viagens com durações superiores, especialmente entre as classes mais altas da sociedade. (BARRETTO, p.14, 1999). Neste caso, nota-se que este conceito perde seu valor quando comparado ao considerado atualmente pela da OMT, que ao invés de 90 dias reconhece como turismo viagens com duração inferior a um ano.

E para finalizarmos conceituação Turística, p elo que foi exposto até o momento, percebe-se que o turismo é um fenômeno social e econômico, e que há ainda muito a ser discutido e agregado a essa atividade que tem o poder de unificar povos, disseminar novas culturas e conhecimentos, além de desenvolver econômica, social e culturalmente os núcleos receptores, desde que bem planejado e calcado nos conceitos de sustentabilidade.

Tipos de Turismo TURISMO DE AVENTURA BEM-ESTAR CULTURAL ESPORTIVO ESTUDO INCENTIVO PESQUISA PROFISSIONAL RURAL

Referências THEOBALD, Willian F. et. Al. Turismo Global . 2ª. Edição. São Paulo, SP: SNAC, 2002. RABAHY, Wilson Abrahão . Turismo e Desenvolvimento : Estudos Econômicos e estatísticos do Planejamento. Barueri, SP. Manole, 2003 BARRETTO, Margarita. Planejamento e Organização em Turismo. 9ª Edição. Campinas SP: Papirus, 2003. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO TURISMO: http://pt.slideshare.net/alefeufei/histria-do-turismo?from_action=save