cremos. Segundo a teologia romana o homem pode conhecer a Deus através de sua razão, conhecimento que é
chamado de Teologia Natural.
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Entretanto, não é isto que ensina a Bíblia. ―Vendido ao pecado, o homem não tem mais a habilidade para escolher o
bem, pois sua vontade está presa ou escravizada pelo pecado. Só pode e só quer escolher o pecado. A salvação é, portanto,
exclusivamente ato da livre e soberana graça de Deus.‖
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Acreditar numa suposta capacidade espiritual do indivíduo é
menosprezar os efeitos que o pecado trouxe à raça humana. Sendo assim, ―a confiança desmerecida na capacidade humana é
um produto da natureza humana decaída.‖
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Não é a Palavra inspirada que afirma esta capacidade do homem, mas o próprio
homem que acredita em si mesmo como ainda possuidor de bondade em sua natureza. A Reforma pregou abertamente contra
esta doutrina, afirmando que a salvação somente pode acontecer no indivíduo por resultado da ação da graça soberana do
Criador. Ou Deus age com graça, ou o pecador ainda continuará na desgraça:
Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural
do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte
espiritual à vida espiritual. Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos,
técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela
nossa natureza não-regenerada.
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SOLA FIDE: “Somente a Fé”, ou a exclusividade da Fé como meio de Justificação.
Nesta época da Reforma estava amplamente difundida a idéia de que o pecador deveria praticar boas obras para a sua
salvação. Foi neste contexto que ―os Reformadores descobriram, à partir das Escrituras, que os pecadores são justificados pela
fé somente.‖
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Os pecadores não são justificados (ou seja, terem perdoados os seus pecados e receberem a vida eterna) por
meio das obras que executam, mas pela obra suficiente de Cristo. E a fé exerce o papel de meio, instrumento adequado de
apropriação desta justificação em Cristo. Desta forma, as obras são inúteis, pois o que conta para Deus é a fé no Senhor Jesus.
―A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo.‖
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A graça não precisa da
ajuda das obras:
A graça exclui totalmente as obras. O homem nada pode e nada tem para oferecer a Deus por sua salvação. A
única coisa que lhe cabe fazer é aceitar o dom da salvação, pela fé, quando esta lhe é concedida. Fé na obra
suficiente de Cristo, que lhe é imputada (creditada em sua conta) gratuitamente.
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Evidentemente que o catolicismo havia se afastado muito desta verdade teológica e agarrado a antiga doutrina
judaizante de misturar obras com a fé a fim de obter a salvação. A própria invenção das indulgências mostra como eles
estavam redondamente enganados e equivocados quanto à salvação bíblica. A salvação não pode ser comprada com obras! Ela
somente é adquirida pela fé. Contudo, ―quão longe estava a Igreja dessa verdade simples do Evangelho quando ensinava que o
perdão podia ser comprado com dinheiro e a salvação adquirida com o mérito dos santos.‖
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Como vimos anteriormente na verdade chave do ―Solus Christus‖, Jesus é o único mediador da salvação. E agora
vemos que a fé nele é o meio escolhido por Deus para conceder esta salvação. Para ser salvo o pecador precisa estar unido a
Cristo pela fé. ―Os pecadores estão ligados ou unidos a Cristo pela fé somente. A fé, unindo-nos a Cristo, faz com que todas as
bênçãos espirituais sejam nossas (Efésios 1:3). Assim, a fé é suficiente — nada mais é necessário ou requerido. A fé é
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João Alves dos Santos, As doutrinas dos cinco solas da Reforma: Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo
Gloria.http://www.teuministerio.com.br/BRSPIGBSDCMCMC/vsItemDisplay.dsp&objectID=F3EF145B-281C-4F56-
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João Alves dos Santos, As doutrinas dos cinco solas da Reforma: Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide e Soli Deo
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Os Cinco Solas da Reforma – Sola Scriptura, Solus Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria. Declaração de Cambridge. Fonte:
http://www.monergismo.com/textos/cinco_solas/cinco_solas_reforma_erosao.htm. Acessado em 16.08.2010.
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Paul Settle, Sola Fide. http://www.monergismo.com/textos/cinco_solas/sola_fide_settle.htm. Acessado em 16.08.2010.
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