sua vontade de freqüentar com assiduidade a sala de aula e incentivando seu envolvimento
nas atividades, sendo agente no processo de ensino e aprendizagem, já que aprende e se
diverte, simultaneamente.
Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do Ministério da Educação e do
Desporto, "a educação brasileira, nos níveis infantil, fundamental e médio, deve proporcionar ao
educando formação necessária ao desenvolvimento das suas potencialidades como elemento de
auto-realização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da cidadania” (Brasil,
1998, p. 13)
Neste sentido o uso de brincadeiras e jogos vem a ser um recurso que auxilia o professor a
desenvolver as potencialidades e as habilidades das crianças, uma vez que o objetivo da escola não
é apenas a transmissão de conteúdos, mas também a formação e o desenvolvimento de cidadãos,
reflexivos, participativos, autônomos, críticos, dinâmicos e capazes de enfrentar desafios.
O brincar revela a estrutura do mundo da criança, como se organiza o seu pensamento, às
questões que ela se coloca como vê o mundo à sua volta Na brincadeira, a criança explora
as formas de interação humana, aprende a lidar com a espera, a antecipar ações, a tomar
decisões, a participar de uma ação coletiva (BRASIL, 2007, p. 9).
A brincadeira não é uma atividade ou conjunto das manifestações psicomotoras que a
criança já nasce sabendo com presteza ou prontidão para se executar, ela é uma aprendizagem
social, fruto das relações entre os sujeitos de um grupo social, pois segundo Broaugére (2002) “o
brincar não é uma dinâmica interna do indivíduo, mas sim uma atividade repleta de significados
sociais e que precisa de aprendizagem” Leontiev (1994) afirma que “na atividade lúdica a criança
descobre as relações existentes entre os homens. Além disso, as crianças também conseguem,
através da brincadeira, avaliar suas habilidades e compará-las com as das outras crianças”. Nesse
sentido, o acompanhamento do professor é fundamental, pois será ele quem vai intervir mediando
tais relações, para que essas favoreçam as trocas e parcerias, promovendo a integração, planejando e
organizando ambientes instigantes para que o brincar possa se desenvolver.
A forma como o professor virá a intervir durante a brincadeira irá definir o curso da mesma,
e é fundamental também que o mesmo compreenda que o ato de brincar é um espaço em que ele
próprio possa participar e interagir.
Muito freqüentemente a melhor contribuição do professor para a promoção da aprendizagem
dos alunos é afastar-se, não muito, mas o suficiente para que os alunos possam agir de uma forma