fora, do mercado propriamente esço ar, o d3plom .. 'l vai€; o que. do
pontG de ·v i.s.ta .económico e. soda], \·ale o .seu detentor .. sf'..ndo que
o rend lmer~to do U1pital escolar depen d~ do Cilpital econômico e
soç:ial quE? rode ser cons1'lgr3do a sua ·y·alorização. D@. mod:J gel'al.
cs qu( dro:'i t 't"n m~ios ch~nce de ascend er às funçóes de direção do
que i\s funções de produção, fabri;:açâo e manutenÇ-ão. na me
cflda em que su€l orjgem social é ma]s elev.r~da. A a.náEse se.
cur.dàrla ::.,ue f1zernos da enquête r ealizada pelo INSEE em 1964
sobre a mobilidade profissionaJ evidenda que 41 ,7}~ dos filhos
de membros de profissões
[email protected], 38.9% dos h hos de pmfes
sores que são engenheiros, quadros médios ou da administr ação,
tecnkos ern empresas, ccupam fur:.çóes admtn1s trativt3s e de
direc~o geral contra 25,7% do conjunto. Ao conJr.ãrio, 47,9%
dos f li h r;~ de opera ri c s qualifi cados! 4 3
18% dos filhos de :ontra
tn',stres, 41.1% dos mhos de tecnicos desempenham funções de
produção, fabricação e manutenção contra 29,7% do conJunto.
Sabe-se tamb~m qur2, em 1962, os quad~ ·os superiores .s.&idas de
faruLUa:, de ernp r~ados rec~bíam um :s<.Ü~rlo anual médio de 18
027 F contra 29 470 F para os fifhos de 1ndustriais ou de grandes
comerc iantes ~ os engen heiros fiJI-los de as.::alatiados agt'lcola:: e de
camponeses, 20 227 F contra 31388 F para os iilhos de indus rja i~
e de grandes c:omarclantes.
A [funsfon nação dt1 dlstr1bulção dos cargos entre os portadores dº
[itulos que resu •ta au[ornatk.amente clo cresdrn~nto do número de titulad os
faz com que. a cada momento! wna pmie dos po~tadore s de títulos -e
smn dúvida, em prirne3ro lugar, os que são maís desprovidos do5 m12ios
he
rdados
para fazer. valer O$ diplomas-seja víiin1a da desvalorização. A.s
e.strarégi as com as quals uqueles que estão mais expostos à d(k..-·va orizaç.ão
esforçam-se
por lutar-a curto pra2o
(ao longo de sua própria carreira) ou
a longo prazo (rned1antt?. as es'lratégjas de e scolarilação, dos filhos -contra
€ssa desvalorização constitu en1 wn dos fatores determinantes do cresci·
rnento do flÚmero de djp)omas distribuído.s que, por sua vez. contribLJi para
a d€:!svalmizaçào. A dja~é~lca da desval orizaçao e recuperaçao tend€. assim,
a nutri r-sº .t.l si própr~a .
ESlRATÉGIAS DE REPRODUÇÃO E TRANSFOIU'IAÇÕES
MORFOLÓGICAS
As estra égi as às quals os indivíduos e as farníBas, t~m ret:Ot['ido para
sgh
.:agLJardar
ou n1elhorar .sua pos1ção no espaço sodal se retraduzem em
transformações quº afetZJm ínseparaveln ,ente o t~olun1e das cflfQ:rgn t~s
fraç6ês de das512 e sua estrutura pa tdmonia I.
Para se dar uma ~déia aproximada dessas ~ran sformações~ ccnstruiu-se
un1 quadro que permite relaclonar os lndices da e r..~o lução do \.•olume d as
152
diferentes fraçõ~s aos indicadores (1nfeli2ntente, r ntJito lmperfé ltos) do
volume e da ~-~truiura do capital que elas detêm. Por não .~e poder
es(abe ~ece r, como se dese jarl~ . a evoluçao porca egorias discrim1nndot·as
do rnontan "'e da r~r.da. de uma parte, e da estrul ura, da renda, d~ outra
pan:e, para o p eriod o de 19 54-19 7 5 (o q U€ levou a reproduzir um quadro
-2 bi.5-apmsentando es sa 12\··o'lução por catego· rias aproximativas para o
período de 1954-1968), indicou-se, a ºrn da distrlbuição por fc;ntes de
renda, o monLante da renda cledarada aos S€1Vlços fiscals. font~ e~~p ]orada
pela INSEE, ainda que se salba que essa renda é subestin1ada em
proporções rnuito 'i.'éniá•;,,ot:is: segundo A. \/tlteneuv12-'·Les reo;,.re:nus primai
re.s des ménages en 1975 jn Economze et sta tistíqr .. u;J n. 103, S€(r2tl1bro
de 1978, p. 61 -seria preciso rnuf[~p. icar por 1,1 o.s salários e \ll2ncimentos.
por 3,6 os bene fícios agrícol as, por 219 os ganhos de capi ta~s mobillád os
etc.~ vê-se que basta apllcar es!;as coneções para restituir a seu verdadeiro
lugar as pl·ofissões independ t:411e::; e, em particu lar, os agrktt ltores e os
artesãos ou pequenos com f::!t'ciantes. As cat egorias mais ricas (relativamen·
[e) em. caplte tl econômko {tal como se pode constatar med l~mte os
indicadores da posse dt2 valores n1obillarios, dº. propriedades rurais ou
11rbanas, etc.) tendem a recuar, de forrrm bas:ranle brutal como o lnosrta
a diminuiç5o de seu volume {é o caso de agrlcu]tores. artesãos. cornQrdan
t.zs e industriai s} e o fato de que a parte de jol..'ens diminui ou cre~ce rn~nos
rapldamen Eé cio que em outros ]ug.ares (o fato de que a evolução dos
Lndlvíduos de 20-34 anos seja, entre os peq1.1enos comerciantes e os
arte::;JcJsl igual ou t)gel ramen[~~ superio=-à do conjunto da categoria pode
se explicar peta cheg ~da de comerciantes e a1tesaos de urrt novo estilo}.
Uma ·pa rte do çrescimento aparenl·e do cap ~ ai escolar (e, s~rn dúvida!
econôn1ko) dessas categorias deve-se, sen1 düvida. ao fato de que o êxcdo
que ~S[á n~ origen1 de S·eu dédínio numérico atlnge seus ex[rato.s tnfetiores.
/\o éOntrilrio das precede nt{~s . QS frações de classe Hcas em capital
cultura] (medido~ por exemplo. pelas taxas de portadores do B.E.P.C., do
boc:.cala uréat ou de um diplorna de estudos superlores) c:onhêcéram LJnl
<:re.scim€nto bem slgnifica[L I..'o que implica num rejuvenescimen to e se
trãduz, n 1eüs freqüentemen te ~ por uma torre f~m ini~açâo e uma elevação
d.a taXGl de diplorn~dos (C~s cmegorias mais típicas desse processo são as
dos ~mpregad os de escritórlo e do coru&do, dos técnicos, dos quadros
J n~d ío.s e superjonas! dos doe: entes! dos professores primãrlos e, sobretudo:
professores para os qual~ e..;,;ses diferem e,:; processos assodados são excepc lo~
naln1enre intens.os e. muito pà~ticu]armente, nã geração m a]s jovem -à
dlfer12n~a d o.~ ~ngenheiro s para os quai·' o processo parece imobllizado, sendo
qué a taxa de cresclmemo b. nlab frac.a :xtra a ·geração mt:üs }OI..'em do que
para o conjurrto). Ü•Jho traço m arcante?, u establUdadr:! rc~la 1j·.,;a das prohssões
l~bera.' s qu12, por uma polit:ca deJiberctda ue nu me r~.:ts dausus, conseguju llnlitar
o c:rescimento num~tic:o ~ a (ar nõr lza{,·; o (que per ma.neceré1t n 1 nuJto mais fracos