PLANO DE AULA_PROVA PÚBICA DE JEREMIAS DANDULA PESSELA.pdf

JeremiasPessela1 31 views 5 slides Sep 05, 2025
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About This Presentation

Modelo de Plano de Aula da Prova Pública


Slide Content

ESCOLA SUPERIOR PEDAGÓGICA DO BIÉ
PLANO DE AULA
PRELIMINARES

Instituição de ensino: Escola Superior Pedagógica do Bié,
Data ______de _______de______________.
Nome do candidato: Jeremias Dandula Pessela, Tipo de Aula, Nova, Tempos Lectivos, 1º.
Ano Académico: 2º, Duração: 45 minutos, Período: Diurno.
Licenciatura em: Ensino da Língua Portuguesa, Disciplina: Sintaxe da Língua Portuguesa.
Tema: Oficina gramatical de língua portuguesa para sobre a estrutura argumental de verbos dativos ditransitivos e monotransitivos.
Subtema: Estrutura sintática e semântica de verbos dativos e a seleção de preposições.
Material Concretizador: Computador, Retroprojector, Quadro, marcadores de filtro/ e folhas A4
Objectivo Geral: Compreender a estrutura argumental de verbos dativos ditransitivos e monotransitivos
Objectivos Específicos:
1. Conhecer os verbos dativos do português;
2. Diferenciar a estrutura argumental de verbos dativos monotransitivos e da de verbos ditransitivos do português;
3. Definir verbos dativos da classe de core dative verbs e verbos da classe de non – core dative verbs;
4. Problematizar as implicações da tipologia léxico-semântica de verbos dativos e a sua influência na seleção das preposições
introdutoras do objecto indirecto (OI);

Tempo Fases
Didácticas

Conteúdo
Actividades Meios de
Ensino
Métodos Princípios
didácticos
Instr. De
Avaliação Professor Aluno

5 Minutos
INTRODUÇÃO


Breve diálogo sobre a definição da
categoria verbal transitiva e
intransitiva




Municiar e
dirigir o
diálogo e
esclarecer
eventuais
dúvidas aos
alunos
Participar
do diálogo
e
apresentar
dúvidas
sobre o
tema do
diálogo
Quadro,
marcadores,
pagadore,
Computador e
Retroprojector
Papel A4
Caneta filtro


Expositivo
Elaboração
conjunta
Carácter
científico
Vinculação
entre a
teoria e a
prática
Observação
direta.
Resolução
de breves
exercícios
orais ou
escritos




30
Minutos
DESENVOLVIMENTO


ü Conceitos de verbos dativos.
ü Verbos dativos ditransitivos versus
verbos dativos monotransitivos.
ü A estrutura argumental de verbos
dativos monotransitivos e da de
verbos ditransitivos do português;
ü Definir verbos dativos da classe de
core dative verbs e verbos da
classe de non – core dative verbs;
ü As preposições introdutoras de OI
de verbos dativos no português
padrão.



Ministrar e
esclarecer
dúvidas aos
alunos



Participar
na aula

Computador e
Retroprojector
Folhetos
contendo os
verbos e a
respectiva
estrutura
argumental e
papéis
temáticos
Caneta de
Filtro



Exposição
e Socrático

Analítico -
sintético

Elaboração
conjunta



Carácter
científico
Vinculação
entre a
teoria e a
prática


Observação
direta.

Resolução de
breves
exercícios
orais ou
escritos



5
Minutos
CONCLUSÃO


Respaldo da aula

Exercícios:


Distribuir os
folhetos com
os exercícios
Ministrar e
esclarecer
dúvidas aos
alunos
Participar
na aula
Resolver
os
exercícios
Apresentar
a dúvidas

Quadro,
marcadores,
pagador,

folhetos com
os exercícios


Exposição,
Socrático e
método
activo
Carácter
científico
Vinculação
entre a
teoria e a
prática
Observação
direta.

Resolução de
breves
exercícios
orais ou
escritos

5
Minutos
TAREFA


1. Orientar os estudantes a
identificar e descrever os métodos
de Avaliação de Desempenho;
2. Indicar o melhor método e fonte de
AD.


Orientar a
tarefa
Distribuir
Folhetos com
exercícios
para a tarefa

Prestar a
atenção
nas
orientações
da tarefa

Folhetos com
exercícios
para a tarefa
Método
activo

Seminário e
autoavaliação

BREVE RESUMO DO CONTEÚDO À PARTILHAR EM AULA

ü Percurso Histórico da AD
As construções dativas são definidas como o tipo de construção em que o verbo denota a transferência de posse de uma entidade, o Tema, de um
Agente para um Recipiente. A função sintática mais prototípica do argumento Recipiente é a de OI e a sua marcação está interrelacionada com certos
papéis temáticos ou com certas características associadas a essa função, entre elas a existência, em várias línguas do mundo, do caso dativo, conforme
os exemplos seguintes:


_________________________________________________________________________________________________________________________

Vale destacar que, em línguas casuais, como o latim (cf. ex. 1a), o OD toma a forma acusativa regnum e o OI a forma dativa Cleopatrae. Ao contrário do
latim, que é uma língua de casos, as línguas românicas, excetuando o romeno, não apresentam casos gramaticais nas expressões nominais. De facto,
ao longo do seu percurso evolutivo a partir do latim, a maioria das línguas românicas perdeu a flexão de caso nos SN e, em consequência disso, as
funções sintáticas dos constituintes frásicos é dada apenas pela morfologia dos pronomes pessoais, pelas preposições e pela ordem dos constituintes
(cf., entre outros, Haspelmath, 2005). No inglês e, dado o exemplo (c), a construção pode ter a ordem: sujeito Kim, um OI Lee e um OD a box, a chamada
Construção de Duplo Objeto (CDO).

ü Verbos dativos ditransitivos versus verbos dativos monotransitivos.

Os verbos podem ser intransitivos, transitivos: diretos, indiretos, diretos e indiretos
Verbos transitivos diretos seleccioanm um objeto direto como complemento, indicando quem ou o quê. Por outro lado, os verbos transitivos indiretos
pedem um objeto indireto como complemento, indicando de quem, para quem, com quem, de quê, para quê, a quê. Por sua vez, os verbos transitivos
diretos e indiretos pedem tanto um objeto direto como um objeto indireto como complementos, indicando quem ou o quê e, também, de quem, para
1. [latim] (Van Hoecke, 1994: 04)
Caesar regnum Cleopatrae dedit.
‘César deu o reino a Cleópatra.’




2. [português] (agnostopoulou, 2003: 9)
A Maria deu um livro ao João




3. [inglês] (agnostopoulou, 2003: 9)
Kim gave Lee a box
‘O Kim deu à Lee uma carta.’

quem, com quem, de quê, para quê, a quê. Os verbos dativos monotransitvos selccionam apenas um argumento obrigatório. Verifique o quadro de
subcategoização verbal:

ü Tipos de verbos de acordo com o quadro de subcategorização e com esquemas funcionais. (Mateus et al.2003)
V Vs intransitivos (tossir, dançar, nascer, morrer)
V SN V OD Vs transitivos directos (comer, beber, devorar)
V F V OD Vs transitivos directos (lamentar, querer)
V SN SP V OD OI Vs ditransitivos ou transitivos directos e indirectos
(dar, oferecer, transmitir, anunciar)
V F SP V OD OI Vs ditransitivos ou transitivos directos e indirectos
(dizer, perguntar)
ü Tipos de verbos de acordo com o quadro de subcategorização e com esquemas funcionais.
V Vs intransitivos (tossir, dançar, nascer, morrer)
V SN V OD Vs transitivos directos (comer, beber, devorar)
V F V OD Vs transitivos directos (lamentar, querer)
V SN SP V OD OI Vs ditransitivos ou transitivos directos e indirectos (dar, oferecer, transmitir, anunciar)
V F SP V OD OI Vs ditransitivos ou transitivos directos e indirectos (dizer, perguntar)
Sendo o português uma língua românica, com morfologia rica, tendo preposições e pronomes dativos, o dativo é expresso preferencialmente pela
preposição especial marcadora de caso “a” para introduzir OI com a função/papel semântico de Recipiente com verbos como: dar, oferecer, entregar
etc. Mas esta preposição coabita na língua com a sua homófona “a” que introduz OI com função/papel semântico de Meta/Alvo/Locativo e, além disso,
podem ser usadas, nas mesmas circunstâncias as preposições espaciais ou locativas, nomeadamente, “em” e “para”, havendo por isso, confusão na
escolha das preposições introdutoras de OI no PA. Para dar desse fenómeno

Neste âmbito, Rappaport Hovav & Levin (2008), analisando os verbos ditransitivos em várias línguas do mundo, sugerem que os verbos podem ser
associados a dois significados distintos, nomeadamente, o (i) de movimento causado e o (ii) de posse causada; essas distinções explicam o padrão de
alternância exibido por diferentes classes lexicais e semânticas de verbos ditransitivos.
Assim, segundo Rappaport Hovav & Levin (2008) e Levin (2009), as classes tipológicas lexicais e semânticas de verbos ditransitivos em inglês são as
seguintes:

(i) verbos ditransitivos que possuem apenas um significado de posse causada, subdivididos em três subclasses:

a) verbos que significam ato de doação ‘give-type verbs’: give, hand, lend, loan, pass, rent, sell, etc.
b) Verbos que significam posse futura ‘future having-type verbs’: allocate, allow, bequeath, grant, offer, owe, promise, etc.
c) Verbos de comunicação ‘communication-type verbs’: tell, show, ask, teach, read, write, quote, cite, etc.

(ii) Verbos ditransitivos que significam tanto movimento como posse, subdivididos em quatro subclasses, nomeadamente:

a. Verbos de envio ‘send-type verbs’: forward, mail, send, ship, etc.
b. Verbos de movimento instantâneo ‘throw-type verbs’: fling, flip, kick, lob, slap, shoot, throw, toss, etc.
c. Verbos de movimento acompanhados de uma especificação deítica de direção: bring, take.
d. Verbos de instrumento de comunicação: e-mail, fax, radio, wire, telegraph, telephone, etc.

Os verbos pertencentes às classes supramencionadas distinguem-se entre si pelo tipo de componentes que os seus complementos lexicalizam e pela
natureza do SPREP. Os verbos do tipo give possuem apenas ‘goal’ Recipiente/Meta/Alvo possessivos. Enquanto isso, os verbos do tipo throw e também
os do tipo send podem ter ‘goal’ Recipiente/Meta/Alvo espaciais. Segundo o autor autoras, citando Levin (2005), podem ser aplicados testes: por exemplo,
na variante
CDP com os verbos do tipo dar ‘give-type verbs’ não se pode usar a pergunta com o adverbial de lugar where; no entanto, com verbos do tipo lançar
‘throw-type verbs’ e com os do tipo enviar ‘send-type verbs’ essa restrição não se aplica, conforme os exemplos seguintes aplicados ao PA por Pessela
(2024) (Cf. os folhetos sobre verbos)
Referências Bibliografias (selecção)
Brito, A. M. (2009). Construções de objecto indirecto preposicionais e não preposicionais: uma abordagem generativo-constructivista. In Textos Seleccionados. XXIV
Encontro Nacional da Associação Portuguesa de Linguística (pp. 141-159). Minho: Universidade do Minho.
Pessela, J. D. (2024). As Construções Dativas no Português Angolano. Porto: Universidade do Porto (Tese de Doutoramento).
Torres Morais, M. A., & Lima Salles, H. (2010). Parametric change in the grammatical encoding of indirect objects in Brazilian Portuguese. Probus, 22, 181-209.
Vilela, M. (1992). Gramática de Valências. Teoria e aplicação, Coimbra: Almedina.
Xavier, M. F. (1989). Argumentos Preposicionados em Construções Verbais. Um estudo contrastivo das preposições a, de e to, from. Lisboa: Universidade de Lisboa
(Tese de Doutoramento).
Rapapport Hovav, Malka & Beth Levin. (2008). The English dative alternation: the case for verb sensitivity. Journal of Linguistics 44. 129–167.

O CANDIDATO
______________________________________________
PhD. Jeremias Dandula Pessela, Assistente Estagiário
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