Preparação para teste de avaliação sumativa - Comunicação I.pptx
SergioDias80
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Oct 04, 2025
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Preparação para teste de avaliação
Size: 1.05 MB
Language: pt
Added: Oct 04, 2025
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Slide Content
Preparação para teste I Revisão
A relação que se estabelece entre o profissional de saúde e o doente constitui um bom avaliador da qualidade dos cuidados ; O pouco valor que se atribui à comunicação transparece no facto de que , nos dias de hoje, um dos aspectos de insatisfação dos doentes estar muitas vezes relacionado com as competências comunicacionais no desempenho dos profissionais de saúde. Porquê Estudar Comunicação?
O Técnico Auxiliar de Saúde conjuntamente com os Enfermeiros são os profissionais de saúde que mais oportunidades têm para comunicar com os doentes, o que por si só fundamenta a necessidade de uma comunicação eficaz, na prática de cuidados . Porquê Estudar Comunicação?
A exigência de se desenvolver um relacionamento interpessoal está cada vez mais presente nas organizações de saúde, porque ninguém trabalha sozinha e cuida-se de pessoas; A pessoa deve compreender os sentimentos dos outros e reagir de forma adequada a essa compreensão, com um impacto positivo no desenvolvimento de um processo e nos resultados da ação. Relacionamento Interpessoal
O que é importante? Honrar a natureza do seu trabalho; Dispense algum tempo a concentrar-se nos objetivos do trabalho; Exercício de focalização que poderá ajudar: 1 . Antes de interagir com o utente pare; 2. Esqueça, por momentos, aborrecimentos ou qualquer outra coisa que o possa distrair; 3. Feche os olhos e inspire profundamente; 4. Diga para si mesmo “Estou aqui para fazer o melhor pelo meu utente dispensando-lhe neste momento toda a minha atenção”; 5. Pense em alguém ou em alguma coisa que lhe desperte em si sentimentos de amor ou compassividade; 6. Sustenha este sentimento de amor e compassividade, repetindo para si próprio “Neste momento estou presente. Todo este processo deverá tomar-lhe 5 a 10 segundos.
Quando o bebé nasce encontra-se numa situação de grande fragilidade; Precisa de comunicar para satisfazer as suas necessidades; Quais são as necessidades do bebé? Carinho Comer Conforto (trocar a fralda)… Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Um dos primeiros sinais que o bebé expressa é o choro, que significa que algo de errado se passa: Fome Desconforto Dor/cólica Frio Cansaço… Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
É muito importante que os pais/profissionais de saúde observem com atenção a tipologia de choro, pois, a partir deste, é possível identificar a necessidade. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Dos 0 aos 6 meses verifica-se de forma progressiva o desenvolvimento fonológico do bebé do que respeita a : Reação à voz humana; Reconhecimento da voz materna; Reação ao seu nome; Reações diferentes e entoações diferentes, conforme sejam de carinho ou de irritação; Vocalizações com entoação. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Dos 6 aos 12 meses: O bebé começa a produzir alguns fonemas decorrentes do desenvolvimento fonológico, iniciando o processo de desenvolvimento semântico e sintático. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Dos 6 aos 12 meses: Compreender frases simples, essencialmente algumas indicações (por exemplo “Senta”, “Levanta”, “Bate palmas”); Inicia produção de palavras isoladas, como “mamã” e “papá”; Inicia algumas produções vocálicas para negar ou solicitar alguma coisa; Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Dos 12 aos 24 meses: Verifica-se um desenvolvimento significativo a nível fonológico, com maior produção de fonemas, uma utilização intencional de variações de entoações conforma as necessidades e aquisição de um maior controlo sobre o volume e ritmo da fala. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Dos 12 aos 24 meses: Começa a compreender um maior leque de palavras; Inicia a construção de frases completas; Progressivamente utiliza frases para a realização de muitas atividades do quotidiano: Fazer pedidos Fazer perguntas Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Criança (Pediatria): A comunicação com a criança depende de múltiplos fatores: Estado de desenvolvimento Situação de saúde/doença Contexto onde se encontra Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Estratégias de comunicação com a criança: Preparar adequadamente o contexto Tratar a criança como criança Utilizar estratégias mais interativas Não devagar Respeitar o espaço pessoal da criança Informar a criança Dar tempo Incentivar a criança a comunicar A criança não tem culpa de estar doente Fornecer pistas Clarificar os conceitos Esclarecer dúvidas Ser verdadeiro Tranquilizar a criança Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Estratégias de comunicação com o adolescente: Ambiente acolhedor Informar sobre o motivo da entrevista Incentivar o adolescente a participar Tratar o adolescente com respeito Evitar dar conselhos Mostrar disponibilidade Ser flexível Evitar a apresentação de soluções Envolver o adolescente na tomada de decisões Negociar um plano de intervenção Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Pessoa mais velha estratégias: Abordar a pessoa mantendo o contato visual, num espaço com boa luminosidade e sem ruídos; Adequar o tom, o ritmo e a velocidade da linguagem ao interlocutor, fazendo pausas e permitindo-lhe colocar questões/dúvidas; Respeitar a identidade da pessoa; Ter em atenção eventuais necessidades de comunicação: Falam mais lentamente Falam com maior detalhe Envolver a pessoa maximizando as suas potencialidades; Promover a dignidade do outro Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
As principais dificuldades na comunicação com o idoso prende-se com situações onde se verificam modificações sensoriais ou morbilidade associada, duas das situação mais específicas são: Comunicar com pessoas mais velhas com alterações auditivas; Comunicar com pessoas mais velhas com alterações visuais. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Comunicar com pessoas mais velhas com alterações auditivas: Assegurar que a prótese auditiva se encontra ligada, respeitando o volume aconselhado e com pilhas funcionais; Verificar se o utente utiliza gestos e necessita de um intérprete, ou utilizar linguagem gestual, a fim de facilitar a comunicação; Colocar-se de frente para o interlocutor; Falar de forma clara e articular bem as palavras , como se faria numa situação de comunicação com uma pessoa surda, de modo a permitir a leitura das palavras nos lábios; Caso o idoso tenha dificuldade em interpretar esta estratégia, poderão utilizar alguns gestos ou notas escritas, enquanto se fala; Falar um pouco mais alto do que o normal, sem exagerar, pode ser doloroso para o ouvido e pode distorcer os traços faciais para possibilitar a leitura nos lábios. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
Comunicar com pessoas mais velhas com alterações visuais: Considerar eventuais dificuldades em detetar o lugar onde está colocado determinado objeto; Transmitir informações mais precisas sobre os lugares ou contextos de modo a facilitar a orientação; Utilizar o toque , se o idoso o permitir, pois, trata-se de um bom método de comunicação não-verbal para evitar a sensação de isolamento, na medida em que o interlocutor pode sentir e perceber onde se encontra o profissional. Comunicação ao Longo do Ciclo de Vida
A Relação de ajuda é uma relação particularmente significativa que se instaura entre ajudado e um ajudante. Ajudado - Pessoa que passa pela experiência dum problema, dum sofrimento e que sente dificuldade em enfrentar sozinha e em encontrar os meios de os aceitar, de se adaptar ou sair destes; Ajudante - Um técnico/a de saúde, que em dado momento o ajuda a encará-los e a encontrar em si próprio recursos necessários para lhe fazer face. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
É uma troca, tanto verbal como não-verbal que permite criar o clima de que a pessoa tem necessidade para reencontrar a sua coragem, tornar-se autónoma e evoluir para um melhor bem-estar físico ou psicológico. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Natureza da relação de ajuda: Um conjunto de regras e expetativas regem o decurso da relação profissional/utente; Pode existir algumas semelhanças entre estas interações e as estabelecidas com amigos e familiares; Um fator distingue as relações de carater social das relações de ajuda; Uma relação de ajuda é estabelecida em benefício do utente Relações entre familiares e amigos visam a satisfação de necessidades mútuas A relação profissional/utente visa ajudar o utente a alcançar e a manter um nível ótimo de saúde. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
A relação de ajuda é estabelecida para benefício do utente, sendo mais eficaz se for mutuamente satisfatória: Os utentes ficam satisfeitos quando as suas necessidades de saúde são satisfeitas e têm a perceção de terem sido bem cuidados; O profissional de saúde sente-se realizado quando as suas intervenções têm um efeito positivo no estado de saúde do utente e quando sentem que foram competentes ao cuidar. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Características da Relação de Ajuda Utente-Profissional de Saúde Ambos se esforçam para a melhoria do estado de saúde do utente; Objetivo intencional e útil . Utente e profissional estabelecem um acordo acerca da natureza do problema de saúde e elaboram e implementam um plano para atingir os objetivos acordados; Conservação do estado de saúde do utente e proteção de futuras ameaças devido ao conhecimento acrescido decorrente da relação de ajuda; Alívio das preocupações e medos através do consolo proporcionado pelo profissional e diminuição da dor através de cuidados de conforto relaxantes; Suporte psíquico e moral . Os utentes sentem-se animados pela atenção positiva e interesse manifestado pelo profissional; Interação personalizada concebida para satisfação das necessidades de cada utente; Expressão de cuidar platónica e não apaixonada. Proporcionar assistência terapêutica, mesmo estabelecendo laços fortes com os utentes, espera-se que o profissional mantenha objetividade e perspetivas adequadas; Sentido de privacidade. A fim de que o utente possa expor detalhes íntimos da sua vida. Os profissionais são responsáveis pela confidencialidade.
Assim , a relação de ajuda deixou de estar focalizada apenas no doente e passou a abranger qualquer utilizador dos cuidados de saúde, a sua família e os amigos , contribuindo para a personalização dos cuidados ; Exigindo criatividade , sensibilidade e um desejo profundo de partilhar sentimentos e de comunicar de uma forma individual e única. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Podemos identificar as expectativas dos doentes relativamente aos profissionais de saúde, no que respeita à comunicação, como sendo as seguintes: Ter amabilidade de se apresentar; Explicar-lhes os tratamentos e dizer-lhes se obtiveram resultados ; Despender o tempo que for preciso para falar com eles e se necessário dar-lhes explicações; Mostrar-se conscienciosos e abertos às suas perguntas; Informá-los todos os dias dos cuidados programados; Mostrar coerência quando se trata de os informar; Responder aos seus chamamentos e aos seus pedidos dentro de um período razoável; A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Podemos identificar as expectativas dos doentes relativamente aos profissionais de saúde, no que respeita á comunicação, como sendo as seguintes ( Cont ): Assumir a continuidade dos cuidados; Informá-los sobre as consequências da doença que os afeta; Transmitir aos outros membros de equipa de cuidados a informação que receberam dos doentes; Responder às suas perguntas e satisfazer as suas necessidades, mas também saber prevê-las; Dar-lhes a sensação de que são realmente escutados e interessar-se pelos seus problemas e suas preocupações; Dizer-lhes claramente aquilo que têm ou não direito a espera. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Como deve agir o profissional numa relação de ajuda? Deve: Preparar-se mentalmente , emocional e fisicamente para assistir os seus utentes na resolução de problemas de saúde; Ser pontual e educado na forma como se relaciona; Promover o bem-estar, conforto e ganhos de saúde do utente; Ser altruísta na abordagem do utente, pondo em primeiro lugar as suas necessidades e preocupações; Tomar decisões quanto á planificação e procura de soluções criativas relativamente aos problemas de saúde evidenciados pelo utente; Ser competente nos cuidados, para poder cuidar o utente de forma segura e eficaz; Elogiar e encorajar o esforço dos utentes para um melhor autocuidado; Ser paciente e compreensivo para com as reações do utente, relativamente à sua situação de saúde; Ser perseverante e prosseguir a batalha de ajudar os utentes na manutenção da saúde;
Não deve: Padronizar os utentes; Exigir ou pressionar os utentes a mudar; Rotular os utentes de “bons”, “maus ou não colaborantes”, o que dificulta que o utente seja visto como realmente é; Adiar a resposta a pedidos razoáveis dos utentes; Humilhar os utentes, utilizando termos médicos, ou de alguma maneira fazê-los sentir a mais ou estranhos; Punir os utentes por omissões ou atuações que negativamente tenham interferido no seu estado de saúde; Ter preconceitos relativamente à raça, religião ou credo dos utentes; Tirar partido ou querer satisfazer as suas necessidades através da relação estabelecida com o utente; Dissimular conhecimentos que não possui para evitar não parecer informado. Está em jogo a saúde de uma pessoa , tendo o utente o direito de receber informações corretas e honestas. Como Não deve agir o profissional numa relação de ajuda?
A comunicação interpessoal ocorre em todo o momento no desempenho do profissional de saúde, podendo, contudo, ser terapêutica ou não terapêutica ; Podemos depreender que a comunicação é terapêutica quando ajuda, quando promove , quando dá oportunidade ao doente de crescer , amadurecer , equilibrar-se e ser atendido nas suas necessidades. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Comunicação Terapêutica Comunicação terapêutica: Consiste na utilização do conhecimento sobre a comunicação, estabelecendo uma relação efetiva, de confiança, bem como uma interação comunicacional intencional com o utente de modo a ajudá-lo a enfrentar os seus problemas; É um método de comunicação através do qual o profissional responde às necessidades explícitas e implícitas do utente; É o profissional responder com uma abordagem verbal ou não verbal, de modo a promover o bem-estar do utente, melhorar a forma de atendimento dos cuidados prestados construindo uma relação terapêutica; A relação terapêutica deve incorporar, entre outras, a confiança, empatia, respeito e aceitação .
A comunicação pode por si só ter um impacto terapêutico próprio, seja ela autónoma ou complementar; Resultado exclusivo por via da comunicação Ajudar a aumentar a efetividade de outra intervenção A comunicação terapêutica ocorre numa relação complexa entre duas ou mais pessoas em que os resultados não são lineares, o linear entre o terapêutico e o não terapêutico está dependente de múltiplas variáveis de difícil controlo; Os resultados que podem ser obtidos são variados em função das situações e contextos: Pode diminuir o stress Aumentar a adesão a um regime terapêutico Resultar numa experiência positiva para todos os intervenientes. Comunicação Terapêutica
Uma capacidade ligada à empatia é a escuta ativa; Podemos escutar passiva ou ativamente; Ao praticar escuta passiva não integra a articulação dos sentimentos do outro, faltando a convicção e a tranquilização da escuta ativa. A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Requisitos da Comunicação Terapêutica Para estabelecer uma comunicação terapêutica o profissional deve ter em consideração os seguintes aspetos: Antes de ir ao encontro da pessoa, deve determinar a sua intenção , clarificar as suas expectativas, e reconhecer os seus pensamentos e emoções; O primeiro contacto do profissional de saúde com o utente e a forma como este se apresenta são determinantes para o sucesso da comunicação. O profissional deve criar um ambiente acolhedor , para isso, deve apresentar-se, tratar o interlocutor pelo nome e olhá-lo nos olhos enquanto fala; Concentrar-se no utente , sendo que as suas prioridades devem ser escutá-lo e transmitir-lhe a sua compreensão; Evitar interrupções e mostrar disponibilidade, dando atenção ao utente;
5. Demonstrar abertura para colocação de perguntas; 6. Aguardar pela mensagem verbal e não-verbal do utente, de forma a poder identificar e perceber os sentimentos e ações do mesmo; 7. Descodificar a mensagem do utente , dando maior ênfase ao tema predominante da comunicação; 8. Transmitir uma resposta empática que reflita verbalmente os seus sentimentos, tendo a atenção que a sua expressão não verbal deve ser congruente com as suas intenções; 9. Verificar se a resposta empática foi eficaz , observando se o utente se sentiu compreendido. Requisitos da Comunicação Terapêutica
O técnico de saúde, na implementação do processo de cuidados deve recorrer a técnicas de comunicação terapêuticas como: Escuta Silêncio Orientação Comentários abertos Redução da distância Consideração Recapitulação Reflexão Clarificação Validação consensual Focalização Síntese Planificação A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Contudo, na prática diária são frequentes a utilização de técnicas de comunicação não terapêuticas, ou seja, as que dificultam a interação técnico/doente e consequentemente a implementação do processo de cuidados, Estas técnicas de comunicação não terapêutica dizem respeito a: Não escutar Colheita inadequada de dados Julgar Rejeição Defesa Aconselhamento Responder com estereótipos Mudar de conversa Paternalismo A comunicação na interação com indivíduos em situações de vulnerabilidade
Bibliografia Riley , J. B. (2004). Comunicação em Enfermagem (4º ed.). Camarate: Lusociência. Sequeira, C. (2016). Comunicação Clinica e Relação de Ajuda. Lisboa: Lidel.