Um pouco da História
NTEM – História da Matemática Através de Problemas
Marina A. F. B. Camargo – Grupo 4 - Araras
O gosto pelos jogos de azar começou a muito tempo atrás, e existem
fortes indícios de que a probabilidade surgiu exatamente por causa destes
jogos, ou seja, do interesse do jogador em planejar estratégias de apostas.
Este interesse em estudar fenômenos que envolvam certas possibilidades
de algo ocorrer, fez surgir o que conhecemos hoje como probabilidade.
Até os dias de hoje se aplica a probabilidade envolvendo jogos de azar,
como: jogos de roletas, dados, cartas, os jogos que envolvem a loteria e
muitos outros.
A probabilidade teve sua origem por volta do século XVII, devido a
curiosidade de um cavaleiro, o Chevalier de Méré, que era muito apaixonado por
jogos, e um dia discutiu com um matemático chamado Blaise Pascal (1654), sobre
as possibilidades de se ganhar em jogos com cartas, despertando no matemático um
imenso interesse pelo assunto. Então Pascal escreveu uma carta para um amigo,
também matemático, chamado Pierre de Fermat expondo o problema do Chavalier
de Méré. Para Fermat, o assunto era algo novo e desconhecido, após a carta do
amigo, ele começou a estudar formas de descrever matematicamente as leis do
acaso com maior precisão. Os amigos continuaram se comunicando através de
cartas, compartilhando cada nova descoberta. Fermat não tinha um real
comprometimento em aprimorar probabilidade, ele respondia às cartas de Pascal, e
resovia os problemas quue o amigo o enviava, era apenas uma curiosidade
relacionada com jogatinas e apostas. A prova disso pode ser vista em um problema
proposto a ele por Pascal:
Blaise Pascal
Pierre de Fermat
O problema dizia o seguinte: “uma pessoa quer tirar 6 no
dado em 8 jogadas, suponhamos que ela tenha feito 3
tentativas e falhado, quanto de dinheiro ela poderia apostar
em seu sucesso, ou seja, tirar um 6, na quarta jogada?”
(Wikipédia) Fermat resolveu este problema da seguinte forma:
a chance de se tirar um 6 em um dado é de 1/6, portanto o
apostador apostaria 1/6 do dinheiro disponível para as
apostas. Se ele falhar e tiver que jogar o dado uma segunda
vez, sua chance de tirar um 6 ainda é de 1/6, e o apostador
deve apostar 1/6 do dinheiro que lhe sobrou da primeira
aposta, isso daria 5/36 do total do dinheiro, e assim por
diante. Respondendo a questão inicial, a quarta aposta seria
de 125/1296 do dinheiro total.
Outros matemáticos também deram suas contribuições para a
probabilidade, o primeiro que tratou o assunto como uma ciência foi
Christiaan Huygens (1657). Alguns anos mais tarde, em 1713 foi a vez de
Jakob Bernoulli em a “Arte da Conjectura” e em 1718 Abraham de Moivre em
a “Doutrina da Probabilidade” que trataram a probabilidade como um ramo
da matemática.
Em um ensaio preparado, Thomas Simpson (1755) foi o primeiro a aplicar
a teoria dos erros, estabelecendo axiomas de que erros positivos e negativos
são igualmente prováveis, e mostra também que existem os limites em que
supostamente todos os erros vão cair, neste ensaio ele também discuti os
erros contínuos que podem ocorrem e cria uma curva de probabilidade.
Em 1774, Pierre-Simon Laplace foi o primeiro a tentar uma regra para a
combinação de observações dos princípios da teoria das probabilidades.
Também foi ele quem deduziu uma fórmula para a lei da facilidade de erros,
que levava a equações não gerenciáveis. (Wikipédia)
Podemos notar que muitos matemáticos famosos, no decorrer do tempo,
deram importantes contribuições para que a probabilidade chegasse até nós
de uma maneira melhor elaborada.
A palavra probabilidade deriva do latim probare, que
significa testar, provar. Ela é uma palavra utilizada em
circunstancias onde não temos a certeza de que algo irá
ocorrer, podendo ser substituída por outras palavras como:
sorte, azar, risco, incerteza, duvidoso. Uma forma de definí-
la seria dizer que a probabilidade quantifica a margem de
sucesso ou fracasso de um acontecimento.
Utilizamos a probabilidade em muitos momentos de nossa
vidas como, por exemplo, quando dizemos: “Que rio
enorme, provavelmente deve ter muitos peixes” ou “O céu
está cinzento, provavelmente vai chover”
A probabilidade pode ser vista ainda em muitas situações
no nosso cotidiano como, por exemplo, na garantia de um
produto (eletro-eletrônico, automóveis etc), onde a teoria da
probabilidade é utilizada afim de reduzir a “chance” de falhas.
Também é comum vermos o Calculo da Probabilidade
sendo aplicado em outras ciências como, por exemplo, na
Biologia (genética, hereditariedade), Economia, Engenharias
etc.