Professor, o que fazer quando a sala está uma bagunça?

julianajsj 2,257 views 6 slides Mar 17, 2015
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O grupo de pesquisa PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO DO
SUJEITO EM PRÁTICAS EDUCATIVAS – PROSPED se vincula
ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Psicologia
da PUC Campinas. Desenvolve estudos que buscam
compreender os aspectos envolvidos no desenvolvimento
e aprendizagem dos sujeitos, no c...


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PROSPED Parceiro da Escola

QUEM SOMOS:

O grupo de pesquisa PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO DO
SUJEITO EM PRÁTICAS EDUCATIVAS – PROSPED se vincula 
ao Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Psicologia 
da PUC Campinas. Desenvolve estudos que buscam 
compreender os aspectos envolvidos no desenvolvimento 
e aprendizagem dos sujeitos, no caso, aqueles que 
participam de práticas educativas em escolas ou outras 
instituições. Para desenvolver seus estudos, o grupo realiza
 atividades de intervenção nesses contextos, buscando 
contribuir com seus profssionais para a compreensão e 
superação dos desafos que enfrentam. 
As sugestões que apresentamos nesse livreto resultam de 
nossas experiências com essas intervenções e pesquisas e 
visam a atender um dos seus propósitos: contribuir para a 
transformação dos espaços educativos em que atuamos.  
Se você gostar de nossas idéias, entre em contato:
 
http://prospedpuc.blogspot.com.br/
Ilustração e Projeto Gráfco: Marcos Guilherme – Estúdio Figuras
Este projeto é fnanciado pelo CNPq
Distribuição gratuita
  
Brigas e ofensas entre colegas  e, atualmente, entre 
alunos e professores têm sido cenas comuns em sala de 
aula. Pesquisas recentes dão conta de que alguns 
professores declaram não saber qual a melhor conduta a 
tomar nessas situações. Considerando que se tratam de 
contextos extremamente nocivos ao ensino e 
aprendizagem, nos perguntamos que tipo de apoio o 
professor precisa para poder enfrentar e superar essas 
situações. O que fazer para mudar isso? Por que esses tipos 
de relações prevalecem na escola?
  Um importante aspecto apontado pelos professores 
é que os problemas que enfrentam na escola são mais do 
âmbito relacional do que didático-pedagógicos, 
ou seja, o professor domina o conteúdo a ensinar, sabe 
como fazer isso, mas se sente perdido e sozinho nas 
situações em que precisa enfrentar as brigas, as agressões, 
o descaso e a desmotivação de seus alunos.
  A Psicologia Escolar dispõe de conhecimentos que
podem auxiliar o professor a enfrentar essas difculdades. 
É com este objetivo que oferecemos esse livreto, cujo 
conteúdo resulta de nossas intervenções e pesquisas nos 
últimos 7 anos, em escolas da rede pública de ensino. 
Lembramos que não se tratam de receitas, mas de 
sugestões que podem ser inspiradoras de outras ações 
que certamente vocês vão desenvolver.  
 

 Crie um espaço periódico
para o diálogo
   Organizar as carteiras em círculo de modo que os 
alunos e o professor possam se olhar, e o professor 
acompanhar as falas, propondo temas para conversarem a 
respeito. Trata-se de abrir um espaço para discutir assuntos 
de interesse comum, dar e receber as sugestões e  
conversar sobre os pontos positivos e negativos do 
dia a dia escolar. A indisciplina, muitas vezes, é uma 
maneira de mostrar que algo não vai bem e falar sobre o 
que está incomodando pode transformar situações de 
confito. Por exemplo, pesquisas mostram que em casos 
de brigas, agressões ou bullying, a conversa entre todos 
é mais efetiva do que castigos, suspensões e boletins de 
ocorrência. 
  Ou então, no caso de alunos que estão indo 
mal em determinada disciplina, abrir a roda para sugestões 
de todos os colegas sobre o que fazer pode mudar este 
quadro com um novo ponto de vista, construído 
coletivamente. Caso, a princípio, as conversas paralelas 
impeçam o diálogo, uma sugestão é gravar um pedaço 
do encontro e ouvir com o grupo, perguntando o que
 está ocorrendo, pois não é possível entender nem escutar 
nada. O grande objetivo aqui é trabalhar a conscientização 
dos alunos sobre suas ações e as consequências que elas 
têm para si próprios e para os outros.
Favorecer as interações
na escola
  Verdade seja dita, a maioria dos estudantes não 
gosta de estudar e trabalhar com esta realidade é 
importante. Segundo pesquisas realizadas na área da 
Psicologia Escolar, as interações sociais são um dos 
principais motivos que levam os alunos para a escola. 
Invista nisto por meio de atividades extracurriculares, 
tarefas em grupo, aulas que estimulem a integração. 
Mas não é este o principal objetivo da escola, e sim, 
a aprendizagem do  conhecimento formal, então, é 
importante intercalar estas atividades com espaços de 
refexão sobre a função da Escola, o conhecimento e o 
que deveria ser a Escola nos dias de hoje. Repensar sobre 
a validade do saber na vida dos jovens e os novos 
caminhos da aprendizagem pode ser a passagem para 
outras formas de atuação, favorecendo a aquisição de 
conhecimento. 

Conviver com as
lideranças da sala
  Muitas vezes, alunos irreverentes ou rebeldes 
exercem o papel de liderança na sala de aula.  Os 
professores os identifcam sem grandes difculdades.
Contudo, estas características podem ser positivas: o 
questionamento faz bem ao aluno e até ao 
professor, depende da forma como é feito e como se lida
com isto. Aproxime-se, converse, pergunte, se interesse 
por ele; não tenha medo do aluno rebelde. Provoque-o 
com tarefas desafadoras, questione-o também, 
estimule-o a direcionar esta rebeldia para construir coisas 
diferentes em sala de aula, faço-o sentir que você aposta 
em seu potencial para aprender e se desenvolver.
Fuja da rotina
  O professor, muitas vezes, preocupa-se em não 
interromper a aula porque tem um plano de ensino a 
cumprir e determinado conteúdo para passar aos alunos. 
Porém, se o ambiente está muito tumultuado, melhor dar 
um passo para trás, para depois dar dois passos à frente. 
Isto signifca que interromper a aula para uma atividade 
lúdica, artística ou corporal pode criar um ambiente mais 
adequado para dar prosseguimento à aula. Além disso, 
cabe abrir espaço para uma conversa:  ‘O que está
 
acontecendo, por que vocês estão agitados assim?’  
  Fazer uma pausa estratégica é melhor do que o 
professor desgastar-se tentando dar continuidade à aula. 
Oferecemos algumas dicas ao fnal deste livreto para 
estes momentos. 
 
Comprometer-se, de modo efetivo,
para construir um grupo
de trabalho dentro da escola
  O trabalho na escola é coletivo! Logo, se a gestão 
caminha isoladamente dos professores, 
seria importante utilizar os espaços de formação 
continuada para reestabelecer a indispensável parceria: 
reservar tempo e criar pausas para essa interação é 
fundamental. Do mesmo modo, se um aluno exige mais 
de um professor, isso é demanda para todos os 
professores, mesmo que não sejam professores desse 
aluno. Um grupo de trabalho coeso e forte faz 
com que todos os  profssionais construam a proposta de 
trabalho da escola e com ela se identifquem, justamente 
porque os desafos são enfrentados em grupo e assumidos 
por todos.
  O objetivo destas formas de atuação não é mudar o 
mundo, pois esta tarefa vai além do poder de poucas 
pessoas, mas sim, melhorar o dia a dia da sala de aula e a 
convivência entre todos integrantes da escola - gestão, 
 

professores, alunos, famílias e comunidade. Mas, este 
movimento depende de que TODOS sejam convidados a
contribuir. O processo de mudança não acontece de uma 
hora para outra e pede investimento, paciência, 
comprometimento e persistência. 
Estas dicas são um pontapé inicial para a refexão sobre a 
possibilidade de mudança. E você, professor, pode 
contribuir. Escreva aqui em forma de depoimento uma 
experiência que deu certo e partilhe com seus colegas. 
Talvez alguém do seu grupo de trabalho precise deste 
compartilhamento. Dê o primeiro passo!
Algumas sugestões de atividades:
  Na sala de aula, nos momentos de se abrir espaço
 para o diálogo ou para oferecer uma pausa para respirar, 
trocar ideias, é possível usar outras formas de atividades 
para disparar refexões e discussões, tais como assistir a 
flmes, ouvir músicas, ler poesias, contos ou pensamentos, 
cantar, dançar, apreciar imagens em forma de pintura ou 
fotografas, dentre outros. 
  Abaixo apresentamos um exemplo, mas não se 
restrinjam a ele. Torne parte de sua rotina buscar materiais 
que lhe ajudem na construção de sua prática!
Filmes e documentários:
  “Pro dia nascer feliz” (do diretor João Jardim, 
documentário que apresenta diferentes situações vividas 
por alunos adolescentes brasileiros, na escola de três 
estados do país, a partir de seus pontos de vista). 
Este é um flme que abre a possibilidade de se discutir as 
relações dentro da escola, principalmente a relação 
aluno/professor. Propicia ainda, campo de diálogos para 
pensar a Escola, o conhecimento e a Educação.
  Ao usar este ou qualquer outro flme, inteiros ou em 
trechos, pode-se construir um roteiro que oriente o grupo 
para o que se deve olhar com mais atenção. 
É importante, também que se apresentem os dados 

gerais do flme: quando e onde foi gravado, o diretor e 
do que trata o enredo para contextualizar o grupo.
  As questões do roteiro podem ser sobre a 
apreciação: emoções e sentimentos que o flme 
despertou, te deixou mais feliz, mais triste, mais irritado, 
indignado, etc, e por quê. Importante também ressaltar 
elementos apropriados a partir do flme tais como: o que 
se aprendeu, com o que concorda ou discorda, o que 
aparece no flme que se aproxima da sua realidade, de que 
modo permite pensar a escola ou o que vivenciam nela.
  Sugerimos que cada grupo observe, anote e 
apresente suas conclusões após o flme, abrindo espaço 
para todos comentarem a apresentação de cada 
subgrupo. Quando alguém narra suas percepções e 
emoções sobre um flme, refete sobre si mesmo e pode 
repensar a relação que mantêm com a escola. 
  Ainda é possível utilizar: poesias, contos, trechos de 
romances, frases flosófcas, etc., com a mesma dinâmica 
de trabalho. Todas essas sugestões podem e devem ser 
recriadas livremente pelo professor. O importante é que 
esse tipo de atividade insira a dimensão do DIÁLOGO na 
escola, visto oferecer oportunidade para que os alunos e 
professores interajam de uma outra perspectiva– aquela 
despertada pela arte. 
      Também como sugestão para orientar possíveis 
difculdades do professor em lidar com a indisciplina, 
indicamos a entrevista do programa Ponto de Encontro 
da TV PUC Campinas com a professora da Faculdade de 
Educação Cristina Tassoni e a professora da Faculdade de 
Psicologia Vera Trevisan. Este vídeo pode ser apresentado 
nos encontros de formação continuada e suas idéias 
discutidas conjuntamente entre professores e gestores. 
Ele renderá boas discussões!!  
Confram: 
http://www.youtube.com/watch?v=r7j7KiQ01rc&feature=
youtu.be
Maiores esclarecimentos ou sugestões podem ser 
encaminhadas para nosso e-mail: 
[email protected]
 
ou encontradas no blog do grupo:
  
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