PROJETO_CANCER_ COLO_ DE_ÚTERO.pdf202167

janarafisiopelvica 5 views 13 slides Oct 28, 2025
Slide 1
Slide 1 of 13
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13

About This Presentation

PROJETO PREVENÇÃO DE CA EM COLO DE UTERO


Slide Content

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – CMRV
CURSO FISIOTERAPIA

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: INVESTIGAÇÃO SOBRE A APLICABILIDADE DAS
AÇÕES DE CONTROLE NEOPLÁSICO NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
Projeto apresentado na disciplina
Ambulatório Didático Pedagógico
II, como requisito para avaliação.
PARNAÍBA-PI
Junho/2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
CAMPUS MINISTRO REIS VELLOSO – CMRV
CURSO: FISIOTERAPIA

CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: INVESTIGAÇÃO SOBRE A APLICABILIDADE DAS
AÇÕES DE CONTROLE NEOPLÁSICO NA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA
Ederson Gonçalves Carvalho
Janara Cristina de Oliveira Soares
Keyla Caroline dos Santos Meneses
Ráiza de Lima Brito
Rayele Pricila Moreira dos Santos
PARNAÍBA- PI
Junho/2010

SUMÁRIO
1. Introdução -------------------------------------------------------------- 04

2. Objetivos ---------------------------------------------------------------- 06
2.1. Objetivo Geral
2.2. Objetivos Específicos
3. Material e Métodos --------------------------------------------------- 07
4. Análise e Discussão dos Dados ---------------------------------- 08
5. Conclusão -------------------------------------------------------------- 09
6. Referências ------------------------------------------------------------ 10

1. INTRODUÇÃO
A atenção básica consiste no desenvolvimento de ações que visam promover,
prevenir, diagnosticar e tratar patologias. O Ministério da Saúde tem desenvolvido
projetos que visam garantir assistência básica à mulher, para se alcançar integralmente
essa assistência alguns desafios tem sido enfrentados, tais como a implantação de ações
de controle dos cânceres do colo do útero e da mama.
Segundo os dados do Caderno de Atenção Básica ao controle dos cânceres do
colo do útero e da mama, 2006, o câncer está entre as principais causas de morte na
população feminina e, a mudança de hábitos, aliada ao estresse gerado pelo estilo de
vida do mundo moderno, contribuem diretamente na incidência dessa doença.
Baixo nível socioeconômico e cultural, idade precoce ao início da atividade sexual,
múltiplos parceiros, multiparidade e tabagismo são fatores classicamente descritos como
predisponentes para essa neoplasia. O principal agente promotor na neoplasia cervical é
o Papilomavírus Humano (HPV) que é, atualmente, a doença sexualmente transmissível
(DST) mais frequente (Guarisi et al, 2004 ).
O câncer do colo do útero é um grande problema de Saúde Pública no Brasil e no
mundo, sendo a neoplasia maligna que mais acomete o trato genital feminino no nosso
país. De acordo com o INCA (2010), com aproximadamente 500 mil casos novos por ano
no mundo, o câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais comum entre as
mulheres, sendo responsável pela morte de 230 mil mulheres por ano. No Brasil, para
2010, são esperados 18.430, com um risco estimado de 18 casos a cada 100 mil
mulheres.
Dados da Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas
Preconizadas, publicado em 2006, mostraram que as mais altas taxas de incidência do
câncer de colo do útero são observadas em países pouco desenvolvidos, indicando uma
forte associação deste tipo de câncer com as condições de vida precária, com os baixos
índices de desenvolvimento humano, com a ausência ou fragilidade das estratégias de
educação comunitária (promoção e prevenção em saúde) e com a dificuldade de acesso
a serviços públicos de saúde para o diagnóstico precoce e o tratamento das lesões
precursoras. Esta situação torna indispensáveis políticas de saúde pública bem
estruturadas.
A evolução de uma lesão de baixo grau para um carcinoma invasivo pode levar 10
a 15 anos. É tempo suficiente para uma intervenção que poderá mudar o curso
da vida da mulher. O estudo pioneiro, realizado por Georg Papanicolaou na década de
04

1930, resultou em um procedimento que possibilitou a descoberta de lesões precursoras
dez anos antes da manifestação do câncer propriamente dito no tecido cervical (SANTOS;
MORENO; PEREIRA, 2009).
O Papanicolau passou a ser utilizado por diversos países para o rastreamento
populacional, na detecção precoce do câncer de colo uterino. O exame citopatológico foi
sugerido como uma ferramenta para a detecção precoce do câncer do colo do útero em
1941. É considerado um método eficiente, pois tem a habilidade de identificar lesões
precursoras do câncer do colo do útero, que naquele momento são tratáveis, podendo
resultar em significante decréscimo da mortalidade por esse tipo de câncer (TAVARES et
al,2007).
Em 1998, o Ministério da Saúde criou o Programa Nacional de Controle do
Câncer Cervical e de Mama, cujo objetivo era formar uma rede nacional integrada e
facilitadora de acesso aos serviços de saúde, disponibilizando uma estrutura para
realização de diagnóstico (citopatológico e histopatológico) e tratamento precoces
(Colposcopia e Cirurgia de Alta Frequência - CAF), visando a minimizar o impacto desta
doença na população (CALAZAN et al, 2008).
Segundo o INCA, estima-se uma redução de até 80% na mortalidade por este
câncer a partir do rastreamento de mulheres na faixa etária de 25 a 65 anos com o teste
de Papanicolau e tratamento das lesões precursoras com alto potencial de malignidade
ou carcinoma "in situ". Para tanto é necessário garantir a organização, a integralidade e a
qualidade do programa de rastreamento, bem como do tratamento das pacientes.
Diante do alto índice de mortalidade decorrentes do câncer do colo do útero,
apesar dos vários projetos realizados pelo Ministério da Saúde, buscamos conhecer o
programa de atenção básica à mulher voltada à prevenção do câncer cérvico uterino,
identificando o grau de conhecimento e de adesão das mulheres ao programa e
verificando sua aplicabilidade na Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba.




05

2. OBJETIVOS
2.1. Geral:
Conhecer o programa de atenção básica voltado à prevenção do câncer cérvico
uterino e verificar sua aplicabilidade na Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba.
2.2.Específicos:
·dentificar o conhecimento que as mulheres possuem sobre a doença e o exame
preventivo;
·Verificar a aplicabilidade e a continuidade do tratamento após o diagnóstico;
·Analisar se as ações preconizadas pelo Ministério da Saúde estão sendo
implantadas na Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba.
06

3. MATERIAL E MÉTODOS
Realizou-se um estudo descritivo e de natureza qualitativa, também chamada de
naturalística, porque não ocorre manipulação de variáveis e nem tratamento experimental,
abrangendo todo o contexto da situação, pois o estudo do fenômeno no ambiente natural
em que acontece não pode ser isolado de sua realidade(ANDRÉ, ELIZA, 2005).
Esse estudo consistiu na aplicação de um roteiro de entrevistas (anexos) semi-
estruturado com 27 mulheres nos dias 06 e 07 de maio de 2010, que consiste na
combinação de perguntas fechadas e abertas, em que o entrevistado tem a possibilidade
de discordar sobre o tema em questão sem se prender à indagação formulada. Além
disso, esse tipo de entrevista possui um apoio claro na sequência de questões, facilitando
a abordagem e assegurando, sobretudo aos investigadores menos experientes, que suas
hipóteses ou seus pressupostos serão cobertos na conversa (MYNAIO, 2006). Além
dessa entrevista, a coleta de dados se fez também por meio de um depoimento da
enfermeira responsável pela realização do exame preventivo.
As questões deram enfoque ao conhecimento, prevenção e percepção da mulher
sobre o câncer do colo do útero tendo, sido aplicadas com mulheres que procurarem a
instituição nos dias estabelecidos para realização do exame, e foram elaboradas de
acordo com os critérios estabelecidos pelo protocolo de detecção precoce e prevenção ao
câncer de colo de útero da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, 2007.
O público alvo foram mulheres acima de 18 anos, com vida sexual ativa em
qualquer idade, com ênfase especial às mulheres com início da vida sexual ativa anterior
aos 18 anos, mulheres com comportamento de risco para DTS/AIDS, mulheres em
situação de vulnerabilidade social, tabagistas e mulheres soro positivas para HIV ou
imunodeprimidas.



07

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
Após a leitura e análise aprofundada dos dados, identificamos que a média de
idade das mulheres que procuraram à instituição, durante a pesquisa, para realização do
exame variou de 22 a 85 anos de idade, sendo que a maior taxa é de mulheres entre 30 e
65 anos.
Dentre as 27 mulheres que participaram da pesquisa 21 afirmaram estar casadas,
04 solteiras e 02 viúvas, sendo que 16 das mulheres casadas e duas das solteiras
possuem filhos, cuja quantidade variou de 04 a 05 crianças. Das entrevistadas, apenas
uma relatou esta fazendo o exame pela primeira vez, isso em função de ainda não ter
iniciado sua vida sexual.
Detectamos que o uso do preservativo é feito por apenas 04 das mulheres
casadas, sendo que destas uma afirmou fazer uso em função de possuir parceiro soro
positivo. Diante da constatação do grande numero de mulheres que não fazem o uso do
preservativo, é possível afirmar que as mesmas oferecem condições favoráveis à infecção
pelo papiloma vírus humano bem como doenças sexualmente transmissíveis.
Ao que se refere a diagnostico para o câncer de colo de útero, identificamos uma
mulher com resultado positivo que possui 25 anos de idade e outra que apresentou
lesões, "ferimentos no útero”, mas realizou o tratamento precocemente, impossibilitando a
evolução do quadro.
Constatamos que a Santa Casa de Misericórdia de Parnaíba funciona como um
centro de referência para o exame preventivo, não apenas para cidade, mas também para
os municípios circunvizinhos do Piauí e Maranhão. Isso por que a referida instituição
possui atendimento todos os dias da semana, profissionais comprometidos, tempo de
espera máximo de 30 minutos e constante disponibilidade de material para realização do
exame. Dados corroborados pelas respostas das entrevistadas, quando referimo-nos
sobre o tempo de espera, sua procedência e o porquê escolheu a instituição para fazer o
exame, sendo que muitas afirmaram dirigirem-se à dada unidade de saúde em função de
já ter dirigido-se a outra cujo material faltava, sendo assim orientada a procurar a Santa
Casa.
08

5. CONCLUSÃO
Como já citado, muitos são os fatores predisponentes para a neoplasia em
questão. O meio mais eficiente para a resolução da problemática encontrada atualmente
é a prevenção, justo que, o Câncer do Colo do Útero se desenvolve de uma maneira
metódica, lenta e previsível, o que possibilita sua detecção precoce.
O que não falta são meios de propagação de informações sobre prevenção da
patologia com altos índices de mortalidade em mulheres no mundo inteiro, mas sim de
políticas públicas mais efetivas que alcancem todas as faixas etárias.
A proposta fisioterapêutica, para o câncer do colo do útero, consiste na intervenção
pré e pós-operatório, tratando a paciente através de exercícios para desenvolver a
mobilidade, reeducar a postura, exercícios específicos e especializados de membros
inferiores e respiratórios e orientações quanto a atividades de vida diária para as
pacientes a fim de diminuir o tempo de internação.
Porém, como a referida unidade de saúde não oferece continuação para o
tratamento da neoplasia sendo as pacientes direcionadas a outra cidade, e como
mulheres com faixa etária abaixo de 18 anos não estão procurando fazer o exame,
propomos a realização de uma parceria entre a Universidade Federal do Piauí, escolas
municipais e Unidades Básicas de Saúde, para organizar e realizar palestras educativas
com o intuito de orientar as adolescentes sobre a importância de fazer o exame.
Orientando também às mães dessas adolescentes, despertando nelas o interesse e a
preocupação com as filhas para além do estado de doença, mas principalmente quando
se trata de exame preventivo, contribuindo assim para a prevenção integral, envolvendo
todos os grupos referidos como de risco para desenvolver a doença.
09

REFERÊNCIAS
ANDRÉ, M.; ELIZA, D. A.; Etnografia da Pratica Escolar. 12ª Ed. Campinas, SP:
Papirus, 2005.
CALAZAN, C.;LUIZ, R. R.; FERREIRA, I. O diagnóstico de Câncer do Colo Uterino Invasor em
um Centro de Referência Brasileiro: Tendência Temporal e Potenciais Fatores Relacionados.
Rev. Bras. De Canc. 54 (4): 325-331.
CADENOS DE ATENÇAO BÁSICA Nー 13. Controle de Cáceres do Colo do Útero e da Mama,
Secretaria de Atenção à saúde - Departamento de Atenção básica. Brasília, Ministério da Saúde
2006.
GUARISE Et al. Rastreamento, Diagnóstico e Tratamento das Lesões Precursoras e do
Câncer Invasor de Colo Uterino no Município de Franco da Rocha, SP. Rev. Bras. Canc. 50
(1): 7-15. 2004.
Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas Preconizadas: Recomendações
para Profissionais de Saúde. 2ª ed, Rio de Janeiro. INCA, 2006.
Protocolo de Detecção Precoce e Prevenção ao Câncer de Colo Útero, Prefeitura Municipal
de Porto Alegre- Secretaria Municipal de Saúde, Assessoria e Planejamento e Programação, Out.
2007.
SANTOS, M. L.; MORENO, M. S.; PEREIRA, V. M. Exame de Papanicolau: Qualidade do
Esforço Realizado por Alunos de Enfermagem. Rev. Bras. De Canc. 55(1): 19-25. 2009.
TAVARES, S. B. N. Controle da Qualidade e Citopatologia Cervical: Revisões de Literatura.
Rev. Bras. Canc. 53(3): 355-364.
MINAYO, M.C.S.; O Desafio do Conhecimento: Pesquisa Qualitativa em Saúde. 9º ed., São
Paulo: Hucitec, 2006.
www.inca.gov.br acesso em 04 de Abril de 2010.
10

ANEXOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ-UFPI
CAMPUS MINISTRO REIS VELOSO
CURSO: FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: AMBULATÓRIO DIDÁTICO PEDAGÓGICO II
Nome:................................................................... Data:..../...../.......
1ª) Qual a sua idade?
2ª) Qual o seu estado civil?
( ) solteira
( ) Casada
( ) Outros ........................................
3ª) Possui filhos? Se sim, quantos?
( ) Sim ................ ( )Não
4ª) Faz uso de preservativos?

( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes (frequência)?.........................................................
5ª) Qual a sua procedência? (Onde mora)?
6ª) Já fez o exame alguma vez? Se não, por que?

( ) Sim ( ) Não ..............................................................................................
7ª)Com que frequência você faz o exame?

( ) de ano em ano
( ) a cada 3 anos
( ) outros .................................................
8ª) Por que escolheu essa situação para fazer o exame?
9ª) Já teve diagnóstico positivo para o câncer?

( ) Sim ( ) Não
10ª) Qual o tempo de espera para consulta ou exame?

( ) + 30 min
( ) + 60 min
( ) + 90 min
( ) outros.............................................................