Radioatividade na Agricultura Página 2
Esse tratamento vendo sendo eficaz e é
adotado em inúmeros países, inclusive no
Brasil, porque apesar de existirem outros
meios de conservação, como a pasteurização
térmica e a conservação refrigerada, alguns
alimentos (tais como carnes, peixes, mariscos,
aves, etc.) não podem ser submetidos a esses
tratamentos. Desse modo, a irradiação desses
alimentos se torna uma boa alternativa.
Outro benefício é o fato de esses alimentos
permanecerem conservados mesmo em
lugares agressivos em termos de temperatura,
salinidade, umidade e outros fatores pelos
quais passam principalmente os tripulantes de
navios que ficam dias no mar, além do fato de
que se eles vierem a naufragar esses
alimentos terão mais tempo de vida, podendo
alimentá-los e salvar suas vidas. O mesmo se
aplica ao caso dos soltados do Exército,
Marinha e Aeronáutica.
Um ponto negativo visto até o momento é
que o sabor e aroma dos alimentos sofrem
algumas alterações. Também o leite e seus
derivados, além de alimento muito
gordurosos, não podem ser irradiados, pois
sofrem reações de oxidação e ficam rançosos.
Por segurança, ao aplicar essa técnica, é
preciso que os átomos radioativos cessem as
suas atividades antes de os alimentos serem
embalados. Os alimentos irradiados trazem o
símbolo abaixo, conhecido como radura:
Outra forma de utilização pela agricultura
de radiação é injetando radiotraçadores nas
plantas. Esses radioisótopos artificiais
recebem esse nome porque, ao serem
transportados pelo corpo da pessoa, emitem
radiações que permitem ver a absorção de
fertilizantes pelas plantas, como ela utiliza o
nutriente, determinar em que parte da folha
ou das raízes certo elemento químico é mais
importante e assim avaliar a eficácia do
controle de insetos. Um radiotraçador muito
utilizado para essa finalidade é o P-32
(fósforo-32).
Essa técnica dos radiotraçadores também é
importante pra detectar quais são os
predadores de determinadas pragas. Dessa
forma, eles podem ser usados no lugar de
inseticidas. Ou, então podem, ser esterilizados
por radiações fama os machos das espécies
que são consideradas pragas e depois soltá-
los no meio ambiente para competirem com
os machos normais. Isso diminuirá
progressivamente a sua reprodução e o seu
número.
Há também o uso da radioatividade na
verificação da autenticidade. Por exemplo, a
determinação da razão isotópica estável do
carbono 13 é usada para verificar se o mel é
mesmo puro ou se foi adulterado com xarope
de milho ou cana de açúcar.
A aplicação da radioatividade na
agricultura não serve somente para aumentar
a produção de alimentos, mas também
garante a nossa saúde e a do meio ambiente.
Pois os agrotóxicos também podem ser
marcados com radiotraçadores e, então,
detectar quanto dele fica retido no alimento e
quanto dele contaminam o solo, as águas e a
atmosfera.
Mas para trazerem benefícios reais, todas
essas técnicas devem ser feitas de forma bem
controlada e definida, de modo a não deixar
resíduos e nem causar alterações nos
alimentos e plantas.