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Comportamento mecânico das rochas
As rochas embora sólidas à temperatura ambiente, já passaram, a sua maioria, por
condições termodinâmicas que as colocaram próximas do estado de fusão. O comportamento
dos materiais quando submetidos a estados de tensão por ser ou . elásticoplástico
– a deformação é reversível e proporcional ao estado de Comportamentoelástico
tensão aplicado. O material suporta esta situação desde que não se ultrapasse o
seu limite de elasticidade.
– uma vez ultrapassado o limite elástico (ponto de Comportamento plástico
cedência) a alteração do volume e/ou forma do material mantém -se
permanentemente, mesmo que a situação de tensão termine. Por vezes devido a
acção contínua da tensão as rochas atingem o limite de resistência máxima (limite
de plasticidade) entrando em ruptura, isto é, partem.
De uma forma geral, os materiais geológicos em condições de baixa profundidade,
entre os 15 e os 20km, apresentam comportamento elástico, seguido de ruptura, pelo que se
diz que a deformação ocorreu em . A profundidade mais elevada, caracterizadas regime frágil
por pressões crescentes, as rochas não entram em ruptura tão facilmente, logo apresentam
comportamento plástico, pelo que se diz que a deformação ocorreu em . regime dúctil
O comportamento dos materiais geológicos depende muitas vezes das condições de
temperatura e pressão, que por sua vez dependem normalmente da profundidade. No entanto
outros parâmetros influenciam este comportamento, tal como a composição
química/mineralógica, a temperatura e pressão dos fluídos intersticiais (como a água).
O aumento da temperatura e da pressão (confinante) origina condições em que se
torna difícil alcançar a ruptura dos materiais, isto é, a deformação vai-se tornando
progressivamente dúctil. Já à superfície o material tende a ser mais poroso, o que permite a
entrada de água que leva a que o material entre em ruptura facilmente, logo cria-se um
regime frágil.
As deformações patentes nas rochas são então registos, dos mais variados, no material
geológico (rochas, cristais e sedimentos) em resposta às tensões a que as rochas são sujeitas.
Simular condições necessárias à formação de falhas e dobras é impossível em
laboratório, primeiro porque as pressões e temperaturas necessárias são tão altas que é