BARROCO Foi um movimento literário da Contrarreforma, ou seja, da transformação da Igreja Católica, em detrimento da Protestante. Os autores barrocos expressam o conflito interno que as pessoas viviam na época, os principais foram: Gregório de Matos e Padre Antônio Vieira.
Características do Barroco Todo o rebuscamento presente na arte e literatura barroca é reflexo dos conflitos dualistas entre o terreno e o celestial, o homem (antropocentrismo) e Deus ( teocentrismo ), o pecado e o perdão, a religiosidade medieval e o paganismo presente no período renascentista. 1) A arte da contrarreforma; 2) Conflito entre corpo e alma ; 3) O tema da passagem do tempo ; 4) Forma tumultuosa ; 5) Cultismo e conceptismo ;
Figuras de Linguagem no Barroco Metáfora: “ Se és fogo, como passas brandamente? Se és neve, como queimas com porfia?” Antítese: reflete a contradição do homem barroco, seu dualismo. Paradoxo: Opõe-se ao racionalismo da arte renascentista. “ Ardor em firme Coração nascido;pranto por belos olhos derramado;incêndio em mares de água disfarçado;rio de neve em fogo convertido.” Hipérbole: traduz ideia de grandiosidade, pompa.
“ É a vaidade, Fábio, nesta vida, Rosa, que da manhã lisonjeada, Púrpuras mil, com ambição dourada, Airosa rompe, arrasta presumida.” Prosopopeia: personificação de seres inanimados para dinamizar a realidade. *Trecho escrito pelo Padre Antonio Vieira: “No diamante agradou-me o forte, no cedro o incorruptível, na águia o sublime, no Leão o generoso, no Sol o excesso de Luz.”
Didaticamente, o Barroco brasileiro tem seu marco inicial em 1601 , com a publicação do poema épico Prosopopeia , de Bento Teixeira. Autores: BENTO TEIXEIRA (1561-1600); MANUEL BOTELHO DE OLIVEIRA (1636-1711); FREI MANOEL DE SANTA MARIA ITAPARICA; PADRE ANTÔNIO VIEIRA (1608-1697); [GREGÓRIO DE MATOS] GUERRA (1633-1693)
ARCADISMO Foi um movimento resultado de uma reação antibarroca, surgindo nos finais do Século XVIII. Retomou algumas características literárias do Classicismo, como o equilíbrio e a racionalidade, ficando também conhecida como Neoclassicismo. **O Arcadismo brasileiro rompe com a tradição bucólica europeia, colocando na ordem do dia a cor local e o sentimento nativista. Além disso, a proximidade dos poetas árcades com a Inconfidência Mineira os insere em um contexto histórico que não pode ser desprezado por quem pretende compreender o Brasil do século 18.
AUTORES: Tomás Antônio Gonzaga (Dirceu): o principal de sua obra está em Cartas Chilenas (poema satírico em que denuncia os desmandos morais e administrativos do governador de Minas Gerais da época) e em Liras a Marília de Dirceu (em que relata seu amor por Marília, pseudônimo da jovem Maria Dorotéia Joaquina de Seixas).
Cláudio Manuel da Costa ( Glauceste Satúrnio ): publicado em 1768, seu livro Obras (composto de cem sonetos, várias éclogas, epístolas e outras formas líricas) é considerado o marco inicial do Arcadismo no Brasil. O poema épico Vila Rica também se destaca por descrever a descoberta do ouro em Minas Gerais e a formação de Vila Rica - atual Ouro Preto.
José Basílio da Gama ( Termindo Sípílio ): seu poema épico O Uraguai celebra a vitória do comissário real Gomes Freire de Andrade sobre os índios de Sete Povos das Missões - região atualmente pertencente ao Rio Grande do Sul. Frei José de Santa Rita Durão: discute o mito do amor universal no épico Caramuru . A obra conta a história de amor entre o português Diogo Álvares Correa, o Caramuru, e a índia Paraguaçu.
ROMANTISMO Foi o movimento da expressão burguesa nas artes, nas ciências e na cultura. Defendendo a liberdade de expressão, inspirado na frase célebre da Revolução francesa "Liberdade, igualdade e fraternidade". Marco inicial Publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães , em 1836. Marco final Publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas" , de Machado de Assis , em 1881, que inaugura o realismo .
Contexto histórico A Independência é o principal fato político do século 19 e vai determinar os rumos políticos, econômicos e sociais do Brasil até a Proclamação da República (1889). Merece destaque também o Segundo reinado, em que o país conheceu um período de grande desenvolvimento em relação aos três séculos anteriores. Apesar disso tudo, o Brasil continuou um país fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava no latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava .
Poesia ultrarromântica; romances históricos; verso livre; verso branco; nacionalidade ; sentimentos; emoções; Geração Mal-do-Século .
AUTORES: Primeira Geração Romântica: nacionalista ou indianista: Gonçalves de Magalhães (1811-1882); Gonçalves Dias (1823-1864); Araújo Porto Alegre (1806-1879); Segunda Geração Romântica: mal-do-século : Álvares de Azevedo (1831 - 1852); Casimiro de Abreu (1839 - 1860); Junqueira Freire (1832 - 1855); Fagundes Varela (1841 - 1875);
Terceira geração romântica: condoeira Castro Alves (1847 - 1871) ; Sousândrade (1833 - 1902); O desenvolvimento da prosa: Os principais autores do período são: Joaquim Manoel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida, José de Alencar e, constituindo o teatro nacional, Martins Pena.
REALISMO É uma reação contra o romantismo: o romantismo era a apoteose do sentimento; o Realismo é anatomia do caráter. É a crítica do homem. É a arte que pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver na nossa sociedade". Eça de Queiroz. Naturalismo: Pode ser considerado como um realismo mais radical, pois também utilizava a literatura para descrever a realidade, porém com a diferença de se munir de teorias científicas poderosíssimas para constituir seu ponto de vista em relação ao mundo: o materialismo e o determinismo.
O Realismo brasileiro é completamente diferente do europeu. A obra de seu principal autor, Machado de Assis, escapa de qualquer tentativa de classificação esquemática. Naturalismo O principal autor naturalista no Brasil é Aluísio Azevedo. O determinismo social predomina em sua obra, construída através de observação rigorosa do mundo físico e da zoomorfização das personagens. Aluísio é autor de O mulato , Casa de pensão e O cortiço , obras com acentuado caráter investigativo e cuidadosa análise de comportamentos sociais.
Parnasianismo: Foi a escola literária que consagrou o labor do poeta. Foi este movimento que retornou ao clássico, buscando sempre a perfeição poética e estética em suas obras. Refletiu bastante através da poesia sobre o próprio ato poético. Além de caracterizar-se por um exagero nas formas de seus sonetos.
Características gerais Preciosismo : focaliza-se o detalhe; cada objeto deve singularizar-se, daí as palavras raras e rimas ricas. Objetividade e impessoalidade : O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico. Arte Pela Arte : A poesia vale por si mesma, não tem nenhum tipo de compromisso, e se justifica por sua beleza. Faz referências ao prosaico, e o texto mostra interesse a coisas pertinentes a todos. Estética/Culto à forma : Como os poemas não assumem nenhum tipo de compromisso, a estética é muito valorizada. O poeta parnasiano busca a perfeição formal a todo custo, e por vezes, se mostra incapaz para tal.
Aspectos importantes para essa estética perfeita são: Rimas Ricas : São evitadas palavras da mesma classe gramatical. Valorização dos Sonetos : É dada preferência para os sonetos, composição dividida em duas estrofes de quatro versos, e duas estrofes de três versos. Revelando, no entanto, a "chave" do texto no último verso. Metrificação Rigorosa : O número de sílabas poéticas deve ser o mesmo em cada verso, preferencialmente com dez (decassílabos) ou doze sílabas(versos alexandrinos), os mais utilizados no período. Ou apresentar uma simetria constante, exemplo: primeiro verso de dez sílabas, segundo de seis sílabas, terceiro de dez sílabas, quarto com seis sílabas, etc.
Descritivismo : Grande parte da poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, sempre optando pelos que exigem uma descrição bem detalhada como "A Estátua", "Vaso Chinês" e "Vaso Grego" de Alberto de Oliveira. Temática Greco-Romana - A estética é muito valorizada no Parnasianismo, mas mesmo assim, o texto precisa de um conteúdo. A temática abordada pelos parnasianos recupera temas da antiguidade clássica, características de sua história e sua mitologia. É bem comum os textos descreverem deuses, heróis, fatos lendários, personagens marcados na história e até mesmo objetos.
Cavalgamento ou encadeamento sintático ( enjambement ) - Ocorre quando o verso termina quanto à métrica (pois chegou na décima sílaba), mas não terminou quanto à ideia, quanto ao conteúdo, que se encerra no verso de baixo. O verso depende do contexto para ser entendido. Tática para priorizar a métrica e o conjunto de rimas . Como exemplo, este verso de Olavo Bilac : Cheguei, chegaste. Vinhas fatigada e triste. E triste e fatigado eu vinha.
A partir de 1890 , o Simbolismo começou a superar o Parnasianismo. O realismo classicizante do Parnasianismo teve grande aceitação no Brasil, graças certamente à facilidade oferecida por sua poética, mais de técnica e forma que de inspiração e essência. Assim, ele foi muito além de seus limites cronológicos e se manteve paralelo ao Simbolismo e mesmo ao Modernismo em sua primeira fase. Olavo Bilac Alberto de Oliveira Raimundo Correia Francisca Júlia Vicente de Carvalho Luís Delfino Mário de Lima
Simbolismo: O que mais caracterizou essa escola foi o seu misticismo. Os poetas simbolistas não tentavam fazer poesias compreensíveis, pois eles queriam que os leitores se sensibilizassem para a construção poética, por isso utilizavam muitos símbolos, metáforas, linguagem figurada que sugerissem sensações aos leitores.
Principais características Subjetivismo :Os simbolistas terão maior interesse pelo particular e individual do que pela visão mais geral. A visão objetiva da realidade não desperta mais interesse, e, sim, está focalizada sob o ponto de vista de um único indivíduo. Musicalidade :A musicalidade é uma das características mais destacadas da estética simbolista Transcendentalismo: Ênfase no imaginário e na fantasia.
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!... Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas... Incensos dos turíbulos das aras..." [...] Dado esse poema de Cruz e Sousa , percebe-se a obsessão pelo branco.