Revisão de História – Os Anos de Chumbo e o AI-5 3º Série.ppt

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About This Presentation

Revisão de História – Os Anos de Chumbo e o AI-5

O período conhecido como “Anos de Chumbo” faz referência à fase mais dura da Ditadura Militar no Brasil, que se estendeu entre o final da década de 1960 e o início da década de 1970. Essa expressão simboliza o peso da repressão, da ce...


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9º ANO
3º Bimestre - 2025
HISTÓRIA

TEMÁTICA: Totalitarismos e conflitos mundiais.
Matriz de Habilidades Essenciais:
(EF09HI12) Analisar a crise capitalista de 1929 e seus desdobramentos em
relação à economia global.
(GO-EF09HI13-A) Conhecer e identificar as particularidades, a ascensão e a
queda dos diversos estados totalitários no século XX, relacionados com a
Segunda Guerra Mundial.
Objeto de Conhecimento:
Crise de 1929 e ascensão dos Regimes Totalitários.
Caríssimo estudante, segue um breve texto, seguido de um mapa mental a
fim de relembrar como a Crise de 1929 foi um ponto importante para a
formação dos regimes totalitários.

Disponível em: https://abre.ai/mRvu Acesso em: 30 mai. 2025.

A crise de 1929 teve consequências econômicas e sociais profundas, em escala
global, resultando em uma grave recessão econômica, principalmente na Europa.
Na Alemanha, por exemplo, mais de seis milhões de pessoas ficaram
desempregadas, mergulhando o país em uma situação de miséria e instabilidade.
Esse cenário de caos social e econômico levou à descrença nos regimes
democráticos. Diante da insegurança e da pobreza, parte da população passou a
buscar alternativas radicais que prometiam restaurar a ordem, promover o
crescimento econômico e, consequentemente, recuperar o orgulho nacional.
É nesse contexto de crise e instabilidade política que os regimes totalitários, como
o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, conseguiram atrair apoio popular.
Os líderes desses regimes utilizaram a crise como argumento central em seus
discursos, prometendo a reconstrução econômica.

No caso da Alemanha, além dos efeitos da crise, havia ainda o ressentimento em
relação ao Tratado de Versalhes, que impôs duras punições ao país após a
Primeira Guerra Mundial. Hitler explorou esse sentimento de humilhação para
fortalecer seu discurso nacionalista, o que também contribuiu para a escalada
rumo à Segunda Guerra Mundial.
A crise de 1929 criou um ambiente de profunda instabilidade, que serviu como
terreno fértil para o crescimento desses regimes na Europa, ao enfraquecer as
instituições democráticas e abrir espaço para líderes autoritários que prometiam
soluções rápidas e eficazes por meio do controle total do Estado.
Fonte: Equipe NUREDI.

1.Considerando as informações presentes no Texto I, de que maneira a crise de
1929 contribuiu para o enfraquecimento dos regimes democráticos e a
ascensão dos regimes totalitários?
2. Qual foi o papel do Tratado de Versalhes no fortalecimento do discurso
nazista na Alemanha? Explique como esse fator se relaciona com as
condições sociais e políticas da época.
3. O que levou a população a apoiar esses líderes autoritários? Utilize
argumentos apresentados no texto para justificar sua resposta.

Leia o texto
Texto II
Sistemas Totalitários: como foram na Europa do século XX?

Os sistemas totalitários foram regimes políticos que existiram na primeira metade
do século XX marcado pelo autoritarismo, em que o poder se concentrava de
forma absoluta nas mãos de um líder, partido ou ideologia política.
Surgimento dos Sistemas Totalitários: contexto entre guerras.
Na Europa, os sistemas totalitários iniciaram aos poucos como uma adaptação ao
cenário da época e como uma possível forma de solução para os problemas que
estavam ocorrendo naquele período. Datado entre as décadas de 1920 e 1930,
que é conhecido como o período entre guerras, os regimes começaram a surgir
como resposta ao sentimento após a Primeira Guerra Mundial.
O cenário na Europa no pós-guerra foi de muita destruição, imensas perdas e,
claro, pelas crises econômicas, políticas e sociais que afetaram a vida da
população. A dimensão do desastre era inédita, e muitos jamais imaginariam
enfrentar algo tão impactante em suas existências.

Naquele período, predominavam a desconfiança e a insegurança em relação às políticas
adotadas antes da Primeira Guerra Mundial, com críticas à democracia e ao liberalismo,
vistos por muitos como opções políticas insatisfatórias. É nesse contexto, que o
autoritarismo é visto como uma saída política.
Características dos sistemas totalitários
Culto ao líder: De forma a enfatizar a sua importância e soberania, a sua imagem era
fixada em fachadas de prédios, escolas, praças e em todos os lugares onde havia grande
circulação, justamente com a intenção de doutrinar o povo e as novas gerações.
Unipartidarismo: Todos os regimes totalitários suprimiam a existência dos partidos, e
somente o partido do governo tinha a permissão de funcionar.
Centralização do poder: O poder político no totalitarismo é centralizado no líder e/ou
partido.
Uso do terror: O terror era uma arma dos regimes totalitários para amedrontar seus
opositores e perseguir grupos enxergados como “inimigos do Estado”.

Censura: A censura era uma prática comum a jornais e à população em geral. Regimes
totalitários não aceitavam críticas, denúncias e não aturavam a existência de uma
oposição.
Militarização: Exaltação do exército e militarização da sociedade.
Nacionalismo exacerbado: No totalitarismo, o nacionalismo apropriou-se de forma
extremista, difundindo exclusão e perseguição contra outros povos ou etnias.
Modelos de regimes totalitários na Europa.
 
Fascismo
O Fascismo surgiu de fato em 1919, com a criação do Fasci Italiani di
Combattimento.
 Grupo fundado por Benito Mussolini, que posteriormente passou a ser
chamado de Partido Nacional Fascista. E só em 1922, começou a ganhar fama com a
marcha sobre Roma, quando Mussolini foi nomeado primeiro-ministro italiano.

Essa ascensão de Mussolini ao poder aconteceu no contexto de crise política e econômica na
Itália, e numa tentativa de solução destes problemas, os italianos estavam dispostos a concordar
com essa nova tomada política. Em 1925, Benito Mussolini se autodeclara ditador da Itália, o que
consolidou o totalitarismo no país.
O Fascismo pode ser identificado como o primeiro movimento totalitário na Europa, além de ser
um dos percussores de políticas conservadoras, e justamente por isso, foi um dos exemplos a ser
seguidos pelos demais autoritarismo europeus.
Nazismo
O período entreguerras para a Alemanha foi delicado e cheio de ressentimentos, ainda mais
depois do Tratado de Versalhes em 1919, que determinava que a Alemanha fora a responsável
por causar a guerra e, por termos do tratado, estava obrigada a reparar os danos de algumas
nações da Tríplice Entente.

Com o contexto gerado, o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães foi
criado em 1919 com o objetivo de reparar o caos que estava instalado. Com a liderança
de Adolf Hitler, o Partido Nazista foi a favor de medidas autoritárias para resgatar a
Alemanha dos tempos passados.
A ideologia nazista, baseada do livro “Minha Luta”, de Hitler, pregava o antimarxismo,
antiliberalismo e o antissemitismo – o ódio contra o povo judeu. Ideais esses que foram
usados, de maneira autoritária, para defender a raça alemã como algo superior a todos
os demais povos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Partido Nazista usou de retóricas militaristas,
expansionistas e de pureza de raça, para exterminar milhões de pessoas que não se
encaixavam dentro do padrão de raça alemã.

Outros modelos
Além dos principais exemplos de regimes totalitários que marcaram a Europa do Século
XX, outros movimentos com características semelhantes também emergiram, como o
Salazarismo em Portugal, e o Franquismo, na Espanha.
Com o mesmo contexto de perdas e tristezas do pós-guerra, os cidadãos espanhóis e
portugueses estavam desacreditados nos mesmos discursos.
O Salazarismo foi um regime ditatorial entre 1933 e 1974. O termo faz menção a António
de Oliveira Salazar, seu líder. Conhecido como o Estado Novo português, o salazarismo
foi iniciado com a promulgação de 1933. O período foi marcado por políticas
antidemocráticas, antiliberais, centralizadoras, colonialistas e conservadoras.

Seu encerramento foi em 1974, partindo da Revolução dos Cravos, golpe civil-militar que
destituiu Marcello Caetano, o substituto de Salazar.
O Franquismo faz referência ao general Franciso Franco, que detinha o poder na Espanha
entre 1939 e 1975. Desde o início da República Espanhola, o país sofria com vários
debates nos setores conservadores e militares, dizendo que essa mudança foi comandada
pela esquerda.
Com o passar dos anos, Franco e outros simpatizantes do fascismo italiano, articularam
um golpe contra o governo de esquerda. Francisco Franco instalou um período autoritário
na Espanha, que só teve fim após algumas décadas do fim da guerra.
Pontua-se a existência de um debate entre historiadores acerca do caráter totalitário do
governo stalinista. Eric Hobsbawm, por exemplo, afirma que a ditadura stalinista não foi
totalitária; enquanto outros intelectuais, como Hannah Arendt, compreendem que esse
movimento foi totalitário.

Josef Stalin (1879-1953) assumiu o poder da União Soviética após a morte de Lenin. O
stalinismo surge mediante uma interpretação particular do Stalin do marxismo, que durou
de 1924 até 1953. Os principais aspectos do stalinismo revelam a exclusão da religião da
vida pública, o fim da propriedade privada, o culto ao líder, a perseguição de opositores, a
militarização, entre outros.
Um dos principais estudos sobre o totalitarismo, é da filosofa Hannah Arendt, segundo ela,
o totalitarismo une dois fenômenos em sua potencialidade: o medo e o terror. O Estado
total transforma a coletividade em um único corpo, de modo que
 
anula a
individualidade.
 
Isso ocorre para a promoção de uma sociedade que pensa da mesma
maneira e apoia a atuação do líder totalitário.

A outra modalidade de totalitaristas apresentada pela autora é das pessoas que não
acreditavam no que estavam fazendo. Simplesmente agiam para conseguir alguma
vantagem pessoal. Para a filósofa, o que as ideologias totalitárias visam não é a
transformação do mundo exterior ou a transformação revolucionária da nossa sociedade,
mas sim a
 
transformação da própria natureza humana.
Ao longo da história, as experiências totalitárias apresentam a forma mais extrema e
completa de autoritarismo. Isso acarretou inúmeras violações aos direitos humanos e um
verdadeiro contraste aos ideais democráticos.
Texto de Matheus Jeremias e Ana Lívia Novaes – Adaptado.
Disponível em: https://abre.ai/mTJv e https://abre.ai/mTJB.
Acesso em: 05 jun. 2025.

4. Considerando o Texto II, explique que maneira o culto ao líder e o uso do terror
foram estratégias eficazes para a manutenção do poder nos regimes totalitários?
5. Quais os fatores históricos e sociais contribuíram para a ascensão dos regimes
totalitários?
6. Explique, com base no texto II, como o medo e o terror foram utilizados para
anular a individualidade e consolidar o regime totalitário, segundo Hannah Arendt.

Leia o texto
Texto III
Segunda Guerra Mundial: O conflito mais sangrento da história.

A Segunda Guerra Mundial foi um dos maiores e mais devastadores conflitos da história
da humanidade, ocorrendo entre 1939 e 1945.
A guerra foi causada principalmente pelo choque de interesses das nações após a
Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e pelas pretensões de alguns países, sobretudo da
Alemanha, de ampliar seu poderio econômico e territorial na Europa e no mundo.
Antecedentes da 2ª Guerra Mundial
As condições impostas à Alemanha ao final da 1ª Guerra Mundial, em 1918, com a perda
de territórios e pesadas indenizações a pagarem, provocaram forte descontentamento da
população alemã e favoreceram a ascensão do nazismo ao poder, em 1933.
Desde sua ascensão, o regime nazista adotou uma política militarista e defendeu uma
doutrina de expansão do território alemão. As potências ocidentais conviveram com essa
política externa alemã por alguns anos, considerando prioritário bloquear a influência da
URSS e do comunismo na Europa.

Em 1935, a Alemanha reiniciou a produção de armamentos e restabeleceu o serviço militar
obrigatório, violando os termos do Tratado de Versalhes, assinado no final da 1ª Guerra
Mundial. Um ano depois, a Alemanha ocupa a Renânia e dá início a uma ofensiva
diplomática forjando alianças externas. Oferece ajuda econômica à Itália fascista e apoia o
líder conservador Francisco Franco na Guerra Civil Espanhola.
Em 1938, o estado alemão domina a Áustria com o apoio do governo local. Depois, recebe
o aval da França e da Grã-Bretanha para incorporar os Sudetos, região da
Tchecoslováquia habitada por alemães, com a condição de não invadir a Polônia. Hitler
aproveita ainda o temor da URSS em relação às potências ocidentais para assinar um
acordo de não agressão com o líder soviético Josef Stalin: o Pacto Germânico-Soviético,
de 23 de agosto de 1939.
Abre-se, assim, para Hitler, o caminho a leste para invadir a Polônia. Seu objetivo imediato
era recuperar a zona do Corredor Polonês, unindo o território da Alemanha à Prússia
Oriental (atualmente, parte da Polônia e da Federação Russa).

Ataque alemão: o início da 2ª Guerra Mundial
Em 1º de setembro de 1939, as tropas alemãs invadem a Polônia e empreendem uma
estratégia militar de “ofensiva-relâmpago”, que se tornou conhecida por seu nome em
alemão, “blitzkrieg”. É estabelecido um governo nazista na região dominada (porção
ocidental da Polônia, de norte a sul), e inicia-se a perseguição às minorias, sobretudo aos
judeus, cuja população era numerosa na Polônia. O Reino Unido, comprometido com a
defesa polonesa, e a França, aliada inglesa, declara guerra à Alemanha.
Liberado militarmente na frente oriental pelo acordo com Stalin, Hitler deflagra uma
ofensiva do lado ocidental, e consegue uma rápida ocupação militar da Dinamarca,
Noruega, Holanda (Países Baixos) e Bélgica.

Em junho de 1940, Hitler submete metade do território francês à ocupação das forças
nazistas. Após a tomada de Paris pelos nazistas e a assinatura pelo governo francês do
armistício com os alemães, o subsecretário de Defesa Nacional Francesa, o general
Charles de Gaulle, exila-se no Reino Unido e passa a dirigir a Resistência Francesa.
Em setembro de 1940, é formalizado o Eixo, pacto entre Alemanha, Itália e Japão,
estabelecendo o apoio mútuo entre os países em caso de ataque por potência ainda não
envolvida na guerra, no caso, os Estados Unidos.
Com o avanço no front ocidental consolidado, Hitler reorienta a sua máquina de guerra
para o Leste Europeu: rompe o pacto de não-agressão com a URSS, e o território da
União Soviética é invadido, em junho de 1941. Nesse momento, a Alemanha já dominava
vários países do Leste Europeu, como Romênia, Bulgária e Hungria, além da Iugoslávia e
Grécia. O Exército soviético tenta reagir em contra-ataques, a Alemanha passa a lutar em
duas frentes de guerra.

A entrada dos Estados Unidos na Guerra
Até o final de 1941, os Estados Unidos não haviam se envolvido diretamente na 2ª Guerra
Mundial. Os japoneses provocaram a entrada dos EUA ao bombardear a base naval norte-
americana de Peral Harbor, no Havaí, em dezembro de 1941. A partir desse episódio,
definem-se os dois grupos em conflito. De um lado, os países do Eixo (Alemanha, Itália e
Japão) e, de outro, os Aliados (Reino Unido, França, EUA, URSS).
Stalingrado e o Dia D: a virada na 2ª Guerra Mundial
A ofensiva geral das tropas do Eixo é interrompida no início de 1943, após mais de três
anos de luta. A batalha decisiva, que muda os rumos da guerra, ocorre em Stalingrado
(atual Volgogrado), no sul da URSS. O ataque a Stalingrado, iniciado em agosto de 1942,
marcou o auge territorial da presença militar nazista na guerra. A batalha durou quase seis
meses e levou à morte de mais de um milhão de pessoas.
Em janeiro de 1943, o Exército alemão é derrotado em Stalingrado, e, depois disso, as
tropas soviéticas iniciam uma gradual avanço para o oeste, recuperando territórios sob
domínio militar alemão.

Os Aliados desembarcam na Sicília, no sul da Itália, em julho de 1943, combatendo o
estado fascista de Benito Mussolini, aliado de Hitler. Em 44, o Exército soviético alcança
vitórias na Romênia, na Bulgária e na Iugoslávia, enquanto na Albânia e a Grécia
expulsam as tropas alemãs.
Em 6 de junho de 1944, ocorreu o emblemático Dia D, marcado pelo desembarque de 155
mil soldados aliados nas praias da Normandia, na França, em uma grandiosa operação
militar que mobilizou mais de 1.200 navios de guerra e cerca de 1.000 aviões.
Ainda em 1945, o Brasil, que havia declarado guerra aos países do Eixo em 1942, enviou
tropas para combater na Itália. Com a derrota das forças alemãs nesse território, Benito
Mussolini foi capturado e executado em 28 de abril de 1945. No mesmo período, os
soviéticos libertaram a Polônia e ocuparam Berlim, sinalizando de forma clara o iminente
colapso do regime nazista.

A derrota da Alemanha nazista foi selada em 8 de maio de 1945, com a rendição
incondicional assinada em Berlim. Pouco antes, Adolf Hitler havia se suicidado em
seu bunker, diante do avanço das tropas soviéticas sobre a capital alemã.
No pacífico, o Japão ainda resistia. A guerra só teve um desfecho definitivo após
os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945. As
cidades foram arrasadas respectivamente por ordem dos Estados Unidos,
forçando o imperador japonês a anunciar a rendição formalizada em setembro do
mesmo ano.

O fim da guerra resultou em profundas mudanças geopolíticas. A Alemanha foi
dividida, o mundo testemunhou a criação da Organização das Nações Unidas
(ONU) e a Guerra Fria teve início com a ascensão das superpotências EUA e
URSS. Além disso, o horror revelado nos campos de concentração nazistas deu
origem a um novo compromisso com os direitos humanos e à condenação do
Holocausto.
Disponível em: https://abre.ai/mUmM
Acesso em: 06 jun. 2025.
Texto de autoria de Paulo Zocchi – Adaptado.

7. Como as ações da Alemanha entre 1935 e 1939, no campo da política externa,
violaram tratados internacionais e favoreceram o início da Segunda Guerra Mundial?
8. Explique como o rompimento do pacto germano-soviético afetou a dinâmica da guerra
para a Alemanha e a União Soviética.
9. Qual a estratégia militar utilizada pela Alemanha na invasão da Polônia em 1939 e
quais foram suas principais consequências para a população local?
10. Quais acontecimentos decisivos em 1945 levaram à rendição da Alemanha e do
Japão, e de que forma cada um deles contribuiu para o fim da Segunda Guerra Mundial?
11. Como o desfecho da Segunda Guerra Mundial impactou a reorganização política
mundial e levou à criação de novas instituições internacionais?

12. A ONU foi criada em 1945 para garantir a paz e a cooperação entre os países após a Segunda Guerra
Mundial. Considerando o cenário geopolítico atual, analise como a atuação da ONU contribui ou encontra
limites, na resolução de conflitos na atualidade e na defesa dos direitos humanos.

13. (Enem 2017 – Adaptada) Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela
ONU, em 1948, a Unesco publicou estudos de cientistas de todo o mundo que
desqualificaram as doutrinas racistas e demonstraram a unidade do gênero humano. Desde
então, a maioria dos próprios cientistas europeus passou a reconhecer o caráter
discriminatório da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar as
aberrações cometidas em seu nome.
SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, nº 23, 1999(adaptado).
A posição assumida pela Unesco, a partir de 1948 foi motivada por acontecimentos então
recentes, dentre os quais se destacava o(a)
(A) ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl Harbor.
(B) desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre nações.
(C) morte de milhões de soldados nos combates da Segunda Guerra Mundial.
(D) execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração nazistas.

14. Qual o impacto do Holocausto para a humanidade e como ele influenciou a
criação de instituições internacionais?
15. Atualmente, vemos o crescimento de discursos de ódio, racismo, xenofobia,
antissemitismo e negação histórica. De que forma o estudo do Holocausto pode
contribuir para a prevenção de atos de intolerância na sociedade atual?

TEMÁTICA: República brasileira.
Matriz de Habilidades Essenciais:
(EF09HI17) Identificar e analisar processos sociais, econômicos, culturais e políticos do
Brasil a partir de 1946.
 
Objeto de Conhecimento:
A República brasileira entre 1945-1964.
Caríssimo estudante, iniciamos o bimestre, relembrando um pouco como a crise de 1929
abalou o mundo economicamente, criando condições propícias para a formação dos
regimes totalitários e consequentemente a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Agora
vamos nos debruçar para estudar como esses conflitos influenciaram diretamente na
chamada Quarta República brasileira, que levaram ao Golpe Civil-Militar em 1964.

Leia o texto.
Texto IV
A Quarta República Brasileira ou República Populista
O período da história política do Brasil que se inicia após a Era Vargas, em 1946, e
se encerra com o Golpe Civil-Militar de 1964, ficou conhecido como Quarta
República Brasileira ou República Populista. Durante esses anos, o país vivenciou
um expressivo crescimento econômico e industrial, acompanhado por um processo
acelerado de urbanização. Contudo, esse progresso veio acompanhado do
agravamento das desigualdades sociais já existentes.
Esse período foi caracterizado pelo retorno do pluripartidarismo (existência de
vários partidos políticos) no país, algo que havia sido proibido com o Estado Novo.
Esse quadro político tomou forma a partir do Ato Adicional, decretado por Vargas
no começo de 1945. Por essa ordem, foram criadas as condições para a formação
de novos partidos políticos para o Brasil.

Os três grandes partidos que atuaram ao longo da Quarta República foram:  
•União Democrática Nacional (UDN) – partido de orientação conservadora e que tinha
uma visão bem moralista da política. Eram altamente antivarguista e anticomunistas. Ao
longo desse período, tentaram por diversas vezes tomar o poder a partir de medidas
golpistas que iam contra a legalidade constitucional. Um grande representante desse
partido foi Carlos Lacerda.
•Partido Social Democrático (PSD) – esse partido surgiu a partir da estrutura burocrática
criada por Getúlio Vargas durante o Estado Novo. Além de ter sido criado pelos
interventores que haviam sido nomeados por Vargas, o PSD teve grande capacidade
eleitoral. Os quadros do PSD eram extremamente habilidosos em angariar votos e eleger
candidatos, o que fez dele o maior partido do período. Um grande nome desse partido foi
Juscelino Kubitschek.
•Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – foi criado por Vargas como continuidade do seu
projeto de estabelecer uma política de aproximação com as massas, sobretudo dos
trabalhadores urbanos. Ao longo da Quarta República, o PTB aproximou sua política para
implantar medidas defendidas pela esquerda. Os grandes nomes desse período foram
Getúlio Vargas e João Goulart.
 

Além do pluripartidarismo, a Quarta República esteve sob as diretrizes da Constituição de
1946. Essa Constituição foi elaborada e promulgada logo após a posse do primeiro
presidente eleito nesse período, Eurico Gaspar Dutra. A Constituição de 1946 trouxe
algumas melhorias, sobretudo em questões democráticas para o Brasil, pois restabeleceu
direitos que haviam sido suspensos durante o período varguista e possibilitou a ampliação
da quantidade de eleitores no Brasil.
Principais Acontecimentos
 
A Quarta República foi marcada por um intenso processo de industrialização,
especialmente durante o governo de Juscelino Kubitschek. Ao longo dessas duas
décadas, o Brasil também experimentou um expressivo crescimento da população urbana,
impulsionado pela migração de trabalhadores rurais para as cidades, em razão das
dificuldades enfrentadas no campo.
O primeiro presidente desse período foi o Eurico Gaspar Dutra, da chapa PSD/PTB. O
governo de Dutra foi marcado pela aplicação de duas políticas econômicas, inicialmente
um liberal e outra caracterizada pela intervenção do Estado na economia.

Em seu governo, Dutra desenvolveu mecanismos que restringiram consideravelmente o
direito dos trabalhadores à greve. O grande destaque do seu governo foi sua política
externa. A partir de 1947, o governo Dutra alinhou-se incondicionalmente com os
interesses dos EUA no contexto da Guerra Fria e passou a
 
perseguir 
organizações de
trabalhadores e partidos de esquerda. O PCB, por exemplo, foi colocado na ilegalidade em
1947.
Em 1950, Getúlio Vargas retornou como presidente do Brasil, dessa vez de maneira
democrática. O segundo governo de Vargas foi um período atribulado e de grande crise
política, sobretudo pela oposição que o projeto político-econômico do governo recebeu e
pela alta da inflação.
Em seu segundo governo, Vargas procurou implantar uma política de
 
desenvolvimento
nacionalista, 
o que desagradou fortemente aos grupos da oposição, representados,
principalmente, pela UDN e que estavam ligados ao capital internacional. Um dos motes
desse projeto foi a nacionalização dos direitos de exploração do petróleo, o que levou à
criação da
 
Petrobras.

A crise política do governo de Vargas acentuou-se com a insatisfação da população com a
alta da inflação e do custo de vida, levando a greves e manifestações. A nomeação de
João Goulart para o Ministério do Trabalho fez com que o governo de Vargas fosse
acusado pela oposição de ser comunista – o que era falso.
A crise desse governo chegou a um ponto insustentável quando Carlos Lacerda, principal
opositor de Vargas e líder da UDN, sofreu um
 atentado que resultou na morte de seu
guarda-costas, um major da Aeronáutica. A crise que se desdobrou disso levou Vargas ao
isolamento, até que, no dia 24 de agosto de 1954, cometeu suicídio.
Após o suicídio de Vargas, a crise política no Brasil acentuou-se e, em um período de 17
meses, o Brasil teve uma sucessão de três
presidentes:
 
Café Filho,
 
Carlos Luz 

Nereu Ramos. A oposição udenista articulou-se
para tentar barrar as eleições de 1955, mas o Ministro da Guerra, Henrique Teixeira Lott,
realizou um contragolpe (conhecido como Golpe Preventivo) que garantiu a posse de JK.

Juscelino Kubitschek, candidato da chapa PSD/PTB, foi eleito presidente em uma eleição
bem apertada contra o candidato udenista, Juarez Távora. Durante seu governo, impôs um
projeto intenso de modernização econômica e industrialização do Brasil. Conhecido como
Plano de Metas, defendia a priorização dos investimentos em algumas áreas da economia
brasileira.
JK investiu maciçamente no desenvolvimento da malha rodoviária do Brasil e na ampliação
da capacidade energética do país. Outra área que recebeu pesados investimentos foi a de
infraestrutura dos portos. O projeto de JK também incluía a instalação de indústrias
estrangeiras no país, o que contribuiu para a geração de empregos.
O maior símbolo de modernização desse governo foi a construção da nova capital do
Brasil, a cidade de Brasília (inaugurada oficialmente em 1960). No entanto, os altos gastos
de JK contribuíram para o endividamento do Brasil e para o crescimento da inflação,
enquanto os baixos investimentos em educação e produção de alimentos geraram
problemas que se agravaram na década de 1960.

Em 1960, pela primeira vez um candidato udenista chega à presidência: Jânio Quadros.
Sua campanha foi baseada em um discurso moralista, no qual afirmava que limparia a
política brasileira de toda a imoralidade. O governo de Jânio, no entanto, foi repleto de
medidas
 desastrosas.
A postura de Jânio na presidência fez com que conflitos com o Congresso surgissem,
inclusive, com a sua própria base de apoio, formada pela UDN. Além disso, Jânio tomou
medidas na economia que levaram ao aumento no custo de vida e medidas peculiares
que desagradaram à população (como a proibição do uso de biquíni nas praias). Porém,
foi sua política externa que pôs fim ao apoio que lhe restava. Jânio adotou um modelo de
política externa independente, na qual o país realinhava suas relações com os EUA e
abria o caminho para negociações diplomáticas com o bloco soviético. Isso desagradou
fortemente aos seus aliados conservadores. Jânio, isolado, renunciou à presidência ainda
em 1961.
A sucessão presidencial foi conturbada, com o exército rejeitando a posse de Jango (João
Goulart) por suspeita de comunismo. Para evitar uma guerra civil, adotou-se o
parlamentarismo como solução política.

O parlamentarismo foi breve e, em 1963, Jango retomou os poderes presidenciais. Ele
então propôs as Reformas de Base, que buscavam mudanças estruturais, mas
enfrentaram forte resistência, especialmente na Reforma Agrária, paralisando seu governo.
A oposição, liderada pela UDN, começou a conspirar contra o governo de João Goulart,
com o PSD também aderindo ao movimento.
A tensão aumentou com o comício realizado por Jango na Central do Brasil, em março de
1964, onde reafirmou seu compromisso com as reformas, o que intensificou o clima de
confronto.
Poucos dias depois, em 31 de março de 1964, setores das Forças Armadas, com apoio de
políticos conservadores, do grande empresariado do Brasil e com influência dos Estados
Unidos, deram início ao golpe civil-militar. João Goulart recusou-se a resistir militarmente
para evitar uma guerra civil e se exilou no Uruguai. Assim, seu governo foi encerrado e
teve início a Ditadura Militar, que duraria 21 anos no Brasil.
Texto de Daniel Neves Silva – Adaptado.
Disponível em: https://abre.ai/mWv3.
Acesso em: 12 jun. 2025.

16. Quais os principais avanços e desafios enfrentados pelo Brasil durante a Quarta
República?
17. De que maneira o pluripartidarismo influenciou a dinâmica política do Brasil, entre
1946 e 1964?

18. (UDESC – Adaptado) Sobre o período que sucede o Estado Novo, até a ocorrência
do Golpe Civil-Militar (1945-1964), é correto afirmar:
A) Jânio Quadros e João Goulart uniram forças na oposição e renunciaram juntos,
permitindo a formação de uma junta militar e de um governo democrático.
B) Após o Estado Novo, houve um retorno ao autoritarismo, com a reimplantação da
Constituição de 1937.
C) A redemocratização do Brasil só aconteceu com o Ato Institucional nº 1, criado pelos
militares.
D) Houve, por um breve período, a adoção do regime parlamentarista.

19. (FIP-Moc – Adaptado) O discurso de posse de Jânio Quadros foi uma denúncia das condições
em que recebia o governo: “sacamos contra o futuro muito mais do que a imaginação ousa arriscar
(...) cumpre agora saldar amargamente”.
Fonte: RICUPERO, Rubens – A diplomação na construção do Brasil – 1750-2016. Versal Editora, 2017.
A situação descrita é justificada pelo:
A) Crescimento da taxa inflacionária e do déficit orçamentário, no período final do governo de
Juscelino Kubitschek.
B) Desastre da política de valorização dos Mil Réis, resultando em uma balança comercial
desfavorável aos interesses nacionais.
C) Aumento de 100% do salário mínimo, proposto por João Goulart, Ministro da Economia, no
segundo Governo Vargas.
D) Término do chamado “Milagre Econômico”, resultante da desvalorização do dólar, moeda de cota
de petróleo.

20. Quais os impactos positivos e negativos do Plano de Metas implantado durante
o governo de Juscelino Kubitschek?
21. O governo de João Goulart (1961–1964) foi marcado por grande instabilidade
política, sendo constantemente ameaçado por articulações golpistas e disputas
entre diferentes forças sociais e institucionais. De que maneira as propostas de
Jango contribuíram para o aumento da oposição ao seu governo?

TEMÁTICA: Ruptura Democrática.
Matriz de Habilidades Essenciais:
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-
militar no Brasil e discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à
justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.
 
Objeto de Conhecimento:
Ditadura Militar no Brasil.

Leia o texto.
Texto V
 
Ditadura Militar no Brasil.
 
Desde a sua proclamação em 1889, a República brasileira passou por diversas fases,
cada uma marcada por características políticas e sociais distintas. Entre 1945 e 1964, o
país vivenciou um período de grande instabilidade política e crises econômicas, com
destaque para a inflação crescente. Nesse contexto, intensificado pela Guerra Fria, o
medo do comunismo pairava por toda a sociedade brasileira, contribuindo para uma forte
polarização política. Esse cenário instável tornou-se propício para a intervenção militar
que, a partir de 1964, deu início a uma ditadura que duraria 21 anos.

O que estava acontecendo no Brasil antes da Ditadura Militar?
Jânio Quadros assumiu a presidência da República em 1961 e nesse mesmo ano
renunciou ao cargo. A partir disso, seu vice, João Goulart, foi quem assumiu seu lugar. A
grande questão é que Jânio Quadros e João Goulart eram de partidos políticos diferentes
e tinham projetos opostos para o país.
O projeto de governo de João Goulart, estava baseado nas chamadas “reformas de
base”, que incluíam mudanças nas áreas fiscal, administrativa, universitária e,
principalmente agrária. Esta última era a mais polêmica, pois enfrentava forte resistência
dos grandes latifundiários e boa parte dos parlamentares no Congresso Nacional.
Em 13 de março e 1964, Jango fez um comício na Central do Brasil, defendendo suas
reformas. O discurso de Jango reforçou os temores das elites, militares e setores
conservadores sobre uma guinada à esquerda ou aproximação com o comunismo.

 
Logo após, no dia 19 de março de 1964, em resposta as propostas de João Goulart,
setores conservadores organizaram a Marcha da Família com Deus pela Liberdade,
uma grande manifestação anticomunista realizada em São Paulo. Na prática, a marcha
representou o apoio civil ao golpe militar que se desenhava, reforçando a ideia de que
havia respaldo popular para a derrubada de Goulart.

 
 
E o envolvimento dos Estados Unidos?
 
É importante lembrar que esse contexto se deu em plena Guerra Fria, período marcado
pelo temor do chamado “perigo comunista”. Após o fim da Segunda Guerra Mundial,
iniciou-se um conflito ideológico e geopolítico entre os Estados Unidos, defensores do
capitalismo, e a União Soviética, representante do socialismo, em uma disputa pela
supremacia econômica, política e militar no cenário global.
Nesse cenário, os Estados Unidos, com medo da expansão socialista, principalmente
depois da Revolução Cubana, passaram a intervir ativamente nos países da América
Latina para impedir o crescimento das ideias consideradas comunistas. As ditaduras
militares na região foram mecanismos para frear esses movimentos e tanto no Brasil,
quanto em outros países latino americanos, foram apoiados pelo Estados Unidos.

 
 
O golpe: o início da ditadura militar no Brasil.
No dia 31 de março de 1964, tanques do exército foram enviados ao Rio de Janeiro, onde se encontrava o
presidente João Goulart. Três dias depois, diante da pressão militar, Jango deixou o país e exilou-se no
Uruguai, enquanto uma junta militar assumia o controle do governo. Em 15 de abril, o general Humberto de
Alencar Castello Branco foi empossado como presidente, sendo o primeiro de cinco militares a comandar o
país durante o regime que ficaria conhecido como ditadura militar, vigente até 1985.

 
 
Os governos militares
A partir do golpe, o país passou a ser governado por militares, em um regime autoritário.
Durante todo o período da ditadura militar, cinco generais assumiram a presidência da
República. Vale lembrar, que nesse período ocorreram eleições indiretas e os presidentes
eram escolhidos pelo Congresso. Eram processos antidemocráticos, pois o partido que
estava no governo, ARENA, possuía o controle tanto da Câmara de Deputados, quanto
do Senado Federal.
Castello Branco e os Atos Institucionais
Castello Branco foi o primeiro presidente militar (1964-67), e foi em seu governo que foi
declarado o primeiro ato institucional, conhecido como AI-1.
Atos Institucionais eram decretos e normas, muito utilizados durante a ditadura. Eles
davam plenos poderes aos militares e garantiam a sua permanência no poder. Dentre as
principais medidas asseguradas pelo AI-1 estavam o fim das eleições diretas. As eleições
diretas estaduais também foram suspensas e em 1967 uma nova Constituição entrou em
vigor.

Em 1965, por meio do Ato Institucional nº 2, todos os partidos foram fechados e foi
adotado o bipartidarismo. A partir desse momento passaram a existir apenas dois
partidos: a Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e o Movimento Democrático Brasileiro
(MDB). Enquanto o primeiro apoiava o governo, o segundo partido representava a
oposição consentida, porém, havia várias restrições à sua atuação. Essa medida, ao
mesmo tempo em que fortalecia o Poder Executivo, proporcionava uma imagem de
legalidade à ditadura, pois mantinha o Congresso Nacional em funcionamento (apesar de
ter sido fechado em alguns momentos).
O AI-2 mudou ainda dispositivos constitucionais, alterando o funcionamento do
 Poder
Judiciário
 e concentrando cada vez mais poder no Executivo.
Costa e Silva e o AI-5
O governo Costa e Silva (1967-69) foi marcado por muita repressão, violência, tortura aos
opositores di regime e restrição aos direitos políticos e à liberdade de expressão.

A insatisfação de parcela da população com as medidas antidemocráticas fez crescer o
número de manifestações, sendo uma das maiores a Passeata dos 100 mil. Nessa
ocasião, o estudante Edson Luís foi morto em confronto com a polícia, o que gerou
grande comoção e fortaleceu a oposição ao regime.
Em resposta, Costa e Silva promulgou o AI-5, que fechou o Congresso por tempo
indeterminado, decretou estado de sítio, casou mandatos de prefeitos e governadores e
proibiu a realização de reuniões. Esse decreto dava o direito ao governo de punir
arbitrariamente os inimigos do regime, é considerado o golpe mais duro da Ditadura
Militar no Brasil.
Esse período também ficou conhecido como “anos de chumbo” e, em resposta ao regime
repressivo, surgiram diversos grupos armados, contra os quais houve forte repressão por
parte dos militares.

Médici e o “milagre econômico”
O governo de Médici (1969-74), é considerado o período de maior repressão dos
governos militares. A censura dos meios de comunicação se intensificou e muitos
prisioneiros políticos foram torturados e mortos.
O período também ficou conhecido como o “milagre econômico” devido ao crescimento
acelerado do PIB, impulsionado por medidas como restrição ao crédito, corte de salários e
direitos, aumento de tarifas públicas e controle da inflação, além de grandes
investimentos em infraestrutura. A construção de mais de 1 milhão de casas com o apoio
do Banco Nacional de Habitação (BNH) e o crescimento do setor de bens duráveis,
reforçou a percepção de um grande avanço econômico.
O crescimento da economia somado à euforia após a conquista da Copa do Mundo de 70,
levou o governo militas a adotar campanhas publicitárias ufanistas.

Apesar do crescimento, o “milagre econômico” resultou em uma enorme dívida externa,
tornando o Brasil dependente de empréstimos internacionais nos anos seguintes. Além
disso, esse “milagre” foi acompanhado de maior desigualdade de renda. A riqueza se
concentrou ainda mais nas mãos dos ricos, enquanto a camada de pobres da população
teve sua situação econômica e social ainda mais precarizada.
Em 1971, foi promulgado um decreto-lei que tornava ainda mais rígida a
 
censura à
imprensa, os grupos de esquerda sofriam fortes repressões e foram criadas instituições
para lutar contra eles, como o
 
Departamento de Operações Internas 
(DOI) e o 
Centro
de Operação da Defesa Interna 
(CODI). Estes órgãos eram utilizados como centros de
aprisionamento e tortura e estavam localizados nas principais cidades do Brasil.
A crise do petróleo em 1973 agravou a inflação no Brasil, que chegou a 242,24% ao final
da ditadura. Com a queda nos investimentos, no consumo e no emprego, o regime militar
começou a perder apoio popular.

Geisel e o início da abertura política
 
Geisel (1974-79) iniciou seu governo com uma abertura política lenta e gradual. Na
prática, continuou mantendo os grupos de oposição e movimentos populares excluídos
dos processos de decisão política. Essa transição também tinha como razão o desgaste
das Forças Armadas após anos de repressão, violência e restrição à liberdade.
Mesmo com o início da abertura, as violações aos direitos humanos continuaram. O caso
mais grave foi a tortura e morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, que causou
comoção, mas não resultou em punições por parte do governo Geisel.

A crise econômica também se agravou e em 1978 operários metalúrgicos do ABC
iniciaram o maior ciclo de greves da história do Brasil. Com a crescente mobilização da
sociedade e a pressão popular contra o regime, o governo revogou vários decretos-lei em
1978, incluindo o AI-5, enfraquecendo a sustentação da Ditadura Militar.
Durante o governo Geisel, os investimentos em infraestrutura e industrialização atingiram
23,3% do PIB, o maior nível desde o início da ditadura, com obras como a
Transamazônica, a Ponte Rio-Niterói, as usinas de Angra e Itaipu.
Figueiredo e a Lei da Anistia
O governo de Figueiredo (1979-85) durou 6 anos e colocou fim ao período ditatorial. Em
1979, foi promulgada a Lei de Anistia. Aos poucos, presos políticos foram sendo libertados
e os exilados voltaram ao país.

A Lei de Anistia foi polêmica por perdoar agentes da repressão, responsáveis por
violações aos direitos humanos, como tortura e mortes, mas excluir guerrilheiros. Apesar
da abertura política e criação de novos partidos, parte dos militares resistia às mudanças.
Em 1981, um atentado a bomba no Rio de Janeiro, cometido por militares contrários à
abertura, não resultou em punições.
Ao final do mandato de Figueiredo, a população mobilizou-se pela realização das
 
eleições
diretas, pois segundo a Constituição, o sucessor seria eleito pelo Congresso. As
demandas, no entanto, não foram atendidas.
 
Tancredo Neves 
foi eleito por voto indireto e
somente em 1989 a população brasileira teve o direito de votar
 
diretamente para a
presidência.
Texto de Talita de Carvalho – Adaptado.
Disponível em: https://abre.ai/mXLJ
Acesso em: 16 jun. 2025.

22. Explique qual era o contexto político brasileiro, que antecedeu a Ditadura Militar?
23. De que forma o AI-5 afetou os direitos civis e a democracia durante a Ditadura Militar
no Brasil?
24. Analise os impactos positivos e negativos das políticas econômicas, durante o período
militar?
25. A atuação da sociedade civil no processo do golpe civil-militar que resultou na
deposição de João Goulart e no início da Ditadura Militar com a implantação do AI-1 e da
eleição indireta de Humberto Castello Branco, deu-se por meio da:
(A) Ipes.
(B) Frente Ampla.
(C) Rede da Democracia.
(D) Marcha da Família com Deus pela Liberdade.

26. (ENEM 2010 – Adaptado)
Ato Institucional nº 5
Art. 10 - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a
segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Art. 11 – Excluem-se de qualquer apreciação judicial todos os atos praticados de acordo com
este Ato Institucional e seus Atos Complementares, bem como os respectivos efeitos.
Disponível em: http://www.senado.gov.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Nos artigos do AI-5 selecionados, o governo militar procurou limitar a atuação do poder
judiciário, porque isso significava
(A) a substituição da Constituição de 1967.
(B) o início do processo de distensão política.
(C) a ampliação dos poderes nas mãos do executivo.
(D) a revogação dos instrumentos jurídicos implantados durante o regime militar.

27. (IFG/TÉCNICO INTEGRADO – 2019) “[...] na PUC-SP, em setembro de 1977, os estudantes organizaram o
ato mais ousado daquele ano: uma reunião em que discutiam os passos para a reorganização da UNE.
Dirigidos pelo coronel Erasmo Dias, então Secretário de Segurança Pública, a polícia, agentes do DOI-Codi e
grupos de extrema direita invadiram a universidade, mais de 900 estudantes foram presos, dezenas de
professores e alunos foram espancados, depredaram salas de aula e laboratórios e destruíram livros e
documentos”.
CAMPOS, Flávio de; MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, 2005, p. 606.
O movimento estudantil foi um importante foco de mobilização social durante o processo de redemocratização
da sociedade brasileira, pós ditadura militar. É correto afirmar que no Brasil os movimentos estudantis se
caracterizam por:
(A) realizarem ações individuais no âmbito privado que visam alcançar mudanças através do enfrentamento
político.
(B) emergirem nos anos 1920 e se fortalecerem, graças à intensa organização da sociedade civil, contra a
opressão imposta pelos patrões nas fábricas.
(C) serem um movimento social da área da educação, organizado pelos representantes das instituições de
ensino, preocupados com as questões de ensino-aprendizagem.
(D) serem focos de resistência e luta por mudanças na história do país, estão organizados em entidades
representativas, como a União Nacional dos Estudantes (UNE).

28. (PUCMG 2010 – ADAPTADA)
A lei da Anistia no Brasil pós 64, foi sancionada pelo então Presidente João Batista Figueiredo no
último suspiro da Ditadura Militar brasileira, na tentativa de diminuir a tensão entre os movimentos
sociais e a ala dura do exército nacional.
Sobre essa lei, podemos dizer que:
(A) Foi mais um acordo político em que se anularia os julgamentos dos torturadores do regime
militar, ao mesmo tempo em que absolveria todos os militares que se opuseram ao regime pós 64.
(B) Foi um acordo político entre os partidos majoritários do golpe de 64 (PSDB e PT) para reparar os
danos políticos causados pela Ditadura Militar.
(C) Foi um golpe político do poder judiciário contra o estado de Direito no sentido de garantir as
liberdades civis neste país.
(D) Foi a decretação de perdão do governo do Presidente Lula aos políticos e militares cassados
depois do golpe.

TEMÁTICA: Abertura Democrática.
Matriz de Habilidades Essenciais:
(EF09HI19) Identificar e compreender o processo que resultou na ditadura civil-
militar no Brasil e discutir a emergência de questões relacionadas à memória e à
justiça sobre os casos de violação dos direitos humanos.
 
Objeto de Conhecimento:
Diretas Já.

Leia o texto.
Texto VI
 O que foi a Diretas Já?
 No turbilhão político da década 1980, o Brasil testemunhou um movimento que ecoou em todos os
cantos do país: as Diretas Já. Esse movimento histórico, foi uma resposta enérgica a décadas de
regime militar, repressão política e falta de participação democrática. Este movimento não apenas
marcou uma luta pela democracia, mas também teve um impacto profundo nas eleições
subsequentes e na transição para um regime democrático.

Contexto Histórico
As Diretas Já foram um importante movimento político que marcou a transição do regime
militar para a redemocratização do Brasil nos anos finais da ditadura, entre 1964 e a
década de 1980.
Ao longo dos anos de regime militar, o país viveu sob um governo autoritário, marcado
por censura, repressão política e restrições às liberdades civis. No entanto, a partir da
década de 1970, cresceu a insatisfação popular com o regime, impulsionada por diversos
fatores, como a crise econômica, a repressão aos movimentos sociais e a luta por direitos
civis.
Nesse contexto, as Diretas Já surgiram como uma demanda popular por eleições diretas
para presidente, em contraposição ao sistema de eleição indireta pelo Congresso
Nacional, estabelecido pela ditadura. O movimento ganhou força a partir de 1983, com
comícios e manifestações em diversas cidades do Brasil, reunindo uma ampla coalizão de
forças políticas, sociais e culturais.

Entre os principais eventos das Diretas Já destacam-se os comícios e manifestações que
reuniram centenas de milhares de pessoas em diversas cidades do país. O ápice desse
movimento foi o histórico comício
 realizado em 25 de janeiro de 1984, na Praça da Sé,
em São Paulo. Esse evento contou com a participação de mais de um milhão de
pessoas, tornando-se um
 
marco da luta pela democracia.
O movimento Diretas já, não apenas marcou o processo de redemocratização brasileira,
como também impulsionou a ascensão de novas lideranças políticas, que definiram os
rumos da política brasileira nas décadas seguintes. Entre os principais nomes estão,
Ulysses Guimarães, Fernando Henrique Cardoso, Lula e Leonel Brizola. É importante
lembrar também a importância que os movimentos sociais tiveram nesse processo.
Sindicatos, associações de bairro, estudantes, artistas, religiosos e partidos políticos, se
uniram em grandes manifestações públicas. Essa ampla participação popular mostrou o
desejo coletivo por liberdade e democracia.

Legado das Diretas Já para a política brasileira
 
O legado das Diretas Já é evidente na consolidação da democracia no Brasil. Ao
mobilizar milhões de pessoas em defesa do voto direto para presidente, o movimento foi
essencial para impulsionar o processo de redemocratização. Embora as eleições diretas
não tenham ocorrido em 1984, as Diretas Já prepararam o terreno para a Constituição de
1988, que instituiu as bases do atual sistema político democrático.
Além disso, o movimento teve um forte impacto na consciência política da população,
despertando o senso de participação cidadã e engajamento social. Ele demonstrou que a
mobilização popular pode influenciar de forma concreta os rumos políticos do país,
fortalecendo a democracia ao ampliar o protagonismo dos cidadãos na vida pública.
Texto de Juliana Luz Cerqueira – Adaptado.
Disponível em: https://abre.ai/mYJW
Acesso em: 18 jun. 2025.

29. Qual o contexto político e social que deu origem ao movimento Diretas Já no Brasil?
30. De que forma os movimentos sociais e a participação popular contribuíram para a
Força do movimento?
31. Apesar das eleições diretas não serem conquistadas logo em 1984, quais foram os
principais legados do movimento Diretas Já para a democracia brasileira?

A charge remete ao contexto do movimento que ficou
conhecido como Diretas Já, ocorrido entre os anos de
1986 e 1984. O elemento histórico evidenciado na
imagem é
(A) a insistência dos grupos políticos de esquerda em
realizar atos políticos ilegais e com poucas chances de
serem vitoriosos.
(B) a mobilização em torno da luta pela democracia frente
ao regime militar, cada vez mais desacreditado.
(C) o diálogo dos movimentos sociais e dos partidos
políticos, então existentes, com os setores do governo
interessados em negociar a abertura.
(D) a capacidade do regime militar em impedir que as
manifestações políticas acontecessem.