Romantismo contexto historico caracteristicas

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Romantismo, contexto histórico e suas características.


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ROMANTISMO (1836-1881)

“[...] Esta é a cidade e eu sou um dos cidadãos, O que interessa aos outros a mim interessa, políticas, guerras, mercados, jornais, escolas, O presidente da câmara e os conselhos, bancos tarifas, navios, fábricas, mercadorias, armazéns, bens públicos e privados.” Walt Whitman – Song Of Myself - 1855

Dados Históricos O Romantismo foi um movimento literário, cultural e artístico da era romântica ou moderna. Iniciou-se na Europa no final do século XVIII, espalhando-se pelo mundo até o final do século XIX. As ideias românticas ganharam maior impulso a partir da Revolução Francesa (1789 ). As transformações revolucionárias atingiram todos os segmentos: social, econômico, político, filosófico e artístico-cultural .

Fatores históricos A queda dos sistemas de governo tirânicos . Os ideais de liberdade e igualdade . Formação de uma mentalidade nacionalista . A consolidação do pensamento liberal . A revolução Francesa . A Revolução Industrial Inglesa . A Declaração Universal dos Direitos Humanos.

A burguesia, vitoriosa na Revolução Francesa, experimentou franca ascensão e, afrontando os poderes da Monarquia, exigiu seu espaço na estrutura socio-política, bem como o cumprimento dos ideais de sua bandeira revolucionária: Liberdade, Igualdade, Fraternidade. Os burgueses, ansiosos por adquirir cultura, passaram a ser mecenas, ou seja, patrocinavam a arte que correspondia aos seus interesses. Foi criado assim, o Drama para o público burguês, e a narrativa em forma de romance para leitores ansiosos por consumir a cultura e arte burguesistas.

Características Românticas Valorização de elementos populares - Surgiu da relação entre a burguesia e o Romantismo que objetivava retirar o privilégio da elite. Intensificaram-se os temas ligados à vida urbana; incentivou-se o público a participar de manifestações culturais . Imaginação Criadora – A libertação da arte, agora afastada das rígidas regras clássicas. A liberdade de expressão (de forma e conteúdo) e a Criação de mundos imaginários nos quais o romântico acreditava.

Subjetivismo - atitude individual e única. A poesia não assume mais os moldes clássicos e, sim, a vontade do Eu criador. Egocentrismo - Houve o triunfo absoluto do EU; o reinado da poesia confessional na qual o sujeito lírico declarava seus sentimentos. Sentimentalismo - analisa e expressa a realidade por meio de sentimentos; a emoção foi valorizada em detrimento do racionalismo.

Supervalorização do amor - O amor foi considerado um valor supremo na vida. Entretanto, a conquista amorosa era difícil: havia o mito do amor impossível, o estigma da paixão desesperadora. A perda ou a não realização amorosa levava o romântico ao desespero, à loucura ou à morte . Idealização da Mulher - Mulher era convertida em anjo, musa, deusa, perfeita , inatingível... , capaz de maravilhar a vida do homem se lhe correspondesse. Porém , tornava-se perversa e impiedosa , quando pela recusa arruinava a vida do galante que a cortejava.

Romantismo: A Arte Burguesa

Aspecto Estilístico Os românticos abandonam a forma fixa e o uso obrigatório da rima, valorizando o verso branco. Negam os gêneros literários tradicionais, eliminado das obras literárias a tragédia e a comédia. Surge assim, outros gêneros como o drama, o romance de costumes entre outros. Principais figuras de linguagem utilizada pelos escritores românticos: Metáfora Metalinguagem Hipérbole Antítese Sarcasmo e Ironia

O Romantismo Brasileiro

Recém independente, o país procura afirmar sua identidade, tentando desenvolver uma cultura própria, baseada em suas raízes indígenas. O espírito nacionalista leva ao culto da natureza profundamente elogiada dentro do caráter ufanista, com elevação máxima das belezas naturais do paraíso tropical. O gênero lírico era amplamente cultivado ao lado da ficção e do teatro de influência inglesa e francesa. Os autores que se destacaram foram: Manuel de Araújo Porto Alegre, Antônio Teixeira e Souza e Domingos Gonçalves Magalhães.

Em 1843 surge o primeiro romance romântico brasileiro, intituado O Filho de Pescador de Teixeira e Souza. Mas o romance que impulsionou o apego sentimental do público foi A Moreninha de Joaquim Manuel de Macedo, uma historia de amor convencional, publicada em 1844, que fixa os costumes da sociedade carioca da época, contaminada por francesismos.

Contexto Histórico-cultural A Independência é o principal fato político do século 19 e vai determinar os rumos políticos, econômicos e sociais do Brasil até a Proclamação da República ( 1889). Merece destaque também o Segundo reinado, em que o país conheceu um período de grande desenvolvimento em relação aos três séculos anteriores. Apesar disso, o Brasil continuava um país fundamentalmente agrário, cuja economia se baseava no latifúndio, na monocultura e na mão de obra escrava.

Primeira Geração R omântica- I ndianismo Surgiu o índio, um herói visto com espírito da civilização nacional e da luta contra a tradição lusitana. Um índio idealizado como bravo, gentil, valente, nobre, corajoso, puro, belo, bom por natureza e capaz de todas as proezas em nome da honra e da glória. Foi o herói improvisado para configurar ideologicamente o que deveria ter sido o primeiro habitante do Brasil.

Assim, o indígena passou a ser a mais autêntica ilustração para o Mito do Bom Selvagem. Antônio Gonçalves Dias e José de Alencar, principalmente, escreveram a partir deste modelo de Índio - Heroí Brasileiro. Os autores principais dessa fase foram: Gonçalves Dias, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo e Bernardo Guimarães.

Segunda Geração R omântica – Byronismo ou Ultrarromantismo (1850-1860) Geração contaminada pelo “ mal do século”: individualismo , negativismo , pessimismo, insatisfação com o mundo, angústia , desespero, crise existencial (herança do Barroco). Nessa fase, o sentimentalismo e a emoção romântica atingem o auge absoluto . A influência do poeta inglês Lord Byron tem seu maior exemplar brasileiro no poeta Álvares de Azevedo em sua obra. O Anjo da Morte (1851) Pintura: Horace Vernet

Enquanto a poesia segue a linha Byroniana, a ficção consolida-se sobre a forma sertanista, urbana, indianista. Surge a narrativa histórica para delinear as origens do Brasil e o seu desenvolvimento. A utopia das idéias continuava a influenciar as visões românticas. Os autores principais são: Na Poesia - Gonçalves Dias; Álvares de Azevedo; Casimiro de Abreu; Junqueira Freire; Fagundes Varela; Laurindo Rabelo; Na Prosa - José de Alencar, fiel representante da ideologia romântica; Manuel Antônio de Almeida, que se rebelou contra o romantismo burguês, escrevendo a obra Memórias de um Sargento de Milícias, que focaliza a sociedade suburbana e desmoraliza a corte amorosa.

Terceira Geração R omântica – Condoreirismo (1860-1880) A terceira fase do Romantismo foi uma transição para o Realismo. Com a influência de Vitor Hugo, as preocupações com a forma, o erotismo no lirismo amoroso demarcaram novos caminhos para a literatura porvindoura. Os C ondoreiros praticaram um nacionalismo de ordem diversa, pois não exaltavam as maravilhas da Pátria , mas reivindicavam liberdade, igualdade das condições sociais e independência política; defendiam, enfim, a formação de uma consciência nacional .

O tom lírico não se limitava a cantar amores impossíveis ou desgraças amorosas, porque se expandia para versejar sobre o erotismo do amor ou se coletivizava para expressar as paixões pelas causas socio-políticas. Os autores da terceira geração foram: Joaquim de Sousa Andrade (Sousândrade), Tobias Barreto, Franklin Távora, Visconde de Taunay e Castro Alves.

Antônio Frederico de Castro Alves foi o Grande Condoreiro do Brasil. Dono de uma poesia vibrante que evocava o liberalismo idealizado e repelia a vergonhosa escravidão, denunciando as condições desumanas em que os escravos viviam.

Trechos do O Navio Negreiro - Castro Alve s “[...] Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!...

Trechos do O Navio Negreiro - Castro Alve s São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão. . . São mulheres desgraçadas, Como Agar o foi também. Que sedentas, alquebradas, De longe... bem longe vêm... Trazendo com tíbios passos, Filhos e algemas nos braços , N'alma — lágrimas e fel... Como Agar sofrendo tanto, Que nem o leite de pranto Têm que dar para Ismael. [...]”

Poesia no Romantismo A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão. A vida passa a ser encarada de um ângulo pessoal, em que se sobressai um intenso desejo de liberdade. O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e sonhador, depois, crítico e retórico, mas sempre sentimental e nacionalista.

Principais autores e obras em prosa Bernardo Joaquim da Silva Guimarães (1825-1884) Obras principais: Lendas e Romances (histórico); Lendas e Tradições da Província de Minas Gerais; O Ermitão da Glória (regionalista); O Garimpeiro; O Seminarista; A Escrava Isaura. O Seminarista é sua obra mais notável na qual se critica o celibato clerical e apresenta o apelo ao sexo, contrário à corte amorosa de Romantismo .

Foi ele quem consolidou o Romantismo brasileiro, com sua poesia de alta qualidade . Temas característicos : a ) Lirismo Amoroso b) Indianismo c) Exílio Antônio Gonçalves Dias

José Martiniano de Alencar (1820-1877 ) Foi o ficcionista que mais agradou o gosto do publico burguês, consolidando o romance nacional brasileiro. Sempre com linguagem requintada, Alencar inventou um passado glorioso para o Brasil. Retratou a vida urbana em meio às intrigas amorosas mais instigantes: conflitos sentimentais marcados por um final feliz (Senhora - Diva ) ou interrompidos com uma morte trágica (Lucíola).

Antônio Frederico de Castro Alves É um dos mais expressivos talentos da poesia brasileira, apesar de ter morrido aos 24 anos de tuberculose, encarou a morte com realismo e amargura . Nutria um grande amor patriótico, acreditava representar o espírito nacionalista do povo brasileiro, tendo escrito poemas de louvor para exaltar os feitos populares. Obras principais: Espumas Flutuantes. Vozes d’África Navio Negreiro.

Manuel Antônio de Almeida (1830-1861)   Obra principal: Memórias de um Sargento de Milícias . Temas característicos: O romance apresenta elementos que contradizem as convenções literárias da época; tem como cenário as ruas e os casebres do Rio de Janeiro. É um documentário mais real da sociedade do século XIX, aproxima-se do que seriam as narrativas dos realistas.

Joaquim de Sousa Andrade Obras principais: Guesa Errante; Obras Poéticas Temas característicos: Sousândrade era adepto das causas republicanas e abolicionistas. Sua poesia é marcada por originalidade, inovadora e revolucionária, afastadas dos modelos românticos. A linguagem ousada aproxima da realidade. O vocabulário é diversificado com neologismos, palavras em inglês, expressões indígenas . Manuel Antônio Álvares de Azevedo É o poeta brasileiro que mais autenticamente representou o Byronismo , sendo o mais individualista, subjetivo e sofrido poeta do Romantismo. Autor de uma poesia confessional que exprime sentimentos, dores e emoções do eu lírico ultrarromântico. Morreu aos 21 anos. Obras principais: Pedro Ivo, Lira dos Vinte Anos, Conde Lopo.

Romantismo no Brasil- (1836-1881) Marco inicial: Publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades", de Gonçalves de Magalhães , em 1836. Marco final: Publicação de "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis , em 1881, que inaugura o realismo.

Diálogo entre Obras - Um Romantismo Contemporâneo: Todo amor que houver nessa vida – Barão Vermelho Eu quero a sorte de um amor tranqüilo Com sabor de fruta mordida Nós, na batida, no embalo da rede Matando a sede na saliva Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum trocado pra dar garantia E ser artista no nosso convívio Pelo inferno e céu de todo dia Pra poesia que a gente não vive Transformar o tédio em melodia...

Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum veneno anti-monotonia... E se eu achar a tua fonte escondida Te alcanço em cheio O mel e a ferida E o corpo inteiro feito um furacão Boca, nuca, mão e a tua mente, não Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum remédio que me dê alegria... Ser teu pão, ser tua comida Todo amor que houver nessa vida E algum trocado pra dar garantia E algum veneno anti-monotonia...

Fontes SARAIVA, A.J. e LOPES, O. História da literatura portuguesa. Porto: Porto Editora, 2000. COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. RONCARI, Luiz. Literatura Brasileira: dos primeiros cronistas aos últimos românticos. São Paulo: Edusp, 2002. BERND, Zilá. Literatura e Identidade Nacional. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2003.

Mensagem final: “Eu sou como a garça triste /  Que mora à beira do rio, /  As orvalhadas da noite /  Me fazem tremer de frio. /  Me fazem tremer de frio, /  Como os juncos da lagoa; /  Feliz da araponga errante /  Que é livre e que livre voa. /  Que é livre e que livre voa /  Para as bandas do seu ninho, /  E nas braúnas à tarde /  Canta longe do caminho. /  Canta longe do caminho. /  Por onde o vaqueiro trilha, /  Se quer descansar as asas /  Tem a palmeira, a baunilha. /  Tem a palmeira, a baunilha. /  Tem o brejo, a lavadeira, /  Tem as campinas, as flores, /  Tem a relva, a trepadeira. /  Tem a relva, a trepadeira. /  Todas têm os seus amores, /  Eu não tenho mãe, nem filhos /  Nem irmãos, nem lar, nem flores."  (Trecho do poema “Tragédia no Lar” de Castro Alves) OBRIGADA!!!
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