CAPÍTULO XVI NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON • Salvação dos ricos • Preservar-se da avareza • Jesus em casa de Zaqueu • Parábola do Mau Rico • Parábola dos Talentos • Utilidade providencial da riqueza. Provas da riqueza e da miséria • Desigualdade das riquezas. • Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade – Emprego da riqueza – Desprendimento dos bens terrenos – Transmissão da riqueza.
CAPÍTULO XVI NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON • Salvação dos ricos • Preservar-se da avareza • Jesus em casa de Zaqueu • Parábola do Mau Rico • Parábola dos Talentos • Utilidade providencial da riqueza. Provas da riqueza e da miséria • Desigualdade das riquezas. • Instruções dos Espíritos: A verdadeira propriedade – Emprego da riqueza – Desprendimento dos bens terrenos – Transmissão da riqueza.
Lucas, cap. XVI, v. 13 "Ninguém poder servir a dois senhores; porque, ou odiará a um e amará ao outro, ou se afeiçoará a um e desprezará o outro. Não podeis servir, ao mesmo tempo, a Deus e a Mamon."
225 –Como entender a salvação da alma e como conquista-la? Considerando esse aspecto real do problema de “salvação da alma”, somos compelidos a reconhecer que, se a Providência Divina movimentou todos os recursos indispensáveis ao progresso material do homem físico na Terra, o Evangelho de Jesus é a dádiva suprema do Céu para a redenção do homem espiritual, em marcha para o amor e sabedoria universais .
Mancebo rico - Lucas, cap. XVIII, v. 18-30 E perguntou lhe um certo príncipe, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? E disse ele: Todas essas coisas tenho observado desde a minha mocidade. E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me. Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico. E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.
Lucas, cap. XIX, v. 1 à 10 Zaqueu se levantou e disse: —Olhe, Senhor! Eu darei metade de tudo o que tenho aos pobres e, se enganei alguém para lhe tirar alguma coisa, eu devolverei quatro vezes mais. Jesus, então, lhe disse: —Hoje a salvação entrou nesta casa, pois este homem também vem da família de Abraão. O Filho do Homem veio para procurar e salvar o perdido.
“Que fizeste, ecônomo (administrador) infiel, dos bens que te com fiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o empregaste na tua satisfação pessoal.” Emprego da riqueza O que fizeste?
O Código de Processo Civil, nos artigos 159 a 161, trata da figura do depositário ou administrador. Conforme o texto da lei, o depositário é nomeado pelo juiz, para ser o responsável por cuidar e preservar bens ou coisas penhoradas ou arrecadadas pela Justiça.
“Que fizeste, ecônomo (administrador) infiel, dos bens que te com fiei? Esse poderoso móvel de boas obras exclusivamente o empregaste na tua satisfação pessoal.” Emprego da riqueza O que fizeste?
Questão 814: Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria? /10 RESPOSTA: Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência. Livro dos espíritos – Capítulo IX - Lei de Igualdade – Prova da riqueza e da miséria
RESPOSTA: Tanto uma quanto outra. A miséria provoca a queixa contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos. Questão 815: Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da desgraça ou a da fortuna? RESPOSTA: Tanto uma quanto outra. A miséria provoca a queixa contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.
15. O homem pode perfeitamente transmitir, por sua morte, aquilo de que gozou durante a vida, porque o efeito desse direito está subordinado sempre à vontade de Deus , que pode, quando quiser, impedir que aqueles descendentes gozem do que lhes foi transmitido. São Luís. (Paris, 1860.)
Parábola do Rico Insensato - Lucas 12:13-21 Certa vez, um homem que estava no meio da multidão disse a Jesus: — Mestre, diga a meu irmão que reparta a herança comigo. — Homem, quem me estabeleceu para julgá-lo ou fazer suas partilhas? Cuidado com a ganância ; pois qualquer que seja a abundância que um homem possa ter, sua vida não depende dos bens que possui. E Jesus contou a seguinte parábola: Havia um homem rico cujas terras produziu em abundância e ele se perguntava: — O que devo fazer, pois não tenho um lugar para guardar tudo o que irei colher? O homem depois de pensar, decidiu: — Derrubarei os meus celeiros e construirei outros maiores. Ali colocarei toda a minha colheita, todos os meus bens e direi para minha alma: tens muitos bens, para muitos anos, então, descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: — Insensato! Esta noite pedirão a sua alma. E o que tem acumulado para quem será? Assim acontece com aquele que junta tesouros para si e não é rico para com Deus.
Certamente a ganância, resultante da má educação religiosa e social do homem, fomenta os crimes que são catalogados como consequências das riquezas mal dirigidas. A ganância de uns engendra a miséria de muitos e a ambição desmedida de poucos faz-se a causa da ruína generalizada que comanda multidões. Bens verdadeiros
“Ele próprio escolhe o gênero de provas por que há de passar e nisso consiste o seu livre-arbítrio.” 258. Quando na erraticidade, antes de começar nova existência corporal, tem o Espírito consciência e previsão do que lhe sucederá no curso da vida terrena?
Livro dos espíritos 150b. A alma não leva nada deste mundo? “Nada mais que a lembrança e a vontade de ir para um mundo melhor. Essa lembrança é cheia de doçura ou de amargor, segundo o emprego que fez da vida. Quanto mais pura ela for, mais compreende a futilidade do que deixou sobre a Terra.”
Livro dos espíritos 816. Se o rico sofre mais tentações, não possui também os meios de fazer o bem? “É justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. Suas necessidades aumentam com a fortuna e julga não ter o suficiente para si mesmo.” A riqueza e o poder estimulam todas as paixões que nos prendem à matéria e nos distanciam da perfeição espiritual. Foi por isso que Jesus disse: “Em verdade vos digo, é mais fácil um camelo passar pela abertura de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.”
E como Administrar ? Parábola dos talentos – S. Mateus, cap. 25, v. 14 à 30 Parábola das 10 minas: S. Mateus, cap. 19, v. 11 à 27
Não repilas o que se queixa, com receio de que te engane; vai às origens do mal. Alivia, primeiro; em seguida, informa-te, e vê se o trabalho, os conselhos, mesmo a afeição não serão mais eficazes do que a tua esmola. Emprego da riqueza - Como Servir?
Qual, então, o melhor emprego que se pode dar à riqueza? Procurai nestas palavras: “Amai-vos uns aos outros”, a solução do problema. Emprego da riqueza
Estando Jesus sentado defronte do gaz ofilácio , a observar de que modo o povo lançava ali o dinheiro, viu que muitas pessoas ricas o deitavam em abundância. – Nisso, veio também uma pobre viúva que apenas deitou duas pequenas moedas do valor de dez centavos cada uma. – Chamando então seus discípulos, disse-lhes: Em verdade vos digo que esta pobre viúva deu muito mais do que todos os que antes puseram suas dádivas no gaz ofilácio ; – por isso que todos os outros deram do que lhes abunda, ao passo que ela deu do que lhe faz falta, deu mesmo tudo o que tinha para seu sustento. (S. MARCOS, 12:41 a44; S. LUCAS, 21:1 a 4.) O óbolo da viúva. ESE. Capítulo XIII
“Vendei o que possuís e dai esmolas, fazei para vós bolsas que não envelheçam, um tesouro inexaurível nos céus, onde o ladrão não chega nem a traça rói”. Lucas: cap.12º, Vv. 33. “O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo”. Capítulo 16º — Item 9. Bens verdadeiros
225 –Como entender a salvação da alma e como conquista-la? No turbilhão das tarefas de cada dia, lembrai a afirmativa do Senhor: - “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida” . Se vos cercam as tentações de autoridade e poder, de fortuna e inteligência, recordai ainda as suas palavras: - “Ninguém pode ir ao Pai senão por mim”. E se vos sentis tocados pelo sopro frio da adversidade e da dor, se estais sobrecarregados de trabalhos no mundo, buscai ouvi-Lo sempre no imo d'alma: - “Quem deseje encontrar o Reino de Deus tome a sua cruz e siga os meus passos”.
O que é a Perfeição para o espírito? Perg . 115 - “A felicidade eterna e imperturbável consiste, para eles, nessa perfeição.”
19. O DINHEIRO De fato, o dinheiro constitui pesada responsabilidade para o seu possuidor. Não compra a felicidade e muitas vezes torna-se responsável por incontáveis desditas. Apesar disso, a sua ausência quase sempre se transforma em fator de desequilíbrio e miséria com que se atormentam multidões em desvario. O dinheiro, em si mesmo, não tem culpa: não é bom nem mau. A aplicação que se lhe dá, torna-o agente do progresso social, do desenvolvimento técnico, do conforto físico e, às vezes, moral, ou causa de inomináveis desgraças. Sua validade decorre do uso que lhe é destinado.
19. O DINHEIRO Com ele se adquire o pão, o leite, o medicamento, dignificando o homem pelo trabalho. Sua correta aplicação impõe responsabilidade e discernimento, tornando-se fator decisivo na edificação dos alicerces das nações e estabilizando o intercâmbio salutar entre os povos. Através dele irrompem o vício e a corrupção, que arrojam criaturas levianas em fundos despenhadeiros de loucura e criminalidade. Para consegui-lo, empenham-se os valores da inteligência, em esforços exaustivos, por meio dos quais são fomentados a indústria, o comércio, as realizações de alto porte, as ciências, as artes, os conhecimentos.
19. O DINHEIRO No submundo das paixões, simultaneamente, dele se utilizando, a astúcia e a indignidade favorecem os disparates da emoção, aliciando as ambições desregradas para o consórcio da anarquia com o prazer. Por seu intermédio, uns são erguidos aos píncaros da paz, da glória humana, enquanto outros são arrojados às furnas pestilentas do pavor e da desagregação moral em que sucumbem. Sua presença ou ausência é relevante para a quase totalidade dos homens terrenos. Para o intercâmbio, no movimento das trocas de produtos e valores, o dinheiro desempenha papel preponderante
19. O DINHEIRO Graças a ele estabelecem-se acordos de paz e por sua posse explodem guerras calamitosas. Usa-o sem escravizar-te. Possui-o sem deixar-te por ele possuir. Domina-o antes que te domine. Dirige-o com elevação, a fim de que não sejas mal conduzido. Mediante sua posse, faze-te pródigo, sem te tornares perdulário. Cuida de não submeter tua vida, teus conceitos, tuas considerações e amizades ao talante do seu condicionamento. Previdente, multiplica-o a benefício de todos, sem a avareza que alucina ou a ambição que tresvaria. De como te servires do dinheiro, construirás o céu da alegria ou o inferno de mil tormentos para ti mesmo .
19. O DINHEIRO Se te escasseia nas mãos a moeda, não te suponhas vencido. Ter ou deixar de ter, importa pouco, na economia moral da tua existência. O importante será a posição que assumas em relação à posse. Não te desesperes pela ausência do dinheiro. Como há aqueles que se fizeram servos do que têm, os há, também, escravizados ao que gostariam deter.
19. O DINHEIRO O dinheiro é meio, não meta. Imprescindível colocar-te jubilosamente na situação que a vida te brindou, padronizando as diretrizes e os desejos pessoais dentro dos limites transitórios da experiência educativa por que passas, consequência natural do mau uso que fizeste do dinheiro que um dia possuíste. Por outros recursos poderás ajudar o próximo e erigir a felicidade pessoal, conforme as luminosas lições com que o Evangelho te pode enriquecer a vida. Essencial é viver bem e em paz com ou sem o dinheiro.
“Sabeis que os príncipes das nações as dominam e que os grandes as tratam com império. – Assim não deve ser entre vós; ao contrário, aquele que quiser tornar-se o maior, seja vosso servo ; – e aquele que quiser ser o primeiro entre vós seja vosso escravo ; – do mesmo modo que o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida pela redenção de muitos.” (S. MATEUS, 20:20 a 28.)