Sequencia Didática - Formigas

TatianaCarlaScalabrin 8,513 views 13 slides Sep 15, 2015
Slide 1
Slide 1 of 13
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13

About This Presentation

Sequência didática desenvolvida no ano de 2014 pela professora Rose Mari Gaio Bianchi, hoje Orientadora de Estudos da turma do 1° ano - PNAIC 2015.


Slide Content

Rose Mari Gaio Bianchi
Sequência Didática – Elas só pensam em trabalho!
A sequência didática foi realizada na Escola Básica Municipal Santo Antônio e no
Centro Educacional Municipal Professor Juviliano Manoel Pedroso, situados no Município de
Fraiburgo. O público-alvo, deste trabalho foram os alunos do 2° ano do Ensino Fundamental. A
sequência didática teve início no mês de maio, quando foram trabalhadas diferentes versões da
fábula: A Cigarra e a Formiga. Durante todo o ano, trabalhamos com os diversos gêneros do
discurso e procuramos trabalhar os diversos componentes curriculares, contextualizando-os
sempre à vivência diária dos alunos.
Iniciamos a proposta com a leitura da poesia “A Cigarra e a Formiga” de José Paulo
Paes. Como nossa intenção seria trabalhar as várias versões, levamos também: A Cigarra e a
Formiga, de Monteiro Lobato e a versão de Ruth Rocha – Fábulas de Esopo.
Após a leitura, conversamos muito sobre as características das fábulas, moral da história,
estrutura dos textos (embora tenham o mesmo tema, os textos são escritos em formato diferente).
Buscamos entender o significado de algumas palavras. Comparamos as três versões para
identificar pontos convergentes e divergentes. Identificamos as diferentes formas de se tratar um
mesmo problema, através da atitude da formiga em acolher ou expulsar a cigarra. Neste
momento, abordamos os sentimentos de compaixão e acolhimento com os que sofrem de alguma
forma. Exploramos nas imagens o contraste entre as estações: verão, outono e inverno…
Como desafio, os alunos receberam o poema de José Paulo Paes, em tiras de cartolinas e
propomos a ordenação do poema, recuperando o texto de memória e colocando em jogo as
estratégias de leitura. Na sequência, receberam o texto xerocado, em ordem aleatória dos versos,
os quais deveriam ser recortados e organizados em seu caderno. Alguns alunos precisaram
recorrer ao texto completo para organizar, porém muitos conseguiram organizá-lo apoiados
apenas na memorização e ou na coerência entre os versos.

Exploramos bem as fábulas, tanto na oralidade quanto na escrita. No momento posterior,
os alunos ouviram atentamente um texto informativo sobre a vida das formigas. Os alunos foram
instigados a procurar no dicionário as palavras novas que apareceram durante a explanação do
texto (larvas, pupa, bolor).
Apresentamos também a leitura do livro “A Vida da Formiga” de Francisco Martins
Garcia. Conversamos sobre o que cada aluno já conhece sobre as formigas.
Na sequência das atividades, fomos até uma área verde, próximo à escola para que os
alunos observassem o trabalho das formigas.
Coletamos algumas formigas e construímos um formigueiro portátil utilizando areia, um
tubo de papelão, gazes e uma caixa de papelão. Lançamos questões desafiadoras aos alunos para
que elaborassem suas hipóteses:
- Como se alimentam?
- Será que elas gostam de água com açúcar?
-Por que as pessoas que gostam de doces são chamadas de “formigas”?
- Como elas estão se comportando dentro do pote?
- Estão fazendo pequenos túneis?
Observamos por uma semana a movimentação das formigas e relatamos coletivamente o
que aconteceu no formigueiro portátil.

Propomos também a construção de uma maquete referente ao passeio que fizeram pelos
arredores da escola, utilizando argila, massinha de modelar, tinta guache e papel Paraná. Nesta
atividade aproveitamos para explorar as figuras espaciais de face arredondada: esfera, cone e
cilindro.

A partir desta atividade, construiu-se um painel, onde todos os alunos puderam visualizar
o resultado do trabalho. Alunos de outras turmas foram convidados para prestigiar e compartilhar
as experiências vividas pelos alunos do segundo ano. Isso ajudou os alunos a perceberem a
importância de se preparar para a explanação para outros colegas.
O ponto alto dessa atividade foi o desenvolvimento da oralidade. Na atividade proposta
em que os alunos representariam a fábula com recorte, colagem e ou desenho, aproveitamos para
trabalhar as figuras planas.

Na sequência das atividades, fomos até a biblioteca da escola. Entre muitos livros, os
alunos foram desafiados a separar os livros de fábulas, utilizando-se do conhecimento prévio,
para conseguir fazer a seleção.
Após a leitura individual, sugerimos a listagem das fábulas lidas em uma cartolina.
Propomos a tabulação das preferências das fábulas listadas, construímos uma tabela e um
gráfico.
Levantaram-se questionamentos sobre o gráfico como: Qual a fábula que recebeu maior
votação? E menos? Qual a diferença de votos entre a mais votada e a menos? Qual é o total?

Após muita leitura e conversas sobre as fábulas, solicitamos aos alunos que escrevessem sua
própria fábula, enfatizamos que quando escrevemos, fazemos para outras pessoas lerem e
precisamos ser claros para que a mensagem seja entendida. Dentre muitas fábulas escritas pelos
alunos, selecionamos a fábula “O Tamanduá e a Formiga”, do aluno Kauã Henrique.

Relatório do Terrário Portátil
1° dia – Para a tristeza dos alunos, observou-se que algumas formigas estavam mortas.
Discutiu-se a causa e os alunos concluíram que o pote estava muito fechado, pois colocamos
dentro de uma caixa de papelão conforme as instruções. Colocamos algumas folhinhas verdes e
um pouco de água e enquanto trabalhávamos as formigas cavavam pequenos túneis.
2° dia – Um aluno coletou mais algumas formigas no jardim de sua casa e trouxe para
reforçar o trabalho. Colocamos no pote, porém desesperadamente elas começaram a sair pelos
buraquinhos da gaze e na tentativa de colocá-las no pote novamente, levamos algumas picadas
na mão. Fomos até o pátio buscar folhas e um pouco de água com açúcar para alimentá-las. Os
alunos questionaram o porquê que a picada das formigas doeu e coçou muito, diante deste
questionamento, sugeri como lição de casa, a pesquisa em site, jornais, revistas para o dia
seguinte.
3º dia – Entusiasmo! Os alunos trouxeram o resultado da pesquisa e nos contaram que
as formigas não picam, liberam um ácido fórmico em sua saliva para se defender, é isso que
causa a dor e coceira que sentimos. Um dos alunos relatou que sua mãe lhe ensinou a lavar com
água e sabão ou colocar água com sal, que ameniza a dor.
Após o relato, fomos observar o nosso formigueiro e percebemos que as formigas
construíram poucos caminhos, trocamos a gazes por durex largo e perfuramos com clips, para a
entrada de ar. Neste dia não colocamos folhinhas, apenas um pouco de água e migalhas de pão.
O tema despertou tanta atenção dos alunos que os olhares se dirigiam sempre às formigas
andando pelo pátio e tentando atraí-las para colocá-las no nosso formigueiro. A disputa é grande
na hora do intervalo, pois todos querem segurar o formigueiro para mostrar a outros colegas.

4º dia- Que alegria ao chegarmos à sala de aula, as formigas passaram o final de semana
trabalhando muito, os túneis estavam maiores. Observamos também que elas comeram as
folhinhas e as migalhas de pão. Providenciamos mais comida, fomos até o terceiro ano para
mostrar o formigueiro e contar nossa experiência. Um aluno sugeriu que alguém trouxesse uma
lupa, pois desta forma a visualização seria melhor.

5° dia - Para a surpresa de todos, providenciamos uma lupa. Os alunos conseguiram ver melhor
os túneis e constataram que aumentou o número de formigas mortas. Na formação do túnel
identificaram a letra “D”, relacionando com a letra cursiva que eles usam no dia a dia. Um aluno
sugeriu que fosse escolhido um nome para nosso formigueiro e que este deveria iniciar com a
letra ”D”. Houve várias sugestões como: Dino, Drácula, Drino....
Em meio à discussão, um aluno sugeriu que o nome deveria ser DORMIGA e justificou:
“ Profe, tira o F de formiga e coloque o “D”: dor, porque muitas formigas morreram e amiga
porque elas ficaram nossas amigas”. Os nomes sugeridos foram colocados no quadro branco para
a votação. Unanimemente, Dormiga venceu com aplausos!
Devido à morte de muitas formigas resolvemos soltá-las. Não foi possível irmos até o
local da coleta, porque choveu bastante durante todo o período.

Para construirmos nosso formigueiro, seguimos as seguintes orientações:

Trabalhando com imagens e escrita na identificação das fábulas:

Ao término desta etapa, foi possível concluir que as práticas pedagógicas planejadas
por meio de sequências didáticas proporcionaram aprendizagem de uma maneira
prazerosa, estimulando a pesquisa e tornando o conhecimento mais significativo.