SLIDES Presencial Maio 2025 -Dia 1. ENCONTRO FORMATIVO
GessiaLeite
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Oct 29, 2025
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Leitura e escrita na Educação Infantil
Size: 19.28 MB
Language: pt
Added: Oct 29, 2025
Slides: 41 pages
Slide Content
3º Encontro P resencial CNCA-L E EI/BA Maio 2025
1º Dia - Manhã
Vídeo de Abertura: POVOADA
FOCO GERAL DO ENCONTRO No Encontro de abril tematizamos sobre diversos livros de literatura, bem como durante toda a formação. Para nosso encontro, o repertório de livros que brincam com a língua, como livros de alfabeto, poemas com jogos de palavras, é que será foco desse encontro, pois vamos discutir sobre brincar e refletir sobre a língua. Mais adiante aprofundaremos essa prosa!!!!!
Currículo n a Educação Infantil
“Refletir sobre o tema do currículo na Educação Infantil não é uma tarefa fácil, pois ambos os tópicos – o currículo e a educação infantil – são de grande amplitude conceitual e, no presente momento, enfrentam dilemas teóricos e tensões políticas, travando disputas em seus campos de estudos, investigação e práticas. Assim, o trabalho que temos a seguir é desafiador e, ao mesmo tempo, fundamental, afinal, como todos sabem, o currículo é um elemento central na constituição da proposta político-pedagógica da escola que guia a formação das crianças.” Barbosa; Oliveira Cad.6 LEEI , p.14
Destaque importante Com a Constituição Federal de 1988: “ampliação dos direitos sociais dos cidadãos brasileiros. Nesse processo as crianças ganharam um novo estatuto: da tradicional imagem e denominação de menores , passaram a ser tratadas como sujeitos de direitos , e, nesse novo contexto, o projeto de sua escolarização passou também a contemplar os seus primeiros anos de vida”. Barbosa ; Oliveira Cad.6 LEEI , p.16 Plenarinho – O jeito criança de ser cidadão: www.youtube.com / watch?v = sLrfHmlebUA “A Educação Infantil deve trilhar o caminho de educar para a cidadania, analisando se suas práticas educativas de fato promovem a formação participativa e crítica das crianças e criam contextos que lhes permitem a expressão de sentimentos, ideias , questionamentos, comprometidos com a busca do bem estar coletivo e individual, com a preocupação com o outro e com a coletividade”. (Parecer CNE /CEB n. 20/09, p.8 )
“Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n. 9394/96), determinando, entre outros pontos, que o sistema educacional incluísse a oferta de Educação Infantil em creches e pré-escolas. A partir disso foram elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil ( de 1999 , e sua revisão, realizada em 2009) como instrumento de organização das propostas escolares”. Barbosa; Oliveira Cad.6 LEEI , p.16 Parecer CNE /CEB n. 20/09 Resolução CNE /CEB n. 0509
Debate sobre: CURRÍCULO PRESCRITIVO X CURRÍCULO NARRATIVO
Debate sobre: CURRÍCULO PRESCRITIVO X CURRÍCULO NARRATIVO É uma l istagem de conhecimentos disciplinares, selecionados e sequenciados. É visto como um processo, um percurso a ser realizado por um grupo de professores e alunos no contexto de uma escola. Esses conhecimentos não necessitam ser contextualizados com a realidade. Ancorado no percurso de vida dos sujeitos. Trilha um caminho linear, com início, meio e fim previamente definido. Tem fundamentos que embasam, mas trilha caminhos imprevisíveis, com inúmeras possibilidades. Os conhecimentos anteriores, os desejos, as necessidades são desconsideradas Os estudantes devem aprender o que é proposto por outros, professores, grupos de poder, especialistas, sem participação ativa. Papel docente: Professores necessitam implementar, independente de reflexões acerca do que ali está proposto. Papel docente: observa, contextualiza, articula os conhecimentos formais com os saberes das crianças e apoia as indagações e investigações infantis. A aprendizagem é vista como aquisição de conhecimentos. Aprendizagem é vista como construção narrativa da experiência, como história de aprendizagens de crianças, grupos e turmas com seus professores.
Pensemos: O modelo curricular tem uma perspectiva política e social. Qual educação, impacto na sociedade – tipo de cidadãos contribui para “formar”? CURRÍCULO PRESCRITIVO X CURRÍCULO NARRATIVO Preocupação com os resultados ACADÊMICOS; Preocupação com o DESENVOLVIMENTO HUMANO; Prioriza as disciplinas Língua Portuguesa e Matemática; Flexível e tem espaço para diversas linguagens; Foco nas notas – Merecimentos; Foca na participação coletiva: oportunidades justas para todos; Ênfase no produto final; Ênfase no processo; Formam pessoas Competitivas! Dá tempo para que os conhecimentos sejam construídos Vamos pensar sobre as Consequências? Em ambas as perspectivas as crianças aprendem. Contudo, a qualidade da aprendizagem e da HUMANIDADE são distintos.
VAMOS DE JOGO DA TRILHA: PERCURSO LEGAL Link DCNEI /2009: http :// portal.mec.gov.br / dmdocuments / pceb020_09.pdf Parecer CNE /CEB n. 20/09 Resolução CNE /CEB n. 0509
O Parecer CNE /CEB n. 20/09 e a Resolução CNE /CEB n. 05/09, tratam da revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil ( DCNEI ). Quais relações podemos estabelecer entre eles e a Base Nacional Comum Curricular/EI para essa etapa educativa, destacando o que os documentos trazem sobre a linguagem oral e escrita.
Definição de currículo nas DCNEI (Brasil, 2009) “Conjunto de práticas que articulam as experiências e saberes das crianças com os conhecimentos do património cultural, artístico, ambiental, científico e tecnológico, visando o desenvolvimento integral da criança de 0 a 5 anos”.
“Novas concepções sobre a função da escola, o conhecimento e o processo de aprender geraram novas concepções sobre o currículo, colocando o foco nas práticas cotidianas vividas pelas crianças na unidade educacional. Com isso, boas possibilidades se abrem para o trabalho pedagógico na Educação Infantil.” Barbosa & Oliveira, Cad 6, p. 24 Segundo as DCNEI e a BNCC/EI os eixos estruturantes do currículo na Educação Infantil são as interações e a brincadeira .
“Toda proposta pedagógica na Educação Infantil precisa guiar-se, segundo as DCNEI (2009), pelos seguintes princípios: Éticos : da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades. Políticos : dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática. Estéticos : da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da liberdade de expressão nas diferentes manifestações artísticas e culturais.” Barbosa & Oliveira, Cad LLEI 6, p. 29
E o lugar da oralidade, da cultura escrita e da leitura na Educação Infantil? “É importante lembrar que dentre os bens culturais que crianças têm o direito a ter acesso está a linguagem verbal, que inclui a linguagem oral e a escrita, instrumentos básicos de expressão de ideias, sentimentos e imaginação. A aquisição da linguagem oral depende das possibilidades das crianças observarem e participarem cotidianamente de situações comunicativas diversas onde podem comunicar-se, conversar, ouvir histórias, narrar, contar um fato, brincar com palavras, refletir e expressar seus próprios pontos de vista, diferenciar conceitos, ver interconexões e descobrir novos caminhos de entender o mundo. É um processo que precisa ser planejado e continuamente trabalhado” ( DCNEI , 2009, [ s.p. ]/ Cad 6, p. 36 )
Base Nacional Comum Curricular - Educação Infantil
www.youtube.com / watch?v = HLk7hsj3LUk Asas ou gaiolas – vídeo!
Vamos fechar com Poesia! Um bem-te-vi ( Manoel de Barros ) O leve e macio raio de sol se põe no rio. Faz arrebol… Da árvore evola amarelo , do alto bem-te-vi-cartola e , de um salto pousa envergado no bebedouro a banhar seu louro pelo enramado … De arrepio, na cerca já se abriu, e seca.
Possibilidade de AMPLIAÇÃO DO VOCABULÁRIO - Investigação! ARREBOL: 1. cor avermelhada do crepúsculo. 2. figurado a hora em que o sol está surgindo ou sumindo no horizonte . EVOLA: Vem do verbo evolar. O mesmo que: evapora 1.Elevar-se voando. 2. Exalar-se: Suave aroma evola-se das flores. Vamos apreciar por outros sentidos e linguagens! www.youtube.com / watch?v = u6ylAkCK7RU
Brincar e refletir sobre a língua 1º DIA - TARDE
Brincar e refletir sobre a língua Brincar e brincar com a língua
“ Também a linguagem escrita é objeto de interesse pelas crianças . Vivendo em um mundo onde a língua escrita está cada vez mais presente, as crianças começam a se interessar pela escrita muito antes que os professores a apresentem formalmente . Contudo, há que se apontar que essa temática não está sendo muitas vezes adequadamente compreendida e trabalhada na Educação Infantil. O que se pode dizer é que o trabalho com a língua escrita com crianças pequenas não pode decididamente ser uma prática mecânica desprovida de sentido e centrada na decodificação do escrito. Sua apropriação pela criança se faz no reconhecimento, compreensão e fruição da linguagem que se usa para escrever, mediada pela professora e pelo professor, fazendo-se presente em atividades prazerosas de contato com diferentes gêneros escritos, como a leitura diária de livros pelo professor, a possibilidade da criança desde cedo manusear livros e revistas e produzir narrativas e “textos ”, mesmo sem saber ler e escrever”. (BRASIL, 2009a ).
Brincar e refletir sobre a língua Brincar e brincar com a língua R eflexão linguística a partir da ORALIDADE LÚDICA , literatura e outras situações. Essa reflexão é sempre em contexto e na continuidade das práticas lúdicas, letradas, literárias, nas interações, não em uma abordagem separada desses aspectos linguísticos.
Vamos brincar de fazer versos rimados com os nomes de nossos municípios na estrutura do poema “Vamos” de Almir Correia? Quem é do mesmo município, pode se agrupar e fazer junto. Depois podemos juntar tudo e fazer um poema do Polo. Vamos?
Com as crianças, além da exploração oral, há várias opções de explorar as rimas por escrito também, seja a professora como escriba, seja elas escrevendo de seu jeito, ou misturando as duas práticas. Ex. Criar rimas oralmente com os nomes próprios pode ser interessante a partir do “Não Confunda” e livros afins. Depois, a criança escreve o nome e a professora escreve a palavra que ela disse rimar com o seu nome.
Sugestão Fazer rima para os nomes das crianças Crç : - Então rima porque termina com as mesmas letras! https :// www.youtube.com / watch?v = QilN8zoHJpU
A r ima é , ao mesmo tempo, recurso poético – presente na literatura, nos textos orais da tradição oral, em brincadeiras espontâneas – e também é uma unidade fonológica que chama a atenção para a dimensão sonora da língua. Identificar e produzir rimas em brincadeiras e nesses repertórios poéticos – oralmente e comparando palavras escritas – favorece a reflexão sobre a dimensão sonora da língua e a apropriação gradual da escrita, em contexto poético e brincante.
“De acordo com Maria Carmen Silveira Barbosa e Ana Cristina Coll Delgado (2012), a creche e a pré-escola vêm ocupando, nos últimos anos, o lugar de transmissão da cultura oral nas sociedades letradas, pois é nelas que os adultos têm o tempo e o espaço para sentar com as crianças, escutá-las e conversar. É nela[s] que adultos e crianças sentam-se para ler e ouvir histórias, lendas, contos de fadas; é lá também que circulam a cultura popular e a cultura lúdica, além de outros saberes que as crianças aprendem em suas culturas de pares, como jogos, canções, brincadeiras, e cantigas de roda que durante muitos séculos acompanharam o desenvolvimento humano ”. (BARBOSA; DELGADO, 2012, p. 134). In: Barbosa & Oliveira, Cad 6. p. 36.
E a s crianças pequenas brincam espontaneamente e pensam sobre a língua em seus diversos níveis: semântico, morfológico, sintático, pragmático, fonológico. Querem ver?
Cook (2000) afirma que, quando brincam com a linguagem, as crianças também prestam atenção e jogam com seus aspectos estruturais. Todos esses aspectos são fundamentais: semântico, morfológico, sintático, pragmático, fonológico. O nível semântico, na linguística, refere-se à análise do significado das palavras, frases e enunciados , ou seja, a compreensão do sentido que as expressões linguísticas transmitem. O nível morfológico, na linguística, refere-se ao estudo da estrutura interna das palavras , incluindo a forma como elas são formadas e classificadas. É o nível de análise linguística que se concentra na estrutura das palavras, nos morfemas que as compõem e na formação de novas palavras. O nível sintático na linguística refere-se ao estudo da estrutura e organização das palavras em frases e enunciados, focando em como elas se combinam para formar unidades significativas. O nível pragmático, em linguística, refere-se à análise do uso da linguagem em contexto social, considerando a interação comunicativa e os fatores que influenciam a interpretação de mensagens. A pragmática investiga como o significado da linguagem é afetado pelo contexto , pelas intenções do falante e pelas normas sociais . O nível fonológico refere-se à análise dos sons da língua , focando no sistema de fonemas, suas regras de combinação e como eles se relacionam com o significado. É um ramo da linguística que estuda os sons da língua em um contexto específico, diferente da fonética que estuda os sons de forma geral.
O faz de conta inerente ao brincar transforma objetos, ações e situações em símbolos de outros objetos, ações e situações - como brincar com uma garrafa pet fazendo às vezes de aviãozinho; mimetizar cenas de mercado, escola, veterinário, restaurante; brincar de ler e de escrever . E além de ser o modo de as crianças se expressarem e aprenderem sobre o mundo, desenvolve a capacidade de simbolizar, tomar uma coisa por outra.
O brincar, o faz de conta e o desenho são considerados por Vygotsky como a “pré-história” da escrita, porque são experiências que desenvolvem a função simbólica – fundamental para apropriação de um sistema de notação que lança mão de símbolos gráficos. Como afirma Luria et al. (1988, p.143), “[...] a história da escrita na criança começa muito antes da primeira vez em que o professor coloca um lápis na sua mão e lhe mostra como formar as letras”.
As experiências brincantes e poéticas e as brincadeiras com a língua também constituem uma espécie de “pré-história da escrita, da alfabetização” (DANGIÓ; MARTINS, 2018), pois levam as crianças a prestarem atenção na dimensão sonora da língua e fornecem um estofo para a compreensão gradual do funcionamento da notação alfabética de nossa língua, cujos caracteres representam, em grande medida, significantes sonoros (embora não apenas, pois é regido pela ortografia, não 100% pela fonografia).
Como diz o Claudemir Belintane (2013, 2017) só de brincar de brincadeiras em que cantar ou recitar (como “uni duni tê, as-la-mê min-guê”,”Co-rre-co-ti-a-na-ca-as-da-ti-a”, “Lá vai a bo-la-a-gi-rar-na-ro-da”), já torna a língua “altamente alfabetizável”. Isso porque o que se faz aí é uma segmentação em sílabas poéticas – o que desenvolve a sensibilidade ao caráter segmentável da língua, fundamental para fonetizar a escrita e compreender, depois, o sistema de notação da língua.
Mas, ainda que as crianças brinquem com a língua espontaneamente ou em brincadeiras poético-musicais da tradição oral, a Educação Infantil pode e deve favorecer e ampliar essas experiências das crianças com a linguagem, propondo situações reflexivas e significativas - inclusive por escrito - em contexto e na continuidade das práticas letradas e brincantes. Ricas interações verbais cotidianas e experiências com a oralidade lúdica e a literatura infanti l têm um papel fundamental nesse sentido e colaboram com a ampliação das experiências com a língua em suas diferentes dimensões, inclusive linguística .
Vamos acabar o dia brincando? Brincadeira Cantada: Boneco Pirulito