Tendências e correntes na educação brasileira

richard_romancini 63,814 views 31 slides Nov 06, 2013
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Slide Content

Tendências e correntes na
educação brasileira
Prof. Dr. Richard Romancini

Comentários prévios - 1
Data Aulas
02/out.Tendências e correntes na educação brasileira (Saviani)
09/out. Tradições constituição do campo comunicação/educação (Huergo)
16/out. A crítica da corrente tecnicista nas perspectivas “crítico-reprodutivista” e
humanista/libertadoras
23/out. Perspectivas recentes: cultura da mídia e educação - I (Kellner)
30/out. Perspectivas recentes: comunicação, redes, convergência e cultura – II (Jenkins, Ilich, Sibilia)
06/nov. A construção de uma perspectiva “educomunicativa” (Kaplun, Soares)
13/nov. Seminários:
· Escola Nova e a Comunicação/Educação – Freinet
· Escola Nova e a Comunicação, desdobramentos no Brasil – Anísio Teixeira / Roquete
Pinto
20/nov. Seminários:
·Corrente tecnicista e a Comunicação/Educação – Skinner
·Crítica da técnica e da educação no pensamento frankfurtiano - Adorno
27/nov. Seminários:
·A comunicação nas propostas libertadoras: Freire
04/dez. Entrega de trabalho final
13/dez. Entrega da Avaliação na Secretaria
Material de apoio: Coleção Educadores - http://www.dominiopublico.gov.br

Comentários prévios - 2
Há um texto mais recente de Savini sobre o mesmo
tema, de 2005:
•As Concepções Pedagógicas na História da
Educação Brasileira
Disponível na internet:
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/navegando/artigos_frames/artigo_036.html

Teorias das Educação e concepções
pedagógicas
•Nem toda teoria da educação é teoria pedagógica,
isto é, nem toda teoria educacional volta-se, de
modo estrito, à prática educativa – por exemplo, as
“teorias reprodutivistas” são teorias da relação
entre a sociedade e a educação.
•Por outro lado, as teorias claramente pedagógicas
da educação podem se distinguir quanto ao
enfoque maior na teoria ou na prática, um polo
subordinando mais o outro.

Teorias das Educação e concepções
pedagógicas
•Observações importantes:
•Olhar historicizante não deve fazer crer que há rupturas
totais, quer dizer, há convivência entre as teorias da
educação/concepções pedagógicas e cruzamentos entre
elas (traços residuais que persistem, influências, etc.).
•“As novas descobertas das ciências vão tornando as
antigas obsoletas. Isso não acontece com a filosofia e a
teoria educacional. [...] O pensamento pedagógico não é
linear, nem circular ou pendular. Ele se processo com as
ideias e os fenômenos, de forma dialética [....]” (Gadotti)
•Classificação e sistematização produz “tipos ideais” que
são atualizados e desenvolvidos em diferentes
tempos/espaços.

Teorias das Educação e concepções
pedagógicas
•As teorias pedagógicas que enfatizam aspectos
teóricos tendem a desenvolver “teorias do
ensino” (como ensinar), e as que salientam a
prática preocupam-se mais com o “como
aprender”, desenvolvendo “teorias da
aprendizagem”.
•Para Saviani (2005), as primeiras teorias (Platão,
teoria cristã, Comênio, Kant, Herbat, “lições de
coisas”, etc.) foram dominantes até o século XIX,
enquanto as segundas adquiriram hegemonia no
século XX (tendo Rousseau como percursor e
continuadores em Pestalozzi, Kierkegaard,
Bergson, escola novistas, construtivistas, etc.).

Teorias das Educação e concepções
pedagógicas
•Em resumo, quanto às teorias pedagógicas:
•Teorias de ensino (séc. XIX): métodos de ensino alicerçados em
pressupostos filosóficos e educativos (centro no professor)
•Teorias da aprendizagem (séc. XX): métodos de aprendizagem, com
primado nos fundamentos psicológicos da educação (centro no aluno)
•“O professor é um aluno e o aluno é,
sem saber, um professor - e, tudo bem
considerado, melhor será que, tanto o
que dá como o que recebe a instrução,
tenham o menos consciência possível
de seu papel” (Dewey – sociedade /
indivíduo)

Tendências e correntes da educação
•Filosofia da educação
•Processo – reflexão radical e rigorosa
•Produto – “ideologia” (orientação para assim)
•Ambas as dimensões são intimamente relacionadas
•Tendências (pressupostos teórico-filosóficos
gerais) do qual decorrem correntes,
eventualmente diversas.
•As concepções de Filosofia da Educação inspiram
as ideias que podem ser classificadas

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação
1.Concepção “humanista”
tradicional;
2.Concepção “humanista” moderna;
3.Concepção analítica;
4.Concepção dialética.

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: “Humanista” tradicional
•Visão essencialista do homem
•Essencial humana é imutável e cabe à
educação conformar-se a ela
•Vertentes:
•Religiosa - tomismo e neotomismo: S.
Tomas de Aquino (1225-1274) –
racionalismo aristotélico
•Leiga - centrada na ideia de “natureza
humana”: inspira movimentos da escola
para todos e métodos didáticos
formalizados – Herbart (1776-1841)

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: “Humanista” tradicional
•Perspectiva Religiosa
•Tem suas raízes no pensamento da Idade Média,
com influência direta na “pedagogia brasílica”,
sistema de educação/doutrinação religiosa
adotado na Colônia;
•Embora relacionada à Contra-Reforma, tem
relação com a educação protestante também;
•O papel da educação é moldar a existência
particular e real de cada educando à essência universal e ideal que o
define enquanto humano. Educação serve para atingir perfeição
humana que faz o homem merecer a dádiva da vida sobrenatural;
•Na modernidade, torna-se conhecida como “Pedagogia Tradicional”,

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: “Humanista” tradicional
Perspectiva Leiga – 5 passos (Herbart)
1- Preparação: o mestre recorda o que a criança já sabe;
2- Apresentação: o conhecimento novo é apresentado;
3- Assimilação: o aluno é capaz de comparar o novo com o
velho;
4- Generalização: além das experiências concretas, o aluno
é capaz de abstrair, chegando a conceitos gerais;
5- Aplicação: através de exercícios, aluno evidencia que
sabe usar e aplicar aquilo que aprendeu.
Influência no pensamento pedagógico
•Caráter de objetividade de análise,
•Tentativa de psicometria,
•Rigor dos passos a serem seguidos para a instrução,
•Sistematização do método de ensino,
•Destaque ao mestre e à educação pela instrução.

Herbart e Bacon: a matriz
racionalizante
Fonte: Leão (1999)

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: “Humanista” moderna
•Marcada por diversas correntes de pensamento:
Pragmatismo, Historicismo, Existencialismo,
Fenomenologia.
•Visão de homem centrada na existência, na vida.
•Admitindo a incompletude humana, não vê mais o
adulto como modelo da criança. Daí, centra-se no
aprendiz, considerando as diferenças entre os
indivíduos.
•Preponderância do psicológico sobre o lógico.

Pedagogias da essência e existência
SUCHODOLSKI, B. A pedagogia e as grandes correntes filosóficas. Lisboa,
Horizonte, 1984.
Essência Existência
Platão Rousseau
Cristianismo Darwin
Tomismo Spencer
Escola TradicionalEscola Nova
Não há síntese (para o autor inalcançável no estado
atual da sociedade, mas alguns, como Durkheim,
tentarem estabelecer mediações entre essas pedagogias.
A concepção positivista de educação de Durkheim
buscou existencializar a pedagogia da essência.

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: concepção Analítica
•Tarefa da Filosofia da Educação é
efetuar a análise lógica da
linguagem educacional
•Tem preocupação com contexto e
fins da educação, do qual deriva
tendência eficientista/produtivista
sobre a educação e a escola
•Pedagogias tecnicistas situam-se
nesse marco filosófico

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: concepção Analítica
•No Brasil, passa a ter forte influência a partir do
regime militar (1964)
•Movimentos de aproximação da tecnologia na
educação: reflexão sobre “tecnologia
educacional”
•Desenvolvimento: teoria do capital humano
(“valor econômico da educação”)
•Para Saviani (2005), é a concepção dominante no
Brasil

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: concepção Dialética
•Interesse pelo homem concreto, síntese
de múltiplas determinações; homem
como conjunto de relações sociais
•Formações sociais, a partir de suas
contradições, engendram suas negações
e superações, desenvolvendo outras
formas sociais
•Nesse sentido, a educação deve colocar-
se em prol da nova formação social, que
se forma no seio da antiga

Concepções fundamentais em Filosofia
da Educação: concepção Dialética
•Crítica à Escola Nova (embora tenha mais
relação com esta do que com Pedagogia
Tradicional) e formulação de projetos de
pedagogia popular
•Politização da prática educativa e denúncia
das ilusões da escolarização na sociedade
de classes (reprodutivistas)

Comparação Saviani e Gadotti

Comparação Saviani e Gadotti

Tendências e correntes na Educação
Brasileira
Periodização do modo que se manifestam as
tendências na educação brasileira
Até 1930 1930-19451945-19601960-19681968 em
diante
Predomínio
da tendência
“humanista”
tradicional
Equilíbrio
entre
tendências
“humanista”
tradicional e
“humanista”
moderna
Predomínio
da tendência
“humanista”
moderna
Crise da
tendência
“humanista”
moderna e
articulação
tendência
tecnicista
Predomínio
da tendência
tecnicista
e emergência
das críticas à
pedagogia
oficial e
políticas
educacionais

Marcos sociais de embates ou
predomínio de tendências
•Início do século XX: “entusiasmo pela educação” - discussão
sobre escolarização obrigatória – transformar povo em
cidadão (inspiração tendência tradicional)
•No fim, em países como o Brasil, os meios de comunicação
foram mais eficientes na transformação da “massa” em
“povo/nação” – Martín-Barbero, J.
•Criação ABE (Associação Brasileira de Educação) – 1924
(fortalecimento da tendência moderna)
•Tratamento que as constituições dão ao tema da educação
(1930 – equilíbrio de forças e, pós-redemocratização,
evidenciando a hegemonia da tendência “humanista”
moderna)
•Criação INEP (1937), CAPES (1951)

Marcos sociais de embates ou
predomínio de tendências
•Criação sistema e Pós-Graduação e reorganização do ensino de 1º
e 2º graus (1968 em diante)
•Forte ênfase no “enfoque sistêmico”, e em temas como a
“operacionalização de objetivos”, “tecnologias de ensino”,
“instrução programada” (paródia crítica: Jesus professor -
http://mais.uol.com.br/view/e8h4xmy8lnu8/5935594?types=A&)
•Na pesquisa educacional, isso correspondeu a uma forte
dimensão empírica funcionalista (em comunicação e educação)
•Resposta: teóricas críticas da educação (importação) e
desenvolvimento de tendências contra-hegemônicas, bem
como abordagens pós-modernas – de todas as matizes

Teorias crítico-reprodutivistas
•A escola funciona como um “Aparelho
Ideológico do Estado” (AIE), ao lado de
outros do mesmo tipo (meios de
comunicação, família, etc.)
•Sua função social é a reprodução social e não
transformações
•Escola mantêm, assegura e legitima
desigualdades sociais
•Cultura legitimada pela escola é a cultura
da classe dominante
•Síntese: sobre o conceito de “capital cultural”
(http://www.youtube.com/watch?v=Qlc6GBeCO50)

Teorias crítico-reprodutivistas
•Teoria da dupla escola (Baudelot e Establet):
existência de um sistema “primário profissional” (PP)
e uma escola “secundária superior”
•Influência em certas vertentes críticas da reflexão dos
autores da escola de Frankfurt (Henry Giroux, Peter
McLaren e outros)
•Currículo oculto
•Teoria da “semicultura” (Adorno)
•Autores são criticados por pessimismo e imobilismo,
o que abre caminhos para tendências dialéticas de
renovação da crítica escolar e social (educação como
instrumento de luta)

Exemplo de discussão pós-moderna
http://www.youtube.com/watch?v=n9KeDTMEYSE

Modelos de Educación y Comunicación
KAPLUN. O comunicador popular, cap. 1.
http://estrategiadidactica.files.wordpress.com/2012/09/kaplun-mario_el-comunicador-popular-cap1.pdf

Modelos de Educación y Comunicación
KAPLUN. O comunicador popular, cap. 1.
http://estrategiadidactica.files.wordpress.com/2012/09/kaplun-mario_el-comunicador-popular-cap1.pdf

Educomunicación: Modelos de
Educación y Comunicación
http://vimeo.com/66792680

Referências
GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo:
Ática, 8ª ed., 1999.
SAVIANI, Demerval. Tendências e correntes da educação
brasileira. In: MENDES, Durmeval Trigueiro (Coord.). Filosofia
da educação no Brasil. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
1983.
SAVIANI, Demerval. As concepções pedagógicas na história da
educação brasileira. Campinas, agosto 2005.
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