Vol. 3 PROFESSOR INOVADOR.pdf

ARTIGOS DE SIMONE HELEN DRUMOND ISCHKANIAN EM LIVROS

2. Organização Geral
Dep. Prof.ª Therezinha Ruiz de Oliveira
Cleiciane Maia Ferreira
Joana Lúcia Nelson de Oliveira
Luciana Lima de Brito Cáuper
Suziane Cordovil Bindá
Vera Lúcia Marques Edward’s
Apoio Design Gráfico
Fábio Raphael Moreira Cáuper
Colaboradores
Geanne de Oliveira Valente
Gustavo Tavares Bruce
Laura Esther Teixeira Botelho
Lucimar Reis Santana
Maria José de Araújo Abtibol
Zelinda Moraes da Costa
Revisão Ortográfica
Rosimar Sini
APOIO CULTURAL

3. Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas – Aleam
Comissão de Educação – Coed
Dep. Prof.ª Therezinha Ruiz de Oliveira (Org.)
PRÊMIO
PROFESSOR
INOVADOR
3.ª EDIÇÃO
Vol. 3 – 2021

4. Copyright © Therezinha Ruiz de Oliveira, 2021
© Projeto Gráfico – Editora Travessia Educacional
Editor | Isaac Maciel
Coordenação Editorial | Neiza Teixeira
Capa e Projeto gráfico | Laís Cabral
Revisão | Núcleo de editoração Travessia
Normalização | Ycaro Verçosa (CRB – 11/287)
2021
Editora Travessia Educacional
Rua Rio Mar, 63A, Cj. Vieiralves – Nossa Senhora das Graças
Cep: 69053-180 – Manaus-AM
Tel.: [92] 3213-8984
www.travessiaeducacional.com.br
O48P Oliveira, Therezinha Ruiz de (org.)
Prêmio Professor Inovador. 3 ed. Vol. 3 – 2021. / Organizado por
Therezinha Ruiz de Oliveira. – Manaus: Editora Travessia Educacional, 2021.
912 p.
ISBN 978-65-88752-02-9
1. Educação – Amazonas I. Título
CDD 370.098113
22. ed.

5. AGRADECIMENTOS
Gratidão maior a Deus, por permitir tamanha realização, ape-
sar de todos os desafios, reiterando que, em todos os momentos,
Ele foi e sempre será o maior mestre que alguém pode conhecer.
Gratidão e reconhecimento ao carinho e doação de todos os
meus familiares, amigos, educadores e colaboradores, que não
mediram esforços para aceitar a ausência, contribuir com eficiên-
cia e, direta ou indiretamente, participar deste grandioso projeto,
que tem, hoje, a sua terceira edição do livro Professor Inovador.
Gratidão, respeito e honra à Assembleia Legislativa do Estado
do Amazonas – Aleam, à Escola do Legislativo, ao senador José
Lindoso, ao Fórum de Educação do Amazonas – Feam, à Secretaria
de Estado de Educação e Desporto – Seduc, à Secretaria Municipal
de Educação – Semed, ao Sindicato dos Estabelecimentos de Ensi-
no Privado do Estado do Amazonas – Sinepe, por todo o apoio que
tornou possível a realização deste projeto.
“A gente só encanta quando se encanta.
Se eu não estiver encantado com
O meu objeto de conhecimento,
Eu não posso encantar o outro”.
(Mario Sérgio Cortella_
Deputada professora Therezinha Ruiz
Presidente da Comissão de Educação da Assem-
bleia Legislativa do Estado do Amazonas – Coed.

7. SUMÁRIO
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Sobre o Prêmio Professor Inovador. . . . . . . . . . . . 23
ENSINO MÉDIO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Projeto Sem limite: o desafio de voar cada vez mais
longe. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
Produção de pó de chocolate da semente da seringueira
como alternativa na merenda escolar. . . . . . . . . 35
Projeto Manhã literária – um despertar para a poesia. . . 41
Revista escolar: “Oficina de História: Lima Barreto e a
história da primeira República brasileira”. . . . . . . 47
Livro: práticas e experiências de ensino de História na
Amazônia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Jogos internos Adelaide Tavares – JIAT’S. . . . . . . . . . 55
Escola de Filosofia: interações virtuais de ideias e
conceitos humanizando experiências digitais. . . . . 59
Uma nova maneira de aprender progressão aritmética. . 65
O mapa das possibilidades, da escola à universidade. . . 71
PEV – Projeto “escola e vida: dialogando com a
realidade”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
Projeto SIS em foco: sarau literário. . . . . . . . . . . . 83
Tecnologia e inovação no desenvolvimento de
irrigadores para canteiros suspensos no Estado
do Amazonas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

8. Interdisciplinaridade, Matemática e Biologia em áreas
de platô e vertentes na Reserva Ducke. . . . . . . . . 95
Manaus, ontem e hoje: uma cidade em imagens. . . . .101
Uso de espaços de mídias ociosos na escola. . . . . . .105
Geografia e musicalidade: o real imaginário do lugar
no município de Itapiranga/AM. . . . . . . . . . . .109
Projeto Descomplicando a escrita e escrevendo com
a professora de Língua Portuguesa Márcia Regis. . . 115
Empreendedorismo orientando a sustentabilidade e
arborização no entorno da Escola Estadual Senador
Antóvila Mourão Vieira. . . . . . . . . . . . . . . .119
O telejornal como recurso didático no ensino de
Matemática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .123
Sachê perfumado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129
Educação Física e os avanços tecnológicos: os jogos
eletrônicos como possibilidade educativa
interdisciplinar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133
Projeto Zoosolon: uma proposta de aprimoramento do
ensino de Biologia por meio da elaboração de coleções
zoológicas em laboratório. . . . . . . . . . . . . . 139
Projeto Mostra pedagógica on-line de Química. . . . . 145
Do lixo ao luxo: usando a criatividade para transformar
materiais recicláveis em brinquedos infantis. . . . . 149
Contos da quarentena: um estímulo à formação de
leitores e escritores. . . . . . . . . . . . . . . . . . 153
Esporte e inclusão: o esporte adaptado como fator
de inclusão social para pessoas com
necessidades especiais. . . . . . . . . . . . . . . . 159
Projeto Estudante Atleta. . . . . . . . . . . . . . . . . 165
Projeto Esfera Pública na Escola. . . . . . . . . . . . . 171
Uso crítico de mídias digitais na escola. . . . . . . . . 177
Projeto Sapiência: o uso de Internet e modelos didáticos
para o ensino de Ciências. . . . . . . . . . . . . . 181

9. Horta e jardinagem na escola: uma estratégia para
trabalhar conhecimentos científicos e populares na
promoção da conscientização ambiental. . . . . . .187
A importância da doação de sangue – tipagem
sanguínea e fator RH. . . . . . . . . . . . . . . . . 191
Dicas de estudos da semana, pelo Instagram, Facebook
e YouTube. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 195
Metodologia do ensino de História: uma experiência
exitosa na 12.ª Olimpíada Nacional de História
do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Reutilizar os papéis: construção de mapas mentais no
período de pandemia. . . . . . . . . . . . . . . . .205
Produção de vídeo: remontando os conflitos mundiais
no TikTok. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .209
A mulher e sua representação na música: expressões
de discriminação e violência – “se liga na letra,
mulher!”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 215
Monumento tenente Roxana Bonessi: construção
de uma abordagem artística sobre o feminicídio. . . 219
Saúde e Educação: monitoramento/mapeamento dos
sinais vitais na flexibilização do isolamento social. . 223
Minutos de ondas: vídeos de curta duração no Ensino
Remoto Emergencial (ERE) de Física. . . . . . . . . 229
Matemática, contextos e aplicações: uma experiência
em homenagem ao dia do professor. . . . . . . . . 233
Atividades experimentais investigativas: possibilidades
para envolver discentes do Ensino Médio na
aprendizagem da Química e no desenvolvimento
de habilidades científicas. . . . . . . . . . . . . . .237
O Panfleto, voz e expressão social. . . . . . . . . . . .241
Detritos da construção civil como alternativa de
produção de adubo orgânico. . . . . . . . . . . . .245
Mapeamento participativo e aprendizagem significativa
na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Manaus. . 251

10. Educação Ambiental e boas práticas para reduzir a
poluição. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
Projeto educacional/cultural Educ-Cine.. . . . . . . . .261
A arte de desenhar letras e o exercício de empatia
e respeito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .267
Quimicamente falando: transformação da linguagem
cotidiana em linguagem científica como
aprendizagem significativa para estudantes da Educação
de Jovens e Adultos (EJA). . . . . . . . . . . . . . . 271
Criativos na escola: protetores da infância. . . . . . . .277
Conhecendo meu município: a Bela Eva. . . . . . . . .281
Flora presente na área verde da Escola Estadual Ruth
Prestes Gonçalves, em Manaus – Amazonas. . . . . 287
Análise sobre a evasão escolar na Educação de Jovens
e Adultos (EJA) da E. E. Marechal Hermes. . . . . . .291
Projeto Nem um a menos: combatendo a evasão
escolar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 297
Olimpíada de Inglês para o futuro do trabalho. . . . . .301
Cruzando as fronteiras do conhecimento: a
aprendizagem pela pesquisa e inclusão nas aulas
de Geografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 305
A cultura e religiosidade africana: desmistificando
preconceitos com estudantes da escola. . . . . . . .309
O Podcast como ferramenta de aprendizagem em
Língua Japonesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 315
Kahoot: uso do jogo interativo na língua estrangeira
moderna Espanhol. . . . . . . . . . . . . . . . . . 319
Prática sustentável de reciclagem: confecção
de papeis sementes. . . . . . . . . . . . . . . . . .323
Produção audiovisual sobre a história das vacinas por
estudantes do 3.º ano do Ensino Médio, em uma escola
pública de Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . 329
A reutilização no processo de ensino e aprendizagem
da Matemática. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 333

11. Espaço verde escolar Lecita – promovendo atitudes
cidadãs e fortalecendo o conhecimento no ensino
presencial e à distância. . . . . . . . . . . . . . . .339
A Química em ação: experimentos químicos como
modelo pedagógico de ensino-aprendizagem. . . . 343
Educação profissional e técnica: os benefícios do
laboratório de informática do Cetam, na sede do
núcleo de educação profissional de Manacapuru. . .347
Jornada Interdisciplinar Professor Ruy Alencar – Jipra. . 351
Laboratório aberto: a importância da experimentação
no ensino de Química. . . . . . . . . . . . . . . . 355
A utilização de recursos de videoconferência nos
seminários de Biologia no período pandêmico
de 2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 359
Projeto Ciência em casa: práticas pedagógicas para
o Ensino Médio em período de pandemia na
rede pública de ensino – Manaus, Amazonas. . . . .363
O lugar na Geografia: uma reflexão a partir das
vivências de estudantes da comunidade Coliseu –
Manaus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .367
Saúde em casa: exercício físico gera saúde.
Movimente-se!. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 371
O uso de chatbot no ensino remoto/híbrido de
Língua Inglesa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 375
Descobrindo conceitos cinemáticos e dinâmicos
por meio da interatividade e da leitura: uma prática
investigativa em Física. . . . . . . . . . . . . . . . 379
O estudante do Ensino Médio na Bovespa – Bolsa de
Valores do Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 383
Química orgânica tá on! O uso da plataforma
Instagram no ensino de Química na rede pública
estadual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 387

12. Tempos de pandemia em 2021: ferramentas multimídias
aplicadas no processo de ensino remoto de
Química. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 391
Habilidades textual e artística usadas como estratégia
metodológica diferenciada no ensino de Física. . . .397
“Qcarreira seguir?”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .401
JB talent: a beleza da arte e da juventude. . . . . . . . 405
Educação fiscal para formação cidadã. . . . . . . . . .409
Desenvolvendo jogos e coleção entomológica para
motivar o ensino sobre doenças tropicais
negligenciadas, transmitidas por insetos. . . . . . . 413
Mapeando áreas vulneráveis para a saúde humana
no entorno da Escola Cid Cabral da Silva,
Manaus-AM. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 419
Contribuição ambiental por meio de implementação de
um jardim ecológico em local de descarte incorreto
de resíduos sólidos, no município de Codajás-AM. . 425
Informativo VTS: estudantes pesquisadores e
protagonistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 431
Projeto aprovado pelo PCE/2020: o uso das redes
sociais e suas múltiplas possibilidades de
comunicação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .437
Conexões interdisciplinares – conhecimento
universalizado e experiência pluralizada rumo
ao futuro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 441
O Google Sites como ferramenta pedagógica digital
em uma escola pública. . . . . . . . . . . . . . . .447
O uso de mapas mentais como estratégia de estudo
da Literatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 453
Linguagens no Ensino Médio: interpretação e análise
morfossintática no gênero história em quadrinhos. . 457
A leitura no contexto do novo Ensino Médio em uma
escola pública de Manaus. . . . . . . . . . . . . . 461
Projeto Amazone-se. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 467

13. Análise espacial da hidrografia de Manaus por meio de
geotecnologias como instrumento de auxílio ao
ensino de Geografia. . . . . . . . . . . . . . . . . 471
O estudante como protagonista em seu processo
avaliativo no ensino da Matemática. . . . . . . . . 475
Laboratório em casa: uma proposta de implementação
inovadora para o ensino de Biologia. . . . . . . . . 479
Modificação das escamas de peixes em biofibras e
biopolímeros aplicados em bioprodutos
sustentáveis. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .485
Festival de música como instrumento motivador para o
processo de ensino-aprendizagem. . . . . . . . . . 491
Oficina interativa de ensino matemático: teoria e ação
reflexiva sobre a prática pedagógica na Educação
de Jovens e Adultos da Escola Estadual Mirtes Rosas
Mendes de Mendonça Lima. . . . . . . . . . . . . 495
Mídias sociais e formação cidadã: o combate às fake
news na pandemia de Covid-19. . . . . . . . . . . 501
Projeto Mostra de literatura: a leitura como
formação do ser humano. . . . . . . . . . . . . . .507
Educação multidimensional em ciência e tecnologia
aplicada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 511
Criação de uma estação móvel de aprendizagem. . . . 515
Festival dos clássicos da Disney. . . . . . . . . . . . . 519
Jogos digitais no ensino de História: aliando os games
ao cotidiano escolar. . . . . . . . . . . . . . . . . 523
Amazônia e suas inovações para o desenvolvimento de
uma sociedade sustentável – uma exposição por meio
do olhar dos estudantes da EJA. . . . . . . . . . . . 529
Utilização do Instagram para inserção do conhecimento
de produção científica feminina no Ensino Médio. . 533
A linguagem de programação aplicada ao ensino de
Sociologia na Escola Estadual Nathália Uchôa. . . . 539
Steam e Cultura Maker na Escola Frei Mário Monacelli. 545

14. Ética e cidadania: um olhar sobre a adolescência no
convívio social e familiar. . . . . . . . . . . . . . .549
Educação ambiental e reciclagem de óleo de cozinha
na produção de sabão: uma experiência com
adolescentes do Centro Socioeducativo Dagmar
Feitosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 553
Aproveitamento integral dos alimentos na merenda
escolar: uma questão de sustentabilidade. . . . . . .559
Jornal digital e o contexto atual: pandemia e temas
relevantes da atualidade. . . . . . . . . . . . . . . 563
Construção de experimento usando a plataforma
Arduino para simular a velocidade média de
corpo em movimento. . . . . . . . . . . . . . . . .567
Matemática em uma viagem pelos municípios do
Estado do Amazonas. . . . . . . . . . . . . . . . . 573
Modelagem computacional da curva de crescimento
da Covid-19 no Estado do Amazonas.. . . . . . . . 579
Jogos eletrônicos: as novas representações do trabalho
para os jovens da Escola Primeiro de Maio. . . . . .585
Literatura, Artes, História e memória: minha escola,
meu lugar no mundo. . . . . . . . . . . . . . . . . 587
O centro criativo: a dança transformadora. . . . . . . .591
A Física na tecnologia 5G. . . . . . . . . . . . . . . . 595
Mente sã e corpo saudável. . . . . . . . . . . . . . . .599
Cory – code library. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .603
Projeto Cuidando do meio ambiente, a começar por
mim! Reciclagem de papel. . . . . . . . . . . . . . 607
Insetário virtual: biodiversidade, conservação e
Educação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .611
Música como recurso didático em tempos tecnológicos:
o som que há na Geografia em tempos remotos. . . 615
Construindo inclusão: um olhar sobre os PCDS e
PNES. Uso da sequência didática para leitura e
produção do texto dissertativo-argumentativo. . . . 619

15. Democracia digital: um ensaio do protagonismo jovem
na EETI Garcitylzo. . . . . . . . . . . . . . . . . . 625
I mostra afro-indígena do projeto Diversidade em ações.629
Educação ambiental: compostagem e horta na escola. . 635
Explicar cálculo renal, na cristalização de oxalato de
cálcio do limão caiano, em equilíbrio químico. . . .641
O ensino da Geografia para a prática de Educação
Ambiental na Praia do Caturetê. . . . . . . . . . . .647
Utilização do filme coreano A Gripe para
conscientização acerca das medidas de prevenção
contra o vírus Sars-Cov-2, causador da Covid-19. . .653
O ensino das classes gramaticais por meio de paródias. 659
Educação 4.0 e o pensamento computacional no
exercício da cidadania do século XXI. . . . . . . . .663
Uso e ocupação do solo: morando em áreas de risco
ambiental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .669
Rompendo barreiras linguísticas e criando pontes de
aprendizagem para estudantes venezuelanos na escola. 675
Ensino da Língua Espanhola por meio da música. . . . 679
Um olhar diferenciado sobre o ensino da Física, visto
em casa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .681
Prática e percepção na escola – a música em
movimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 685
Filosofia em tempo de pandemia: desafio da EAD no
município de Tabatinga. . . . . . . . . . . . . . . .687
Uma análise físico-química referente à água consumida
na escola e sua importância para a vida. . . . . . . 691
Metodologias ativas no ensino de Literatura:
potencialização da aprendizagem?. . . . . . . . . .695
Leitores e valores: um olhar mais do que literário.
Resgate histórico, linguístico & cultural por meio
da Literatura brasileira. . . . . . . . . . . . . . . . 701
Experimentos com materiais de baixo custo no ensino
da Física para o Ensino Médio. . . . . . . . . . . . 707

16. CATEGORIA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA. . . . . . . . . . 711
Ensino de Física por meio de protótipo antiCovid-19 no
ambiente escolar com sistema Arduino. . . . . . . .713
A Iara e o rio poluído nos jogos de tabuleiros
desplugado infantil. . . . . . . . . . . . . . . . . . 719
Jogos digitais como mecanismo potencializador da
aprendizagem em Língua Inglesa direcionada à
educação inclusiva. . . . . . . . . . . . . . . . . .725
Os desafios das técnicas de design gráfico visual na
aprendizagem de informática no Centro
Estadual de Convivência da Família Maria de
Miranda Leão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .731
Storytelling: narrativas digitais com produção de um
e-book sobre o ensino de Língua Portuguesa do 5.º ano. 735
Placar motivacional tecnológico. . . . . . . . . . . . .741
Ampliando os horizontes: comunidade Lago do Limão,
a caminho da universidade. . . . . . . . . . . . . .745
O ensino tecnológico em tempos de pandemia:
socializando experiências de práticas inovadoras
visando o menor índice de evasão escolar. . . . . . 749
“A” de abelhinha: o uso das tecnologias e da ludicidade
no processo de alfabetização pelo ensino remoto. . 753
Programa integrador de conclusão de curso:
implementação de artigo científico a nível
tecnológico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .759
Os benefícios do laboratório de informática do Cetam
na sede do núcleo de educação profissional de
Manacapuru. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 763
O manejo florestal sustentável do açaí no distrito do
Cacau Pirêra, no município do Iranduba-AM por
meio das tecnologias. . . . . . . . . . . . . . . . . 767

17. Transtorno do Espectro Autista (TEA): as tecnologias da
gamificação como ferramentas de ensino e
aprendizagem para estudantes do Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas. . . . . . . . . . . . . . 773
O uso do aplicativo Google Earth em sala de aula. . . .777
Informática aplicada ao curso Técnico em
Qualidade ofertado pelo Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas. . . . . . . . . . . . . . 783
Arte e fotografia: adaptação e readaptação no contexto
do ensino remoto. . . . . . . . . . . . . . . . . . .787
A neurociência nas tecnologias digitais e assistivas
como contribuição para o processo de ensino e
aprendizagem nas práticas pedagógicas cotidianas. .791
Tecnologia de Informação e Comunicação (Tics): a
implantação das Tics na formação humana integral
de Ensino a Distância (EAD). . . . . . . . . . . . . 795
Análise e evolução da inclusão digital no projeto Jovem
cidadão, do Centro de Educação Tecnológica do
Amazonas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 799
Computação desplugada: promovendo habilidades e o
engajamento das crianças durante o ensino remoto. 803
Canvas: ferramenta para produção de imagens para
ilustrar guia de estudos do projeto Aula em casa do
componente de Química para 1.ª série do Ensino
Médio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 807
O uso de softwares como instrumento de alfabetização
e desenvolvimento da leitura com uma turma de
EJA do 1.º ciclo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .811
Tecnologia, Educação e motivação: aulas remotas na
educação profissional e tecnológica do curso de
informática básica e avançada do Cetam-AM. . . . .815

18. Saberes amazônicos: identificação e classificação de
plantas utilizadas como medicamentos alternativos
para tratamento de Covid-19 por famílias da
comunidade da Vila Amazônia. . . . . . . . . . . . 819
Tecnologia na educação: criando e recriando textos e
contextos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .823
Storyboard como ferramenta de ensino, aprendizagem
e avaliação na disciplina de Português Instrumental
nos cursos tecnológicos no Cetam-AM. . . . . . . . 829
As perspectivas práticas do homem do campo na
preservação das matas ciliares da comunidade do
Mato Grosso – Gleba Vila Amazônia. . . . . . . . . 833
Jogos digitais elaborados no PowerPoint como
instrumento de aprendizagem na pré-escola. . . . . 837
A utilização da metodologia Steam, com materiais
reciclados no 5.º ano. . . . . . . . . . . . . . . . .841
O uso de jogos com Tecnologia Assistiva na
aprendizagem de pessoas com deficiência visual. . .845
Projeto Aula em casa: e-mail, uma possibilidade para
investigar a abrangência do fazer das aulas de arte. .849
O uso dos memes nas regras de Língua Portuguesa. . . 855
Educação florestal e tecnologias: práticas exitosas com
estudantes do Centro Tecnológico do Amazonas –
Cetam, no curso Técnico em Florestas. . . . . . . . 861
Design de aprendizagem com o uso de Canvas como
ferramenta de ensino de redes de computadores no
curso Técnico em Informática do Ifam – campus
Maués. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 865
Gamificação matemática: jogos digitais e artesanais na
consolidação da tabuada de multiplicação na turma
de Avançar 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 869
Utilização do WhatsApp como ferramenta pedagógica
na modalidade da Educação de Jovens e Adultos. . .875

19. Utilizando o aplicativo Padlet como instrumento de
otimização da aprendizagem em tempos de
pandemia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .881
Conectando-se à Olimpíada de Inglês para o futuro
do trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .887
Curumins e cunhantãs protagonizando o
empreendedorismo e a inovação na produção de
artefatos digitais para auxiliar o ensino remoto e
híbrido em tempos de pandemia. . . . . . . . . . . 891
Desafios da Educação Especial Inclusiva no período de
pandemia – Covid-19: atividades e métodos como
recurso facilitador da aprendizagem do estudante
autista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 897
Trabalhando a plataforma “árvore de livros”
remotamente, no ensino da EJA, em tempos de
pandemia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .901
Tecnologias educacionais da plataforma Google: uma
ferramenta didática globalizante, nos processos de
ensino e aprendizagem do curso de Informática. . . 907

21. 21
APRESENTAÇÃO
“O presente impõe formas. Sair dessa esfera e produzir
outras formas constitui a criatividade.”
Hugo Hofmannsthal
V
ivemos uma época muito desafiadora. A pandemia da Co-
vid-19 fez com que nos posicionássemos diferentemente
em vários setores da esfera social. Na Educação, em es-
pecial, fomos movidos pelas transformações e mudanças, pela
necessidade urgente de encontrarmos novas formas de continuar
atuando, o que nos levou a criar e reconstruir as práticas docen-
tes, para, de maneira instantânea, darmos continuidade ao traba-
lho corriqueiro, só que de forma urgente, inovadora e criativa. O
convite ao novo, sempre anunciado pelos profissionais da Edu-
cação, tornou-se imprescindível durante a pandemia. Felizmente,
esse convite foi aceito e, nesta obra, você, leitor (a), conhecerá
as iniciativas corajosas, exitosas e passíveis de uso em diversos
cenários escolares, realizadas por professoras e professores ino-
vadores. A obra Prêmio Professor Inovador (Edição 2020-2021)
é composta por 3 volumes. Neste volume 3, estão disponíveis os
projetos aplicados nas escolas públicas e privadas, no período de
2019 a 2021. São artigos que revelam diversos projetos nas mo-
dalidades de Ensino Médio (142) e Educação Tecnológica (42). As
temáticas aqui reunidas comportam abordagens interdisciplinares
e transdisciplinares, todas realizadas em pleno período pandêmi-
co, condição complexa para fomentar transformações positivas,

22. 22
em qualquer área de atuação. Esperamos que você conheça e se
inspire nas práticas criativas e exitosas dos professores elencados
nesta obra. Acreditamos que os frutos desta edição e dos traba-
lhos nela descritos poderão germinar e se multiplicar, sendo assim,
possível concretizar, na história da Educação do Estado do Amazo-
nas, as reais transformações e evolução da atual geração, marcada
pela coragem, inovação e excelência. Agradeço a todos e todas
que têm contribuído para o processo de construção coletiva, que
apontam novos caminhos e renovam o compromisso em defesa
da Educação, da Pesquisa e da Ciência, como bens públicos e de
direito de todos os cidadãos amazonenses.
Aprecie a leitura!
Deputada Professora Therezinha Ruiz
Presidente da Comissão de
Educação da Assembleia
Legislativa do Estado do
Amazonas – Coed.

23. 23
SOBRE O PRÊMIO
PROFESSOR INOVADOR
D
esde a sua ideia e concepção para criação, o Prêmio Pro-
fessor Inovador busca identificar, valorizar e divulgar as
experiências educativas inovadoras de professores que,
em consonância com o Sistema Nacional de Educação, tendo, em
sua essência, as diretrizes emanadas pela Lei de Diretrizes e Bases
– LDB, Plano Nacional de Educação – PNE, Base Nacional Co-
mum Curricular – BNCC, e demais estruturas regulamentadoras do
processo educacional do país, expressam criatividade, transforma-
ção, impacto social, aplicabilidade, eficiência, contextualização
(amazônica), interdisciplinaridade, inclusão e desenvolvimento
das habilidades e competências diversificadas e necessárias aos
estudantes, em sua integralidade de formação.
A presidente da Comissão de Educação da Aleam e deputa-
da, professora Therezinha Ruiz, lançou, em 2007, o Projeto de Lei
n.º 3.183 – Semana de Valorização do Professor. Nessa Semana,
a partir de 2015, em parceria com o Fórum de Educação do Ama-
zonas (Feam), foi realizada a primeira edição do Prêmio Professor
Inovador, com o objetivo de selecionar e premiar práticas pedagó-
gicas exitosas no cotidiano curricular, bem-sucedidas e inovado-
ras, desenvolvidas nas escolas da rede municipal de ensino de Ma-
naus. O reconhecimento dos trabalhos dos professores das redes
públicas, que, no exercício da atividade docente, contribuíram de
forma relevante para a qualidade da Educação Básica, continuou
sendo incentivado e estimulado por meio da aprovação do Projeto

24. 24
de Lei n.º 021/2017, que criou o Prêmio Municipal Professor Ino-
vador, de autoria da professora Therezinha Ruiz.
Em 2015, foram inscritos 41 projetos que compreendiam as
modalidades da Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensi-
no Fundamental, Educação Tecnológica, Educação Especial, EJA;
Artes, Educação Física e Educação Indígena. Em 2017, a segunda
edição contou com 64 projetos inscritos. As modalidades conti-
nuavam as mesmas e foi acrescentada a Educação Ambiental, de-
vido à importância da abordagem tão recorrente na edição ante-
rior. Em 2019, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa
do Estado do Amazonas (Coed), presidida pela deputada Therezi-
nha Ruiz, dá um passo significativo e importante para a história
da Educação no Amazonas e inclui, no rol de diversas atividades
previstas, a obra Prêmio Professor Inovador, uma coletânea dos
resumos expandidos, adequados aos padrões inerentes a todo tipo
de publicação de cunho científico, nos quais os professores des-
crevem os projetos submetidos ao prêmio em todas as suas eta-
pas e fundamentações. A primeira edição contemplou os resumos,
produtos dos projetos inovadores, dos anos de 2015 e 2017. No
ano de 2019, na segunda edição, foram inscritos 134 projetos,
nas modalidades de Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais, Ensi-
no Médio, Educação Tecnológica, Educação Especial e Educação
Indígena.
Em 2020, ano pandêmico, a escola revelou-se, em sua es-
sência, como um “lócus aberto” às mudanças, pois incorporou
diversas experiências vividas no cotidiano, dentre as quais o uso
de tecnologias para o desenvolvimento dos currículos e das habili-
dades, em especial, as emocionais, aplicadas como ferramenta de
enfrentamento ao cenário tão complexo, uma vez que a prioridade
estava nos desafios de manter a segurança e a vida de todos.
Em 2021, deparamo-nos com a continuidade da pande-
mia, que se estendeu por um tempo não previsto, e, mesmo as-
sim, professores e estudantes continuaram atuando, com as no-
vas dinâmicas de ensinar e aprender. Nas escolas, já aconteciam

25. 25
as estratégias híbridas de aprendizagem, principalmente, a partir
das metodologias ativas, ações que vêm logrando muito êxito no
regime remoto, imposto pela pandemia. Neste ano, foram inscri-
tos 493 projetos, compreendendo as modalidades de Educação
Infantil, Ensino Fundamental – Anos Iniciais, Ensino Fundamental
– Anos Finais, Educação Especial, Educação Tecnológica, Educa-
ção Indígena e Ensino Médio. Esta terceira edição contempla os
resumos dos anos 2020 e 2021. Neste Volume 3, estão inseridas as
modalidades: Ensino Médio e Educação Tecnológica, perfazendo
um total de 184 projetos.
Apesar dos caminhos incertos que a pandemia nos impôs,
deixamos para você, leitor (a), contribuições ao debate, fartamente
alimentados pelos resumos expandidos das professoras e dos pro-
fessores inovadores que apresento nesta obra.
Que o protagonismo inovador inspire você. Boa leitura!
Deputada professora Therezinha Ruiz
Presidente da Comissão de Educação da Assem-
bleia Legislativa do Estado do Amazonas – Coed.

29. 29
PROJETO SEM LIMITE: O DESAFIO DE VOAR
CADA VEZ MAIS LONGE
Escola Estadual de Tempo Integral Senador
Petrônio Portella
Ensino Médio – 2.ª e 3.ª série
Jailson Silva Holanda
[email protected]
Introdução – O ensino de física nas escolas precisa, cada vez
mais, ser vinculado às práticas experimentais e, assim, transpor-
tar os conteúdos ensinados para o cotidiano dos estudantes. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN +) – Ciên-
cias da Natureza: “É indispensável que a experimentação esteja
sempre presente ao longo de todo o processo de desenvolvimento
das competências em Física, privilegiando-se o fazer, manusear,
operar, agir, em diferentes formas e níveis. É dessa forma que se
pode garantir a construção do conhecimento pelo próprio estudan-
te, desenvolvendo sua curiosidade e o hábito de sempre indagar,
evitando a aquisição do conhecimento científico como uma ver-
dade estabelecida e inquestionável” (BRASIL, 2006). Dessa forma,
fica evidente a importância de se utilizar, nas mais diversas áreas
de conhecimento, a experimentação. Este projeto buscou adotar
os estudantes de uma postura protagonista, fazendo-os construir,
desenvolver e melhorar foguetes de garrafa PET para que, com isso,
pudessem, em outro momento, participar de olimpíadas nacionais
de lançamento de foguetes, que ocorrem no Rio de Janeiro. Se-
gundo Rezende (2012), as olimpíadas científicas veiculam a ideia
de que a construção do conhecimento científico se baseia na con-
tribuição de conhecimentos individuais, mas também na realiza-

30. 30
ção de encontros, debates e trocas de experiências. Ainda sobre a
experimentação, Neves et al. (2006) dizem que o trabalho expe-
rimental tem uma reconhecida importância na aprendizagem de
Ciências, largamente aceita, entre a comunidade científica e pelos
professores, como metodologia de ensino. Objetivo – Construir,
adaptar e melhorar foguetes de garrafa PET, para que, em edições
futuras, possam participar do lançamento na competição nacional
da Mobfog, que ocorre na cidade do Rio de Janeiro, bem como
aplicar os conceitos da Física, Química e Matemática, durante as
etapas de desenvolvimento do projeto. Materiais e Método – Trata-
-se de uma pesquisa qualitativa, que ocorreu no segundo semestre
de 2020, com estudantes da segunda e terceira série do Ensino Mé-
dio, na escola estadual de tempo integral Senador Petrônio Portel-
la. O mesmo foi financiando pela Fundação de Amparo à pesquisa
do Estado do Amazonas (Fapeam), incluídos três estudantes bolsis-
tas, sendo dois da segunda série e uma da terceira série do Ensino
Médio. O projeto aqui apresentado foi desenvolvido em etapas,
em busca de um melhor desempenho e participação de todos os
estudantes. A primeira etapa ocorreu com os estudos prévios dos
conceitos introdutórios de mecânica e outros, como pressão, den-
sidade, centro de massa, centro de pressão, resistência do ar, en-
tre outros, todos relacionados com o desenvolvimento das demais
etapas do projeto. Nela, os estudantes reuniram-se e, em termos
práticos, buscaram aplicar conhecimentos de unidades de medida,
de lançamento oblíquo, alcance máximo atingido por um projétil,
altura máxima, velocidade de lançamento, tempo de permanência
no ar. A segunda etapa ocorreu com o início da construção da
base do foguete de garrafa PET, Após os primeiros estudos sobre os
principais conceitos de física aplicados à construção e lançamento
dos foguetes. A base foi feita, especificamente, com canos de PVC,
cola para cano, fita veda rosca, por meio de utensílios como tesou-
ra, régua, pincel, serra (para cortar os canos). Na etapa seguinte,
os estudantes começaram a construção do foguete de garrafa PET.
Nela, adaptaram algumas garrafas de dois litros e começaram a

31. 31
cortar a montagem das estruturas, que se tornou foguetes prontos
a serem lançados (Figura 1). A próxima etapa foi resultado da fi-
nalização da construção da base de lançamento e da estrutura do
foguete de garrafa PET. Após tudo pronto, deram início às tentativas
de lançamento, melhorias e adaptações na estrutura do foguete. O
projeto na etapa final, culminou na apresentação dos resultados.
Resultados – Após seis meses de atividades desenvolvidas pelos
estudantes, desde os estudos prévios, percebeu-se que os objeti-
vos elaborados para cada etapa foram alcançados com sucesso.
Com a interdisciplinaridade, neste projeto, foi possível abordar e
aplicar conceitos de Matemática, Química e, principalmente, de
Física, perceber a autonomia e o protagonismo dos estudantes. Os
resultados foram apresentados em uma sala reservada na escola
Senador Petrônio Portella e, nessa oportunidade, toda a comuni-
dade escolar se fez presente, para prestigiar os desenvolvedores do
projeto, tanto as gestões da escola quanto os estudantes e família
dos estudantes bolsistas. Nesse momento, revelaram, com detalhe,
tanto cada etapa inerente ao projeto, quanto o resultado da base
de lançamento, adaptada e melhorada, além do foguete de garrafa
PET, também melhorado e adaptado, a fim de que pudesse atingir
maior alcance (Figura 2). Conclusões – O ensino em equipe, além
de ajudar na participação, motiva os integrantes no crescimento
individual e coletivo. Assim, O projeto “SEM LIMITE: o desafio
de voar cada vez mais longe” mostrou-se eficaz, tornando-se um
projeto contínuo naquela escola, podendo, assim, ajudar outros
estudantes, em outros momentos, a também se desenvolverem as-
pectos tanto no pessoal quanto no coletivo, tornando, ademais, a
aprendizagem mais prazerosa, nas mais diversas disciplinas. Por
fim, que este projeto sirva de incentivo para produções de outros
projetos escolares futuros, sendo modelo, para tantos outros pro-
fessores adote essa ideia facilitadora do processo de ensino apren-
dizagem e de divulgação científica.
Palavras-chave: Foguetes, Garrafa PET, Física.

32. 32
Figura 1– Construção do foguete / foguete e base construídos.
Figura 2 – Culminância do projeto e apresentação dos resultados.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Educação
Básica (SEB). Orientações curriculares para o Ensino Médio: ciên-

33. 33
cias da natureza, matemática e suas tecnologias. Brasília, DF:
MEC/SEB, v. 2. 2006.
NEVES, M. S.; CABALLERO, C.; MOREIRA, M. A. Repensando o
papel do trabalho experimental, na aprendizagem da física, em
sala de aula – um estudo exploratório. Investigações em Ensino de
Ciências, Porto Alegre, v.11, n.º 3, 2006.
REZENDE, F.; OSTERMANN, F. Olimpíadas de ciências: uma prá-
tica em questão. Ciênc. educ ., Bauru, v. 18, n.º 1, 2012.
SOBRE O AUTOR
Jailson Silva Holanda nasceu em 16 de
janeiro de 1990 na cidade de Ipixuna-
-PA. Graduou-se, em 2013, em Física
pela Universidade do Estado do Pará e
especialização em Metodologia do Ensi-
no de Matemática e Física, em 2016,
pelo Centro Universitário Internacional.
É mestre em Ensino de Física, desde
2020, pela Universidade Federal do Pará e doutorando, desde
2020, em Ciência da Educação pela UNIT – Brasil.
AGRADECIMENTO
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas –
Fapeam, pelo financiamento desta pesquisa.

35. 35
PRODUÇÃO DE PÓ DE CHOCOLATE
DA SEMENTE DA SERINGUEIRA COMO
ALTERNATIVA NA MERENDA ESCOLAR
Escola Estadual Nossa Senhora De Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Jesiane Andrade Spíndola
[email protected]
Introdução – O chocolate está entre as guloseimas favoritas das
crianças e dos adultos. Ingrediente versátil, que pode ser preparado
e utilizado nas mais variadas formas, tais como tabletes, bolos, bis-
coitos, sorvetes, cereais, caldas, entre outros. Provavelmente, existe
algo especial nele (LIMA, 2008). Segundo Cardoso (2007), é um dos
produtos mais consumidos no Brasil e no mundo. Pensando nisso,
foi produzido um novo pó, semelhante ao chocolate por meio da
semente da seringueira. Estudos estão tentando comprovar a riqueza
de nutrientes presentes na mesma. Com pouca utilidade da semen-
te, buscou-se criar um novo protótipo, para consumo, primeiramen-
te, na merenda escolar. E, ao longo da pesquisa, houve a história
da seringueira, que marcou a geração passada, com suas inúmeras
finalidades, as quais geraram grande desenvolvimento econômico
no Brasil e, principalmente, em Manaus. Um dos momentos mais
marcantes de nossa história econômica, o ciclo da borracha, gerou
emprego e renda para o Brasil. Esse período relaciona-se com a ex-
tração e comercialização da borracha. A região amazônica era uma
das maiores produtoras de látex do mundo, transformou-se em gran-
de exportadora, à época. Após esses relatos, observou-se a neces-
sidade de um aproveitamento da semente da árvore da seringueira,

36. 36
devido à falta de utilização da amêndoa. Surgiu, então, a proposta
de produzir o pó de chocolate, com a essência e o aroma parecidos
com as características marcantes do chocolate de cacau. O produto
final foi testado como uma alternativa na merenda escolar. O estu-
do foi realizado pelos discentes da 1.ª, 2.ª e 3.ª séries (Ensino Mé-
dio), no laboratório da Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré. O
tipo da pesquisa em destaque é de caráter qualitativo e quantitativo,
buscou-se inicialmente, estudar os benefícios presentes na semente
da árvore da seringueira, além de proporcionar aos estudantes o
crescimento intelectual, envolvendo-os na coleta de dados, inter-
pretação de informações, testando hipóteses, observando padrões,
analisando resultados, comparando situações, tirando conclusões e
tomando decisões. Objetivo – Transformar a semente do fruto da
seringueira em pó de chocolate para utilização na merenda escolar
dos estudantes, no município de Manacapuru, produzindo, no labo-
ratório, os protótipos e testá-los conforme as normas de qualidade
da fabricação, avaliando a relação entre a quantidade de sementes
coletadas e a sua transformação em produto final, determinando,
assim, um protocolo de produção na utilização da amêndoa da se-
ringueira. Materiais e Método – Coleta de dados – A transformação
da semente da seringueira em pó similar ao chocolate foi desenvol-
vida pelos estudantes da Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré,
no Município de Manacapuru, por meio do levantamento bibliográ-
fico de artigos similares foram encontradas as informações necessá-
rias para o desenvolvimento da pesquisa. Foram coletadas 3 kg de
amêndoas das seringueiras nativas, em Manacapuru, no período de
janeiro a fevereiro de 2020. Os materiais coletados foram levados
para serem processados pelos estudantes, as amêndoas foram tri-
turadas no moedor e secadas em estufa a 100ºC. Após a secagem,
foram separadas em três porções de 1 kg para produção do pó de
chocolate, utilizando-se protocolos de produtos similares, que tive-
ram bons resultados na produção, todas essas etapas foram feitas no
laboratório da escola. Protocolo de produção: foi determinado um
protocolo para o processo de produção do pó de chocolate, pela

37. 37
semente do fruto triturado (Figura 01). Tais produtos foram proces-
sados, em várias etapas, para obtenção de um protocolo definitivo
para as aplicações do estudo. Fez-se um fluxograma das etapas de
produção, desde sua coleta, armazenamento, transporte e proces-
samento, e verificando-se os pontos de possíveis melhoramentos
nesse processo. Quantificação dos benefícios dessa nova técnica:
Foi feito um estudo quantitativo e qualitativo para determinar os per-
centuais da matéria-prima utilizada para a fabricação do produto
final, para se obter as melhores propriedades físico-químicas. No
laboratório, foram feitos vários testes para quantificar os benefícios
desse novo produto tais como: viabilidade da matéria-prima em
quantidade suficiente e contínua para a produção local. Ao final,
houve a culminância do projeto com a mostra do trabalho execu-
tado a toda comunidade escolar. Resultados – O método adotado
para a produção do pó de endosperma foi o mesmo processo utili-
zado para a transformação da semente do cacau em chocolate puro.
Ao todo, 20 pessoas experimentaram, no primeiro teste, disseram
que precisava melhorar, e a consistência maior era da semente de
seringueira, estando com uma aparência de doce. O teste era de
aroma e sabor, alguns disseram que o gosto era parecido com o
doce de leite, outros, com o gosto de castanha, mas o sabor foi apro-
vado. Dentre as pessoas que provaram, também falaram que tinham
o sabor de brigadeiro, e com alguns grãos de castanha de caju. O
teste 3, ficou melhor, a essência predominante era a da amêndoa
e do leite, foi aprovado. O teste 4, o sabor da amêndoa de serin-
gueira não foi intenso, a textura ficou muito parecida com a textura
do chocolate, o sabor mais intenso era o leite condensado, meio
amargo. No teste 5 da produção do chocolate, a consistência estava
boa, devido ao cravo triturado, adicionado o sabor estava exótico,
diferente o aroma era do cravo. No teste 6, novamente, sentiu-se
que o pó da amêndoa tinha torrado por mais tempo e ficado então
o mais amargo de todos os protótipos. E, observando-se os testes
anteriores, a quantidade de açúcar influencia bastante na melho-
ra do sabor. O tempo na estufa é um fator predominante no sabor

38. 38
(em relação ao amargo). Não precisa ficar muito tempo no fogo, o
processo de preparo é rápido. Teste 7, foi um dos melhores sabores
utilizando a canela em pó, a consistência dominante era da canela.
No teste 8, não se adicionou água, e formou – se uma mistura mais
consistente, com a textura parecida com a cocada. Conclusões. A
transformação das sementes de seringueira (Endosperma) em pó de
chocolate demonstrou ser proveitoso para o consumo nutritivo e
alimentar alternativo na merenda escolar. Os resultados obtidos nos
testes em laboratório foram satisfatórios e podem ser ampliados para
produção industrial alimentícia saudável, podendo contribuir na ali-
mentação dos estudantes, e, podendo gerar emprego e renda aos
moradores de Manacapuru.
Palavras-chave: Semente da seringueira, Pó de Chocolate, Alterna-
tiva, Merenda Escolar.
Figura 1 – Preparo do chocolate.
REFERÊNCIAS
CARDOSO, V. Conteúdo de flúor em diversas marcas de chocola-
tes e bolachas de chocolate encontradas pelo Brasil. Revista Pes-
qui Odontol Brás. São Paulo, v. 6, n.º 12, p. 25-29, fev. 2003.

39. 39
LIMA, R. Gastronomia com pouco açúcar. Revista Veja. São Paulo,
v. 4, n.º 9, p. 82-84, jan. 2008.
SOBRE A AUTORA
Jesiane Andrade Spíndola nasceu na ci-
dade de Manacapuru-AM. É filha de Ma-
ria Salete Nascimento de Andrade e Ber-
nís Lopes Spíndola. Cursou o Ensino
Fundamental na Escola Estadual Castelo
Branco e o Ensino Médio na Escola Esta-
dual Nossa Senhora de Nazaré, formou-
-se como professora/pesquisadora no
curso de Licenciatura em Química, no Instituto Federal de Educa-
ção, Ciências e Tecnologia do Amazonas – Ifam, em 2019. Atual-
mente, é docente concursada na Escola Estadual Nossa Senhora de
Nazaré / Seduc-AM. Coordenadora de projetos no Programa Ciên-
cias na Escola – PCE, nos anos de 2020 e 2021.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas –
Fapeam, que, por meio do Programa Ciências na Escola – PCE, nos
deu condições para a realização deste projeto. Aos meus melhores
amigos de trabalho, Fernando Coimbra, Galileu Pires, Alessandro
Couto e José Victor Bezerra, por todo apoio durante a caminhada
de realizações em prol da Educação dos nossos estudantes pes-
quisadores e por estarem ao meu lado a todo momento. Ao gestor
Salomão Alencar, por ser o nosso alicerce no desenvolvimento das
pesquisas. E, aos estudantes Érica Costa, João Victor Furtado, Luíza
Melo, Erick Breno Morais, pelo empenho em executar a proposta
e gerar bons resultados.

41. 41
PROJETO MANHÃ LITERÁRIA – UM
DESPERTAR PARA A POESIA
Escola Estadual de Tempo Integral Maria do
Céu Vaz D’Oliveira
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Regina Adriana Silva Ferreira
[email protected]
Introdução – O projeto Manhã Literária propõe-se a despertar
o interesse dos estudantes para a escrita do gênero poema. É co-
mum, em sala de aula, encontrarmos estudantes com dificuldades
em leitura, interpretação e produção de poemas. Fato que ocor-
re pela associação do gênero ao tema “amor entre enamorados”,
apenas. Essa dificuldade de escrita está presente no dia a dia dos
estudantes e reflete um processo de ensino/aprendizagem com fa-
lhas em sua execução. O educando traz, em suas experiências es-
colares, a necessidade de uma melhora na leitura e interpretação
textual, consequentemente, a escrita torna-se algo não atrativo. O
projeto Manhã Literária busca constatar os enredamentos dos es-
tudantes e, por meio de aulas com metodologias diferenciadas,
auxiliar e despertar o interesse para a escrita. A partir do momento
em que o educando entende o que fazer, torna-se mais fácil, para
ele, o momento da escrita. A escolha do gênero poema adveio
da necessidade de recuperar a importância da produção de textos
poéticos no ambiente escolar. Ao proporcionarmos essa experiên-
cia, percebe-se o despertar do interesse do estudante pelo gênero,
algo que se foi perdido com o tempo. Objetivo – Despertar o in-
teresse do educando pela escrita de textos poéticos, assim como
um melhor desenvolvimento da escrita e interpretação do gênero.

42. 42
Materiais e Método – O Projeto refere-se a uma pesquisa qualitati-
va, aplicada no ano de 2019, segundo semestre. A atividade teve,
ainda, participação das disciplinas de Língua Inglesa, onde os es-
tudantes trabalharam a tradução de seus poemas para o inglês, e a
disciplina de Artes, sendo nela trabalhada toda a parte estética do
livro, envolvendo turmas de primeiro e segundo anos do Ensino
Médio. O desenvolvimento transcorreu em quatro etapas, sendo:
1.ª etapa – aula explicativa em sala de aula, leitura de poemas,
exercícios de interpretação e produção, correções e esclarecimen-
to de dúvidas sobre o gênero trabalhado. 2.ª etapa – produção do
livro, ocorrendo por partes: capa, contracapa, dedicatória, poe-
mas, autobiografia, tradução para a língua inglesa, produção das
ilustrações, auxílio do componente de Artes. 3.ª etapa – montagem
dos livros desenvolveu-se a partir das orientações de ensino de
um estudante, visto que este tinha relação com o trabalho gráfico
de colagem. Após a impressão dos livros, os estudantes reuniram-
-se no ambiente escolar (Laboratório de Ciências, pois este possui
bancadas), iniciaram a colagem de um painel por turma. Esses pai-
néis traziam informações das turmas e algumas de suas produções,
bem como fotos dos registros das aulas destinadas ao projeto. 4.ª
etapa – magnificência do projeto, aconteceu no período de um
dia. Pela parte da manhã, houve visita às mesas expositoras, apre-
sentações individuais e coletivas, envolvendo declamação de poe-
mas, músicas e danças (Figura 1). No período vespertino, deu-se
a premiação dos “estudantes destaques” e um sarau, finalizando a
realização do evento (Figura 2). Resultados – Constatou-se que o
projeto atingiu, de forma positiva, todos os envolvidos: docentes
e discentes. O ambiente escolar tornou-se palco para verdadeiros
poetas, explorando tudo o que foi proposto e aplicado no cotidia-
no escolar, durante a realização. Um dos resultados foi proporcio-
nar o encontro dos estudantes com a Literatura de forma teórica e
prática. Os estudos literários atribui ao sujeito o reconhecimento
de si, ou seja, ela é capaz de fazer com que as pessoas tomem de-
cisões e posicionar-se perante a cultura e transformá-la, pois, uma

43. 43
vez sendo estudantes-leitores, terão de assumir pontos de vista, a
fim de se reconhecerem no outro. Realizar esse encontro dos estu-
dantes com a literatura, não é tarefa fácil ou muito menos simples,
pois o exercício da leitura é indispensável para a formação dos
estudantes, pois deve iniciar com o professor motivando o hábito
da leitura e com a produção dos poemas dos próprios estudantes,
motivou a prática do exercício da leitura. Com a realização do
projeto, além do trabalho da leitura, interpretação e produção do
gênero trabalhado, os estudantes tiveram acesso aos textos de poe-
mas de maneira significativa e não apenas com fins gramaticais.
“O educador, como quem sabe, precisa reconhecer, primeiro, nos
educandos em processo de saber mais, os sujeitos, com ele, deste
processo e não pacientes acomodados; segundo, reconhecer que
o conhecimento não é um dado aí, algo imobilizado, concluído,
terminado, a ser transferido por quem o adquiriu a quem ainda
não o possui”(FREIRE, 1991). A partir da afirmação de Paulo Freire,
retornamos ao objetivo inicial do projeto: identificar as dificulda-
des dos estudantes e despertar o interesse pela produção poética.
Conclusões – Conclui-se que com a realização desse projeto, fo-
ram identificadas as dificuldades dos estudantes e despertado o in-
teresse pela produção poética, alcançado significativamente pelos
discentes, constatado por meio de produções riquíssimas de deta-
lhes, tanto no conteúdo da poesia, quanto na estética dos textos. A
leitura, interpretação e produção do gênero trabalhado impactou
o ambiente escolar, despertando, até mesmo nos estudantes mais
resistentes, o hábito da produção textual. Acentua-se, ainda, que
foram muitas as contribuições deixadas para o ambiente escolar,
como a valorização do trabalho dos estudantes e o reconhecimen-
to da dedicação dos docentes para o ensino/aprendizagem.
Palavras-chave: Leitura, Interpretação, Produção de Texto, Poema.

44. 44
Figura 1 – Apresentação das obras produzidas pelos estudantes.
Figura 2 – Culminância da Apresentação das obras.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.

45. 45
FREIRE, P. A Importância do ato de ler – em três artigos que se
completam. São Paulo: Cortez Editora & Autores Associados, 1991.
AGRADECIMENTOS
Os agradecimentos se estendem às professoras Bruna Melo
e Sandra Simões, assim como a todos os docentes lotados, nesta
escola, pelo empenho e ajuda. À equipe gestora que contribuiu
imensamente para todas as etapas do desenvolvimento deste
projeto.
SOBRE A AUTORA
Regina Adriana Silva Ferreira é graduada
em Licenciatura Plena em Língua Portu-
guesa, pela Universidade Nilton Lins
(2011), e pós-graduada em Docência no
Ensino Superior, pela Faculdade Unias-
selvi (2014), atuando na Educação Bási-
ca desde 2010, como professora de Lín-
gua Portuguesa. Atualmente, está
atuando na Seduc – AM, lotada no quadro efetivo da Escola Esta-
dual de Tempo Integral Maria do Céu Vaz D’Oliveira, em 40 horas
semanais, e 20 horas semanais, na Escola Estadual Dom Milton
Correa Pereira, desenvolvendo projetos escolares que contribuem
para a formação de cidadãos conscientes de seu papel social e
apresentando a Língua Portuguesa, para toda a comunidade esco-
lar como essencial.

47. 47
REVISTA ESCOLAR: “OFICINA DE HISTÓRIA: LIMA
BARRETO E A HISTÓRIA DA PRIMEIRA REPÚBLICA
BRASILEIRA”
Escola Estadual Eliana de Freitas Morais – CMPMVII
Ensino Médio – 3.ª série
João Paulo dos Santos Neto
[email protected]
Introdução – Este projeto foi formulado para aproximar dos
estudantes do universo literário brasileiro, em consonância com a
pesquisa histórica para a produção e publicação de artigos cientí-
ficos em nossa revista escolar. Cada um dos estudantes participan-
tes escolheu um tema da obra de Lima Barreto (1881-1922), para
estudar sua representação no texto literário, buscando desvelar al-
guma informação acerca do passado histórico da Primeira Repú-
blica. Os temas estudados por eles foram: a condição da mulher,
do negro, do indígena e dos agentes políticos na obra de Lima
Barreto. Objetivo – Organizar uma equipe de estudantes pesqui-
sadores e redatores de artigos em formato científico para publica-
ção em revista escolar. O trabalho ofereceu-lhes uma experiência
prévia e simplificada acerca da pesquisa histórica, a partir da aná-
lise de textos literários, enquanto testemunhos de aspectos socio-
culturais da Primeira República. Materiais e Método – Em razão
da natureza desse trabalho, foi necessário selecionar um número
reduzido de estudantes para que eles pudessem ser orientados em
todo o processo. Portanto, apenas quatro compuseram a equipe
de pesquisa e redação dos trabalhos históricos, embora, inicial-
mente, tivéssemos cinco no quadro de participantes. O início do
trabalho se deu com a leitura dos romances Triste Fim de Policar-

48. 48
po Quaresma (1911) e Recordações do Escrivão Isaias Caminha
(1909) e a escrita de uma redação de livre escolha temática. Al-
guns estudantes, encantados pela personagem Olga, sobrinha de
Policarpo, interessaram-se pelo estudo da condição feminina da
época; outros, surpresos pela subserviência copiosa de persona-
gens negros na obra, optaram por estudar questões relacionadas à
passagem da escravidão negra ao trabalho assalariado, no início
da República brasileira. Uma vez ciente da potencialidade dos
estudantes e seus campos de interesse, foi recomendado a cada
um deles uma bibliografia específica, sobre a qual discutimos em
algumas ocasiões – sobretudo nos momentos, de orientação e de
correção dos textos. Não vale a pena listá-las todas, mas as reco-
mendações variaram do clássico História das Mulheres no Bra-
sil, de Mary del Priore, a textos de síntese histórica, como Brasil:
uma biografia (SCHWARCZ, 2015) e História do Brasil (FAUSTO,
2013). No decurso de meses, discutimos e trocamos correções a
respeito dos textos, até chegarmos a uma versão definitiva do tra-
balho, cujas imagens estão anexadas abaixo. O trabalho final foi
impresso e apresentado em auditório para os estudantes de todo
o Ensino Médio da nossa escola. Duas cópias da Revista “Oficina
de História” foram depositadas na nossa biblioteca, para consulta
posterior dos estudantes. Resultados – Como produto final, con-
seguimos produzir e lançar uma revista escolar, por intermédio
de financiamento privado. Além de divulgar um material científi-
co desenvolvido pelos próprios estudantes, este trabalho também
teve importância no incentivo à formação no Ensino Superior.
Um dos estudantes participantes, por exemplo, prestou vestibu-
lar para ingressar no curso de Letras da Universidade Federal do
Amazonas, cujo resultado final estamos ansiosamente aguardan-
do. Ademais, o projeto recebeu atenção midiática, sendo matéria
de destaque em jornal local e na página do governo do Estado,
em razão das tratativas para torná-lo livro de publicação nacional,
pela editora Kawo Kabiyesile. Conclusões – Ler nossos autores
e conhecer nosso passado histórico é um ato de cidadania; eles

49. 49
desenvolveram não só ciência, como também a si próprios. Lima
Barreto foi uma porta para o amadurecimento da consciência so-
cial de cada um deles, como também uma oportunidade para de-
senvolverem suas habilidades de comunicação e argumentação,
dentro das normas do discurso científico.
Palavras-chave: História e Literatura; Primeira República; Lima
Barreto; Revista Escolar; Iniciação científica.
Figura 1 – Capa da revista e fotos de estudantes participantes.
Figura 2 – Seção de entrevista com uma das ensaístas..

50. 50
REFERÊNCIAS
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, (Didática. 1), 2013;
SCHWARCZ, L. M. Brasil: uma Biografia. São Paulo: Companhia
das Letras, 2015.
SOBRE O AUTOR
João Paulo dos Santos Neto é graduado,
mestre e doutorando em História pela
Universidade Federal do Amazonas.
Concentra seus estudos e trabalhos na
área de História, com interesse particu-
lar na história do ascetismo e da teologia
mística dos cônegos parisienses de São
Vítor. É participante ativo do grupo de
pesquisa Imaginário e Cultura no Ocidente Medieval, liderado
pelo Dr. Sínval Mello Gonçalves (Ufam).

51. 51
LIVRO: PRÁTICAS E EXPERIÊNCIAS DE ENSINO
DE HISTÓRIA NA AMAZÔNIA
Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Telles Ribeiro
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Marcos Paulo Mendes Araújo
[email protected]
Introdução – Na atualidade, o que é esperado do Ensino de
História? Espera-se que os estudantes sejam capazes de desenvolver
a observação, a reflexão, além de uma visão analítica acerca do
mundo e, principalmente, possam se posicionar diante das diferen-
tes realidades sociais. E como os professores de História podem aju-
dar no sentido de formar pessoas que possam reunir esses aspectos?
É importante que os discentes aprendam a valorizar a diversidade
de ideias e diferentes pontos de vista. Aparecerão dificuldades? Sem
dúvida! É comum que haja resistência às mudanças, desvalorização
da memória, manutenção de preconceitos, entre outras coisas. Mas
isso pode ser superado? Acreditamos que sim! Principalmente, com
o uso de ações criativas. E foi justamente daí que surgiu a ideia
inicial para produção desta obra. Acreditamos que, ao reunir textos
que apresentassem experiências docentes de sala de aula de pro-
fessores de História da Região Norte do Brasil, poderíamos inspirar
outros colegas. Objetivo – Dar visibilidade ao trabalho desenvolvi-
do por professores atuantes nos diferentes níveis do Ensino de His-
tória na Amazônia. Materiais e Método – A criação do livro partiu
de uma proposta qualitativa, que buscou reunir textos de docentes
atuantes nas redes públicas dos Estados do Amazonas e de Roraima,
que fossem significativos para outros docentes da área de História.
O projeto de criação do livro teve início com um encontro meu com

52. 52
o também professor Eduardo Gomes da Universidade Federal de
Roraima (ex-professor da Seduc e Semed, em Manaus), em 2020. A
partir dessa reunião, surgiu a ideia de criação da obra, em seguida,
fizemos alguns contatos e posteriormente, enviamos as cartas-con-
vite para os docentes que foram selecionados durante um levanta-
mento prévio que realizamos. Por fim, abrimos um prazo para o
envio dos textos, que passaram por algumas revisões e, depois, pelo
processo de editoração para publicação da obra. Resultados – Entre
os muitos resultados, o que podemos destacar é a contribuição que
uma obra dessa natureza trás para os professores de História e área
correlatas, que poderão utilizar, a título de modelo ou inspiração,
as práticas docentes descritas na obra em suas atividades docentes.
Conclusões – O livro contribui com a educação a nível nacional,
na medida que demonstra o engajamento dos professores das redes
públicas dos Estados do Amazonas e de Roraima (Amazônia Oci-
dental). Serve como uma espécie de cartão postal, pois permite que
experiências docentes desenvolvidas na Amazônia, permitam que
outros docentes brasileiros, conheçam trabalhos amazônicos e se
inspirem neles.
Palavras-chave: História, Leitura, Livro.
Figura 1 – Pôster ou banner de lançamento do livro...

53. 53
Figura 2 – Capa do Livro.
REFERÊNCIAS
AMAZONAS. Proposta Curricular do Ensino Fundamental – do 6.º
ao 9.º Ano. Área de Ciências Humanas e Sociais. Rede Pública
Estadual do Amazonas. Seduc: Amazonas, s/d.
BRASIL. Lei n.º 9.394. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Na-
cional. Promulgada em 20 de dezembro de 1996. São Paulo: Edi-
tora do Brasil S/A, 1996.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ci-
clos do Ensino Fundamental (temas transversais). Brasília: MEC/
SEF, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Minis-
tério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Brasília: MEC, 1999.

54. 54
SOBRE O AUTOR
Marcos Paulo Mendes Araújo nasceu em
18 de novembro de 1972, na cidade de
Nova Iguaçu-RJ. Possui mestrado em
História Social pela Ufam, é especialista
em Docência do Ensino Superior pela
UFRJ, é especialista em História e Cultu-
ra Antiga pela UFF. É especialista em Di-
reito Tributário pela Faculdade Batista de
Minas Gerais. É formado, desde 1993, em História, pela Faculdade
de Filosofia de Campo Grande. É Bacharel em Ciências Jurídicas
pela Universidade Iguaçu (2000). Atualmente, atua como profes-
sor nas disciplinas de História, na Seduc (Amazonas) e Semed (Ma-
naus). Também leciona na Faculdade Fucapi. Foi coordenador de
cursos de graduação da Universidade Iguaçu, além de ter leciona-
do em diversas outras IES. Além da docência, também se dedica à
pesquisa, tendo publicado e participado de diversos livros.

55. 55
JOGOS INTERNOS ADELAIDE TAVARES – JIAT’S
Escola Estadual Professora Adelaide Tavares de
Macedo
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Denilson Diomedes Bonates
[email protected]
Introdução – Com o intuito de incentivar o desenvolvimento
cognitivo de nossos estudantes e manter essa tradição no cenário
esportivo do estado do Amazonas, o JIATs (Jogos Internos Adelaide
Tavares) surge como ferramenta para que essa tradição traga frutos
acadêmicos para nossos estudantes, que muitas das vezes não pos-
suem motivação para buscar um conhecimento além da sala de
aula. Lovisolo (1995) argumenta que um dos pilares da eficácia da
educação e, de modo geral, da intervenção, orientadas por valores
sociais, demanda acordos em termos de valores que proporcionem
o desenvolvimento pleno dos estudantes. Nesse sentido, o esporte
atrelado à educação pode buscar valores sociais, morais e éticos
que colaboram para esse propósito. Todavia, para que isso aconte-
ça, é necessário mudar a noção de como o esporte, muitas vezes, é
percebido: ora como uma opção para preencher a falta de aula de
outras disciplinas, ora como um fim apenas recreativo, para entre-
ter os estudantes. Como visto, o mesmo, por meio da Educação Fí-
sica, também busca o desenvolvimento cognitivo como qualquer
outra disciplina, atrelado ao currículo da Educação Básica. Obje-
tivo – Amadurecer as habilidades motoras, cognitivas e sociais do
corpo estudantil; conceituar a importância da prática de esporte
para melhora da qualidade de vida; desenvolver valores sociais e
morais; compreender e respeitar as diferentes formas de expressão.

56. 56
Materiais e Método – Trata-se se uma pesquisa comparativa, que
ocorreu nos anos de 2018 e 2019, devido à pandemia do novo
Coronavírus, foi paralisada até o presente momento. Participaram
todos os estudantes matriculados na escola, dentro dos períodos
citados anteriormente. No primeiro ano, acontecendo no mês de
setembro e, nos dois últimos anos; no mês de abril. Mostrou,em
suma, para a comunidade escolar, que o jovem deve ser trabalha-
do como um todo, dentro do ambiente propício, e incentivado da
maneira correta. O aprimoramento da capacidade motora, aliada
a aspectos cognitivos e sociais, pode contribuir positivamente no
desenvolvimento dos indivíduos (FARIA, 1998). Deve-se, portanto,
incentivar, por meio de algo prazeroso para o jovem/adolescente,
a vontade e a curiosidade do conhecimento, quando se propõe a
entender o tema proposto e o que ele representa dentro do con-
texto. Nesse sentido, o incentivo social se realiza a partir do mo-
mento em que os envolvidos no projeto têm contato não somente
com os colegas que estão dentro de sala, mas também com os da
sala ao lado ou até mesmo, com pessoas de outro turno, que nor-
malmente eles não teriam contato em outras circunstâncias. Sob
essa dessa perspectiva, o esporte surge como ferramenta de cons-
trução de um cidadão que entende a importância das regras, que
compreende as responsabilidades que ele adquire em um esporte
coletivo e a consciência de um esporte individual. Nesse transcur-
so, supera-se muitas vezes limitações, medos ou, até, vergonha
de se envolver socialmente com outras pessoas, com as quais não
se está habituado. Este processo de ensino-aprendizagem treina-
mento dos jogos esportivos coletivos deve ser orientado por meio
do desenvolvimento das capacidades táticas, em harmonia com o
desenvolvimento integrado das capacidades coordenativas, técni-
cas, físicas, sociais e psicológicas (GRECO; BENDA, 2001). Dessa
forma, o projeto foi dividido em duas partes. A primeira consistiu
numa ação cognitiva com as modalidades de xadrez, buscando a
concentração, o planejamento e a memória, como na maratona
cultural, a prática da pesquisa dentro do tema e em que está sendo

57. 57
apresentado. Na segunda parte, o esporte com o foco no desen-
volvimento e no amadurecimento das habilidades motoras e das
responsabilidades. Não esquecendo que o cognitivo está atrelado
às duas partes do projeto, o que tornará tudo muito mais leve para
o jovem. Resultados – Notou- se que, depois que os jogos inter-
nos foram introduzidos no calendário de realização das atividades
avaliativas da escola, existiu uma diminuição de estudantes que
não praticavam aula prática de Educação Física, a violência (Figu-
ra 1) dentro da escola também caiu e o principal: o índice de aban-
dono escolar foi a maior vitória para toda comunidade escolar.
Os jogos passaram a ser aguardados pela comunidade escolar e a
imagem de escola pública violenta passou a deixar de existir, na
região onde a mesma se encontra. O que pode ser visto na com-
paração feira na tabela 1. Conclusões – Com intuito de trazer para
a nossa realidade o projeto de Lei 1702/11, que altera a Lei Pelé,
para unir, definitivamente, o esporte e a educação em benefício
da cidadania, o jovem precisa entender que a educação é a chave
para da evolução quanto pessoa dentro da sociedade, que busca a
evolução tanto própria quanto coletiva. Compete às escolas, bem
como aos respectivos sistemas de ensino, a criação de mecanis-
mos próprios, que estejam articulados com a rede de atendimento
à criança e ao adolescente existente no município, com vistas ao
combate à evasão escolar em caráter preventivo”, portanto o pro-
jeto mostra que o local, que as vezes pode ser chato de ir todos os
dias, pode ser um lugar proveitoso e produtivo também. Depen-
dendo do ponto de vista de cada. Mostrando, verdadeiramente, a
importância da educação para o seu desenvolvimento e não sim-
plesmente jogar bola.
Palavras-chave: Jogos, Valores, Educação.

58. 58
Figura 1 – Resultado do desempenho escolar com a introdução dos Jogos Internos
REFERÊNCIAS
FARIA, A. R. O desenvolvimento da criança e do adolescente se-
gundo Piaget. Local. Editora: 1998.
GRECO, P. J.; BENDA, R. Iniciação esportiva universal. 1 ed Minas
Gerais: Editora UFMG, 2001.
LOVISOLO, H. Escola e família: constelação imperfeita. Ciência
Hoje, São Paulo, v. 6, n.º 1, maio de 1987.
SOBRE O AUTOR
Denilson Diomedes Bonates tem 38 anos,
é natural de Manaus – AM. É formado em
Educação Física e Fisioterapia pela Uni-
Norte e formado em Pedagogia pela Está-
cio. É especialista em Docência do Ensino
Superior e Educação Física Escolar. Coor-
dena um projeto de handebol que aconte-
ce na Escola Adelaide Tavares de Macedo,
filiado à Federação de Handebol.

59. 59
ESCOLA DE FILOSOFIA: INTERAÇÕES VIRTUAIS
DE IDEIAS E CONCEITOS HUMANIZANDO
EXPERIÊNCIAS DIGITAIS
Escola Estadual Senador Manoel Severiano Nunes.
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Clemilton de Souza Almeida
[email protected]
Introdução – A informação é fundamental na formação do
caráter do ser humano. Partindo desse pressuposto, foi possível
elaborar e implementar o projeto Escola de Filosofia: interações
virtuais de ideias e conceitos humanizando experiências digitais.
Numa época em que vivemos, a Síndrome da Fadiga da Informa-
ção. Ou seja, há um grande excedente de informações e platafor-
mas. Pensando nisso, a disciplina de Filosofia, procurou focar em
apenas duas plataformas. A primeira, www.livroselinks.com.br –
o estudante, com disponibilidade de Internet em seu aparelho
celular, interage com a Filosofia por meio de comentários dirigi-
dos. E, na segunda, https://wa.me/message/APFHBWORHAPJN1,
– o estudante que tem apenas bônus pro para o aplicativo What-
sApp (a grande maioria) participa por meio dos livros digitais.
Estes elaborados seguindo o conceito da UX (User Experience).
Sempre levando em conta que aula digital ou virtual é aula de
afeto, como isso, os impactos da pandemia na vida escolar dos
estudantes é aliviada. Estando, portanto, o ensino da Filosofia
de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino
Médio de Ciências Humanas e suas Tecnologias, destacam que a
filosofia no Ensino Médio consiste na formação do estudante en-
quanto ser social, crítico e humano, tudo isso relacionado ao ver-

60. 60
dadeiro papel da filosofia que é, à luz da reflexão crítica, criativa
e criteriosa, utilizar e aguçar o pensar que será manifesto no falar
e nas ações. Objetivo – Buscar a interação virtual dos estudantes
do Ensino Médio noturno com a disciplina de Filosofia, durante
o período de fechamento da escola, por conta da pandemia do
novo coronavírus, utilizando, para isso, o site www.livroelinks.
com.br (de nossa autoria) e o aplicativo de mensagens WA Bu-
siness (https://wa.me/message/APFHBWORHAPJN1) Incentivan-
do-os a criarem novos conceitos e ideias. Materiais e Método
– Trata-se de uma modalidade de ensino de Filosofia baseada nos
novos conceitos de usuários de plataformas digitais. Consideran-
do a capacidade do estudante em relação a sua maturidade no
que se refere à competência informacional. Com isso, foi possí-
vel quebrar vários paradigmas. Surgindo assim novos conceitos.
Além disso, a consciência criada dessa nova realidade onde con-
ceitos normalmente utilizados na aula presencial não valem para
a aula virtual e/ou são reconfigurados. Como embasamento teó-
rico e metódico, utilizamos o conceito de UX (User Experience).
“O UX trata da interação do usuário com um produto, interface
digital ou serviço. Don Norman, criador do termo “UX”, explica
que nós interagimos com sistemas. Em busca de atingir um de-
terminado objetivo, nós nos perguntamos: “Como eu posso fazer
isso?” ou “O que eu posso fazer?” Depois de agirmos é hora da
avaliação. “O que aconteceu?” ou “Era isso que eu queria?” Foi
com esse embasamento que a disciplina de filosofia está sen-
do ministrado no ambiente da Internet. Tendo o estudante como
usuário de sistemas e que, o mesmo, quer uma experiência boa
e agradável (Figura 01). Todos os materiais para a execução do
projeto, são digitais. O projeto se deu em três etapas. A primeira,
resumiu-se na escolha das ferramentas, numa variedade enorme
de opções. Na segunda etapa, elaboramos as ferramentas, o site
e o WA Business. E, na terceira, foi a execução. Sendo assim, o
estudante interage no site com seus comentários e, no WA Bu-
siness, diretamente com o professor. Resultados – Tivemos mais

61. 61
de 80% de interação, somando as duas plataformas. O estudante
criou em si, a mentalidade dessa nova realidade. Tivemos mais
de 500 comentários em apenas cinco aulas de Filosofia. Em ra-
lação ao livro digital, disponibilizado via WA Business, tivemos
ótimos resultados. Na Tabela 1, é possível notar a evolução da
interação dos estudantes. – Criou-se, com a implementação do
projeto, as seguintes discussões: 1 – As aulas virtuais levam em
conta os novos conceitos digitais? Ou a aula presencial migrou
de forma integral, para a virtual com todas suas práticas, e com
isso, causando desconforto para professores e estudantes, devido
a inadequação de conceitos? 2 – O estudante foi considerado,
na modalidade de Ensino a Distância como usuário-cliente das
plataformas educacionais digitais? 3 3 – O estudante tem com-
petência informacional? 4 – Há excesso de plataformas digitais,
e como isso, causando a Síndrome da Fadiga da informação? 5 –
Nos formulários da Seduc-AM, há campo específico para preen-
chimento com iniciativa pessoal do educador, em relação à prá-
tica de ensino de sua disciplina? 6 – Há professores nas equipes
de desenvolvedores dos aplicativos e formulários? Conclusões –
Mesmo com a volta das aulas presenciais, o projeto continuará.
Dele, nascerão outras inciativas. Tais como: Clube de filosofia
na escola; studio de filosofia em casa; leitura compartilhada dos
clássicos da filosofia; criação de um perfil de filosofia da escola
no Twitter. Além dessas possíveis e viáveis iniciativas depois da
volta para às aulas presenciais, até a presente data, a relação dos
estudantes com o site livros e links e com o WhatsApp tem sido
simples, fácil e rápido. Foi experimentado todas as outras ferra-
mentas e nenhuma foi tão eficaz quanto essas.
Palavras-chave: Filosofia, Ensino, Humanização, Evasão.

62. 62
Figura 1: Pela escala acima, daremos mais atenção ao 1º ano
e a todas as turmas do EJA.
Tabela 1 – Quantidade de estudantes que já participaram do
projeto
EJA 9ª Etapa 10ª Etapa 11ª Etapa
26 20 18
Ensino Médio 1º Ano 2º Ano 3º Ano
12 44 52
Observação: ao todo, o projeto é voltado para 556 estudantes já
atingimos 172, um total de 31%
REFERÊNCIA
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacio-
nais – Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias. Brasí-
lia: MEC/ SEMTEC, 2002.

63. 63
SOBRE O AUTOR
Clemilton de Souza Almeida nasceu em
7 de abril de 1975, na cidade de Chapa-
dinha-MA. Formou-se em Filosofia na
Faculdade Salesiana Dom Bosco. É pro-
fessor de Filosofia, na Seduc-AM, desde
de 2010. Tem especialização em Con-
troladoria e em Metodologia do Ensino
de Filosofia. Atualmente, é graduando
em Arquivologia na Uniasselvi, e cursando, também, pós-gradua-
ção em Ciência de Dados.

65. 65
UMA NOVA MANEIRA DE APRENDER
PROGRESSÃO ARITMÉTICA
Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue
Professora Jacimar da Silva Gama
Ensino Médio – 1.ª série
Stephany Fernando de Araujo Flôres Mendonça
[email protected]
Introdução – Muito se fala em trabalhar Matemática de
maneira dinâmica, mas o que se nota é que ainda há muito mais
da metodologia tecnicista tradicional, do que de metodologia
dinâmica, quando o assunto é ensinar matemática nas escolas
atuais. Memorizar fórmulas pode ser uma maneira eficiente, a
curto prazo, para aqueles que visam se sair bem em uma ava-
liação, mas não será capaz de fazer do estudante um agente
ativo em sua própria aprendizagem, não o estimulará a pensar
criticamente ou a refletir soluções possíveis para determinadas
situações, formará um sujeito limitado (PERRENOUD, 2000)
e, em alguns casos, contribuirá, ainda mais, para progressão
da deficiência matemática. A BNCC, ao introduzir como deve
ser o ensino de Matemática para o Ensino Médio, propõe que
este deve ter um perfil que envolva a investigação e construção
de modelos, levando o estudante a raciocinar, representar, co-
municar e argumentar sobre o que está aprendendo (BRASIL,
2018). O ensino de Progressão Aritmética na 1.ª série do Ensino
Médio, é conhecido pela série de fórmulas que o envolvem e,
uma vez que se deseja ensinar de maneira diferenciada, se faz
necessário buscar novas estratégias para conduzir os estudantes
a compreenderem de onde surgiram tais fórmulas, pois, assim,

66. 66
ao em vez de memorizá-las, o estudante as compreende e se
torna capaz de construí-las ou resolver a problematizações sem
ter de copiar a fórmula para substituir os valores. Objetivo – In-
troduzir o ensino de Progressão Aritmética com uma aula práti-
ca, fazendo uso de legos para que os estudantes compreendam
os conceitos iniciais do conteúdo, diferenciando o ensino de
Progressão Aritmética por meio dos legos possibilitando que os
estudantes enxerguem de onde surgiram as fórmulas estimulan-
do a resolução de problemas que envolvam termo médio, da
progressão aritmética, termo geral e soma de termos, sem fazer
uso de fórmulas, mas construindo as situações com os legos.
Materiais e Método – A pesquisa apresentada foi realizada de
maneira qualitativa, com 137 estudantes da 1.ª série do Ensino
Médio, e ocorreu nos meses de setembro, outubro e novembro
de 2020, seguindo a proposta curricular vigente da Secretaria
Estadual de Educação. Os materiais utilizados foram: peças de
lego de mesmo tamanho, lápis, borracha, papel A4 e um ficha
de relatório sendo assim, não houve alto custo financeiro para
colocar o projeto em prática. Na 1.ª etapa, os estudantes foram
conduzidos a biblioteca da escola onde havia mesas mais ade-
quadas para a realização da tarefa. Foram divididos em grupos
de três participantes, onde todos deveriam colaborar, anotando
suas observações nas fichas que foram distribuídas com este in-
tuito e fazendo a montagem das colunas com as peças de lego.
As fichas possuíam orientações de como utilizar os legos para
montar as sequências e trazia uma série de perguntas que con-
duziam o estudante a refletir sobre os conceitos e definições de
uma progressão aritmética e em alguns momentos os estudantes
buscavam orientações do professor. Na 2.ª etapa, os estudantes
foram novamente conduzidos à biblioteca e o material utilizado
foi o mesmo, contudo eles deveriam avançar na experiência e
compreender o conceito de termo médio da progressão arit-
mética. As fichas traziam orientação para que eles montassem
sequências com os legos com quantidades de termos ímpares e,

67. 67
em seguida, unissem o primeiro termo com o último e, então,
partissem a coluna formada ao meio, registrando em seguida, o
que resultou (Figura 1). O processo deveria ser repetido várias
vezes, com sequências diferentes, e eles registravam os resul-
tados nas fichas de relatório. A 3.ª etapa teve como objetivo
demonstrar a relação de uma progressão aritmética com um
retângulo, provando que a soma dos termos de uma P.A. é a
metade da área do retângulo que ela formaria se fosse dupli-
cada. Na 4.ª etapa, foi hora de colocar em prática tudo o que
haviam experienciado. Receberam uma lista de problematiza-
ções envolvendo termo médio, soma de termos e termo geral
e deveriam solucionar as questões com o conhecimento que
tinham adquirido, fazendo uso dos legos, para visualizar me-
lhor a situação, ou solucionando mentalmente por meio do que
haviam compreendido (Figura 2). Resultados – Durante a reali-
zação dessas atividades foi percebido um envolvimento quase
que total por parte dos estudantes, até mesmo daqueles que
possuem resistência para aprender matemática (Tabela 1). Após
as aulas, notou-se, também, que aqueles estudantes que não
tinham um bom desempenho, ou que se apoiavam em outros
colegas para obter melhores rendimentos em matemática se
mostraram mais motivados a tentar solucionar os problemas de
P.A., o índice de reprovação neste conteúdo reduziu bastante
em relação aos conteúdos anteriores, que foram trabalhados de
maneira expositiva (Tabela 2). O projeto foi postado nas redes
sociais da escola, sendo divulgado para toda a comunidade Eeti
Jacimar., Conclusões – A experiência mostrou que, por meio
de aulas dinâmicas e práticas, é possível conduzir todos os es-
tudantes a uma aprendizagem significativa e envolvente, além
de melhorar os resultados das turmas. As atividades em grupo
favorecem a interação entre os estudantes e os solicita em sua
zona de desenvolvimento proximal (ZDP), fazendo com que
estes enxerguem onde estão na aprendizagem e, com a contri-
buição de outros, avance um pouco mais. As aulas interativas,

68. 68
estimulam o estudante a ir em busca de soluções e os torna
protagonistas da aprendizagem, formam o sujeito de maneira
integral, uma vez que os permite vivenciar a aprendizagem e
chegar a suas conclusões por meio de experiências. Já as aulas
expositivas focadas em memorização, considera o sujeito como
um agente oco que não tem nada a contribuir no processo de
ensino aprendizagem, resultando em desvalorização do saber
do estudante e, consequentemente em desestímulo e pensa-
mento crítico limitado.
Palavras-chave: Progressão Aritmética, Ensino, Aprendizagem, Legos.
Figura 1 – Alunos aprendendo P.A.
utilizando legos.
Figura 2 – Alunos aprendendo soma
dos termos P.A.
Tabela 1 – Índice de participação dos
alunos.
Tabela 2 – Quantidade de alunos com
baixo rendimento.

69. 69
REFERÊNCIAS
MEC. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em http://ba-
senacionalcomum.mec.gov.br/abase/#medio/a-area-de-matemati-
ca-e-suas-tecnologias. Acesso em 27/05/2021.
PERRENOUD, P. Dez novas competências para ensinar. Porto Ale-
gre: ARTMED, 2000.
SOBRE A AUTORA
Stephany Fernando de Araújo Flores
Mendonça, nascida em 21 de março de
1994, em Araruama/RJ, formou-se em
Matemática, na Universidade Federal
Fluminense (UFF/RJ), se especializou em
Metodologia de Ensino da Matemática e
Física, na Faveni e, atualmente, cursa
mestrado em Educação, na UDE.

71. 71
O MAPA DAS POSSIBILIDADES, DA ESCOLA
À UNIVERSIDADE
Escola Estadual Antônio da Encarnação Filho
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Luís Augusto Pereira Lima
[email protected]
Introdução – A cidade de Manaus é uma das maiores cidades
do Brasil, mas, na Amazônia, é a que mais exerce influência entre
as demais capitais amazônicas (IBGE, 2020). Para tanto, levar essa
ação, cuja cartografia soa como escolar (OLIVEIRA, 2007), uma
alternativa aos estudantes da Escola Estadual Antônio da Encar-
nação Filho, para que não desistissem dos estudos. A perspectiva
em questão, projeto Ciência na Escola, em que se construímos “O
mapa das possibilidades, da Escola à Universidade”, com as li-
nhas de ônibus, os cursos e as universidades, os bairros e a cidade
de Manaus, associou os conteúdos relativos ao componente cur-
ricular da ciência geográfica, criando uma interação com os estu-
dantes e a possibilidade de chegarem à universidade. A conexão,
nesse caso, é realizada fisicamente, pelas linhas de ônibus e, na
prática, pelos meios de seleção associados ao Enem (Exame Na-
cional do Ensino Médio), PSC (Processo Seletivo Contínuo – Ufam)
e SIS (Sistema de Ingresso Seriado – UEA). A abordagem passa pela
cartografia, teórica e prática (ALMEIDA, 2007), como instrumen-
to de aprendizagem para que os estudantes possam compreen-
der que o meio para se chegar à universidade está ao alcance. O
mapa que foi construído como uma ferramenta concreta, que eles
ajudaram a construir, está fixado num local importante da escola,
como elo de representação cartográfica (MARTINELLI, 2009) onde

72. 72
todos podem acessar. Este mapa é o resultado prático do projeto
que outros estudantes verão, pois criou um movimento entre a
escola e a universidade. Objetivo – Construir o Mapa das Possibi-
lidades, pelos estudantes da 1.ª a 3.ª série, de modo a conectar as
linhas de ônibus, a partir dos bairros em que os estudantes moram
(zona oeste da cidade de Manaus, compreendendo os bairros Lí-
rio do Vale, Nova Esperança, Planalto, Redenção, Alvorada), tendo
como referências, pontos de partida para conectá-los fisicamente,
em primeiro momento, as universidades e consecutivamente aos
meios seletivos, que podem ser visualizados no mapa. Materiais
e Método – As atividades desse projeto iniciaram-se pela seleção
dos estudantes-bolsistas em que foram dividas as atividades para
cada estudante (3 estudantes) acompanhado pelo professor coor-
denador, em 4 etapas. A primeira etapa da pesquisa compreen-
deu a realização de levantamento de informações dos processos
seletivos, das localizações das universidades, dos seus respecti-
vos cursos e das linhas de ônibus que fazem as conexões entre as
instituições e os bairros referidos. Essa etapa norteou a pesquisa,
para que os estudantes pudessem ter uma visão mais ampla para a
construção do mapa e do seu objetivo. Algumas leituras sobre as
universidades e os processos seletivos, associadas aos conteúdos
curriculares de Geografia foram discutidos de forma virtual. A se-
gunda etapa compreendeu as visitas técnicas às universidades, de
forma virtual. Nessa etapa, os estudantes não visitaram as institui-
ções de Ensino Superior, mas compartilharam suas localizações,
cursos e relações de acesso pelos meios seletivos e físicos. Na ter-
ceira etapa, consistiu de reunir as informações das universidades e
dos seus cursos, das linhas de ônibus, para iniciar a preparação da
base cartográfica, que serviu de “pano de fundo” para a construção
do mapa, como instrumento (CASTELLAR, 2011) de persuasão aos
estudantes da escola, a não desistirem. Nessa etapa os estudantes,
no auditório ou laboratório, tiveram a experiência de associar as
informações coletadas por eles, junto com o professor ao software
SIG, para a construção do mapa, bem como relacionar os tipos de

73. 73
processos seletivos Enem, PSC e SIS, como possibilidades de aces-
sar a universidade. Dessa forma, apresentamos as experiências de
outros mapas, como o mapa dos Catadores da Cidade de Manaus
(2009), na perspectiva de elaboração do mapa da pesquisa. A
quarta e última etapa da pesquisa foi para organizar um pequeno
seminário de apresentação de “O Mapa das possibilidades, da Es-
cola à Universidade”, como resultado final, uma reunião, aberta,
no corredor amplo da escola (Figura 1), em que o mapa foi fixado
em um painel nas dependências da Escola (Figura 2), para que a
difusão das possibilidades de chegar à universidade seja objetivo
de todos os estudantes. Resultados – Os resultados desse projeto
culminaram exclusivamente com procura dos estudantes em co-
nhecer onde ficam as universidades em relação à escola em que
eles estudam, como inspiração para que eles não desistissem da
escola. Contudo, a proposta inicial era que eles não desistissem
da escola, porém, com a pandemia, ficamos satisfeitos com a pro-
cura do mapa para que vissem que a universidade está presente e
bem perto da escola. Considerando os resultados quantitativos, a
pesquisa conseguiu informações sobre seis linhas de ônibus, com
conexão a quase todas as 26 universidades, entre públicas e priva-
das, e seus mais de 645 cursos em diversas áreas. O mapa apresen-
ta diversas possibilidades de interesses aos estudantes. Isso tudo
se soma aos processos seletivos e as linhas de ônibus que podem
levá-los até lá. Conclusões – Esse projeto proporcionou trazer algo
a mais, outra possibilidade para os estudantes, neste momento de
pandemia, em que a cidade de Manaus, o Brasil e o mundo se
encontram. A expectativa que ficou foi que as possibilidades estão
ao alcance dos estudantes, e que eles podem consultar no mapa,
no corredor da escola, onde eles podem passar e ver os cursos, as
universidades, os processos seletivos para acessá-las e as linhas
de ônibus como meio físico de transporte para elas, semeando o
desejo de permanecer na escola.
Palavras-chave: Mapa, Escola, Universidade, Estudantes.

74. 74
Figura 1 – Apresentação do Mapa
(02/12/2020).
Figura 2 – O mapa das possibilidades
(dezembro/2020).
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, R. R. Cartografia Escolar. São Paulo: Contexto, 2007.
CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. A cartografia e a construção do
conhecimento em contexto escolar. In: Novos rumos da cartogra-
fia escolar [S.l: s.n.º], 2011.
IBGE, Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
2020. Cidades. Disponível em https://cidades.ibge.gov.br/. Aces-
sado em março de 2020.
MAPA. Catadores na Cidade de Manaus. 2009 In: Nova Car-
tografia Social da Amazônia: catadores na cidade de Manaus
– vida de lutas e conquistas. Série Movimentos Sociais e Confli-
tos nas Cidades da Amazônia (NR. 26)/ Alfredo Wagner Berno
de Almeida (Coord.); autores, Willas Dias da Costa...[et al]. –
Manaus: Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia / UEA
Edições.
MARTINELLI, M. Mapas da Geografia e cartografia temática. 5.ª
edição. São Paulo: Contexto, 2009.

75. 75
OLIVEIRA, L. Estudo Metodológico e Cognitivo do Mapa. In AL-
MEIDA, Rosângela R. Cartografia Escolar. São Paulo: Contexto.
2007.
SOBRE O AUTOR
Luís Augusto Pereira Lima é professor da
rede pública de ensino estadual e muni-
cipal (Seduc/AM e Semed/AM). É doutor
em Geografia pelo Programa de Pós-
-Graduação em Geografia da Universi-
dade Federal de Rondônia (UNIR), mes-
tre em Cartografia Social e Política da
Amazônia pelo Programa de Pós-Gra-
duação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade
Estadual do Maranhão – UEMA. Graduado em Geografia pela Uni-
versidade do Estado do Amazonas – UEA, é pesquisador do Proje-
to Nova Cartografia Social da Amazônia – PNCSA – UEA/Ufam,
coordenador do Laboratório de Geoprocessamento e Cartografia
Social, Integra ainda, o grupo de pesquisa Gestão do Território e
Geografia Agrária da Amazônia (GTGA) e o Laboratório de Nova
Cartografia Social: Territorialização, Identidade e Movimentos So-
ciais. Atualmente, é professor de Geografia na Escola Municipal
Raimundo Theodoro Botinelly Assumpção e na Escola Estadual
Antônio da Encarnação Filho, onde desenvolve, com os estudantes
do Ensino Médio, o projeto Ciência na Escola, o Mapa das Possibi-
lidades II e o Universidade na Escola.

77. 77
PEV – PROJETO “ESCOLA E VIDA: DIALOGANDO
COM A REALIDADE”
Escola Estadual de Tempo Integral Professora
Lecita Fonseca Ramos
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Aldenize Pinto de Melo do Nascimento
[email protected]
Introdução – O novo Ensino Médio – EM e a BNCC pre-
conizam não só o ensino de aspectos cognitivos do processo de
aprendizagem dos estudantes, mas também ressalta a educação so-
cioemocional. As escolas Proeti e associadas ao modelo da Escola
Ativa procuram cooperar com essa formação integral do alunado.
E a educação maker, as metodologias ativas e o aprender por meio
de projetos têm sido recursos didáticos que ajudam professores e
estudantes nesse desafio de gerar um aprendizado pleno, que real-
mente “sirva” para a vida real. Nessa postura de construção coletiva
e focada na corresponsabilidade, é que o PEV – Projeto “Escola e
vida: dialogando com a realidade” foi criado, em 2018 e permane-
ce ativo até os dias de hoje. Objetivo – Despertar nos estudantes o
espírito pesquisador e protagonizador, fortalecendo o processo de
ensino-aprendizagem nas diversas disciplinas ofertadas na matriz
curricular, por meio do ensino de Filosofia por meio da elaboração
de Pré-Projetos de Iniciação Científica – PPIC, dando oportunida-
de de amadurecimento filosófico e científico para os educandos.
Materiais e Método – O projeto PEV é uma pesquisa, ação com as-
pectos qualitativos (BOGDAN, 1994), que leva em consideração o
materialismo histórico dialético (DEMO, 2002). Ele é desenvolvido
por meio de oficinas e grupos de estudos, e a participação dos es-

78. 78
tudantes no PEV é voluntária. Para a elaboração das oficinas foram
levadas em consideração ações norteadoras e eixos temáticos, sen-
do elas: Ações Norteadoras: Tendo como referencial “Os 7 Saberes
Necessários à Educação do Futuro” (MORIN, 2000). Eixos temáti-
cos: Tendo como referencial as habilidades e competências listadas
na BNCC para do EM e o caderno “Da dignidade e da alteridade”
(MEIER, 2011): seguem as fases do PEV: 1 .ª Fase – sensibilização:
2018/2 – três oficinas que atenderam 400 estudantes, das 1.ª, 2.ª e
3.ª Séries (Figura 1); 2 .ª Fase – preparação: 2019/1 – três oficinas
que atenderam 150 estudantes das 3.ª Séries; 3 .ª Fase – execução:
2019/2 – três oficinas que orientaram 40 estudantes voluntários das
3.ª Séries e na “Mesa de Conversa” de apresentação de resultados,
atendeu 400 estudantes, das 1.ª, 2.ª e 3.ª Séries: Oficina 1: Elabora-
ção do PPIC ; Oficina 2: Continuidade da elaboração do PPIC; Ofi-
cina 3: Apresentação de Resultados – Mesa de conversa (Figura 2);
4 .ª Fase – consolidação: 2020/1 e 2020/2, as ações atenderam 400
estudantes, das 1.ª, 2.ª e 3.ª Séries; 1) formalização do GEIF – grupo
de estudos Inutilidades Filosóficas; 2) consolidação de 3 projetos a
partir de 09 PPIC; 3) intensificação do uso das mídias sociais (Insta-
gram e Facebook) por meio do repositório “Inutilidades Filosóficas
– IF”, criação do canal do YouTube “IF: Aulas síncronas, Oficinas,
Mesas de Conversas, podcasts e Vídeos”; 4) publicações científicas
e participação em eventos de estudantes e ex–estudantes. Foram
desenvolvidas atividades pelos estudantes no PEV por meio dos três
projetos que se consolidaram em 2020: aprendizagem entre pares
por meio da troca de conhecimentos sobre o uso das mídias sociais,
elaboração dos vídeos, flyer, entre outras; curadoria de conteúdos
relacionados aos assuntos que serão estudados pela equipe: artigos
científicos, matérias jornalísticas entre outros; estudos dirigidos, re-
sumos, fichamentos sobre os assuntos, assistir vídeos sobre os temas
e fazer sínteses dos mesmos; indicação e captação de profissionais
para participarem das lives (aulas síncronas); participação nas lives
e debates no grupo de pesquisas e estudos (GEIF); produção de tra-
balhos científicos para publicações. No decorrer das quatro fases

79. 79
do PEV percebeu-se o amadurecimento cognitivo, filosófico e so-
cioemocional dos estudantes, a ponto de, mesmo terminado o EM,
alguns permaneceram como voluntários, atuando por meio dos 3
projetos (Figura 3) consolidados em 2020: 1)”Reflexão e Ação”, que
trabalha o combate a violência contra a mulher e crianças, oriun-
do de 3 PPIC elaborados por 11 estudantes na 3.ª Fase do PEV;
2)”Vozes em Nós”, que debate sobre questões multiculturais e de
alteridade, oriundo de quatro PPIC elaborados por 14 estudantes na
3.ª Fase do PEV; 3)”Vida em Vídeos” que foca em assuntos voltados
para o acesso ao Ensino Superior, oriundo de dois PPIC elaborados
por cinco estudantes no PEV. As atividades desses três projetos são
feitas pelos estudantes voluntários da escola por meio do GEIF, que
funciona por meio do Telegram. O PEV serviu de matriz geradora
para outros projetos desenvolvidos, é um projeto que tem condi-
ções de ser aplicado em outras instituições de ensino. Por meio do
agir criativo e colaborativo se colocou em prática as habilidades e
competências requeridas pela nova BNCC do EM. Conclusões – O
PEV proporcionou aos estudantes e professores participantes uma
mudança de olhar sobre a vida escolar e a investigação sobre a
vida, por meio da elaboração de PPICs, que possibilitaram analisar
os problemas reais em torno da realidade do estudante e da comu-
nidade em torno da escola; ofereceu uma experiência de comuni-
dade de investigação, promoveu entre os professores e estudantes,
a “Educação Maker (do fazer)”, ressaltou as características compor-
tamentais e emocionais da geração Z para melhorar o relaciona-
mento interpessoal entre professor e estudante; conscientizou o alu-
nado em relação a importância do espirito filosófico/pesquisador
para toda sua vida acadêmica e profissional; gerou a habilidade e a
competência para a elaboração de um PPIC; diagnosticou e corrigiu
carências e deficiências no processo de amadurecimento científico;
elevou a imagem social da escola; cooperou para permanência dos
educandos na escola, para a conclusão de sua escolaridade míni-
ma de três anos; estimulou o protagonismo juvenil e a prática da
cidadania; aproximou os estudantes da escola ao corpo docente e

80. 80
discente da Ufam. Isso só foi possível por causa da postura interdis-
ciplinar dos professores da escola, que inseriram, em suas práxis o
PEV, da gestão e na coordenação pedagógica.
Palavras-chave: Iniciação Científica, Ensino de Filosofia,
Interdisciplinaridade.
Figura 1 – 1 ª fase – Sensibilização: 2018/2.
Oficina: tempestade de Ideais – situações
problemas para os possíveis PPIC.
Figura 2 – 3 ª – fase – Execução:
2019/2. Oficina 3: apresentação dos
resultados.
Figura 3 – Fluxo criativo do PEV como matriz geradora dos projetos três
consolidados em 2020, na 4.ª fase. Dados coletados em 08/06/2021.

81. 81
REFERÊNCIAS
BOGDAN, R. Investigação Qualitativa em Educação: uma intro-
dução à teoria e aos métodos. Porto, Portugal: Porto Editora, 1994.
BRASIL. BNCC/EM. encurtador.com.br/qG278. Acesso:
20/07/2020.
DEMO, P. Pesquisa: Principio Científico e Educativo. S.P., Cortez,
2002.
MEIER, Celito. Da dignidade e da alteridade. Belo Horizonte: PAX
Editora, 2011.
MORIN, Edgar. Os 7 Saberes Necessários à Educação do Futuro.
S.P.: Cortez, 2000.
SOBRE A AUTORA
Aldenize Pinto de Melo do Nascimento,
nascida em 25 de março de 1975, na ci-
dade de Manaus-AM, concluiu o curso
de Licenciatura em Filosofia na Ufam e é
mestra em Educação pela Faced/Ufam.
Atualmente, é professora da Escola Esta-
dual de Tempo Integral Professora Lecita
Fonseca Ramos, lecionando nas turmas
de 1.ª, 2.ª e 3.ª séries do Ensino Médio.

82. 82
AGRADECIMENTOS
À Fapeam , que, por meio do PCE, financiou, em 2018, o
Epicem, em 2019 o projeto “Lei Maria da Penha” e, em 2020 o
“Vozes em Nós” que foram projetos impulsionados pelo PEV; 2)
Ao PROF- FILO/PPGFILO – Mestrado Profissional em Filosofia da
Ufam e o GEPEMFILO – Grupo de Estudos e Pesquisas em Filoso-
fia: Metodologia, Didática e Ensino de Filosofia, que, durante o
ano de 2018/2 e 2019 apoiaram o PEV por meio da cooperação
na realização das oficinas.

83. 83
PROJETO SIS EM FOCO: SARAU LITERÁRIO
Centro Educacional Arthur Virgílio Filho
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
André dos Santos Menezes
[email protected]
Introdução – O “Projeto SIS em f oco: sarau literário” reforça
o propósito de formação complementar, à classe discente do Ensi-
no Médio referente aos conhecimentos da Literatura Brasileira por
meio de práticas pedagógicas baseadas nas obras selecionadas
pelo SIS (Sistema de Ingresso Seriado), programa Universidade do
Estado do Amazonas (UEA), no ano de 2020. As opções foram
“Cartas Chilenas”, de Tomás Antônio Gonzaga, para a primeira
série e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, para a segunda. O
trabalho foi executado na Escola Estadual de Tempo Integral Cen-
tro Educacional Arthur Virgílio Filho, situada na zona Norte de Ma-
naus. Levando em consideração o percurso, desde as leituras das
obras até a culminância das atividades presenciais assimiladas na
disciplina de Língua Portuguesa, pode-se dizer que este projeto
seguiu os protocolos de biossegurança na escola. Objetivo – In-
centivar a leitura e análise de obras literárias, de forma contextua-
lizada, mobilizando a classe discente para a realização de um tra-
balho diversificado, dentro e fora da sala de aula. O desenvolvimento
do senso crítico, por meio dos temas abordados nas obras literá-
rias, e o aprendizado significativo dos movimentos literários, com
o auxílio de demonstração de situações de interação social e exer-
cício da cidadania, também são fundamentos aspirados neste tra-
balho. Materiais e Método – O trabalho foi desenvolvido em eta-
pas conforme orientado na proposta curricular para o Ensino

84. 84
Médio, que garante aos estudantes as aprendizagens essenciais,
em cada etapa de ensino e modalidade da Educação Básica, con-
siderando os objetos de conhecimento e expectativas de aprendi-
zagens essenciais no contexto da pandemia de Covid-19. O proje-
to ainda foi pautado na organização do currículo por projetos,
analisando a relevância, a necessidade, o interesse ou a oportuni-
dade de se trabalhar com determinado tema na escola, permitindo
não só aprender a aprender, mas também aprender centrado no
projeto de vida e protagonismo juvenil (PROPOSTA CURRICULAR
PARA O Ensino Médio, 2012). A metodologia se deu por meio de
pesquisa bibliográfica, cujos autores abordam a temática supraci-
tada, mediada por uma ação interventiva no contexto escolar. Nes-
se sentido, apresentou-se como abordagem qualitativa, haja vista
o autor deste projeto não ter interesse em quantificar dados e, sim,
descrever, apenas, o processo de vivência prática. Assim, conside-
rou-se tal proposta aceitável, a qual, a saber, foi compreendida
pelos educandos. No que se refere à turma da 1.ª série 3, foi tra-
çou-se um planejamento de ação acerca de como abordar a obra
Cartas chilenas de Tomás Antônio Gonzaga (Figura 1). Primeira-
mente, houve a explanação do conteúdo na sala de mídia, sobre a
biografia do autor e o período literário Arcadismo no Brasil. Em
seguida, acertou-se com a turma que a leitura seria feito em con-
junto, na própria sala de aula, nos respectivos tempos do professor.
Após isso, os temas apresentados na obra foram contextualizados,
como a injustiça, a corrupção, a tirania, o abuso de poder, cobran-
ça de altos impostos, o narcisismo e o nepotismo, entre outros,
identificados por eles. Todas as etapas foram realizadas no mês de
outubro de 2020. Concomitante a isso, o professor sugeriu, como
proposta final do projeto, um sarau literário, envolvendo declama-
ção da obra, exposição oral de até 10 minutos, uma dança ou
apresentação musical. Dessa forma, acertou-se que três estudantes
fariam a explanação oral resumida da obra e dois estudantes can-
tariam uma música. A música selecionada foi o rap Ouça antes
que o governo apague do 7 Minutoz (7MZ), na caracterização de

85. 85
Row Binho e Dezo Nésto (caracterização dos estudantes, confor-
me se verifica na Figura 01). Nessa perspectiva, a Literatura, como
fator relevante na prática de leitura, interpretação e escrita, repre-
sentou uma retomada das ações mediadas por várias estratégias, e
ao mesmo tempo, a oportunidade de melhoramento do novo perfil
do Ensino Médio, em que se coloca o estudante como protagonista
de sua própria aprendizagem na atualidade. Eco (2003) afirma que
“[...] as obras literárias nos convidam à liberdade da interpretação,
pois propõem um discurso com muitos planos de leitura e nos co-
locam diante de ambiguidades e da linguagem e da vida”. Quanto
à turma da 2.ª série 2, organizou-se um planejamento de ação das
atividades, para melhor compreensão da obra Dom Casmurro de
Machado de Assis. O desenvolvimento se deu em dois momentos
distintos. Durante o mês de outubro, foi explanado, na sala de
aula, o conteúdo sobre Realismo no Brasil e a biografia de Macha-
do de Assis. Em seguida, solicitou-se que os estudantes fizessem
uma pesquisa mais aprofundada acerca da obra, na Internet. De-
pois disso, teceram um resumo descritivo para Dom Casmurro (Fi-
gura 2), atentando para uma leitura crítica e análise das persona-
gens. Logo após, o professor socializou a temática envolvida em
forma de debate, incitando vários posicionamentos reflexivos,
como: ciúme, adultério, tragédia conjugal, sensualidade, descon-
fiança, princípio de loucura e fantasia, velhice solitária, entre ou-
tros. Na sequência, o professor propôs à turma que fizesse uma
apresentação literária em forma de sarau. A ideia foi discutida en-
tre os discentes e o docente orientador do projeto, no que se deci-
diu apresentar a obra por meio de um júri simulado. O consenso
em realizar tal atividade por meio desse gênero discursivo justifi-
ca-se por se tratar de uma ótima estratégia de ensino, possibilitan-
do o exercício da argumentação, da retórica, da organização das
ideias, do trabalho em equipe, da aceitação de regras e, principal-
mente, dentro de uma situação-problema. No mês de novembro,
foi determinado que elaborassem um roteiro dos papéis e divisão
dos integrantes, na própria sala de aula, sob a orientação do pro-

86. 86
fessor. Cada estudante deveria estudar e se aprofundar em sua fun-
ção determinada, isto é, de juiz, advogado de acusação e de defe-
sa, corpo de jurados, público, acusado (os, a, as) ou réu ou ré.
Nesse contexto, o julgamento voltou-se para a acusação que recai
sobre a personagem Capitu, cujo título de destaque foi “Capitu:
santa ou devassa?”. Também ficou acertado que os discentes fa-
riam duas apresentações orais: uma no auditório e a outra ao ar
livre, no espaço do refeitório da escola, com data e horário deter-
minados. Outro marco importante foi a decisão entre a turma e o
professor de que alguns estudantes selecionados dramatizariam
uma cena de alto teor da obra, como ponto de partida para o júri
simulado. E assim o fizeram. Todos os participantes realizaram o
trabalho com louvor e, ao final de todas as apresentações, o pro-
fessor fez suas considerações e agradecimentos ao público presen-
te. Resultados – Constatou-se que o projeto foi de grande relevân-
cia social entre os discentes envolvidos e participantes de outras
turmas, por promover um espaço de discussão crítica, percepção
das palavras, compreensão, interação, reação e aprendizado dos
conhecimentos essenciais em Literatura. Nesse viés, tal experi-
mentação literária oportunizou, aos estudantes e professores, o
exercício da liberdade, que, conforme Frederico e Osakabe (2004)
salientam, “[...]. A experimentação literária torna-se assim uma exi-
gência da escola. É o momento do exercício de percepção e de
incorporação de um tipo de discurso ou comportamento linguísti-
co que corresponde ao exercício pleno da liberdade criadora”.
Conclusões – A Literatura é uma manifestação do imaginário e da
criatividade, na qual não há certo ou errado e a lógica humana
pode ser desafiada ao seu limite e as culturas e ideologias são
comparadas aos registros de diferentes construções da realidade e
manifestações da sensibilidade e ao seu próprio papel na humani-
dade. Para tanto, o que se estabeleceu, no andamento deste proje-
to, foi a perspectiva de um ensino menos voltado à informação e
mais preocupado com a conscientização linguística e cultural do
estudante, favorecendo meios que possam amenizar dificuldades

87. 87
encontradas no âmbito escolar. Isso posto, chegou-se à conclusão
de que atividades pedagógicas como estas devem ser estruturadas,
aprimoradas e aplicadas, proporcionando outros projetos pedagó-
gicos, levando os educandos à reflexão, à pesquisa e à investiga-
ção e à busca por novos paradigmas, na produção de novos co-
nhecimentos, em tempos de mudanças e incertezas e das rápidas
transformações tecnológicas no dia a dia.
Palavras-chave: Aprendizagem, Leitura, Literatura.
Figura 1 – Turma 1º 3 – Cartas chilenas. Figura 2 – Turma 2º 2 – Dom Casmurro.
REFERÊNCIAS
AMAZONAS. Resolução n.º 39, de 30 de abril de 2020. Conselho
Estadual de Educação do Amazonas. Manaus, 2020.
AMAZONAS. Proposta Curricular para o Ensino Médio. Secreta-
ria de Educação e Qualidade do Ensino. Manaus: 2012.
ECO, Umberto. Sobre a literatura. Tradução: Eliane Junke. Rio de
Janeiro: Record, 2003.
FREDERICO, E. Y.; OSAKABE, H. PCNEM – Literatura. Análise crí-
tica. In: Brasil. Ministério da Educação (MEC). Secretaria de Edu-

88. 88
cação Básica (SEB). Departamento de Políticas de Ensino Médio.
Orientações curriculares do Ensino Médio. Brasília: MEC, SEB,
2004.
SOBRE O AUTOR
André dos Santos Menezes nasceu em
22 de março de 1982, na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em Licenciatura
Plena em Letras – Língua Portuguesa,
pelo Centro Universitário Nilton Lins,
em 2010. É especialista em Língua Por-
tuguesa, pela Escola Superior Batista do
Amazonas (Esbam-2011), e em Letra-
mento Digital pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA-
2020). Atualmente, é professor efetivo da Rede Estadual de Educa-
ção do Amazonas (Seduc-AM).

89. 89
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO
DE IRRIGADORES PARA CANTEIROS SUSPENSOS NO
ESTADO DO AMAZONAS
Escola Estadual Ruy Araújo
Ensino Médio – 2.ª série
Dilson Gomes Nascimento
[email protected]
Introdução – O trabalho visou que os estudantes do Ensino Mé-
dio tivessem a experiência de desenvolver uma tecnologia, para ge-
rar inovação na sala de aula, irrigação de canteiros suspensos entre
agricultores familiares no Estado do Amazonas. As aulas ocorreram no
âmbito do Programa Ciência na Escola (PCE). O canteiro suspenso,
ou balcão, é um mecanismo ribeirinho para produção de hortaliças,
disposto sobre estacas, sem contato direto com o solo, o que, por si só,
já requer grande regularidade nas irrigações, por conta da evapotrans-
piração, fato que motivou os estudantes a buscar tecnologias capazes
de contribuir para a redução dos esforços do trabalho manual dos ri-
beirinhos, o que exigiu conhecimentos a respeito das peculiaridades
dos cultivos e suas exigências tecnológicas (ALBUQUERQUE, 2016;
KANO; GENTIL, 2020). Dispor de um sistema irrigado por gotejamen-
to autônomo para canteiros suspensos pode diminuir o estresse hídrico
das plantas. É geralmente desempenhado por mulheres (WITKOSKI,
2010; NODA et al., 2007). A geografia agrária pode contribuir para a
redução desses problemas tecnológicos, ao incentivar o processo cria-
tivo dos estudantes e pesquisadores. Objetivo – Desenvolver um protó-
tipo, de irrigação por gotejamento para canteiros suspensos. Materiais
e Método – Para o desenvolvimento do referido protótipo os estudantes
testaram os sensores e os componentes eletrônicos mais adequados,

90. 90
tecnológica e financeiramente, para serem aplicados no contexto rural
amazônico. Os testes foram realizados no laboratório de informática
da escola. A investigação foi pautada no estudo das peculiaridades da
agricultura familiar ribeirinha, bem como no conhecimento de sen-
sores digitais de umidade do solo por meio de minibombas d’água,
para viabilizar o protótipo de irrigação por gotejamento. Durante as
atividades, os estudantes também praticaram aulas de programação
física para Arduino, sistema utilizado na execução do protótipo. O uso
do Arduino se deu conforme os horários e as quantidades de regas que
os agricultores familiares fazem dos canteiros suspensos. A pesquisa
se desenvolveu com uma turma de segundo ano do Ensino Médio,
no contexto do ensino híbrido, durante o ano letivo de 2020. Resul-
tados – Entre as características observadas pelos estudantes sobre a
agricultura familiar, há o fato de que muitas famílias não dispõem de
tecnologias ou recursos financeiros para investimentos em suas ativi-
dades no campo do estudo do Amazonas, característica que também
alude à agricultura familiar ou camponesa brasileira (OLIVEIRA, 2014).
No total, 16 (dezesseis) estudantes responderam ao questionário ele-
trônico, que serviu de base para avaliar a sua aprendizagem, durante
o projeto. Desse total, 37,5% dos estudantes tinham 17 anos de idade,
seguidos de 62,5% com 16 anos; 12,5% dos estudantes não estavam
comparecendo às aulas presenciais, enquanto a maioria, 87,5%, es-
tava comparecendo à escola; 18,8% tinham parentes que eram agri-
cultores familiares; 18,8% já tinham estudado sobre agricultura fami-
liar; 18,8% já tinham mantido contato com agricultores familiares, e
a maioria, 43,8%, não sabia do que se tratava. 12,5% dos estudantes
recomendaram três regas do canteiro suspenso por dia; 12,5% uma
vez por dia; 12,5% não souberam responder à questão e a maioria,
68,8%, recomendara duas regas por dia, de acordo com seus estudos.
Seguindo as recomendações apresentadas pelos estudantes, o protóti-
po foi construído com o uso de uma placa de Arduino Uno R3, uma
minibomba de água, Arduino RS385 de 12V, com vazão aproximada
de 90L a 120L, um sensor de umidade do solo Higrômetro para Ardui-
no, uma bateria de 12V, jumpers, mangueira 5/16 (Figura 1). As regas

91. 91
foram programadas no Arduino para serem realizadas duas vezes ao
dia, sendo uma às seis horas e a outra às dezoito horas, dependendo
da necessidade de água no canteiro suspenso, a ser indicada pelo sen-
sor de umidade instalado. Conclusões – Os resultados demonstraram
o potencial das tecnologias no ensino da geografia agrária no Ensino
Médio, bem como evidenciam como os estudantes e a escola podem
contribuir, com a proposição de tecnologias e inovação, para a agri-
cultura familiar no Estado do Amazonas. O uso das tecnologias nas
aulas de geografia agrária proporcionou a aprendizagem dos estudan-
tes acerca da agricultura familiar. A elaboração de um sistema irrigado
por gotejamento autônomo (Figura 2) para canteiros suspensos mos-
trou-se viável e de baixo custo, configurando-se como uma inovação,
um contributo para a realidade a realidade tecnológica da agricultura
camponesa no Amazonas. Adaptações ainda são necessárias para tor-
nar o sistema mais eficiente, melhor ajustado às peculiaridades sociais
e econômicas dos agricultores amazonenses. Tal abordagem pode ser
realizada não apenas pela Geografia, em sala de aula, como também
pode ser adaptada a qualquer contexto social e tecnológico, dado os
baixos custos de sua execução.
Palavras-chave: Agricultura Familiar, Canteiros Suspensos, Inovação.
Figura 1 – Protótipo de irrigação por goteja-
mento autônomo proposto pelos estudantes.
Fonte: PCE, novembro de 2020.
Figura 2 – Apresentação do protó-
tipo à comunidade escolar. Fonte:
PCE, novembro de 2020.

92. 92
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, J. D. R. Agricultura familiar: análise comparati-
va da produção de hortaliças na várzea e terra firme de Parintins,
AM. 86p. Dissertação (m estrado em Agronomia Tropical), Univer-
sidade Federal do Amazonas. Manaus, 2016.
KANO, C.; GENTIL, D. F. O. Cultivo de hortaliças em várzeas ama-
zônicas: uma técnica tradicional para evitar a água e a umida-
de. In: EcoDebate. ISSN 2446-9394, 21/02/2017. Disponível em
<https://www.ecodebate.com.br/2017/02/21/cultivo-de-hortali-
cas-em-varzeas-amazonicas-uma-tecnica-tradicional-para-evitar-
-agua-e-umidade-por-cristiaini-kano-e-daniel-felipe-de-oliveira-
-gentil/>. Acesso em fevereiro de 2020.
NODA, S. N.; NODA, H.; MARTINS, A. L. U.; SILVA FILHO, D.
F. Contexto socioeconômico da agricultura familiar nas várzeas
da Amazônia. P. 23-66. In: NODA, Sandra do Nascimento (org.).
Agricultura familiar na Amazônia das águas. Manaus: Editora da
Universidade Federal do Amazonas. 208 p. ISBN 978-85-7401-
298-8, 2007.
OLIVEIRA, A. U. Modo de produção capitalista, agricultura e refor-
ma agrária. São Paulo: Labur Edições, 2007. Disponível em <http://
www.geografia.fflch.usp.br/graduacao/apoio/Apoio/Apoio_Mar-
ta/2014/3_OliveiOl_modo_capitalista.pdf>. Acesso em março, 2014.
WITKOSKI, A. C. Terras, florestas e águas de trabalho: os campone-
ses amazônicos e as formas de uso de seus recursos naturais. 2. ed.
São Paulo: Annablume, 2010. Disponível em <https://www.ecodeba-
te.com.br/2017/02/21/cultivo-de-hortalicas-em-varzeas-amazonicas-
-uma-tecnica-tradicional-para-evitar-agua-e-umidade-por-cristiaini-
-kano-e-daniel-felipe-de-oliveira-gentil/>. Acesso em fevereiro, 2020.

93. 93
SOBRE O AUTOR
Dilson Gomes Nascimento nasceu na
cidade de Parintins (AM), é graduado em
Geografia pela Universidade do Estado
do Amazonas, e fez mestrado e Douto-
rando em Geografia, na Universidade
Federal do Amazonas. Como professor
concursado da Seduc-AM, desde 2016,
atua na Escola Estadual Ruy Araújo (Ma-
naus-AM), junto às turmas de Ensino Médio e Fundamental, com
as quais tem se dedicado ao uso de metodologias ativas de apren-
dizagem. Como pesquisador, realiza atividades de investigação
científica, em nível de pós-graduação, em comunidades ribeiri-
nhas de várzea, no município de Parintins, no Amazonas.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas,
Fapeam, pelo apoio concedido por meio das bolsas de estudo, no
âmbito do Edital n.º 001/2020 – PCE.

95. 95
INTERDISCIPLINARIDADE, MATEMÁTICA E
BIOLOGIA EM ÁREAS DE PLATÔ E VERTENTES
NA RESERVA DUCKE
Escola Estadual Roderick Castello Branco
Ensino Médio – 1.ª série
Ivaldo Rodrigues Barbosa
[email protected]
Introdução – A interdisciplinaridade entre a Matemática e a
Biologia, associada a ambiente não formal e informações do co-
tidiano, pode vir a promover um conhecimento amplo e ramifica-
do. Ela é uma orientação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB) para Ensino Fundamental e Médio, por meio dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNs). A prática dessa metodologia fora
do espaço escolar (espaço não formal) possibilita a construção de
uma aprendizagem significativa. É no curso da aprendizagem sig-
nificativa que o significado lógico do material de aprendizagem se
transforma em significado psicológico para o sujeito. Para Ausubel
(1963), a aprendizagem significativa é o mecanismo humano, por
excelência, para adquirir e armazenar a vasta quantidade de ideias e
informações, representadas em qualquer campo de conhecimento,
ou seja, ela ocorre quando o estudante consegue fazer conexões
entre o que é aprendido e o seu cotidiano. A interação de novos
significados potenciais e ideias relevantes na estrutura cognitiva
do aprendiz dá origem a significados verdadeiros ou psicológicos.
Devido à estrutura cognitiva de cada aprendiz ser única, todos os
novos significados adquiridos são, também eles, obrigatoriamente
únicos (AUSUBEL, 2003). Objetivo – Investigar as contribuições e
limitações de uma proposta de atividades em um ambiente não for-

96. 96
mal, como a Reserva Ducke, explorando conceitos matemáticos da
Álgebra, Geometria Plana, Estatística e de Biologia (composição do
solo, vegetação e delimitação da área, considerando a biodiversida-
de e fornecendo subsídios para estudos de filogenia e biogeografia,
em áreas de Platô), promovendo maior conscientização acerca da
preservação do meio ambiente. Dessa forma, trabalhar a interdisci-
plinaridade, a integração dos conteúdos matemáticos nas áreas de
ciências, posto que é uma das propostas dos PCNs, contribui para
as aprendizagens dos estudantes. Materiais e Método – A função
dos recursos didáticos no processo de ensino e aprendizagem é es-
timular o ambiente educacional, possibilitando um maior desenvol-
vimento das habilidades a serem adquiridas pelo educando. Esta
pesquisa teve abordagem quali-quantitativa, ocorreu no segundo
semestre de 2019 e nos dois primeiros meses de 2020, antes da pan-
demia de Covid-19, envolvendo 15 estudantes do 1° ano do Ensino
Médio. Na primeira etapa do projeto, realizou-se a identificação
do nível de conhecimento dos estudantes sobre a Geometria Plana,
especialmente sobre unidades de medida de comprimento, figuras
planas e cálculo de áreas (Figuras 1 e 2), por meio de um questioná-
rio-diagnóstico a ser aplicado no Google Forms. Na segunda etapa,
a elaboração dos planos de aula foi desempenhada pelo professor
de Matemática, de modo a explicar os conceitos da Geometria, e
pelo professor de Ciências, sobre a morfologia de folhas, a compo-
sição de solo necessária para a realização das atividades na visita à
Reserva Ducke. Na terceira etapa, deu-se a aplicação dos planos de
aula em sala, com os estudantes do 1° ano do Ensino Médio, pelos
professores de Matemática e Biologia. Na quarta etapa, a elabora-
ção da proposta de atividades a serem realizadas na visita à Reserva
Ducke, com detalhamento de cada parada e os conceitos a serem
explorados por ambos os professores. Na quinta etapa, a proposta
de atividades foi apresentada à administração da Reserva Ducke,
para aprovação e agendamento do dia e horário de visita com o
guia. Na sexta etapa, ocorreu a aplicação da proposta de atividades
na Reserva Ducke, com registro dos dados obtidos qualitativamente,

97. 97
concernentes ao interesse dos estudantes, comportamento, dúvidas
e comentários, interação com colegas, professores e guia. Na sétima
etapa, construiu-se a elaboração da avaliação de aprendizagem pe-
los professores, para verificar conceitos aprendidos e os significados
atribuídos após a visita. Na oitava etapa, aplicou-se um questionário
final aos estudantes, por meio do Google Forms, a fim de avaliar a
contribuição da proposta, tanto em nível conceitual de Matemáti-
ca e Biologia, quanto em relação à conscientização ambiental. A
pesquisa qualitativa não procurou enumerar e/ou medir os even-
tos estudados, nem empregou instrumentos estatístico na análise de
seus dados. Partiu de questões ou focos de interesses amplos, que
vão se definindo à medida que o estudo se desenvolve. Envolve a
obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos
interativos, pelo contato direto do pesquisador com a situação estu-
dada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspec-
tiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo
(GODOY, 1995). Os materiais utilizados foram: calculadora, trena,
câmera fotográfica, celular, bandeja, espátula, luvas descartáveis,
GPS, lápis e caderneta para anotações. É importante ressaltar que,
como instrumento de apoio ao processo de ensino-aprendizagem,
a calculadora é somente um recurso auxiliar e não um substituto
do exercício do raciocínio ou da capacidade analítica. Resultados
– Com os resultados alcançados, percebeu-se que o ensino, quando
trabalhado com eficiência, nesses espaços não formais, favorece a
interdisciplinaridade e uma maior aprendizagem ao discente (OLI-
VEIRA, 2011). Durante a visita à Reserva Duckle, a visualização
dos conceitos e conteúdos pertinentes à área de conhecimentos de
Ciências e Matemática se faziam presentes enquanto os profissio-
nais responsáveis guiavam e demonstravam a área. Desse modo,
no que tange à observação crítica dos nossos estudantes, a respeito
das disciplinas supracitadas, verificou-se que eles conseguem fazer
as devidas relações dos conceitos prévios aprendidos em sala com
os conhecimentos que se encontram em espaços não formais. Con-
clusões – Cabe salientar que os estudantes do 1° ano do Ensino

98. 98
Médio submetidos perceberam, sobre o ensino interdisciplinar nos
espaços educativos não formais, com o enfoque na Reserva Ducke,
que conseguem se desvincular do ensino fragmentado, pertinentes
às disciplinas de Biologia e Matemática, criando interligações entre
as mesmas.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade, Meio Ambiente, Aprendizagem.
Figura 1 – delimitando a área de estudo.Figura 2 – medições e simetria das
folhas.
REFERÊNCIAS
AUSUBEL, D.P. The psychology of meaningful verbal learning.
New York: Grune and Stratton, 1963.
BRITO, J. M. Estrutura e composição florística de uma Floresta de
Baixio de terra firme da Reserva Adolpho. Ducke, Amazônia Cen-
tral. 2010. 91 f. Dissertação (mestrado em Fisiologia Vegetal, Fi-
togeografia, Sistemática e Taxonomia Vegetal, Botânica Aplicada,
Biologia Vegetal) – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia,
Manaus, 2010.
GADOTTI, M. A questão da educação formal/não-formal. Institut
international des droits de l’enfant (IDE) Droit à l’éducation: solu-
tion à tous les problèmes ou problèmes nas solution? Sion (Suis-
se), 18 au 22 octobre. 2005. p.1-11. Disponível em https://www.

99. 99
somospar.com.br/dicas-para-promover-atividades- interdisciplina-
res/. acesso em 06.11.2020.
GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilida-
des. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 35, n.º 2,
Mar./Abr., p. 57-63, 1995.
OLIVEIRA, R. I. R. Utilização de espaços não formais de educação
como estratégias para a promoção de aprendizagens significati-
vas sobre Evolução Biológica. Dissertação (mestrado) – Universi-
dade de Brasília. Brasília, 2011.
SOBRE O AUTOR
Ivaldo Rodrigues Barbosa é formado em
Licenciatura plena em Matemática, con-
cluída em 2014, pela Universidade do
Estado do Amazonas (Ufam). Atualmen-
te, exerce a profissão de professor de
Matemática, efetivo há seis anos na Se-
med-AM, e, pela secretaria do estado de
educação, Seduc-AM, atua na escola
pública de ensino, com as turmas do Ensino Fundamental II, de 6°
ao 9°, e do Ensino Médio. Nas experiências vividas na graduação,
sempre participou das atividades acadêmicas desenvolvidas pela
universidade. Durante a vida como professor e pesquisador, sem-
pre buscou desenvolver projetos nas escolas públicas de nossa ci-
dade: dentre os vários trabalhos apresentados, o de maior relevân-
cia foi o “Feira Municipal de Matemática”, por meio do qual a
escola onde atuava ganhou a premiação e troféu pela excelência
de atividade.

101. 101
MANAUS, ONTEM E HOJE: UMA CIDADE EM IMAGENS
Escola Estadual Frei Mario Monacelli
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
José Nunes Filho
[email protected]
Introdução – Criar a oportunidade de visualizar os espa-
ços da cidade relacionando-o com o passado e as perspectivas
futuras, para o aluno, significa um panorama onde ele possa se
reconhecer como personagem da produção e reprodução no
espaço onde vive o tornando-se sujeito e participante do pro-
cesso. Ao verificar os novos contextos e lugares, serão obser-
vadas, neste projeto, as formas comportamentais dos estudan-
tes no espaço social da escola. Além disso, a visualização da
cidade instiga, antes de tudo, compreender as diferenciações
entre as paisagens dos livros didáticos e as paisagens vivencia-
das ou experienciadas na área de estudo. Embora o conheci-
mento seja dividido em diversas disciplinas, a prática das au-
las revela a importância da interdisciplinaridade nas relações
estudante/meio, pois a aula de campo propicia aos estudantes
um senso de integração dos processos da natureza e a percep-
ção desta como um todo, não apenas de suas partes isoladas.
Nessa perspectiva, alguns conceitos se fazem necessários e
fundamentais para o aproveitamento adequado dos trabalhos
desenvolvidos. A presente proposta enfatiza o lugar onde os
estudantes assumem a condição de observadores, com parti-
cipação efetiva e constante, criando ideias e propostas para
os problemas observados, transformando suas concepções em
um entendimento intelectual sustentável, adequado às suas

102. 102
próprias realidades. Enfim, as aulas práticas e de campo po-
dem desempenhar importante papel pedagógico no ensino e
formação da cidadania. Objetivo – Tornar, por meio da práti-
ca, o conhecimento mais acessível, para os estudantes reali-
zarem conclusões sobre a cidade, numa tentativa de despertar
a consciência sobre as condições de interdependência entre o
espaço vivido pelos estudantes e os contextos ideológicos da
forma, do conteúdo, da História e da técnica na sociedade, tor-
nando possível identificar símbolos e registros ainda existentes
no presente. Materiais e Método – O trabalho se define, em
geral, como uma exposição de imagens e cartazes produzidos
pelos estudantes (Figuras 1 e 2), seguindo uma estética visual
que contém imagens da cidade de Manaus, o que ocorreu no
segundo semestre de 2020, com continuação em 2021, tendo
como base os conhecimentos dos estudantes sobre a cidade e
os lugares mais importantes, tratados em diálogos virtuais, de-
vido à pandemia. Em primeira etapa, foram reunidos recursos
como giz de cera e papéis A2, para a confecção dos cartazes
de apoio ao material exposto nas imagens, que se caracteriza-
ram por meio de uma folha de papel com um desenho de um
pergaminho ao centro, para atrair a visão dos observadores.
No segundo momento, houve a colagem das figuras oriundas
da parceria com o Jornal do Commercio que disponibilizou
edições especiais sobre a cidade para a exposição; e, em ter-
ceira e última etapa, a abertura e visitação da exposição para a
comunidade escolar. A construção dos materiais para exposi-
ção ocorreu com a participação dos estudantes, com recortes
de jornais, colagem, preparação de textos, figuras e definição
da sequência dos cartazes com as imagens e sua distribuição
temática. Na abertura dos trabalhos, foi promovida uma pa-
lestra explicando a importância do material exposto para a
comunidade escolar. Resultados – Pôde-se perceber dois fato-
res positivos entre os estudantes: uma nova forma de olhar a
cidade enquanto espaço ideológico e de oportunidades, devi-

103. 103
do às diferentes formas apresentadas, e o desejo de conhecer
fisicamente esses espaços representados. O acesso ao saber
geográfico a partir de imagens com foco na realidade mostrou-
-se muito pertinente, por marcar uma importante contribuição
pedagógica, no meio escolar, produção do conhecimento, tor-
nando-se no que tange à a exposição um instrumento impor-
tante para o presente projeto, que propõe reflexões sobre a
cidade para criar novas discussões e experiências no contexto
acadêmico. Conclusões – A efetivação das atividades realiza-
das, mostrou o quanto os estudantes se sentiram integrados ao
ambiente que frequentam, participando ativamente das pro-
postas, afinal, a socialização dos conhecimentos adquiridos
participa do processo de ensino e aprendizagem. Foi possível
observar, ainda, que os estudantes passaram a compreender e
conhecer melhor a cidade onde moram, despertando, assim,
o interesse quanto ao processo de ensino aprendizagem nos
dias atuais, dialogando, no mais, com a introdução de novas
tecnologias e diversas fontes de conhecimento.
Palavras-chave: Cidade, História, Conhecimento.
Figura 1 – Preparação das imagens para exposição da
cidade de Manaus.
Figura 2 – Cartaz produzido
para a exposição da cidade
de Manaus.

104. 104
REFERÊNCIAS
ARANHA, M.L.A. Filosofia da Educação. 1 ed. São Paulo: Moder-
na, 1989.
OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento:
um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
SOBRE O AUTOR
José Nunes Filho é natural de Tarauacá-
-AC. Cursou Licenciatura em Geografia
e pós-graduação na Ufam, especializan-
do-se em Geografia da Amazônia Brasi-
leira. Prestou concursos públicos para o
cargo de professor, no Estado e municí-
pio de Manaus, atuando, atualmente,
nas escolas Olga Figueiredo (municipal)
e E. E. Frei Mário Monacelli. Seu trabalho é voltado para o desen-
volvimento de duas vertentes de entendimento pedagógico: a pri-
meira diz respeito à identificação, caracterização, comparação e
análise; a segunda tem como base a noção, compreensão, realida-
de e senso crítico. Atua como empreendedor, na Educação, bus-
cando parcerias com cientistas e instituições com interesses nas
suas áreas de atuação. Os meios de desenvolvimento de suas ati-
vidades esbarram em questões ambientais e no desenvolvimento
humano, por meio dos quais integra atividades multidisciplinares,
apresentando-as em oficinas, reflexões filosóficas, por meio de
arte e materiais que possam despertar a percepção do observador.

105. 105
USO DE ESPAÇOS DE MÍDIAS OCIOSOS NA ESCOLA
Escola Estadual Engenheiro Artur Soares Amorim
Ensino Médio – 3.ª série
Juciney da Silva Freitas
[email protected]
Introdução – Com o aumento significativo do uso de novas
tecnológicas em aulas remotas, passamos a ter algumas alternativas
interessantes para a dinâmica do ensino nas escolas em tempos de
pandemia. O ambiente escolar, em uma sala de aula, desde os pri-
mórdios da Educação se resume a estudantes, professores, quadro
de explicação (negro ou branco ou verde), além das cadeiras e/ou
mesas. Agora, porém, conta com novos elementos de multimídia.
A internet, por exemplo, é uma ferramenta que permite inúmeras
possibilidades para tornar a didática mais envolvente e assimilati-
va, pois contém mecanismos que contribuem para captar a aten-
ção do estudante de uma forma mais aguda e, consequentemente,
aumentar as chances de um aprendizado de sucesso. Então, com-
pete ao ambiente de mídia da escola e aos profissionais da área
usufruírem desses avanços tecnológicos, visando melhorar cada
vez mais o ensino. Assim, o ambiente de mídia torna-se o local de
transmissão de conhecimento não convencional. É lógico que o
trabalho ortodoxo de ensino, à base de quadro e pincel, continua
com um grande valor. Mas, a linguagem audiovisual, proporciona-
da pelas mídias, só vem a colaborar com os métodos pedagógicos.
Objetivo – Contribuir para a alfabetização digital dos estudantes
de Ensino Médio, por meio de cursos de Informática Básica, e
também de professores, para o uso dos recursos tecnológicos no
cotidiano escolar, de forma articulada à proposta pedagógica e a

106. 106
uma concepção interacionista de aprendizagem, uma vez que a
evolução tecnológica é constante. A tecnologia se apresenta com
o objetivo de inovar a prática docente, atribuir significado a essa
prática e garantir a expansão da aula real em um momento virtual,
unificando o presencial e o Ensino a Distância, deixando as tare-
fas de casa mais criativas e agradáveis de serem feitas. Materiais
e Método – O ambiente de mídia, na Escola Estadual Engenheiro
Artur Soares Amorim, funciona em duas salas, medindo 10 x 10
metros, onde há, para o professor e para o estudante, mais confor-
to, promovendo mais qualidade de ensino nas aulas interativas. A
sala de mídia 1 possui 69 lugares, condicionador de ar, 1 (uma)
lousa digital, 1 (um) projetor com computador exclusivo, 1 (uma)
caixa amplificada exclusiva e mais 1 (uma) para uso externo em
eventos, 1 (um) quadro branco, além de outros equipamentos. A
sala de mídia 2 possui 40 lugares, condicionador de ar, 1 (um)
projetor com um computador exclusivo, 1 (uma) caixa amplificada
exclusiva, 1 (um) quadro branco, além de um acervo de cds e dvds
educacionais. O laboratório de informática possui 20 computa-
dores completos (com Windows XP / Office 2007 Adobe Reader
/ Photoshop / Mozilla / Internet Explorer / Corel Draw 5x / Win
Rar / GIMP 2 / Inkscape / Linux Educacional), condicionador de
ar, 1 (um) quadro branco. É, nesse espaço, que parte do projeto
se aplica, onde os estudantes aprendem o básico da informática,
como Word, Excel e navegação básica na Internet (figuras 1 e 2).
Resultados – Com as aulas em formato remoto, percebeu-se que
86,34% dos estudantes pesquisados não possuem conhecimento
de informática básica (Tabela 1), o que dificulta mais o trabalho do
professor com relação às aulas remotas. Sendo assim, pretende-se
estimular a aprendizagem utilizando a “Escola Virtual – Fundação
Bradesco”, em cursos gratuitos on-line, de modo a sanar a deficiên-
cia de conhecimento básico acerca da informática, otimizado-o, a
favor da apropriação do conhecimento. Conclusões – Conclui-se
que o uso das mídias disponíveis na escola, as quais, estão ocio-
sas, pode ajudar na Educação, de forma que se torne agradável

107. 107
tanto para os estudantes quanto para os professores, uma vez que
os estudantes serão alfabetizados digitalmente, ou seja, não haverá
mais a dificuldade na questão da informática básica e o professor
passará a ter um retorno melhor, em se tratando de aulas remotas e
de trabalhos posteriormente solicitados em formas digitais. Finali-
zo o projeto esperando que possa contribuir para a construção de
novos conhecimentos.
Palavras-chave: Tecnologia, Alfabetização, Conhecimento.
Figura 1 – Alunos utilizando o laborató-
rio para responder à atividade da aula
remota.
Figura 2 – Aula na sala de Informática.
Tabela 1 – resultado de pesquisa entre estudantes
Número de estu-
dantes
PorcentagemConhecimento em Informática Básica
158 86,34% Não possui conhecimento
21 11,48% Possui algum conhecimento
2 1,09% Tem bastante conhecimento
2 1,09% Não soube responder
183 TOTAL

108. 108
REFERÊNCIAS
GARCEZ. Lucília Helena do Carmo. A leitura da Imagem. In: In -
tegração das Tecnologias na Educação/Secretaria de Educação a
Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005, p. 107-
111.
KENSKI, Vani. As tecnologias invadem nosso cotidiano. In: Inte -
gração das tecnologias na Educação/Secretaria de Educação a
Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed, 2005, p. 93-94.
SOBRE O AUTOR
Juciney da Silva Freita nasceu na cidade
de Canutama/AM. É graduado em Geo-
grafia pelo Centro Universitário do Nor-
te (em 2011), especialista em Gestão de
Recursos Hídricos pelo Centro Universi-
tário Maurício de Nassau (em 2015) e
mestrando em Energias Renováveis pela
Universidad Europea del Atlántico (des-
de 2020). Foi professor da rede particular, em 2011 e 2012, e atua
na rede pública estadual desde 2013. Começou a escrever em
2008, com a série “Escrito no Papel”, cuja primeira obra foi “Ora-
ção Escrita no Papel”, publicada em 2009; a segunda , “Fé Escrita
no Papel”, publicada em 2010; e a terceira, “Obediência Escrita no
Papel”, todas voltadas para a vida cristã. Em 2015, publicou seu
TCC em formato de livro, com o mesmo título, “ RUGOSIDADE:
uma análise sobre Manaus”. Em 2016, publicou “A qualidade dos
efluentes dos supermercados de Manaus”. Em 2019, participou da
coletânea de projetos do Prêmio Professor Inovador.

109. 109
GEOGRAFIA E MUSICALIDADE: O REAL IMAGINÁRIO
DO LUGAR NO MUNICÍPIO DE ITAPIRANGA/AM
Escola Estadual Tereza dos Santos – Itapiranga/AM
Ensino Médio – 3.ª série
Kleten Kelle Lima de Oliveira
[email protected]
Introdução – O ensino da geografia física e humana auxi-
lia na compreensão da relação entre homem e natureza. Esta
pesquisa constitui-se como um estudo entre a ciência geográ-
fica e o recurso da música, a fim de aprimorar a percepção da
vivência que o estudante traz consigo, alinhando-a, assim, aos
conceitos/teoria ministrados em sala de aula. Mendonça (2017)
ressalta que, com tal iniciativa, a aula se torna interessante e
motivadora, por conta da enorme influência da música sobre
os aspectos físicos, mentais e emocionais, mas, independente
do gênero musical e da preferência do estudante, a letra é a
principal propriedade de análise crítica geográfica, por meio
da qual o professor pode explorar o potencial de interpretação
e o senso crítico dos estudantes. Objetivo – Utilizar o recurso
da música no processo de ensino e aprendizagem da discipli-
na de Geografia, tornando os estudantes capazes de melhorar
a compreensão do espaço vivido no cotidiano, dos elementos
da natureza, a percepção e representação, para, com isso, al-
cançarem resultados positivos. Materiais e Método – O estudo
se caracteriza pela abordagem do método fenomenológico, a
fim de compreender a interpretação do contexto geográfico,
físico e humano, desenhado pelos estudantes, resultando no
produto do mapa mental. Possui caráter exploratório e des-

110. 110
critivo, à forma do método de cunho qualitativo. Por meio
do Programa Ciência na Escola, este projeto efetuou-se em
uma escola pública do interior do Estado do Amazonas, tendo
como público alvo estudantes do Ensino Médio, e prosseguiu
ativo no decorrer da pandemia de Covid-19, período em que
se estabeleceu a modalidade remota de ensino, pelo aplicati-
vo WhatsApp, pelo qual os estudantes foram adicionados em
um grupo, para que a comunicação e informações ocorressem
da melhor maneira possível. Resultados – A pesquisa foi rea-
lizada em quatro etapas. Na primeira, ocorreu o levantamen-
to bibliográfico relacionado às letras musicais mais aflorados
pela sociedade itapiranguense, que abordam temas utilizados
nas aulas de Geografia. Na segunda, interpretou-se as letras
acerca do espaço geográfico, e cada estudante pesquisou o
tema folclore, e marcando palavras-chaves e relacionando-as
aos elementos da Geografia, comentando a sua análise e signi-
ficado para cada palavra escolhida. Na terceira etapa, os dis-
centes realizaram a montagem de um painel retratando as suas
representações e compreensão acerca dos fenômenos que se
materializam no seu cotidiano, destacando, principalmente,
as palavras selecionadas e relacionadas com a Geografia. Na
quarta e última etapa, houve a confecção dos mapas mentais.
A partir dessa premissa, foram elaboradas atividades concer-
nentes ao processo mental (mapas mentais), a fim de fomentar
diálogos e discussões, as quais provocaram, por sua vez, o
desenvolvimento da criticidade, autonomia e interpretação,
pois a música estimula e motiva os estudantes de forma lúdi-
ca, a compreender os conteúdos ministrados em outras disci-
plinas. A concretização dos mapas mentais se deu por meio
de desenhos após a audição das músicas, e da montagem do
painel da representação geográfica (Figura 1). Conforme Kozel
(2007), o mapa mental, enquanto linguagem privilegiada para
a comunicação dos aspectos constitutivos do espaço vivido e
percebido pelo estudante, é um instrumento que confere ao

111. 111
professor os elementos necessários para trabalhar, de forma
concreta, o universo psicológico dos discentes. Argumenta Ca-
valcanti (2010), “o trabalho com mapas mentais construídos
pelos estudantes, na escola, tem por finalidade conhecer o
nível de sua consciência espacial, ou seja, entender como os
estudantes percebem o lugar onde vivem”. Conclusões – Esta
pesquisa atingiu o intuito de potencializar as habilidades aca-
dêmicas dos estudantes envolvidos, contribuindo para a sua
formação cidadã. Dessa forma, os materiais didáticos confec-
cionados por eles colaboraram para a aprendizagem signifi-
cativa a respeito da metodologia aplicada durante o ensino
remoto. A montagem do painel e do mapa mental são pro-
dutos essenciais para a formação do estudante, aprimoram a
compreensão das categorias da ciência geográfica e sua apli-
cabilidade, alinham, enfim, os conceitos/teoria ministrados no
âmbito escolar, priorizando o ambiente peculiar do estudante.
Por meio do recorte geográfico do município de Itapiranga/
AM, que abrange as mais diversas paisagens culturais, des-
tacou a predominância do gênero musical folclore, pois as
composições envolvem a espacialidade presente, propagando
por entre tempos as tradições folclóricas retratadas em suas
letras, por meio das estórias e histórias presentes no cotidiano
caboclo, preservam, em suma, a identidade amazônica.
Palavras-chave: Geografia, Ensino-aprendizagem, Música,
Itapiranga.

112. 112
Letra e música Mapas mentais produzidos.
Alerta Ecológico
Andorinha no céu,
Anuncia o verão que está pra chegar,
É festa de boi,
É festa de boi-bumbá
Pescador deixa sua rede
Vem comigo balançar
Vem brincar na minha festa
Vem brincar de boi-bumbá
Deixe o rio sobreviver
Deixe a mata respirar
Dê uma chance pra vida
Não destrua esse lugar
A natureza pediu
Clamou ao boi Surubim
Defenda a Ecologia
Proteja você e a mim
Vamos pensar no futuro
Na vida dos animais
Sonhar com a humanidade
Unida, e pedindo paz.
Compositor: Paulo D. M. Santos.
Cantor: Roberto Sales. Ano: 1995
Figura 1 – Amostragem da coleta do estudante 1.
REFERÊNCIAS
CAVALCANTI, L. S. Geografia, escola e construção de conheci-
mentos. Campinas: Papirus, 2010.
KOZEL, S. Mapas mentais – uma forma de linguagem: perspecti-
vas metodológicas. Da percepção e cognição à representação: re-
construção teórica da Geografia Cultural e Humanista. São Paulo:
Terceira Margem; Curitiba: NEER, 2007.

113. 113
MENDONÇA, C. A Música como recurso de ensino e aprendiza-
gem da Geografia. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 2, Vol. 1, 214-231, Abril, 2017.
SOBRE A AUTORA
Kleten Kelle Lima de Oliveira nasceu na
cidade de Manaus-AM. É licenciada
(2017) e mestra em Geografia (2019)
pela Universidade Federal do Amazo-
nas. Atua como professora na Secretaria
de Estado de Educação e Qualidade de
Ensino do Amazonas (Seduc-AM), estan-
do atualmente vinculada à Escola Esta-
dual Tereza dos Santos, localizada no
município de Itapiranga.
AGRADECIMENTOS
Ao órgão fomentador desta pesquisa, por intermédio do
Programa Ciência na Escola, a Fundação de Amparo à Pesquisa
(Fapeam).

115. 115
PROJETO DESCOMPLICANDO A ESCRITA E
ESCREVENDO COM A PROFESSORA DE LÍNGUA
PORTUGUESA MÁRCIA REGIS
Escola Estadual Sólon de Lucena
Ensino Médio – 3.ª série
Márcia Sueli Regis da Silva Santos
má[email protected]
Introdução – O ensino de redação tem grande peso para a
Educação, principalmente neste cenário de pandemia, que ain-
da apresenta muitas dificuldades em vários âmbitos, incluindo
as que se referem às habilidades escritas de coerência e coesão.
Diante disso, percebeu-se a necessidade de criar estratégias
que contribuam para o fortalecimento da aprendizagem dos es-
tudantes e para o estímulo à escrita, sobre diversos aspectos
gramaticais, linguísticos e críticos. Nessa perspectiva, este pro-
jeto propiciou aulas mais participativas do que expositivas, nas
quais os estudantes se envolveram com o assunto e, consequen-
temente, sentiram-se mais estimulados a escrever. Para que tudo
funcionasse no tempo programado, estabelecemos uma aula
para planejamento, esclarecimentos e orientação, por meio da
formação de grupo, e mais duas aulas para debates, por meio
das quais, após o seu encerramento, os estudantes se sentiram
capazes de compor um relatório e, a partir deste, desenvolver
sua redação, conforme normas preestabelecidas. Objetivo –
Desenvolver atividades de redação nas aulas de Língua Portu-
guesa, estimulando o gosto por assuntos atuais e o pensamento
crítico e tecendo-as coesa e coerentemente. Materiais e Méto-
do – A pesquisa se baseou em estudos teóricos de letramento,

116. 116
como Soares (2003) e Kleiman (2005), na nova Base Comum
Curricular (BNCC, 2018) e na experiência desta professora com
o Ensino Médio. O percurso metodológico consistiu na abor-
dagem do lócus da pesquisa, na prática na instituição pública
de ensino, com o projeto aplicado como ferramenta curricular
integrante da Escola Estadual Sólon de Lucena, nas aulas de Lín-
gua Portuguesa. Observou-se o crescimento da proficiência dos
índices de leitura e escrita nas avaliações externas e na forma-
ção de leitores críticos, reflexivos e cidadãos. A primeira etapa
ocorreu por meio de live (Figura 1), devido ao ensino remoto,
Nela, apresentou-se uma explanação do que seria interpretar e
compreender, lançando-se mão de fatos do dia a dia, vistos nas
reportagens e mídias, para debate sobre o que se entende, pelo
leitor, e o que o autor do texto ou manchete quis que fosse com-
preendido. Assim, com conversas, começou-se a entender que
escrever não é difícil, quando se observa os acontecimentos
atuais que chegam até cada um, direta e indiretamente. No se-
gundo momento, os estudantes desempenharam anotações em
frases (Figura 2) e a releitura do que escreveram para formular
seu primeiro parágrafo. No terceiro momento, a escrita, em si,
com foco na primeira redação, revelou que já não tinham medo
de se posicionar com um olhar mais crítico e construtivo. Fo-
ram algumas músicas, frases de escritores estrangeiros e filmes,
como forma de observação e leitura visual. Esse projeto pre-
tendeu desenvolver habilidades e competências dos estudantes
dos terceiros anos do Ensino Médio. Resultados – O desenvol-
vimento das aulas se deu por intermédio de temas atuais por
meio de debates, formação de grupos de situação e oposição.
A forma correta de posicionamentos neutros e imparciais, para
avaliar e formular a argumentação, o convencimento e persua-
são da maioria foram pontos altos do projeto. No fórum de de-
bates e argumentos, manifestaram-se pontos de vista a partir de
uma posição objetiva formulada em argumentação consistente
e clara. Com isso, estimulamos, nos estudantes, a prática de

117. 117
pesquisa rigorosa, para que formassem suas bases com vera-
cidade, escrevessem corretamente sobre assuntos diversos, em
várias etapas da aula (antes, durante e depois). O conhecimento
referente ao tema abordado foi apresentado e as performances
de argumentação foi submetida ao voto dos próprios estudan-
tes. Voto expresso em forma de réplicas. Conclusões – Trabalhar
a escrita torna-se fundamental para o desenvolvimento de novas
habilidades, como redigir textos de diversos gêneros e dominar
a ortografia da Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Redação, Debates, Aprendizagem Significativa.
Figura 1 – Live para debate e
interpretação dos textos
Figura 2 – Anotações e frases relativas
à releitura.
REFERÊNCIAS
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizon-
te: Autêntica, 2003.
KLEIMAN, A. Preciso ensinar o letramento? Não basta ensinar a
ler e escrever? Campinas: CEFIEL/UNICAMP, 2005.

118. 118
SOBRE A AUTORA
Márcia Sueli Regis da Silva Santos é gra-
duada em Letras, pela Faculdade de Fi-
losofia de Cpo Grande – RJ, e Pedagogia,
pela Universidade Nilton Lins – AM,
pós-graduada em Língua Portuguesa,
pela Faculdade de Filosofia de Campo
Grande – RJ, e em TIC (Tecnologia da In-
formação e Comunicação), pela UERJ,
mestranda em Educação, pela Funiber, pós-graduanda em Direito
Civil, com extensão em Juizado especial, pela UniNorte.

119. 119
EMPREENDEDORISMO ORIENTANDO A
SUSTENTABILIDADE E ARBORIZAÇÃO NO
ENTORNO DA ESCOLA ESTADUAL SENADOR
ANTÓVILA MOURÃO VIEIRA
Escola Estadual Senador Antóvila Mourão Vieira
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Maria Tereza Pereira dos Santos
[email protected]
Introdução – A preocupação com o meio ambiente tem
se tornado cada vez mais relevante à população. Nesse sen-
tido, não são só as empresas têm a obrigação de influenciar o
comportamento social dos seus funcionários, como também é
importante que as escolas mudem suas práticas pedagógicas e
metodológicas, para que nelas haja um desdobramento sobre
temas como: empreendedorismo social, protagonismo juvenil,
pensamento crítico, incentivo do conhecimento científico. O
empreendedorismo sustentável corresponde ao processo de
melhoria da qualidade de vida humana, respeitando a capaci-
dade de suporte dos ecossistemas. Existem diferentes formas e
estilos de vida que tentam manter o equilíbrio entre homem e
natureza, por isso, surge a ideia de desenvolver este projeto, no
decorrer do ano de 2019, com os estudantes de todas as turmas
do Ensino Médio. Dentre os diversos termos e filosofias ligadas
à conexão supracitada, destacamos o veganismo e o minimalis-
mo. Objetivo – Desenvolver alternativas de empreendedorismo,
orientado à sustentabilidade e arborização, no entorno da Es-
cola Estadual Senador Antóvila Mourão Viera, situada no bairro
São Lázaro, em Manaus. Materiais e Método – A abordagem
utilizada aqui alude às metodologias ativas, que enfatiza o alu-

120. 120
no como protagonista de sua própria aprendizagem e aquisição
de conhecimento. O ensino não pode fazer uso somente de
teorias maçantes, lançando matérias após matérias, mas estas
devem ser, também, trabalhadas, de forma que haja uma dis-
seminação da produção de saberes, do ensinar e aprender, por
meio da participação ativa dos professores e estudantes, cria-
dores de vários projetos. Com relação aos procedimentos me-
todológicos desenvolvidos no decorrer deste, foram divididos
em várias etapas: a primeira consistiu na divisão das equipes
em cinco componentes por série; em seguida, houve o levan-
tamento bibliográfico, com execução de leituras e relatórios;
apresentação de palavras e vídeos; oficinas e confecções de
artesanatos, compostagens, hortas, arborização e jardinagem;
visitas técnicas em feiras culturais da FAS, feira do Sesi, vira-
da sustentável e Ifam; plantio de mudas no entorno da escola;
organização da horta escolar; apresentação dos trabalhos dos
estudantes para toda a comunidade escolar, nas salas de aula,
na data correspondente a 25 de novembro de 2019. Resulta-
dos – Os estudantes tiveram êxito na conclusão dos trabalhos,
realizando cada atividade do cronograma em equipes, as quais
foram divididas em cinco componentes. Feitas as leituras e ex-
posições de vídeos sobre sustentabilidade e reciclagem, cada
equipe ficou responsável pelo desenvolvimento de um produto
sustentável, e que pudesse ser apresentado, posteriormente, na
escola. No dia 25/11/2019, com efeito, aconteceu uma mos-
tra dos resultados do projeto, nas salas de aulas, para toda a
comunidade escolar. As atividades (Figuras 1 e 2) e produtos
confeccionados foram: brigadeiro vegano, shampoo de babo-
sa, xarope, repelente, sabão líquido, sabão em barra, tinta eco-
lógica, artesanatos com garrafas PET, banco de sementes, mu-
das de plantas ornamentais, doce de melancia, jogos com PET,
apresentação de um jornal sustentável, maquiagem ecológica,
desfile de roupas e arte com sustentabilidade. Conclusões – A
pesquisa, aliada ao protagonismo juvenil nas escolas públicas,

121. 121
é uma forma de desenvolver as competências e habilidades,
sendo necessário resgatar, por meio de políticas educacionais,
inovação e criatividade, por parte dos estudantes, em sala de
aula e fora dos muros das escolas. Com auxílio das metodolo-
gias ativas, poderemos proporcionar uma aprendizagem eficaz,
porque entendemos que o estudante aprende melhor quando
colocado diante de desafios. O aprender fazendo, executando
atividades, dialogando com assuntos do seu cotidiano e conteú-
dos específicos, faz com que ele se senta desafiado a entender e
buscar soluções para os problemas que encontra.
Palavras-chave: Empreendedorismo, Protagonismo Juvenil, Meio
Ambiente, Sustentabilidade.
Figura 1 – Shampoo de Babosa.Figura 2 – Capina e preparação de horta.
REFERÊNCIA
BNCC Ensino Médio. Orientações práticas para elaboração de iti-
nerários formativos. Acesso 07 de Maio de 2019.

122. 122
SOBRE A AUTORA
Maria Tereza Pereira dos Santos nasceu
na cidade de Manaus. Possui graduação
em Geografia, pela Universidade Fede-
ral do Amazonas, e mestrado, na mesma
área, pela Universidade de São Paulo.
Atualmente, é professora da Escola Se-
nador Antóvila Mourão Vieira e “profes-
sor jovem cientista” da Fundação de
Amparo a Pesquisa do Estado do Amazonas. Tem experiência na
área de Geografia, com ênfase em Geografia Cultural e Turística.
Foi coordenadora do Projeto Ciência na Escola – PCE, em 2008,
2015 e 2017, e do projeto Jovem Cidadão, em 2017. Em 2018, foi
voluntária do Greenpeace. Em 2019, da Virada Sustentável, na ci-
dade de Manaus. Ainda em 2019, coordenou o projeto Novo Ensi-
no Médio, na escola Antóvila Mourão, e, em 2021, o projeto do
Programa de Inovação e Empreendedorismo (PIE), patrocinado
pelo Whirlpoo e realizado pela NTICS projetos.

123. 123
O TELEJORNAL COMO RECURSO DIDÁTICO NO
ENSINO DE MATEMÁTICA
Escola Estadual de Tempo Integral Maria do Céu
Vaz D’Oliveira
Ensino Médio – 3.ª série
Raimundo Nonato Souza dos Santos
[email protected]
Introdução – As novas tecnologias da informação e comu-
nicação, caracterizadas como midiáticas, vão além de meros su-
portes, interferindo no modo de pensar, sentir e agir da sociedade
e na construção do conhecimento, criando modelos de cultura.
Um dos grandes desafios da Educação é a promoção de um pro-
cesso de ensino e aprendizagem mais significativo, com o apoio
das novas tecnologias, convertendo os conhecimentos específi-
cos e científicos em conhecimentos úteis, para que o estudante
atue de forma efetiva na sociedade. Através do que é transmitido
na televisão ou acessado no computador, as pessoas se comuni-
cam, adquirem informações e transformam seus comportamentos
(KENSKI, 2012). Objetivo – Produzir um telejornal com os estu-
dantes, envolvendo os componentes curriculares de Matemática,
Língua Portuguesa, Biologia, Língua Inglesa e Educação Física,
promovendo um processo interdisciplinar de ensino e aprendi-
zado. Materiais e Método – Foi realizada uma abordagem qua-
litativa no segundo semestre de 2020. Participaram da pesquisa
cerca de 60 estudantes de duas turmas da 3.ª série do Ensino Mé-
dio. Seguiu-se uma sequência didática contemplando a escolha
dos temas das reportagens, entrevistas e produções do telejornal,
oportunizando aperfeiçoamento das habilidades e competências

124. 124
gerais dos estudantes. Os trabalhos ocorreram por meio do sis-
tema híbrido de ensino. Resultados – A primeira etapa, houve a
elaboração da pesquisa, nas aulas de Matemática, com a propos-
ta de vivenciar o método estatístico da coleta de dados, crítica de
dados, apuração de dados, análise e apresentação dos resultados.
Os estudantes elaboraram as perguntas de acordo com seus temas
e respectivos questionários e entrevistaram o público da escola
(Figura 1), para o que tiveram de pensar, também, na abordagem
aos entrevistados, por conta do uso da máscara e do distancia-
mento. Com os dados em mãos, os discentes, em campo, os ana-
lisaram e apuraram, em conjunto com os que se mantinham na
modalidade remota. Em seguida, foram construídos os gráficos,
à mão livre e no computador, possibilitando a compreensão dos
elementos pertencentes a eles. Na segunda etapa, veio a lume
o telejornal, com o auxílio da professora de Língua Portuguesa,
para o ensino do gênero textual jornalístico, compreensão dos
conceitos de pauta e roteiro. As gravações aconteceram na pró-
pria escola, com ambientações escolhidas pelas equipes, com
o apoio do recurso tecnológico do chroma-key, feito com TNT
azul. O momento da gravação e todos os de realização deste pro-
jeto seguiram os protocolos de biossegurança da Organização
Mundial de Saúde (OMS). A gravação seguiu o roteiro preestabe-
lecido por cada equipe de produção, mas os repórteres e entre-
vistados puderam fazer adaptações e improvisos. O figurino foi
escolhido pelos próprios membros das equipes, bem como o uso
de personagens fictícios. Foi exigido que os roteiros seguissem os
dados estatísticos recolhidos na escola. Outros professores co-
laboraram na produção, dando ideias para a execução das gra-
vações. A gravação e a edição do telejornal foi um momento de
muita interação entre estudantes e professores, pois decidiram,
em conjunto, quais erros seriam cortados, quais trechos de fato
iriam para a reportagem, bem como editaram colaborativamente
as cenas, o que foi importante para todos sentirem participantes
do projeto desenvolvido. Vale salientar que cada equipe só tinha

125. 125
contato com a sua reportagem, com o seu cenário e respectivas
ferramentas; só conheceriam o trabalho da outra equipe no dia
da socialização do telejornal. A culminância do projeto se deu
por meio da exibição do telejornal, em dois dias, no auditório da
escola (Figura 2). Os trabalhos foram compartilhados nas redes
sociais institucionais, mobilizando toda a comunidade escolar, e
encorajou os próprios estudantes a discutirem os resultados ob-
tidos, tendo em vista que foram frutos de uma pesquisa estatís-
tica desenvolvida em sala de aula e em parceria com os demais
professores. Os discentes estrangeiros se sentiram acolhidos, ao
observarem que, em algumas reportagens, constaram correspon-
dentes internacionais, os quais foram acompanhados pela pro-
fessora de Língua Inglesa. Conclusões – A primeira contribuição
do telejornal foi a integração entre os estudantes que assistiam à
aula de casa e os que já haviam regressado à escola, facilitando
a comunicação e fazendo com que a aprendizagem ultrapassasse
as paredes da escola. As habilidades gerais de visualização, in-
terpretação, raciocínio, escrita e oralidade foram desenvolvidas
satisfatoriamente, tendo em vista que, durante todo o processo de
ensino e aprendizagem desenvolvido, os estudantes constante-
mente construíram materiais escritos, conversas orais e refletiam
a respeito de suas ações. Além disso, o conteúdo de Estatística,
referente ao Ensino Médio, foi desenvolvido com êxito, abran-
gendo a competência de interpretar gráficos e tabelas, aferir
medidas e tomar decisões, baseadas nas informações que nela
constam. Conclui-se que o projeto atingiu os objetivos propostos
e foi, até, além, conseguindo desenvolver aspectos de cidadania
em cada indivíduo participante do projeto.
Palavras-chave: Telejornal, Estatística, Matemática.

126. 126
Figura 1: Alunos coletando os dados.Figura 2: Gravações, antes e depois da
edição.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica.
Orientações Curriculares para o Ensino Médio: Matemática e suas
Tecnologias. Brasília: MEC, 2006.
KENSKI, V. M. Tecnologias e Ensino Presencial e a Distância. 4. ed.
São Paulo: Papirus, 2006.
SOBRE O AUTOR
Raimundo Nonato Souza dos Santos
nasceu na cidade de Manaus-AM. For-
mou-se em Licenciatura em Matemáti-
ca, no Instituto Federal do Amazonas
(Ifam), especializando-se em Educação a
Distância: Gestão e Tutoria, pela Unias-
selvi, e em Metodologia do Ensino de
Matemática, pela mesma instituição. É
mestre em Ensino de Ciências e Matemática, pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam), desde 2018. Atua na Educação Bá-

127. 127
sica desde 2014 e no Ensino Superior desde 2016, na formação de
professores e em áreas afins da Matemática. Como pesquisador,
vincula-se às linhas de pesquisa de processos e práticas de ensino
e aprendizagem de Matemática e formação de professores.
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Amazonas (Fapeam), instituição que, por meio do Pro-
grama Ciência na Escola (PCE), possibilitou a realização de um
projeto maior, intitulado “Tecnologias no Ensino de Matemática:
uma Abordagem construtivista no Ensino Médio”, o qual serviu de
inspiração e desdobramento para este novo, que aqui se encontra,
“O telejornal como recurso didático no ensino de Matemática”.

129. 129
SACHÊ PERFUMADO
Centro de Educação de Tempo Integral João dos
Santos Braga
Ensino Médio – 3.ª série
Adelcilane dos Santos Miranda
[email protected]
Introdução – As atividades experimentais constituem-se
como um ponto importante na análise dos problemas e na pro-
posta de alternativas para o ensino de Química. O ensinar sem
experimentação dificulta a aprendizagem dos conceitos quími-
cos, além de afastar o estudante do interesse pelo conhecimen-
to científico. No ensino da Química orgânica, pela produção
de sachê perfumado, é possível explorar conceitos como: hidro-
carbonetos, carboidratos, polímeros, óleos essenciais, corantes
orgânicos e todas as propriedades físico-químicas relacionadas.
Há, ademais, o incentivo à educação profissional e tecnológica,
para os estudantes da 3.ª série do Ensino Médio do Ceti João
dos Santos Braga. Objetivo – Construir conhecimentos sobre a
Química orgânica em sachês perfumados baseando-se nas in-
formações acerca de hidrocarbonetos, carboidratos, polímeros
e aromatizantes orgânicos. Materiais e Método – Esta é uma
pesquisa qualitativa. Como instrumento de coleta de dados, ela-
borou-se um questionário de perguntas sobre a importância dos
experimentos químicos na produção dos sachês perfumados e a
sua contribuição para o ensino da Química orgânica. O projeto
foi executado no laboratório de química do Ceti João dos San-
tos Braga, com 30 horas práticas, e a equipe direta composta
por três estudantes, mas houve, ainda, participação eventual

130. 130
dos demais estudantes do Ensino Médio, que aprenderam téc-
nicas de produção e confecção de sachês perfumados. Antes
de entrar no laboratório, os estudantes receberam 10 horas de
instrução de regras básicas de segurança, manuseio de cada
material e uso de técnicas analíticas. Fizeram, ademais, cál-
culos estequiométricos, para determinar a quantidade desejada
de cada matéria-prima (fibra siliconada, a parafina e o sagu).
Após todas as orientações, cada um confeccionou seu primeiro
sachê perfumado, conforme a essência escolhida previamen-
te. Levou-se em consideração a solubilidade, a temperatura de
ebulição e a volatilidade dos reagentes químicos que compo-
riam a formulação química final do sachê perfumado. Diversos
materiais, como proveta, tubo de ensaio, funil, pipeta graduada,
bastão de vidro, béquer e chapa aquecedora, são usados nos
experimentos, além daqueles para fabricação do produto, como
fibra siliconada, parafina, sagu, tecidos, como tule e algodão,
etiquetas, folhas para os cálculos, álcool de cereais, essência
solúvel em óleo, fixador, corante a base de óleo. Resultados
– O questionário referente à produção de sachê perfumado ser-
viu para identificar se, realmente, o trabalho da professora, no
ensino da Química orgânica, foi satisfatório, no que diz respei-
to à ferramenta pedagógica utilizada no projeto. O resultado
dessas respostas interliga, inclusive, um produto industrializado
no setor de aromas com o ensino de Química e amplia o inte-
resse pela disciplina. Alguns resultados, durante a mistura dos
reagentes químicos, mostraram que a troca térmica por contato
direto apresentava problemas em regimes estacionários. Teve-se
o cuidado para não ultrapassar o ponto de fulgor, que é 196 °C,
pois é preciso saber que a parafina tem ponto de fusão de apro-
ximadamente 60 °C, e essa temperatura foi a base de cálculo
para dimensionar o procedimento de laboratório. As essências
costumam ter coloração, por isso, na hora em que se postam
no recipiente, o tom da cor mudou automaticamente. A prin-
cípio, os sachês foram deixados em descanso por 24 horas, no

131. 131
entanto, não foi tempo suficiente para se obter uma consistên-
cia apreciável, e, após vários testes, verificou-se que, tampado,
em um lugar arejado, por dois dias, melhor fixaram os cheiros
produzidos. A última etapa consistiu em despejar os sachês nos
tecidos, revelou-nos que a quantidade melhor aplicada quan-
do no meio do tecido, e tomando o cuidado para que todas as
pontas ficassem do mesmo tamanho. Conclusões – O projeto é
grande de importância para a construção de um conhecimen-
to científico na área da Química orgânica, em estreita relação
com as aplicações tecnológicas. O conhecimento da Química
orgânica, na produção de sachê perfumado, é, de fato, uma
oportunidade para gerar renda fora do ambiente escolar, o que
revela que a química está ao alcance de todos, sem a necessi-
dade de aparelhagens sofisticadas.
Palavras-chave: Química Orgânica, Sachês Perfumados,
Aprendizagem.
Figura 1 – Sachê perfumado de Parafina
(essência de alfazema). Matéria-prima e
Produto Final.
Figura 2 – Demonstração da produção
de dos sachês perfumados.
REFERÊNCIAS
MANO E.B.; SEABRA, A.P. Práticas de química orgânica. 3.ª edi-
ção. São Paulo, Edgard Blücher LTDA, 1987.

132. 132
McMURRY, J., Química orgânica. Vol. 1. 6.ª edição. Editora Cen-
gage Learning. Tradução da Norte Americana, 2008.
SOBRE A AUTORA
Adelcilane dos Santos Miranda nasceu
em 10 de agosto de 1977, na cidade de
Manaus-AM, e formou-se em 2001, na
Universidade Federal do Amazonas –
Ufam, em Licenciatura em Química. Em
2004, concluiu o mestrado em Geoquí-
mica, na Universidade Federal do Ama-
zonas – Ufam. Atualmente, é professora
do Centro de Educação de Tempo Inte-
gral João dos Santos Braga.
AGRADECIMENTOS
À Seduc-AM – Secretaria de Estado de Educação e Qualidade
de Ensino do Amazonas. À CDE 07 – Coordenadoria Distrital de
Educação 7. À Fapeam/PCE – Projeto Ciência na Escola. Ao Ceti
João dos Santos Braga; a Gestora Ida Laura Santos do Nascimento
e aos estudantes Hayssa de Freitas Pereira, Gleice Kelly Rufino Sil-
va e Moises Adair Diniz da Silva.

133. 133
EDUCAÇÃO FÍSICA E OS AVANÇOS TECNOLÓGICOS:
OS JOGOS ELETRÔNICOS COMO POSSIBILIDADE
EDUCATIVA INTERDISCIPLINAR
Centro de Educação de Tempo Integral Professora
Cinthia Régia Gomes do Livramento
Ensino Médio – 2.ª série
Allan Smith Lima e Lima
[email protected]
Introdução – A tecnologia digital é uma realidade na so-
ciedade atual, principalmente no que diz respeito à Educação.
No cenário atual, há uma crise sanitária ocasionada por um
vírus altamente contagioso (Covid-19). As orientações e deter-
minações dos órgãos de saúde, para manter o distanciamento
social e o seguimento de protocolos, têm, no ensino remo-
to, a alternativa para dar continuidade ao aprendizado esco-
lar. Inserir a tecnologia no ambiente escolar é proporcionar
ao estudante o acesso ao conhecimento histórico produzido
e desenvolvido pela humanidade, e, a partir das tecnologias
modernas (os jogos digitais), fazê-lo assimilar os conteúdos
das disciplinas da grade curricular, bem como as questões
sociais e psicossociais que tais elementos possam abranger.
Objetivo – Compreender o estudo evolutivo da História das
tecnologias, incentivando os discentes ao aprendizado das
disciplinas do currículo escolar, a partir de jogos eletrônicos,
como instrumento de inclusão, sociabilidade e interatividade
social. Materiais e Método – Trata-se de um estudo qualita-
tivo e quantitativo, pois nos permite mensurar os dados da
realidade a respeito dos discentes que não conhecem e/ou

134. 134
não possuem aparelhos tecnológicos digitais e, a partir dis-
so, interpretar essas informações e proporcionar alternativas
pedagógicas para as vivências com os jogos eletrônicos na
escola. Knechtel (2014) considera as pesquisas qualitativas e
quantitativas como aquelas que não só interpretam as infor-
mações por meio de símbolos numéricos a partir de dados
quantitativos, como também o discurso dos sujeitos, evocando
a diversidade e a flexibilidade, por meio dos dados qualitati-
vos. Para tanto, este estudo divide-se em três seções. A primei-
ra identifica o nível de conhecimento e acesso dos discentes
acerca das tecnologias, refere-se à identificação dos dados da
realidade. A segunda apresenta intervenções pedagógicas de
professores que discutem os jogos eletrônicos e os utilizam em
suas respectivas disciplinas. Destaca-se a disciplina História,
que revela os avanços tecnológicos desde os primórdios da
existência humana até a sociedade atual. A Sociologia, que
traz as questões sociais que envolvem os jogos eletrônicos,
separando o que é fictício e o que é real. A Matemática, que
utiliza estratégias e raciocínio lógico para enfrentar determi-
nados desafios em jogos eletrônicos. A Geografia, que traz à
luz o conhecimento sobre os mapas geográficos. A Arte, que
tem a dança como elemento de leveza entre o corpo e a men-
te e busca, pelos movimentos corporais, o conhecimento do
próprio corpo. E, por fim, a Educação Física, que apresenta
o conceito amplo de jogos e suas evoluções históricas; rela-
ciona-se com o avanço das tecnologias digitais; discute a ori-
gem dos jogos eletrônicos e proporciona vivências de práticas
corporais em diferentes jogos digitais presentes na atualidade.
Os autores (BORGES e COLOMBO, 2019) das obras “Metodo-
logia do ensino da Educação Física” e “Os jogos eletrônicos
como instrumento pedagógico nas aulas de Educação Física
Escolar”, respectivamente, deram sustentação teórica para as
discussões a respeito de jogo, de uma forma geral, e, espe-
cificamente, sobre os eletrônicos. A terceira seção realiza a

135. 135
aplicação de um campeonato de jogos eletrônicos (Figuras 1 e
2), o qual foi intitulado de “1.º interclasse de jogos eletrônicos
da escola Ceti Cinthia Régia Gomes do Livramento”, aplica-
do com as turmas do Ensino Médio e Fundamental II (8.º e
9.º anos). Resultados – O estudo histórico dos avanços tec-
nológicos despertou o senso crítico nos discentes, tendo em
vista que, quando se fala em tecnologias, logo se imaginam
as digitais, às quais a grande maioria dos estudantes não têm
acesso, devido ao alto custo que agregam. Conhecer, portan-
to, tecnologias históricas proporcionou aos estudantes o reco-
nhecimento de que tiveram/têm acesso ao que fora produzido
pela humanidade. A realização dos jogos eletrônicos denotou
um impacto no cotidiano escolar, professores e estudantes se
envolveram de forma ativa, resgatando aqueles estudantes que
não estavam frequentando a escola, por desmotivação, devido
ao tempo que passaram sem aulas presenciais. As discussões
pelos corredores da escola, e fora dela, ocasionaram a união e
o compromisso da comunidade e da escola em relação ao pro-
cesso de ensino. Aqueles que não possuíam aparelhos tecno-
lógicos e/ou não tinham Internet para jogar receberam auxílio
da escola, que garantiu o apoio necessário para que todos ti-
vessem acesso. Os jogos eletrônicos não só foram um sucesso
na Escola Estadual Prof.ª Cinthia Régia Gomes do Livramento,
como tomaram uma proporção maior. A coordenaria distrital
5 apoiou a ideia, levando o projeto para outras escolas da ca-
pital, que o aplicaram internamente, e, com o apoio da Seduc-
-AM, pudemos realizar competições entre algumas escolas da
capital; evento que ficou intitulado como “1.º jogos escolares
da coordenadoria 5 (edição digital)”. Conclusões – podemos
concluir que ainda há muito o que aprender sobre o mun-
do tecnológico. O universo escolar ainda é muito limitado,
as questões estruturais, financeiras e educativas ainda pairam
sobre uma defasagem educacional, mas há um leque de for-
mações pedagógicas que orientam professores, gestores e dis-

136. 136
centes sobre o uso da tecnologia em prol do ensino, do apren-
dizado e das possibilidades educativas interdisciplinares, uma
delas, os jogos eletrônicos. E, a partir deste conteúdo, conse-
guimos criar alternativas para o aprendizado e a assimilação
do conhecimento das diferentes áreas de ensino, em prol da
inclusão, sociabilidade e interatividade social. Espera-se que
este projeto vá além do que já foi apresentado e que todas
as escolas da capital, quiçá as estaduais, possam ter acesso
às novas alternativas de práticas corporais, por intermédio da
tecnologia digital.
Palavras-chave: Educação Física, Tecnologia, Jogos.
Figura 1 – 1ª Interclasse de jogos
eletrônicos.
Figura 2 – Competições de damas
(relação com Matemática).
REFERÊNCIAS
BORGES, C. G.; COLOMBO, B. D. Os jogos eletrônicos como
instrumento pedagógico nas aulas de Educação Física escolar. Re-
vista Kinesis, Santa Maria, RS, vol. 37, p. 1-9, 2019.
KNECHTEL, M. R. Metodologia da pesquisa em educação: uma
abordagem teórico-prática dialogada. Curitiba: Intersaberes, 2014.

137. 137
SOBRE O AUTOR
Allan Smith Lima e Lima, nascido em 28
de julho de 1991, na cidade de Belém
do Pará, formou-se em Licenciatura em
Educação Física, pela Escola Superior
Madre Celeste (Esmac), e especializou-
-se em Pedagogia da Cultura Corporal,
pela Universidade do Estado do Pará
(Uepa). Atualmente, compõe o corpo
docente da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de En-
sino do Amazonas (Seduc-AM).

139. 139
PROJETO ZOOSOLON: UMA PROPOSTA DE
APRIMORAMENTO DO ENSINO DE BIOLOGIA POR
MEIO DA ELABORAÇÃO DE COLEÇÕES ZOOLÓGICAS
EM LABORATÓRIO
Escola Estadual Sólon de Lucena
Ensino Médio – 3.ª série
Anderson Marcelo Cardoso Mota
[email protected]
Introdução – As aulas de laboratório têm um lugar insubsti-
tuível nos cursos de Biologia, pois desempenham funções únicas:
permitem que os estudantes tenham contato direto com os fenô-
menos, manipulando materiais, equipamentos e observando os or-
ganismos. O trabalho em grupo é fortalecido, além disso, somente
nas aulas práticas, por meio das quais os estudantes enfrentam os
resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imagina-
ção e raciocínio. O contato constante com a realidade de um labo-
ratório e a montagem de uma coleção entomológica pode desper-
tar não só a curiosidade, como também interesses mais profundos
sobre a função ecológica, econômica e médica dos espécimes ad-
quiridos. A importância de sua classificação na fragmentação do
conhecimento para o entendimento do todo, desde a preservação
de seu habitat até o porquê de algumas ordens serem tão mais
abundantes que outras, demonstram não só conceitos ecológicos
e/ou evolutivos, mas também o quão longe podemos ir ao explorar
o conhecimento em um trabalho como este. Partindo das Ciências
Naturais, na qual encontramos o ensino de Zoologia, observamos
uma série de problemas, tais como: a) o uso exclusivo do livro di-
dático; b) a falta de recursos didáticos alternativos; c) a exposição

140. 140
oral como único recurso, por parte do professor, para ministrar os
conteúdos de Zoologia em sala de aula; d) tempo reduzido do pro-
fessor para planejar e executar suas atividades acadêmicas em sala
de aula, laboratórios e/ou espaços não formais; e) a formação ini-
cial do professor, que, em diversas situações, é deficiente em rela-
ção à realidade de ensino². Soma-se a isso a falta de identificação
dos animais regionais e, até, a ausência dos grupos emblemáticos
amazônicos nas aulas em Manaus³. Objetivo – Montar coleções
biológicas voltadas para o reino Animalia, possibilitando, assim,
aulas práticas e/ou demonstrativas em laboratório, com espécimes
reais, principalmente os que estão presentes em nossa fauna local
e/ou fazem parte de nosso cotidiano, como insetos, peixes, suínos,
bovinos, entre outros. Materiais e Método – O projeto divide-se
em três partes: Coleção Entomológica (de insetos), Coleção Ictioló-
gica (peixes) e Coleção de órgãos animais. Os estudantes, ao lon-
go do projeto, passaram por oficinas de conhecimentos acerca de
quais insetos poderiam coletar e dos cuidados pessoais necessários
durante a manipulação destes. Nas oficinas, também aprenderam
sobre anatomia, fisiologia e classificação dos insetos coletados e
dos peixes comprados em feiras livres. Como bem exemplificado
na Figura 1, o uso de pinças, inseticidas e redes de capturas tor-
nou possível a coleta de insetos, em áreas próximas às residências
dos estudantes e em áreas verdes, como o Parque dos Bilhares
e a Vila Olímpica de Manaus. Os espécimes foram armazenados
em álcool 70%, devidamente acondicionados, com as respectivas
referências, após os processos de montagem e classificação. Os
peixes foram comprados em feiras livres da cidade de Manaus,
preparados, para o seu posterior manuseio, e levados ao labora-
tório, onde passaram por protocolos técnicos de armazenamento.
Foram fixados internamente com formol a 10% por meio do uso
de seringas, e, logo após, com álcool 70%, receberam a classifi-
cação adequada, até o seu nível genérico, sendo que a maioria
foi distinguidas em nível de espécie. A montagem da coleção de
órgãos prevê a consolidação de suas atividades, tendo em vista o

141. 141
início do ano letivo presencial de 2021, uma vez que abrangerá
todos os três projetos vigentes fomentados pela Fapeam, dentro do
Programa Ciência na Escola (PCE), que conta, ainda, com o apoio
técnico de Estudantes e Pesquisadores do Inpa, tais como Dr. Ruth
Keppler, Dr. Albetino Rafael, dentre outros. Resultados – Na Cole-
ção Entomológica, tivemos como resultado cerca de 1.143 espé-
cimes, divididos em 13 diferentes ordens de insetos. Todos foram
organizados em caixas de madeira, contendo tampas de vidro, e
etiquetados, como bem propõem os protocolos de conservação e
identificação (Figura 2). Todos os espécimes foram submetidos aos
protocolos técnicos e, em seguida, organizados e depositados na
coleção da escola. Em relação aos dados sobre a coleção de pei-
xes, no geral, 38 espécimes foram classificados em 13 diferentes
famílias e 22 espécies. Em conjunto com as oficinas, que ocorrem
de forma periódica, são organizadas aulas práticas voltadas para
a temática da Ecologia amazônica em reservas florestais, museus,
institutos de pesquisa etc. E, sempre que possível, contamos com a
participação de convidados, sendo estes, por exemplo, professores
renomados em diversas áreas da Biologia ou que fazem parte de
outros campos de estudo dentro da área, tal como o Prof.º Obed
Garcia – especialista em aves, o Prof.º Osimar Brasil – Mestre em
Educação Científica na Amazônia, o Prof.º de História, Ygor Ao-
yag, e ainda, as acadêmicas Marly Castro e Suzana Ferreira, que se
encontram em linhas de estudos no Laboratório de Fungos Comes-
tíveis do Inpa. Conclusões – O projeto alcança níveis de apren-
dizado significativo para todos os estudantes envolvidos, abran-
gendo, até mesmo, aqueles que participavam de forma indireta,
ou seja, apenas coletando espécimes, com o intuito de agregar à
nossa proposta inicial, mas que, pelos motivos mais diversos, não
conseguiram frequentar todas as oficinas. De uma forma ou de
outra, tiveram o seu envolvimento no processo, embora menos pe-
riodicamente, ainda assim, ajudaram, por meio de sua dedicação
e apoio. Outro verdadeiro e simbólico exemplo de colaboração
com o projeto ZooSolon foi a parceria firmada para a criação futu-

142. 142
ra de um gibi, que contará a história deste trabalho e toda a nossa
iniciativa, juntamente com aqueles que o fazem acontecer. Um
dos pontos mais positivos acerca deste projeto é que, após um pe-
ríodo de muitos estudos, aprofundamentos, embasamento teórico
e diversas experiências vivenciadas na prática, muitos estudantes
consolidaram seus conhecimentos técnicos. Outros detiveram a
forma bem mais aplicada de manusear os espécimes coletados,
que, posteriormente, seriam expostos em nossa coleção, não dei-
xando de destacar, ainda, a participação de colegas professores,
colaboradores da secretaria e vigilantes, que também fazem parte
deste quadro, e, não menos importante, dos nossos administrado-
res e gestor, que fizeram sempre o possível para conseguir meios
e materiais que nos auxiliassem nessa empreitada. O projeto é um
legado deixado para futuros estudantes, sendo este último ponto,
por diversas vezes, muito bem frisado por todos os envolvidos.
Palavras-chave: Entonologia, Biologia, Aprendizagem.
Figura 1 – Coleta de insetos em
áreas verdes.
Figura 2 – Acondicionamento de insetos
montados, até sua identificação e depósito
definitivo em coleção.

143. 143
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, O. L. et al. Uma abordagem diferenciada da aprendi-
zagem de Sistemática filogenética e taxonomia zoológica no En-
sino Médio. In: Anais do X Congresso Nacional de Educação: I
Seminário Internacional de Representações Sociais, Subjetividade
e Educação. 2011.
KRASILCHIK, MYRIAM. Prática de ensino de biologia. 4ª EDUSP,
2004.
SOBRE O AUTOR
Anderson Marcelo Cardoso Mota iniciou
sua carreira docente no ano de 2009.
Em 2012, prestou concurso público para
a Seduc/AM, sendo efetivado. Sempre
busca formas mais efetivas e prazerosas
de ensinar Biologia, de forma que mui-
tas metodologias fazem parte de seu re-
pertório como professor. Em apreço con-
tínuo por qualidade, vislumbrou, nas aulas demonstrativas ou
práticas, oportunidades que dificilmente são alcançadas em outras
metodologias, justamente por alimentar a parte sensorial do estu-
dante. A montagem de coleções biológicas, como prática, propor-
ciona muitas possibilidades, as quais explora, cada vez mais, com
maior satisfação.

145. 145
PROJETO MOSTRA PEDAGÓGICA ON-LINE DE QUÍMICA
Escola Estadual Dr. José Milton Bandeira
Ensino Médio – 2.ª série
Danilo Sousa Oliveira
[email protected]
Introdução – O projeto de exposição de experimentos em
uma mostra pedagógica on-line se justifica pelo contexto atual da
Educação brasileira, em que as aulas acontecem de forma remota,
mas com a necessidade de manter a qualidade do ensino e auto-
nomia do educando. Sabemos que, quando a prática é trabalha-
da junto à teoria, o aprender realmente se concretiza, pois torna
a aprendizagem mais satisfatória e palpável. Logo que ela sai de
um contexto tradicional para outro, quer favorecer a percepção de
quem aprende sobre a aplicabilidade do tema. Ademais, quando
permite ao jovem que ele pesquise sobre o experimento, materiais
necessários e os motivos dos resultados obtidos, favorece a sua
autonomia, pois, ele buscará conhecimento em diversas fontes,
adquirindo várias perspectivas sobre o mesmo assunto. Objetivo –
Realizar uma mostra pedagógica de Química, para demonstrar, na
prática, os conhecimentos teóricos e ampliar a visão de conteúdos
vivenciados no dia a dia. Materiais e Método – O presente trabalho
aconteceu do segundo semestre de 2020 ao primeiro quadrimestre
de 2021. É de cunho qualitativo, que, segundo Severino (2007), fa-
vorece a subjetividade e especificidade. Inicialmente, houve uma
conversa com os estudantes da turma escolhida, para explicá-los
sobre o projeto, sua importância e metodologia que seria aplica-
da. Logo depois, ocorreu uma pequena formação sobre fontes de
pesquisa, como realizar uma pesquisa no contexto escolar, meto-

146. 146
dologias e cronogramas. Em seguida, os discentes realizaram um
teste, para verificar o nível de satisfação que tiveram ao produzir
seu próprio conhecimento. Após a realização da pesquisa, eles
escolheram qual experiência realizariam e apresentaram materiais
e métodos, verificando se trariam algum rico à saúde (Figura 1).
Essas experiências foram gravadas em vídeo e disponibilizadas em
um drive on-line, para que todos tivessem acesso a telas (Figura 2).
Ao final, realizou-se outra pesquisa de satisfação, para verificar se
gostaram de participar do trabalho e avaliar o nível de aprendiza-
do adquirido. Resultados – Observou-se que os discentes que par-
ticiparam do trabalho inicialmente estavam desinteressados, mas
que, no decorrer das práticas, foi crescendo o interesse; ademais,
que a vontade em expor o melhor experimento fez com que eles
buscassem mais conhecimento, demonstrando, dessa forma, auto-
nomia no aprender. Os vídeos produzidos por eles resultaram em
bom conteúdo: consistiu na apresentação dos materiais necessá-
rios, na realização do experimento e na explicação dos resultados,
mesmo que, em muitos deles, a qualidade da imagem e do áudio
não tenham ficado excelentes, mas houve o cumprimento do de-
safio que foi a eles posto. Conclusões – os educandos tornaram-se
os autores do próprio conhecimento, pois buscaram fontes de pes-
quisa, produziram materiais e tiraram conclusões próprias sobre
os assuntos que trabalharam. Os resultados obtidos permitem con-
cluir que trabalhar com mostra pedagógica na disciplina Química
é muito bom para o conhecimento do educando, e é possível pra-
ticá-la mesmo de forma remota, posto que há a promoção de uma
aprendizagem mais significativa e autônoma.
Palavras-chave: Química, Mostra, Aprendizagem.

147. 147
Figura 1 – Drive de armazenamento
dos vídeos.
Figura 2 – Experimento realizado por aluno.
REFERÊNCIA
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. Cortez: São
Paulo, 2007.
SOBRE O AUTOR
Danilo Sousa Oliveira, nascido em
02/09/1992, na cidade de Altamira-PA,
formou-se em Licenciatura em Química,
pela Universidade do Estado do Amapá,
em 2013. Atualmente, é professor da Es-
cola Estadual Dr. José Milton Bandeira.

149. 149
DO LIXO AO LUXO: USANDO A CRIATIVIDADE
PARA TRANSFORMAR MATERIAIS RECICLÁVEIS
EM BRINQUEDOS INFANTIS
Escola Estadual Professora Ondina de Paula Ribeiro
Ensino Médio – 1.ª e 3.ª série
Desirée Alves Salignac de Souza Lopes
[email protected]
Introdução – O ensino da Matemática em nossas escolas ain-
da é considerado um “bicho de sete cabeças” para grande parte
dos estudantes. Pela deficiência na aprendizagem, na base ou no
decorrer da vida escolar, muitos destes chegam ao Ensino Médio
com grande defasagem e, muitas vezes, acabam por criar um blo-
queio ou aversão maior pela disciplina. Especialmente nos três
últimos anos, com o aparecimento da pandemia do novo coro-
navírus, o que já encaravam como difícil ganhou novas porções
de complexidade. Diante dessa problemática, ao professor coube
o desafio de desenvolver práticas inovadoras que despertem mais
interesse nos discentes. Objetivo – Utilizar materiais recicláveis
para a confecção de brinquedos lúdicos de modo a serem aprovei-
tados pelos próprios estudantes e doados a crianças. Materiais e
Método – A realização do projeto se deu no primeiro trimestre de
2021. Procuramos envolver todos os estudantes da 1.ª e 3.ª série
do Ensino Médio. Como o seu desenvolvimento foi todo realizado
no período de aulas não presenciais, com os estudantes em toda
orientação se deu pelo WhatsApp e Google Meet. Aos estudantes
apresentou-se um cronograma, para o seu desenvolvimento. Este
se deu em conformidade com a Proposta Curricular do Ensino Mé-
dio e com a Base Nacional Comum Curricular, no que tange ao

150. 150
Novo Ensino Médio, fazendo do estudante elemento ativo da sua
aprendizagem. Na primeira etapa, apresentou-se resumidamente
o projeto, com bibliografias, sites e links de vídeos do YouTube,
para servirem de base. Na segunda etapa, dentro de cada turma
realizou-se a divisão dos grupos por ações para recolhimento e
confecção de materiais, produção e edição de fotos e vídeos, apre-
sentação do trabalho (Figura 1). A terceira etapa era operacional,
consistiu na confecção dos materiais, sendo estes apresentados
aos representantes da turma e à professora, para verificação e aná-
lise de conformidade com a proposta (Figura 2). Na quarta etapa
ocorreu a edição e produção de vídeos, além dos ensaios para a
culminância do evento. A quinta etapa culminou, justamente, no
grande dia do evento, realizado via Google Meet, que, por ter ca-
pacidade limitada de participantes, foi desmembrada em dois mo-
mentos, no dia 7 de maio de 2021. Resultados – No dia 7 de maio
de 2021, foi realizada a culminância do projeto, alusiva ao Dia da
Matemática (06/05). Estudantes mostraram-se seguros, convictos e
firmes em suas apresentações, com fotos e vídeos muito bem pro-
duzidos e editados. E, principalmente, brinquedos, porta-canetas e
acessórios muito criativos, produzidos com esmero e criatividade.
Com este projeto, os estudantes passaram a se sensibilizar pela
importância de aproveitar materiais recicláveis, bem como lança-
ram mão de seus talentos para produzir objetos lúdicos, para uso
pessoal ou de terceiros. Conclusões – Os estudantes podem, sim,
ser protagonistas dentro da escola e na comunidade onde vivem.
Sensibilizaram-se com este projeto, ampliando a sua consciência
ambiental, influenciando, ainda, as pessoas com as quais convi-
vem. O resultado é importante para a sua formação, haja vista que
passam a ter uma visão diferenciada e uma postura consciente
para a conservação do espaço onde estão inseridos e para a pre-
servação do meio ambiente.
Palavras-chave: Aprendizagem, Reciclagem, Lúdico.

151. 151
Figura 1 – Materiais recolhidos para con-
fecção dos brinquedos.
Figura 2 – Brinquedo confeccionado
com material reciclado.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília: MEC, 2017.
SOBRE A AUTORA
Desirée Alves Salignac de Souza Lopes
nasceu em 25 de junho de 1975, na ci-
dade de Manaus – Amazonas. Formada
no ano de 2003, em Matemática, pela
Universidade Federal do Amazonas
(Ufam), pertence ao quadro de servido-
res da Secretaria de Educação e Despor-
to, desde 2005, e ao da Secretaria Muni-
cipal de Educação, desde 2006.

153. 153
CONTOS DA QUARENTENA: UM ESTÍMULO À
FORMAÇÃO DE LEITORES E ESCRITORES
Escola Estadual Antonio Nunez Jimenez
Ensino Médio- 1.ª e 2.ª série
Elane Figueiredo da Silva
[email protected]
Introdução – A leitura é uma das atividades de maior im-
portância para a formação do estudante e, portanto, a escola
tem o papel fundamental de promover o seu acesso e à escrita,
que são competências e habilidades que podem e devem ser
desenvolvidas e aprimoradas na sala de aula. O interesse que
originou o projeto foi a preocupação com nossos estudantes,
porque observamos que a maioria deles chega ao 1.º ano do
Ensino Médio com pouco interesse por ambas as práticas. Daí
a importância de a escola privilegiar o texto e oferecer aos es-
tudantes estímulos, para que sejam transformados em leitores e
escritores. Dessa forma, é preciso despertar em nossos educan-
dos, com o auxílio de novas abordagens e práticas de leitura
em sala de aula, a vontade de ler, não apenas decifrando o que
está sendo lido, mas interagindo de maneira mais efetiva na
sociedade à qual pertencemos. Por isso, ao longo de sua vida
escolar, é importante que os jovens entrem em contato com a
leitura e escrita de contos, que são “[...] uma das formas mais
universais de transmissão cultural, registrando, entre outras coi-
sas, [...] valores, costumes [...]” (D’ONOFRIO, 2007), fato que
pode justificar nosso projeto. Isso posto, a escolha do gênero
discursivo conto e a temática sobre a vivência dos estudantes na
quarentena é uma das possibilidades que visam chegar à forma-

154. 154
ção de leitores e escritores, além de ser utilizada como recurso
didático-pedagógico para o incentivo. Objetivo – Proporcionar
o contato com o gênero discursivo conto, a fim de que os dis-
centes possam se tornar leitores-escritores autônomos, críticos
e conscientes dos problemas que ocorrem na sociedade, bem
como despertar, ao longo do projeto, o gosto e o prazer pela
leitura e escrita. Materiais e Método – Segundo Lajolo (1999),
as pessoas leem para entender o mundo, para que, assim, vivam
melhor. E essa busca pelo entendimento do mundo, ou seja,
pela leitura, “pode e deve começar na escola, mas não pode
(nem costuma) terminar nela” (LAJOLO,1999). Dessa forma, a
escola deve estimular os estudantes a apreciarem a leitura e a
buscarem, não só nas obras literárias, mas em qualquer outro
texto, a resposta para as dúvidas que circundam o seu dia a dia.
Por isso, optou-se pelo gênero conto, na realização do proje-
to, por ser um texto pouco extenso, possibilitando um trabalho
com a leitura em sala de aula, além disso, por apresentar uma
linguagem direta, objetiva e de fácil compreensão e não apre-
sentar compromisso com a realidade. Após a observação dessas
características, acreditamos que tal gênero pode despertar no
estudante o gosto e o prazer pela leitura e escrita. O projeto
consistiu numa pesquisa qualitativa, que buscou utilizar prá-
ticas leitoras e de produção textual, contemplando o gênero
discursivo conto, em cinco turmas de 1.º ano e numa de 2.º
ano do Ensino Médio, visando a produção textual sobre fatos
vivenciados pelos estudantes na quarentena. Na primeira eta-
pa, fez-se um levantamento acerca dos conhecimentos prévios
dos estudantes. Resgatamos os saberes sobre os elementos da
narrativa (narrador, personagens, enredo, espaço, tempo), que
eles já haviam estudado, desde o início do ano, nas aulas re-
motas. Na segunda etapa, apresentou-se a eles o gênero conto,
sua estrutura e características, por meio de uma aula expositiva.
Na terceira etapa, os estudantes tiveram contato com a obra
“Contos” (ASSIS, 2014), disponibilizada pela escola. Para o pri-

155. 155
meiro dia de leitura, o conto “Missa do Galo”foi selecionado.
A leitura foi, antes, individual, em seguida, também coletiva. A
partir daí, proporcionamos aos estudantes uma discussão que
girou em torno destas indagações: que fato move o enredo do
conto? Quais são os personagens? Como nele se apresentam
o tempo e o espaço? O narrador participa da história? O que
você achou do desfecho? Apresentamo-las estimulando a expo-
sição oral das diferentes opiniões. Na quarta etapa, foram en-
viados aos grupos de WhatsApp dos estudantes, outros contos
do mesmo autor, em PDF, para que os tivessem acesso à leitura
também em casa, já que, desde o início do ano letivo, estavam
em ensino remoto e, a partir de junho, em ensino híbrido. Na
quinta etapa, pediu-se que levassem para a sala de aula contos
de outros autores e de outros tipos (realista; de fadas, de terror,
de humor, fantásticos, psicológicos), para que, assim, os anali-
sassem. Na sexta etapa, solicitou-se a produção de um conto
sobre os fatos vividos e presenciados na quarentena. Resultados
– Os resultados indicaram que as atividades planejadas, dentro
e fora da sala de aula, foram bem-sucedidas, pois auxiliaram os
estudantes a compreenderem melhor a estrutura e as caracterís-
ticas do gênero discursivo conto, além de contribuírem signi-
ficativamente para a formação de leitores e escritores. A partir
do projeto, que está em andamento (com duração até o mês de
setembro), percebeu-se que os estudantes tiveram um interesse
maior pela leitura (Figura 1) e uma boa participação nas discus-
sões exercidas em sala, o que foi extremamente positivo. O pro-
jeto possibilitou que eles ficassem livres para criar, dando-lhes
a oportunidade de se expressarem por meio da escrita (Figura
2) e, ao mesmo tempo, criarem gosto pela leitura, nosso propó-
sito em cada intervenção. Apesar de ainda estarmos no ensino
híbrido e de nem todos frequentarem escola presencialmente,
devido à pandemia, o resultado foi bastante satisfatório. Con-
clusões – Com a realização do projeto, foi possível perceber a
relação dos estudantes com o gênero conto. Eles o viam como

156. 156
um texto qualquer e não tinham o conhecimento acerca de suas
possibilidades, características e funções. Com o trabalho reali-
zado, tiveram a oportunidade de conhecê-lo de fato. Além da
aprendizagem significativa obtida, notou-se que os contos po-
dem servir como grande instrumento na formação de leitores
e escritores. Diante disso, é necessário que vejamos a leitura
e a escrita com um olhar diferente, repensemos nossas práti-
cas pedagógicas, buscando novas alternativas, que despertem
o interesse e o gosto, gradativamente, dos discentes, de modo
a escolherem, também, suas próprias leituras, participando da
sociedade onde vivem.
Palavras-chave: Formação de Leitores, Formação de Escritores,
Conto.
Figura 1 – Leitura dos contos

157. 157
Figura 2 – Criação dos seus próprios contos
REFERÊNCIAS
ASSIS, M. Contos. 2..ª ed. Manaus: Valer, 2014.
D’ONOFRIO, S. Forma e sentido do texto literário. São Paulo:
Ática, 2007.
LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. 4. ed.
. São Paulo: Ática, 1999
SOBRE A AUTORA
Elane Figueiredo da Silva nasceu em 2
de janeiro de 1979, na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em Letras – Lín-
gua e Literatura Portuguesa na Universi-
dade Federal do Amazonas (Ufam). É
pós-graduada em Revisão de Texto, pela
Faculdade Unyleya. É professora efetiva
da Secretaria de Estado de Educação do
Amazonas (Seduc-AM), desde 2014.

159. 159
O ESPORTE E INCLUSÃO: O ESPORTE ADAPTADO
COMO FATOR DE INCLUSÃO SOCIAL PARA PESSOAS
COM NECESSIDADES ESPECIAIS
Escola Estadual Dorval Porto
Ensino Médio – 2.ª série
Wanderley dos Santos Araújo
[email protected]
Introdução – Nesse projeto, propomos inserir, no caderno
digital, as modalidades: vôlei sentado, bocha, judô, atletismo e
futebol de cinco, promovendo a interação da escola, estudantes
e família, por meio de um olhar crítico, reflexivo e humanizador,
versando sobre a importância do esporte e inclusão no ambien-
te escolar. Segundo dados do Censo Demográfico, levantados em
2010, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o número
da população com deficiência chega a 24%. Diante disso, faz-se
necessário identificar metodologias de ensino e aprendizagem que
consigam incluir pessoas com necessidades especiais em práticas
que contribuam para o seu desenvolvimento integral. Este estudo
tem como público alvo estudantes da Educação Básica, especifica-
mente os que cursam a 2.ª série do Ensino Médio. A participação
de pessoas com necessidades especiais em eventos no Brasil e no
mundo vem se ampliando. Por serem um elemento ímpar no pro-
cesso de inclusão, as atividades físicas e esportivas, competitivas
ou não, devem ser orientadas e estimuladas, visando, com isso,
possibilitar aos portadores de necessidades especiais o alcance
dos benefícios que tais atividades podem oferecer. Objetivo – Pro-
duzir um instrumento pedagógico norteador da prática pedagógi-
ca dos docentes, em diferentes áreas, especificamente, na Educa-

160. 160
ção Física, em formato de caderno digital, com a temática esporte,
como fator de inclusão social e promotor de alternativas para a sua
prática no ambiente escolar. Materiais e Método – Participaram
da criação do caderno digital o professor orientador do projeto e
seis estudantes da Escola Dorval Porto, de ambos os sexos, com
idades entre 15 e 18 anos. As etapas foram organizadas em se-
ções. Na primeira delas, aconteceu a apresentação da proposta
inicial do projeto para os estudantes participantes, com a intenção
de aproximá-los do debate sobre esporte e inclusão, para, assim,
realizarem adequações na proposta final acerca da produção do
caderno digital. Na segunda seção, o projeto limitou-se em coletar
dados sobre os esportes adaptados, que, atualmente, são aplicados
nas escolas de Manaus-AM, em específico, na coordenadoria II da
Secretaria de Estado de Educação e Desporto. Na terceira seção, o
projeto buscou selecionar e organizar materiais necessários para
debates teóricos, vivências, experiências e aproximações sobre os
esportes adaptados, utilizados como referência para o desenvolvi-
mento do projeto. Na quarta, definiu-se a seleção das modalidades
incluídas no caderno digital e os materiais alternativos utilizados
em cada uma. As modalidades escolhidas foram: vôlei sentado,
bocha, judô, atletismo e futebol de cinco. A escolha levou em con-
sideração um estudo de viabilidade de espaço físico e materiais da
Escola Dorval Porto. Na quinta, ocorreu a construção do caderno
digital, com as modalidades esportivas escolhidas, que servirá de
apoio pedagógico para docentes das diferentes áreas. Na sexta, o
levantamento final dos resultados obtidos, para elaboração do re-
latório do projeto. Resultados – Percebeu-se que o caderno digital
pode ser um instrumento pedagógico que auxilia o docente no
processo de ensino-aprendizagem, além de apontar possibilidades
de trabalho com os esportes adaptados para pessoas com necessi-
dades especiais, entretanto, o estudo também apresentou algumas
limitações, relacionadas ao espaço físico e à disponibilidade de
materiais na escola. Como resultado final, aponta-se que a criação
do caderno digital voltado a esportes adaptados é de extrema re-

161. 161
levância para a inserção das pessoas com necessidades especiais
na prática esportiva. O estudo também demonstrou que estudantes
e docentes se engajaram em tal iniciativa. Os resultados estão de
acordo com os objetivos estabelecidos e, com isso, demonstram
que o esporte adaptado amplia as possibilidades de reintegração
social, minimizando os problemas decorrentes do isolamento so-
cial enfrentado por essa parcela da população. Kunz (2004) apon-
ta que a televisão assume o papel de transmitir o esporte de forma
“correta”. O esporte que passa na TV, na grande maioria das vezes,
não se destina às pessoas com necessidades especiais, então, o
risco de baixa participação na comunidade escolar é outra proble-
mática aqui elencada, pois a escola está sob constante influência
da mídia. A atividade física, nos seus variados tipos de manifes-
tação (dança, esporte, ginástica, jogo e luta), tem sido indicada
como meio de vivenciar sensações de bem-estar geral e contribui
para a diminuição da ansiedade e depressão, com melhoria das
funções cognitivas, autoconceito, autoimagem, autoestima e auto-
confiança das pessoas. (SANTIAGO et al, 2005). Conclusões – O
caderno digital é um instrumento pedagógico inovador, serve de
suporte para docentes das diferentes áreas de ensino, para expo-
sição dos esportes que possibilitam a inclusão social e ampliação
das alternativas docente no ambiente escolar. Contribui reitere-se,
para as mudanças no cenário de exclusão de pessoas com neces-
sidades especiais, que marcou o início da educação formal no Bra-
sil. Vale ressaltar que os jogos interclasse ocorrem na maioria das
escolas, são aplicados em diversos espaços escolares e, na grande
maioria, não inserem os estudantes com necessidades especiais,
enquanto isso, os festivais de esportes adaptados são, no ambiente
escolar, esquecidos. As conclusões do projeto foram satisfatórios e
atingiram não só o interior das escolas, mas foram além delas, dis-
seminando ações inclusivas e respeitosas, para que todos os estu-
dantes possam, um dia, ter acesso às diferentes práticas esportivas
construídas historicamente e desenvolvidas pelo conjunto de seres
humanos. No esporte e na Educação Física, busca-se detectar as

162. 162
potencialidades dos estudantes, atletas ou reabilitados, e desen-
volvê-las, quebrando visões deturpadas que consideram os porta-
dores de necessidades especiais um problema para a sociedade.
Palavras-chave: Inclusão, Esporte Adaptado, Caderno Digital.
Figura 1 – Reunião com alunos. Figura 2 – Construção do caderno
digital.
REFERÊNCIAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia. Censo Demográfico de
2020 e o mapeamento das pessoas com deficiência no Brasil. Pu-
blicado no ano de 2019. Disponível em https://www2.camara.leg.
br/atividade- legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cpd/ar-
quivos/cinthia-ministerio-da-saude. Acesso em 1 de abril de 2021.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. 7 ed.
Ijui, SC: UNIJUI, 2004.
SANTIAGO, A. L. S. P.; SOUZA, M. T.; FLORINDO, A. A. Com-
paração da percepção da auto-imagem de pessoas portadoras de
deficiência física praticantes de natação. Revista Digital. Buenos
Aires, v. 10, n.º 89, Oct. 2005.

163. 163
SOBRE O AUTOR
Wanderley dos Santos Araújo, natural da
cidade de Abaetetuba-PA, formou-se em
2016, na Universidade do Estado do
Pará, no curso de Licenciatura Plena em
Educação Física. É especialista em Peda-
gogia da Cultura Corporal, pela Univer-
sidade do Estado do Pará. Atualmente,
cursa mestrado em Educação, na Uni-
versidade Luterana do Brasil. É servidor público da Seduc/AM. No
período de graduação, participou do Programa Institucional de
Bolsas de Iniciação à Docência, de eventos científicos e da cons-
trução do livro “Ensino e Didática da Perspectiva Crítica na Educa-
ção Física e no Esporte”, escrevendo o capítulo: O trato com o
conhecimento de esporte na Educação Física escolar: limites, con-
tradições e possibilidades.

165. 165
PROJETO ESTUDANTE ATLETA
Escola Estadual Dr. José Milton Bandeira
Ensino Médio – 1.ª série
Handerson Moreira do Nascimento
[email protected]
Introdução – O presente projeto tem como diretiva principal
fundamentar a utilização da modalidade de Judô como desporto
educacional, seus benefícios e suas particularidades como fer-
ramenta na orientação e desenvolvimento do ser humano, em
todos os seus aspectos. O movimento, forma de interação do ho-
mem com o meio ambiente, possibilita um manancial inesgotá-
vel de possibilidades na formação global de nossos estudantes,
portanto, facilitar o acesso ao desporto, atrelado ao rendimento
escolar, pode propiciar um salto considerável na qualidade do
ensino oferecido e obtido nas escolas da rede municipal de Edu-
cação. É importante, também, lembrar que investir em desporto
é investir em saúde preventiva, economizar em saúde pública,
combater a violência e o consumo de drogas entorpecentes e,
principalmente, apoiar a Educação. Objetivo – Ampliar o ofereci-
mento da modalidade desportiva do Judô às comunidades escolares
das gerências distritais, de forma racional e planejada, objetivando o
rendimento escolar, interagindo prática e teoria acadêmicas no de-
senvolvimento geral do indivíduo, transformando-o em autônomo,
entretanto, comprometido com a coletividade, colaborador direto
de um IDH cada vez melhor para a comunidade. Materiais e Mé-
todo – O desporto se apresenta como uma prática altamente sa-
lutar, desde que bem aplicada e planejada. Na ampliação JUDÔ
Seduc, sua prática se daria na E.E. Dr. José Milton Bandeira. A uti-

166. 166
lização do Judô no conteúdo das aulas de Educação Física, bem
como a utilização de seus implementos, aumentará a bagagem
motora dos estudantes matriculados. A programação das aulas e
o planejamento bimestral das atividades, se de forma harmoniosa
à prática da Educação Física escolar, introduzida em seu conteú-
do e enriquecida por meio de reuniões, de troca de experiências
e de conhecimentos entre o professor responsável pelo núcleo
e o professor de Educação Física da escola atendida, auxiliarão
o processo. Na E.E. Dr. José Milton Bandeira, a modalidade será
aplicada, o horário de funcionamento deverá ser o contraturnos,
visando atender aos estudantes dos turnos matutino e vespertino.
Por outro lado, a utilização das quadras à noite tem a facilida-
de de apresentar uma temperatura mais amena e não entrar em
conflito quem mais queira estar no espaço da Educação Física
escolar. Dessa maneira, às segundas, quartas e sextas-feiras, os
estudantes, possuindo até 16 anos de idade foram atendidos em
dois horários, de 18:00 às 19:00h. Os estudantes apresentaram
bimestralmente uma declaração contendo as notas obtidas na es-
cola. Serão afastados até recuperação aqueles que não obtiverem
aprovação em todas as notas das disciplinas que estão cursando.
Na E.E. Dr José Milton Bandeira, as aulas deverão ser ministra-
das no turno vespertino, devido à dificuldade de deslocamento
dos estudantes dos ramais para a escola no turno noturno e à
facilidade de utilização do transporte escolar para o retorno dos
mesmos. Resultados – Justificam-se pelos benefícios motores e
orgânicos, comprovadamente, desenvolvidos pelas modalida-
des: o aumento da força, a melhoria da coordenação motora, da
flexibilidade, do equilíbrio, da resistência aeróbia e anaeróbia,
todas indispensáveis para a promoção do bem-estar físico do in-
divíduo, principalmente no combate à obesidade, à diabetes, à
hipertensão arterial e ao sedentarismo. Para (GUEDES; GUEDES,
1995), há uma relação muito íntima entre os níveis de prática re-
gular da atividade física, os índices da chamada aptidão física e o
estado de saúde das pessoas, isto é, os três influenciam-se mutua-

167. 167
mente, garantindo uma qualidade de vida melhor ao indivíduo, e
o desenvolvimento de força é fundamental para a prevenção de
inaptidão física e lesões em idades mais avançadas. Em caráter
mais profundo (FLECK et al., 1999), preconizam que a força pode
ser trabalhada desde a infância, principalmente com atletas, vi-
sando a prevenção e a diminuição do risco de lesões durante a
vida competitiva e, até mesmo, depois dela. Por outro lado, é
fundamental que a prática salutar de modalidades desportivas
sirva para imbuir no indivíduo a consciência e a necessidade
da atividade física para a manutenção da qualidade de vida ao
longo de toda a sua existência e não apenas durante a juventude
(Tabela 1). Conclusões – O desporto é fonte reconhecida de
lazer, educação e desenvolvimento, portanto, negá-lo é abrir
mão de uma ferramenta poderosa de obtenção de uma juven-
tude melhor e mais compromissada com a sociedade, além de
possibilitar a integração dos nossos estudantes das zonas rurais
com os da zona urbana. Nossos jovens, até os 17 anos, já expe-
rimentaram algum tipo de tóxico, e um percentual considerável
vicia-se totalmente e, em grande parte das situações em que
isso ocorre, não conseguem se libertar, tornando-se um estor-
vo para a sociedade. Estamos, infelizmente, perdendo gradual-
mente a batalha contra as instituições paralelas de tráfico de
drogas, por não termos o apoio financeiro e estrutural que as
mesmas poderiam oferecer aos nossos atletas, e vemos quase
combalida uma geração de talentos e de futuros “ex-cidadãos”
perderem-se para o destino duvidoso dos tóxicos e da violência
social. Desse modo, podemos supor que é muito mais barato
e rentável investir em programas preventivos desportivos, que
auxiliem o menor nessa batalha, para evitar que, tardiamente,
se gaste em programas de reabilitação com o menor infrator, vi-
ciado e desvirtuado pelo submundo altamente rentável, corro-
sivo e corruptor do crime. Apresentamos, portanto, a ampliação
deste Projeto como continuação de um trabalho bem realizado,
totalmente de mãos dadas com a Seduc-AM, visando a utiliza-

168. 168
ção do desporto no resgate, perante os nossos jovens, dos valo-
res promovidos pelas suas práxis.
Palavras-chave: Desporto, Judô, Aprendizagem.
Tabela 1 – Inscrição e participação das práticas de judô
Série/Turma Novos
estu-
dan-
tes
Estudan-
tes com
15 anos
Estudantes que sentiram melho-
ras comportamentais e físicas.
1.ª série 1 25 25 22
1.ª série 2 22 22 21
Total 47 47 43
Dados da E. E. Dr. José Milton Bandeira, apenas para fins ilustrativos acerca da partici-
pação e resposta aos estímulos de superação social e melhoria comportamental.
REFERÊNCIAS
GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. Exercício físico na promoção da
saúde. Londrina: Midiograf, 1995.
FLECK, M. P. A.; LEAL, O. F.; LOUZADA, S. Aplicação da versão
em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida
da OMS (WHOQOL-100). Revista de Saúde Pública v. 33, n.º 2,
p. 198-205, 1999.

169. 169
SOBRE O AUTOR
Handerson Moreira do Nascimento,
nascido em 09/02/1987, na cidade de
Manaus-AM, formando em Licenciatura
em Educação Física, pela faculdade Las
Sale-AM em 2010, trabalha com judô há
mais de 15 anos. Filiado faixa preta pela
Fejama – Federação de Judô do Amazo-
nas e atua em um projeto de judô na
academia HNJ de judô. Com funcional em todas as atividades,
leciona, ainda, natação particular e hidroginástica, np Instituto Fi-
lippo Smaldone, e com crianças especiais, no mesmo local. Exerce
o cargo de gestor administrativo da E.E Prof. Ruth Prestes Gonçal-
ves (aldeia do conhecimento), já tendo assumido a APMC de uma
escola, trabalhado como personal trainer e instrutor de academia
de musculação.

171. 171
PROJETO ESFERA PÚBLICA NA ESCOLA
Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue
Professora Jacimar da Silva Gama
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Jonathan Felix Ribeiro Lopes
[email protected]
Introdução – O projeto surgiu da necessidade de se aprofun-
dar os conhecimentos dos jovens sobre a política, assim como seu
engajamento na res publica, isto é, na “coisa pública”. A literatura
especializada (RIQUE et al., 2009; CARRANO, 2012) demonstra
que a participação política dos jovens é baixa e, quando existente,
tem nível de conhecimento insuficiente sobre o sistema político,
sendo facilmente manipulável pelos meios de comunicação e re-
des sociais (BARROS, 2018). A manipulação de informações, no-
tadamente sobre política, é hoje um fenômeno reconhecido glo-
balmente (BRADSHAW; HOWARD, 2018), que afeta de forma
direta a vida pública e sociopolítica em nível local, nacional e in-
ternacional. Isso é particularmente relevante para estudantes da
rede pública, uma vez que possuem nível de renda mais baixo e
necessitam mais diretamente dos serviços disponibilizados pelo
Estado. É diante desse quadro que o projeto se propôs a desenvol-
ver ações educacionais para aumentar o conhecimento e o enga-
jamento político, considerando o público jovem, suas linguagens
e formas de comunicação. Objetivo – Identificar ações eficazes de
engajamento para ampliar a participação política de jovens do En-
sino Médio. Materiais e Método – Foi utilizada a metodologia da
pesquisa-ação, que é considerada um tipo de pesquisa participati-
va, que ocorre “quando houver realmente uma ação por parte das

172. 172
pessoas ou grupos implicados no problema sob observação”
(THIOLLENT, 1986). Para o desenvolvimento da pesquisa-ação era
necessário identificar o grau de conhecimento e de engajamento
dos jovens da escola em relação à política. Foi desenvolvido um
questionário com 50 questões, tabulado no Google Forms e apli-
cado pelas alunas bolsistas ao corpo discente da escola, utilizando
os celulares. Junto a esse processo, as alunas bolsistas iniciaram
um processo de estudo dirigido sobre aspectos centrais da política
institucional, com foco no âmbito municipal, que eram discutidos
semanalmente na biblioteca da escola. Também tiveram que de-
senvolver uma política pública, processo no qual puderam convi-
dar colegas, formando grupos de debate e estudo, iniciando com a
fase de diagnóstico, na qual os estudantes perguntaram aos seus
círculos sociais quais as demandas da cidade. Após essa etapa,
cada grupo teve que escolher um ou dois temas para desenvolver
sua proposta de política pública, sob a forma de um Projeto de Lei
do Legislativo Municipal. Todas as propostas foram apresentadas
perante o corpo discente da escola durante o Dia da Cidadania,
ocorrido em novembro de 2021. Isso é coerente com o método
adotado, pois conforme Thiollent (1986), “na pesquisa-ação os
pesquisadores desempenham um papel ativo no equacionamento
dos problemas encontrados, no acompanhamento e na avaliação
das ações desencadeadas em função dos problemas”. Esse tema é
imediatamente associado ao problema prático: como aumentar a
participação política de jovens? O problema de pesquisa, que de-
corre do problema prático, “diz respeito à relação entre dois ele-
mentos explicativos concorrentes do mesmo fato” (THIOLLENT,
1986). Dessa forma, é preciso perguntar: quais razões explicam a
baixa participação política de jovens do Ensino Médio? Na pesqui-
sa-ação, a aprendizagem está associada ao próprio processo de
investigação, isso porque todo processo de elaboração das propos-
tas de políticas públicas é o universo do jovem que se expressa. É
ele quem conhece os problemas e as situações que está vivendo,
ainda que não domine o conhecimento formal para organizar o

173. 173
diagnóstico e apresentar soluções. A partir da interação entre esses
saberes, formal e informal, que se obtém os resultados práticos. A
busca por soluções para problemas concretos orienta a leitura e a
busca de informações corretas. Aqui, o importante é que o jovem
consiga estabelecer a relação entre o saber formal e o informal
para construção de propostas e aprimoramento dos próprios co-
nhecimentos sobre o sistema político brasileiro, afastando-se de
noções limitadas e nocivas advindas do senso comum em relação
à política e à participação política. A consagração dessa ação foi a
apresentação dos projetos de políticas públicas aos colegas dis-
centes. A apresentação ocorreu em evento na própria escola, em
espaço aberto, considerando as especificidades do ano. Para isso,
foram necessários datashow, telas adaptadas, mesas, microfones e
equipamentos de som, todos gentilmente cedidos pela escola para
realização do Dia da Cidadania. Resultados – O Dia da Cidadania
teve uma ampla preparação prévia, pois, além das apresentações,
foram promovidos jogos sobre política, desenvolvidos pelo fast
food da política, plataforma especializada em jogos didáticos so-
bre o tema. Os materiais foram impressos na própria escola. Os
jogos utilizados foram: jogo das vozes; quem pode, pode; (De)
bate boca; batalha eleitoral e trilha do voto. Além dessa ação, tam-
bém foram elaboradas duas páginas em redes sociais; no TikTok e
no Instagram. O Instagram trabalha com imagens, sequência de
imagens e textos, o TikTok trabalha diretamente com vídeos de
curtíssima duração. No desenvolvimento dos conteúdos decorreu
o processo de aprendizagem, gerando um impacto acima do espe-
rado pelo projeto. Ao longo dos cinco meses de pesquisa realiza-
mos um survey, entre setembro e outubro, o qual obteve 137 res-
postas. Em agosto, junto às bolsistas, iniciamos o processo de
estudos para conhecer melhor o sistema político brasileiro, o regi-
me federativo e, principalmente, o processo de tramitação e exe-
cução de políticas públicas municipais. Em novembro, após 4 me-
ses de estudos e encontros semanais, cada bolsista desenvolveu e
apresentou um projeto próprio de política pública municipal pe-

174. 174
rante assembleia, no evento intitulado Dia da Cidadania, realizado
na própria escola, nos dias 11 e 12. O laboratório criou páginas no
Instagram e TikTok, intituladas “Explicando a política”. Ao final do
projeto, foram cumpridas todas as atividades esperadas e executar
algumas mais. Foi executada a pesquisa exploratória com o corpo
discente, obtendo 137 respostas. Além da produção e apresenta-
ção das propostas de políticas públicas, na forma de projetos de
lei, também foi produzido um jogo de tabuleiro e utilizados dida-
ticamente outros. Ao serem perguntados se participavam de algu-
ma forma da vida política, em uma escala de 1 (baixa correspon-
dência) a 5 (alta correspondência), Escala Lickert, 62,8% dos
jovens responderam 1, e apenas 2,2% responderam 5. Ao serem
perguntados se gostariam de participar de alguma organização po-
lítica, 70,1% responderam que não. Com relação ao nível de co-
nhecimento, as respostas seguem no mesmo sentido. Além disso,
os entrevistados reconhecem ter pouco conhecimento sobre o sis-
tema político; apenas 2,9% disseram conhecer o bem o sistema
político brasileiro, enquanto a maioria atribuiu 3, isto é, conheci-
mento moderado (37,2%). Todavia, ao serem perguntados sobre
aspectos específicos do sistema político, as respostas indicam uma
percepção ainda mais baixa. Por exemplo, ao serem questionados
sobre os próprios conhecimentos das atribuições do executivo mu-
nicipal, 41,6% atribuíram 1 e apenas 2,2%, atribuíram 5. Uma das
perguntas pedia para que os estudantes apontassem quais ações
poderiam estimular o conhecimento e o engajamento sobre a po-
lítica e revelaram um aspecto importante em relação ao objetivo
principal. Em primeiro lugar, os estudantes apontaram grupos de
debate, em segundo, aulas de sociologia. Isso aponta para impor-
tância da disciplina para cumprimento do art. 205 da Constituição
Federal, ao mencionar que a educação visa o preparo do indivíduo
“para o exercício da cidadania”. Esse diagnóstico fez com que fos-
sem utilizados outros instrumentos de intervenção, além da elabo-
ração, por parte dos bolsistas e suas equipes, de propostas de polí-
ticas públicas. Para promover o debate, foi utilizado o jogo (De)

175. 175
bate Boca, do fast food da política, estimulando os estudantes a
refletirem e debateram sobre assuntos de interesse público. Tam-
bém foram criados dois perfis em redes sociais, com o nome @
explicandoapolitica, nos quais as alunas bolsistas, junto às suas
equipes, produziram conteúdo para o Instagram e o TikTok. É im-
portante mencionar que a iniciativa partiu das próprias bolsistas e
teve um resultado maior do que o esperado. Até o momento, o
último vídeo no TikTok teve 1179 visualizações; o perfil soma 566
curtidas e 62 seguidores. Conclusões – Foram diagnosticadas algu-
mas ações que podem estimular o conhecimento e o engajamento
dos jovens pela política, em destaque a formação de grupos de
debate. A noção de democracia deliberativa de Habermas é base
do diálogo e do desenvolvimento da comunicação. Esse é um
apontamento fundamental para o futuro, no desenvolvimento de
metodologias adequadas ao aprendizado sobre a política. Sobre o
aspecto das aulas de Sociologia, é importante salientar a aceitação
da disciplina, por envolver questões além do âmbito do projeto.
Percebeu-se que estimular os estudantes a refletirem sobre a pró-
pria realidade é um passo importante para propor soluções, ao
mesmo tempo em que orienta os estudos sobre os assuntos. A pro-
dução de conteúdo para as redes sociais também se mostra eficaz,
contanto que respeitada sua linguagem e formas de comunicação.
O uso de métodos lúdicos, como jogos de tabuleiro, também ge-
rou resultados positivos, estimulando os estudantes a participarem
das ações.
Palavras-chave: Jogos, Lúdico, Aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BARROS, A. T. Juventude e poder político local: a percepção e
o discurso de jovens sobre as eleições municipais de 2016. Soc.
estado., Brasília, v. 33, n.º 3, p. 849-886, dez. 2018;

176. 176
BRADSHAW, S.; HOWARD, P. N. The global organization of social
media disinformation campaigns. Journal of international affairs,
v. 71, n.º 15, 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Centro Gráfico, 1988.
CARRANO, P. A participação social e política de jovens no Brasil:
considerações sobre estudos recentes. O Social em Questão, v. 27,
p. 83-99, 2012.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cor-
tez: autores associados, 1986.
RIQUE, J.; LIMA, T. J. S.; NÓBREGA, C. B.; ANDRADE, C. C. M.;
ALENCAR, C. C. G. Questões sociais e engajamento dos jovens
na vida sociopolítica. Gerais, Rev. Interinst. Psicol. v. 2, n.º 2, pp.
141-150, 2009.
SOBRE O AUTOR
Jonathan Felix Ribeiro Lopes nasceu em
16 de julho de 1987, no Rio de Janeiro-
-RJ, e graduou-se em Ciências Sociais na
Fundação Getúlio Vargas. Mestre em
Administração Pública pela Fundação
Getúlio Vargas. Doutor em Geografia
pela Universidade de Lisboa, Portugal.
Atualmente, atua como professor da Es-
cola Estadual de Tempo Integral Profes-
sora Jacimar da Silva Gama.

177. 177
USO CRÍTICO DE MÍDIAS DIGITAIS NA ESCOLA
Escola Estadual José Carlos Mestrinho
(Colégio Militar do Corpo de Bombeiros)
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Maurício Pinto de Oliveira
[email protected]
Introdução – O uso crescente da tecnologia na educação, e
pelos jovens em geral, traz novas questões que precisam ser traba-
lhadas em sala de aula, possibilitando a apropriação dos recursos
tecnológicos pelos estudantes, de forma a promover a inclusão di-
gital crítica e otimizar o uso dessas ferramentas por eles. A Geogra-
fia trata das transformações no espaço a partir da relação socieda-
de-natureza. Portanto, o estudo dos fluxos de comunicação e das
consequências da difusão de inovações tecnológicas está inserido
no escopo desse componente curricular. É importante que os estu-
dantes desenvolvam sua relação com a tecnologia de forma críti-
ca, em consonância com valores democráticos e inclusivos e com
a consciência dos impactos de ações virtuais na realidade. Objeti-
vo – Fomentar o uso crítico das mídias digitais na escola. Materiais
e Método – O trabalho foi desenvolvido em 10 etapas e foi traba-
lhado em 2 etapas por mês, totalizando 5 meses de projeto. Etapa
1: foram iniciadas as atividades apresentando os temas que serão
trabalhados durante o projeto: Cyberbullying, Fake News e análise
de notícias. As etapas do projeto foram explicadas brevemente,
bem como os temas propostos, questionando os estudantes o que
sabem sobre ele e direcionando e corrigindo possíveis problemas
de interpretação. Etapa 2: sistematização da pesquisa: essa aula
foi dedicada à orientação dos grupos na sistematização das infor-

178. 178
mações pesquisadas sobre a presença do tema cyberbullying em
documentos oficiais. Se possível, orientar os estudantes para que
as apresentações ocorram de forma digital. Caso não haja recursos
para isso, fornecer cartolinas e material para a produção de carta-
zes. Etapa 3: apresentação cyberbullying: As apresentações foram
breves, de forma que os quatros grupos puderam concluí-las nesta
aula. Foram elaboradas questões de forma a avaliar a apresenta-
ção do tema pelos estudantes, bem como estimular trocas entre
eles. Etapa 4 e 5: Fake News: foi retomado brevemente o conteúdo
das aulas anteriores e apresentado outro risco no uso das mídias
digitais: as Fake News, ou notícias falsas (Figura 1). As notícias po-
dem ser produzidas e divulgadas com diferentes propósitos. Etapa
6: contexto: Iniciar a aula com a exibição do discurso feito pela
a escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie em 2009, so-
bre ‘’O perigo da história única’’, Disponível em www.ted.com/
talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story/trans-
cript?language=pt. Etapa 7: elaboração de texto: foram separadas
as turmas em quatro grupos e foram entregues com informações
fictícias para cada grupo. As fichas possuíam uma lista de acon-
tecimentos e dois possíveis interessados na divulgação daquele
tema. A atividade consistia na produção da chamada (manchete)
e do texto de duas notícias para cada ficha, cada uma atendendo
aos interesses de um personagem indicado, relatando os aconteci-
mentos listados. Etapa 8 e 9: planejamento e desenvolvimento da
campanha: a atividade final foi planejada pelos próprios estudan-
tes, de maneira coletiva. É importante que trabalhe os temas cyber-
bullying e fake news, de maneira a conscientizar a comunidade
escolar e externa quanto às formas de se defender desses riscos no
uso das tecnologias digitais. Etapa 10: produção da campanha e
avaliação do projeto: esta aula deve ocorrer no momento de fina-
lização da campanha, e ser utilizada para tirar as últimas dúvidas
e lançar a campanha na escola. Também deve ser realizada uma
avaliação do projeto. Permitir que os estudantes opinem sobre as
atividades propostas, a participação deles e os temas escolhidos.

179. 179
Resultados – Os estudantes da escola onde foi desenvolvido esse
projeto passaram a valorizar e utilizar os conhecimentos historica-
mente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e co-
laborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
e inclusiva. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de
informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva
e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para
se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhe-
cimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na
vida pessoal e coletiva. Conclusões – Melhoria na relação dos es-
tudantes com o mundo virtual; melhoria das condições de saúde
dos participantes; melhoria no convívio e na integração social dos
participantes; melhoria no rendimento escolar dos estudantes en-
volvidos; que possam usar as mídias digitais de forma consciente
e crítica.
Palavras-chave: Educação, Mídias Digitais, Tecnologia
Figura 1 – Apresentação dos estudantes sobre Fake News e sua tipologia.

180. 180
REFERÊNCIA
Salto para o futuro – Educação em tempos de pós-verdade. Produ-
ção: TV Escola. Vídeo. Disponível em <https://tvescola.org.br/tve/
video/salto-para-o-futuro-educacao-em-tempos-de-pos-verdade>.
Acesso em 14 mar.,, 2020.
SOBRE O AUTOR
Maurício Pinto de Oliveira nasceu em
28 de agosto de 1984, na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em Licenciatura
Plena em Geografia na Universidade Fe-
deral do Amazonas – Ufam e em Peda-
gogia pelo Centro Universitário Leonar-
do da Vinci – Uniasselvi.
AGRADECIMENTOS
O presente projeto foi realizado com apoio da Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) em parceria
com a Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino
(Seduc), por meio do Programa Ciência na Escola.

181. 181
PROJETO SAPIÊNCIA: O USO DE INTERNET E
MODELOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS
Escola Estadual Professora Ondina de Paula Ribeiro
Ensino Médio – 2.ª série
Andreza Cristiana da Silva Pedroso
[email protected]
Fernando Sanches dos Santos Martins
[email protected]
Introdução – A sequência didática é uma ferramenta utiliza-
da como uma forma de conectar aulas, relacionando conteúdos
e seguindo uma sequência lógica. Zabala (1998) afirma que as
sequências didáticas são “um conjunto de atividades ordenadas,
estruturadas e articuladas para a realização de certos objetivos
educacionais, que têm um princípio e um fim conhecido tanto
pelos professores como pelos estudantes”. Essa sequência asso-
ciada à utilização de novas formas no processo de ensino como
o uso de tecnologia em sala de aula ainda é um problema devi-
do do uso da tecnologia para aprendizagem. Ainda é difícil para
os estudantes enxergarem a Internet como ferramenta para criar
conteúdo e aprender ao mesmo tempo, “portanto, é preciso que
o processo de ensino e aprendizagem seja contextualizado com o
momento tecnológico que estamos vivendo” (SILVA, 2016). Obje-
tivo – Demonstrar práticas que utilizem tecnologia e mídias para
o auxílio da construção de aulas em turmas do Ensino Médio, va-
lorizando o pensamento e a voz do estudante como ser participa-
tivo da construção do seu saber. Materiais e Método – O projeto
foi desenvolvido por intermédio da parceria Seduc/AM e UEA,
por meio do Programa Residência Pedagógica, e foi embasado

182. 182
como pesquisa básica estratégica, com abordagem qualitativa e
descritiva. A temática abordada envolveu os temas de genética,
evolução e química celular. A aplicação do projeto foi reali-
zada pelo residente Fernando Martins, envolvendo aulas com
utilização de tecnologias digitais e com auxílio de exercícios
de fixação. Pesquisas foram orientadas e corrigidas para monta-
gem do site, que foi criado e hospedado no servidor do Google
com afiliação da Universidade do Estado do Amazonas – UEA,
conforme a Figura 01. O site ficou on-line na mesma semana no
endereço https://sites.Google.com/uea.edu.br/projetosapiencia
com domínio Google/UEA. Todos os assuntos das aulas minis-
tradas foram disponibilizados no site para consulta, assim como
exercícios on-line sobre o assunto ministrado no dia. Práticas
de produção de modelos didáticos, com temática livre, foram
formas de abordagem do conteúdo. O podcast, com intuito
científico e educativo, possui uma bancada de apresentadores
formada por representantes de cada equipe. O podcast é uma
mídia de áudio, on-line ou offline, no qual o ouvinte pode fa-
zer o download de um episódio e realizar a audição ou fazer
a audição on-line, conforme a Figura 02. Os temas dos episó-
dios dos podcasts foram definidos com base nas curiosidades
dos estudantes, buscando a valorização do posicionamento do
estudante e da sua voz como participante ativo da construção
do seu conhecimento. Por meio de votação na turma, o nome
do podcast foi escolhido (Ciêncast). O mesmo foi gravado com
um episódio piloto para introduzir os participantes da bancada
composta pelo residente Fernando Martins e por três estudantes
da turma. Os episódios são hospedados em todas as plataformas
de streaming disponíveis em território nacional e algumas pla-
taformas internacionais. Dentre as principais, Spotify, Deezer,
CastBox, Google podcasts, Apple podcasts e Anchor. O podcast
pode ser encontrado no endereço https://msha.ke/sapienciapro-
jeto/. Resultados – Os resultados do questionário exploratório
evidenciaram que os estudantes não conheciam o assunto, porém

183. 183
possuíam interesse no mesmo. A partir desses dados, o residente
Fernando Martins construiu as aulas com atrativos visuais como
exemplos didáticos, vídeos sobre os assuntos e assimilação com
memes da Internet para tornar o aprendizado menos massivo e
mais perto da realidade e linguagem dos estudantes. Ao iniciar as
aulas, foram feitas frequências em todas as sequências didáticas.
Ao comparar com as frequências dos estudantes nos meses ante-
riores, pôde-se perceber o aumento e assiduidade da frequência
dos estudantes no período da aplicação do projeto. O aumento
da frequência dos estudantes indicou o interesse no projeto, no
assunto ministrado e nas práticas digitais utilizadas na aplicação
do mesmo. Durante as aulas, a turma se mostrou muito partici-
pativa com perguntas e até mesmo na resolução dos exercícios
no quadro da sala. O uso de exercícios on-line e disponibilização
do conteúdo no site da turma gerou um interesse nos estudantes
quanto ao ensino, às teorias e práticas associadas à informática
na educação, que vêm repercutindo em nível mundial, justamen-
te porque as ferramentas e mídias digitais oferecem à didática,
objetos, espaços e instrumentos capazes de renovar as situações
de interação, expressão, criação, comunicação, informação e co-
laboração, tornando-a muito diferente daquela tradicionalmente
fundamentada na escrita e nos meios impressos. A utilização de
tecnologia para ensinar se mostrou eficiente, visto que todas as
ideias do projeto, como o podcast, temas dos episódios e layout
do site foram construídas com os estudantes e adaptadas. Ainda
com relação às notas, houve um aumento significativo nas notas
de toda a turma como um conjunto. Foi observado que boa parte
da turma possuía aparelhos celulares, mas muitos não tinham
computador ou laptop em suas residências, dificultando a en-
trega das pesquisas. Visto isso, consideramos um prazo maior e
outros meios para a entrega das mesmas. Todas as formas de en-
vios foram consideradas, desde mensagens de texto, à pesquisas
em blocos de notas e, por vezes, fotografias. Durante o proces-
so de pesquisa, muitos estudantes podem apresentar confusão

184. 184
quanto onde buscar as informações corretas e mais confiáveis,
e em como juntar de forma coesa o apanhado de informações
que coletaram em suas devidas pesquisas. De acordo com Moran
(2013), “os professores podem ajudar os estudantes incentivan-
do-os, a saber, perguntar, a enfocar questões importantes, a ter
critérios na escolha de sites, de avaliação de páginas, a comparar
textos com visões diferentes”. Dessa forma, foram requeridos al-
guns critérios, colocando as opções de que para que seus dados
fossem confiáveis, eles deveriam vir de sites, artigos científicos,
livros, revistas científicas e até mesmo documentários. As pesqui-
sas das equipes foram revisadas e disponibilizadas on-line no site
após a finalização do projeto. Houve uma divulgação na escola
e o site se encontra on-line para que outros estudantes possam
consultar as pesquisas e os documentos em PowerPoint utiliza-
dos nas aulas. Todo o material de mídia se encontra disponível
também no site como vídeos, imagens, etc. Sabe-se que em vir-
tude desse suporte tecnológico representado pelo site, tivemos a
possibilidade de relacionar o saber com as pessoas e estimular
a aprendizagem compartilhada. Nesse caso, o suporte tecnoló-
gico nos influenciou também na mudança conceitual e de como
pensamos e planejamos as aulas dessa sequência. A finalização
do projeto se deu com a Mostra da Residência Pedagógica na
escola, onde os estudantes expuseram seus modelos didáticos e
falaram sobre o Projeto Sapiência, exibindo os trabalhos. Con-
clusões – Não houve rejeição dos estudantes quanto a nenhuma
prática ou metodologia do Projeto Sapiência. O uso de tecnolo-
gia e mídias digitais pode ajudar e potencializar o processo de
ensino e aprendizagem. Porém, o uso desses recursos por si só
não garante mudanças significativas nos processos educacionais.
Em função disso, é necessário que os profissionais envolvidos no
processo de educação revejam suas ideias, estratégias de ensino e
metodologias adequando as mesmas à concepção da tecnologia
como uma ferramenta de auxílio, e não como uma metodologia
definitiva de ensino. A valorização do conhecimento e produção

185. 185
do estudante deve ser levada em conta para a melhoria do ensino
e do relacionamento entre o estudante e o assunto trabalhado.
Palavras-chave: Tecnologias Digitais, Modelos Didáticos, Podcast.
Figura 1 – Pagina inicial do Site Projeto Sapiência.
Fonte: SANCHES, 2019.
Figura 2 – Página do Ciêncast na plataforma de Streaming Spotify.
Fonte: SANCHES, 2019.

186. 186
REFERÊNCIAS
MORAN. J. M.; MASETTO, M. T.; BEHRENS, M. A. Novas tecnolo-
gias e mediação pedagógica. Campinas: Papirus, 2013.
SILVA, I. C. S.; PRATES, T. S.; RIBEIRO, L. F. S. As Novas Tecnologias
e aprendizagem: desafios enfrentados pelo professor na sala de aula
Revista Em Debate (UFSC), Florianópolis, v.16, p.107 -123, 2016.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Trad. Ernani F. da
Rosa – Porto Alegre: ArtMed, 1998.
SOBRE A AUTORA
Andreza Cristiana da Silva Pedroso nas-
ceu em 28 de junho de 1980, na cidade
de Manaus-AM, e formou-se em 2004
no Centro Universidade do Norte – Uni-
Norte. Atualmente é professora da Esco-
la Estadual Ondina de Paula Ribeiro.

187. 187
HORTA E JARDINAGEM NA ESCOLA: UMA ESTRATÉGIA
PARA TRABALHAR CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS E
POPULARES NA PROMOÇÃO DA CONSCIENTIZAÇÃO
AMBIENTAL
Escola Estadual Antônio Lucena Bittencourt
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Annícia Barata Silva Maciel Ferreira
[email protected]
Introdução – O contato com a terra no preparo dos cantei-
ros e a descoberta de inúmeras formas de vida que ali existem
e convivem, o encanto com as sementes que brotam, a prática
diária do cuidado – regar, transplantar, tirar matinhos, o exercí-
cio da paciência e perseverança até que a natureza nos brinda
com a transformação de pequenas sementes em flores, verduras
e legumes viçosos e coloridos. Essas vivências podem transformar
pequenos espaços da escola em cantos de muito encanto e apren-
dizado para todas as idades. Hortas e jardins nas escolas são ins-
trumentos que, dependendo do encaminhamento dado pelo edu-
cador, podem abordar diferentes conteúdos curriculares de forma
significativa e contextualizada e promover vivências que resgatam
valores. A horta e jardins nas escolas é uma importante aliada na
busca de alternativas para o complemento de uma nutrição sau-
dável, como também a utilização de fitoterápicos que auxiliem
no tratamento de inúmeras enfermidades. Objetivo – Desenvolver
atividades relacionadas a cultivo de vegetais e ao meio ambiente,
que sejam desenvolvidas em conjunto pelos professores de modo
inter e transdisciplinar. Materiais e Método – Os locais onde fo-
ram executados os cultivos dos vegetais obedecerão a critérios de

188. 188
ocupação de espaços verticais em áreas edificadas sem vida da
escola e horizontais em espaços ociosos da escola. As mudas se-
rão adquiridas em viveiros dentro da escola e por meio de doações
da comunidade escolar de mudas diversas: hortaliças, frutíferas,
ervas medicinais. Serão feitos hortas suspensas, verticais e hori-
zontais todas utilizando práticas sustentáveis. O material utilizado
para confecção dos ambientes vivos na escola será todo recicla-
do (pneus, garrafas PET, pallet, tronco de madeira, armação de
ferro). Os discentes (Figuras 1 e 2) serão responsáveis por todo
processo de elaboração e confecção dos ambientes vivos sendo
protagonista e se sentindo motivado, adquirindo mais conheci-
mentos sobre as questões ambientais e a importância do verde
urbano. A etapa de prática no campo ocorrera diariamente. Os
possíveis resultados e junto à comunidade escolar ocorre por meio
de informações em vários locais e espaços da própria Escola (pai-
néis, foto, vídeos, workshop). O estudante precisa ter a percep-
ção que o conteúdo trabalhado não se restringe apenas à sala de
aula, pois a partir do momento que olha o objeto real, começa a
dar sentido aos elementos que há muito tempo percebia, mas não
dava importância ao cultivo de mudas. Resultados – Percebemos
o aperfeiçoamento discente no tocante à interação Escola e Meio
Ambiente. Verificamos a aplicabilidade do dia a dia das práticas
de Educação Ambiental e de valorização do espaço da cidade.
Quanto aos aspectos físicos, os jardins e hortas otimizaram o pai-
sagismo atenuando os aspectos psicológicos de bem-estar, quali-
dade de vida com possibilidade de desenvolvimento do projeto
em outras localidades como praças, condomínio e logradouros.
Quanto aos valores sociais, vimos que o projeto viabiliza as mais
variadas formas de convívio entre todos independente de classe
social. Conclusões – cultivo de vegetais em hortas e jardins pode
ser inserido no ambiente escolar transformando-se em um labora-
tório vivo possibilitando assim, o desenvolvimento de diversas ati-
vidades pedagógicas em educação ambiental e alimentar, unindo
teoria e prática de forma contextualizada, auxiliando no processo

189. 189
de ensino-aprendizagem e estreitando relações socioeducativas,
por meio da promoção do trabalho coletivo e cooperado entre os
agentes sociais envolvidos. Muitos ambientes escolares inseridos
dentro dos espaços urbanos são vistos como cheios de vegetação,
porém, o que se vê são áreas livres de calçamento, com pouca ou
nenhuma vegetação. É possível notar, que muitas escolas, apesar
de terem grandes áreas livres, sequer possuem um pequeno jardim
ou uma pequena horta e ainda tentam passar a impressão de que
são ecologicamente corretas, não dando a devida importância à
necessidade de contribuir significativamente, com o aumento de
áreas verdes dentro de um espaço urbano. Entende- se por Desen-
volvimento sustentável toda ação, cujo modelo é baseado na con-
servação e utilização racional de recursos naturais e no objetivo
de atender necessidades de gerações atuais e futuras, associando
o equilíbrio entre o crescimento econômico, a equidade social e a
sustentabilidade ambiental por meio de práticas de cultivo de jar-
dins, hortas, arborização de ambientes (praças, casas, logradouros,
escolas) que traga uma harmonia com o meio ambiente.
Palavras-chave: Horta, Jardinagem, Conscientização Ambiental.
Figura 1 – Alunas participantes do projeto.Figura 2 – Explicação do projeto.

190. 190
REFERÊNCIAS
AMARAL, A.Q.; Junior, É.J.H.; Sadraque, C.; Miguel, K. & Lara,
J.G. A implantação de horta orgânica como instrumento para a
formação de alunos participativos. In: Seminário Internacional
“Experiências de Agendas 21: os desafios do nosso tempo”. Ponta
Grossa, PR, 2009.
JUSTINA, L. A. D ; Ferraz, D.F ; Polinarski, C.A.P ; Amaral, A.Q.
Formação inicial de professores de Ciências Biológicas: Uma ex-
periência com o método de projetos. In: Atas V ENPEC, São Paulo,
Bauru: 2005. MEDINA, N. M.; SANTOS, E. C. Educação Ambien-
tal: uma metodologia participativa da formação. Petrópolis, RJ: Vo-
zes, 1999.
SOBRE A AUTORA
Annícia Barata Silva Maciel Ferreira,
Graduada em Engenharia Florestal pela
Universidade Federal Rural da Amazô-
nia (2013). Graduação em Ciências Bio-
lógicas pela Universidade Federal do
Pará (2018) e mestrado em Ciências Am-
bientais pela Universidade Federal do
Pará (2016). Atualmente é professora de
biologia, vinculada à Secretaria de Educação e Desporto do Estado
do Amazonas, e estudante do curso de Especialização em Práticas
Assertivas na Educação Profissional Integrada à Educação de Jo-
vens e Adultos, com Ênfase em Didática – EaD/ Instituto Federal do
Rio Grande do Norte (2021).

191. 191
A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE SANGUE –
TIPAGEM SANGUÍNEA E FATOR RH
Escola Estadual Dorval Porto
Ensino Médio – 2.ª série
Débora Pereira Magalhães
[email protected]
Introdução – A genética é um componente muito importante
da grade curricular do Ensino Médio. Seu conteúdo engloba uma
série de conceitos que, muitas vezes, são um pouco abstratos e di-
fíceis para os estudantes. O desinteresse do discente pela situação
e estrutura atual da escola prejudica muito a função principal do
sistema educacional, que é formar estudantes com conhecimentos,
para se tornarem futuros cidadãos eficazes e autônomos. Martinez
et al. (2008), relata as dificuldades que os discentes têm perante os
conteúdos de genética, principalmente, devido aos conceitos bási-
cos estarem um pouco fora da dimensão real dos estudantes, e so-
mados a uma prática docente de passar estes conceitos somente em
aulas expositivas, ficando limitado o conteúdo aos livros e apostilas.
Objetivo – Explorar a utilização de uma prática laboratorial simples
como um recurso didático para a compreensão dos fenômenos bá-
sicos, com respeito à ação da genética na seleção dos tipos e dos
fatores sanguíneos. Materiais e Método – O experimento foi desen-
volvido e aplicado sob supervisão da professora de Biologia Débora
Pereira Magalhães. A escola emitiu a cada estudante um termo de
responsabilidade, em que cada responsável autorizava o discente a
realizar a aula prática, esse documento é anexado junto ao seu pro-
cesso escolar. Foram utilizados equipamento de proteção individual
(EPI) aos estudantes. Os materiais padrão para esta prática labora-

192. 192
torial foram: jaleco, luvas, gorro descartáveis, lancetas descartáveis,
algodão, Álcool 70%, Lâminas de vidro, Soros anti-A, anti-B e anti-D
(anti-Rh), Caixa para descarte de lixo biológico. Resultados – Inicial-
mente é importante ressaltar que a repercussão desta atividade foi,
claramente, bastante positiva. Durante a atividade, foi perceptível o
alto nível de motivação e engajamento dos estudantes ao entrarem
em contato com a prática. Destaca-se a fala de um estudante: “Essa
é uma das atividades mais legais que eu fiz na escola. Por que não
fazemos isso mais vezes?” Outras falas indicaram a alegria de poder
simular situações reais, usando termos que poderiam ser entendidos
como “médico de faz-de-conta”. Observamos a busca de autonomia
por parte dos estudantes. Durante a aula prática, por exemplo, os
estudantes começaram a realizar pesquisas em seus celulares, procu-
rando pistas para o caso estudado. Como nossa escola não dispõe de
um laboratório, a aula prática ocorreu na própria sala de aula. Nesse
caso, as interações foram, especificamente, relacionadas aos Sistema
ABO e Fator Rh, abordando também o tema da Eritroblastose Fetal
ou Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHRN). Além disso, to-
dos os grupos conseguiram interpretar os heredogramas, identifican-
do os genótipos e a transmissão de genes, bem como identificar o re-
sultado da tipagem sanguínea (Figura 1). Conclusões – Foi um caso,
extremamente, rico e promissor para aquisição de novos conheci-
mentos, contextualizados com tal realidade simulada. Na apresenta-
ção de casos, os estudantes realizaram uma peça teatral abordando
algumas situações como: acidentes de grandes impactos, perdas de
membros causadas por graves acidentes, lesões de grandes propor-
ções (Figura 2), temas como HIV, células tronco, leucemia, doações
de sangue em situações necessárias e os procedimentos empregados
para armazenamento. No que diz respeito à doação sanguínea, as
discussões levantadas pelos estudantes permitiram compreender as
dificuldades de sensibilizar o próximo a doar sangue e a importância
da manutenção de um banco de doadores.
Palavras-chave: Tipagem sanguínea, Genética, Aprendizagem.

193. 193
Figura 1 – Identificando os genótipos e a transmissão de genes,
bem como identificar o resultado da tipagem sanguínea.
Figura 2 – peça teatral abordando algumas situações
como: acidentes de grandes impactos.

194. 194
REFERÊNCIA
MARTINEZ, F. O.; SICA, A.; MANTOVANI, A.; LOCATI, M. Macro-
phage activation and polarization Front. Biosci., 13, pp. 453-461,
2008.
SOBRE A AUTORA
Débora Pereira Magalhães, nascida em
28/7/1977 na cidade de Manaus-AM,
formou-se em Licenciatura Plena em
Ciências Biológicas pelo Instituto Fede-
ral do Amazonas – Ifam. Possui curso
técnico em Patologia Clínica pela Escola
Estadual Djalma da Cunha batista, o
qual exerceu por 15 anos a função no
hospital 28 de agosto. Atuou, principalmente, nos seguintes temas
na área de Biologia: controle biológico, Bacillus thuringiensis, Ba-
cillus sphaericus e coleção de Banco de Germoplasmo e Micro-
biologia, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Atualmente, é coordenadora pelo PCE/Fapeam. Atualmente, é do-
cente vinculada a Seduc, onde ministra as disciplinas de Ciências
Biológicas e Química.

195. 195
DICAS DE ESTUDOS DA SEMANA PELO
INSTAGRAM, FACEBOOK E YOUTUBE
Escola Estadual de Tempo Integral Eng.
Prof. Sergio Alfredo Pessoa Figueiredo
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Erison Soares Lima
[email protected]
Introdução – Com o avanço da pandemia, causada pelo
Novo Coronavírus, os jovens de nossa e de muitas outras esco-
las viram-se com a importante tarefa de assumir uma disciplina
própria no que tange à manutenção dos seus estudos, que agora
não dependia de uma estrutura construída à sua volta (escola),
mas de uma rede de ensino virtual, para citar o Projeto Aula em
Casa, criado pelo Governo do Amazonas para suprir a carên-
cia de aulas e conteúdos durante o período de ensino remoto,
mas também as aulas ministradas por muitos professores por
meio de ferramentas como Meet e Zoom, como ocorreu em
nossa escola de tempo integral no turno vespertino. Foi diante
deste cenário que este projeto contribui para que os estudantes
alcançados possam desenvolver estratégias para melhorar sua
experiência de aprendizado durante o distanciamento social.
Objetivo – Implantar nas plataformas Instagram, Facebook e
YouTube vídeos gravados por estudantes voluntários, que dão
dicas de como alguém pode se organizar para estudar em casa.
Materiais e Método – Duas alunas foram convidadas para pro-
duzirem vídeos para o canal da escola no YouTube, Instagram
e Facebook. Elas já produziam o mesmo conteúdo (dicas de
estudos) para seus canais particulares. Porém, este conteúdo

196. 196
passaria por uma curadoria de um professor e passaria por uma
edição para adequar às condições dos perfis da escola nas três
plataformas, a ferramenta utilizada para isso seria o app Can-
vas. Também foi criado um grupo no WhatsApp para interagir
melhor com o público alvo dos vídeos, estudantes da nossa e de
outras escolas que pudessem ser alcançados por meio da Inter-
net. Resultados – Percebemos uma maior participação dos estu-
dantes no que tange a aprender técnicas de como melhorar seu
desempenho nos estudos. Percebemos engajamento, interação
e continuidade de visualizações. Conclusões – Os estudantes
são multiplicadores, pois levam o que aprendem na escola para
casa, possibilitando que o projeto influencie toda a comunida-
de. O resultado obtido tem sido a formação de estudantes mais
conscientes que levarão para a vida estes ensinamentos.
Palavras-chave: Vídeos, Tecnologia, Aprendizagem.
Figura 1 – Primeiro vídeo do Programa Dicas de Estudos.

197. 197
Figura 2 – Terceiro vídeo do Programa Dicas de Estudos.
REFERÊNCIA
ALMEIDA, Lília Bilati de et al. O retrato da exclusão digital na so-
ciedade brasileira. JISTEM J.Inf.Syst. Technol. Manag. (Online),São
Paulo , v. 2, n. 1, p. 55-67, 2005 .
SOBRE O AUTOR
Erison Soares Lima nasceu em 30 de abril
de 1982, na cidade de Manaus-AM, e
formou-se em Letras – Língua e Literatura
Portuguesa na Universidade Federal do
Amazonas. Nos anos de 2014 e 2015, foi
professor do Programa Estratégico de In-
dução à Formação de Recursos Humanos
em Engenharias (Pró-Engenharia). A par-
tir de 2018, além de ministrar aulas passou a fazer parte da Coorde-
nação da Escola, na recém criada Coordenação de Projetos, onde
coordenou um total de 45 projetos. Participou também da implanta-
ção do Projeto Makers 4.0 em parceria com a Ufam, com Fomento
da Fapeam e, em 2019, participou como professor da maratona
Unicef Samsung em parceria com docentes e discentes da Ufam.

199. 199
METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA: UMA
EXPERIÊNCIA EXITOSA NA 12.ª OLIMPÍADA
NACIONAL DE HISTÓRIA DO BRASIL
Escola Estadual Tiradentes
Ensino Médio – 3.ª série
Lúcio Toscano Lobo Vitor
[email protected]
Introdução – A História é o registro da memória de um deter-
minado povo ou nação, pois por meio do estudo da História, uma
sociedade pode refletir sobre o passado, para intervir no presente na
construção de um futuro. Para que o processo de ensino-aprendiza-
gem possa ocorrer de maneira eficaz e eficiente, fez-se necessário –
dentro de um contexto desafiador – incitar, convocar, convidar os dis-
centes do 3.º ano do Ensino Médio a participarem da 12.ª Olimpíada
Nacional de História do Brasil (12.ª ONHB) para testar e confrontar
seus conhecimentos em História do Brasil. Levando em considera-
ção a quantidade de horas-aula de História em detrimento aos outros
componentes curriculares, é importante trabalhá-la tanto quanto Lín-
gua Portuguesa e Matemática, que são as que possuem maior carga
horária de aula. Objetivo – Refletir sobre a relevância dos conteúdos
no ensino de História de maneira inovadora, sensibilizando os estu-
dantes ao protagonismo na construção do conhecimento científico
e do processo de ensino-aprendizagem na sala de aula. Materiais e
Método – A pesquisa é de cunho qualitativo, baseando-se na obser-
vação participante junto aos estudantes, durante o período de março
a novembro de 2020, no qual alguns estudantes do 3.º ano do En-
sino Médio do turno vespertino iniciaram um grupo de estudos em
História para participarem da 12.ª ONHB. Foram realizados alguns

200. 200
encontros para estudos, para a realização da inscrição na Olimpíada
e para o cumprimento das etapas do processo da ONHB. Para Given
apud Marietto (2018), a coleta de dados na observação participan-
te parte do pesquisador e sua participação/interação nas atividades
no espaço-meio e dos eventos dentro de determinado contexto. Para
Alcântara; Silva (2015) “é de extrema importância que os estudos
de História estejam embasados na construção de identidade e que
permita que os estudantes se compreendam a partir de suas próprias
representações, ao mesmo tempo consigam resgatar a diversidade e
praticidade de uma análise crítica da memória histórica ensinada”.
Conforme os autores, acerca dos estudos no ensino de História, a vida
do estudante e dos outros indivíduos que permeiam esse processo de
construção histórica deve ser considerada, na promoção de reflexões
nas vidas dos sujeitos. A primeira etapa do projeto ocorreu da obser-
vação, da iniciativa e da necessidade de alguns estudantes do 3.º ano
do Ensino Médio do turno vespertino em criar um grupo de estudos
em História, após isso, surgiu o período de inscrição da 12.ª ONHB,
no qual do grupo de estudos, nove estudantes manifestaram interesse
em se inscrever, porém, somente dois grupos de três estudantes cada,
realmente, as efetivaram, a equipe Red Velvet e a Equipe Futurama,
com a ajuda do administrador escolar Lúcio Toscano Lobo Vitor que
ajudou no pagamento da taxa de inscrição. Essa Olimpíada é um
projeto de extensão de iniciativa da Universidade Estadual de Campi-
nas (Unicamp) e em sua 12.ª edição, trouxe uma proposta inovado-
ra de estudar a História do Brasil, abordando temas relevantes sobre
o assunto por meio de documentos históricos, pesquisas científicas,
artigos científicos publicados, imagens, mapas, debates historiográfi-
cos, entre outros instrumentos. Todos os dias, uma hora antes e uma
hora depois do início das aulas do turno vespertino, os estudantes se
reuniam na sala da administração, ou na sala da pedagogia, ou ainda
na sala do projeto conectar para realizar os encontros para responder
as etapas classificatórias e eliminatórias da ONHB. A olimpíada foi
dividida em sete etapas classificatórias e eliminatórias, da fase zero a
fase seis e todos os professores da escola se empenharam em ajudar

201. 201
os estudantes na resposta aos desafios dessas etapas, que iniciaram
em setembro e terminaram em novembro de 2020. Resultados – A
Escola Estadual Tiradentes participou na 12.ª Olimpíada Nacional de
História do Brasil (ONHB), com estudantes seis estudantes do 3.º ano
do turno vespertino, sob a orientação do professor de História Yano
de Souza Tavares e do administrador escolar Lúcio Toscano Lobo Vi-
tor. Foram formadas duas equipes com três estudantes, sendo elas
as Equipes Futurama e Red Velvet. A Equipe Futurama foi composta
pelos estudantes Larissa dos Santos Azevedo (3° ano 3), Cássio Car-
valho Campos (3° ano 2) e Beatriz Lima Carvalho Araújo (3° ano 1);
já a Equipe Red Velvet foi composta pelos estudantes Maria Eduarda
Santos Farias (3° ano 1), Pedro Henrique da Silva Pereira (3° ano 2)
e Keven dos Santos Soares (3° ano 2). A olimpíada foi dividida em
sete etapas classificatórias e eliminatórias, da fase zero a fase seis. No
Brasil, uns totais de 421 equipes estiveram na final da 12.ª ONHB
e, no Amazonas, seguiram para a final – Etapa Nacional – somente
duas equipes se classificaram para a grande final, sendo ambas da
E.E. Tiradentes, sendo a única unidade de ensino representante do
Amazonas na disputa, na qual a Equipe Futurama foi a primeira co-
locada no Amazonas e a Equipe Red Velvet a segunda. Para Bezerra
apud Karnal (2013), o conhecimento histórico e suas relações com o
cotidiano partem das relações diárias, das vivências e experiências no
espaço da escola e que levam ao aprimoramento individual e coletivo
dos estudantes, professores, e demais indivíduos desse contexto ao
exercício pleno da cidadania, na luta pela garantia dos direitos e o
cumprimento dos deveres para a manutenção da sociedade, na cons-
trução de novos saberes com autonomia e criticidade. Conclusões – É
uma satisfação poder ver o progresso, a iniciativa e o comprometi-
mento dos professores e estudantes da escola em participar e alcançar
méritos por meio do esforço individual e coletivo, e dos exemplos, e
experiências construídas no processo de ensino-aprendizagem e na
interação com os docentes no espaço da sala de aula.
Palavras-chave: Inovação, Olimpíada, História.

202. 202
Figura 1 – Estudantes Finalistas da 12.ª Olimpíada Nacional de História do
Brasil estudando e respondendo as etapas da Olimpíada.
REFERÊNCIAS
ALCÂNTARA, J. A.; SILVA, M. J. O. Ensino de História nos Anos
Iniciais. IN: MORAIS, Maria do Perpétuo Socorro Bandeira. Desa-
fios e contribuições do Estágio Supervisionado: desmistificando o
espaço de ensinar e aprender. Manaus: UniNorte, 2015;.
KARNAL, L. História na sala de aula: Conceitos, práticas e propos-
tas. São Paulo: contexto, 2013;.
MARIETTO, M. L. Observação Participante e Não Participante:
Contextualização Teórica e Sugestão de Roteiro para Aplicação dos
Métodos. Revista Ibero Americana de Estratégia, vol. 17, núm. 4,
pp. 05-18, 2018. Disponível em < https://www.redalyc.org/jatsRe-
po/3312/331259758002/html/index.html>. Acesso em 20/5/2021.

203. 203
SOBRE O AUTOR
Lúcio Toscano Lobo Vitor nasceu na ci-
dade de Manaus-AM, é licenciado em
Pedagogia pelo Centro Universitário do
Norte – UniNorte/Laureate (2013). Pos-
sui experiência como avaliador de ban-
cas de Trabalho de Conclusão de Curso
de Graduação no Ensino Superior. Espe-
cialista em Práticas Assertivas em Didáti-
ca e Gestão da Educação Profissional Integrada à Educação de Jo-
vens e Adultos – EJA/Proeja pelo Instituto Federal de Ciência e
Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN (2019-2020). Professor
e pedagogo concursado da Secretaria de Educação e Desporto do
Amazonas (Seduc/AM). Foi Pedagogo na Escola Estadual Major Sil-
va Coutinho (2017-2019). Atualmente, é gestor escolar na Escola
Estadual Tiradentes.

205. 205
REUTILIZAR OS PAPÉIS: CONSTRUÇÃO DE
MAPAS MENTAIS NO PERÍODO DE PANDEMIA
Escola Estadual Nathália Uchôa
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Rita de Castro Wanderley
[email protected]
Introdução – Um dos problemas de impactos ambientais
no mundo atual é a grande produção de lixo. No Brasil, são
aproximadamente 240 toneladas diariamente, em Manaus, 72
mil toneladas por mês, sendo apenas 1,9% reciclado. Apesar de
o papel se decompor na natureza rapidamente – aproximada-
mente três a seis meses –, o descarte inadequado só aumenta
cerca, em média diária, de 2.395,80 de lixo coletado, mas mes-
mo assim, precisamos trabalhar as habilidades de preservação
do meio ambiente no cotidiano dos discentes e da vida habitual
e escolar. Objetivo – Aprimorar o saber nas diversas áreas de co-
nhecimento por meio da conscientização e construção de mapas
mentais com a reutilização de papéis. Materiais e Método – Os
instrumentos utilizados foram papéis reutilizados, reciclados,
revistas, jornais, canetas coloridas, lápis de cor, pincéis, entre
outros. O enfoque dos aportes metodológicos (GIL, 2002), uti-
lizados no projeto é do tipo qualitativo e a pesquisa-ação, que
acontece desde 2020 até hoje em 2021, envolvendo todos os
jovens estudantes da escola. A aplicação do trabalho está vol-
tada à política dos 3 Rs que visa reduzir, reutilizar e reciclar.
Na primeira etapa é realizada a oficina de construção de mapas
mentais (BUZAN, 2005), a partir da realidade dos estudantes e
esclarecendo a política dos 3 Rs. (Figura 1). Na segunda etapa é

206. 206
separado o material reutilizado, reciclado pelos estudantes em
sua residência ou pela própria secretaria da escola. Na terceira
etapa, ocorre a aplicação na prática dos objetos de conheci-
mentos explicados. A realização de reutilização de papéis na
construção de mapas mentais interdisciplinares em Filosofia e
História. (Figura 2). Na quarta etapa, é realizada a verificação
da redução de papéis no âmbito da habitação específica dos
discentes e da instituição escolar com até 35% de sacos de lixo
e limpeza geral de casa nas aulas remotas e do ensino híbri-
do da escola. Resultados – Constata-se que há uma redução
de, aproximadamente, 70% de produção de lixo do papel nos
cômodos da casa e no espaço escolar, melhora a convivência
humana, social, ambiental, por meio da organização da política
dos 3 Rs (reduzir, reutilizar e reciclar), impactando, assim, nas
vidas de futuras gerações, por mais que seja pequena a ação
de tentar mudar os hábitos, estamos fazendo o que for neces-
sário para fixar e melhorar, também, o aprendizado de memo-
rizar o conhecimento. Conclusões – Os estudantes ficam muito
satisfeitos com o desencadeamento do processo de ensino e
aprendizagem, nas diversas áreas de conhecimento de forma
que as aulas se tornam muito mais participativas, dinâmicas,
interativas e, principalmente, amplia os horizontes, valorizando
a contribuição, não só com um mundo melhor, mais criativo,
cooperativo, humano, proativo, colaborativo, justo, de um bom
cidadão, capaz de discernir a manutenção equilibrada entre es-
paço urbano e ecológico.
Palavras-chave: Reutilização, Papéis, Mapas Mentais.

207. 207
Figura 1 – O antes e depois da reutilização de papéis,
por meio dos mapas mentais na disciplina.
Figura 2 – reutilização
de papéis na constru-
ção de mapas mentais
interdisciplinares.
REFERÊNCIAS
BUZAN, T. Mapas mentais sua elaboração: um sistema definitivo
de pensamento que transformará sua vida. Tradução Euclides Luiz
Calloni, Celusa Margô Wosgrau, São Paulo: Cultrix, 2005.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa/ Antonio Carlos
Gil. – 4. Ed. – São Paulo: Atlas, 2002.
Langanke, R. Destino do lixo. Disponível em http://ecologia.
ib.usp.br/lepac/conservacao/ensino/lixo_destino.htm. Acesso em
07 Jun, 2021.

208. 208
SOBRE A AUTORA
Rita de Castro Wanderley nasceu em 2
de junho de 1981, na cidade de Ma-
naus-AM e formou-se, em 2004, em Li-
cenciatura Plena em História, pela Uni-
versidade Federal do Amazonas.
Atualmente, é professora da Escola Esta-
dual Nathália Uchôa.

209. 209
PRODUÇÃO DE VÍDEO: REMONTANDO OS
CONFLITOS MUNDIAIS NO TIKTOK
Escola Evangélica Betel
Ensino Médio – 3.ª série
Robson Graças dos Santos
[email protected]
Introdução – A sala de aula é um espaço possuidor de rela-
ções interpessoais, entre estudante-estudante, e estudante-profes-
sor, o papel do docente como mediador do conhecimento, deve
estar anelado a prática metodológica ativa. Assim, a metodologia
ativa se caracteriza pela inter-relação entre educação, cultura, so-
ciedade, política e escola, sendo desenvolvida por meio de méto-
dos ativos e criativos, centrados na atividade do estudante com a
intenção de propiciar a aprendizagem (BACICH; MORAN, 2018).
A atual conjuntura de pandemia no mundo fez com que o forma-
to tradicional de aulas presenciais migrasse para o ensino remoto
emergencial. Sendo assim, foi necessária a adaptação por parte
dos docentes quanto às práticas metodológicas e criatividade para
atrair atenção dos estudantes. Tornar o professor proficiente dos
usos das tecnologias digitais, de forma integrada ao currículo, é
importante para a modificação de abordagem que se traduza em
melhores resultados na aprendizagem dos estudantes (BACICH;
MORAN, 2018). Os estudantes ao observarem o professor expe-
rimentando recursos “novos”, em sala, gerará abertura para ativi-
dades, no qual o estudante passa a ser o protagonista, e o recurso
está na palma da sua mão. Uma estratégia que tem sido adotada
é a metodologia ativa conhecida como a sala de aula invertida
(flipped classroom). O uso de aplicativos em smartphones em sala

210. 210
de aula é uma alternativa para aulas mais engajadoras e partici-
pativas entre estudantes e o professor, aproximando o conteúdo
programático da realidade dos estudantes com inovação. A ino-
vação, muitas vezes, foi confundida com reforma, modernização
ou mudança. No entanto, tem sua definição mais relacionada a
uma mudança deliberada e intencional com finalidades de melho-
rar o sistema educativo (GARCIA, 2009). As atividades propostas
em âmbito escolar devem ser objetivas, e produzir competências
normatizadas pela BNCC – Base Nacional Comum Curricular –
por meio da construção do conhecimento, somando dez itens. As
competências de número 2 (Pensamento Científico, Crítico e Cria-
tivo), 4 (Comunicação) e 5 (Cultura) foram colocadas à prática no
projeto. Exercitando a curiosidade intelectual e recorrer à aborda-
gem própria das ciências, utilizando de diferentes linguagens: ver-
bal, corporal, visual, sonora e digital, para se comunicar, acessar
e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver pro-
blemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva
(SAE, 2021). Neste projeto foi utilizado o aplicativo TikTok, um
aplicativo de mídia para criar e compartilhar vídeos curtos. Muitos
usuários, conhecido como TikTokers, utilizam esse aplicativo para
fazer dublagens, simulação do cotidiano, e danças. A partir disso,
é possível pensar no uso deste aplicativo como ferramenta edu-
cativa, e narrar os principais conflitos mundiais de forma criativa
e participativa. Objetivo – Desenvolver habilidades de produção
e edição de vídeo com finalidade de fixação de conteúdo; e em
específico: desempenhar competências socioemocionais por meio
da organização, responsabilidade e cooperação mútua. Materiais
e Método – A pesquisa é de cunho quantitativo, de característica
de estudo de caso. O estudo de caso possui limitações. Porém,
é o método mais adequado para o aprofundamento de todas as
nuances de um determinado fenômeno organizacional (FREITAS;
JABBOUR, 2011). Nesse sentido, mesmo conduzindo-se um caso
único, podem-se tentar algumas generalizações quando o contex-
to envolve casos decisivos, raros, típicos, reveladores e longitudi-

211. 211
nais (YIN, 2005). Este trabalho também se caracteriza como uma
pesquisa exploratória. Segundo Gil (2002), este tipo de pesquisa
tem “como objetivo proporcionar maior familiaridade com o pro-
blema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóte-
ses”, ou seja, é desenvolvida com a finalidade de desenvolver vi-
são geral de um determinado tema ou questão científica. O projeto
foi elaborado no 1.º semestre em 2021, entre os dias 1/3/2021 a
18/3/2021. Desempenhado com a participação dos estudantes do
3.º ano do Ensino Médio com uso de aplicativos de vídeo: TikTok.
A turma constituída de 36 estudantes foi dividida em nove equi-
pes, com quatro integrantes. Cada equipe teve a autonomia para
abordar qual conflito abordar na produção do vídeo, com isso,
os assuntos distribuídos ficaram como na figura 1: Guerra no Ira-
que (1 equipe); Guerra do Vietnã (2 equipes); Guerra da Coreias (2
equipes); Palestina x Israel (1 equipe); Apartheid (2 equipes); e Nar-
cotráfico na Colômbia (1 equipe). Na primeira etapa, foi feita uma
dinâmica chamada “roda de conversa” sobre os conflitos mundiais
recentes, para analisar o conhecimento prévio dos estudantes, so-
bre causas e consequências dos embates. Após a dinâmica, houve
aulas expositivas e dialogadas, com duração de seis aulas – duas
semanas durante este período foi trabalhado com maior proprieda-
de suas reflexões e pensamentos críticos dos períodos de tensões
de questão política, a disputa por recursos naturais, a religiosidade
e o nacionalismo – ambos ligados à ideia do separatismo –, a po-
breza extrema, as rivalidades étnicas e os conflitos ligados ao nar-
cotráfico. Na segunda etapa, foi elaborado um documento com as
instruções para a produção de vídeo e método avaliativo do pro-
jeto, dentre os aplicativos a serem utilizados eram TikTok (de pre-
ferência), ou aplicativos da preferência dos estudantes. Na terceira
etapa foram criados links no Google Meet para cada equipe, com
as quais era possível tirar dúvidas, sugestões, e dificuldades acerca
do desenvolvimento da atividade. Na quarta etapa, houve a en-
trega dos vídeos por um integrante de cada equipe na plataforma
Google Sala de Aula ou pelo e-mail institucional do professor para

212. 212
análise e avaliação. Na quinta e última etapa, ocorreu a exposição
dos vídeos em sala de aula e ao finalizar cada vídeo, nos quais os
estudantes apresentavam suas considerações finais. Resultados –
Todas as equipes montadas apresentaram seus vídeos, conforme se
observa na Figura 1. O projeto se desenvolveu no formato remo-
to. Notou-se que os estudantes foram participativos e, em equipe,
desenvolveram ótimos vídeos, ressalto que durante o desenvolvi-
mento do trabalho, alguns deles demonstraram timidez e distri-
buíram-se na elaboração do roteiro. Na edição e na apresentação,
utilizaram os gêneros de comédia, histórico e biográfico. Na turma
temos um estudante com transtorno do espectro do autista (TEA).
Nesse caso, foi necessária atenção ainda maior com o estudante,
a equipe, e o apoio do pai que foi indispensável para identificar as
limitações e progresso do discente (Figura 2). O resultado obtido
foi que alguns estudantes ensejam seguir na carreira nos cursos de
engenharia musical, jornalismo, relações internacionais, aos que
pretendem seguir outro caminho, demonstraram o lado criativo,
liderança e cooperação. Conclusões – Segundo o IBGE-2018, uma
em cada cinco casas no Amazonas não tem acesso à Internet por
falta de cobertura, e essa desigualdade tem diminuído gradual-
mente. O uso do aplicativo TikTok na sala de aula se tornou possí-
vel, pois, todos possuíam aparelhos smartphones e rede wireless.
Os jovens estão em processo de crescimento da inteligência emo-
cional e social. O projeto desempenhado não se aplica apenas em
um momento avaliativo, mas um aprendizado para a toda vida por
se tratar de uma atividade que foge do tradicionalismo (resumo e
resenhas). O desafio em produzir o vídeo de um app desconheci-
do com uso educacional foi alcançado. Após este projeto, os es-
tudantes sugeriram que mais atividades desse porte continuassem
a acontecer, por conta da praticidade com aplicativos e por sua
relação com que foi aprendido em sala.
Palavras-chave: TikTok, Inovação, Ensino Remoto.

213. 213
Figura 1 – Entrega dos vídeos na plataforma
Google sala de aula.
Figura 2 – Acompanhamento do
responsável por e-mail institucional;
observação – cobri o sobrenome do
aluno e responsável.
REFERÊNCIAS
BACICH, L.; MORAN, J. Metodologias ativas para uma educação
inovadora: uma abordagem téorico-prática. Porto Alegre: Penso,
2018.
FREITAS, W. R. S.; JABBOUR, C. J. C. Utilizando estudo de caso(s)
como estratégia de pesquisa qualitativa: boas práticas e sugestões.
Lajeado, 2011.
GARCIA, P. S. Um estudo sobre a inovação como estratégia de
formação contínua de professores ciências. São Paulo, 2009.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2002.
SAE: SAE DIGITAL. 2021. Base Nacional Comum Curricular: En-
tenda as competências que são o “fio condutor” da BNCC, Dis-
ponível em <https://sae.digital/base-nacional-comum-curricular-
-competencias/>. Acesso em 19/6/2021.

214. 214
YIN. R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3 ed. Porto
Alegre: Bookman, 2005.
SOBRE O AUTOR
Robson Graças dos Santos nasceu em 9
de setembro de 1994 na cidade de Ca-
rauari/AM e Graduou-se em Licenciatura
Plena em Geografia, em 2017, pela Uni-
versidade do Estado do Amazonas (UEA).
Atuando em sala de aula desde 2018,
apaixonado por Geografia e ensinar essa
ciência a estudantes do Ensino Básico.
Atualmente é professor da Escola Evangélica Betel e está cursando
Ciências Teológicas, no Instituto Bíblico da Ass. De Deus do Amazo-
nas – Ibadam. É discente do curso técnico em Geoprocessamento
no Centro de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam.

215. 215
A MULHER E SUA REPRESENTAÇÃO NA MÚSICA:
EXPRESSÕES DE DISCRIMINAÇÃO E VIOLÊNCIA –
“SE LIGA NA LETRA, MULHER!”
Escola Estadual Ernesto Pinto Filho
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Maria do Perpetuo Socorro Lima Barbosa
[email protected]
Introdução – A música exerce um papel fundamental na for-
mação do caráter do cidadão, no seu modo de vestir, se expressar e
principalmente na forma de tratamento. Atualmente, temos um deba-
te ,muito forte, sobre a influência negativa e depreciativa sobre a ima-
gem da mulher, nas músicas. Esse debate precisa chegar aos nossos
estudantes, pois são eles os principais consumidores e propagadores
desse produto e de tais práticas. Precisamos usar, sim, a música, por
sua linguagem acessível, para desconstruir essa imagem da mulher
como um produto. Objetivo – Desconstruir a imagem recriada em
algumas letras de músicas, no qual estas, em sua maioria, recria a
imagem da mulher como produto, abrir uma discussão a respeito do
consumo de um produto, que deprecia a imagem da mulher na so-
ciedade. Materiais e Método – Tratou-se de uma pesquisa qualitativa
que aconteceu no ano de 2019, no qual foram apresentadas uma se-
quência de músicas de diferentes ritmos e que apresentavam uma lin-
guagem discriminatória sobre a imagem feminina, os estudantes não
perceberam nada de anormal, após a coleta os professores iniciaram
um trabalho de conscientização (Figura 1), em sala de aula, por fim é
montado um musical (Figura 2) que tem como objetivo mostrar a real
intenção e desconstruir essa aceitação inconsciente dessa músicas,
culminância no último bimestre do mesmo ano, envolvendo todos

216. 216
os estudantes do turno noturno, 12 turmas. Conclusões – Apesar das
inúmeras campanhas, protestos, direitos conquistados legalmente,
ainda assim, a imagem da mulher é denegrida em muitas músicas de
vários ritmos brasileiros, ao longo das décadas. Essa cultura machista
é imposta de tal maneira que muitas mulheres também possuem opi-
niões como as mencionadas nas canções exemplificadas. É preciso
conscientização e lutas diárias. A proposta é que o estudante consiga
formular uma narrativa musical que desconstrua a imagem negativa
da imagem feminina. Após esse entendimento, os estudantes vão para
prática, apresentar essas histórias a toda comunidade escolar.
Palavras-chave: Discriminação, violência, música, Desconstrução.
Figura 1 – Momento de sensibilização.

217. 217
Figura 2 – Apresentação do Musical.
REFERÊNCIAS
FRANÇA, Eurico Nogueira. A música no Brasil. Rio de Janeiro:
Departamento de Imprensa Nacional, 1953.
SOBRE A AUTORA
Maria do Perpétuo Socorro Lima Barbo-
sa, é pedagoga e docente da Rede Públi-
ca de Ensino no Município de Manaus-
-AM pela Seduc-am. Nascida em
Matões-MA, em 1982, residiu na sua
terra natal, onde morou nas duas primei-
ras décadas de sua vida, depois mudan-
do-se para Timon- MA onde Cursou a
Faculdade de Pedagogia Uema – Universidade Estadual do Mara-
nhão de 2005 a 2009, seguida do Curso de Ciências Sociais UFPI
– Universidade Federal do Piauí de 2010 a 2014, na Cidade de
Teresina, mesmo residindo em Timon-MA. Possui pós-graduação
em Educação Especial pela Facet (Faculdade de Ciências e Tecno-
logia do Piauí). No ano de 2014, prestou concurso para a cidade
de Manaus, sendo aprovada e para onde mudou seu domicílio,
onde também cursou novo curso de pós-graduação em Metodolo-

218. 218
gia de Ciências Sociais, UEA. Atualmente, é docente das séries
iniciais do Ensino Fundamental nas Escolas Ana Neyre Marques da
Silva e Ernesto Pinho Filho, além de Pedagoga de Ensino Médio
nesta última escola, ambas da Coordenadoria Distrital 7. A mesma
vislumbra na educação, a maior arma de transformação social e
ascensão social, capaz de dignificar o ser humano por seus pró-
prios méritos.

219. 219
MONUMENTO TENENTE ROXANA BONESSI:
CONSTRUÇÃO DE UMA ABORDAGEM ARTÍSTICA
SOBRE O FEMINICÍDIO
Escola Estadual Presidente Castelo Branco
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Álisson Thiago Barbosa Pereira
[email protected]
Introdução – É previsto na legislação educacional brasi-
leira a abordagem de temas contemporâneos transversais em
todos os níveis de ensino. Essas temáticas são importantes, pois
trazem consigo relações do cotidiano e mostram ao estudan-
te visão de mundo que oportuniza o desenvolvimento da cri-
ticidade e nas tomadas de decisões. O monumento escolhido
para o desenvolvimento deste projeto está localizado na cidade
de Manaus, capital do Estado do Amazonas, na Av. São Jor-
ge, próximo a Escola Estadual Presidente Castelo Branco e foi
construído por conta de um feminicídio ocorrido, na cidade
de Manaus, no ano de 2002. O caso tomou grandes propor-
ções na mídia por ter acontecido entre militares do Exército
Brasileiro, que mantinham um relacionamento extraconjugal.
A família da vítima edificou o monumento para homenagear
Roxana e todas as mulheres e crianças vítimas de violência,
abusos e assassinatos. Tornou-se oportuno explorar, do ponto
de vista pedagógico, investigativo e social, o Monumento Te-
nente Roxana Bonessi nesse projeto interdisciplinar desenvolvi-
do com estudantes do Ensino Médio, pois muitos moradores e
estudantes que transitam diariamente no entorno do monumen-
to e desconhecem sua história e seus elementos formadores.

220. 220
Durante todo o processo investigativo se buscou criar estraté-
gias para possibilitar responder a seguinte questão de pesquisa:
Qual a importância do Monumento Tenente Roxana Bonessi?
Objetivo – Investigar os elementos históricos, físicos e sociais
do Monumento Tenente Roxana Bonessi e a partir dos resul-
tados construir uma apresentação artística para exposição nas
redes sociais e para a comunidade escolar. Materiais e Méto-
do – O projeto é caracterizado pela abordagem qualitativa. O
estudo, por sua complexidade, necessitou de um método que
compreendesse fenômenos sociais e que preservassem as carac-
terísticas holísticas e significativas da vida cotidiana. A pesquisa
tratou-se de uma investigação qualitativa, na qual foi utilizado
a observação participante, aplicação de questionários semies-
truturados, entrevistas, busca de matérias jornalísticas, rodas de
conversas, visitas guiadas e produção artística para divulgação
dos resultados. O projeto foi dividido em investigação do mo-
numento, análise dos resultados, protótipo da apresentação ar-
tística, avaliação do protótipo, reconstrução da apresentação
artística de resultados e produção final do produto. Inicialmen-
te, foram convidados estudantes para participar do projeto e a
montagem do cronograma de reuniões foi realizada de forma
coletiva, já que as atividades aconteceriam pós atividades de
aula regular. Resultados – O primeiro contato dos estudantes
com o projeto aconteceu por uma roda de conversa com doze
meninas e oito meninos que manifestaram interesse em parti-
cipar. Após a roda de conversa os estudantes participaram de
uma visita guiada e exploravam o monumento e, com surpresa,
perceberam que o elemento central não se trata de uma sereia
ou iara. Foram realizados registros fotográficos, anotações para
análise e de volta escola foram orientados sobre os procedi-
mentos de investigação. Em dois encontros de 90 minutos, os
participantes foram instrumentalizados sobre os procedimentos
de análise de conteúdo e, analisados 80 entrevistas realizadas
entre familiares e moradores dos bairros de São Jorge, Vila da

221. 221
Prata e Compensa. Referente ao conhecimento dos entrevista-
dos sobre o monumento 95% informaram que não o conheciam
contra 5% de afirmaram conhecê-lo. Para 77,5%, o elemento
central é formado por uma sereia ou iara cercada por animais
aquáticos, 17,5% uma figura feminina sentada em uma concha
e 5% não souberam responder. Sobre os motivos que subsidia-
ram a construção do monumento 30% acreditam em questões
folclóricas, 6,25% em homenagem a uma militar assassinada e
1,25% que foi realizada pelo Exército Brasileiro para homena-
gear uma militar. Os estudantes optaram em reconstruir a apre-
sentação, retirando a figura do locutor e responsabilizando a
figura de Roxana em relação a interação com público e com as
vítimas. Conclusões – Os resultados do projeto sugerem que o
processo investigativo de monumentos, com temáticas contem-
porâneas, apresenta potencial de exploração de vários assuntos
que são do cotidiano dos estudantes, possibilitando interesse
pelo ambiente em que vivem e reconhecimento de elementos
pertencentes do local que moram e transitam. Explorar, peda-
gogicamente, os monumentos históricos no ambiente escolar,
com orientação do professor, além de possibilitar a instrução
cognitiva, por meio de conceitos e conteúdos curriculares, fa-
vorece o desenvolvimento atitudinal por utilização de metodo-
logias ativas de aprendizagem que subsidiam o protagonismo
estudantil. Nesse sentido, conclui-se que este projeto apresenta
aplicabilidade em outros contextos e que o monumento, objeto
de estudo, é de suma importância para abordagens de temáticas
contemporâneas.
Palavras-chave: Monumento, Feminicídio, Temas Contemporâ-
neos, Produção Artística.

222. 222
REFERÊNCIAS
CHOAY, Françoise. A alegoria do patrimônio. São Paulo: Estação
Liberdade, 2006.
CRUVINEL, E. H. P. A trajetória dos monumentos: formação do
conceito e valores. Cultura Histórica & Patrimônio, v. 3, p. 31-52,
2016.
SOBRE O AUTOR
Álisson Thiago Barbosa Pereira nasceu
em 25 de fevereiro de 1986, na cidade
de Rio Branco-AC e formou-se em Li-
cenciatura em Ciências Biológicas na
UEA – Universidade do Estado do Ama-
zonas. Possui Mestrado em Ensino de
Ciências e Matemática pela Ufam. Atua
como professor efetivo da Seduc. Atua,
ainda, em projetos que versam sobre o ensino de ciências, educa-
ção ambiental e tecnologias digitais. Acredita que a educação
pode oportunizar novas perspectivas e mudar realidades.

223. 223
SAÚDE E EDUCAÇÃO: MONITORAMENTO/
MAPEAMENTO DOS SINAIS VITAIS NA
FLEXIBILIZAÇÃO DO ISOLAMENTO SOCIAL
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Fernando França Coimbra
[email protected]
Introdução – Diante da atual situação (pandemia causada
pelo Sars Covid-19) em que se encontra o mundo, a prioriza-
ção de cuidados básicos e acompanhamento da saúde em seus
diversos campos de atuação tornam-se importante para que te-
nhamos um diagnóstico essencial, evitando o risco de contágio,
sequelas após o período de contaminação do Covid-19 e, em
casos mais específicos, a reabilitação. O profissional de Edu-
cação Física atua, de forma concomitante, na educação e na
saúde deixando a dicotomia fora do seu ambiente de atuação,
levando conhecimentos da saúde para o ambiente escolar, di-
fundindo os saberes científicos não só da área esportiva, mas
trazendo-os para o contexto da saúde corporal e qualidade de
vida, fazendo assim, a promoção da saúde de forma pedagó-
gica. A educação e a saúde devem ser trabalhadas de forma
interdisciplinar e transdisciplinar, pois esses temas geram co-
nhecimentos e saberes destinados ao desenvolvimento humano
e qualidade de vida, criando ações de promoção da saúde e de
educação desenvolvidas dentro da escola, consequentemente
difundindo a formação integral dos estudantes. A pesquisa está
sendo implementada na Escola Estadual Nossa Senhora de Na-

224. 224
zaré, no município de Manacapuru-AM, que possui um quadro
profissional propício para a pesquisa, que é executada por um
grupo de discentes que fazem parte do projeto e foram prepara-
dos para desempenhar tal realização. Objetivo – Realizar o mo-
nitoramento e mapeamento da Frequência Cardíaca (FC), Pres-
são Arterial (PA), Oxidação Sanguínea (OS) e Temperatura (T)
dos profissionais da educação da Escola Estadual Nossa Senhora
de Nazaré município de Manacapuru. Materiais e Método – O
tipo da pesquisa é de caráter qualitativo e quantitativo, no qual
se buscou estudar os benefícios de um bom acompanhamento
dos níveis de saúde, os procedimentos necessários para anali-
sar possíveis variações ou alterações nas aferições, acompanhar
e coletar dados e informações simultaneamente para análise,
além de proporcionar aos estudantes crescimento intelectual,
vivência na rotina de uma pesquisa, envolvendo-os na coleta de
dados, na interpretação de informações e análise resultados ob-
tidos, testando algumas hipóteses, observando padrões e níveis
de dados fornecidos, comparar situações, tomar decisões e tirar
conclusões com base na bibliografia disponível. Os estudan-
tes bolsistas foram instruídos a buscar, em artigos científicos,
livros e demais publicações, os conteúdos relevantes, que con-
tribuíram significativamente na coleta de dados, além de uma
capacitação com uma equipe de profissionais da saúde para
uso e manejo dos equipamentos de aferição/monitoramento e
o preenchimento corretos dos protocolos de controle essenciais
para aquisição de dados significativos para a pesquisa. Os Equi-
pamentos básicos utilizados para essa aferição (Figura 1) foram:
Aparelho de Pressão digital de braço/pulso, Oxímetro Digital
Dedo Medidor De Oxigênio Saturação Sangue, Termômetro,
Laser Digital, Infravermelho que são acessíveis a qualquer pro-
cedimento padrão que possibilitam diagnosticar distúrbios e
alterações na saúde dos indivíduos. Tais procedimentos de afe-
rição foram realizados em duas etapas, a primeira coleta feita
no início do expediente e segunda no término do expediente,

225. 225
isso durante duas vezes na semana. Cada indivíduo teve sua
ficha individual de acompanhamento e monitoramento (Figura
2), realizando também a verificação semanal e mensal desses
dados para criação da tabela de dados comparativos para aná-
lise posterior. A participação dos profissionais da educação que
fizeram parte desse acompanhamento durante a vigência do
projeto foi feita de forma voluntária, tendo como preferência os
com idade superior a 35 anos, comorbidades prognósticas e os
que se enquadraram no grupo de risco da Covid-19. Resultados
– A proposta foi de criar uma intervenção na rotina escolar, que
promoveu ações de controle de saúde dos profissionais da edu-
cação, com o intuito de promover os cuidados em saúde e bem
estar no ambiente de trabalho, gerando mais segurança perante
um problema existente, atenuando assim os impactos causados
pela flexibilização da pandemia, que convém ao controle e mo-
nitoramento dos grupos de risco e pós-contaminação pelo Co-
vid-19. Conclusões – A realização desse trabalho, por meio do
monitoramento e mapeamento da Frequência Cardíaca, Pressão
Arterial, Oxidação Sanguínea e Temperatura dos profissionais
da educação pós-covid foi fundamental, pois esses indicado-
res auxiliaram tanto no diagnóstico inicial, acompanhamento
do quadro clínico e a tomada de decisões sobre o tratamento
desses profissionais, de acordo com sua resposta, incentivando
discentes e profissionais da educação a importância da atenção
preventiva quanto ao tratamento e cuidados que se deve ter
após adquirir Covid-19.
Palavras-chave: Saúde, Educação, Sinais Vitais, Profissionais da
Educação.

226. 226
Figura 1 – Procedimentos de aferição.Figura 2 – Aferição e coleta de dados.
REFERÊNCIAS
BATISTA, M. A. L. Educação Física na Promoção da Saúde. 1ª ed.
Curitiba: Appris, 2017.
GIESEL, V.T.; TRENTIN, D. T. Fundamentos da Saúde. Porto Alegre:
Artmed, 2017.
SOUZA, S. C. de.; TEIXEIRA, D. de C. Intervenção do profissional
de educação física no ambiente ocupacional. 1ª ed. Curitiba: CRV,
2018.

227. 227
SOBRE O AUTOR
Fernando França Coimbra, nasceu na ci-
dade de São Gabriel da Cachoeira – AM,
formado em Licenciatura e Bacharelado
em Educação Física pela Universidade
do Estado do Amazonas – UEA, especia-
lista em Docência Universitária pelo
Centro Universitário Fametro. Tem am-
pla experiência na área de Educação Fí-
sica, com ênfase em Educação Física Escolar e Saúde, atualmente
é professor concursado pela Secretaria de Estado de Educação e
Desporto – Seduc/AM.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a toda equipe da E. E. Nossa Senhora de Nazaré,
em especial, ao gestor Salomão Alencar por todo apoio ao proje-
to, aos amigos professores: Jesiane Spíndola, Galileu Pires, Ales-
sandro Couto e José Victor Bezerra pela excelência da qualidade
técnica de cada um, ao discente Guilherme Duarte Ribeiro por
aceitar conduzir e fazer parte do projeto de pesquisa e a todos os
profissionais com suas valiosas contribuições dadas durante o an-
damento deste projeto. Aos órgãos de fomento da pesquisa pelas
bolsas de estudos: a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas- Fapeam, à Secretaria de Desenvolvimento Econômico,
Ciência, Tecnologia e Inovação- Sedecti, Secretaria de Estado de
Educação e Desporto – Seduc, Secretaria Municipal de Educação –
Semed ao Governo do Estado do Amazonas por este projeto fazer
parte do Programa Ciência na Escola – PCE 2021.

229. 229
MINUTOS DE ONDAS: VÍDEOS DE CURTA DURAÇÃO
NO ENSINO REMOTO EMERGENCIAL (ERE) DE FÍSICA
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 2.ª série
Jéssica Ariana de Jesus Corrêa
[email protected]
Introdução – A inesperada doença Covid-19, causada pelo
coronavírus SARS-CoV-2, gerou uma crise educacional, sem pre-
cedentes, em que muitas escolas tiveram que fechar suas portas no
ano de 2020 substituindo aulas presenciais por aulas on-line. Por
causa disso, a comunidade escolar precisou descobrir e aprender
uma nova forma de ensino: o Ensino Remoto Emergencial (ERE).
Uma delas foi a acessibilidade aos recursos tecnológicos (equi-
pamentos eletrônicos e rede de Internet) por parte de professores
e estudantes. Trazendo à realidade do Município de Manacapuru
no Amazonas, mais especificamente os estudantes da Escola Es-
tadual Nossa Senhora de Nazaré, a baixa interatividade nas aulas
remotas devia-se ao fato dos estudantes não possuírem Internet
suficiente para acessar plataformas digitais como o Google Class-
room e YouTube. Nesse sentido, o uso de vídeos educacionais de
curta duração surge como uma alternativa para engajar estudantes
e possibilitar criar um ambiente com mais interesse nos conteúdos
de física. Objetivo – Este trabalho tem por objetivo apresentar e
discutir a experiência do projeto produção e aplicação de vídeos
de curta duração para auxiliar nas aulas de física durante o ensino
remoto no ano de 2020. Materiais e Método – O lócus da pesquisa
está localizado na cidade de Manacapuru – AM, tendo como su-

230. 230
jeitos estudantes de três turmas de segunda série, sendo a pesquisa
realizada em três etapas. Primeira etapa: produção dos vídeos de
curta duração pelo professor pesquisador; segunda etapa, aplica-
ção on-line dos vídeos nas turmas, e terceira etapa: avaliação do
material didático. Na primeira etapa, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica e produção dos vídeos de curta duração utilizando
Canva for Education. Os conteúdos trabalhados fazem parte do
currículo do terceiro bimestre: Tipos e classificações de ondas;
Principais fenômenos: reflexão, refração, absorção e difração; On-
das sonoras: efeito doppler. A segunda etapa refere-se à aplicação
dos vídeos para as turmas. As aulas foram realizadas via WhatsApp
sendo enviados os vídeos e atividades em cinco momentos. No
primeiro momento, foi apresentado o conteúdo do vídeo 1: Ondu-
latória – parte 1 “introdução a ondas”, do vídeo 2: Ondulatória –
parte 2 “classificação das ondas” e do vídeo 3: Ondulatória – parte
3 “propriedades das ondas”. Após assistir aos três vídeos, os estu-
dantes tinham como tarefa falar onde eles observavam as ondas no
dia a dia dele. No segundo momento ,abordou-se os fenômenos
ondulatórios reflexão e refração por meio do vídeo 4: Ondulatória
– parte 4 “reflexão” e vídeo 5: Ondulatória – parte 5 “refração”.
No terceiro momento, abordou-se os fenômenos ondulatório ab-
sorção e difração por meio do vídeo 6: Ondulatória – parte 6 “Ab-
sorção e difração”. Resultados – Para alcançar o objetivo proposto
foram produzidos oito vídeos englobando os principais conteúdos
de Ondulatória (Figura 1). Dessa forma, alcançou-se um dos obje-
tivos produzindo vídeos de curta duração acessíveis a todos os es-
tudantes especialmente aqueles que possuíam Internet limitada de
rede móveis. Após a aplicação dos vídeos (Figura 2), os estudantes
foram estimulados a expor seu entendimento via chat referente aos
vídeos 1, 2 e 3. Conclusões – De modo geral, a criação e aplicação
dos vídeos, de curta duração, contribuiu para acessibilidade dos
materiais escolares, facilitou a disseminação dos conceitos físicos
e permitiu interatividade durante as aulas de física no ensino re-
moto emergencial. A proposta de produção e aplicação dos vídeos

231. 231
trouxe um novo estímulo para ensinar os conceitos envolvidos nos
fenômenos físicos de ondulatória. Além disso, os vídeos são re-
cursos digitais que podem ser utilizados em aulas futuras tanto
na modalidade remoto como presencial utilizando metodologias
ativas tais como ensino híbrido e a sala de aula invertida.
Palavras-chave: Ondulatória, Aulas Online, Recurso Digital.
Figura 1 – Páginas iniciais de cada vídeo de curta duração produzido.
Fonte: autora (2021).
Figura 2 – Uso dos vídeos pelos estudantes da escola utilizando o aparelho celular.
Fonte: autora (2021).

232. 232
REFERÊNCIAS
BUNDUKI, A. J. S. A.; DE ALENCAR, D. S. 2021. Ensino Remoto
Emergencial e os Entraves ao Direito à Educação. Revista da De-
fensoria Pública do Estado de São Paulo, v. 2, n. 2, p. 225-248.
MOREIRA, M. A. 2021. Desafios no ensino da física. Revista Bra-
sileira de Ensino de Física, v. 43, suppl. 1, e20200451.
SOBRE A AUTORA
Jéssica Ariana de Jesus Corrêa nasceu
em 19 de maio de 1985, na cidade de
Alenquer-PA, e formou-se em Física na
Universidade Federal do Pará. Atual-
mente, atua como professora da Escola
Estadual Nossa Senhora de Nazaré.
AGRADECIMENTO
A toda equipe escolar pelo apoio e participação no projeto.

233. 233
MATEMÁTICA, CONTEXTOS E APLICAÇÕES: UMA
EXPERIÊNCIA EM HOMENAGEM AO DIA DO
PROFESSOR
Escola Estadual de Tempo Integral Maria do
Céu Vaz D’Oliveira
Ensino Médio – 2.ª série
Josiane Messias Ribeiro
[email protected]
Introdução – No mês de outubro de 2020, por conta da pan-
demia, que nos privou do contato próximo com o qual éramos
habituados, foi proposta a realização de uma homenagem aos
professores da escola aos estudantes da 2.ª série 3, responsável
em dar andamento à atividade a ser realizada pelas 9 turmas da
instituição. Por meio das Disciplinas Eletiva e Prática Experimental
dando ênfase a atividade foi aceita e encaminhada pelos estudan-
tes presentes Allan de Assis Nogueira, Adrianny Victória Travasso
Pestana e Bárbara Nicoly Oliveira da Silva. Estudantes expressa-
ram potencialidades e empatia ao mostrar seu carinho e respeito a
cada Professor por meio do “Projeto Matemática, Contexto e Apli-
cações: Uma experiência em Homenagem ao Dia do Professor”.
Objetivo – Produzir homenagem para os professores por meio de
murais e exposição de fotos, feitos pelos estudantes, usando con-
ceitos de formas geométricas. Materiais e Método – A atividade foi
desenvolvida de forma presencial com os estudantes que puderam
se fazer presentes e remota com os estudantes que por motivos
pessoais estavam em casa. 1.ª Etapa: Encontro com os estudantes
da 2.ªsérie 3 para propor a realização da atividade, foram dadas
sugestões em que os mesmos deveriam solicitar às demais turmas

234. 234
que elaborassem uma mensagem homenageando seus professores
conselheiros e mais dois ou três Professores da escola, incluindo
gestor pedagogos e apoio pedagógico, totalizando 22 profissio-
nais; 2.ª etapa: Solicitação pelos estudantes da 2.º série 3 das men-
sagens às nove turmas, etapa realizada pelos estudantes envolvi-
dos, os mesmos solicitaram aos representantes de cada turma que
fizessem a mensagem para homenagear o professor conselheiro e
mais dois ou três professores. 3.ª etapa: Solicitação das fotos dos
professores ao gestor da escola Aldemir de Jesus Almeida. As fotos
foram encaminhadas por meio do aplicativo de mensagem What-
sApp para a professora responsável; 4.ª etapa: Edição das men-
sagens no laboratório de informática por estudantes da 2.ª série
3, foram digitadas pelos estudantes, Bárbara Nicoly Oliveira da
Silva e Allan Assis Nogueira; 5.ª etapa: Confecção de murais com
mensagens aos professores pelos estudantes de 1.ª série 1, 2, 3 e
4. 1.ª Série 1, por grupo, traçaram uma circunferência de 48 cm
de raio; 6.ª etapa: Solicitação de mensagens aos estudantes, em
modo remoto, foi solicitado que enviassem mensagens por meio
do aplicativo WhatsApp e um cartaz contendo mensagem aos pro-
fessores, feito por Arleson Brandon Martins Ferreira e encaminha-
do à escola.; 7.ª etapa: Preparativos para a exposição das home-
nagens, no laboratório de Química (Figura 1); 8.ª etapa: Exposição
das homenagens (Figura 2). Resultados – Às primeiras séries, na
Disciplina Prática Experimental, trabalhando conceitos matemá-
ticos, foi sugerido que fizessem murais fazendo uso de formas, às
quais eles tiveram que produzir, cada turma das quatro trabalha-
ram uma forma, sendo 1 retângulo, 1 elipse e 2 círculos. Os círcu-
los e as elipses foram construídos pelos estudantes num “exercício
prático”. Fizeram também, uso de dobraduras para confeccionar
borboletas e estrelas para a produção dos painéis, assim como as
mensagens descritas pelos estudantes. Conclusões – Esta atividade
é proveniente do Projeto Matemática, Contextos e Aplicações, que
outrora vem sendo desenvolvido na Escola Maria do Céu, o qual
“visa coadunar práticas pedagógicas diferenciadas agregadas ao

235. 235
Currículo de Matemática, sempre com o objetivo de mostrar que
a Matemática pode estar presente nas diversas áreas do cotidiano.
Professores do Maria do Céu assim como professores em geral,
são inovadores, mesmo em meio a tantas dificuldades, buscam
realizar o que fazem de melhor, a arte de ensinar e desenvolver
estratégias que se adequem a qualquer situação, mas que necessi-
tam de suportes essenciais para que suas ações possam contribuir,
potencialmente, para a educação do século XXI.
Palavras-chave: Professor, Homenagem, Valorização.
Figura 1 – Produção dos painéis e exposi-
ção de fotos.
Figura 2 – Exposição de fotos produzi-
das pelos alunos.
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Carta de Paulo Freire aos professores. Estudos Avança-
dos. Vol. 15, n. 42. 2001 (p 229 – 269).
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
LECI BRANDÃO. Anjos da guarda. Rio de Janeiro: Som Livre.
1995. 3min.

236. 236
SOBRE A AUTORA
Josiane Messias Ribeiro, graduada em
Licenciatura em Matemática pela Uni-
versidade Federal do Amazonas/ Ufam,
lotada no quadro efetivo da Escola Esta-
dual Maria do Céu Vaz D’Oliveira, espe-
cialista em Educação Matemática pela
Escola Batista Superior d Amazonas/Es-
bam e em Metodologia do Ensino Médio
da Matemática pela Universidade Federal do Amazonas/Ufam,
Trabalho completo sobre Pesquisa Estatística Descritiva no Am-
biente Escolar: uma experiência com estudantes da terceira série
do Ensino Médio publicado nos anais do Evento: VI Semana Inter-
nacional de Pedagogia (VI SIP), do II Encontro Estadual de Educa-
ção em Prisões de Alagoas (II Eneepal) e do primeiro Seminário de
Educação em Prisões de Alagoas (I Sepal), publicado em 11.2.2020-
ISSN 1981-3031, Maceió.
AGRADECIMENTOS
A todos os estudantes que valorizam e respeitam seus mes-
tres, compartilhando com eles seus anseios e reconhecimento pelo
desempenho do dia a dia na profissão. Ao gestor da escola Aldemir
de Jesus Almeida pelo apoio ao desenvolvimento de atividades di-
ferenciadas na instituição. Ao professor Gladson Rosas Hauradou,
professor do corpo docente do Colegiado Curso de Serviço Social
do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (ICSEZ) da
Universidade Federal do Amazonas, pela imensa contribuição na
área social. Aos colegas pela companhia do dia a dia, em especial,
aos professores Raimundo Nonato Souza dos Santos e à professora
Regina Adriana Silva Ferreira pela colaboração textual.

237. 237
ATIVIDADES EXPERIMENTAIS INVESTIGATIVAS:
POSSIBILIDADES PARA ENVOLVER DISCENTES DO
ENSINO MÉDIO NA APRENDIZAGEM DA QUÍMICA
E NO DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES
CIENTÍFICAS
Escola Estadual Professor Sebastião Augusto
Loureiro Filho
Ensino Médio – 1.ª série
Lucenir da Silva Frazão
[email protected]
Introdução – Os conhecimentos escolares são essenciais
para que o sujeito compreenda o mundo que o cerca em seus
diversos aspectos, sejam eles: físicos, científicos, culturais, ar-
tísticos, entre outros (BECKER, 2010). Nesse sentido, o ensino
de Ciências como a Química deve mobilizar o estudante para
uma aprendizagem que vai além da transmissão de conteúdo
declarativo, mas que colabore para o desenvolvimento de um
cidadão responsável, ético, crítico (BRASIL, 2018). A Metodolo-
gia Investigativa é uma metodologia ativa, na qual os estudantes
são envolvidos para realizar atividades experimentais ou teóricas
que partam de um problema real e interessante, de modo que
eles se mobilizem na sua resolução. Nesse tipo de atividade ex-
perimental, o docente é o mediador dos processos envolvidos
na realização das tarefas, os discentes são os protagonistas para
conduzirem os passos e compreenderem todo o processo, não
estando restritos a um roteiro. O referido trabalho cria um diálo-
go coerente entre as atividades experimentais investigativas e o

238. 238
desenvolvimento de habilidades científicas. Objetivo – Identificar
o envolvimento dos discentes na aprendizagem da Química e no
desenvolvimento da habilidade científica de comunicação escrita
por intermédio de atividades experimentais investigativas. Mate-
riais e Método – O trabalho refere-se à uma pesquisa qualita-
tiva (CRESWEEL, 2010), a qual teve a participação integral do
pesquisador, desde o planejamento, a realização e a avaliação
das atividades investigativas no ambiente de sala de aula. Os
trabalhos iniciaram no segundo semestre de 2020, após o retor-
no híbrido das aulas em uma escola da Zona Norte de Manaus.
Em virtude do contexto pandêmico do coronavírus Sars-CoV-2,
causador da Covid-19 todas as medidas de sanitização e distan-
ciamento social foram, criteriosamente, seguidas. A proposta
foi divulgada em seis turmas nas quais o professor ministrava a
disciplina Química, porém, em apenas uma das turmas foi rea-
lizada as atividades experimentais investigativas, a qual foi es-
colhida por sorteio. A atividade envolveu cerca de 100 estudan-
tes e as atividades experimentais investigativas propriamente
ditas foram realizadas com 20 estudantes de uma turma, cujos
dados foram fonte de análise para esse trabalho. Foi realizada
uma sequência de três Atividades Experimentais Investigativas
nessa turma. Resultados – Os principais resultados mostraram
que as atividades experimentais investigativas apresentam poten-
cial para engajar os estudantes na aprendizagem da Química. As
principais percepções deles são que essas atividades contribuem
para aprender a pensar escrever as suas ideias e hipóteses. Tam-
bém trazem mais significado e compreensão de fenômenos que
são abordados em aulas teóricas. O que se percebeu é que maio-
ria dos envolvidos nunca tinham participado de atividades com a
vertente investigativa. Constatou-se que o tempo é um fator que
pode melhorar o desenvolvimento das habilidades, isto é, quanto
mais os estudantes estiverem envolvidos em atividades investiga-

239. 239
tivas, mais chances têm de desenvolverem-nas, principalmente
aquelas que exigem maior raciocínio e são consideradas mais
difíceis, como é o caso da habilidade de comunicar-se de forma
adequada por meio da escrita. Conclusões – Constatou-se que
as atividades experimentais investigativas apresentam possibili-
dades para envolver os discentes na aprendizagem da Química,
assim como no desenvolvimento de habilidade científica de co-
municação escrita. Os principais resultados mostraram que os
estudantes consideram que uma atividade com um problema
interessante é crucial para envolvê-los na aprendizagem. Tais
atividades, também apresentam potencial para desenvolver a
habilidade científica de comunicação escrita.
Palavras-chave: Atividades Experimentais, Química, Aprendizagem.
REFERÊNCIAS
BECKER, F. “Ensino e Pesquisa: qual a relação?” In: BECKER, F.;
MARQUES, T. B. I. Ser professor é ser pesquisador. Porto Alegre:
Mediação, 2010.
BRASIL, M. E. C. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio.
Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018.
CRESWELL, L. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quan-
titativo e misto. 3 ed. Tradução Magda Lopes. Porto Alegre: Art-
med, 2010.

240. 240
SOBRE O AUTOR
Lucenir da Silva Frazão nasceu em 21 de
agosto de 1985, na cidade de Tefé-AM, e
formou-se em Universidade do Estado
do Estado do Amazonas. Possui gradua-
ção em Licenciatura em Química pela
UEA/AM, especialização em Ensino de
Química e Mestrado em Ensino de Ciên-
cias e Matemática pela Ufam. Atualmen-
te, é professor estatutário da Seduc/AM, lecionando na Escola es-
tadual Professor Sebastião Augusto Loureiro Filho. Já orientou
projetos de ensino vinculados ao PCE/Fapeam, foi Coordenador
do Programa Mais Educação, pela Escola Estadual Governador
Melo e Póvoas. Além disso, é professor supervisor do Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – Pibid, na Escola
Estadual Professor Sebastião Augusto Loureiro Filho e tem expe-
riência na docência, com ênfase em Química.

241. 241
O PANFLETO, VOZ E EXPRESSÃO SOCIAL
Escola Estadual de Tempo Integral Marcantonio
Vilaça II – 2.º CMPM
Ensino Médio – 3.ª série
Maison Antonio dos Anjos Batista
[email protected]
Introdução – O presente trabalho é resultado de um projeto
aplicado no 2.º CMPM – Marcantonio Vilaça II, na cidade de Ma-
naus, no ano de 2019, com os estudantes finalistas do Ensino Médio
desse mesmo ano, contou com o apoio do Programa Ciência na
Escola (PCE) e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Amazonas (Fapeam). Na sala de aula alguns gêneros
textuais ganham mais visibilidade do que outros. Porém, alguns, a
exemplo da crônica jornalística, podem estar mais distantes da rea-
lidade de boa parte dos estudantes. O que não se percebe é que o
panfleto tem um forte poder social justamente por existirem pou-
cas barreiras sociais para seu objetivo comunicacional, que é o de
anunciar/informar sobre produtos e/ou serviços. Segundo Bawarshi;
Reiff, (2013) “Outra forma de abordar o ensino de gêneros simulta-
neamente como restrição e como capacitação é convidar os estu-
dantes não só a produzir análises críticas de gênero, mas também
participar da produção de novas respostas genéricas.” Objetivo –
Proporcionar o trabalho voltado para o gênero panfleto, enaltecen-
do seu valor comunicacional e social, principalmente, no período
posterior ao escolar. Materiais e Método – Os estudantes bolsistas
foram munidos de referencial teórico sobre o que são tipos textuais,
gêneros textuais e o gênero panfleto, objeto de estudo do projeto.
Posterior a isso, foram selecionados 215 panfletos entre os materiais

242. 242
coletados para a primeira análise. Esse processo caracteriza a pes-
quisa como quantitativa; quanto à natureza é uma pesquisa aplica-
da; sobre aos objetivos, é descritiva; e em relação aos procedimen-
tos, é documental. Na terceira parte, analisou-se quais os elementos
constituintes do panfleto. Por fim, produziu-se um panfleto levando
em consideração os dados levantados durante a pesquisa, com foco
em dicas para a produção da redação do Enem. Para isso, os estu-
dantes bolsistas elaboraram 17 sentenças sobre a redação do Enem
e, abaixo dessas afirmações, colocou-se dois quadrados seguidos
de Sim e Não (Figura 1). Algumas dicas de como proceder antes e
durante a prova do Enem foram sugeridas também. Como culmi-
nância do projeto, os estudantes bolsistas ministraram uma palestra
a seis turmas da 3.ª série (Figuras 2 e 3), primeiramente, explican-
do o projeto, depois distribuíram os panfletos onde os estudantes
deveriam marcar Sim ou Não referente às afirmativas que estavam
lendo. Por último, os estudantes bolsistas comentaram cada afirma-
tiva, justificando o motivo de serem verdadeiras ou falsas. A questão
temporal ou atemporal dos panfletos foi levada em consideração
para a confecção do produto final. Optou-se por um panfleto com
características atemporais, pois assim os estudantes poderão consul-
tar esse mesmo panfleto sempre que quiserem ou repassá-los a outra
pessoa, uma vez que as informações, ali contidas, não perdem seu
valor nem se tornam obsoletas com o passar do tempo. Resultados
– Imagens relacionadas ao objetivo de cada panfleto, textos em sua
grande maioria curtos e linguagem variando entre simples e formal;
elementos de contato para informações como número de telefone,
endereço e redes sociais e o uso das cores foi uma predominância
nos objetos analisados. Quanto ao material (papel) para impressão
dos panfletos, eles variavam pouco, mas percebeu-se que esse item
pouco influenciava no produto final. Identificou-se que o panfleto
pode agregar outros gêneros textuais sem anular sua função primor-
dial. Nesse estudo, constatou-se algo não abordado ainda nos tra-
balhos voltados para o gênero panfleto, seu fator temporal, ou seja,
existem panfletos que não ficam restritos a um período de tempo,

243. 243
pois suas informações podem ser consultadas em outros momentos
sem perda de qualidade informacional. Conclusões – O panfleto é
um gênero textual que deve ganhar espaço de produção nas salas
de aulas, independente da série em que os estudantes estejam. Ele
demonstra ser versátil em sua forma, pode agregar outros gêneros
em si e ser utilizado em diversas condições onde a comunicação
e divulgação de serviços/produtos, ele independe de classe social
para sua manifestação, daí seu caráter de dar voz e expressão a
qualquer um que dele faça uso. Gêneros como esse são importan-
tes como veículos de comunicação rápida e objetiva, uma vez que
apresenta um espaço limitado e pode utilizar a linguagem não ver-
bal para complementar sua significação. Praticar a produção desse
gênero é dar condições aos estudantes de exercerem papel ativo
se precisarem produzi-lo em determinado momento de suas vidas
fora da escola. Mas essa produção dentro da escola não deverá ser
abstrata, dever-se-á utilizar das ações concretas das atividades esco-
lares. Identificar um elemento, até então, não analisado, a (a) tem-
poralidade do panfleto, garantiu à pesquisa qualidade satisfatória e
conteúdo para contribuir para os estudos dos gêneros textuais.
Palavras-chave: Gênero Panfleto, Produção, Atemporal.
Figura 1 – Parte interna do panfleto produzido pelos estudantes e usado nas oficinas.

244. 244
Figura 2 – Encontro formativo
com os alunos bolsistas.
Figura 3 – Aluno bolsista, oficina de culminância
do projeto.
REFERÊNCIA
BAWARSHI, A. S.; REIFF, M. J. Gênero: história, teoria, pesquisa,
ensino. São Paulo: Parábola, 2013.
SOBRE O AUTOR
Maison Antonio dos Anjos Batista, nasci-
do em 13 de novembro de 1982, na ci-
dade de Manaus – AM. Formado em Le-
tras pela Universidade do Estado do
Amazonas – UEA, especialista em Lite-
ratura Contemporânea pela Faculdade
São Luis e Docência Universitária pela
Faculdade Salesiana Dom Boscos –
FSDB, mestre em Letras e Artes – UEA. Possui publicação em anto-
logias de contos e participação com publicação em diversos even-
tos acadêmico.

245. 245
DETRITOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL COMO
ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO DE ADUBO ORGÂNICO
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré.
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Alessandro dos Santos Couto
[email protected]
Introdução – A construção civil é um setor que se destaca
como um dos principais responsáveis por movimentar capital no
Brasil e no mundo inteiro, além de levar ao desenvolvimento das
grandes cidades e interiores como, por exemplo, na cidade de
Manacapuru, distante à 87 Km de Manaus é uma cidade que está
em pleno desenvolvimento. Depois da construção da ponte do
Rio Negro, que possibilita o deslocamento de milhares de pes-
soas e veículos nos municípios que estão interligados, a cidade
de Manacapuru vem crescendo no âmbito do aumento da popu-
lação e decorrente disso, também cresce o ramo das construções
civis. Nesse cenário, cresce também o volume de resíduos gera-
dos ao longo das obras, o que levanta questões referentes ao cor-
reto descarte desses materiais e a destinação final mais adequada
para o lixo proveniente da construção civil. Por conta da quan-
tidade de detritos produzidos pela construção civil, este é um
assunto que trabalhamos com os estudantes da Escola Estadual
Nossa Senhora de Nazaré, tornando nosso motivo específico, a
fim de fazermos experimentos na utilização desses detritos trans-
formando-os em adubo orgânico para ajudar o nosso município
e a nossa escola na correta destinação desses resíduos, trazendo
renda para as diversas famílias menos favorecidas. Objetivo –

246. 246
Determinar a validade de uma nova metodologia para produção
de adubo orgânico mais barato bem como o total aproveitamento
do produto na cidade de Manacapuru e na Escola Nossa senhora
de Nazaré. Materiais e Método – Foi determinado um protocolo
para o processo de produção do adubo a partir da coleta dos
resíduos das construções, avaliado a relação entre o resíduo, a
qualificação e quantificação de minerais encontrados em cada
montante de resíduo. A metodologia seguiu o seguinte crono-
grama: Coleta de dados: A determinação da viabilidade de uma
nova metodologia para a produção do adubo bem como o total
aproveitamento dos resíduos para melhorar a qualidade de des-
tinação ecologicamente sustentável na cidade de Manacapuru,
foi criado um protocolo baseado na melhoria da rotina de ma-
nejo de vários produtores de vinho do açaí, foram coletadas três
amostras de resíduos de construções residenciais em diferentes
locais da cidade de Manacapuru (Figura 1). De cada coleta foram
realizadas as coletas seletivas, retirando os resíduos que não são
orgânicos e destinando sua devida reciclagem. Tal feito foi rea-
lizado no laboratório da Escola Nossa Senhora de Nazaré, para
serem submetidos às novas técnicas de melhoramento da pro-
dução do adubo e a eliminação dos vetores que possam trazer
dificuldades na produção e aprimoramento. Foi determinado um
novo protocolo para o processo de produção do adubo a partir
da coleta do resíduo, que foram ensacados e transportados ao
laboratório da Escola Nossa Senhora de Nazaré e separados con-
forme o local de coleta e devidamente catalogados. Foi feito um
fluxograma das etapas de produção do adubo, desde sua coleta,
armazenamento, transporte e processamento do adubo pelos es-
tudantes e verificando os pontos de possíveis rejeições e onde
poderia haver um melhoramento nesse processo. O processo de
quantificação dos benefícios foi feito de forma hipotética, mas
de grande relevância econômica, social, ambiental e promoven-
do a qualificação do adubo fator fundamental na saúde de seus
apreciadores e complemento na merenda escolar. Foi idealizado

247. 247
um plano piloto em forma de parceria da escola e alguns pe-
quenos produtores como forma de testar sua eficiência tanto na
redução de contaminantes bem como barateamento do processo
com novas técnicas (Figura 2). Resultados – Por meio dos dados
obtidos pode-se observar uma ligeira diferença entre as amostras
medidas em centímetros, na qual as de detritos em dois casos
apresentaram resultados superiores as demais amostras, variando
em uma diferença de 2 centímetros em certas condições. Con-
clusões – Espera-se que essa nova técnica, além de barata, seja
eficiente, ideal para os pequenos produtores que não disponham
de recursos para investirem em equipamentos caros, bem como
a redução dos resíduos da produção da construção civil que são
descartados nas vias urbanas e próximos das florestas como lixo
orgânico, contribuindo na contaminação do meio ambiente e ge-
rando criadouros de doenças tanto para os homens quanto para
animais e plantas tanto terrestres quanto aquáticos. Pretende-se
que esse novo processo proporcione segurança de sua eficiência,
devido à grande quantidade de matéria-prima disponível com
baixo custo. Esperamos atingir dois impactos nesse projeto: o pri-
meiro no âmbito escolar, pelo grau de complexidade em produ-
zir um adubo orgânico extraído dos dejetos da construção civil
com baixo custo, mas com as mesmas ou próximas propriedades
nutritivas encontradas dos similares no mercado, pelos estudan-
tes do Ensino Médio e seu efeito perante o estímulo a ser gerado
nos demais discentes na valorização da ciência na escola como
meio de alcançar seus planejamentos de vida futura. O segundo
impacto no espaço social e econômico a ser criado no município
de Manacapuru.
Palavras-chave: Construção Civil, Resíduos, Adubo Orgânico.

248. 248
Figura 1 – Fase de separação e definição de amostras. Fonte: Lucas. Aa. 2020.
Figura 2 – (A,B,C,D,E,F,G,H) Etapas da Construção do protocolo da
produção de adubo a partir dos detritos. Fonte: Lucas. Aa. 2020.
REFERÊNCIAS
BAKKER, M.A. 12 Years of successful wet processing of building rubb-
le in Rotterdam. Aufbereitungs – Technik. v. 34, n. 4, p. 201- 10. 1993.
BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Diagnóstico geral: pro-
grama global para otimização da disposição e da coleta e recicla-
gem de resíduos da construção em Belo Horizonte. Belo Horizon-
te, set. 1993a.

249. 249
SOBRE O AUTOR
Alessandro dos Santos Couto nasceu na
cidade de Manaus – AM, formado em
Licenciatura Plena em Ciências com ha-
bilitação em Química pelo Centro Uni-
versitário do Norte – UniNorte, atual-
mente é professor concursado pela
Secretaria de Estado de Educação e Des-
porto – Seduc/AM.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a toda equipe da E. E. Nossa Senhora de Nazaré, em
especial, ao gestor Salomão Alencar por todo apoio ao projeto,
aos amigos professores: Jesiane Spíndola, Galileu Pires e José Vic-
tor Bezerra pela excelência da qualidade técnica de cada um, ao
discente Abraão Lucas por aceitar conduzir e fazer parte do pro-
jeto de pesquisa e a todos os profissionais com suas valiosas con-
tribuições dadas durante o andamento deste projeto. Agradeço,
ainda, aos órgãos de fomento da pesquisa pelas bolsas de estudos:
a Fapeam, à Sedecti, Seduc, Semed ao Governo do Estado do Ama-
zonas por este projeto fazer parte do Programa Ciência na Escola
– PCE 2021.

251. 251
MAPEAMENTO PARTICIPATIVO E
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA NA EDUCAÇÃO
DE JOVENS E ADULTOS (EJA) DE MANAUS
Centro de Educação de Jovens e Adultos
Professor Agenor Ferreira Lima
Ensino Médio – Educação de Jovens e Adultos –
EJA – 9.ª e 11.ª Etapas do 3.º Segmento
Alexandre Donato da Silva
[email protected]
Introdução – O sistema educacional tem sido um dos seto-
res sociais mais abalados pela pandemia do Sars-CoV-2 em todo
o mundo, exigindo de sua estrutura, especialmente, dos corpos
pedagógico e administrativo, estratégias e políticas adequadas ao
contorno da crise pandêmica. Ao corpo pedagógico, em nível de
planejamento e execução, o desafio principal é o de levar ao estu-
dante, remotamente ou em regime presencial restrito, os conteú-
dos de suas etapas escolares de forma efetiva, mesmo que diante
das limitações metodológicas decorrentes da necessidade do dis-
tanciamento social. Na EJA não tem sido diferente. No entanto,
pelas características do seu público, a modalidade educacional
dos jovens e adultos é campo fértil para a prática da aprendiza-
gem significativa, na qual “o novo conhecimento adquire signifi-
cados para o aprendiz e o conhecimento prévio [...] adquire mais
estabilidade” (MOREIRA, 2006). Também na EJA, vivências e ex-
periências dos estudantes são características facilitadoras para a
aprendizagem significativa, há espaço propício para o desenvolvi-
mento de metodologias ativas, quais sejam, aquelas que permitem
a participação ativa dos estudantes no contexto de sua aprendi-

252. 252
zagem (AMORIM, 2020) favorecendo, inclusive, a (re)construção
de conhecimentos. Assim sendo, este projeto relata experiência
(em andamento) sobre mapeamento participativo, importante ins-
trumento para compreensão do uso do espaço de determinada po-
pulação (ANDRADE; CARNEIRO, 2009), cuja temática refere-se a
impactos ambientais urbanos e está sendo construído de acordo
com a percepção ambiental dos estudantes da EJA, valendo-se da
sua vivência no espaço da cidade. Objetivo – Executar projeto
educacional no âmbito da EJA, considerando aspectos da apren-
dizagem significativa, utilizando mapeamento participativo como
metodologia ativa no processo de ensino-aprendizagem, possibi-
litando, a partir da percepção ambiental dos estudantes sobre im-
pactos ambientais urbanos, discussão interdisciplinar sobre suas
autonomias como agentes ativos da construção do espaço da ci-
dade. Materiais e Método – Em busca de atingir os objetivos, foi
proposto o registro fotográfico de impactos ambientais urbanos e
suas localizações, a fim de compor mapa participativo elabora-
do em Sistema de Informações Geográficas livre (a ser elaborado
pelo professor), possibilitando a discussão sobre a manifestação
espacial dos fenômenos no âmbito urbano de Manaus, capital do
Amazonas. No escopo dessa discussão, possibilitar ao estudante a
análise da Cartografia da cidade e de sua participação como agen-
te ativo ou passivo na construção do espaço urbano, pensando a
relação entre os fenômenos observados e registrados, frutos de sua
percepção ambiental, e sua participação nos impactos ou, ainda,
na busca de soluções. Enfatize-se que na EJA, no primeiro semestre
de 2021, o conteúdo da 9.ª Etapa (1.ª Série do Ensino Médio) é
predominantemente sobre Cartografia enquanto que na 11.ª Etapa
(3.ª série do Ensino Médio) o conteúdo explora as categorias de
cidades e suas características diversas, incluindo seus problemas.
Resultados – Ainda que o projeto esteja em andamento, obtiveram-
-se fotografias resultantes da percepção ambiental dos estudantes
em suas vivências espaciais. Tendo sido proposto que os registros
fotográficos focassem impactos ambientais urbanos (Figuras 1 e 2),

253. 253
foi predominante entre estudantes a recorrência de aspectos rela-
cionados a Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), em diferentes zonas
administrativas da capital amazonense. Problemas que vão desde
o correto descarte dos RSU pelos populares, até a ausência de sua
coleta pelos órgãos responsáveis foram observados. O mapa par-
ticipativo demonstrou, até o momento, que o mesmo fenômeno
ocorre em bairros de diferentes zonas administrativas da cidade,
que em nível de percepção tornou-se “comum”. O mapeamento
participativo como metodologia ativa revela-se como efetiva alter-
nativa para o fomento da aprendizagem significativa na EJA. Há
de se enfatizar que a vivência do estudante da EJA, seja pela sua
idade ou pela autonomia, confere a esse grupo uma experiente e
diferenciada percepção sobre o ambiente urbano, especialmente
o de sua vivência direta (proximidades do lar, do trabalho, da es-
cola, dos espaços de lazer, incluindo os trajetos entre eles). Assim
sendo, é notória a inclusão educacional (e outras) dos estudantes,
valorizando seu relacionamento com o espaço e a noção de cida-
dania construída a partir de suas experiências. Conclusões – Sendo
o docente desafiado a aprimorar o seu fazer pedagógico, no atual
momento de crise sanitária mundial, pode-se afirmar que a auto-
nomia do estudante de EJA facilita as construções participativas
como metodologias que possibilitam conexões entre diversos con-
teúdos. Pode-se afirmar, também, que a referida autonomia soma-
da às citadas metodologias revela claras ligações interdisciplinares
com diferentes áreas do conhecimento e seus conteúdos, de forma
que as representações cartográficas das percepções dos estudantes
contemplam interesses diversos.
Palavras-chave: Metodologias Ativas, Aprendizagem Significativa,
Mapeamento Participativo, Percepção Ambiental.

254. 254
Figura 1 – Resíduos Sólidos Urbanos acumulados em curso d’água na Colônia Santo
Antônio. Foto de Clarice Oliveira Bitencourt (9.ª Etapa, Turma 7).
Figura 2 – Resíduos Sólidos Urbanos acumulados em curso d’água no bairro na Colônia
Antônio Aleixo. Foto de Eliane Reges Lima (9.ª Etapa, Turma 6).
REFERÊNCIAS
AMORIM, C. O que são Metodologias Ativas? Um guia com
tudo que você precisa saber [2021]. Disponível em <https://
blog.jovensgenios.com/metodologias-ativas/>. Acesso em 28
jun. 2021.
ANDRADE, E. D. V.; CARNEIRO, A. F. T. A elaboração de docu-
mentos cartográficos sob a ótica do mapeamento participativo.

255. 255
Bol. Ciênc. Geod., sec. Artigos, Curitiba, 2009, v. 15, no 3, p.410-
427, jul-set.
MOREIRA, M. A. Mapas conceituais e aprendizagem significativa.
São Paulo: Centauro Editora, 2006.
SOBRE O AUTOR
Alexandre Donato da Silva, mestre em
Ciências do Ambiente e Sustentabilida-
de na Amazônia (Ufam), especialista em
Geografia da Amazônia Brasileira (Ufam)
e Licenciado em Geografia (UEA), o au-
tor é professor da Secretaria de Estado e
Desporto do Estado do Amazonas (Se-
duc) e concluiu seu Ensino Fundamental
e Médio na Educação de Jovens e
Adultos.
AGRADECIMENTOS
Ao professor Álvaro Calazans Belém, gestor do Ceja Agenor
Ferreira Lima, e à professora Ednilza Maria de Araújo Costa.

257. 257
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E BOAS PRÁTICAS
PARA REDUZIR POLUIÇÕES
Escola Estadual Jairo da Silva Rocha
Ensino Médio – 3.ª série
Adriana Cavalcante de Souza Lopes
[email protected]
Introdução – Trabalhar a educação ambiental nas escolas
vem se tornando uma ferramenta significativa para contribuição
de um meio ambiente mais equilibrado. Se tratando de coleta
seletiva dos resíduos, além de contribuir para uma destinação
ambientalmente adequada, possibilitar que o resíduo seja re-
ciclado, transformar em matéria-prima e em outro produto ou,
até mesmo, no mesmo produto que o originou, podemos tam-
bém reduzir as poluições, de forma geral, e aumentar, de for-
ma significativa, também a conservação e qualidade de alguns
recursos que estão cada dia mais escassos. Objetivo – Realizar
levantamento dos elementos (resíduos) gerados na escola e co-
munidade (residência dos estudantes), levando em considera-
ção o ciclo de vida de cada resíduo. Realizar levantamento dos
impactos ambientais causados por esses elementos (descarte
incorreto), ensinando a importância de se conservar os recur-
sos disponíveis para melhor qualidade de vida dos presentes e
futuras gerações. Materiais e Método – Será realizado in loco o
levantamento dos resíduos domiciliar e escolar, bem como seus
potenciais impactos ambientais; Será confeccionado em parce-
ria com empresa parceira os coletores macros para dispor todos
os resíduos; Os estudantes do projeto ficarão responsáveis por
confeccionar coletores menores para serem disponibilizados

258. 258
nos corredores e salas; Será distribuído folder ambiental com
informativos das atividades específicas do projeto; Será realiza-
do palestras de conscientização e fluxo dos processos da desti-
nação dos resíduos da empresa parceira do projeto; Será reali-
zado visita técnica na empresa recicladora. Tem como objetivo
captar e analisar as características dos vários métodos disponí-
veis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou
distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua
utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos,
a metodologia é também considerada uma forma de conduzir
a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de Ciência e
Arte. Resultados – Com a execução deste projeto espera-se al-
cançar os seguintes resultados: controle e gerenciamento do re-
síduo escolar e domiciliar, mudança de comportamento dos es-
tudantes e professores em relação as questões ambientais, além
de impactar de forma positiva o meio ambiente, meio social e
econômico, reduzindo a poluição do solo, da água e do ar, e
também a pressão sobre os recursos naturais, bem como contri-
buir para um ambiente mais equilibrado. Conclusões – Torna-se
fundamental a realização do projeto, pois fazer o levantamento
dos dejetos ambientais depositados no meio ambiente e com-
preender como realizar a destinação correta desses resíduos é
importante para o meio ambiente e para a qualidade de vida da
população.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Resíduos Sólidos,
Aprendizagem.

259. 259
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
SOBRE A AUTORA
Adriana Cavalcante de Souza Lopes, 32
anos, graduada em Licenciatura em Quí-
mica e mestre em Química Orgânica,
desde 2015, pela Universidade Federal
do Amazonas (Ufam) está como Profes-
sora efetiva junto a Secretaria de Estado
de Educação e Qualidade do Ensino (Se-
duc), desde 2016. Desde a graduação
desenvolve projetos dentro da área de educação no ensino de
Química como o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à
Docência (Pibid), além de projetos de iniciação científica na área
de Química de Produtos Naturais. Nos últimos anos, a professora
Adriana Lopes vem desenvolvendo um trabalho de excelência nas
escolas da rede pública de ensino participando de projetos como
Circuito de Experimento de Baixo Custo (Cebac) e Programa Ciên-
cia na Escola (PCE).

261. 261
PROJETO EDUCACIONAL/CULTURAL EDUC-CINE
Escola Estadual Raimunda Holanda de Souza
Ensino Médio – 3.ª série
Amélia Teixeira Serrão
[email protected]
Introdução – Inicialmente este projeto foi trabalhado na
escola Ceti – Centro Educacional de Tempo Integral João dos
Santos Braga, pelo ano de 2019, com o apoio e fomento da Fun-
dação de Amparo e Pesquisa da Amazônia – Fapeam, o que per-
mitiu a orientação de três bolsistas. Posteriormente, o mesmo
projeto foi continuado na Escola Estadual Raimunda Holanda
de Souza, no ano de 2020 até o presente. O referido projeto está
vinculado à percepção da ressignificação dos espaços, meios e
recursos que, constantemente, desafiam a educação em insti-
tuições escolares, em um mundo onde tudo se torna “líquido”
e como tal busca adaptar-se às demandas sempre novas. Tais
percepções apontam possibilidades cognitivas em suas dinâmi-
cas de educar para o mundo, buscando no mundo os elementos
para sua contínua mudança. Após examinar os quatro pilares
da educação elencados pela Unesco que se dividem em dois:
1) aprender a conhecer e aprender a fazer – de natureza prag-
mática; 2) Conhecer-se e aprender a conviver com o outro – de
âmbito socioemocional, observou-se a necessidade de unir as
duas primeiras em uma atividade que favorecesse o estudante a
desenvolver as duas últimas. Com o uso comum de celulares di-
fundido entre os jovens, identificou-se que todo esse potencial
poderia ser desenvolvido em uma oficina de audiovisual por
meio de curtas de cinema e minidocumentários com temas pre-

262. 262
viamente definidos que ajudasse o discente a desenvolver suas
competências emocionais. Segundo o Fórum Econômico Mun-
dial 2020 em Davos, a inteligência emocional é a oitava entre
as dez apontadas como essenciais para destacar-se no mercado
de trabalho. O psicólogo e palestrante Klinger (2020) sobre o
mesmo assunto enfatiza que a melhor resposta que podemos
dar a todo esse desenvolvimento tecnológico é apresentar as
habilidades emocionais. Não basta somente a intelectualidade,
é fundamental o conhecimento de si mesmo para saber lidar
com frustrações, controlar impulsos e manter a motivação para
ser considerado um bom profissional. Objetivo – Utilizar a lin-
guagem audiovisual, a fim de colaborar com o desenvolvimento
da inteligência emocional no discente com vistas ao seu futuro
profissional. Materiais e Método – Compreendido como o es-
paço do conhecer para se aprender a fazer, o cinema facultará
o contexto da tela em branco que receberá as impressões das
comportas abertas de criatividades do estudante. Observando
essas histórias com certo distanciamento, afim de analisá-la cri-
ticamente, pretendeu-se desvelar para o discente as inúmeras
possibilidades que poderia resolver, bem como cultivar a ca-
pacidade de não naufragar nessas situações de cunho emocio-
nal e reagir positivamente e/ou o melhor possível. No primei-
ro momento, foram colocados a pesquisa e formação do uso
crítico das tecnologias cinematográficas e sua linguagem ética
e estética no âmbito da cidadania e da construção de valores
humanos no contexto da cultura amazônida e das demandas de
caráter cultural e educacional. No segundo momento, em al-
gumas reuniões procurou-se alcançar a subjetividade por meio
do relaxamento e da calma necessária para que se sentissem à
vontade para falarem de si mesmos. Enfatizou-se a percepção
na variedade de sentimentos e emoções que regem as escolhas
de um ser humano consigo mesmo, com seus iguais e com o
diferente. Para tanto, os seguintes temas foram escolhidos para
serem aprofundados e, posteriormente, serem aproveitados na

263. 263
abordagem da personalidade e dos conflitos dos personagens:
empatia, compaixão, perdão, procrastinação e resiliência. Sob
a influência dessas reuniões, outras se seguiram permeadas pelo
dinamismo das práticas no audiovisual, na qual um ponto em
comum foi identificado nas explosões de ideias para criação
do roteiro de um curta a ser desenvolvido. No terceiro momen-
to, trabalhamos a filmagem propriamente dita (Figuras 1 e 2),
utilizando os celulares de cada estudante, no qual buscou-se
diversas perspectivas. Sem muito profissionalismo inicialmente,
mas observando cada detalhe dos diversos ângulos, todos se
focaram na edição das filmagens dos muitos celulares e, desse
momento mesmo, outras ideias surgiram. Resultados – Foram
momentos divertidos de muita interação enquanto durou o pro-
jeto que continua a ser desenvolvido até o presente, agora da
perspectiva de documentários. Percebeu-se mudanças no pon-
to de vista, na perspectiva, durante o processo. No sentido de
compreender que efetivamente há outros olhares evitando as-
sim conflitos que poderiam ser evitados e, desenvolvendo, du-
rante esse exercício, o próprio autoconhecimento e a resiliên-
cia. Conclusões – Com a aplicação das atividades deste projeto
referente a linguagem audiovisual, percebeu-se que colaborou
com o desenvolvimento da inteligência emocional do discente.
Pôde-se observar o avanço do autoconhecimento de cada um e
suas capacidade e limitações durante a realização das ativida-
des propostas, favorecendo assim, um aprendizado significativo
e ampliando sua criticidade frente ao ambiente em que está
inserido.
Palavras-chave: Educação, Audiovisual, Interdisciplinaridade,
Perspectiva, Sociedade.

264. 264
Figura 1 – Durante as filmagens.
Figura 2 – Editando vídeos das filmagens.
REFERÊNCIA
KLINGER, R. Analfabetismo emocional e educação dos sentimen-
tos. Acesso em 10 de maio de 2021. https://www.YouTube.com/
watch?v=ZXd1q1-DxCw&t=118s.

265. 265
SOBRE A AUTORA
Amélia Teixeira Serrão nasceu em 28 de
junho de 1963, no município de Maraã-
-AM. Graduada em Licenciatura em Fi-
losofia pela Faculdade Salesiana Dom
Bosco – FSDB, ministrou aulas também
de Sociologia e Geografia na rede públi-
ca estadual do Amazonas, Seduc. Traba-
lhou por três anos como professora vo-
luntária da Instituição Filantrópica Obras Sociais Sementeira de
Luz na Escola Espírita Professor Ney Lobo atuando com menores
em situação de fragilidade social. Participante do projeto de exten-
são do Centro de Artes – Caua/Ufam no Curso de Roteiro para Ci-
nema e TV. Foi selecionada para produção em um dos cinco rotei-
ros premiados pelo Amazonas Festival Films 2006 com o curta
metragem “Parecença”.
AGRADECIMENTOS
Quero registrar meus agradecimentos ao apoio da Fundação
de Amparo e Pesquisa da Amazônia sem a qual não seria possível
a realização deste projeto.

267. 267
A ARTE DE DESENHAR LETRAS E O EXERCÍCIO
DE EMPATIA E RESPEITO
Escola Estadual de Tempo Integral Maria do
Céu Vaz D’Oliveira
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Adelaide Maquiné Bezerra
[email protected]
Introdução – Buscar motivação em tempos tão difíceis não foi
fácil, nem para os estudantes, nem para os professores. A escola, que
antes unia e aproximava as pessoas, agora se via numa nova realidade
que nos distanciava ainda mais. Era, então, preciso buscar uma nova
forma de estabelecer relações com o outro. Na nova realidade em que a
escola se encontrava, o caminho mais produtivo foi trabalhar de forma
interdisciplinar em que se pudesse manter aquilo que antes estreitava
as relações. O que era feito antes com um olhar, um aperto de mão, um
abraço, passou a ser feito com as palavras. Vivendo numa sociedade
em que o espírito cooperativo e comunitário, muitas vezes, dá lugar a
uma disputa e competição desenfreada pelo sucesso. A escola admite,
como função social da atualidade, uma educação para a cidadania par-
ticipativa e cooperativa, buscando não apenas a interdisciplinaridade,
mas como a cooperação entre todos os sujeitos. Objetivo – Promover
o respeito aos outros, a si e aos direitos humanos como forma de aco-
lhimento e valorização da diversidade, sem preconceito de qualquer
natureza, estimulando a empatia como ferramenta de interação e trans-
formação pessoal e social. Materiais e Método – Optou-se por uma
abordagem qualitativa, no segundo semestre de 2020. Os sujeitos da
pesquisa foram cerca de 60 estudantes, das turmas do 1.º e 2.º anos do
Ensino Médio, vivenciando o momento híbrido, os estudantes que es-

268. 268
tavam em casa também participaram da realização das atividades com
as suas artes, promovendo a integração de todos. O processo metodo-
lógico escolhido foi o de Sequência Didática, uma vez que este viabi-
liza a plena participação dos estudantes como sujeitos das ações. O
projeto foi dividido nas seguintes etapas: planejamento, execução das
atividades e resultados. Na primeira etapa de Planejamento, em forma-
to de roda de conversa, os estudantes puderam expor suas ideias … Na
etapa seguinte, realizamos a execução das atividades: A1 – Na palma
da mão; A2 – Uma ou duas palavras, desde que positivas; A3 – Análise
das palavras escolhidas; A4 – Como fazer o Lettering? A5 – Projetando
a ideia; A6 – A confecção do Lettering; A7 – A exposição do espaço da
Escola; A8 – Para além da Escola: Sarrabisco – Mural Virtual. Na terceira
e última etapa, foram os resultados – a exposição de mural físico e sar-
rabisco – Mural Virtual (página do Facebook da Escola). Ao retornar às
atividades na escola, iniciei a revisão de conteúdo da aula em casa que
o Governo do Estado proporcionou aos estudantes durante as aulas re-
motas, verifiquei que alguns estavam sentindo-se desmotivados, e com
base nas Novas Competências Gerais da BNCC no item nove Empatia
e Cooperação que tem como “objetivo o fazer-se respeitar e promover
o respeito ao outro, aos direitos humano, com acolhimento e valoriza-
ção da diversidade, preconceito de qualquer natureza”. Resolvi realizar
uma sequência didática com o tema Valorização da Vida. A primeira
atividade dessa sequência foi pedir para que os estudantes e funcioná-
rios circulassem um lápis na mão em cima de uma folha de papel ofício
amarelo e que escrevessem uma frase de empatia ou motivacional de
sua escolha ou criação. Na segunda, foi produzido um painel alusivo
ao mês de setembro com uma ou duas palavras, desde que positivas,
pois esse mês é realizado a campanha de prevenção do suicídio. Na
terceira, foi realizada uma análise em relação ao sentido das palavras
com sentido positivo e negativo. Na quarta, apresentei um vídeo de
como fazer Lettering. Na quinta, projetando a ideia da elaboração de
uma exposição com as criações individuais na escola. Na sexta, cada
estudante confeccionou o seu, seguindo as orientações do vídeo apre-
sentado. Na sétima, organização da exposição na escola aproveitando

269. 269
os espaços. Como resultado, foi realizada uma exposição de Mural Fí-
sico e Virtual (página do facebook da escola). Resultados – O maior
desafio não se tratou de materiais ou planejamento das ações. Inicial-
mente, foi a falta de interesse dos estudantes em realizar as atividades,
por se encontrarem desmotivados em relação ao seu estado emocional.
À medida que as atividades foram acontecendo, a energia foi mudan-
do. A mobilização escolar em prol da comunicação entre as pessoas
foi um dos resultados mais positivos. Os estudantes puderam, por meio
do Lettering, transpor às palavras aquilo que o contrato físico não per-
mitia fazer. Além disso, a promoção do autoconhecimento e da relação
positiva com o outro foram aprimoradas, além do desenvolvimento da
escrita, pesquisa, o ato de projetar e executar ações, bem como o exer-
cício de empatia e respeito. Conclusões – A principal contribuição do
desenvolvimento deste projeto foi a promoção da inclusão, da empatia
e do respeito de maneira efetiva e afetiva, com a colaboração e envolvi-
mento dos estudantes e comunidade educativa. A empatia, o respeito,
a arte, a cooperação, entre tantos outros motores da sociedade do bem,
estiveram presentes nesse projeto, são esses elementos essenciais para
o surgimento de um espírito cooperativo e comunitário, pois, com o
projeto, os estudantes não se preocuparam em fazer a melhor arte, mas
fazer uma arte utilizando o Lettering que pudesse impulsionar a moti-
vação extrínseca dos demais colegas.
Palavras-chave: Arte, Lettering, Empatia, Respeito.
Figura 1 – Organização das ideias:
planejamento.
Figura 2 – Realização das ativida-
des da Sequência Didática.

270. 270
REFERÊNCIAS
ADORNO, Theodor. Experiência e Criação Artística, Lisboa. Edi-
ções 70, 2003.
PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar.
Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artmed, 2000;
SOBRE A AUTORA
Adelaide Maquine Bezerra nasceu no
dia 16 de dezembro de 1965, na cidade
de Manaus-AM, formou-se em 2004 em
Licenciatura em Língua Portuguesa e Li-
teratura, na Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), com especialização
em Metodologia do Ensino de Língua
Portuguesa (2017) e Gestão Escolar
(2015). Atuando na Educação Básica desde 1993. Como educado-
ra realiza as suas atividades na sequência didática em suas aulas.
AGRADECIMENTOS
Meus agradecimentos ao gestor da escola e aos demais pro-
fessores, pela importante colaboração e apoio na realização deste
projeto. Foi gratificante e necessário o trabalho de toda a equipe
escolar no percurso deste trabalho.

271. 271
QUIMICAMENTE FALANDO: TRANSFORMAÇÃO DA
LINGUAGEM COTIDIANA EM LINGUAGEM CIENTÍFICA
COMO APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA PARA
ESTUDANTES DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
(EJA)
Escola Estadual Cacilda Braule Pinto
Ensino Médio – 1.ª e 3.ª série – EJA
Alyne Pereira de Oliveira Ribeiro
[email protected]
Introdução – Deste projeto de pesquisa, constituiu da elabora-
ção de uma revista impressa, chamada Quimicamente Falando que
ocorreu, a transformação da linguagem cotidiana, ou coloquial, de
produtos, substâncias ou objetos químicos, em linguagem científi-
ca. Por exemplo, a água sanitária, cuja composição química é solu-
ção aquosa de hipoclorito de sódio (NaClO), ou também o vinagre,
cujo nome químico é ácido acético (CH
3
COOH). Além também de
curiosidades químicas, como a origem, a função e a aplicabilidade
de alguns elementos químicos, presentes em frutos da Região Ama-
zônica, como, por exemplo, a castanha-do-pará, que é rica em selê-
nio (Se). A revista abordou a contribuição dos cientistas, na criação
da Tabela Periódica. Trouxe um adendo importantíssimo, devido a
situação vivida, pelo mundo todo, a Pandemia, por conta da Co-
vid-19, na qual foi abordada, a origem do vírus, o porquê do nome
“Coronavírus”, como higienizar corretamente as mãos e como o ál-
cool em gel é eficaz no combate ao Sars-CoV-2. A criação dessa re-
vista, partiu do preceito da Aprendizagem Significativa (AS), no qual
o estudante foi estimulado a pesquisar, comparar e analisar durante
o seu cotidiano a presença dessa ciência e como esta é manipulada
pelo ser humano. A ocorrência da Aprendizagem Significativa (AS)

272. 272
está relacionada com o estabelecimento, pelo indivíduo, de inte-
rações entre o novo conhecimento e os conhecimentos prévios da
relação entre a nova informação com conceito subsunçor (conceito
facilitador). Em termos simples, subsunção é o nome que se dá a um
conhecimento específico, existente na estrutura de conhecimentos
do indivíduo, que permite dar significado a um novo conhecimen-
to que lhe é apresentado ou por ele descoberto (MOREIRA, 2012).
Objetivo – Viabilizar a troca de saberes dos estudantes, com relação a
linguagem química, imposta com nomes de uso comercial, utilizadas
no cotidiano, bem como explanar a presença, uso e importância da
Química no dia a dia dos discentes, por meio da Aprendizagem Sig-
nificativa. Toda a criação e elaboração do projeto, só foi possível pois
este estava vinculado ao Programa Ciência na Escola (PCE), fomen-
tado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam) aprovado por meio do Edital n.º 001/2020, que forneceu
incentivo, por meio de bolsas de iniciação a três estudantes da escola.
Materiais e Método – O método para a realização deste projeto, foi a
pesquisa-ação, cujo objetivo consiste em resolver ou, pelo menos, em
esclarecer os problemas da situação observada (THIOLLENT, 2011).
As etapas do projeto, estão descritas no desenho metodológico (Figu-
ra 1). A aplicabilidade do projeto, se enquadrou nessa metodologia,
pois permitiu aos envolvidos na pesquisa (participantes e pesquisado-
ra) a identificar e resolver problemas coletivos para uma ação transfor-
madora, pois ela facilita a busca de soluções de problemas por parte
dos envolvidos (THIOLLENT, 2011). Logo após a aprovação do pro-
jeto, pela Fapeam, foi realizada a escolha dos estudantes que seriam
os bolsistas do projeto, durante o período de julho a dezembro, por
meio de uma entrevista via Google Forms. Três estudantes, foram se-
lecionados, um deles foi o estudante Carlos Barbosa de Medeiros, 67
anos, considerado o bolsista mais velho do PCE, cuja história de su-
peração foi amplamente divulgada nas redes sociais, concedendo in-
clusive entrevista à TV Acrítica (Tabela 1). Houve a criação da revista
Quimicamente falando (Figura 2) com curiosidades químicas, nome
de substâncias químicas do cotidiano, transformadas em nome cien-

273. 273
tíficos, a descoberta da presença de substâncias químicas, presentes
em frutos regionais da Amazônia, a origem do elementos químicos,
bem como, a contribuição dos cientistas, para criar a Tabela Periódica
e um adendo importantíssimo, a situação vivida, pelo mundo todo,
que foi a Pandemia, por conta da Covid, foi abordado, a origem do
vírus, o porquê do nome “Coronavírus”, como higienizar corretamen-
te as mãos e como o álcool em gel é eficaz no combate ao vírus.
A Revista Quimicamente falando explorou alguns eixos científicos,
com o intuito de levar a ciência química de maneira mais criativa e
explicativa, para o público discente. Sua criação partiu do preceito da
aprendizagem significativa, no qual o estudante foi estimulado a pes-
quisar, comparar e analisar durante o seu cotidiano a inserção dessa
ciência central e como esta é manipulada pelo ser humano. Resulta-
dos – Foi possível comprovar que a revista implantou nos estudantes
experiências educativas que facilitaram a aprendizagem, por meio
de curiosidades científicas. Por meio dessa revista, os estudantes, vi-
sualizaram a inserção da química no seu cotidiano, correlacionan-
do essa ciência na aplicabilidade de produtos caseiros, ou comuns,
que contêm substâncias químicas, transformando a linguagem co-
mum ou comercial, que eles já conheciam em linguagem química.
Fazendo essa correlação, da linguagem cotidiana, com a linguagem
científica, o alunado, pôde mentalizar o quão vasto é o ramo da
Química, presente na vida do homem e para a manutenção da exis-
tência dele. Um total de 66 estudantes, foram beneficiados, com
os exemplares da revista, distribuídas no dia 23 de novembro de
2020, promovendo a divulgação de conhecimento científico e por
fim, o processo de ensino-aprendizagem de química, que ocorreu
de forma lúdica, afirmou que a aprendizagem significativa, ocorre
quando as novas informações surgem, quando ancoradas a concei-
tos preexistentes na estrutura cognitiva do aprendiz. Conclusões – A
revista Quimicamente Falando aguçou no estudante, o interesse e
a percepção de que a Química existe fora da sala de aula e que
tal ciência não é apenas uma disciplina curricular e, que esta vai
muito mais além da teoria, cuja aplicabilidade está presente, na

274. 274
prática, no simples ato de respirar, onde nós absorvemos O
2
(gás
oxigênio) e liberamos CO
2
(gás carbônico). O público estudado,
consiste em pessoas, que por algum motivo, durante a sua vida,
não puderam concluir os estudos.
Palavras-chave: Linguagem Química, Revista, Aprendizagem Sig-
nificativa, EJA.
Figura 1 – Desenho metodológico das etapas da pesquisa.
Figura 2 – Tópicos abordados na revista.

275. 275
REFERÊNCIA
MOREIRA, M. A. O que é afinal Aprendizagem Significativa? Aula
Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências
Naturais, Instituto de Física, Universidade Federal do Mato Groso,
Cuiabá, MT, 23 de abril de 2002. Aceito para publicação, Quricu-
lum, La Laguna, Espanha, 2012;
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo:
Cortez, 2011.
SOBRE A AUTORA
Alyne Pereira de Oliveira Ribeiro, nasci-
da no dia 20/8/1992, formada em Licen-
ciatura em Química, pela Faculdade
Metropolitana de Manaus – Fametro
(2015). Especialista em Perícia Criminal
e Segurança Pública e Tecnologias Digi-
tais Aplicadas à Educação. É servidora
efetiva na Seduc-AM, desde 2016 atuan-
do, como professora na disciplina de Química, para estudantes da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) e estudantes de Escola de Tem-
po Integral (ETI).
AGRADECIMENTOS
Este trabalho foi realizado com apoio da Fundação de Am-
paro à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) por meio do
Programa Ciência na Escola (PCE).

277. 277
CRIATIVOS NA ESCOLA: PROTETORES DA INFÂNCIA
Escola SESI Dra. Êmina Barbosa Mustafa
Ensino Médio – 2.ª série
Ana Caroline Araújo Duarte da Silva
[email protected]
Introdução – A violência sexual contra crianças e adoles-
centes é uma violação de direitos e uma agressão à identidade
e integridade da criança. Em 2000, por meio da Lei 9.970, foi
instituído o dia 18 de maio como o Dia Nacional de Comba-
te ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
e, anualmente, entidades governamentais, não governamentais
e representantes da sociedade civil aproveitam essa data para,
além de formulação de políticas públicas, promover reflexões e
debates em torno do tema (CUNHA, 2021). Segundo a Ouvi-
doria de Direitos Humanos, de 2011 a 2019, foram registradas
mais de 200 mil denúncias de violência sexual contra crianças e
adolescentes, considerando que apenas 10% dos casos são no-
tificados, somos impactados com a impressionante cifra de mais
de 2 milhões de casos neste período em nosso país. Segundo a
Organização das Nações Unidas – ONU, em seu Relatório Policy
Brief: The Impact Of Covid-19 On Children identificou riscos à
segurança das crianças decorrentes da crise mundial provoca-
da pela pandemia da Covid-19. Providências como lockdowns e
isolamento social trazem maior perigo de crianças testemunhan-
do ou sofrendo violência e abuso. De acordo com a Secretaria
de Segurança Pública (SSP-AM), mais de 130 suspeitos de crimes
de abuso sexual praticados contra crianças e adolescentes foram
presos, em Manaus, no primeiro bimestre de 2020. Em média,

278. 278
a cada 24 horas, dois acusados pelo crime são identificados e
presos pelas polícias na capital do Amazonas. No ano passado,
foram 1.007 prisões por crimes como estupro de vulnerável, es-
tupro, assédio sexual e outros delitos contra o público infantoju-
venil. Diante do exposto, foi criado o Projeto Protetores da Infân-
cia, para incentivar a realização de atividades para conscientizar,
prevenir, orientar e combater o abuso e a exploração sexual de
crianças e adolescentes. O Projeto Protetores da Infância está na
lista de premiados do Desafio Criativos da Escola 2020, iniciativa
que faz parte do Design for Change (Figura1), movimento global
que encoraja crianças e jovens a transformarem suas realidades,
reconhecendo-os como protagonistas de suas próprias histórias
de mudança. O Desafio Nacional mobiliza estudantes de todo
o país na construção de planos de ação para iniciar uma trans-
formação ou aperfeiçoar uma iniciativa realizada por estudantes
com apoio de seus educadores. Objetivo – Orientar crianças e
adolescentes, por meio de palestras educativas e atividades lúdi-
cas, de como proceder em relação a casos de abuso sexual. Ma-
teriais e Método – A pesquisa teve início no primeiro bimestre de
2020, no qual foi realizado um levantamento bibliográfico sobre
o tema. Após a efetivação da pesquisa, foram realizadas rodas
de conversas com os estudantes e um psicólogo. Os estudantes
receberam orientações de como agir e orientar crianças e ado-
lescentes e apresentaram o projeto na escola (Figura 2). Foi utili-
zada como estratégia as redes sociais, com vídeos que orientam
e conscientizam crianças e adolescentes. No segundo semestre
de 2021, será realizada visitas em escolas e instituições que tra-
balham com esse público, onde farão oficinas e entregarão kits
com produtos de higiene pessoal, para crianças e adolescentes.
Resultados – Percebeu-se o engajamento dos estudantes nesse
tipo de atividade social, saindo dos muros da escola e ampliando
o projeto para a comunidade e instituições que trabalham com
crianças e adolescentes. A partir do projeto, famílias foram aju-
dadas com cestas básicas, e por meio das redes sociais, crianças

279. 279
e adolescentes que procuraram o projeto, receberam orientações
e foram ouvidas. Conclusões – Os estudantes são influenciadores
e multiplicadores do projeto, no qual desenvolvem um trabalho
social que ajudam no combate ao abuso e à exploração sexual
de crianças e adolescentes. Experiências que levarão para vida,
e que trarão mudanças não só nas suas como nas vidas de outras
pessoas. Tornando-se pessoas melhores e transformando o mun-
do ao seu redor.
Palavras-chave: Infância, Protetores, Combate.
Figura 1 – Premiação no criativos da escola.Figura 2 – Apresentação do proje-
to na escola.
REFERÊNCIA
CUNHA, M, L. C. Cartilha Abuso Sexual Contra Crianças e Ado-
lescentes- Abuso Sexual Contra Crianças e Adolescentes – Abor-
dagem de Casos Concretos em uma Perspectiva Multidisciplinar e
Interinstitucional, SNDCA/MMFDH, 2021 Disponível em cartilha-
maiolaranja.pdf (www.gov.br) . Acesso em 27 de junho de 2021;

280. 280
SOBRE A AUTORA
Ana Caroline Araújo Duarte da Silva,
nasceu em Manaus e formou-se em Li-
cenciatura em Química no Centro Uni-
versitário do Norte e em Licenciatura em
Pedagogia pelo Centro Universitário
UniDomBosco. Com especialização em
Auditoria, Perícia e Gestão Ambiental
pelo Instituto de Pós-graduação e Gra-
duação- IPOG, especialização em Tecnologia em Alimentos pelo
Instituto Federal do Amazonas – Ifam. Exerce o cargo de professora
de Química na Escola Sesi Dra. Êmina Barbosa Mustafa e já atuou
em várias escolas pela Seduc AM, com destaques em vários proje-
tos na área da educação desenvolvidos com os estudantes do Esta-
do. Atualmente está como presidente da Associação Brasileira de
Química Regional Amazônia Ocidental – ABQ/AO.

281. 281
CONHECENDO MEU MUNICÍPIO: A BELA EVA
Escola Estadual Rio Preto da Eva – Rio Preto da
Eva/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Alda Maria Benevides Martins
[email protected]
Introdução – O município de Rio Preto da Eva completou 37
anos nesse ano de 2019. E, em decorrência de tal evento, a Escola
Estadual Rio Preto da Eva resolveu manifestar sua homenagem por
meio deste projeto o qual buscou contribuir com o desenvolvimen-
to intelectual do educando. Pois, o aniversário de um município,
é, e sempre será, um motivo para que todos os envolvidos possam
desfrutar de uma aprendizagem que proporcione caminhos alterna-
tivos a serem trilhados. E foi com esse pensamento que a professora
de Geografia desenvolveu o projeto considerando o nome ‘Eva’ tan-
to do município quanto da escola. Portanto, pesquisas, seminários,
painéis e uma gincana cultural criou-se condições favoráveis ao
melhor aproveitamento escolar envolvendo a transversalidade, res-
gatando os valores culturais e, alcançando os diversos interesses in-
dividual e grupal. Pois, segundo Almeida (2007), a escola é respon-
sável em formar “indivíduos para o exercício da cidadania plena,
da democracia... bem como dos conteúdos sociais de interesse da
população que possibilitem a formação de um cidadão crítico [...]”.
Nesse caso, o projeto proporcionou oportunidades para o fortaleci-
mento associativo e cooperativo dos indivíduos envolvidos. Pois, de
acordo com a BNCC (BRASIL, 2017), as escolas podem “incorporar
aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem de temas
contemporâneos que afetam a vida humana em escala local, regio-

282. 282
nal e global, preferencialmente de forma transversal e integradora”.
Objetivo – Ampliar conhecimentos com a troca de informações so-
bre o município de Rio Preto da Eva com uma visão crítica sobre o
espaço geográfico, conhecer as questões socioeconômicas, política
e administrativa que contribuem na construção e, na modificação
do espaço compreendendo como se dá a sua organização. Mate-
riais e Método – Tratou-se de um projeto educacional desenvolvido
em caráter pedagógico, cívico e cultural considerando o método
qualitativo e ressaltando conteúdos de forma transversal assim como
orienta a Base Nacional Comum Curricular. O projeto aconteceu no
período dos meses de fevereiro e março de 2019, que, a princípio,
foi levado ao conhecimento da Equipe Gestora e do Corpo Docente
da Instituição de Ensino que apoiou o projeto. Em seguida, foi esten-
dido aos discentes para que pudessem participar dando sugestões
de subtemas dentro daquilo que fora proposto considerando uma
transversalidade. Sendo considerado o exposto pela BNCC, as su-
gestões das turmas estavam seguindo uma abordagem seriamente
transversal e, os estudantes optaram por pesquisar e discorrer sobre
os seguintes subtemas: Histórico do Município e os Símbolos Mu-
nicipais: Bandeira, Hino e Brasão; a Educação, a Saúde e a Ação
Social do Município de Rio Preto da Eva; Eventos Comemorativos:
Culturais, Religiosos e Populares; o Artesanato e a Culinária; Meio
Ambiente: flora e a fauna; o Turismo e as Repartições Públicas e
Privadas; Paródias referente ao Município; confecção de maquetes
de pontos importantes como Campo de Areia, Igreja de São Pedro,
a Escola Rio Preto, a Praça de São Pedro, o Mirante do Cristo Re-
dentor, Ginásio Dayson Siqueira, o Balneário Municipal e a Igreja
de Cavaco; Pesquisa sobre a Agropecuária, o Esporte, Lazer, Contos
e Lendas. Resultados – A professora responsável pôde notar que as
equipes foram além do que estava sendo esperado. Conheceram
os vereadores e secretários municipais, conversaram com antigos
moradores e presidentes de comunidades. As turmas apresentaram
nas salas de aula todo o aparato de pesquisas que conseguiram
reunir em forma de seminário, debates, paródias, dramatização e

283. 283
apresentações em slides. A educação é necessária socialmente em
diferentes períodos históricos, sendo possível ressaltar que os envol-
vidos aproveitaram as oportunidades com as trocas de informações
com a sociedade do município. Conhecer o seu espaço geográfico
é tão importante quanto ser um agente social que só assim, após
essa breve análise conjunta pode-se então, fazer críticas relevantes.
Isso tudo se deu após as pesquisas, seminários, entrevistas, estudos
dirigidos e informes sobre o município e, houve para finalizar a ma-
terialidade do projeto, a realização de uma Gincana Cultural em 28
de março de 2019 – data que antecede o aniversário de Rio Preto da
Eva – no turno noturno, às 19h e 15min, para demonstrar, de forma
concreta, todo o trabalho e atividades elaboradas pelas turmas par-
ticipantes fora da escola e dentro das salas de aula. E, por fim, foi na
Gincana, onde as tarefas foram relevantes às pesquisas e de acordo
com o que as equipes haviam desenvolvido, como: responder a per-
guntas relacionadas ao município; trazer 1 vereador, 1 presidente de
comunidade, 1 secretário, 1 morador antigo; produzir uma paródia
ou poesia em homenagem ao município; uma dramatização sobre
lendas ou contos relacionado ao município (Figuras 1 e 2); maque-
tes de pontos turísticos; e bolos artísticos em homenagem ao mu-
nicípio. Pois, o cidadão participa da construção da história de um
espaço geográfico, bem como de seu desenvolvimento. Conclusões
– Este projeto alcançou seus objetivos na íntegra com a construção
do conhecimento de forma lúdica e dinâmica. Pois, todos só tive-
ram a ganhar com essa participação coletiva que, em especial, for-
ma cidadãos informados e críticos. Portanto, vale a pena considerar
a aprendizagem, de maneira participativa, com o desafio de intera-
gir Escola e Comunidade considerando a aprendizagem transversal
como ressalta a BNCC. Pois a contextualização dos conhecimentos,
aqui, trabalhados ampliou a transversalidade de cada participante
que se envolveu com a realidade do município.
Palavras-chave: Transversal, BNCC, Transversalidade.

284. 284
Figura 1 – Grupo das respostas, dramatizações e vereadores convidados.
Figura 2 – Secretários municipais convidados, paródia,
agropecuária e os símbolos oficiais.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. C. Os livros didáticos de matemática para o Ensino
Fundamental e os Temas Contemporâneos Transversais: realidade
ou utopia? Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulis-
ta. Faculdade de Ciências, Bauru, 2007.

285. 285
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. MEC, 2017. Brasília, DF, 2017. Disponível em Acesso em 8
fev. 2019.
SOBRE A AUTORA
Alda Maria Benevides Martins nasceu na
cidade de Itacoatiara-AM, e formou-se
em 2003 na Universidade Federal do
Amazonas, na Faculdade de Licenciatu-
ra em Geografia e, em 2012, concluiu a
Licenciatura em Letras com Habilitação
em Língua Inglesa pela Ufam. Pós-Gra-
duada em Gestão Escolar pela Ufam, em
2016, e pós-graduada em Letramento Digital pela UEA, em 2020.
A referida autora e servidora pública da Rede Estadual (Seduc) e da
Rede Municipal (Semed) de Rio Preto da Eva. Ministra aulas de
Geografia na Escola Estadual Rio Preto da Eva para o Ensino Médio
e Língua Inglesa na Escola Municipal Alegria de Saber, município
de Rio Preto da Eva.
AGRADECIMENTOS
Aos coautores do projeto, Áurea Maria Neves, Elson da Silva
Silva, Daniel Pinheiro, Francisco Jorge Brasil, Larissa Primo Car-
doso, Maria do P. Sovorro Rezende, Mario Sérgio Braga, Sidney
Figueira da Silva, Soulvé Monteiro Furtado, Walcimar Saraiva Go-
mes e Valério Furtado Coelho.

287. 287
FLORA PRESENTE NA ÁREA VERDE DA ESCOLA
ESTADUAL RUTH PRESTES GONÇALVES, MANAUS
– AMAZONAS
Escola Estadual Professora Ruth Prestes Gonçalves
Ensino Médio – 3.ª série
Andréia Santa Rita Machado
[email protected]
Introdução – As plantas são seres vivos importantes para
manutenção da vida na Terra, sua interação ecológica mantém o
equilíbrio da diversidade, favorecendo toda biota. Muitas vezes,
esses seres passam despercebidos pelo olhar humano, mas não
existe praça com sombra, bosques, ruas e parques sem a presença
de uma árvore, até mesmo nos lugares de solo pobre em oxigena-
ção, é possível observar o desenvolvimento de uma espécie vege-
tal. A presença de um espaço arborizado dentro de escolas sem-
pre é relevante para toda comunidade escolar, mas nem todos se
dispõem a criar ou manter esse espaço vivo. Talvez a dificuldade
em não saber como caracterizar os vegetais ou não conhecer sua
função ecológica sejam fatores que levam os próprios professores
ao esquecimento do que consta nos Parâmetros Curriculares Na-
cionais, descrito desde 1997 para trabalhar educação ambiental
desde as séries iniciais (PCNS, 1997) e também nas competências
e habilidades da nova Base Nacional Comum Curricular. Objeti-
vo – Realizar a identificação e exposição do nome científicos e
comuns, características específicas das plantas presentes na área
verde da Escola Ruth Prestes, Manaus-AM. Materiais e Método –
O estudo foi desenvolvido com uma turma da 3.ª série do Ensino
Médio. Inicialmente, foi realizado um levantamento do quantita-

288. 288
tivo de táxons diferentes e registros fotográficos utilizando a ferra-
menta Google Lens, aplicativo oferecido pelo Google que permite
usar a câmera do celular e buscar diretamente informações sobre
as plantas e objetos. Também foram coletadas imagens das folhas,
caule e flores quando presentes no período estudado. A compro-
vação da identidade científica foi realizada por meio das chaves
de identificação do guia das plantas vasculares – Flora da Reserva
Ducke, de acordo com Ribeiro et al. (1999) e chave proposta por
Cronquist (1981), além de informações disponíveis em herbários
on-line (speciesLink Network, INCT- Herbário virtual da Flora e
dos Fungos), Programa Reflora – flora do Brasil e chave de iden-
tificação de plantas da Brasil Bioma. Após esse levantamento foi
elaborado um modelo de placa de identificação botânica, disposta
a 30 cm acima do solo, além dos dados descritos na figura 1, tam-
bém possui um QRcode que levará o leitor a um artigo científico,
sites de importância relevante para diversidade vegetal ou para
herbários virtuais, caso ele tenha a curiosidade de aprender mais
sobre esta espécie (Figura 1). Resultados – Foi possível identificar
21 táxons distribuídos em 427,72m
2
de área verde na praça da es-
cola. Destes, 9 (43%) são espécimes de categoria ornamental, pre-
valecendo a Ixora chinensis como a espécie mais presente, 4 (11%)
foram categorizadas como palmeiras, sendo a palmeira imperial
com maior número de indivíduos. Também estão presentes, 5
(23%) espécies frutíferas, como o açaí (Euterpe oleracea) e a pupu-
nheira (Bactris gasipaes), categorizados também como palmeiras,
a goiabeira (Psidium guajava) e a bananeira (Musa spp.), conforme
tabela 1. Os demais táxons dispersos dentro área, representam 5
(23%) diferentes categorias. Os 21 táxons estão distribuídos em 13
famílias botânicas diferentes, sendo Arecaceae e Rubiaceae mais
frequentes, registros já descritos e catalogados por Hopkins (2005)
na região Norte e Lorenzi (1992) que fez registros em todo Brasil.
Como forma de socialização, também foi criado um mural digital
com todos os dados coletados, disponível na ferramenta padlet.
com (https://padlet.com/andreiamachado/x74bfjg1eq87zry7), per-

289. 289
mitindo o acesso de todos os estudantes e comunidade escolar,
caso precisem fazer pesquisa (Figura 2). Conclusões – Conclui-se
que as plantas do espaço verde da escola, é diversificada, varia
entre espécies nativas e exóticas, maioria ornamental, apresentam
pequeno e grande porte, algumas com idade maior que dez anos
e outras plantadas recentemente. Em geral, o trabalho realizado
ultrapassou as expectativas.
Palavras-chave: Estudos das plantas, Ensino médio, Ciências na
Escola.
Figura 1 – Placa de identificação botâni-
ca em PVC adesivado. Fonte: Santa-Rita
(2020).
Figura 2 – Mural digital via ferramenta
padlet.com.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação, (1997). Parâmetros Curriculares
Nacionais para o Ensino Fundamental. Brasília, MEC/SEF.
CRONQUIST, A. Ana integrated system of classification of flowe-
ring plants. Colombia University Press, New York. 1263 p. 1981.
RIBEIRO, J. E. L. S.; HOPKINS, M. J. G.; VICENTINI, A.; SOTHERS,
C. A.; COSTA, M. A. S.; BRITO, J. M.; SOUZA, M. A. D.; MAR-
TINS, L. H.; LOHMANN, L. G.; ASSUNÇÃO, P. A.; PEREIRA, E. C.;
SILVA, C. F.; MESQUITA, M. R.; PROCÓPIO, L. Flora da Reserva

290. 290
Ducke. Guia de identificação das plantas vasculares de uma flo-
resta de terra firme na Amazônia Central. Inpa-DFID, Manaus, 800
p, 1999.
SOBRE A AUTORA
Andréia Santa Rita Machado, nascida
em 13 de dezembro de 1983, na cidade
de Manaus-AM e graduada como biólo-
ga, em março de 2009, pelo Centro Uni-
versitário do Norte (UniNorte), especia-
lista em Ecologia de doenças
transmissíveis na Amazônia pelo Institu-
to Leônidas e Maria Deane, em dezem-
bro de 2010. Em agosto de 2013, tornou-se mestre em Condições
de Saúde e Qualidade de Vida na Amazônia, pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam/UFPA/Fiocruz).
AGRADECIMENTOS
Esta pesquisa foi aprovada pelo Programa Ciências na Escola
(PCE), edital N°001/2020, meus sinceros agradecimentos a Funda-
ção de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) pela
aprovação e financiamento da bolsa para três estudantes da turma
e coordenador do projeto. Ao gestor da escola, Sérgio Façanha,
pela autorização, confiança e parceria durante todo período de
desenvolvimento do trabalho.

291. 291
ANÁLISE SOBRE A EVASÃO ESCOLAR NA
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) NA E.
E. MARECHAL HERMES
Escola Estadual Marechal Hermes
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série – EJA Fundamental
e Médio.
Benedita Frazão da Silva Neta
[email protected]
Introdução – Com o advento da doença causada por um novo
tipo de coronavírus (Covid-19), a humanidade se deparou com si-
tuações atípicas em níveis alarmantes, hospitais não conseguiam
atender a demanda de pessoas infectadas, escolas tiveram as por-
tas fechadas e todas as esferas da sociedade foram abaladas. Nesse
contexto, informações surgiam de forma desencontradas e o esta-
do de calamidade pública se instalou em nível mundial e a educa-
ção brasileira teve a necessidade de adequar-se ao novo cenário
imposto pela pandemia. Dessa forma, o Ministério da Educação
(MEC), trouxe à baila o ensino à distância. Com isso, a Secretaria
de Estado de Educação do estado do Amazonas (Seduc), lançou o
Projeto Aula em Casa, com o intuito de dar continuidade aos estu-
dos, afim de que os educandos não fossem prejudicados em sua
jornada escolar. Entretanto, no dia 10 de agosto de 2020,106.294
mil estudantes do Ensino Médio da rede estadual de ensino do
Amazonas começaram uma experiência de retorno às aulas na ca-
pital. Com as aulas sendo realizadas no formato híbrido (presen-
cial e on-line ao mesmo tempo). Contudo, alguns estudantes opta-
ram por continuar seus estudos em aulas remotas. As aulas remotas
são aquelas que oferecem a continuidade da escolarização por

292. 292
meio de recursos tecnológicos, só que a distância. Nessa realidade
diferenciada que os índices de evasão escolar da E.E Marechal
Hermes tiveram um aumento considerável, pois surgiram os entra-
ves para o pleno desenvolvimento da educação à distância. Entre
os principais podemos citar: desmotivação, perda de entes queri-
dos acometidos pela supracitada doença, questões financeiras, fal-
ta de acesso à Internet, falta de uma base na educação digital e
falta de interesse propriamente dito. No que diz respeito à parte
presencial da educação híbrida, a desmotivação dos estudantes
elevou-se de forma alarmante, pois a realidade, até então, conhe-
cida por todos, transformou-se e muitos estudantes não consegui-
ram acompanhar tais mudanças. Portanto, este pesquisa procurou
identificar como a pandemia do novo coronavírus contribuiu para
a evasão na escola Estadual Marechal Hermes, verificando as taxas
de evasão face ao número de estudantes, e, dessa forma, servir
como instrumento em busca da compreensão da nossa atual reali-
dade escolar. Objetivo – Analisar o impacto da pandemia de Co-
vid-19 nos índices de evasão escolar na E. E. Marechal Hermes
entre os anos de 2020 e 2021 nas modalidades de Ensino Funda-
mental II, Ensino Médio e EJA, compreendendo, para isso, o pró-
prio contexto pandêmico que amplificou o abismo social existen-
te, fazendo com que muitos estudantes não conseguissem ter
acesso às aulas por falta de conectividade, bem como no contexto
familiar, no ápice pandêmico, o estudo passou a não ter priorida-
de, mas sim a fome e a moradia, diante de um quadro social, nun-
ca antes visto ou imaginado, por esses e outros motivos, o abando-
no escolar tornou-se a única opção. Materiais e Método – Com
relação aos delineamentos metodológicos preconizados nesta pes-
quisa, quanto a sua finalidade/natureza é aplicada, pois tem como
intenção ser elemento de apoio na geração de conhecimento, para
sua aplicação em questões específicas. Relativo ao método, teve
como característica alinhar-se com dois procedimentos. Para o re-
ferencial teórico, a pesquisa foi do tipo bibliográfica, sendo utili-
zado material já publicado e avaliado, como livros e artigos (em

293. 293
meio eletrônico) sobre a Educação de Jovens e Adultos e a Evasão
Escolar. Na realização da coleta de dados, a pesquisa foi docu-
mental e de campo, por meio da captação de informações. A abor-
dagem é mista, sendo qualitativa, visando à compreensão da rela-
ção entre os fenômenos estudados, e quantitativa, com aplicação
de questionários. No primeiro momento tivemos conversas com
estudantes e professores expondo suas opiniões acerca das princi-
pais dificuldades e motivos para a evasão, bem como as ideias de
combate ao problema. No segundo momento, utilizamos instru-
mentos padronizados (questionários), tomando como base as
ações adotadas pela secretaria de educação (entrevista com a res-
ponsável da GPPC – Gerência de Programas e Projetos Comple-
mentares) e as adotadas pelo cotidiano da escola e dos professo-
res. Já, quanto ao objetivo é uma pesquisa descritiva, pois descreve
características específicas de um grupo e as suas relações com de-
terminadas variáveis, no caso, a Evasão Escolar. A população da
pesquisa foram os professores da EJA da Escola Estadual Marechal
Hermes do município de Manaus. Tendo como amostra, 10 profes-
sores atuando na área. E, ainda, 15 estudantes da EJA da supracita-
da escola. Os dados foram coletados por meio da aplicação de
questionários previamente elaborados pela pesquisadora. O ques-
tionário aplicado aos estudantes foi composto por 18 questões ob-
jetivas e subjetivas. Já o questionário aplicado aos professores, foi
composto por 6 questões objetivas. Resultados – Verificamos que
a evasão na Educação de Jovens e Adultos – EJA tem inúmeros fa-
tores e razões que contribuem para tal. É inegável que esse fato
contribui para queda da qualidade de vida do estudante e os seus
anseios para o futuro. A apresentação dos resultados obtidos na
presente pesquisa encontra-se nas figuras 1 e 2. A principal causa
do abandono escolar, de acordo com os estudantes entrevistados
(38%) é a necessidade de trabalhar para sustentar ou ajudar com o
sustento da família; trabalhos estes, em sua maioria, informais.
Com isso, esses estudantes não conseguem conciliar o tempo para
trabalhar e estudar, pois, muitas vezes, há o conflito de horários ou

294. 294
mesmo a questão do cansaço. Devemos ressaltar que, apesar dis-
so, os estudantes têm consciência que uma das exigências do mer-
cado de trabalho é a conclusão da Educação Básica, ou seja, o
término do Ensino Médio. Ainda com a pesquisa, o segundo moti-
vo da evasão que sobressaiu nas respostas dos estudantes com
(30%) foi o fato de que estes, em sua maioria jovens, simplesmente
não tinham interesse em estudar, abandonando o ambiente escolar
sem nenhuma preocupação com o futuro. Seguindo com (23%)
nas respostas de estudantes que evadiram da escola em algum mo-
mento de suas vidas para cuidar dos filhos. Finalizando esses da-
dos, (9%) dos estudantes entrevistados citou a questão da violên-
cia como fator preponderante para evadirem-se da escola.
Observamos que, de acordo com as respostas dos docentes parti-
cipantes, (39%) das causas de entrave para o pleno desenvolvi-
mento da prática pedagógica é o desinteresse dos educandos pelos
estudos, seguido pela evasão dos estudantes (29%), a dificuldade
cognitiva dos estudantes apareceu com (20%) das opiniões dos
entrevistados e ainda 12% das respostas dos professores diz respei-
to a falta de investimento na educação pública e a concretização
das políticas educacionais. Estes são considerados os principais
motivos que atrapalham o desenvolvimento da prática pedagógica
na opinião dos educadores (Figura 2). De acordo com a Secretaria
de Educação existe um projeto, chamado Busca Ativa, que traça
uma atividade de ir em busca de cada estudante desistente em
tempo hábil, para validar a continuidade no processo escolar, sen-
do este projeto administrado pela Gerência de Programas e Proje-
tos Complementares – GPPC. Já a Coordenadoria da Educação de
Jovens e Adultos (Ceja), está trabalhando em uma nova proposta,
com o objetivo de tornar essa modalidade de ensino mais atrativa
ao seu público, considerando suas peculiaridades. Contudo, em
virtude da pandemia do novo coronavírus, tal proposta ficou im-
possibilitada de ser implantada, no ano de 2020, na escola Esta-
dual Marechal Hermes. Conclusões – Conclui-se que um fator
muito importante para a manutenção dos educandos na escola é a

295. 295
oferta de merenda escolar de qualidade, pois muitos estudantes se
dirigem para escola diretamente do trabalho, tendo assim a meren-
da escolar como principal refeição da noite. Para 98% dos estu-
dantes entrevistados, a merenda ofertada na escola Marechal Her-
mes é muito satisfatória. Outro fator é a necessidade de trabalhar
para sustentar ou ajudar com o sustento da família. Seja qual for o
motivo da evasão escolar, entendemos que o motivar, no sentido
educacional, é de extrema importância para que o sucesso escolar
possa acontecer e que o insucesso deixe de fazer parte do vocabu-
lário escolar, além disso os professores e gestores devem saber
como fazê-lo, pois seu papel será fundamental neste processo.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola
podem oferecer, propiciando o desenvolvimento educacional ple-
no de seus filhos e dos seus estudantes. E são essas contribuições
que farão o motivar obter sucesso.
Palavras-chave: Evasão, Escola, EJA, Noturno.
Figura 1 – Relação e entraves para o de-
senvolvimento da prática pedagógica.
Figura 2 – Alunos em aulas presenciais
e aulas remotas.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Diretrizes Curri-
culares para Educação de Jovens e Adultos. Brasília, DF, 2005

296. 296
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 2016.
Disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.
htm?1. Acesso em 11/6/2018.
SOBRE A AUTORA
Benedita Frazao da Silva Neta é profes-
sora com Licenciatura Plena em Geogra-
fia pela Universidade Federal do Amazo-
nas/Ufam/2000); Especialista em
Educação de Jovens e Adultos pela Fa-
culdade Educacional da Lapa (Fael/2018)
e mestranda em Ciências da Educação
pela Universidade Del Sol (Unades)
Paraguai.

297. 297
PROJETO NEM UM A MENOS: COMBATENDO A
EVASÃO ESCOLAR
Escola Estadual São Luiz de Gonzaga
Ensino Médio – 3.ª série
Ana Grace Maués Levy
[email protected]
Introdução – O problema do abandono e da evasão escolar
preocupa os educadores e responsáveis pelas políticas públi-
cas. São mais de 2,9 milhões (dados de 2007) que abandonam a
escola em um ano e retornam no próximo, aumentando o índi-
ce inquietante: o da distorção idade/série. Objetivo – Combater
a Evasão Escolar e “promover” o acesso e a permanência de
estudantes na Escola Estadual São Luiz de Gonzaga. Materiais e
Método – Para a execução do Projeto Combatendo a Evasão Es-
colar foram implantadas estratégias específicas de ação no com-
bate à evasão, tais como palestras na escola reunindo equipes
diretivas, professores, estudantes e pais e/ou responsáveis, no
intuito de conscientizar quanto à necessidade dessa ação: visita
aos pais e/ou responsáveis que não comparecem à escola, via
convocação; acionar a intervenção do Programa de Redução do
Abandono Escolar (Prae); recorrer aos Conselhos Tutelares para
apoio na tentativa de resgate do estudante à escola, quando não
se obteve sucesso anteriormente e, finalmente, ação junto ao
Ministério Público, para acionar judicialmente os pais e/ou res-
ponsáveis pelo estudante, caso nenhuma providência anterior
tenha tido resultado positivo. Essa rede de atendimento apre-
senta alternativas que garantem o apoio social aos adolescentes
em situações de risco, por meio de atividades com cunho ar-

298. 298
tístico, esportivo, profissionalizante e lúdico, fomentadoras de
autoestima. Dessa forma, o Projeto Evasão Escolar prevê um
acompanhamento que ultrapassa a simples ação de “resgatar”
os discentes. Resultados – Os resultados devem deixar claro
que sua eficácia se deve, principalmente, ao desempenho de
todos os envolvidos. Em menos de dois anos, espera-se baixar a
evasão escolar, resolvendo essa questão, avaliando-se o retorno
social alcançado. Conclusões – O projeto evidencia que é pos-
sível alcançar resultados altamente positivos com recursos bem
utilizados, que refletem melhorias efetivas na qualidade de vida
de uma sociedade. O Projeto Nem Um a Menos: Combatendo a
Evasão Escolar consiste na implantação de uma rede articulada
de serviços e competências, envolvendo a Equipe Gestora da
Escola Estadual São Luiz de Gonzaga, Conselho Tutelar e Minis-
tério, no qual cada instituição responde por tarefas claramen-
te determinadas com o propósito coletivo de buscar a melhor
eficiência no trato de evasão escolar e de garantia de regresso
e permanência, com sucesso, do estudante na Escola Estadual
São Luiz de Gonzaga.
Palavras-chave: Evasão, Chaves, Conscientização, Intervenção.
REFERÊNCIA
Chamada à ação: Combatendo o fracasso escolar no Nordeste/
Programa de Pesquisa e Operacionalização de Políticas educa-
cionais. 2 Ed. Brasília: Projeto Nordeste/ Banco Mundial/ Unicef,
1997.

299. 299
SOBRE A AUTORA
Ana Grace Maués Levi atua como pro-
fessora há 38 anos. Atualmente, lotada
na Escola Estadual São Luiz de Gonzaga
há 16 anos. A partir da sua experiência
como professora do Ensino Fundamental
até 2014, onde viu a necessidade do res-
gate dos estudantes que deixaram de fre-
quentar a escola por conta da obra do
Prosamim (Programa Social e Ambiental dos Igarapés da Manaus).
Em 2015, a escola passou a contemplar o seguimento do Ensino
Médio onde, mais uma vez, observou a necessidade de resgate de
estudantes da 3.ª série.

301. 301
OLIMPÍADA DE INGLÊS PARA O FUTURO DO
TRABALHO
Escola Estadual Tiradentes.
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
André Machado de Souza
[email protected]
Introdução – A olimpíada de inglês é um concurso cultural
com o intuito educacional e recreativo para estudo da língua alvo,
envolvendo as quatro habilidades de aprendizagem do idioma: fala,
escrita, leitura e audição. Promovida por uma startup educacional
(chatclass) com apoio do escritório de ensino de Língua Inglesa (Relo)
da embaixada americana no Brasil, a olimpíada de inglês engajou
e premiou estudantes de todo o país, por meio do uso do aplicativo
de mensagens muito usado pelos estudantes (WhatsApp), pelo qual
qualquer estudante com pacote de dados disponível pode partici-
par, democratizando assim o ensino do inglês. Objetivo – Estimu-
lar o aprendizado do idioma entre os estudantes da escola pública,
oportunizando a participação a todos os estudantes sem prejulga-
mento de suas habilidades linguísticas quanto à língua estrangeira
inglesa, usando a inteligência artificial (AI) da startup, também co-
nhecida como robô de inglês, para realizar as atividades à distância
em qualquer lugar ou horário, ou presencialmente, dentro do prazo
estipulado de um mês. Dessa forma, falando, escrevendo, lendo e
escutando a Língua Inglesa, de forma divertida e espontânea pelo
WhatsApp, independentemente do isolamento da escola em decor-
rência de pandemia, os estudantes se motivarão a aprofundarem
seus estudos, a fim de alcançar uma futura inserção no mercado de
trabalho. Materiais e Método – Para participar, os estudantes devem,

302. 302
obrigatoriamente, fazer parte de uma turma do professor cadastrado
na plataforma e estar cursando o Ensino Médio. O professor cria
as turmas, envia o código aos estudantes. Os estudantes salvam o
número de celular da inteligência artificial, o robô de Inglês, no seu
dispositivo móvel de acesso ao WhatsApp. A seguir, fazem um ca-
dastro e um teste de nivelamento no qual são separados de acordo
com seu nível de conhecimento do idioma: iniciante, intermediário
e avançado. É necessário o envio de link aos pais para efetuarem
uma autorização para fins de premiação e colocação dos estudan-
tes com melhores resultados. Durante o concurso, diariamente, o
estudante acessa módulos com atividades diárias tais como vídeos
e depoimentos de pessoas que contam sobre suas experiências e
como o inglês transformou as suas vidas. Ao final de cada módulo,
o discente realiza um teste para avaliar sua evolução até aquele
momento. O papel do professor é ser mediador, dar feedback nas
atividades realizadas pelos estudantes e monitorar com frequência
a performance dos aprendizes durante a Olimpíada. O docente faz
gravação de tutoriais em vídeo, postados no YouTube, para que os
estudantes saibam acessar o robô (uso de programas de gravação e
edição) e disponibiliza os links nos grupos de WhatsApp de cada
turma participante. Cria-se o incentivo aos estudantes por meio de
aferição de nota bimestral baseada na pontuação gerada pelo robô
da Olimpíada de Inglês. Manter o contato com os estudantes pos-
tando áudios motivacionais, além de videoconferência para mostrar
o resultado em andamento, a fim de estimular a intensificação na
realização das atividades e criar a sensação de proximidade com
os educandos. Resultados – Obtivemos estudantes entre os top 50
melhores nas três categorias: iniciante, intermediário e avançado.
Foram 135 estudantes inscritos e ativos, de nossa escola, dentre eles,
houve 14 estudantes entre os 50 melhores do Estado na categoria
Ensino Médio iniciante, mais 16 estudantes na categoria médio in-
termediário e 6 estudantes avançados (rankings estaduais com os
nomes dos estudantes destacados em anexo). O estudante destaque
como primeiro colocado do Amazonas, Iago de Oliveira Nogueira,

303. 303
foi premiado pela ‘Chatclass’ e Embaixada americana com vários
cursos ‘on-line’ e o exame internacional TOEFL Junior, tendo obtido
nota dez com 294 atividades realizadas e 500 palavras faladas. Por
isso, foi presenteado pelo gestor escolar com um relógio produzido
na Zona Franca de Manaus. O professor responsável de Língua In-
glesa, André Machado de Souza, foi o primeiro colocado no Estado
do Amazonas pelo progresso obtido por todos os seus estudantes
tanto da rede municipal como estadual, obtendo 129.939 pontos.
Este foi premiado com cursos on-line da University of Cambridge,
do Relo (Embaixada americana) e da Editora FTD, além de livros
e CD de músicas americanas para uso em sala. Ressaltamos que
sete estudantes da escola foram contemplados com estágio remu-
nerado (R$ 432,20) pela Fundação Alfredo da Matta de acordo com
suas colocações no concurso e até a presente data realizam estágio
nesta instituição. Conclusões – O professor não pode subestimar
seus estudantes, mas compartilhar as oportunidades oferecidas de
aprendizagem do idioma inglês com todos. A motivação, o interesse
e a busca de ferramentas tecnológicas, pelo professor, é essencial
para despertar o interesse dos discentes. Considerando que algu-
mas operadoras de telefonia celular incluem em seus pacotes o uso
das redes sociais, isso facilita o acesso (ao estudante) sem desconto
dos dados móveis do usuário. Esse uso da tecnologia nos dispositi-
vos móveis, a ‘gamificação’ e a competitividade são características
atraentes e envolventes para os jovens estudantes.
Palavras-chave: Inteligência Artificial, Língua Inglesa, Redes
Sociais.
REFERÊNCIAS
EDUSIM SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA. Chatclass: organi-
zadora do concurso olimpíada de inglês, c2021. Página inicial.

304. 304
Disponível em <https://www.chatclass.com.br/>. Acesso em 26 de
jul., 2021.
U.S. MISSION BRAZIL. Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil:
parceira da olimpíada de inglês, c2020. Página sobre a Olimpíada
de inglês. Disponível em <https://br.u sembassy.gov/pt/participe-
-da-2a-olimpiada-de-ingles-e-desafie-seus-conhecimentos-e-gra-
tuito/>. Acesso em 21 de setembro de 2020.
SOBRE O AUTOR
André Machado de Souza nasceu na ci-
dade de Manaus. Graduou-se em Letras
– Língua Inglesa pela Ufam, em 2004,
tornando-se professor efetivo da Seduc/
AM no mesmo ano, já na Semed/Ma-
naus efetivou-se no ano seguinte. Atual-
mente, está lotado nas escolas Munici-
pal Vicente de Paula e Estadual
Tiradentes. Teve experiência como professor no Projeto CEL /
Ufam, no Senac/AM e na EST Idiomas/UEA. Certificado em English
-Language pela University of Oregon, USA; onde realizou, em
2012, um curso para professores de redes públicas como inter-
câmbio cultural patrocinado pela Capes, Fulbright e Embaixada
dos EUA. André tem sido voluntário, junto a sua esposa, em traba-
lhos pastorais catequéticos e litúrgicos da Igreja Católica de São
Francisco de Assis desde de sua tenra juventude. Atualmente, é
acadêmico do curso de Pós-graduação de Produção e Gestão de
Mídias digitais e educacionais da Universidade Estadual do
Amazonas.

305. 305
CRUZANDO AS FRONTEIRAS DO CONHECIMENTO: A
APRENDIZAGEM PELA PESQUISA E INCLUSÃO NAS
AULAS DE GEOGRAFIA
Escola Estadual Senador Manuel Severiano Nunes
Ensino Médio – 3.ª série
Cirlene Batista dos Santos
[email protected]
Introdução – Não adianta somente apresentar conteúdo para
os estudantes são necessários estímulos para que o aprendizado seja
consistente e agregue valor à vida destes estudantes. A escola pre-
cisa ocupar um espaço de parceira na aquisição do conhecimento.
Do contrário, ficará sendo, cada vez, mais obsoleta, afinal o conhe-
cimento responde a uma necessidade humana de situar-se diante
do mundo, sendo, portanto, inerente à humanidade. Demo (1996)
assegura que a aula que apenas repassa conhecimento, ou a escrita
que somente se define como socializadora de conhecimento, não
sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o estudante, por-
que o deixa como objeto de ensino e instrução. O professor preci-
sa estar consciente de seu papel de formador e, por este motivo, é
tão importante que se coloque como estimulador do processo de
ensino-aprendizagem que ocorre na escola, principalmente quan-
do se trata de estudantes com necessidades especiais. Entende-se
que a pesquisa é a base da construção do conhecimento e de que
no contexto escolar é imprescindível, haja vista, de que por meio
dela o sujeito desenvolve a criticidade e, assim, é capaz de transfor-
mar o contexto em que está inserido. Paulo Freire afirma que toda
a docência implica pesquisa e toda pesquisa verdadeira implica
docência. Não há docência verdadeira em cujo processo não se

306. 306
encontre a pesquisa como pergunta, como indagação, curiosidade,
criatividade, assim como não há pesquisa cujo andamento necessa-
riamente não se aprenda porque se conhece e não se ensine porque
se conhece e não se ensine porque se aprende (FREIRE, 1992). Ob-
jetivo – Tornar escola e o aprendizado mais próximo da realidade
dos estudantes por meio da pesquisa participante e com propostas
que buscam adotar recursos tecnológicos para engajar e aperfei-
çoar o desempenho dos estudantes, estimulando os estudantes a
terem maior envolvimento com o conteúdo apresentado em sala de
aula e passem a ter maior protagonismo na aquisição de conheci-
mento. Materiais e Método – Trata-se de uma pesquisa qualitativa
que acontece no primeiro e segundo semestre de 2021, envolvendo
estudantes do terceiro ano do Ensino Médio a partir de uma sequên-
cia didática conforme a proposta pedagógica da Secretaria Estadual
de Educação e as metodologias foram baseadas na aprendizagem
participante (FREIRE, 1992; MORAES, 1996). Na Primeira Etapa, foi
elaborado um formulário para verificar como os estudantes memo-
rizavam os conteúdos em sala de aula (Figura 1), seguido de levan-
tamento dos conhecimentos prévios (Figura 2). Na Segunda Etapa,
foram solicitadas pesquisas sobre o conteúdo da unidade didática,
no qual os estudantes colocaram resultados dos resumos de suas
pesquisas por meio de mapas mentais. Na Terceira Etapa, os estu-
dantes produziram vídeos curtos como produto de suas pesquisas
relacionado ao conteúdo da unidade; na Quarta Etapa aconteceu
a apresentação dos resultados das pesquisas. Resultados – Perce-
beu-se que aquela aula que apenas repassa conteúdo, não possibi-
lita ao estudante envolver com o mundo cognoscível, ou seja, não
há assimilação e compreensão dos conteúdos por grande parte dos
estudantes; não há apropriação do conhecimento, principalmente
quando envolve os estudantes surdos, pois o estudante surdo deve
encontrar um ambiente favorável ao desenvolvimento da sua iden-
tidade como ser capaz e, para tanto, é preciso que a escola e o
professor reconheça e valorize e envolva esses estudantes, ou seja,
que vá além dos pressupostos da escola inclusiva. O que torna im-

307. 307
portante analisar, criteriosamente, as condições oferecidas pelo pro-
fessor para que o surdo aprenda e se sinta feliz nesse contexto. Todo
o conteúdo de Geografia foi apresentado aos pais dos estudantes,
com deficiência auditiva, e estes puderam acompanhar de perto o
processo de ensino e aprendizagem, sempre participando das ati-
vidades junto com os estudantes, destacamos aqui a importância
da família na vida escolar dos estudantes. Conclusões – A parceria
professor, estudante, família, aprendizagem, envolve um processo
intermitente de investigação e uma vasta discussão e interação para
o bom aproveitamento da aprendizagem. Diante disso, o estudante
deve se sentir como um sujeito ativo, crítico, dinâmico, participante
e, ao professor cabe o papel de mediador, aquele que desperta no
estudante a curiosidade e o desejo em aprender.
Palavras-chave: Aprendizagem, Pesquisa, Inclusão.
Figura 1 – Formas de memorizar conteúdo.
Figura 2 – Estimativa de conhecimento prévio da disciplina
por estudantes do Terceiro Ano.

308. 308
REFERÊNCIAS
DEMO, P. Educar pela pesquisa. Campinas: Autores Associados,
1996 Questões para a teleducação. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
FREIRE, P. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedago-
gia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.
MORAES, M. C. O paradigma educacional emergente: implica-
ções na formação do professor e nas práticas pedagógicas. Em
Aberto, Brasília, v. 16, n.º 70, abr./jun. 1996.
SOBRE O AUTOR
Cirlene Batista dos Santos, nascida no muni-
cípio de Maués – AM, em 26 de novembro
de 1981. Licenciada em Geografia pela Uni-
versidade Federal do Amazonas, em 2016.
Mestra em Geografia pela Universidade Fe-
deral do Amazonas (2019), atua como pro-
fessora de Geografia pela Secretaria de Esta-
do de Educação e Qualidade de Ensino do
Amazonas – Seduc, com estudantes do Ensino Médio. Formadora do
Projeto Pirayawara da Seduc/AM na área de Ciências Humanas e suas
Tecnologias. Formadora do Projeto Agentes Indígenas de Saúde – Ais.
Membro do grupo de Pesquisa Dabukuri: Planejamento e Gestão do
Território na Amazônia. Atuando na área de Geografia Humana, nos se-
guintes temas: amazônia, território, ensino de geografia e sustentabilida-
de. Atuou como professora colaboradora da Licenciatura Indígena Políti-
cas Educacionais e desenvolvimento Sustentável – Ufam. Trabalha com a
metodologia do Ensino pela pesquisa, pesquisa participante e gestão do
conhecimento. Atua na área de gestão ambiental e territorial, participan-
do de projetos de relevância para as comunidades tradicionais.

309. 309
A CULTURA E RELIGIOSIDADE AFRICANA:
DESMISTIFICANDO PRECONCEITOS COM
ESTUDANTES DA ESCOLA
Escola Estadual Marechal Hermes
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Alex Sandro dos Santos Monteiro
[email protected]
Introdução – A Cultura e religiosidade Africana e Afro-bra-
sileira é perceptível e latente nas formas culturais do Brasil. So-
bretudo, a crença no sobrenatural e sua influência no cotidiano.
Entretanto, é real o fato de que existe intolerância para com a
cultura e religiosidade afro. A música popular brasileira, o voca-
bulário, as danças estão repletas de influências de raiz africana.
A empatia para com as principais representações culturais são as
mais aparentes possíveis. Desde a concepção até a manifestação:
desfiles em carros alegóricos, o pagode do final de semana, o funk
e etc. A religiosidade, no entanto, não tem a mesma receptividade.
A intolerância e o desrespeito imperam como se as personagens
presentes na religião africana representassem perigo para a socie-
dade. São inúmeros os casos de violência contra os religiosos que
professam uma religião de raiz africana: de crianças à adultos; da
profanação de oferendas à depredação de templos; da antipatia
à agressão física. O melhor caminho para se combater a intole-
rância religiosa à cultura e religiosidade africana é a educação.
Nesse sentido, o Governo Federal tem agido na criação de leis e
na fiscalização de atos discriminatórios. Contudo, ainda não tem
sido suficiente. A própria criação da lei 10639/2003 representa um
avanço. A sala de aula é o melhor lugar para se tratar desse tema

310. 310
e a lei já citada acima representa um apoio na construção de uma
nova mentalidade. A introdução dos estudos da História da África
no Ensino Básico contribui positivamente na construção do capital
intelectual do estudante, na compreensão do outro como sujeito
e na formação de cada indivíduo na concepção do ser humano
como alguém único e construtor de seu cotidiano. Objetivo – Ana-
lisar, a partir das entrevistas e questionários, as formas de como
os estudantes compreendem a cultura e religiosidade africana no
cotidiano e nos diferentes ambientes, propondo uma reflexão e o
combate ao preconceito, compreendendo que a reprodução de
conhecimentos sobre a cultura e religiosidade africana com base
no preconceito e desconhecimento, apenas contribui para a for-
mação de estereótipos. Materiais e Método – A pesquisa foi desen-
volvida com a comunidade escolar, com os estudantes do Ensino
Médio da escola Marechal Hermes em três momentos: a aplica-
ção de questionários a respeito da cultura e religiosidade afro, na
qual se analisou o que os estudantes tem de conhecimento sobre
cultura africana e afro-brasileira. Além das discussões realizadas
em sala de aula; em seguida, foi feita uma análise dos questioná-
rios e das aulas para que se pudesse compreender o que os estu-
dantes entendem sobre o tema. Em outro momento, realizamos
atividades abertas ao público escolar de forma que a comunida-
de pudesse ter mais contato com elementos da cultura africana e
afro-brasileira. Desde danças, palestras e mesa redonda, na qual
foram debatidos por meio dos convidados de cada religião e de
expressões de artes africanas, (cotidiano, escolhas, entendimentos)
elementos importantes, que fizeram com que a cultura e a religio-
sidade africana tivessem visibilidade e debate para a construção
de um mundo sem preconceitos, começando pelo espaço escolar.
Resultados – Todo trabalho em Ciências Humanas é benéfico. As
discussões em torno da cultura e religiosidade sempre são com-
plexas e constam, sobretudo, em História, Filosofia, Sociologia e
Antropologia. As Ciências Humanas não objetivam criar regras ge-
rais ou verdades absolutas e irrefutáveis, mas contribuir para que

311. 311
o ser humano possa se ver como indivíduo ativo e compreender
que cada vivência é construída histórica e socialmente. A pesquisa
contribuiu, de forma positiva, na construção de uma mentalidade
empática dos estudantes para a Cultura e a Religiosidade Africana
e Afro-brasileira. Este trabalho proporcionou ao estudante refletir
sobre as construções sociais, as quais, as culturas se fundamentam.
Sobre pensar as formas de manifestações culturais enraizadas em
crenças construídas socialmente não por uma vontade divina, mas
porque os indivíduos decidiram, harmoniosamente, que o melhor
seria estabelecer determinada cultura como suficiente. Não como
melhor, mas como satisfatória. Além disso, compreenderam que
nenhuma cultura é infalível. A crítica à própria religião e realidade
cultural. Perceberam que a empatia é necessária para a vivência
em sociedade. Entenderam que aceitar o outro com sua cultura
é algo real e importante. A compreensão de que a Religiosidade
Africana e Afro-brasileira são também religiões construídas como
o Cristianismo e Judaísmo são compreensões que ainda vão le-
var um tempo para se solidificar, pois, boa parte dos estudantes
seguem uma visão unilateral de raiz judaico-cristã e, em até cer-
to ponto, intolerante. Entretanto, por serem jovens, acreditamos
ser possível combater este modelo de falta de recepção religiosa.
Este trabalho representou uma iniciativa positiva não somente por
almejar combater a intolerância, mas também por propor a hu-
manização do espaço escolar. É reconhecido que o Brasil é um
país de múltiplas culturas e manifestações religiosas. Cada Estado
apresenta sua peculiaridade. Os limites são continentais, em ex-
tensão, em expressões idiomáticas e vivências. O país é uma mis-
tura de etnias locais e internacionais, o que gera a originalidade
do brasileiro é sua existência nesse tão vasto espaço. É inegável
que suas raízes remontam às mais diferentes localizações do pla-
neta. Uma dessas raízes é a africana. Civilização do outro lado do
atlântico, historicamente rica em cultura e religiosidade, mas, ao
mesmo tempo, estigmatizada por muitas sociedades. Uma histó-
ria contada por visitantes a partir do que compreendiam sobre a

312. 312
África, isto é, a África vista pelo seu colonizador. Joseph Ki-Zerbo
adverte a sociedade acadêmica sobre os riscos de se analisar as so-
ciedades africanas a partir do ponto de vista de quem se vê como
civilização. Conclusões – A pesquisa apontou que a maioria dos
estudantes apresentam algum tipo de antipatia à cultura e religião
afro por conta da falta de conhecimento a respeito do tema, do
conhecimento prévio estereotipado a respeito da temática e, em
alguns casos, entenderem as religiões afro de forma generalizada.
A discussão dos resultados nos levou à organizarmos palestras,
apresentações culturais e uma mesa redonda para que a comuni-
dade escolar pudesse compreender melhor a cultura e religiosida-
de africana e afro-brasileira. Os resultados obtidos foram bastante
relevantes. A comunidade escolar se envolveu nas práticas pro-
postas, demonstraram empatia e muito interesse em querer apren-
der mais a respeito. Dessa forma, a construção do conhecimento
a partir desta pesquisa demonstrou ser de grande importância na
dinâmica do cotidiano escolar e na vivência do estudante como
sujeito de reflexão de seus conceitos tornando-o um cidadão mais
capaz e realizado.
Palavras-chave: Africanidades, Cultura, Preconceito, Religiosidade.
Figura 1 – Mesa redonda sobre intolerân-
cia religiosa no Brasil e no Amazonas de
matrizes africanas envolvendo a comuni-
dade escolar, Nov/19.
Figura 2 – Apresentação de danças de
raízes africanas envolvendo a comuni-
dade escolar Nov/19.

313. 313
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ivete B. da S. A África e suas religiões In: Religiões e
Religiosidade Africana; capítulo 2. ANO 2010. Universidade Cân-
dido Mendes/ Instituto Prominas-MG.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. SP. Paz e Terra, 1996.
SOBRE O AUTOR
Alex Sandro dos Santos Monteiro desen-
volveu, durante a especialização (Lato
Sensu), um projeto de pesquisa que dis-
cutia a intolerância religiosa à cultura
africana em Manaus (2013), dando ênfa-
se às formas de preconceitos que, de
certa forma, estão arraigados nas estru-
turas mentais dos indivíduos, tanto sobre
o que acreditam por não conhecerem religiosidade própria do afri-
cano, quanto pelo sincretismo construído no Brasil a partir do não
reconhecimento da religião africana como autêntica e protagonis-
ta e, além disso, pela reprodução de ideais dos meios midiáticos.

315. 315
O PODCAST COMO FERRAMENTA DE
APRENDIZAGEM DE LÍNGUA JAPONESA
Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue
Professora Jacimar da Silva Gama
Ensino Médio – 2.ª série
Beatriz Augusta de Souza Coelho
[email protected]
Introdução – As tecnologias informativas continuam em
constante evolução e a área da educação em tempos de Pande-
mia de Sars-CoV-2 (Covid-19), vem se adequando a essa nova
realidade, ao buscar novas ferramentas que auxiliem na quali-
dade do ensino-aprendizagem, visando melhorar a produtivi-
dade e motivação dos estudantes, seja por meio de estratégias
didáticas diferenciadas ou a utilização de recursos inovadores,
como o uso de aplicativos para celular. Uma das tecnologias
informativas que vem crescendo é o do Podcast, de acordo
com Silva (2019), a definição de Podcast é um programa ou
atração em áudio distribuído pela Internet, sendo um recurso
flexível e que pode ser explorado em diversos níveis de ensi-
no. Objetivo – Produzir um projeto de Podcast, por meio da
criação de arquivos digitais de áudio para aprendizagem sobre
a cultura japonesa a partir do contexto literário, intitulado de
Bungaku Podcast com os estudantes do Ensino Médio para o
aprimoramento das aulas de língua japonesa por meio da lite-
ratura japonesa, em busca da consolidação da aprendizagem
e do enriquecimento cultural, para fazer frente à dificuldade
na disponibilidade de recursos metodológicos para trabalhar a
aquisição de língua estrangeira, trabalhando a interdisciplina-

316. 316
ridade pelos programas de Podcast, como ferramenta pedagó-
gica para a comunidade escolar. Materiais e Método – Trata-se
de uma pesquisa qualitativa em andamento entre o primeiro
semestre de 2021 e o segundo semestre de 2021, tendo como
público alvo os estudantes do primeiro ano do Ensino Médio da
Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Professora Jacimar
da Silva Gama, por intermédio do WhatsApp e Google sala de
aula. O livro As Histórias Preferidas das Crianças Japonesas, de
Florence Sakade e Yoshisuke Kurosaki foi escolhido por ter uma
leitura atraente e acessível ao estudante, interdisciplinando-os
por meio da discussão e debate sobre a literatura japonesa,
tendo como foco os fatores culturais envolventes nos contos.
Na primeira etapa: seleção de estudantes para leitura, análise
e escolha dos contos do livro escolhido; Na segunda etapa: re-
união com os estudantes selecionados sobre a organização do
roteiro e debate sobre como será feita a apresentação desses
conteúdos; Na terceira etapa: análise do roteiro, verificação do
conteúdo a ser apresentado e correção de possíveis erros; Na
quarta etapa: criação de arquivos digitais de áudios (Figuras 1
e 2); Na quinta etapa: edição dos arquivos digitais de áudios,
apresentação final do programa de Podcast, para os estudantes
selecionados debaterem sobre os possíveis erros e melhorarem
para o próximo. Sexta etapa: uso do Podcast como forma de
propagação e debate da literatura japonesa no ambiente esco-
lar. Sétima etapa: Publicação do conteúdo perante os estudantes
do primeiro ano via aplicativo WhatsApp e plataforma Google
Sala de Aula. Resultados – Nota-se o engajamento dos estudan-
tes a aprimorarem seu pensamento crítico por meio da leitura,
além do proporcionar o enriquecimento cultural por meio da
literatura, expandindo assim seu conhecimento sobre a língua
japonesa. Pretendendo-se que, ao final deste projeto, o material
de arquivos digitais de áudio produzidos seja utilizado como
materiais de apoio para os estudantes e professores, de maneira
que venha a contribuir para o desenvolvimento contínuo da lín-

317. 317
gua japonesa de uma forma prazerosa e inovadora. Conclusões
– A interdisciplinaridade que a plataforma Podcast oferece por
meio da interação e de debates amplia o conhecimento cultural
e linguístico dos estudantes, de forma eloquente e dinâmica,
auxiliando os aprendizes de língua japonesa a expandir os seus
conhecimentos além da sala de aula, aperfeiçoando assim o seu
léxico, a oralidade e pluralidade cultural. O resultado adquirido
tem sido a formação de estudantes mais conscientes do enri-
quecimento cultural por meio do contexto literário, expandindo
assim seu conhecimento sobre a língua japonesa.
Palavras-chave: Podcast, Arquivos Digitais, Língua Japonesa.
Figura 1 – Gravação teste das leituras dos contos
japoneses.
Figura 2 – Leitura dos contos
japoneses para debate.
REFERÊNCIAS
SILVA, M. S. Uso do Podcast como recurso de aprendizagem no
Ensino Superior. Universidade do Vale do Taquari – Univates.
2019.

318. 318
SOBRE A AUTORA
Beatriz Augusta de Souza Coelho nasceu
em 22 de junho de 1995, na cidade de
Manaus-AM. Graduada em Licenciatura
– Letras – Língua e Literatura Japonesa
pela Universidade Federal do Amazonas
(Ufam). Atua como professora de Ciên-
cias da Natureza em Língua Japonesa na
Escola de Tempo Integral Bilíngue Portu-
guês – Japonês Professora Jacimar da Silva Gama. De 2017 até
2019, atuou como professora de Língua Japonesa e Matemática
em Língua Japonesa na Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue
Português – Japonês Professor Djalma da Cunha Batista.

319. 319
KAHOOT: USO DO JOGO INTERATIVO NA
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA ESPANHOL
Escola Estadual de Tempo Integral Garcitylzo do
Lago e Silva
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Andrezza Laureen da Costa Costa
[email protected]
Introdução – O ano letivo de 2021 iniciou-se de forma dife-
rente. Habitualmente presencial, e no ano corrente remotamente.
Cada membro da comunidade escolar em sua residência. Sem aulas
presenciais, passamos a ter aulas remotas agendadas pelo Google
Meet e Google Agenda, criação de horário virtual dentro da Eeti
Garcitylzo do Lago e Silva, que nos possibilitou a interação dos pro-
fessores com os estudantes virtualmente. Segundo Mendes (2008)
define Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) como um
conjunto de recursos tecnológicos que, quando integrados, entre
si, proporcionam a automação e/ou a comunicação nos processos
existentes nos negócios, no ensino e na pesquisa científica. São tec-
nologias usadas para reunir, distribuir e compartilhar informações.
Com a utilização das TIC’s nas aulas da disciplina de Espanhol uti-
lizou-se a plataforma do Kahoot. É uma plataforma utilizada, desde
2013, para a criação de materiais tipo quizzes, pesquisas e questio-
namentos em um formato de jogos de quizzes, em que as respostas
corretas são pontuadas. As modificações provocadas pelo avanço
da tecnologia exigem uma maior qualidade na formação do do-
cente e, consequentemente uma maior exigência em sua prática.
É exigido, muitas atribuições e um novo perfil (SACRISTÁN, 2000).
Objetivo – Utilizar a plataforma Kahoot como ferramenta para o

320. 320
ensino da língua estrangeira moderna Espanhol, por meio de jogos
interativos, visando um aprendizado divertido e interessante para
a fixação do conteúdo e vocábulos para os estudantes. Materiais
e Método – Kahoot tratou-se de uma ferramenta utilizada no ensi-
no da aprendizagem da disciplina de Espanhol como componente
curricular, envolvendo as 1.ª, 2.ª e 3.ª série do Ensino Médio. O
Conteúdo da disciplina de Espanhol era explanado em sala de aula
em forma de aula expositiva, onde este procedimento foi, por muito
tempo, a única forma de exposição de aula, sendo mal vista por vá-
rios educadores por ser uma representação única e direta de ensino
tradicional, que tem a participação do professor e estudante. Não é
bem assim, se a aula expositiva bem planejada pode ser a melhor
maneira de ensinar determinados conteúdos. O século XX trouxe
consigo uma diversificação na forma de ensinar. Os pesquisadores
Jeans Piaget, Lev Vygotsky, Henry demonstraram a importância do
estudante no próprio saber e o professor sendo o mediador entre
o conhecimento e o estudante. Com isso, as escolas passaram a
ter uma nova visão de ensinar, tais como: trabalhos em grupos, os
jogos, as pesquisas, o teatro, a dança (FERNANDES, 2021). Após as
aulas expositivas, veio o acesso a plataforma Kahoot, feita a partir
de uma conta eletrônica criada na própria plataforma. Com acesso
a página, utilizou-se a criação de quizzes. Onde se insere as pergun-
tas e as respostas identificando a resposta correta para futuramente
pontuação dos participantes. Depois da criação dos quizzes, o aces-
so ao jogo é feito por meio de um componente eletrônico, seja ele
celular, tablet ou computador, no qual o mediador disponibiliza um
código, que a própria plataforma gera, o estudante deve inserir esse
código na plataforma e terá acesso ao quizzes. Durante o jogo os
participantes disputam quem responde corretamente e mais rapida-
mente, assim tem a chance de subir ao pódio virtual. Vale ressaltar
que a plataforma foi utilizada nas aulas remotas da disciplina de
Espanhol. Percebemos que o uso dessa plataforma Kahoot é uma
ferramenta disruptiva para o ensino e aprendizagem, e está em uso
do idioma de Espanhol, tendo acesso aos dados gráficos de cada

321. 321
pergunta respondida de maneira positiva ou não pelo participante.
Resultados – Percebeu-se que as questões que os estudantes não
obtiveram resultados, positivos na grande maioria, foi na escrita de
palavras com o idioma materno língua portuguesa, os chamados
falsos cognatos. As expressões falsos amigos e falso cognatos são
sinônimos, e são designadas para expressar um mesmo fenômeno
linguístico. (SABINO,2006). Os participantes ficam empolgados
com os jogos, pois durante toda a competição vai aparecendo um
pódio de primeiro ao quinto na tela principal. E, ao final, se tem os
três melhores participantes, o que conseguiu mais respostas corretas
e que marcou as respostas mais rapidamente. Conclusões – As aulas
de Espanhol com o Kahoot: uso do jogo interativo na língua estran-
geira moderna Espanhol, teve um retorno positivo nas aulas remotas
da Eeti Garcitylzo, por meio de componentes eletrônicos utilizados
nas aulas pelos estudantes.
Palavras-chave: Jogo Alternativo, Língua Espanhola, Kahoot.
Figura 1 – Página inicial do Kahoot.Figura 2 – Questão com alternativas.
REFERÊNCIAS
FERNANDES, E.; SANTOMAURO, B. Nova Escola. 2011. Disponí-
vel em https://novaescola.org.br/conteudo/1402/aula-expositiva-o-
-professor-no-centro-das-atencoes Acesso em 28 de junho de 2021.

322. 322
MENDES, A. TIC – Muita gente está comentando, mas você sabe o
que é? Portal iMaster, mar., 2008. Disponível em http://www.fateo.
edu.br/docs/TICs%20na%20IES.pdf. Acesso em 28 jun. 2021.
SABINO, M. A. Falsos cognatos, falsos amigos ou cognatos en-
ganos? Desfazendo a confusão teórica por meio da prática. São
Paulo: 2006.
SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto
Alegre: Artmed, 2000.
SOBRE A AUTORA
Andrezza Laureen da Costa Costa nas-
ceu em 31 de outubro de 1985, na cida-
de de Manaus-AM, e formou-se em Le-
tras Língua Espanhola na Universidade
Federal do Amazonas (Ufam), em 2009.
Trabalha na área da educação desde
março de 2010. Concursada pela secre-
taria de educação do Amazonas, desde
2013, e atualmente ministra a disciplina de Língua Espanhola na
Escola Estadual de Tempo Integral Garcitylzo do Lago e Silva. É
mestranda em Ciências da Educação pela Universidad de la Inte-
gración de las Américas no Paraguai. É amante da Língua e Litera-
tura Espanhola.

323. 323
PRÁTICA SUSTENTÁVEL DE RECICLAGEM:
CONFECÇÃO DE PAPÉIS SEMENTES
Escola Estadual Luizinha Nascimento
Ensino Médio – 3.ª série
Daisy Monassa Teixeira de Paula
[email protected]
Introdução – O papel é um material muito utilizado pela po-
pulação brasileira e seu descarte irregular traz danos ao meio am-
biente. Segundo Cunha et al. (2016), a poluição causada todos os
dias pela enorme quantidade de desperdício de papel demonstra
a falta de conhecimento ou comprometimento da população, em
geral, para com a sustentabilidade urbana. Isso causa inúmeros
efeitos negativos na cidade, que vão muito além de apenas pre-
judicar sua estética. Os efeitos negativos vão desde o aumento da
quantidade de lixo e entupimento de bueiros que podem ocasio-
nar alagamentos e acidentes, entre outros (GIL, 2002). Nesse con-
texto, a Educação Ambiental é um mecanismo capaz de despertar,
na população, a consciência crítica de suas ações assim como a
necessidade de preservação do ambiente natural compartilhado
por todos os seres (SANTA MARIA et al., 2013). Objetivo – Produ-
zir papel semente para tornar o que seria descartado em alimento
de uma forma sustentável e ecologicamente correta, realizando a
reciclagem de papel na Escola Luizinha Nascimento para a produ-
ção de papel semente, demonstrando aos estudantes a importância
de atitudes sustentáveis na utilização do papel semente após o seu
descarte, enfatizando sua transformação em alimento. Materiais
e Método – Inicialmente, foi feita a coleta dos papeis por meio
de caixas de papelão que ficaram nas salas de aula e nas outras

324. 324
dependências da escola que fazem uso de papel. Reciclagem e
Produção do papel semente. Para a produção do papel semente fo-
ram cortados em pequenos pedaços folhas de papéis, previamente
utilizadas (Figura 1). Esses pedaços foram colocados de molho em
um recipiente com 600 ml de água por um período de treze horas
(Figura 2). Após esse descanso, a mistura foi batida no liquidifica-
dor por trinta segundos, tempo suficiente para que a consistência
do papel ficasse pastosa. A mistura obtida foi separada em copos
de 200 ml, sendo cada copo suficiente para gerar 1 folha de pa-
pel reciclado. Em um segundo recipiente, foram colocados 1,5 L
de água e um bastidor com as medidas de 21x29,7 cm, tamanho
A4, e, logo em seguida, foi adicionado ao bastidor um copo de
200 ml da fibra de papel, obtida na primeira parte do processo,
obtendo- se, com isso, o formato do papel reciclado (Figura 3). O
bastidor foi retirado do recipiente para o escoamento do excesso
de água e deixado para secagem total pelo período de dezeno-
ve horas, sendo este tempo variável conforme o clima. Resulta-
dos – O projeto foi realizado com estudantes do Ensino Médio da
3.ª série, da Escola Estadual Luizinha Nascimento. Essas práticas
realizadas dentro do contexto escolar utilizando ferramentas da
Educação Ambiental proporcionou experiências valiosas aos estu-
dantes e conhecimento acerca da importância do uso sustentável
de materiais como o papel e sobre sua reutilização por meio da
reciclagem. Segundo Alves (2019), as atividades subsidiadas pela
Abordagem Ambiental que de acordo com os Parâmetros Curricu-
lares Nacionais (1997), se configura como elemento indispensável
para criar e aplicar formas cada vez mais sustentáveis, integrando
sociedade e natureza. Dessa forma, foi possível perceber, desde
o primeiro momento, a mudança de atitudes e pensamentos dos
estudantes que participaram ativamente do projeto e passaram a
demonstrar uma consciência ambiental que não existia antes. Na
produção dos papéis sementes, foram reciclados os papeis descar-
tados em todo ambiente escolar, dessa forma os estudantes perce-
beram que o que seria jogado no lixo pode ser reaproveitado, di-

325. 325
minuindo assim os resíduos sólidos destinados ao aterro sanitário
e por meio dessa atitude já houve o despertar sobre a responsabi-
lidade como cidadão que contribui com o meio ambiente ao seu
redor. Conclusões – Este projeto propôs práticas ambientais que
utilizou ferramentas da Educação Ambiental no ambiente escolar
de forma dinâmica. Os estudantes da 3.ª série do Ensino Médio
que participaram consideraram a oficina de reciclagem de papel e
produção de papel semente como uma forma de sensibilização e
conscientização para a formação da cidadania ambiental.
Palavras-chave: Reciclagem, Meio Ambiente, Papel.
Figura 1 – Corte dos papéis.
Figura 2 – Materiais usados na reciclagem.

326. 326
Figura 3 – Produção do papel reciclado.
REFERÊNCIAS
ALVES, T. L.; ELEUTÉRIO, C. M. S. Papel Semente: uma alternativa
para o reaproveitamento do papel e a promoção da educação
ambiental na escola campo-estágio. 59.º Congresso Brasileiro de
Química. João Pessoa, 2019.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente, saú-
de/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: DF,1997.
CUNHA, A.; ALVES, L.; FAVACHO, L.; PIRES, M.; Reciclagem em
papel semente. Anais do VIII Seminário de Pesquisa da Estácio e
IV Jornada de Iniciação Científica da Unesa, Rio de Janeiro,2016.
Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. Antônio Carlos Gil.
Atlas S.A., 2002.

327. 327
SANTA MARIA, L. C.; LEITE, M. C. A. M.; AGUIAR, M. R. M. P.;
OLIVEIRA, R. O.; Remoa – V. 14, N.º 2 (2014): março, p. 3183 –
3191 Papel semente: ... 3191 ARCANJO, M. E.; CARVALHO, E. L.
Coleta seletiva e separação de plásticos. Química Nova na Escola.
2003.
SOBRE A AUTORA
Daisy Monassa Teixeira de Paula nasceu
em 16 de Julho de 1985, Manaus-AM.
Formou-se, em 2008, no Centro Univer-
sitário Nilton Lins no curso de Ciências
Biológicas e com Mestrado em Biotec-
nologia em Recursos Naturais pela Uni-
versidade do Estado do Amazonas. No
ano de 2015, foi tutora EAD no CMM –
Colégio Militar de Manaus. Faz parte do quadro de servidor da
Seduc, desde 2016. Participou do PCE – Programa Ciência na Es-
cola nos ano de 2017,2018,2019 e 2020. Na pesquisa, já desen-
volveu trabalhos na Embrapa e no Centro Universitário Nilton Lins.

329. 329
PRODUÇÃO AUDIOVISUAL SOBRE A HISTÓRIA DAS
VACINAS POR ESTUDANTES DO 3.º ANO DO ENSINO
MÉDIO, EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE MANAUS
Escola Estadual Professora Ruth Prestes Gonçalves
Ensino Médio – 3.ª série
Andressa Pereira Primavera
[email protected]
Introdução – A Pandemia da Covid-19 evidenciou a im-
portância do uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comu-
nicação) e que essa não é mera distração, e sim, uma poderosa
aliada na mediação do processo de Ensino e Aprendizagem,
agregando criatividade e conhecimento. Sabe-se que a popula-
rização da Internet iniciou nas gerações Y e Z (os nativos digi-
tais), no entanto, o acesso de maneira generalizada só foi possí-
vel com o surgimento dos Smartphones, que reúnem uma série
de funções, tais como: ouvir músicas, fazer fotografias, mandar
e-mails, entre outras funções (JUNQUER; CORTEZ, 2011). O
Ensino Remoto Emergencial foi desafiador, porém marcante,
uma vez que o assunto em voga era o conhecimento a respei-
to do novo Coronavírus. Os estudantes tiveram a oportunidade
de ver, na prática, temas trabalhados em sala de aula ganhan-
do significado, pois a Biologia demonstra os mecanismos pelos
quais os seres vivos interagem com o meio ambiente e como as
relações, sejam elas harmônicas ou desarmônica, contribuem
para o equilíbrio da vida em nosso planeta. Objetivo – Produzir
Audiovisual de Vídeos e podcasts sobre a História das Vacinas
para estudantes da 3.ª série do Ensino Médio de uma Escola
Pública em Manaus. Materiais e Método – Esta pesquisa seguiu

330. 330
uma abordagem qualitativa, do tipo Estudo de Caso, e teve por
objeto de pesquisa a Produção Audiovisual sobre a História das
Vacinas, na disciplina Biologia, por estudantes de Ensino Médio
de uma escola pública em Manaus. A Escola Estadual Ruth Pres-
tes Gonçalves é uma escola pública que atende a estudantes de
Ensino Médio em três turnos de aula. Tendo em vista o assunto
em voga na ocasião, Covid-19, muitos questionamentos come-
çaram a surgir por parte dos estudantes, o que resultou em uma
atividade sobre os vírus o que despertou mais a curiosidade,
por entender por que ainda não existia uma vacina capaz de
combater o Coronavírus e imunizar a população. Resultados –
No total foram apresentados 34 vídeos e 19 podcasts pelas oito
turmas de 3.º ano do Ensino Médio. Quanto aos resultados da
pesquisa realizada com os estudantes por meio do questioná-
rio, quando se trata das preferências em relação ao formato de
conteúdo que gostariam de receber, 75% afirmaram preferir na
forma de videoaulas, enquanto os demais preferem receber os
conteúdos em PDF (31%), em Slides (26,2%) ou em chamadas
de vídeo (10,7%). Sobre a execução do trabalho, 54% afirma-
ram ter gostado de desenvolver seus próprios vídeos e podcasts,
apesar das dificuldades, enquanto 46% afirmam ainda ter limi-
tações de acesso à Internet ou falta de domínio das ferramen-
tas digitais. Aos estudantes, foi permitido registrar suas impres-
sões em relação à execução do trabalho. De acordo com esses
dados, os estudantes relataram ter tido uma boa a experiência
com a produção de vídeos e podcasts, no entanto, alguns ainda
demonstraram certa resistência ou dificuldade, ou, ainda, a pre-
ferência por outro formato de atividades. Corroborando Reis;
Gomes (2014), a produção de vídeos e podcasts, pelos estudan-
tes, contribui para a promoção de multiletramentos e a inclusão
digital efetiva do estudante, ao vivenciar o uso de Tecnologias
Digitais. Conclusões – Essa geração vive imersa em uma cultura
digital, constantemente consumindo vídeos, música e relacio-
nando-se por meio de suas redes sociais. Não há como retro-

331. 331
ceder, e a Pandemia da Covid-19 revelou um universo, no qual
a aprendizagem não está contida somente no espaço físico es-
colar. Mais do que nunca, as TICs se mostram como alternativa
para modelos pedagógicos centrados no professor.
Palavras-chave: Produção Audiovisual, Vacinas, Pandemia.
Figura 1 – Divulgação Científica por meio de Vídeos e podcasts.
Figura 2 – Estudantes expondo suas pesquisas.
REFERÊNCIAS
JUNQUER, Â. C. L.; DE SOUZA CORTEZ, E. D. As diversas mídias
e o uso do celular na sala de aula. Leitura: teoria & prática, v. 29,
n.º 56, p. 60-66, 2011.

332. 332
REIS, S. C.; GOMES, A. Podcasts para o ensino de Língua Inglesa:
análise e prática de letramento digital. Calidoscópio, v. 12, n.º 3,
2014. p. 367-379.
SOBRE A AUTORA
Andressa Pereira Primavera, nascida em
13 de maio de 1987, na cidade de Ma-
naus-AM. Formou-se em Licenciatura
em Ciências Biológicas pela Universida-
de do Norte – UniNorte em 2009. Em
2018, adquiriu o título de mestre em En-
sino de Ciências e Matemática pela Uni-
versidade Federal do Amazonas – Ufam.
É professora da disciplina de Biologia para o Ensino Médio em
escolas da Rede Estadual de Ensino, com vínculo efetivo desde
2013. Atualmente, leciona nas escolas E. E. Professora Ruth Prestes
Gonçalves e E. E. Dom Milton Corrêa Pereira. Mais recentemente,
teve o seu 5.º projeto aprovado pelo Programa Ciência na Escola,
pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas – Fapeam.
AGRADECIMENTOS
À Fapeam, pelo incentivo à Iniciação Científica e Pesquisa na
Educação por meio do Programa Ciência na Escola.

333. 333
A REUTILIZAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA
Escola Estadual João Bosco Pantoja Evangelista
Ensino Médio – 3.ª série
Denise Guiana
[email protected]
Introdução – Todos os dias toneladas de lixo são recolhidos das
ruas, casas, construções, lojas, dentre outros. Muitos desses mate-
riais podem ser reaproveitados, evitando o desperdício, diminuindo
a poluição e ajudando na economia de muitas famílias. Ao longo
dos anos, o homem sofre devido às consequências desastrosas de
suas ações em relação ao meio ambiente. No que diz respeito à
escola, carecemos de uma proposta educacional que trate dessas
questões, pois a aprendizagem é considerada como uma mudança
de comportamento por meio das experiências vividas. Segundo Bar-
celos (2012), faz-se necessário construirmos espaços de convivên-
cias sustentados em valores que possibilitem o desenvolvimento de
responsabilidade, cooperação, colaboração e respeito, que façam
os estudantes sentirem-se integrados à sociedade. No espaço esco-
lar, há vários problemas, e um deles é a dificuldade que os estudan-
tes têm para entender os conceitos geométricos, relacioná-los com
o mundo a sua volta e resolver situações-problemas que envolvam
esse tipo de conhecimento, o que faz com que os estudantes se des-
motivem do ambiente escolar. Objetivo – Analisar a contribuição de
uma proposta de ensino da Geometria, por meio de materiais reuti-
lizáveis, que propõe a aquisição de novos conceitos de forma signi-
ficativa, desenvolvendo atitudes que permitam a formação integral
do estudante. Materiais e Método – Consideramos que este trabalho

334. 334
teve uma abordagem qualitativa, de acordo com Malheiros (2011),
“as pesquisas qualitativas tentam compreender os fenômenos pela
ótica do sujeito”. Seguindo essa linha de pensamento, nossa pes-
quisa contempla alguns aspectos dessa abordagem metodológica.
O desenvolvimento deste projeto ocorreu no segundo semestre de
2019, envolvendo estudantes da 3.ª série do Ensino Médio Regular.
A pesquisa foi norteada pela metodologia pautada pela pesquisa-a-
ção. Nesse aspecto, Fiorentini (2006) esclarece que a pesquisa-ação
é um tipo de pesquisa participante, na qual o pesquisador se insere
no ambiente a ser estudado, não só para observar, mas sugerir dire-
ções que melhorem a prática e o aprendizado. Com efeito, segundo
Thiollent (2011), a pesquisa-ação é um método que consiste em
esclarecer problemas cientificamente relevantes, que interliga co-
nhecimento e ação ou extrai da ação novos conhecimentos. Nesse
processo os objetivos de ação de conhecimento estão entrelaçados.
Haguete (2011) afirma que “fora da práxis, não há conhecimento
possível. Assim sendo, a pesquisa-ação, por ser uma práxis, escla-
rece e alimenta o processo de conhecimento”. É dentro dessa pers-
pectiva que se buscou o desenvolvimento de um trabalho com viés
participativo e interativo entre professor e estudante, em que o co-
nhecimento atinja o objetivo maior, que é o aprendizado de forma
dinâmica e significativa. O trabalho em sala foi desenvolvido por
meio de uma sequência didática. No primeiro momento, foi exibido
vídeo sobre como se pode reutilizar alguns materiais que são des-
cartados todos os dias no lixo, que serviu para a discussão sobre a
importância da reutilização, independente de ser na mesma função
ou não. Posteriormente, uma conversa informal sobre os materiais
do cotidiano do estudante pode ser reaproveitada, transformando-
-o em algo útil, agradável e que sirva de material didático para a
compreensão do assunto estudado. Em seguida, os estudantes re-
uniram-se e escolheram fazer um cassino, com jogos interdiscipli-
nares, reutilizando papelão. As orientações e explicações sobre os
conteúdos de Geometria foram direcionados aos Estudantes em sala
de aula. No segundo momento, foi desenvolvida a oficina didática,

335. 335
para a confecção dos jogos lúdicos do cassino, envolvendo a Geo-
metria e as demais áreas do conhecimento, utilizando os materiais
reutilizáveis como mostra a Figura 1. Paralelamente ao trabalho com
a reutilização, os estudantes criaram as regras dos jogos e planeja-
ram a logística da apresentação. Anotaram os conceitos geométricos
para a explicação, posteriormente. No terceiro momento, ocorreu
a exposição dos objetos construídos a partir do material escolhi-
do, o estudante socializa com a comunidade escolar a experiência
adquirida no processo ensino-aprendizagem. No quarto momento,
ocorreu a auto avaliação e a avaliação do projeto. Resultado – Veri-
ficou-se o efeito do uso dos objetos confeccionados na reutilização
como recurso de aprendizagem; mediante a exposição do trabalho,
os estudantes demostraram interesse, comprometimento, confiança
e trabalho colaborativo, como mostra a Figura 2. Conclusões – Per-
cebeu-se que a atividade desenvolvida com o tema abordado, des-
pertou interesse no educando, que participou ativamente à medida
que adquiriu conhecimento dos conceitos geométricos e refletiu
suas ações em relação ao meio em que vive.
Palavras-chave: Reutilização, Ensino, Aprendizagem, Matemática.
Figura 1 – Desenvolvimento da oficina na reutilização
do papelão e o estudo da Geometria.

336. 336
Figura 2 – Apresentação do trabalho com reutilização
para a aprendizagem de Matemática.
REFERÊNCIAS
BARCELOS, V. Educação ambiental: sobre princípios, metodolo-
gias e atitudes (Coleção Educação Ambiental), 4 ed. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2012.
FIORENTINI, D. Investigação em educação Matemática: percur-
sos teóricos e metodológicos. Campinas, SP: Autores associados
– (Coleção Formação de Professores), 2006.
HAGGUETT, T. M. F. Metodologias qualitativas na Sociologia. 8
ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MALHEIROS, B. T. Metodologia da pesquisa em Educação. Rio de
janeiro: LTC, 2011.
THIOLLENT, M. J. M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo:
Cortez, 2011.

337. 337
SOBRE A AUTORA
Denise Guiana nasceu em 4 de outubro
de 1974, na cidade de Maués-AM. No
ano de 1974 formou-se em Magistério e
no ano seguinte iniciou sua carreira pro-
fissional como professora. Em 2004,
concluiu o curso de Licenciatura Plena
em Matemática pela Universidade Fede-
ral do Amazonas (Ufam) e, em 2020, re-
cebeu a titulação de mestre em Ensino de Ciências e Matemática
pelo Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Mate-
mática, da Universidade Federal do Amazonas. Atualmente, exer-
ce sua profissão como professora, pela Secretaria Municipal de
Educação (Semed), lotada na escola Senador Fábio Pereira de Lu-
cena Bittencourt, e pela Secretaria do Estado do Amazonas (Seduc)
na Escola João Bosco Pantoja Evangelista.

339. 339
ESPAÇO VERDE ESCOLAR LECITA – PROMOVENDO
ATITUDES CIDADÃS E FORTALECENDO O
CONHECIMENTO NO ENSINO PRESENCIAL E À
DISTÂNCIA
Escola Estadual de Tempo Integral Professora
Lecita Fonseca Ramos
Ensino Médio – 2.ª e 3.ª série
Elias Valente Silva Filho
[email protected]
Introdução – O espaço verde escolar é um verdadeiro labo-
ratório vivo, onde podem ser desenvolvidas aulas diversificadas
e realizar experimentos a partir dos recursos presentes. É pos-
sível estabelecer a interdisciplinaridade, bem como gerar ativi-
dades empreendedoras e científicas. Trata-se de um ambiente
onde se exercitam habilidades cognitivas e socioemocionais.
Objetivo – Gerar recursos para manutenção do espaço verde
escolar, viabilizando aulas de práticas experimentais e os pro-
jetos escolares, exercer a cidadania, hábitos saudáveis, atitudes
ambientais e produzir ciência. Materiais e Método – Realizada
de junho de 2020 a maio de 2021, envolvendo todos os estu-
dantes da Escola Estadual Professora Lecita Fonseca Ramos. Na
primeira etapa, houve reuniões pedagógicas via Google meet,
com base no documento norteador Plano de Retorno as Aulas
Presenciais (Seduc-AM), com os professores das disciplinas de
Práticas Experimentais. Na segunda etapa houve a criação da
ementa da disciplina Práticas Experimentais, com foco nos es-
paços verde escolar e laboratório, toda sequência didática foi
fundamentada no Repriorizador Curricular (Seduc-AM, 2019).

340. 340
A terceira etapa consistiu na categorização das atividades em
empreendendo ciência voltadas para a produção de produtos
e serviços, ciência verde (estudo das propriedades bioquímicas
do solo e das plantas) e manutenção do laboratório vivo, as
quais tiveram equipes compostas por 24 discentes de turmas
diferentes, responsáveis pela rega diária, capina, semeadura,
plantio, cálculos de área, criação de composteira e de canteiros
com materiais recicláveis, manutenção hidráulica, realizadas
por discentes das 2
as
séries e 3
as
séries (Figuras 1, 2 e 3). A quarta
etapa constitui na divulgação em redes sociais e apresentação
em seminários e simpósios. Resultados – Obtiveram-se como
resultado a produção de mudas de plantas e sementes pelos es-
tudantes das 2
as
séries do Ensino Médio e produção de tempero
caseiro pronto, antisséptico bucal natural a partir de espécimes
da Horta Escolar, desenvolvidos pelos estudantes/bolsistas do
Programa Ciência na Escola promovida pela Fundação de Am-
paro à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). Nas Práticas
experimentais, os Estudantes semearam, plantaram e colheram
plantas medicinais e alimentícias, complementando a alimenta-
ção escolar e gerando atividades de laboratório, como preparo
de sucos detox e workshop com os estudantes das 1
as
séries,
ressaltando as propriedades diuréticas, antioxidantes, dentre
outros benefícios para a saúde. Os Estudantes das 3
as
séries rea-
lizaram práticas de manejo de pragas, correções de ph e ferti-
lidade do solo. Conclusões – A partir de um projeto matriz, foi
possível reafirmar e fortalecer parcerias com os órgãos públicos
empenhados em ações educacionais, estimular a criação de ou-
tros projetos escolares, incentivando e envolvendo toda a co-
munidade escolar: estudantes, professores, gestora, pedagoga,
auxiliares de serviços gerais e merendeiras.
Palavras-chave: Ensino Presencial e a Distância, Espaço Verde Es-
colar, Mídias Sociais.

341. 341
Figuras 1, 2 e 3 – Práticas experimentais: estudo de ph do solo;
hidráulica e venda de mudas de plantas.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-
-de-educacao/base-nacional-comumcurricular-bncc >. Acesso em
18 jun., 2020.
Manaus, Prefeitura de. Proposta Pedagógico-Curricular Educação
Infantil, creche/pré-escola, 2016.

342. 342
SOBRE O AUTOR
Elias Valente Silva Filho é professor-pes-
quisador, nasceu em 18 de abril de 1989
na cidade de Macapá-Amapá, formou-
-se em Licenciatura em Ciências Bioló-
gicas na Faculdade de Macapá-Fama. É
especialista em Educação Ambiental e
Sustentabilidade (Universidade Candido
Mendes-RJ), lecionou em curso Técnico
em Enfermagem na Escola Madre Tereza (Macapá-Amapá) e Técni-
co em Prótese Dentária. Atualmente, é professor de Biologia, Prá-
ticas Experimentais e Eletiva na Escola Estadual de Tempo Integral
Professora Lecita Fonseca Ramos.

343. 343
A QUÍMICA EM AÇÃO: EXPERIMENTOS
QUÍMICOS COMO MODELO PEDAGÓGICO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
Escola Estadual Maria da Luz Calderaro
Ensino Médio – 1.ª série
Elcio Silva de Lima
[email protected]
Introdução – O projeto tem como base o uso de experimen-
tos químicos nas escolas estaduais de Manaus (Seduc), utilizando
materiais de baixos custos como propostas pedagógicas. Objeti-
vo – Ensinar estudantes de Ensino Médio, utilizando experimentos
que mostram a parte bonita da Química, por meio das reações
químicas aprendidas no dia a dia em sala de aula. Materiais e
Método – Os experimentos químicos explorados na apresentação
são: água que muda de cor, decomposição da água oxigenada,
indicadores ácido-base, reação de polimerização do poliuretano,
pasta de elefante, reações do sódio metálico em água, lâmpada
de larva, gênio da garrafa, reação de saponificação, relógio de
iodo, serpente de Faraó, teste da gasolina adulterada, o carbono
escondido no açúcar. Resultados – O interesse apresentado pelos
estudantes também mostra quão satisfatória foram as atividades
desenvolvidas em sala, tendo em vista que, antes da aplicação dos
experimentos de química, é claro a mudança que ocorreu nes-
sa turma, que apresentava desinteresse pelo que era mostrado em
sala, fazendo atividades do livro pelo simples fato de buscar uma
nota para passar de ano e, após a atividade, não mostrava interesse
em atividades manuais, experimentos e discussões em grupo. Os
estudantes não tinham a necessidade de mostrar o que aprende-

344. 344
ram e nem defenderem seus pontos de vista, ou seja, se tornaram
pessoas mais decididas, que constroem um conceito e se sentem
confiantes para defender o que foi construído. Infelizmente, um
fator observado, que vale a pena ser ressaltado, é o tempo que é
utilizado para desenvolver uma atividade. As atividades em sala de
aula, por semana, para o desenvolvimento das atividades (Figura
1), o que pode fazer alguns pensarem se é válido utilizarmos tanto
tempo para construir e explicar a utilização dessa ferramenta, tan-
to para estudantes quanto para professores. A aplicação no mundo
real aproxima mais a ciência das pessoas. Conclusões – Em uma
visão geral, a utilização dos experimentos de química, como fer-
ramenta para a construção de conhecimentos, mostra-se bastante
eficiente. Este trabalho mostrou que é possível que o estudante
se torne o centro da construção do seu conhecimento, sendo ca-
paz de tomar para si a responsabilidade de aprender a aprender e
construir seus conceitos, além de mostrar a importância do media-
dor na produção desse conhecimento.
Palavras-chave: Experimentos, Química, Aprendizagem.
Figura 1 – Atividades de química.

345. 345
REFERÊNCIAS
SOARES, B.G.; SOUSA, N.A.; PIRES, D.X. Química orgânica: teo-
ria e técnicas de preparação, purificação e identificação de com-
postos orgânicos. 1ª edição. Rio de Janeiro, Guanabara, 1988.
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.) Pesquisa social. Teoria,
método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
SOBRE O AUTOR
Elcio Silva de Lima é professor de Mate-
mática, Química e Física. É formado
pelo Ifam, radiologista, especialista em
docência do Ensino Superior e Gestão,
Coordenação Pedagógica e Supervisão
Escolar. E, atualmente, professor na Se-
duc nas três áreas competentes Matemá-
tica, Física e Química, e autor do livro
Manual de jogos pedagógicos para o en-
sino de Física.

347. 347
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TÉCNICA: OS
BENEFÍCIOS DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
DO CETAM, NA SEDE DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL DE MANACAPURU
Centro de Educação Tecnológica do
Amazonas – Cetam – Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Eugênia Aires da Rocha
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – As transformações tecnológicas tornaram possí-
vel o surgimento da era da informação. Partindo desse pensamen-
to, precisa-se pensar na educação do hoje com vista ao futuro,
refletindo sobre o processo pedagógico sistematizado, a tecnolo-
gia da informação e da comunicação que vem sendo utilizada de
maneira significativa no processo de ensino e aprendizagem. O
fenômeno da globalização exige que a informação seja transmi-
tida de maneira rápida e atualizada. Assim, o uso do computador
apresenta-se como ferramenta imprescindível para a inserção e
participação efetiva no processo global. Objetivo – Destacar que
é inegável a necessidade das tecnologias na vida estudantil, evi-
denciando a importância do papel do Laboratório de Informática
do Cetam, na sede do Núcleo de Educação Profissional de Ma-
nacapuru. Materiais e Método – A metodologia usada é de um
relato de experiência, direcionada na integração pedagógica das
Tecnologias de Informação e Comunicação, mais precisamente do

348. 348
Laboratório de Informática. Trabalhar em uma escola virtualizada
é, sem dúvida, um avanço muito grande para nossa a comunida-
de. Promover a conscientização digital, de maneira a formar um
cidadão crítico e ético, é fator primordial. Estamos no caminho
coeso para acompanhar o mundo digital de forma a promover a
sua inclusão, por meio de projetos, cursos profissionalizantes e
oficinas, que tenham as tecnologias de informação e comunica-
ção como ferramentas pedagógicas, com metodologias diferencia-
das e significativas para o estudante, e conteúdos, que venham,
por meio de informações, notícias, socialização, aulas on-line,
pesquisas, publicações, por meio da interatividade e colaboração
com seu professor, no envio de e-mails, pesquisas na Internet, ví-
deos, e outros. Resultados – Fazer parte, como educadora, de um
ambiente tão importante para a inclusão digital do estudante é
transformador. Utilizar recursos de inovação educacional didática
e ter a oportunidade de divulgar a quem f interessar o relato de
experiência sobre a Educação Profissional e Técnica: os benefícios
do Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo de
Educação Profissional de Manacapuru, é maravilhoso, uma vez
que visamos favorecer o ensino-aprendizado do estudante, bem
como do professor, ao lidar com esse recurso, como em pesqui-
sa, formatação, digitação, slides e outros. E que possa subsidiar o
trabalho desenvolvido pelo professor em sala de aula, permitindo
ao estudante ser construtor desse conhecimento e que este venha
a ser algo, além de um suporte tecnológico, passando a ser uma
ferramenta construtora no seu aprendizado quando integrada ao
currículo. As novas formas de ensinar, aprender e pensar, no tem-
po da informática e das tecnologias de informação, nos estimulam
a estar flexíveis para novas capacitações, diariamente. As Tecnolo-
gias de Informação e Comunicação, principalmente o computador
e a Internet, se mostram como alternativas inovadoras, aguçando
o olhar dos estudantes e docentes. Conclusões – Os benefícios do
Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo de Edu-
cação Profissional de Manacapuru, são: o aumento da produtivi-

349. 349
dade; a melhoria da qualidade dos serviços; mais estímulo para os
profissionais da área; facilidade para a leitura prévia de relatórios;
facilidade de acesso às informações da empresa e maior seguran-
ça das informações. Esses benefícios são rapidamente notados, de
forma a facilitar o trabalho dos profissionais da área.
Palavras-chave: Educação, Formação Continuada, Aprendizagem,
Tecnologias.
Figura 1 – Os benefícios do Laboratório de Informática na sede
do Núcleo de Educação de Manacapuru.
REFERÊNCIAS
DRUMOND, Simone Helen Ischkanian. O uso das tecnologias nas
atividades do Método de Portfólios Educacionais SHDI. Disponí-
vel em http://simonehelendrumond.blogspot.com/2021/04/o-uso-
-das-tecnologias-nas-atividades-do.html. Acesso em 23 de abril de
2021.

350. 350
SOBRE A AUTORA
Eugênia Aires da Rocha é formada no Cur-
so Superior em Tecnologia em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, e especia-
lista em Tecnologias Educacionais para a
Docência em Educação Profissional e Tec-
nológica pela UEA. Trabalha como profes-
sora instrutora de Informática celetista do
Centro Tecnológico do Amazonas.

351. 351
JORNADA INTERDISCIPLINAR PROFESSOR
RUY ALENCAR – JIPRA

Escola Estadual Professor Ruy Alencar
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Evaldo Gomes Sicsu Junior
[email protected]
Introdução – Este projeto tem por finalidade a realização de
Pesquisas e de Jogos, numa ação interdisciplinar, que visa à inte-
gração sociocultural e esportiva dos estudantes da Escola Estadual
Prof. Ruy Alencar, incentivando a busca pelo saber e conheci-
mento, por meio da pesquisa, e promovendo a prática desporti-
va entre os jovens nas mais diferentes modalidades de esportes,
propondo-lhes melhor qualidade de vida. Atualmente a estrutura
do Jipra é composta por um Tema Gerador, abordado em todas as
disciplinas, na qual se apresentarão equipes de defesa de cada tur-
ma, exposição oral e visual, momento cultural do referido Tema,
realizando, também, atividades desportivas em cinco modalidades
esportivas, como voleibol, futsal, handebol, basquetebol e quei-
mada, equipes de jogos de cada modalidade, de cada turma, para
as competições, torcidas organizadas com adereços, bandeiras,
gritos de guerra, rainha ou rei, a ou o porta-bandeira e mascotes.
De acordo com Kaveski (2005), “a interdisciplinaridade é enten-
dida no PCN do Ensino Médio como função instrumental, ‘a de
utilizar os conhecimentos de várias disciplinas para resolver um
problema concreto ou compreender um determinado fenômeno
sob diferentes pontos de vista’ a partir ‘de uma abordagem relacio-
nal’...”. Objetivo – Promover a integração sociocultural e espor-
tiva dos estudantes, por meio de pesquisas nas diversas áreas do

352. 352
conhecimento e da prática desportiva da referida escola entre os
jovens nas mais diferentes modalidades de esportes, competindo
com entusiasmo e espírito de equipe, respeitando e cumprindo
regras, aprendendo a ganhar ou perder com dignidade, contribuin-
do, dessa maneira, para seu crescimento como cidadão, buscando
melhor qualidade de vida. Materiais e Método – O projeto inicia
com a divulgação do projeto na escola, em todas as disciplinas, re-
passando a programação, o regulamento e os procedimentos que
serão aplicados na jornada. No segundo momento, serão sortea-
dos os subtemas, as cores de cada turma e a ordem de apresen-
tação para cada uma, na presença de todos os professores, orien-
tando-os, e aos estudantes, em aula expositiva, sobre o regimento
geral. O professor conselheiro ficará responsável por acompanhar
os estudantes no decorrer das realizações das atividades, como:
confecção de material, exposição oral e visual e outros, organizan-
do Oficinas Pedagógicas para o ensaio da rainha ou rei, mascote,
a ou o porta-bandeira, para montagem do material a ser usado no
evento, assistido e supervisionado por ele. Após todos os proces-
sos de orientação dos estudantes e professores conselheiros, serão
realizadas exposições dos conteúdos nas salas de aula e jogos na
quadra poliesportiva da escola, pelos turnos matutino e vespertino,
e exposições dos conteúdos, em forma de momento cultural, e
jogos na quadra poliesportiva da escola, no turno noturno (Figuras
1 e 2). O esporte é uma atividade abrangente, visto que englo-
ba diversas áreas importantes para a humanidade, como saúde,
educação, turismo, dentre outros (TUBINO, 1999). No último dia
haverá a exposição de informações referentes aos dias do evento,
chamadas, resultados dos jogos, dos premiados e outros em mural.
Encerrando com a premiação das rainhas ou reis, porta-bandeiras,
mascotes, líderes de turmas, times vencedores, turmas vencedoras,
professores e demais colaboradores. Resultados – Percebeu-se que
o projeto conseguiu alcançar 90% do alunado com suas ativida-
des, tendo um resultado positivo nas pesquisas, apresentação dos
trabalhos e práticas desportivas aplicadas. Esse empenho mostrou

353. 353
que a aplicação do projeto como metodologia pedagógica apro-
ximou o estudante de temas, os quais, antes, havia dificuldades
para aplicação dentro de sala de aula. Conclusões – Os estudantes
conseguiram de forma independente, em sua maioria, a execução
de um projeto de pesquisa, confecção de materiais e organização
da turma com muito êxito, tendo como ferramenta principal as
práticas do protagonismo juvenil aplicada dentro da escola, por
meio de palestras e rodas de conversa para estimular o espírito de
liderança e preparação para a vida adulta.
Palavras-chave: Integração, Cultura, Esportes.
Figura 1 – Exposição de conteúdo em sala de
aula.
Figura 2 – Exposição de materiais
produzidos pelo alunado.
REFERÊNCIAS
KAVESKI, F. C. G. Concepções acerca da interdisciplinaridade e
transdisciplinaridade: um estudo de caso. In: II Congresso Mun-
dial de Transdisciplinaridade, Vitória/Vila Velha, 2005.
TUBINO, M. J. G. Dimensões sociais do esporte. 2.ª edição revi-
sada. São Paulo: Cortez 2001.

354. 354
SOBRE O AUTOR
Evaldo Gomes Sicsu júnior é professor
de Educação Física na Escola Estadual
Professor Ruy Alencar e graduado pela
Universidade Nilton Lins.

355. 355
LABORATÓRIO ABERTO: A IMPORTÂNCIA DA
EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA
Escola Estadual Indígena Professor Luiz
Gonzaga de Souza Filho – Codajás/AM
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Elzilene Aquino de Araújo
[email protected]
Introdução – Este trabalho apresenta um relato de experiên-
cia, envolvendo uma descrição das etapas da construção de um
destilador a arraste a vapor para a extração de essências e a fa-
bricação de produtos sustentáveis a partir desse processo. Nele
empregam-se materiais alternativos e de baixo custo, facilmente
adquiridos no cotidiano. O papel do professor é de incentivar os
estudantes, direcionando para diferentes possibilidade e caminhos
a seguir (SANTOS, 2010). Dessa forma, o uso de aulas expositivas
deve beneficiar a discussão por meio do uso da experimentação
no ensino de Química, demostrando a sua importância. Objetivo
– Capacitar os estudantes para a contextualização entre a práti-
ca experimental de produção de sabão/sabonetes e perfumes e a
construção de equipamentos. Materiais e Método – Neste projeto,
é de caráter ativo a utilização de materiais e de métodos adequa-
dos, no qual se relaciona aulas tradicionais (teóricas) com aulas
práticas (experimentos) onde os estudantes puderam se apropriar
dos conceitos como: solubilidade, polaridade, eletronegativida-
de, reações químicas, em que inseriu-se o conceito de educação
ambiental (Figura 1). Dessa forma, a experimentação é um dos
principais núcleos que permeia a complexa rede conceitual que
estrutura o ensino de Química (MOURA, 2017). Resultados – A

356. 356
atividade foi realizada na Escola Estadual Indígena Professor Luiz
Gonzaga de Souza Filho, no município de Codajás, no interior do
Estado do Amazonas/Brasil. No período do segundo semestre de
2020 até o final do mesmo semestre, envolvendo estudantes da
1.ª e 2.ª série do Ensino Médio. Durante as atividades com a cons-
trução do destilador caseiro para obter essências do Açaí (Euterpe
oleracea), por essa ser bastante conhecida no município, Erva ci-
dreira (Melissa officinalis), limão (Citrus limon L.) e Puruí (Aliber-
tia edulis), e produção de sabões, sabonetes e perfumes. Dessa
forma, os discentes, ao compreenderem a relação da química no
processo inerente à produção de materiais sustentáveis, inserindo,
também, a criação de equipamentos para usar nas aulas, principal-
mente quando muitas escolas do Estado não possuem laboratório
e, muito menos, materiais. Conclusões – Este trabalho apresenta
um relato de experiência envolvendo uma descrição das etapas
da construção de um destilador a arraste a vapor para a extração
de essências e a fabricação de produtos sustentáveis a partir desse
processo, emprega-se a utilização de materiais alternativos e de
baixo custo, facilmente adquirido no cotidiano.
Palavras-chave: Experimentos, Química, Laboratório.
Figura 1 – Aplicação das práticas experimentais na escola.

357. 357
REFERÊNCIAS
SANTOS, W. L. P.; SCHNETZLER, R. P. Educação em Química:
compromisso com a cidadania. Ijuí: Ed. Inijuí (RS), 2010.
MOURA, A. M. O papel das atividades experimentais no ensino
de Química para a Educação de Jovens e Adultos: Uma valoriza-
ção dos saberes populares. Brasília, DF 2017. Pós-graduação em
Ensino de Ciências, mestrados Profissional em Ensino de Ciências.
P. 25. escola, 2016.
SOBRE A AUTORA
Elzilene Aquino de Araújo nasceu na ci-
dade de Codajás-AM. É mestranda do
Programa de Pós-graduação em ensino
de Ciências e Matemática, pela Univer-
sidade Federal do Tocantins, UFT, Pal-
mas. Graduada em Ciências, Biologia e
Química, pela Universidade Federal do
Amazonas, Ufam. Cursou o Ensino Mé-
dio e o Ensino Fundamental na Escola
Estadual Nossa Senhora das Graças.

359. 359
A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DE
VIDEOCONFERÊNCIA NOS SEMINÁRIOS DE
BIOLOGIA NO PERÍODO PANDÊMICO DE 2021
Escola Estadual Maria Amélia do Espírito Santo
Ensino Médio – 3.ª série
Fabiana Sarmando Soares
[email protected]
Introdução – No ano de 2020 fomos pegos de surpresa por uma
pandemia, a qual fez o trabalho escolar ser repensado, reorganiza-
do e muitas estratégias precisaram ser modificadas, pois, a partir do
momento de sua execução, verificamos as que foram positivas e as
negativas, para assim mantermos o nosso ano escolar com o mínimo
de aprendizagem dos conteúdos programáticos dos discentes. No ano
de 2021, percebeu-se que poderíamos inovar em nossas estratégias e,
para isso, começamos a utilizar as ferramentas de videoconferências
para aprofundarmos os conteúdos trabalhados na plataforma “aula em
casa”, disponibilizada pelo governo do Estado de Amazonas, por meio
da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc –
AM). Objetivo – Trabalhar em equipe de maneira cooperativa, utilizan-
do os recursos de videoconferência para a realização de seminário de
Biologia em período pandêmico. Materiais e Método – Esse trabalho
foi desenvolvido no primeiro semestre de 2021, com estudantes do
terceiro ano do Ensino Médio, pois verificamos que eles eram os que
apresentavam maior número de ausentes durante as aulas remotas.
As turmas foram divididas em grupos de, no máximo, seis estudantes,
cada um deveria realizar uma apresentação, contendo slides e sonori-
zação. Os assuntos versavam sobre doenças causadas por vírus, bac-
térias e vermes, pois são assuntos recorrentes em vestibulares e fazem

360. 360
parte da Proposta Pedagógica de Biologia. Os estudantes ficaram livres
para escolher os componentes de seus grupos. Depois desta fase, pas-
saram os nomes para a professora, que deu um número para cada gru-
po, para que fossem sorteados a ordem e o assunto de todos. A seleção
por sorteio nos garante probabilisticamente que dois ou mais grupos
são equivalentes entre si. É uma técnica de controle, que tem como
propósito dar ao pesquisador a segurança de que variáveis estranhas,
conhecidas ou desconhecidas, não irão afetar de maneira sistemática
os resultados do estudo (CHRISTENSEN, 2006). Foi, então, realizado
um sorteio para que se chegasse aos assuntos dos grupos. Cada grupo
poderia realizar sua apresentação de forma livre, aparecendo na tela
ao vivo, gravando os slides, e cada grupo deveria apresentar em, no
máximo, seis minutos sobre a doença sorteada. Os estudantes que não
participaram da aula no dia do sorteio foram agregados em grupos já
formados. Todos os grupos foram informados que seria uma manhã de
apresentações e que esta seguiria a ordem dos sorteios. A relação final
foi feita nos grupos de WhatsApp das turmas da escola. Cada grupo
poderia ter até três membros para explanar os assuntos, mas era obri-
gatória a presença de todos os componentes, sendo realizada a cha-
mada do grupo pela professora. A apresentação deveria ser exibida na
videoconferência para todos os demais grupos. Ao final, era realizada
uma abordagem rápida do grupo. Resultados – Percebeu-se durante
as duas semanas de preparação das apresentações que muitos estu-
dantes, que não participavam das aulas, procuraram ora seus colegas
de sala, ora a professora para realizarem o seminário. Por meio dessa
atividade, ficamos sabendo de muitos estudantes, que estavam inse-
ridos no mercado de trabalho no mesmo horário de suas atribuições
escolares. Houve uma grande participação deles na apresentação dos
Seminários, todas as equipes apresentaram seus slides e muitos deles
comentavam ao final das apresentações (Figuras 1 e 2). Conclusões
– Levando em consideração o período que estamos passando com o
segundo ano de Pandemia e todos as mudanças que precisaram acon-
tecer no âmbito educacional, o Seminário, com o uso de recursos de
videoconferência, obteve êxito em sua realização. A convivência em

361. 361
um período maior para o planejamento e organização dos seminários
foi determinante para o sucesso dos trabalhos.
Palavras-chave: Pandemia, Redes Sociais, Biologia.
Figura 1 – Apresentação dos seminários de Biologia. Giardíase
Figura 2 – Apresentação dos seminários de Biologia.
Entamoeba Histolytica.

362. 362
REFERÊNCIA
CHRISTENSEN, C. M.; HORN, M. B.; JOHNSON, C. W. Inovação
na sala de aula: como a inovação de ruptura muda a forma de
aprender. Porto Alegre: ArtMed, 2009.
SOBRE A AUTORA
Fabiana Sarmando Soares, nasceu na ci-
dade de Manaus, município do Amazo-
nas no dia 06 de junho de 1982. Possui
graduação em Ciências Biológicas pelo
Centro Federal de Educação Tecnológica
do Amazonas (2007). Tem experiência
na área de Zoologia, com ênfase em En-
tomologia Agrícola. Enfermeira pós gra-
duada em Urgência e Emergência e Saúde Pública (2020). Profes-
sora da Rede Estadual de Ensino do Estado do Amazonas.

363. 363
PROJETO CIÊNCIA EM CASA: PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO MÉDIO EM
PERÍODO DE PANDEMIA NA REDE PÚBLICA DE
ENSINO – MANAUS, AMAZONAS
Escola Estadual Desembargador André
Vidal de Araújo
Ensino Médio – 1.ª série
Déborah Patrícia da Cunha Rodrigues
[email protected]
Introdução – No período de aulas remotas devido a pande-
mia, buscamos incentivar nossos estudantes a desenvolverem sua
criatividade. Logo, seguindo a programação sugerida pela Aula
em Casa, programa pioneiro na Seduc-AM, buscou-se inovar
também na maneira de propor e recolher atividades dos estudan-
tes do 1.º ano do Ensino Médio, turno vespertino, apresentando
num Roteiro discriminado detalhadamente a metodologia, com
materiais de uso comum, a Extração Caseira do DNA da saliva
humana. A ênfase neste processo é para que, de alguma forma,
seja estabelecida uma linha tênue entre a liberdade na construção
de ideias e pensamentos dos estudantes e a orientação do pro-
fessor, este agindo como o mediador no conhecimento. Alguns
aspectos da natureza da Ciência são universais e, na opinião de
Abd-El-Khalick et al. (1998), devem ser abordados pela educação
científica da escola básica, de forma a desenvolver familiaridade
com as práticas científicas e com a maneira de essa área articular
a sua construção do conhecimento (DRIVER et al., 2000). Obje-
tivo – Manter o desempenho e interesse dos estudantes pela dis-
ciplina, entendendo a ciência como parte integrante no dia a dia,

364. 364
e que é possível uma educação baseada em um novo olhar para
as nossas habilidades e competências. Materiais e Método – Por
meio do uso de ferramentas como Google Classroom e grupos
gerais e específicos de Biologia, foi produzido e postado um ar-
quivo com orientações minuciosas, a fim de minimizar possíveis
erros e facilitar o acesso aos materiais, além de semanalmente
nos reunirmos, usando a ferramentas Google Meet, para expli-
cações e esclarecimentos de dúvidas. Neste, foram utilizados:
detergente, álcool de uso comum, sal, água, corante líquido – cor
a critério do estudante, três recipientes transparentes, uma colher
de sopa para medição padrão. Na primeira etapa, o E preparou
as suas misturas, sendo a mistura um, metade do seu recipiente
de água para uma colher de sopa de sal; mistura dois, metade do
seu recipiente com álcool, adicionando quatro gotas de corante
líquido, uma colher de sopa com detergente, misturando todos
esses itens e reservando. Para a mistura três, com o preparo an-
terior da água e sal, retirou-se quatro colheres deste e fez-se bo-
checho de um minuto. Expeliu-se na mistura dois todo o material
oriundo do bochecho, misturaram-se levemente pelas bordas e
colocou-se em repouso, por aproximadamente um minuto, até
que se tornasse visível um emaranhado de cor esbranquiçada na
amostra. Cada passo foi devidamente registrado por meio de fo-
tos/vídeos, explicando seu procedimento e a análise final de sua
amostra. Resultados – O maior desafio foi encontrar os números
dos contatos atualizados dos nossos estudantes e, para isso, fi-
zemos uma força-tarefa, com auxílio da direção escolar e dos
estudantes, fazendo com que tivéssemos resultados satisfatórios.
Conclusões – Logo, confirmamos que a educação com qualidade
ainda é possível, desde que tenham os professores que acreditem
no potencial dos estudantes e invistam nisso.
Palavras-chave: Ensino Diferenciado, Aulas Práticas, Investigação.

365. 365
REFERÊNCIAS
ABD-EL-KHALICK, F.; BELL, R.; LEDERMAN, N. The nature of
science and instrucional pratice: Making the unnatural natural.
Science Education, v. 82, n.º 4, p. 417-436, 1998.
DRIVER, R.; NEWTON, P.; OSBORNE, J. Establishing the norms of
a scientific argumentation in classrooms. Science Education, v. 84,
n.º 3, p. 287-312, 2000.
SOBRE A AUTORA
Déborah Patrícia da Cunha Rodrigues é
professora, com Licenciatura Plena em
Ciências Biológicas – UniNorte, pós-
-graduanda em Gestão Ambiental (Está-
cio de Sá) e especialista em Docência do
Ensino Superior (Uniasselvi), integrou a
2.ª edição do Curso de Capacitação em
Ciências pela Universidade de São Paulo
– USP. Bióloga com registro na CRBio, desde 2012, desenvolvendo
projetos de cunho jurídico/empresarial particular, no que se refere
à Área de Preservação Permanente – App e Inventário Florístico.
Atuou em programas de relevância junto ao Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia – Inpa, desde Pibic (2006) à Projeto Fron-
teiras (2014), com publicações em Anais e citação de artigos em
livros científicos, congressos e workshop. Lecionando, desde 2007
em Cursos de Capacitação, 2009, em escola do sistema particular
de ensino, 2013, escola da rede pública de ensino, até os dias
atuais, fazendo parte do quadro efetivo de Servidores da Secretaria
de Estado de Educação e Desporto – Seduc-AM, 2015, lecionando
para Curso Técnico de Enfermagem – Cemetro.

367. 367
O LUGAR NA GEOGRAFIA: UMA REFLEXÃO A PARTIR
DAS VIVÊNCIAS DE ESTUDANTES DA COMUNIDADE
COLISEU – MANAUS
Escola Estadual Professora Cecília Ferreira da Silva
Ensino Médio – 1.ª série
Eluana Carvalho da Silva
[email protected]
Introdução – O lugar na Geografia não é, puramente, um
fato a ser elucidado na ampla estrutura do espaço, é a reali-
dade a ser esclarecida e compreendida sob a perspectiva das
pessoas que lhe dão significado. Foi objetivando entender essa
perspectiva que o projeto se desenvolveu sobre a percepção dos
estudantes moradores da Comunidade Coliseu, conhecida por
ser uma área de ocupação irregular com um total de quatro mil
famílias. Objetivo – Entender e conhecer o lugar Coliseu, por
meio de relatos debates em grupos focais e representações em
mapas mentais produzidos por estudantes que vivem e sentem
diariamente a comunidade, por meio das relações intersubjeti-
vas. Materiais e Método – Para obter os resultados e respostas
sobre temática apresentada neste projeto, realizamos debates e
assembleias sobre o conceito da categoria lugar na Geografia,
tais debates serviram, em um primeiro momento, como sonda-
gem, para entendermos como os estudantes do Ensino Médio,
especificamente do primeiro ano, veem, percebem e compreen-
dem a categoria Lugar na Geografia e nas suas experiências com
seu espaço. Assim sendo, o projeto transcorreu a partir da pers-
pectiva fenomenológica, em que, de acordo com Pereira (2010),
tem como característica chegar aos resultados por resgatar as

368. 368
noções de espaço e de lugar, e junto com eles a ideia de per-
cepção, valores, comportamentos, atitudes e respeito ao seu lu-
gar e ao lugar do outro, incorporando o indivíduo no processo
de construção do conhecimento, ao considerar cada estudan-
te em suas especificidades. Para melhor abordagem, dividimos
em fases, sendo a primeira: relatos, por parte dos estudantes, a
partir do seu vivido com a Comunidade Coliseu; segunda fase:
debates focais em sala, sobre a Categoria Lugar e a construção
do espaço geográfico, tendo como foco relatos e apresentações
dos estudantes moradores e residentes no Coliseu; terceira fase:
representação da comunidade, por meio da produção de mapas
mentais. O objetivo de se utilizar dos mapas mentais foi revelar
o lugar do estudante e suas histórias, a partir das relações subje-
tivas e intersubjetivas com o espaço; quarta fase: tivemos a visita
à comunidade, onde, como forma de referência cartográfica e
guia, usamos os próprios mapas mentais produzidos pelos es-
tudantes (Figuras 1 e 2). Resultados – Os mapas produzidos pe-
los estudantes ajudaram a comunidade escolar a compreender e
enxergar o Coliseu, conforme Figuras 1 e 2, abaixo. Quanto aos
mapas mentais produzidos pelos estudantes, segundo Nogueira
(2002), os mapas mentais revelam como o lugar é compreendi-
do e vivido, sendo uma percepção do real a partir de percepções
próprias. Conclusões – poderíamos ter simplesmente estudado
como mais uma temática a categoria lugar em sala de aula, no
entanto, se deixaria de lado a oportunidade de o estudante po-
der expressar o conceito de lugar por meio do seu vivido e senti-
do, pois, como afirma Tuan (1970), o lugar possui um “espírito”,
uma “personalidade”. Portanto, o professor deve considerar em
estudos geográficos os sentimentos espaciais e as ideias de um
grupo ou povo sobre o espaço a partir da experiência.
Palavras-chave: Geografia, Lugar, Mapa Mental, Coliseu.

369. 369
Figura 1 – Mapa mental Comunidade Coliseu produção
Estudante “A” com nomes das ruas.
Figura 2 – Mapa mental Comunidade Coliseu produção
Aluna “B” uma apresentação da escola até sua casa.
REFERÊNCIAS
NOGUEIRA, A. R. B. Mapa mental: recurso didático para o estudo
do lugar In: PONTUSCHKA, Nídia Nacib. Geografia em perspec-
tiva. São Paulo: Contexto, 2002.

370. 370
PEREIRA, L. A. G.; CORREIA, I. S.; OLIVEIRA, A. P. Geografia
Fenomenológica: espaço e percepção. Caminhos de Geografia,
Uberlândia, v. 11, n.º 35, p. 173-178, set., 2010.
PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs. Secretaria de
Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 199.
TUAN, Y-F. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Pau-
lo: Difel, 1970.
SOBRE A AUTORA
Eluana Carvalho da Silva, nascida em
3/10/1987 – Manaus-AM, formada pela
Universidade Federal do Amazonas, no
ano de 2012, com especialização na
área de Orientação Educacional e Ensi-
no. Atualmente, é professora estatutária
da Secretaria de Educação do Estado do
Amazonas e da Secretaria Municipal de
Educação de Manaus, com mestrado em Geografia pelo programa
de pós-graduação, oferecido pela Universidade Federal do Ama-
zonas- PPGG/Ufam.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
Amazonas/ Fapeam, por apoiar, incentivar e financiar a pesquisa
desenvolvida nesse projeto, assim como aos estudantes, por acei-
tarem relatar seu vivido e seu espaço no Lugar Coliseu, e aos seus
pais, por nos receberem tão bem em seus lugares.

371. 371
SAÚDE EM CASA: EXERCÍCIO FÍSICO GERA
SAÚDE. MOVIMENTE-SE!
Escola Estadual Duque de Caxias – Tabatinga/AM
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Dilsoney da Cruz Lucas
[email protected]
Introdução – De acordo com a Organização Mundial da Saúde
– OMS, o Brasil é o 5.º país mais sedentário do mundo, com mais da
metade da população classificada com sobrepeso. Com o isolamen-
to social, imposto pela pandemia do novo coronavírus, esses dados
se intensificaram, ocasionando grandes impactos na vida de milhões
de brasileiros, trazendo, assim, novos hábitos e preocupações que
afetam diretamente a saúde do indivíduo. Com isso, gerou-se um
aumento de 90% nos casos de depressão e a diminuição de 20% no
índice da prática de atividades físicas realizadas pelos brasileiros,
segundo dados revelados por estudos nacionais da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Levando em consideração as re-
levantes problemáticas supracitadas e, sabendo que a boa prática
regular de exercícios físicos é de suma importância para a manu-
tenção da saúde e prevenção de doenças, evitando, em especial,
o agravamento da Covid-19, houve a extrema necessidade de se
idealizar e executar o Projeto: “Saúde em casa: exercício físico gera
saúde, movimente-se!”, que prestou informações, estímulos e orien-
tações importantíssimas para que os estudantes, funcionários da es-
cola e a sociedade em geral, pudessem se manter ativos fisicamente
durante o período de aulas remotas e o isolamento social. Objetivo
– Difundir motivação e conhecimentos necessários para que os dis-
centes tivessem suporte informativo suficiente, a fim de realizarem

372. 372
exercícios físicos regulares sem sair de casa. Materiais e Método – O
referido projeto foi desenvolvido no período de aulas remotas, me-
diante grupos estudantis de WhatsApp, com os educandos de seis
turmas de 1.ª (turmas 1, 2 e 3) e 2.ª séries (turmas 2, 3 e 4) do Ensino
Médio, do turno vespertino da Escola Estadual Duque de Caxias,
localizada no município de Tabatinga-AM, sendo executado nos
meses de março a maio de 2020, impactando positivamente a vida
de várias pessoas até os dias atuais. A metodologia foi desenvolvida
de acordo com as seguintes etapas: 1.ª Etapa: conversa inicial com
os estudantes, na qual foi apresentada e discutida a ideia de realiza-
ção do projeto; 2.ª Etapa: postagem da aula de iniciação do projeto
nos grupos de WhatsApp dos estudantes, almejando contextualizar
algumas informações significativas sobre a relação de atividade físi-
ca, saúde e pandemia. Nesta fase também foram dadas orientações
sobre o processo de construção do projeto, bem como instruções
aos estudantes quanto as filmagens dos exercícios físicos que deve-
riam ser realizados em casa; 3.ª Etapa: período de recebimento dos
vídeos enviados pelos estudantes, quando foi possível enaltecer o
feito de cada um e selecionar os vídeos individuas que se destaca-
ram, posteriormente, estes vídeos foram agrupados no vídeo final de
apresentação do projeto; 4.ª Etapa: solicitação da anuência dos pais/
responsáveis para autorizar o uso de imagem dos estudantes; 5.ª Eta-
pa: produção do vídeo de motivação e apresentação do projeto, do
guia de exercícios físicos em formato pdf e da mensagem de texto
que constituíram a produção midiática final do projeto. 6.ª Etapa:
divulgação da produção midiática final do projeto (vídeo + guia de
exercícios em pdf + mensagem de texto de apresentação) nas redes
digitais de comunicação dos estudantes, funcionários da escola e da
sociedade em geral (Figuras 1 e 2); 7.ª Etapa: a última fase do projeto
foi destinada para os estudantes tomarem conhecimento sobre os
feedbacks gerados pela disseminação do projeto nas redes sociais,
nas quais foi possível expor os comentários, discutir e fazer refletir
sobre a ação realizada em prol da saúde de outrem, sensibilizando
os estudantes, no que se refere a uma formação cidadã ativa e de

373. 373
bem, reconhecendo o protagonismo de todos e prezando os valores
humanísticos praticados por eles. Resultados – O referido projeto,
desde sua fase inicial, chamou bastante a atenção e empolgou ex-
pressivamente os estudantes, devido ao ineditismo que se realizaria
no município e, acima de tudo, em razão da relevância exorbitante
da temática e dos impactos positivos que foram alcançados em so-
ciedade. Conclusões – A pandemia do novo coronavírus, desenca-
deou uma série de fatores intervenientes que diminuíram ainda mais
o índice da prática de atividades físicas realizadas pelos brasileiros,
tornando a saúde das pessoas mais frágeis e vulneráveis, em face
dessa situação, uma ação pedagógica orientadora se fazia neces-
sária, para combater e mudar este retrocesso, no qual o referido
projeto assumiu essa responsabilidade.
Palavras-chave: Saúde em Casa, Movimenta-se, Exercício Físico.
Figura 1 – Print da capa de apresentação do vídeo.
Figura 2 – Print do vídeo (momento 2).

374. 374
REFERÊNCIAS
LIMA, Luiz Cezar Junior. Alimentação saudável e exercícios físicos
em meio a pandemia da COVID-19. BOLETIM DE CONJUNTURA
(BOCA) ano II, vol. 3, n. 9, Boa Vista, 2020.
TANAKA, A.K.R; LANA, L.D; PACZEK, R.S; YAMAMOTO, A.O;
DAVI, R.L. A importância do exercício físico em tempos de pan-
demia. (online). Blog LEVi@enf2020(viewed 23October2020) Ava-
liable from: https://www.ufrgs.br/levi/a-importancia-do-exercicio-
-fisico-em-tempos-de-pandemia/#page-content
SOBRE O AUTOR
Dilsoney da Cruz Lucas nasceu em 8 de
abril de 1996, na cidade de Tabatinga-
-AM, formou-se em Licenciatura em
Educação Física na Universidade do Es-
tado do Amazonas – UEA. Especialista
em Neurociência aplicada à Aprendiza-
gem e, Fisiologia do Exercício Físico
pela Faculdade Alfa América. Trabalhou
com Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio,
Programa Federal Forças no Esporte e cursos de Ensino Técnico na
área da saúde. É um profissional apaixonado pela arte de ensinar.
Atualmente é professor de Educação Física efetivo da Secretaria de
Estado de Educação e Desporto do Amazonas – Seduc. Tem expe-
riência na área de Atendimento Educacional Especializado, Psico-
motricidade, Fisiologia do Exercício Físico e Neurociência aplica-
da à aprendizagem.

375. 375
O USO DE CHATBOT PARA O ENSINO
REMOTO/HÍBRIDO DE LÍNGUA INGLESA
Escola Estadual Sant’Ana
Ensino Médio – 3.ª série
Lídia Cristina Sousa de Sena
[email protected]
Introdução – Ferramentas de aprendizagem de idiomas e tra-
dutores têm sido muito procurados há anos. Ser bilíngue ou multilín-
gue abre muitas oportunidades para a carreira e para interagir com
outras pessoas de diferentes culturas. Recentemente, tem havido in-
teresse em uma abordagem mais ‘pessoal’ para aprender um novo
idioma. Os smartphones têm sido um dos principais impulsionado-
res da mobilidade educacional durante a pandemia. Plataformas de
ensino de idiomas desenvolveram um serviço que se popularizou
entre os estudantes do mundo. Incorporar chatbots em aplicativos
móveis aumenta ainda mais a personalização no processo de apren-
dizagem, oferecendo serviços para a conveniência dos estudantes
com experiências de aprendizagem únicas. Eles podem interagir e
aprender com chatbots de linguagem em experiências interativas na-
turais e humanas. Os principais aplicativos de chatbot para a apren-
dizagem de idiomas são Duolingo, Babbel e Mondly. Chatbot é um
programa de computador que faz o que é programado, simulando
uma conversa humana em um chat. Dessa forma, é possível auto-
matizar tarefas como dúvidas frequentes, na forma de diálogo pré-
-definido entre o usuário e um “robô”. Vantagens de usar um bot no
ensino de Língua Inglesa: Um robô conversa com o estudante para
treiná-lo a falar a língua. Ele responde às perguntas, corrige erros e
apresenta diferentes opções de respostas. Objetivo – Acompanhar

376. 376
estudantes do Ensino Médio, da escola pública da rede estadual de
ensino (Sant’Ana) na utilização da plataforma Chatclass. Despertar
o interesse dos estudantes pela língua anglófona, bem como pro-
mover a maior interação entre estudantes e professor. Materiais e
Método – Tratou-se de uma pesquisa qualitativa que aconteceu no
primeiro semestre de 2021, envolvendo todos os estudantes forman-
dos do Ensino Médio. Foi aplicada a partir de uma sequência didáti-
ca, conforme a Proposta Pedagógica Estadual para o Ensino Médio.
O primeiro passo foi pesquisar sobre o tema do uso de chatbots no
ensino da Língua Inglesa e sobre a aprendizagem por meio de cha-
tbot das quatro habilidades da Língua Inglesa. Em seguida, os estu-
dantes fizeram uma pesquisa, por meio de formulários on-line com
os próprios colegas da escola sobre vantagens e desvantagens do
uso de chatbot, por último, fez-se a análise dos resultados, por meio
de questionário para saber o desempenho dos estudantes usando
essa nova ferramenta de aprendizado, e se teve relevância, segundo
a opinião dos estudantes e professores. O primeiro passo foi uma
roda de conversa sobre o uso do chatclass, seguido de levantamento
dos conhecimentos prévios dos estudantes sobre uso de chatbots no
ensino da Língua Inglesa e sobre a aprendizagem por meio de cha-
tbot das quatro habilidades da Língua Inglesa. Em seguida, foram
identificadas as vantagens e desvantagens do uso de chatbot; por
último, foi feita a análise dos resultados, por meio do desempenho
dos estudantes usando essa nova ferramenta de aprendizado, e se
teve relevância, segundo a opinião dos estudantes. Resultados – Na
primeira etapa percebeu-se que os estudantes se sentiram motivados
a pôr em prática o projeto; foi observada a assimilação do conteúdo
explicado sobre a língua anglófona por parte dos estudantes, e o
mais importante foi que, neste momento, os estudantes entenderam
os objetivos do projeto e como ele iria funcionar. Reconhece-se a
importância da Língua Inglesa em muitos contextos (educativos e
profissionais), considerada como a mais próxima de língua franca.
Segundo Cristal apud Selistre (2012), a Língua Inglesa é a língua ofi-
cial em mais de oitenta países, seja como língua materna ou como

377. 377
segunda língua, dessa forma, 1,5 bilhões de pessoas falam inglês,
sendo, portanto, considerada a língua mais falada e estudada no
mundo. Foi previsto, neste projeto, que os estudantes absorveriam o
máximo de informações que foram repassadas, de modo que todos
opinassem, discutissem e refletissem sobre a importância da língua
estrangeira. Segundo Almeida (2005), afluência tecnológica se apro-
xima do conceito de letramento como prática social, e não como
simplesmente aprendizagem de um código ou tecnologia; implica
a atribuição de significados às informações provenientes de textos
construídos com palavras, gráficos, sons e imagens dispostos em um
mesmo plano, bem como localizar, selecionar e avaliar criticamen-
te a informação, dominando as regras que regem a prática social
da comunicação e empregando-as na leitura do mundo, na escrita
da palavra usada na produção e representação de conhecimentos.
Conclusões – O projeto teve por base a Língua Inglesa como prática
social da linguagem e como estrutura. O impacto será nas habili-
dades comunicativas e de expressão, visando a prática colaborativa
e interativa, de modo a desenvolver a compreensão oral, a fala e a
escrita dos estudantes, por meio de tarefas e da interação síncrona
ou assíncrona com estudantes individuais ou em grupos sem excluir,
no entanto, o ensino-aprendizagem da leitura, da gramática e do vo-
cabulário do idioma pertinentes ao nível do estudante e ao contexto
em que estiver inserido. Essa versão da plataforma Chatclass tem o
intuito de auxiliar os estudantes no controle das atividades feitas.
Palavras-chave: Chatbot, Língua Inglesa, Chatclass.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, M. E. B. Pedagogia de projetos e integração de mídia.
On-line. Disponível em <http://www.eadconsultoria.com.br/mata-
poio/biblioteca/textos_pdf/texto19.pdf>. Acesso em 25 de Maio de
2021.

378. 378
CRISTAL, V. A. G. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.
SOBRE A AUTORA
Lídia Cristina Sousa de Sena nasceu em
13 de maio de 1982, na cidade de Ma-
naus-AM. É licenciada em Letras – Lín-
gua Inglesa pela Ufam em 2009. Possui
mais de dez anos de experiência de en-
sino do inglês na rede pública estadual.
Em 2019, foi selecionada para participar
do PDPI, um projeto da Fulbright em
parceria com a Capes para professores de inglês das redes públicas
da Educação Básica nos Estados Unidos. A formação foi intensiva,
com duração de seis semanas. Atualmente, atua como professora
da escola estadual Sant’Ana no Ensino Médio e trabalhando com
os estudantes no projeto de ensino da Língua Inglesa por meio de
chatbots (chatclass), projeto em andamento pela PCE – Programa
Ciência na Escola, financiado pela Fapeam – Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado do Amazonas. Neste ano de 2021, foi apro-
vada para cursar mestrado no Canadá, na Saint Mary University,
no curso de International Master of Teaching English Program
(IMTE), apenas aguardando liberação da Seduc-AM, para cursar o
mestrado.

379. 379
DESCOBRINDO CONCEITOS CINEMÁTICOS E
DINÂMICOS POR MEIO DA INTERATIVIDADE E DA
LEITURA: UMA PRÁTICA INVESTIGATIVA EM FÍSICA
Escola Estadual de Tempo Integral Cid Cabral da Silva
Ensino Médio – 1.ª série
Marcelo dos Santos Júnior
[email protected]
Introdução – A Física, por ser um saber científico ancorado em
modelos (muitos deles com uma boa dose de abstração) e tendo a
Matemática como linguagem, tornou-se uma disciplina difícil (VEIT;
TEODORO, 2000). Essa fama foi estendida no meio escolar como
algo natural. Não obstante tal situação, o seu ensino é excessivamen-
te centrado em memorizar fórmulas e na solução de exercícios repe-
titivos, cujo objetivo maior é preparar o estudante para o vestibular,
deixando o âmbito investigativo dessa ciência em caráter secundário.
Objetivo – Fomentar o apreço pela disciplina, compreender a dinâ-
mica do trabalho científico, sobretudo da Física, e visualizar sua apli-
cação nos mais variados segmentos sociais. Oportunizar que o corpo
discente compreenda a relação inerente das leis de Newton com os
tipos de movimentos da cinemática. Materiais e Método – De acor-
do com Martins (2006), a pesquisa de campo é aquela utilizada com
o objetivo de conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de
um problema para o qual procuramos uma resposta, ou uma hipótese,
que queiramos comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou
as relações entre eles. Consiste na observação de fatos e fenômenos, tal
como ocorrem espontaneamente, na coleta de dados a eles referentes
e no registro de variáveis que presumimos relevantes, para analisá-lo.
Em campo, também empregamos outros tipos de pesquisas. Martins

380. 380
(2006) relata que a pesquisa qualitativa é caracterizada pela descrição,
compreensão e interpretação de fatos e fenômenos. Em contrapartida,
na pesquisa quantitativa predominam mensurações. O público-alvo
da pesquisa foram os estudantes da primeira série da Escola Estadual
Cid Cabral da Silva. Destacamos que não houve seleção de estudantes,
foram escolhidos aleatoriamente, sendo 20 estudantes por turma (no
total de duas). Aliás, segundo Lahera; Fortaleza (2006), “em igualda-
de de condições, uma atividade é preferível à outra quando pode ser
realizada por estudantes de diversos níveis de capacidade e interes-
ses”. O propósito da nossa sequência didática é que o corpo discente
aprenda (ou reaprenda) conceitos cinemáticos, tanto gerais (velocidade
média, aceleração, referencial, velocidade limite, entre outros) como
inerentes ao lançamento oblíquo (ângulo de alcance máximo, alcan-
ce para ângulos complementares, dentre outros presentes no pré-teste),
concomitantemente a isso, também aprenda conceitos dinâmicos, es-
pecificamente a compreensão conceitual da primeira e segunda leis
de Newton e algumas de suas aplicações básicas, como a força e o
peso. Assim, desejou-se que, ao final da aplicação do projeto, o corpo
discente além de ter compreendido conceitos básicos da mecânica,
interligasse essas leis às causas de movimentos acelerados ou não. En-
fim, almejou-se que os estudantes elaborassem (no final do projeto) um
mapa conceitual consistente com esse objetivo, ou seja, compreendes-
sem a subdivisão da mecânica em dinâmica e cinemática suas interli-
gações. Frisando-se, ainda, que os estudantes já tivessem contatos com
inúmeros conceitos da cinemática. Dessa forma, a metodologia preten-
deu reforçar os entendimentos já ministrados, bem como oportunizar
outros. Os novos são: vetores, peso, decomposição de movimento e
primeira e segunda lei de Newton e associações dessas leis aos con-
ceitos já estudados. Segue assim as sete etapas de aulas executadas.
Aula 1 – Mediada pelo professor com a utilização de simulador que
contemplava a soma geométrica de vetores. Nessa etapa, foi oportu-
nizado o trabalho em equipe, aliás, “em igualdade de condições, uma
atividade é preferível à outra quando atribui ao estudante um papel ati-
vo em sua realização”. Resultados – Com bases nos dados qualitativos

381. 381
e quantitativos extraídos durante e após a aplicação da sequência di-
dática se constatou evidências de aprendizagem significativa, uma vez
que muitos estudantes aplicavam os seus conhecimentos iniciais em
diversas situações e, consequentemente, refinando tais conhecimentos
e gerando novos, como aplicação satisfatória da soma de vetores para
o cálculo da força resultante (como estimar se o movimento é MRU ou
MRUV por meio da soma vetorial) e para estimar a direção o sentido
e o módulo da aceleração do corpo (Figuras 1 e 2). Conclusões – Ape-
sar dos resultados positivos extraídos dessa pesquisa, notamos algumas
dificuldades. De fato, em alguns encontros foi verificada a ausência
de estudantes que, embora mínima (um ou dois estudantes), possivel-
mente contribui para que não tivesse usufruído de todos os objetivos de
aprendizagem propostos. Julgamos que seja uma dificuldade inerentes
a execução do projeto em sete etapas.
Palavras-chave: Simulações, Experimentos, Interatividade, Apren-
dizagem Significativa.
Figura 1 – Visão do estudante sobre o conhecimento científico.
Figura 2 – Estudante utilizando com êxito o conhecimento
sobre vetores na segunda Lei de Newton.

382. 382
REFERÊNCIAS
MARTINS, G. A. Estudo de caso: uma estratégia de pesquisas. São
Paulo: Atlas, 2006.
VEIT, E. A.; TEODORO, V. D. Modelagem no Ensino/Aprendizagem de
Física e os novos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Mé-
dio. Revista Brasileira de Ensino de Física, vol. 24, no. 2, junho, 2000.
SOBRE O AUTOR
Marcelo dos Santos Júnior é natural de Ara-
caju, capital de Sergipe. Licenciou-se em
Física pela Universidade Federal de Sergipe
(UFS) em 2013 e obteve mestrado em Ensi-
no de Física pelo Instituto Federal do Ama-
zonas (Ifam) no ano de 2019. Nos últimos
quatro anos (2017-2020) coordenou e exe-
cutou projetos científicos com ênfase em
metodologias para o Ensino de Física no âmbito da Educação Básica,
todos eles financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
do Amazonas (Fapeam) por meio do Programa Ciência na Escola. Foi
professor efetivo junto à Secretaria de Estado de Educação de Rondônia
(2013-2014), bem como Educador Social pela Secretaria de Assistência
Social de Aracaju entre os anos de 2011 e 2012. Atualmente, é profes-
sor de carreira da rede estadual de ensino do Estado do Amazonas,
possuindo dois cargos funcionais em que leciona a disciplina física.
AGRADECIMENTOS
À Fapeam-AM pelo incentivo financeiro, cujo resultado foi a
concretização desse trabalho.

383. 383
O ESTUDANTE DO ENSINO MÉDIO NA
BOVESPA – BOLSA DE VALORES DO BRASIL
Escola Estadual Antônio Lucena Bittencourt
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Marcio Freitas Batista
[email protected]
Introdução – Transpor a barreira e inserir o estudante no
mundo das finanças e dos investimentos financeiros elitizados,
mas que todos podem ter acesso; montar uma carteira de in-
vestimentos em Renda Fixa, na qual os riscos são menores e
mais previsíveis; fazer uma imersão do estudante no mundo das
informações corporativas, fazendo-o ler, compreender, analisar
e aplicar suas conclusões em seus investimentos; transformar o
aprendiz em um indivíduo capaz de tomar suas próprias con-
clusões a respeito do melhor posicionamento financeiro de seu
capital. O projeto é inovador e de alto teor em aprendizagens
múltiplas, requer apropriação de conhecimentos matemáticos,
leitura e interpretação de fatos, constante atualização dos acon-
tecimentos e decisões políticas. Não há, em todo o território
nacional, instituição pública ou privada de Ensino Médio que
teve a ousadia de implementar um projeto dessa natureza, no
máximo, há algo como aplicações do cálculo de porcentagem
e juros simples. Estamos falando, aqui, de uma profissão de alto
custo de aprendizagem e para poucas pessoas. Entendemos que
a Educação Matemática Financeira excede os limites da sala de
aula e das formalidades pedagógicas. É uma questão de prá-
tica cidadã. Na vida profissional e no ambiente do trabalho é
cada vez maior a exigência educacional de se buscar uma for-

384. 384
ma mais adequada para um significativo ensino-aprendizagem
da Matemática Financeira nos Cursos de Formação Técnica e
Tecnológica e para aplicação nos problemas financeiros do dia
a dia, de uma maneira cidadã, criativa e prazerosa. Os livros
didáticos, em grande parte, abordam a Matemática Financeira
de forma superficial e por meio de situações artificiais. Esse
conteúdo é reduzido ao ensino de cálculo de porcentagem, re-
gra de três, cálculo de juro simples, montante, taxa de juro,
desconto, aumento, cálculo de juro composto e outros temas,
sem abordar os conceitos intrínsecos a esses elementos. Um
exemplo: uma TV é vendida por R$ 2.000,00, se João comprar
à vista terá um desconto de 10%. Qual o Valor pago pela TV?.
Objetivo – Transformar o estudante em um investidor de Renda
Fixa, bem como torná-lo um analista financeiro, pois terá que
manter-se informado com a macroeconomia (decisões políticas
e econômicas tomadas no exterior) e microeconomia (ações po-
líticas no Brasil). Apropriar-se dos conhecimentos e aplicá-los
às características dos rendimentos dos diversos Títulos da Dí-
vida Pública; as finalidades econômicas pelas quais o governo
federal oferece ao mercado e aos investidores; Os prazos de
capitalização, os aportes, as estratégias de investimento no cur-
to, médio e longo prazo, bem como usar tudo isso para instruir
outras pessoas desses conhecimentos. Fazer sua Declaração de
Imposto de Renda Pessoa Física. Materiais e Método – Pesqui-
sar na Internet as diversas corretoras e o que elas oferecem ao
investidor; catalogar os produtos financeiros e técnicos ofereci-
dos pelas corretoras; analisar e decidir em que corretora abrirá
uma conta; estudar pelo site do Tesouro Nacional os diversos
Títulos da Dívida Pública e decidir por qual ou quais Títulos
do Tesouro Direto fará parte de seus investimentos; conhecer
o site da Receita Federal e aprender a fazer sua Declaração de
Imposto de Renda Pessoa Física – DIRPF. Resultados – Que o
estudante torne-se autossuficiente em suas decisões quanto ao
que for melhor para si, que ele compreenda que as decisões

385. 385
políticas dos governantes impactam em todas as áreas de suas
vidas, bem como administrar seu próprio dinheiro, não deixan-
do nas mãos de terceiros ou ter que pagar para alguém fazê-lo.
Conclusões – Transformar a vida dos estudantes para algo que
provavelmente nunca teriam nem conhecimento, quanto mais
forem seus próprios protagonistas, ter segurança em decisões
importantes para si e seus familiares ou sua própria família, é
algo único, que apenas os que detêm os conhecimentos técni-
cos podem fazê-lo.
Palavras-chave: Finanças, Renda Fixa, Investimentos.
Figura 1 – Palestra sobre os diversos investimentos em renda fixa e
variável, corretoras brasileiras, tributação e Imposto de Renda.
REFERÊNCIA
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodolo-
gia do trabalho científico: projetos de pesquisas / pesquisa biblio-
gráfica / teses de doutorado / dissertações de mestrado / traba-
lhos de conclusão de curso. – 8. ed. – [3. reimp.] São Paulo: Atlas,
2018.

386. 386
SOBRE O AUTOR
Marcio Freitas Batista nasceu em 26 de
julho de 1972 na cidade de Manaus, Es-
tado do Amazonas, possui graduação
em Licenciatura Plena em Matemática
pela Universidade Federal do Amazonas
(2003). Atualmente, é professor estatutá-
rio da escola estadual Antônio Lucena
Bittencourt. Tem experiência na Mate-
mática; Investidor na Bolsa de Valores, Bovespa, com conheci-
mento para ensinar a montar uma carteira de investimento nacio-
nal, (TD, FII, ações); Investidor na Bolsa Americana, com
conhecimento para ensinar como montar uma carteira de investi-
mento com ativos do mundo todo, (Stocks, Reits, ETFs); também
opera na Bolsa de Valores (Bovespa), com Análise Técnica e Tape
Reading com contratos em Dólar mini e em Dólar cheio.

387. 387
QUÍMICA ORGÂNICA TÁ ON! O USO DA
PLATAFORMA INSTAGRAM NO ENSINO DE
QUÍMICA NA REDE PÚBLICA ESTADUAL
Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão.
Ensino Médio – 3.ª série
Josivânia Sena de Aguiar Silva
[email protected]
Introdução – No ano de 2020, o novo coronavírus (SAR-
S-CoV-2) se disseminou no Brasil, e, desde a sua chegada no
país causou várias transformações na forma e no sentido com
os quais mantínhamos nossas relações em sociedade, “se apre-
sentando como um dos maiores desafios sanitários em escala
global deste século” (WERNECK; CARVALHO, 2020). Fazen-
do-nos repensar as diversas áreas que funcionavam à base de
relações presenciais, dentre elas a educação, a qual, de uma
hora para outra, teve que mudar, migrando o uso de ferramen-
tas analógicas para digitais, bem como alterou-se a modalidade
de ensino, que passou de presencial para remota e/ou híbrida,
fazendo com que os docentes da rede pública de ensino, pro-
curassem novas alternativas de comunicação e interação com
os estudantes. Durante o período de isolamento social, no qual
as escolas estavam fechadas, a Secretaria de Educação do Ama-
zonas desenvolveu um projeto, que consistia em uma transmis-
são de videoaulas pela TV aberta e Internet, conhecido como
“aula em casa”, visando dar continuidade às atividades letivas
de forma remota e híbrida. Além disso, a escola se propôs a
criar grupos na plataforma digital WhatsApp para cada série e
turma, na qual, dentro do aplicativo, os docentes entravam em

388. 388
contato com os discentes, passando atividades e aulas, conco-
mitantemente, sendo possível enviar áudios, vídeos e fotos de
maneira instantânea. Objetivo – Criar pontes de comunicação
no processo ensino-aprendizagem em química orgânica para os
estudantes finalistas da Escola Estadual Benjamim Magalhães
Brandão, por meio da plataforma digital Instagram. Materiais
e Método – A feitura de posts de química na rede social Insta-
gram ocorre desde o primeiro semestre de 2021. Na primeira
etapa, criou-se um perfil, intitulado @garotadaquímica, e sua
identidade visual. Na segunda etapa, foram elaborados vídeos
e resumos, conforme o andamento do projeto “Aula em casa”
e em sala de aula (formato híbrido). Foram preparados roteiros
e filmagens, utilizando-se a câmera e microfone de um smar-
tphone, além do uso de editor de vídeo (CapCut) e editor de
imagens (Canvas), todos gratuitos. Após a produção dos conteú-
dos, foram postados no Instagram e daí eram obtidos os dados
que foram/serão analisados posteriormente. Salienta-se que a
sugestão para visita no perfil é dada no intuito de conseguir-
mos abranger, tanto os estudos de química quanto de propor
aos estudantes da escola ou externos um conhecimento mais
dinâmico acerca dos conteúdos já trabalhados em sala, não
sendo obrigatório o acompanhamento do perfil. Além do mais,
observou-se que a visualização melhorou a compreensão dos
elementos já ministrados. Resultados – Com a produção dos
conteúdos de forma dinâmica e atualizada, relacionando en-
tretenimento e química, observou-se que não somente os estu-
dantes acompanhados em sala acessaram o perfil, mas também
um público externo. Pela estatística fornecida pela rede social,
verificou-se que o conteúdo foi acessado 36% na cidade de
Manaus, acompanhado de São Paulo (5,2%), Fortaleza (2,8%) e
assim se segue a outras cidades em porcentagem decrescente.
Em relação ao gênero, observou-se que 56,4% são mulheres e
43,6% homens. A faixa etária entre 13 e 17 anos corresponde
a 6,2% do público, sendo, no entanto, o maior público pessoas

389. 389
entre 18 e 34 anos, correspondendo a 69,7% dos acessos. Po-
demos concluir, baseado no que é vivenciado no dia a dia, que
muitos estudantes utilizam celulares (Figuras 1 e 2) de parentes
mais velhos para acessar às redes sociais, entre outros conteú-
dos, o que eleva a idade dos perfis que acessam a página. O
perfil contou com 323 seguidores até o final do mês de abril
de 2021 e já alcançou 1524 contas até o final do mês de maio
de 2021. Conclusões – Os professores são um dos maiores in-
fluenciadores que uma criança ou adolescente possui em sua
trajetória de vida, porém, os estudantes passam um bom tempo
do seu dia em redes sociais, daí a importância de o professor,
como agente da educação, estar presente também nas redes. A
educação deve preencher todos os lugares que possam contri-
buir para o crescimento do cidadão da atualidade.
Palavras-chave: Química Orgânica, Instagram, Ensino Médio, Escola.
Figura 1 – Conversa no WhatsApp com a
turma da terceira série, turma 3, pedin-
do para os alunos visitarem a página do
Instagram.
Figura 2 – Conversa no WhatsApp
com a turma da terceira série, turma
2, pedindo para os alunos visitarem a
página do Instagram.

390. 390
REFERÊNCIAS
WERNECK, Guilherme Loureiro; CARVALHO, Marilia Sá. A pan-
demia de COVID-19 no Brasil: crônica de uma crise sanitária
anunciada. Cadernos de Saúde Pública 2020: Reports in Public
Health, [s. l.]. DOI https://doi.org/10.1590/0102-311X00068820.
Disponível em: https://www.scielosp.org/article/csp/2020.v36n5/
e00068820/#. Acesso em: 1 jul. 2021.
SOBRE A AUTORA
Josivânia Sena de Aguiar Silva nasceu
em 6 de abril de 1993 na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em 2019 na Uni-
versidade Nove de Julho em Licenciatu-
ra em Química. Ademais, em 2015,
formou-se em Tecnologia em Processos
Químicos pelo Instituto Federal do Ama-
zonas, nesse mesmo Instituto realizou
pesquisas em produção de tintas ecoló-
gicas e fitorremediação.

391. 391
TEMPOS DE PANDEMIA 2021: FERRAMENTAS
MULTIMÍDIAS APLICADAS NO PROCESSO DE
ENSINO REMOTO DE QUÍMICA
Escola Estadual Júlio César de Moraes Passos
Ensino Médio – 1.ª série
Leonard Rebello Santos de Souza
[email protected]
Introdução – A chegada da pandemia Covid-19 causada pelo
vírus SARS-Cov-2, no primeiro trimestre do ano de 2020, trouxe
incertezas para toda a humanidade, que se viu obrigada a se tornar
reclusa em seus lares, saindo apenas para o essencial. Em 2021,
não foi diferente, medidas como distanciamento social e a suspen-
são de aulas presenciais se tornaram uma realidade para a comu-
nidade escolar, para evitar a propagação de um agente causador
de um comprometimento das vias respiratórias de pessoas infec-
tadas (FERNANDES, 2021). Tal medida, revelou o desafio de levar
o conhecimento da disciplina de química aos estudantes da 1.ª
série do Ensino Médio, da Escola Estadual Júlio César de Moraes
Passos, utilizando tecnologias digitais de informação e comunica-
ção (TDIC), visto que entender e utilizar essas ferramentas para o
ensino, favorecer os estudos, a resolução de problemas, entendi-
mento de aplicações, a expansão do conhecimento, desenvolvi-
mento do protagonismo do estudante não só na vida acadêmica
como no pessoal (BNCC, 2018) é essencial. Dessa forma, remota-
mente, as tecnologias foram aplicadas para que pudessem desper-
tar e manter vivo nos discentes o interesse de aprender a ciência
química e o comprometimento com o ambiente escolar (BRASIL,
2018; Rodrigues et al., 2021). Objetivo – Contribuir para processo

392. 392
de ensino da disciplina de química e aprendizagem remota dos
estudantes, por meio de ferramentas multimídias, despertando o
interesse pela ciência, ampliando o conhecimento químico dos
estudantes por aulas interativas, com ferramentas multimídias inte-
rativas Google Classroom, Google Meet, Telegram e Google Forms,
relacionando o conteúdo químico com o cotidiano dos discentes,
por meio de imagens e utilização de simuladores virtuais e ve-
rificando se o conhecimento aprendido pelas aulas interativas e
com o uso de softwares melhorou a participação e rendimento na
disciplina. Materiais e Método – Realizou-se uma pesquisa quali-
tativa com os estudantes da 1.ª série do Ensino Médio, durante os
meses de fevereiro e abril de 2021, de forma remota, adotando o
Regime Especial de Aula Não Presenciais para a Educação Básica,
segundo a Portaria GS n.° 311/2020. Esta foi aplicada por meio
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), como
Google Classroom e Meet com PowerPoint, interação pelo aplica-
tivo de dispositivos móveis Telegram, disponibilização instantânea
de simuladores virtuais phetcolorado, durante as aulas on-line e
link do Google Forms para a obtenção de feedback, por meio de
questões a serem respondidas pelos estudantes (Google, 2020a;
Google, 2020b; Telegram, 2020). A etapa inicial consistiu no envio
prévio das aulas em pdf em cada um dos grupos do Google Class-
room (Figura 1). No segundo momento, foram encaminhados, via
Telegram, aos grupos de estudantes o convite e o link de acesso
para as aulas on-line pelo Google Meet, informando data e hora.
No terceiro momento, as aulas foram ministradas de forma remota
pelo Google Meet, com duração de 50 minutos, sendo 35 minutos
com exposição de conteúdo e debates e 15 min para a utilização
dos simuladores virtuais. Na etapa final, foi fornecido o link de
acesso para responder a uma atividade via Google Fomrs, para
verificar quão assimilado foi o conteúdo por parte dos discentes e
lhes fornecer o retorno em relação aos seus desempenhos Regime
Especial de Aula Não Presenciais para Educação Básica, segundo
a Portaria GS n.°311/2020. Resultados – A utilização das ferra-

393. 393
mentas digitais chamou a atenção dos estudantes que passaram a
comparecer de forma crescente no decorrer das aulas, sendo mais
participativos nas aulas, debates e despertando o lado investigativo
e questionador do discente, além de maior participação nas ati-
vidades, refletindo na melhoria do entendimento, aprendizagem
do conteúdo e no rendimento acadêmico (FIORI; GODI, 2020;
RODRIGUES et al., 2021). Conclusões – Em tempos de pandemia,
quando o distanciamento social se faz presente, a tecnologia é
uma ferramenta poderosíssima que aproxima o estudante da sala
de aula e do conhecimento transmitido pelo professor por meio
das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) –
Google Classroom, Google Meet, Google Forms, Telegram e si-
muladores virtuais. Assim, as TDIC’s aplicadas no projeto não só
conseguiram resgatar a motivação dos discentes, como também
melhorar o seu desempenho acadêmico na disciplina de química,
à medida que o projeto foi sendo realizado.
Palavras-chave: Conhecimento, Ferramentas, TDIC, Química.
Figura 1 – Aulas postadas no formato pdf via Google Classroom e acompanhamento
diário dos grupos das 1.ª séries do Ensino Médio – Escola Estadual Júlio César de
Moraes Passos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação – MEC (2018). Base Nacional Co-
mum Curricular. 2018. Terceira versão. Disponível em <://basena-
cionalcomum.mec.gov.br/abase/> Acesso em 27 de julho de 2021.

394. 394
FERNANDES, A. C. O ensino remoto emergencial no contexto de
pandemia da Covid-19: relatos de uma experiência desafiadora e
exitosa numa turma de Licenciatura em Química do IFRN. Resear-
ch, Society and Development, [S. l.], v. 10, n.º 5, p. e4310514670,
2021.
FIORI, R.; GOI, M. E. J. O Ensino de Química na plataforma di-
gital em tempos de Coronavírus. Revista Thema, [S. l.], v. 18, n.º
ESPECIAL, p. 218-242, 2020. Disponível emhttps://periodicos.if-
sul.edu.br/index.php/thema/article/view/1807. Acesso em 30 jul.,
2021.
Google. Google ClassRoom. Disponível em<https://play.Goo-
gle.com/store/apps/ details?id=com.Google.android.apps.class-
room&hl=pt_BR>. Acesso em 27 de julho de 2021.
Google. Google Meet. Disponível em <https://meet.Google.
com/>. Acesso em 27 de julho de 2021.
Manaus, Secretaria de Estado de Educação e Desporto Seduc. Por-
taria GS n°311/2020. 20 de março de 2020. pág. 7-8. 2020.
Telegram. Telegram, 2020. A new era of messaging. Disponível em
<https://Telegram.org>. Acesso em 27 de julho de 2021.
RODRIGUES, N. C.; SOUZA, N. R.; PATIAS, S. G. O.; CARVA-
LHO, E. T.; CARBO, L.; SANTOS, A. F. S. Digital teaching resources
for teaching Chemistry during the Covid-19 pandemic. Research,
Society and Development, [S. l.], v. 10, n.º 4, p. e22710413978,
2021.

395. 395
SOBRE O AUTOR
Leonard Rebello Santos de Souza é gra-
duado em Licenciatura Química do Ins-
tituto de Ciências Exatas pela Universi-
dade Federal do Amazonas. Possui
Mestrado em Química de Produtos Na-
turais e Biomoléculas pela Universidade
Federal do Amazonas. Participou junto
ao projeto Ações Construtivas para o Co-
nhecimento de Química nas Escolas Públicas de Ensino Médio na
Cidade de Manaus. Realizou atividades no Laboratório Temático
de Solos e Plantas – LTPS do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia – Inpa. Atuou como Professor de Química e Física no
Supletivo Nilton Lins e Escola Celus Fundamental e Médio. Profes-
sor de Química (PSS – Seduc – AM) na Escola Tenente Coronel
Candido Jose Mariano (CMPM V) junto ao Ensino Médio 2.ª e 3.ª
série. Atualmente é servidor público da Secretaria de Estado de
Educação e Desporto (Seduc-AM) ministrando aulas de Química
para Ensino Médio (CMPM II 1.ª série; Dom Milton 1.ª e 2.ª série;
Júlio César 2.ª série, 2020) e 1.ª série (2021). Participou do corpo
pedagógico do CMPMII (Turno: Vespertino – 2021). Atualmente,
como Administrador na escola E. E. Dom Milton Corrêa Pereira
(2021).

397. 397
HABILIDADE TEXTUAL E ARTÍSTICA USADAS
COMO ESTRATÉGIA METODOLÓGICA
DIFERENCIADA NO ENSINO DE FÍSICA
Escola Estadual de Tempo Integral Professor
Garcitylzo do Lago e Silva
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Luciena dos Santos Ferreira
[email protected]
Introdução – Inovação é a palavra de ordem. Estratégias me-
todológicas inovadoras procuram romper com antigos paradigmas
de forma a facilitar e potencializar o aprendizado, tornando-o mais
atraente para estudantes e para os educadores. A discussão sobre
inovação nas práticas metodológicas dentro do processo ensino-
-aprendizagem de Física é recente, mas não tão recente que possa ser
considerada um impacto direto causado pela pandemia que temos
vivido. Como exemplos desse movimento, podemos citar o Grupo de
Reelaboração do Ensino de Física (GREF, 1998), o Grupo de Profes-
sores de Física Moderna (GPFM) o projeto e ações desenvolvidas no
âmbito do subprojeto de Física do Programa Institucional de Bolsas
de Iniciação à Docência da Universidade Federal do Oeste de Pará
(Pibid/Física-Ufopa) (FERREIRA et al., 2013), além da Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), que apontam alternativas para esses fins.
A partir disso, surge um leque de propostas metodológicas diferen-
ciadas como alternativas de inovação no ensino de Física, dentre as
quais estão o Ensino de Física Por meio de Temas (Eeat), a utilização
de vídeos, teatro e História em Quadrinhos (HQ’s), a utilização de
História da Ciência, textos de divulgação científica e debates, além
de experimentação com materiais alternativos e/ou de baixo custo e

398. 398
o desenvolvimento de projetos (Pibid/Ufopa). Tais estratégias surgem
em um contexto de valorização da autonomia, autogestão e prota-
gonismo do estudante no processo de aprendizagem (FREIRE, 1996;
BRASIL, 2018). Objetivo – Apresentar e divulgar o desenvolvimento
de uma atividade pedagógica que faz uso de habilidades textuais e
artísticas como estratégia metodológica diferenciada no processo en-
sino-aprendizagem de Física. Materiais e Método – A estratégia me-
todológica aqui apresentada foi desenvolvida dentro do componente
curricular Física e teve como público-alvo estudantes do Ensino Mé-
dio regular da Eeti, Prof. Garcitylzo do Lago e Silva. A atividade surgiu
como uma alternativa de melhorar a relação escola-estudante durante
o ensino remoto devido o baixo retorno dado pelos estudantes às ati-
vidades anteriormente desenvolvidas e consideradas tradicionais den-
tro do ensino de Física. Os estudantes foram orientados a fazer uma
pesquisa sobre o conteúdo, a saber: grandezas escalares e vetoriais,
tipos de calor (sensível, específico e latente) e eletrostática (campo
elétrico, potencial elétrico e energia elétrica), por meio de postagem,
respectivamente, nas turmas virtuais de 1.ª, 2.ª e 3.ª série do Ensino
Médio. A definição do conteúdo se deu a partir do cronograma de
aulas do Programa Aula em Casa durante o ensino remoto e esteve
de acordo com a repriorização curricular vigente da Secretaria Esta-
dual de Educação do Amazonas para o período anteriormente citado.
Resultados – A Figura 1 mostra, quantitativamente, tanto o alcance
quanto o engajamento obtido por meio da aplicação da estratégia
metodológica inovadora. É possível perceber a diferença significativa
entre os índices de estudantes alcançados e engajados na atividade
aplicada. A partir disso, é importante ressaltar que o baixo índice de
engajamento na devolutiva da atividade pode estar relacionado a fa-
tores socioeconômicos, tais como a falta de acesso a dispositivos e/
ou à Internet para consequente acesso às atividades virtuais aplicadas
durante o período de aulas remotas, fatores esses podem ser objeto
de estudos posteriores. A Figura 2, por sua vez, apresenta a devolu-
tiva dos estudantes à atividade proposta. Como apresentado, resumo
escrito foi a categoria de maior escolha pelos estudantes. Comparada

399. 399
às demais categorias, essa ainda se enquadra como uma metodologia
tradicional por priorizar o ensino lógico e restrito à cópia de conteúdo
e reflete um comportamento estudantil que ainda busca abordagens
antigas e passivas que pouco ajudam na construção de novos saberes.
No entanto, é possível perceber também a importância qualitativa
da atividade, tendo em vista que, a partir dela, é perceptível uma
transição na escolha dos estudantes por estratégias metodológicas di-
ferenciadas, categorizadas conforme mostra a Figura 2, que possibi-
litam a exploração de inteligências múltiplas, tais como habilidades
linguísticas e artísticas, como metodologia de ensino-aprendizagem
dentro do ensino de Física, que dão lugar ao protagonismo jovem e,
dessa forma, reforça o processo de construção e formação do conhe-
cimento. Conclusões – Diante do exposto, percebe-se a importância
do desenvolvimento de estratégias metodológicas inovadoras, como
a estratégia aqui apresentada, dentro do ensino de Física, mas que
não se resume a este, que possibilite a exploração de habilidade e
de inteligências múltiplas. Além disso, atividades desta natureza pos-
sibilitam ainda o envolvimento e a participação dos estudantes no
processo ensino-aprendizagem deles, de forma tal que contemple e
valorize o protagonismo do estudante durante o seu percurso forma-
tivo no Ensino Básico.
Palavras-chave: Ensino de Física, Protagonismo Juvenil, Inovação.
Figura 1 – Quantidade de alunos
alcançados e engajados na atividade.
Figura 2 – Categorias de metodologias es-
colhidas pelos estudantes para devolutiva
da atividade.

400. 400
REFERÊNCIAS
BRASIL. A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. In:
Base Nacional Comum Curricular: a etapa do Ensino Médio. Mi-
nistério da Educação, Conselho Nacional de Educação, Brasília,
2018.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. 18 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GREF. Grupo de Reelaboração do Ensino de Física, Instituto de
Física da USP, 1998. [on-line]. Brasil, 2021. Disponível em <http://
www.if.usp.br/gref/> Acesso em 24 de maio de 2021.
Ferreira, L. S.; Nascimento, L. S.; Cruz, R. S. C.; Nascimento, A. F.;
Castro, C. S. Educar pela pesquisa e o ensino de física por meio de
temas: valorizando a curiosidade dos estudantes. In: Atas do XX
Simpósio Nacional de Ensino de Física. São Paulo, SP. 2013.
SOBRE A AUTORA
Luciena dos Santos Ferreira nasceu em
26 de agosto de 1990 na cidade de San-
tarém, no Estado do Pará, e formou-se
em 2013 na Universidade Federal do
Pará. Tem mestrado em Ciências Am-
bientais pela Universidade Federal do
Oeste do Pará (2016) e doutorado em
Ciência e Engenharia de Materiais pela
Universidade Federal da Paraíba (2019).

401. 401
“QCARREIRA SEGUIR?”
Escola Estadual Inspetora Dulcinéia Varela Moura
Ensino Médio – 3.ª série
Lívia Bragança Borgo
[email protected]
Introdução – O Brasil é um país de dimensões continentais e
com variadas realidades culturais, ideológicas e econômicas. A atual
crise em decorrência da pandemia da Covid-19 está expondo ainda
as mazelas do país e o ciclo da pobreza está mais evidente. No meio
deste ciclo está o jovem periférico, de baixa renda e, muitas vezes,
com uma família para sustentar. Para este jovem, concluir o Ensino
Médio, sabendo apenas sobre os mais variados conceitos biológicos,
matemáticos, físicos ou químicos, não é garantia de que o futuro pro-
fissional dele seja promissor. Para estes estudantes, a orientação vo-
cacional é uma necessidade e, por isso, as estratégias de desmitifica-
ção de algumas profissões e o caminho percorrido por profissionais
de determinadas áreas já garantem uma certeza ou pelo menos abre
um novo mundo de possibilidades. Os resultados do Censo Escolar
de 2020 mostraram que 7,55 milhões de estudantes concluíram o
Ensino Básico regular no Brasil e se depararam com questões para as
quais não foram preparados, como, por exemplo, “encarar” o merca-
do de trabalho e/ou Ensino Superior (BRASIL, 2021). Muitos estudan-
tes saem do Ensino Médio com muitas dúvidas e aflições, pois não
são orientados de forma satisfatória. Quando há alguma orientação,
essa é bastante genérica e apenas os incentiva a terminar o Ensino
Médio e ingressar no mercado de trabalho ou em um curso superior.
Objetivo – Mostrar o perfil dos profissionais de diversas carreiras,
além de premiar um estudante com uma bolsa integral de orientação

402. 402
vocacional. Premiar o estudante mais empenhado com uma bolsa
de orientação vocacional. Materiais e Método – O Projeto ocorreu
nos períodos de março a julho, período em que estávamos em en-
sino totalmente remoto (até junho) e depois em ensino híbrido. O
projeto consistiu de quatro fases. A primeira, foi a sondagem com os
estudantes sobre suas futuras profissões, dúvidas e expectativas sobre
elas. Na segunda fase, os estudantes participaram, via Meet, de uma
palestra com a psicóloga e orientadora vocacional Daniele Christie
Salles (Figura 1), sobre as diferenças entre os tipos de ensino (técnico,
tecnólogo, bacharel e licenciados), além de as principais formas de
ingresso nas diferentes universidades brasileiras. As palestras servi-
ram ainda para os estudantes dividirem experiências e sanarem algu-
mas dúvidas sobre a orientação vocacional, além de ser divulgada a
premiação a um estudante com uma bolsa de orientação vocacional,
ofertada pela profissional. A terceira fase consistiu na veiculação de
vídeos de até 5 minutos, nos grupos de WhatsApp de cada turma,
na qual profissionais de diversas áreas (médicos, peritos criminais,
advogados, arquitetos, microempresários, esteticistas, policiais, entre
outros) se dispuseram a gravar vídeos sobre suas profissões, em que
expuseram o porquê da escolha, as características delas, além dos
aspectos positivos e negativos da profissão, assim como o mercado
de trabalho (Figuras 2 e 3). A quarta fase consistiu da premiação de
uma aluna do 3.º ano com a bolsa de orientação vocacional, cedida
sem custos para os estudantes, pela psicóloga Danielle Salles. O estu-
dante foi escolhido pelos professores do “terceirão”, que levaram em
conta o comprometimento da aluna, sua disponibilidade para par-
ticipar das entrevistas com a psicóloga e suas dúvidas quanto a sua
futura carreira. Resultados – Tivemos um retorno bem positivo dos
estudantes, muitos, apenas por meio das palestras conseguiram sanar
muitas dúvidas sobre a futura profissão escolhida pelos estudantes.
A aluna Camili Guedes nos relatou que “Como futura psicóloga, as
palestras nos motivaram a continuarmos perseguindo nossos sonhos
e lutarmos pelo o que queremos, mesmo com todas as dificuldades,
com foco e persistência irei alcançar o meu objetivo”. Conclusões –

403. 403
A decisão de escolher uma profissão, tornar-se de suma importância
ao jovem, pois é um processo de tomada de consciência de si e da
possibilidade de idealizar antecipadamente seu futuro, cumprindo,
dessa forma, o seu papel ocupacional e social, que espera que o jo-
vem faça a “melhor” escolha possível.
Palavras-chave: Bolsa integral, Orientação Vocacional, Redes sociais.
Figura 1 – Registro da palestra com a
psicóloga Daniele Salles.
Figura 2 – Registro dos vídeos do Enge-
nheiro Saulo Bessa.
Figura 3 – Registro da palestra esteticista Railane Valente.

404. 404
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – Inep. Censo Escolar
2020 – Divulgação dos Resultados. Brasília: Ministério da Edu-
cação, Inep, Diretoria de Estatísticas Educacionais, 29 jan. 2021.
Disponível em https://download.inep.gov.br/censo_escolar/resul-
tados/2020/apresentacao_coletiva.pdf. Acesso em 10 jul., 2021.
SOLDI, D. Apenas 25% dos jovens de 18 a 30 anos sabem qual
carreira seguir. Agência Brasil, Brasília, out. 2019. Seção Econo-
mia. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/
noticia/2019-10/apenas-25-dos-jovens-de-18-30-anos-sabem-
-qual-carreira-seguir. Acesso em 30 jun., 2021.
SOBRE A AUTORA
Lívia Bragança Borgo, natural de Vitória-
-ES, possui 35 anos, é casada e mãe de
dois doguinhos, chamados Afonso e Ber-
nadete e uma gatinha chamada Teresa.
Mora em Manaus, desde 2007, onde for-
mou-se em 2013 na Universidade Fede-
ral do Amazonas (Ufam) em Licenciatu-
ra em Ciências Biológicas. Leciona nas
Secretarias Municipal e Estadual de Educação do Amazonas, nas
quais ministra aulas das disciplinas de Biologia, Ciências e Quími-
ca, nas escolas EMEF Raimundo Almeida Lúcio e EE Inspetora Dul-
cinéia Varela Moura.

405. 405
JB TALENT: A BELEZA DA ARTE E DA JUVENTUDE
Escola Estadual Senador João Bosco – Parintins/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Katriana Jacaúna Farias
[email protected]
Introdução – O papel da cultura no processo de ensino/
aprendizagem de línguas, em particular, a Língua Inglesa frente
ao mundo globalizado, consolida-a como imprescindível. Re-
fletir acerca da necessidade de dinamização na abordagem da
Língua Inglesa, no âmbito escolar, permitiu elaborar um projeto
que mobilizasse a escola por meio da apresentação dos talen-
tos dos estudantes que se assemelhando à prática comum nas
escolas americanas, destinou um momento para destacar os ta-
lentos dos estudantes. Desse modo, surgiu o “JB TALENT” para
expressar vivências culturais, bem como a descoberta de novos
talentos na Escola Estadual Senador João Bosco para a divulga-
ção de habilidades artísticas e promoção de entretenimento e
cultura à comunidade escolar. Assim, o uso da música permite
“inserção cultural, a aquisição de novo vocabulário, o aperfei-
çoamento da compreensão auditiva e o aprendizado de tópicos
gramaticais “com a música, é possível ainda despertar e desen-
volver nos estudantes sensibilidades mais aguçadas na observa-
ção de questões próprias da disciplina alvo”. (FERREIRA, 2009).
Objetivo – Utilizar múltiplas linguagens como instrumentos de
aprendizado e valorização de talentos da comunidade escolar.
Materiais e Método – Tratou-se de uma pesquisa-ação que “se
caracteriza pela intervenção em busca de mudanças positivas
em determinado contexto” (PAIVA, 2019), que aconteceu no

406. 406
segundo semestre de 2019, envolvendo todas as três séries do
Ensino Médio, turnos matutino e vespertino. A pesquisa-ação
iniciou-se com planejamento da atividade cultural e elabora-
ção de edital com a participação de estudantes organizados em
equipes e funções. Na Primeira Etapa, foi feita divulgação desse
edital e período de inscrição. Na Segunda Etapa, aconteceram
ensaios e auditivas no auditório da escola. Na Terceira Etapa,
houve a realização da atividade que foi tomada como abertura
da Feira do Conhecimento da Escola no ano de 2019 (Figura
1). Na Quarta Etapa, houve certificação e troféus para a pre-
miação dos candidatos mais bem colocados em pontuação de
acordo com a comissão julgadora que fora formada por espe-
cialistas em atividades culturais (Figura 2). Resultados – Perce-
beu-se que houve muito interesse dos estudantes na participa-
ção da atividade cultural, engajamento de torcidas, admiração
pelos talentos apresentados à comunidade escolar, sentimento
de pertencimento e protagonismo dos estudantes. Além disso,
houve engajamento dos demais professores, permitindo que a
atividade se configurasse como interdisciplinar, promovendo
um evento escolar de múltiplas linguagens. A partir do projeto,
iniciamos a cultura do show de talentos na escola, em particu-
lar, na Escola Estadual Senador João Bosco, que é uma escola
pública reconhecida por sempre incentivar atividades baseadas
em projetos pedagógicos. Conclusões – Os estudantes reconhe-
ceram a necessidade de atividades artístico-culturais em suas
vidas, a valorização e apoio aos talentos dos demais colegas.
Compreenderam que a participação em eventos como esse lhes
permite maior alcance no desenvolvimento de habilidades e
competências intelectuais e emocionais.
Palavras-chave: Múltiplas Linguagens, Valorização de Talentos,
Arte, Juventude.

407. 407
Figura 1 – Evento realizado pela escola no Auditório D. Arcangelo Cerqua.
Figura 2 – Participação dos estudantes inscritos e engajados
na apresentação do evento.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Martins. Como usar a música na sala de aula. 6 ed. São
Paulo: Contexto, 2009.
PAIVA, V. L. M. O. Manual de pesquisas em estudos linguísticos.
São Paulo: Parábola Editorial, 2019.

408. 408
TALENT SHOW. http://www.smicsagrado.com.br/index.php/sem-
-categoria/talent-show Acesso em 14 mar.,, 2018.
TALENT SHOW. Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ta-
lent_showI> . Acesso em 14 mar., 2018.
SOBRE A AUTORA
Katriana Jacaúna Farias nasceu em 19 de
março de 1983, na cidade de Parintins-
-AM, e graduou-se em Letras – Língua
Portuguesa em 2005, especializou-se
em Metodologia do Ensino de Línguas
na Universidade do Estado do Amazo-
nas em 2007 e cursou Mestrado em
Ciências da Linguagem na Fundação
Universidade Federal de Rondônia em
2010.

409. 409
EDUCAÇÃO FISCAL PARA A FORMAÇÃO CIDADÃ
Escola Estadual de Tempo Integral João dos
Santos Braga
Ensino Médio – 1.ª série 1, 2 e 3
Jozimar Lago Oliveira
Jozimar.,[email protected]
Introdução – O respectivo projeto aborda a Educação Fis-
cal no contexto escolar, e tem por fim alçar uma discussão ne-
cessária, que perpassa pelo entendimento do que são os tribu-
tos e de como eles devem ser usados para melhorar a qualidade
de vida das pessoas, por meio de serviços públicos eficientes.
Nesse sentido, se pode dimensionar a Educação Fiscal como
uma política social benéfica para os cidadãos de modo geral.
Dessa forma, a proposta em questão é direcionada a estudantes
da 1.ª série do Ensino Médio, com a finalidade de iniciar estu-
do acerca do Estado e sua função, buscando orientar o/a estu-
dante/cidadão/ã quanto à arrecadação dos tributos e aplicação
dos impostos coletados por meio do consumo. Nesse contexto,
mostrar a importância da Educação Fiscal no ambiente escolar é
sensibilizar o estudante a desenvolver um papel social, pois se-
gundo Farias; Farias (2014), “A escola é decisiva na construção
da cidadania. É o local onde desde cedo a criança trabalha em
coletividade, o que posteriormente deve embasar os conceitos
de coisa pública e de interesse público”. Assim, compreender
como o Estado se organiza, encorpando a função socioeconô-
mica dos tributos e sua conversão em benefícios, bem como
o funcionamento da administração pública financiadas pelos
impostos pagos pelos contribuintes, é importante e necessária.

410. 410
Objetivo – Estimular a formação de consciências cidadãs, por
meio da Educação Fiscal com foco na tributação e sua função
social. Materiais e Método – Tratou-se uma pesquisa qualitati-
va, que aconteceu entre junho e outubro de 2020, envolvendo
os estudantes da 1.ª série 1,2 e 3 do Ensino Médio (Figura 1).
A metodologia do projeto está focada na compreensão do es-
tudante quanto à Educação Fiscal e sua função social (Figura
2). Para isso, foi estabelecido uma sequência didática junto ao
estudante. No 1.º momento, foi apresentada detalhadamente a
proposta do projeto aos estudantes que participaram das ações
em todas as etapas propostas; planejar junto aos discentes as ati-
vidades do projeto, ressaltando a importância do protagonismo
juvenil; organizar os estudantes e montar equipes de trabalho,
delegando funções específicas; fomentar as salas virtuais (visto
que estamos em ensino remoto), objetivando agilizar e estabe-
lecer algumas ações à distância. Em seguida, foi aplicado um
questionário de pesquisa com o intuito de colher informações
prévias acerca da abordagem da educação fiscal. No segundo
momento, teve como foco discutir a educação fiscal no coti-
diano, bem como produzir seminários, vídeos e cartazes para
apresentação aos colegas. Resultados – Perceberam-se estudan-
tes mais críticos e com sentimento de pertencimento à Escola,
ou seja, mais cuidadosos com o patrimônio público do entor-
no onde o estudante está inserido; estudantes mais motivados
a quererem participar dos diferentes espaços da escola, como
grêmio estudantil; estudantes dispostos a serem disseminado-
res da Educação Fiscal e sensibilizados acerca da importância
de se cobrar a nota fiscal no ato de fazer compras; estudantes
motivadores junto à família para que participem do Programa
Nota Legal da Sefaz onde podem ser ganhadores e ainda aju-
darem uma instituição que ajuda a sociedade ser mais justa.
Estudantes cientes de seus direitos e deveres. Conclusões – Os
estudantes são multiplicadores, pois levam o que aprendem na
escola para casa, possibilitando que o projeto influencie toda

411. 411
a família e a comunidade. O resultado alcançado ao final do
projeto foi despertar o estudante para que tenha a compreen-
são que é um cidadão que tem direitos e deveres, que precisa
ter um projeto de vida e, assim, estará colaborando para uma
sociedade melhor.
Palavras-chave: Educação Fiscal, Tributação, Função Social.
Figura 1 – Gráfico de participação dos estudantes nas atividades propostas.
Figura 2 – Apresentação do Projeto aos estudantes.

412. 412
REFERÊNCIA
FARIAS, F. M. G. B.; FARAIS, V. C. F. Educação Fiscal e Cidadania.
Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2014.
SOBRE O AUTOR
Jozimar Lago Oliveira, nascido em 27 de
março de 1978, em Bom Jardim – MA. É
Licenciado em Matemática, pela univer-
sidade Estadual de Roraima – UERR,
pós-graduado em Métodos e Técnicas
de Ensino pelo Instituto Federal de Ro-
raima. Atua na docência há dez anos no
Estado de Roraima e, atualmente, reside
em Manaus-AM, funcionário público – Seduc. Possui ainda, a 2.ª
Licenciatura em Pedagogia, casado com Antônia de Almeida, pai
de três lindos filhos: Guilherme Dluka, Gustavo Dluka e Giovane
Dluka. Atualmente, trabalha no CETI João dos Santos Braga.

413. 413
DESENVOLVENDO JOGOS E COLEÇÃO
ENTOMOLÓGICA PARA MOTIVAR O ENSINO
SOBRE DOENÇAS TROPICAIS NEGLIGENCIADAS,
TRANSMITIDAS POR INSETOS
Escola Estadual Senador João Bosco Ramos de Lima
Ensino Médio- 3.ª série
Kelve Franklimara Sousa Cézar
[email protected]
Introdução – Doenças tropicais negligenciadas (DTNs) é o ter-
mo destinado a enfermidades recorrentes em países tropicais em
desenvolvimento. Essas doenças possuem a característica de serem
transmitidas por insetos (MASON, 1987), são elas Leishmaniose,
Doença de Chagas, Chikungunya, Dengue, Malária, Filariose e On-
cocercose (CDC, 2018). Devido a fatores climáticos e biológicos
(presença insetos vetores), a Amazônia tornou-se celeiro de muitas
dessas doenças. Com a expansão das cidades, os insetos vetores pu-
deram ter contato maior com humanos, isso fez com que as DTNs
se transformassem em um problema de saúde pública que contri-
buem para imenso ônus social e econômico (MITRA; MAWSON,
2017). Além do controle dos insetos vetores, medidas que busquem
informar a população são necessárias para o combate das DTNs. A
escola torna-se um ambiente fecundo para ensinar práticas de saú-
de individuais e coletivas (CERQUEIRA, 2007). Objetivo – Elabo-
rar ferramentas educativas, jogos didáticos e coleção entomológica.
Materiais e Método – Foram montadas cerca de seis equipes por
turma, cada equipe correspondeu a um tipo de DTNs transmitida
por insetos: malária, dengue, leishmaniose, doença de Chagas, on-
cocercose, filariose e tese-tesé. Ao menos um representante de cada

414. 414
equipe, participou de visitação a coleção de invertebrados do Inpa.
As equipes fizeram pesquisas bibliográficas de trabalhos já feitos so-
bre os temas, apresentaram os dados obtidos na forma de seminários
e responderam perguntas sobre os temas. O passo seguinte referiu-
-se a confecção dos jogos, cada equipe desenvolveu um jogo edu-
cativo a respeito da DTNs a qual ficou responsável. Os elementos
contemplados nos jogos foram: características do vetor, do agente
etiológico e da doença, sintomas e profilaxia e locais de ocorrência
da enfermidade e do vetor. Os jogos foram avaliados de acordo com
seu nível de completude e coerência. A coleta dos espécimes para a
coleção entomológica foi feita pelos estudantes por meio de coletas
manuais, com o auxílio de frasco mortífero de insetos, contendo a
substância química acetato, que promove a asfixia dos insetos, pre-
servando seu estado físico. Alguns espécimes foram obtidos por meio
de doação de centros de pesquisas. Os espécimes foram etiquetados
e acondicionados em via úmida. Resultados – Foram desenvolvidos
28 jogos com os temas: malária, dengue, febre amarela, filariose,
oncocercose, tsé-tsé, Chagas, Leishmaniose. Destes jogos, oito foram
selecionados para serem utilizados durante as aulas de biologia e
como referência para outros jogos futuros. Dentre os oito jogos se-
lecionados: quatro foram jogos de tabuleiro (Dengue, Leishmaniose,
tsé-tsé e oncocercose), dois quis (Malária e Leishmaniose), dois jogos
on-line (oncocercose, malária) e um caça-palavras (tsé-tsé) (Figura
1). Os jogos foram depositados no laboratório de ciências da Escola
Estadual Senador João Bosco Ramos de Lima (EESJBRL). A visitação
à coleção de invertebrados do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa) foi guiada pelo Dr. Márcio de Oliveira (curador da
coleção), com a participação de 35 estudantes da (EESJBRL), na qual
foram observados animais preservados em via úmida e seca. Os in-
setos obtidos para a produção da coleção entomológica específica
foram provenientes dos locais: Careiro Castanho, Careiro da Várzea,
Manaus e Novo Airão, todos no Estado do Amazonas. A coleção pos-
sui 42 espécimes (Tabela 1), que estão conservados em eppendorfs,
contendo álcool 70% (via úmida), separados segundo seu grupo

415. 415
taxonômico, eles são armazenados e disponíveis no laboratório de
ciências da escola. Conclusões – O tema das DTNs é muito impor-
tante para a nossa região e por isso precisam ser tratados nas escolas.
Observamos que após a elaboração dos relatórios teóricos, apresen-
tação do seminário e perguntas, os estudantes passaram a destinar
mais atenção ao tema e a identificar a gravidades das doenças.
Palavras-chave: Jogos Didáticos, DTNs, Insetos Vetores, Coleção
Entomológica, Biologia.
Figura 1 – Jogo de tabuleiro sobre Leishmaniose
desenvolvidos pelos estudantes da EESJBRL.
Tabela 1 – Insetos vetores de DTNs da coleção
entomológica específica da EESJBRL.
Táxon Doença Quantidade
Aedes aegypty (Linnaeus,
1762)
Dengue, Febre amarela, Zika e
Chikungunya
6
Phlebotominae Leishmaniose 30
Reduviidae Doença de Chagas 3
Simuliidae Oncocercose 3

416. 416
REFERÊNCIAS
CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. 2018.
Neglected Tropical Diseases. [on-line]. USA. Disponível em <ht-
tps: //www.cdc.gov/globalhealth/ntd/diseases/index.html>. Acesso
em 2 maio de 2018.
CERQUEIRA, M.T. A construção da rede Latino Americana de es-
colas promotoras de saúde. In: Brasil. Ministério da Saúde. Escolas
promotoras de saúde: experiências no Brasil. Brasília: Ministério
da Saúde. 2007.
MANSON, P. Necessity for speciall education in tropical medici-
ne: An introductory address on “the necessity for special education
in tropical medicine”. The Lancet. v. 1. 1897.
MITRA, A. K.; MAWSON, A. R. Neglected Tropical Diseases: epi-
demiology and Global Burden. Tropical Medicine and Infectious
Diseases, v. 2, n.º 36, p.10- 3.390, 2017.
SOBRE A AUTORA
Kelve Franklimara Sousa Cézar nasceu
na cidade de Bragança. Ainda jovem,
mudou-se com sua família para Ma-
naus- AM. Durante o Ensino Médio,
conseguiu uma bolsa de Gestão no
Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia – Inpa, Em 2010 ingressou
na faculdade de Ciências Biológicas
(Licenciatura) no Centro Universitário do Norte-UniNorte. De
2011-2013, foi bolsista de Pibic no Inpa, participou de pesqui-
sas com insetos, principalmente borboletas. Paralelamente à

417. 417
pesquisa, começou sua experiência em docência, estagiando
como monitora em projetos educacionais, como Mais Educa-
ção e Reforço Escolar. Possui Mestrado em Entomologia pelo
PPG-Ent. do Inpa. Em 2016 tornou-se professora estatutária
pela Seduc-AM, ministrando a disciplina de Biologia, buscan-
do, sempre que possível, introduzir a pesquisa na vida
docente.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas-
-Fapeam, pela bolsa concedida para desenvolvimento desse proje-
to, por meio do Programa Ciência da Escola – PCE.

418. 418

419. 419
MAPEANDO ÁREAS VULNERÁVEIS PARA A SAÚDE
HUMANA NO ENTORNO DA ESCOLA CID CABRAL DA
SILVA, MANAUS-AM
Escola Estadual Cid Cabral da Silva
Ensino Médio – 3.ª série
Larissa Cristina Cardoso dos Anjos
[email protected]
Introdução – O crescimento populacional de Manaus remon-
ta a marcos históricos de exploração econômicas, resultando em
um crescimento populacional sem precedentes. A ocupação, em
sentido linear, ocorreu em um bioma ímpar, com hidrografia, rele-
vo, solos e clima particulares. A consequência dessa ocupação sem
planejamento adequado transformou Manaus em uma metrópole
no meio da floresta, com os problemas urbanos pertinentes a este
modo de vida: retirada da vegetação; ausência de saneamento bá-
sico; degradação dos cursos hídricos; moradia em áreas inadequa-
das; formação de ilhas de calor, dentre outros. A saúde do homem
também sofreu/sofre modificações com as degradações dos sistemas
naturais, principalmente doenças influenciadas diretamente por um
meio ambiente doente, a destacar, as arbovióroses – doenças trans-
mitidas por insetos, que incluem o zika vírus, Chicungunya e den-
gue. O número expressivo de arbovirose na metrópole da floresta
ocorre principalmente em períodos chuvosos na região, em decor-
rência do despejo inadequado do lixo e acúmulo de água até sete
dias. Além das arbovióroses, existe o risco das doenças diarreicas e
da leptospirose, morbidades relacionadas diretamente com o des-
carte inadequado do lixo e ausência de saneamento básico, além da
Covid-19. Objetivo – Identificar possíveis focos de áreas vulneráveis

420. 420
para a saúde humana no entorno da escola Cid Cabral da Silva,
adquirindo coordenadas geográficas dos espaços vulneráveis para a
saúde humana no entorno da escola, reconhecendo os riscos para
a saúde humana. Materiais e Método – Trata-se de um relato acerca
de um experimento sobre a incorporação da Geografia da Saúde
de maneira interdisciplinar, com a proposta de introduzir o estu-
dante como o ator principal no processo de aprendizagem, ou seja,
por meio da metodologia ativa. Para Abreu (2009), as metodologias
ativas se apresentam ao “avesso” da metodologia tradicional, que
evidencia primeiro a teoria, enquanto o método ativo demanda a
prática da teoria. A partir do momento em que o estudante alcança
a prática, o raciocínio lógico surge por meio de uma aprendiza-
gem significativa, como aponta Cavalcanti (1998): (...) “a superação
do formalismo dominante no ensino, à medida que permitiria ao
professor conceber de forma mais eficaz sua atividade docente e
suas competências de promover ajuda pedagógica aos estudantes
na construção de seu próprio raciocínio, para além da transmissão
de conteúdos estipulados nos livros didáticos e programas. Para
Berbel (2011), as metodologias ativas têm o “poder” de despertar
a criticidade no estudante à medida que o a teoria é concretizada,
e o estudante se percebe como uma agente transformador do es-
paço. Sendo assim, os procedimentos metodológicos da presente
pesquisa aliaram a teoria e a prática no processo de construção do
experimento, por meio de sete etapas. A primeira etapa se deu por
meio da palestra intitulada “O descarte inadequado como um dos
focos das arboviroses”, ministrada pela professora de Biologia. Na
oportunidade, foram abordados os principais conceitos aplicados
no trabalho, como vírus, artrópodes e resíduos sólidos (lixo). A se-
gunda etapa consistiu no levantamento documental e bibliográfico
dos conteúdos explorados no trabalho, como: vírus, artrópodes e
lixo (Biologia); urbanização e cartografia (Geografia). Na terceira
etapa ocorreu a oficina “O uso do app de celular para localizar foco
as arboviroses”, ministrada pela professora de Geografia. Durante
a oficina, os estudantes aprenderam como manusear o app “Locus

421. 421
Map” para a aquisição de coordenadas geográficas. A quarta etapa
compreendeu os trabalhos de campos no entorno da residência dos
estudantes e escola (Figura 1). A partir dos conhecimentos prévios
deles sobre os conteúdos, foram identificados espaços com possí-
veis focos de arboviroses, onde esses espaços foram utilizados para
o levantamento de coordenadas geográficas e registro fotográfico,
enviadas, posteriormente, para o grupo de WhatsApp da turma,
para futura utilização. A quinta etapa foi importante para a sociali-
zação dos resultados, no intuito de os estudantes exporem de forma
oral a experiência de trabalhar na prática os conceitos vivenciados
em sala de aula. Na quinta etapa, os estudantes elaboraram mapas a
partir das coordenadas adquiridas pelo app de celular, e utilizando
os Softwares Google Earth e QGIS 3.0, com o auxílio da professora
de Geografia. Resultados – Os estudantes interagiram com as geo-
tecnologias no processo de aprendizagem, e a partir dessa intera-
ção, visualizaram conceitos na prática, de maneira contextualizada
e significativa. O escopo da aprendizagem significativa é tornar o
estudante protagonista da sua aprendizagem, fazendo-o despertar
para questões pertinentes à degradação do meio ambiente, princi-
palmente nos espaços de vivências e entorno (Figura 2). A partir des-
sa premissa, o estudante foi oportunizado a analisar e a avaliar de
maneira crítica as relações entre sociedade e natureza, refletidas no
espaço, principalmente no que se refere aos impactos econômicos
e ambientais em diferentes escalas, principalmente na categoria lu-
gar, conforme ressalta a BNCC (2018). Conclusões – A aplicação do
projeto estimulou a criticidade dos educandos frente à problemática
do descarte inadequado dos resíduos sólidos e os seus reflexos para
a saúde humana, bem como os seus hábitos e práticas, tanto de
maneira individual quanto coletiva.
Palavras-chave: Geografia da Saúde, Metodologia Ativa, Ensino,
BNCC.

422. 422
Figura 1 – Trabalho de campo realizado
pelos estudantes.
Figura 2 – Trabalho de campo realizado
pelos estudantes no entorno da escola
com o auxlio da Polícia Militar.
REFERÊNCIAS
ABREU, J. R. P. Contexto Atual do Ensino Médico: Metodologias
Tradicionais e Ativas – Necessidades Pedagógicas dos Professores
e da Estrutura das Escolas. 2011. Dissertação (Programa de Pós-
-Graduação em Ciências da Saúde). Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Porto Alegre, 2009.
BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autono-
mia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina,
v. 32, n.º 1, p. 25-40, jan./jun., 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
CAVALCANTI, L. S. Geografia, escola e construção do conheci-
mento. Campinas: Papirus, 1998.

423. 423
SOBRE A AUTORA
Larissa Cristina Cardoso dos Anjos nasci-
da em 26 de fevereiro de 1988, na cida-
de de Belém-PA, e formou-se na Univer-
sidade do Estado do Amazonas (UEA).
Mestra em Geografia, na linha de pes-
quisa Domínios da Natureza na Amazô-
nia, pela Universidade Federal do Ama-
zonas (Ufam) e Graduada em Geografia
pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Especialização
em Geoprocessamento pela Pontifícia Universidade Católica-PU-
C-MINAS (em andamento). Atualmente, ministra as disciplinas de
Geografia, Projeto de Vida, Eletiva e Estudos Orientados na Secre-
tária de Educação do Estado do Amazonas (Seduc-AM). Integrante
dos grupos de pesquisas: Geografia Física: ensino e pesquisa; La-
boratório de Ensino e Experiências Transdisciplinares em Educa-
ção-Lepete. Tem experiência em Geografia, com ênfase no Ensino
de Geografia, Geografia da Saúde e Geoprocessamento.

425. 425
CONTRIBUIÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DA
IMPLEMENTAÇÃO DE UM JARDIM ECOLÓGICO EM
LOCAL DE DESCARTE INCORRETO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, DO MUNICÍPIO DE CODAJÁS-AM
Escola Estadual Indígena Professor Luiz Gonzaga
de Souza Filho – Codajás/AM
Ensino Médio – 1.ª série
Luciana de Araújo Corrêa
[email protected]
Introdução – O termo lixeira viciada é uma forma popular de
dizer descarte incorreto de Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs). Essa
prática inadequada de tratar os RSUs é muito comum nos municí-
pios do nosso país. Com o aumento da população também cresce
a produção de RSUs e que nem sempre têm a destinação correta
como um aterro sanitário (STANGHERLIN; SPECHT, 2014). E no
município de Codajás não é diferente, mas será que os estudantes
estão percebendo a problemática em seu bairro? Esse questiona-
mento nos remete à necessidade de levar os estudantes a observar
de forma crítica o meio ambiente em que vivem. E para isso, a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 2018, dispõe que: as
escolas têm total autonomia e competência para inserir nos cur-
rículos as ações pedagógicas das temáticas contemporâneas que
afetam a humanidade, como, por exemplo, a Educação Ambiental
em escala local, regional e global. A Educação Ambiental (EA) é
um processo em que os estudantes passam a adquirir os conheci-
mentos sobre as temáticas ambientais, por meio desse obtêm novas
percepções sobre o meio ambiente, passando a ser agente s trans-
formadores, no que se refere aos cuidados com o meio ambiente.

426. 426
Objetivo – Identificar e apresentar um diagnóstico dos resíduos
sólidos urbanos e intervenção em um local de descarte incorreto
dos Resíduos Sólidos Urbanos no município de Codajás-AM e seu
impacto na comunidade. Materiais e Método – Este trabalho se
orientou pela metodologia pesquisa-ação de caráter quantitativo
e qualitativo, com a utilização da Educação Ambiental para os
educandos, concebendo que este meio nos orienta para a reali-
dade da comunidade, fazendo-os notar de forma crítica a proble-
mática presente. Nesse cenário, está a disposição incorreta dos
resíduos sólidos, realizada pelos comunitários, e como podemos
colaborar como comunidade estudantil. Para atingirmos nosso ob-
jetivo, o trabalho foi realizado seguindo as seguintes etapas. Etapa
1: Inicialmente aconteceu a pesquisa de campo, que identificou
os pontos de lixeiras clandestinas nos bairros do município de Co-
dajás-AM. Posteriormente, foi averiguado, junto ao departamento
de limpeza pública, a frequência e rotas que são feitas as coletas
de lixo. Etapa 2: Após a identificação dos pontos de lixeiras clan-
destinas, juntamente com o fluxo de coleta de lixo, realizou-se a
palestra para os estudantes da 1.ª série do Ensino Médio da Escola
Estadual Indígena Professor Luiz Gonzaga de Souza Filho, com a
temática da disposição correta dos resíduos sólidos por meio da
Educação Ambiental. Nessa etapa aconteceu a aplicação de dois
questionários, cujo o objetivo foi averiguar os conhecimentos dos
estudantes sobre Educação Ambiental, com ênfase nos resíduos
sólidos antes e após a palestra. Em seguida, fizemos o convite para
os estudantes participarem de uma mobilização em alguns pontos
da comunidade. Etapa 3: Os estudantes foram motivados a trazer
para a escola suas próprias plantinhas com as quais montaram um
viveiro, que foi utilizado na Etapa 5. Etapa 4: A mobilização na co-
munidade, com entrega de panfletos e folders sobre a importância
da preservação ambiental e a importância de não se jogar o lixo
na rua. Após esse momento, foi necessário realizar novamente a
limpeza em um ponto mais críticos, de resíduos sólidos na comu-
nidade. Etapa 5: Com o ambiente já limpo, realizou-se a imple-

427. 427
mentação do minijardim ecológico. No final da intervenção no
bairro, foi aplicado o questionário de opinião a respeito da ação
na comunidade e a participação individual. Resultados – Durante
os meses de setembro, outubro e novembro foi realizado, pelos
pesquisadores Juniores, a pesquisa de campo, juntamente com a
entrevista com o secretário de Limpeza Urbana. Na entrevista, ve-
rificou-se que o destino que é dado ao RSUs é um “lixão a céu
aberto”. Pela pesquisa de campo, foram identificados mais de 72
pontos de locais de descarte incorreto de Resíduos Sólidos Urba-
nos (RSUs) em todos os 10 bairros do município de Codajás. As li-
nhas em vermelho representam áreas em que têm uma quantidade
significativa de RSUs. Podemos verificar esses pontos de descarte
incorreto de RSUs na Figura 1. Esses resultados são preocupantes,
tanto do ponto de vista ambiental quanto da saúde da população,
visto que eleva as possibilidades de contaminação e proliferação
de animais vetores de doenças (BAHIA et al., 2001). Conclusões
– Os resultados deste trabalho nos mostraram que a escola pode
contribuir com a comunidade, por meio de projetos que visem a
transformação de determinadas problemáticas. A metodologia de
Pesquisa-Ação contribui grandemente com propostas da Educa-
ção Ambiental, visto que é observado uma realidade (pesquisa) e
é pensado em uma possível solução e executado (ação). Ela nos
mostra ser eficaz para promover os estudantes a serem protagonis-
tas onde quer que eles estejam inseridos, é um processo inicial de
motivação ao protagonismo.
Palavras-chave: Resíduos Sólidos, Descarte Incorreto, Educação
Ambiental.

428. 428
Figura 1 – Aspecto geral dos pontos de lixeiras clandestinas.
Figura 2 – Construção do minijardim ecológico.
REFERÊNCIAS
BAHIA, S. R.; MANSUR, G. L.; MONTEIRO, J. H. R. P. Cartilha de
Limpeza Urbana. Ministério de Ação Social, 2001. Disponível em
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.
do?select_action=&co_obra= 6149. Acesso: 10 agosto de 2020.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasí-
lia, DF: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de- educacao/base-na-

429. 429
cional-comum-curricular-bncc-etapa-ensino-medio. Acesso: 10
de abril de 2020.
STANGHERLIN, C. C. C.; SPECHT, S. Resíduos Sólidos: Percep-
ções de Estudantes do Ensino Fundamental. Revista do Centro do
Ciências Naturais e Exatas – UFSM, Santa Maria. Revista Eletrôni-
ca em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental – Reget. e-ISSN
2236 1170 -V. 18, n.º 2, p. 919-927, Mai-Ago., 2014.
SOBRE A AUTORA
Luciana de Araújo Corrêa nasceu em 3
de setembro de 1995, na cidade de Co-
dajás-AM, e formou-se em 2018 no Cur-
so de Licenciatura em Ciências: Biologia
e Química na Universidade Federal do
Amazonas ISB/Coari, é mestranda em
Ensino de Ciências e Matemática da
Universidade Federal do Tocantins Cam-
pus Araguaína.

431. 431
INFORMATIVO VTS: ESTUDANTES
PESQUISADORES E PROTAGONISTAS
Escola Estadual Vicente Telles de Souza
Ensino Médio – 2.ª série
Persiely Pires Rosa
[email protected]
Introdução – O informativo escolar é artefato muito im-
portante para se trabalhar com os estudantes, porque traz, para
o ambiente escolar a comunicação, sendo um grande incenti-
vo para a aprendizagem e para a construção de saberes. Tra-
balhar com a produção do informativo desperta no estudante,
a autonomia, a criticidade e um protagonismo diante de sua
produção, além de estimular a noção de cidadania e partici-
pação social. Para Freire (1987) “(...) a leitura da palavra não
é apenas precedida pela leitura do mundo, mas por uma certa
forma de escrevê-lo ou de reescrevê-lo, quer dizer, de transfor-
má-lo por meio de nossa prática consciente”. Logo, o trabalho
com a produção do jornal escolar é uma estratégia pedagógi-
ca de estímulo à leitura, ao letramento, à produção textual e
também ao letramento digital e ao uso das tecnologias. Esse
tipo de metodologia, no ambiente escolar, promove mudanças
significativas no estudante, pois fomenta habilidades e compe-
tências que geram autonomia e construção crítica. Objetivo –
Criar um veículo por meio do qual a escola possa divulgar seus
projetos educativos, informações gerais sobre acontecimentos
no mundo, datas importantes de feiras, comemorações, sema-
nas de provas, além de promover e despertar o aprendizado
científico e os talentos artísticos dos estudantes. Materiais e

432. 432
Método – Este projeto desenvolveu-se no segundo semestre de
2020, envolvendo diretamente três estudantes da 2.ª série do
Ensino Médio sendo que atingiu diretamente todos os demais
estudantes da Escola Estadual Vicente Telles de Souza e, inclu-
sive, a comunidade escolar. Na Primeira Etapa, realizou-se um
levantamento qualitativo com algumas perguntas sobre como as
informações escolares eram divulgadas aos estudantes e fami-
liares e quais os meios de comunicação mais usados por eles.
Na Segunda Etapa, os estudantes estudaram e elaboram um
modelo fácil e didático para que todos os que tivessem acesso
compreendessem de forma rápida as mensagens transmitidas
no informativo. Em seguida, começou-se a produção do 1° In-
formativo VTS. A primeira edição, lançada em setembro, trouxe
informações sobre, prevenção do Covid19, acesso ao aplicativo
aula em casa, datas do término e início do bimestre e inscrições
do vestibular da UEA e SIS. Ele foi publicado de forma digital
nas redes sociais da Escola (Facebook e Instagram) e nos gru-
pos de WhatsApp dos estudantes, ao todo foram três edições.
Resultados – Percebeu-se que devido à pandemia, muitos estu-
dantes e responsáveis deixaram de lado a preocupação com o
estudo e a educação, o que causou uma evasão escolar muito
grande. Aos poucos estudantes que retornaram à escola, ten-
tou-se buscar uma forma de estabelecer vínculos e fazer com
que eles se sentissem seguros. A comunicação digital foi uma
das melhores respostas que conseguimos, pois por meio dela,
os estudantes conseguiram se informar e saber como o anda-
mento do ano letivo estava ocorrendo, pois o Informativo VTS
trouxe informações de dentro da escola para fora dela de forma
rápida. Sabemos que hoje os estudantes se comunicam com a
direção, secretaria, professores e colegas por meio das redes so-
ciais. Ao publicarmos um informativo curto e com informações
objetivas, percebemos que houve uma diminuição nas dúvidas
dos estudantes e responsáveis quanto a datas importantes de
inscrições, término de bimestre, notas e outras informações re-

433. 433
levantes). A partir do projeto, além das informações divulgadas,
os estudantes envolvidos diretamente puderam demonstrar sua
criatividade, protagonismo e responsabilidade, ao divulgarem
informações confiáveis, preocupando-se com o que estavam
passando aos demais colegas e comunidade. Percebemos que
houve um aumento do público nas redes sociais da escola e
que eles compartilhavam os informativos em suas redes. Isso
acarretou de forma positiva a participação dos responsáveis pe-
los estudantes sobre a importância do retorno de seus pupilos à
atividade escolar. Os estudantes tornaram-se mais participativos
e ativos nas aulas, expressando suas opiniões, perceberam que
são vozes ativas e que suas ideias têm espaço e importância.
Conclusões – O presente projeto estabeleceu o fortalecimento
do conhecimento científico, fez com que os estudantes desco-
brissem seus talentos e aprendessem novas possibilidades de
demonstrassem suas habilidades nas mais diversas áreas, sem-
pre levando em consideração as formas diversificadas de pensa-
mentos, realidades sociais, culturais, a empatia e o pensamento
sempre no bem coletivo. Criou-se maior interação e proximida-
de estudante-professor por meio das atividades e orientações,
minimizando ao máximo esse distanciamento, proporcionando
nova visão do estudante quanto aos seus educadores. Eles es-
tão presentes como responsáveis pelo seu bom desempenho e
não como um risco de reprovação. Além do fortalecimento da
relação de proximidade escola e família, mesmo que de forma
virtual, mas com participação mútua.
Palavras-chave: Protagonismo, Informativo, Tecnologia,
Comunicação.

434. 434
Figura 1 – edições dos Informativos VTS, estudantes participantes
e coordenadora do projeto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Funda-
mental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ci-
clos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/
SEF, 1998.
FREIRE, P. 17.ª edição. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz
e Terra, 1987.

435. 435
SOBRE A AUTORA
Persiely Pires Rosa nasceu em 6 de se-
tembro de 1988, na cidade de Jardim-
-MS, e formou-se em Licenciatura em
Química na Universidade Estadual de
Mato Grosso do Sul (UEMS), 2010.
Mestre em Ciência e Tecnologia Am-
biental pela Universidade Federal da
Grande Dourados (UFGD), 2013, e
Doutora em Química pela Universidade Federal do Mato Grosso
do Sul (UFMS), 2017.

437. 437
PROJETO APROVADO PELO PCE/2020: O
USO DAS REDES SOCIAIS E SUAS MÚLTIPLAS
POSSIBILIDADES DE COMUNICAÇÃO
Escola Estadual Tiradentes
Ensino Médio – 3.ª série
Priscilla Correa Jovino Ribeiro
[email protected]
Introdução – Na era da Internet, em que as redes sociais
(facebook, messenger, twitter, WhatsApp) são meios de intera-
ção e comunicação entre as pessoas, múltiplas possibilidades
foram geradas na linguagem. Portanto, tais mudanças acom-
panham os estudantes e influenciam diretamente na maneira
como falam e escrevem. Essas novas expressões, símbolos espe-
cíficos utilizados na Internet, por meio das redes sociais, estão
presentes na sala de aula, gerando uma variedade de informa-
ções. Esses termos, essas expressões novas e símbolos serviram
como base de estudo para a análise de novas possibilidades de
comunicação. A proposta de pesquisa realizou-se na Escola Es-
tadual Tiradentes, turno noturno, com os estudantes da 3.ª série
do Ensino Médio. Objetivo – Identificar como o uso das redes
sociais influencia em novas possibilidades de comunicação,
compreender como os estudantes se comunicam nas redes,
quais os principais meios, a finalidade da utilização e como
essa nova comunicação interfere na linguagem oral e escrita.
Materiais e Método – O Projeto foi selecionado pelo Programa
Ciência na Escola, em 2020, e financiado pela Fapeam. A pes-
quisa foi exploratória e seguiu as seguintes etapas: 1 – Pesqui-
sa bibliográfica, para a estruturação da argumentação teórica

438. 438
e compreensão do tema abordado, como também foi criado
um seminário para que receberam a bolsa de estudante-pes-
quisador, propondo estratégias, formatação de alguns procedi-
mentos e orientações sobre o Projeto (Figura 1); 2 – Entrevista
prévia com os estudantes sobre a utilização das redes sociais,
finalidade e verificação do perfil deles; 3 – Elaboração dos ins-
trumentos para coleta de dados. Em ano de pandemia da CO-
VID, para geração de gráficos, foi utilizada a ferramenta do
Google formulário para verificação do perfil dos estudantes e a
coleta de dados, (relacionados aos termos, expressões, símbo-
los) foram coletados em sala de aula e debatidos. 4 – Coleta de
dados (principais termos, expressões, símbolos, as redes mais
utilizadas) e análise do que foi coletado; 5 – Redação final e
apresentação dos resultados gerados (Figura 2). Resultados –
Participaram da pesquisa (18 estudantes da 3.ª 1, 23 estudantes
da 3.ª 2 e 28 estudantes da 3.ª 3). Responderam, inicialmente,
algumas perguntas para identificarmos o perfil dos estudantes
do turno noturno. Com as respostas, foram montados gráficos,
realizados por meio do Google Formulário, sobre: as redes so-
ciais mais utilizadas, o tempo médio de uso, qual o tipo de
linguagem mais utilizada (textos, imagens, memes, símbolos)
e a finalidade do uso das redes sociais. A partir do perfil dos
estudantes, várias temáticas foram debatidas, como: a lingua-
gem formal, informal, diferença entre a linguagem verbal e não
verbal, gerando informações para o próximo procedimento,
que foi a coleta de termos, expressões, símbolos, resultado de
mais conversas sobre a utilização de alguns termos, símbolos
a serem utilizados em ferramentas específicas. Todo o material
coletado foi organizado em slides e apresentado no Auditório
da Escola. Conclusões – A utilização das redes sociais gerou
novas sinergias entre os membros da comunidade escolar, fa-
cilitou o compartilhando de informações, envolvendo temas
estudados em sala de aula, o estudo em grupo, a divulgação

439. 439
dos mais diversos conteúdos informativos e o compartilhamen-
to de recursos.
Palavras-chave: Redes Sociais, Comunicação, Aprendizagem.
Figura 1 – Seminário de apresentação do
projeto.
Figura 2 – Apresentação do que foi co-
letado durante a realização do projeto.
REFERÊNCIAS
VANOYE, Francis. Usos de linguagem: problemas e técnicas na
produção oral e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
CAMPEDELLI, Samira Youssef; SOUZA, Jesus B. Produção de tex-
tos & usos da linguagem – curso de redação. 2 ed. São Paulo:
Saraiva, 1999.
SOBRE A AUTORA
Priscilla Corrêa Jovino Ribeiro é licen-
ciada em Letras – Língua Portuguesa
pela Universidade Federal do Amazo-
nas (2008). Especialista em Pedagogia
e Organização do Mundo do Trabalho
pela Universidade Federal do Amazo-
nas (2014). Atuou como coordenadora

440. 440
de turno e professora auxiliar de Ensino Fundamental pela Es-
cola Concórdia/ Ulbra (2009-2011). Iniciou como docente –
Seduc/Am , em 2013. Professora orientadora do Programa Ins-
titucional de Bolsas de Iniciação à Docência – Pibid
(2018-2019). Participou do Programa Ciência na Escola com o
Projeto “Uso das redes sociais e suas múltiplas possibilidades
de comunicação” financiado pela Fapeam, em 2020.

441. 441
CONEXÕES INTERDISCIPLINARES – CONHECIMENTO
UNIVERSALIZADO E EXPERIÊNCIA PLURALIZADA
RUMO AO FUTURO
Escola Estadual Ângelo Ramazzotti
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Michela Pereira Matos
[email protected]
Introdução – A humanidade vivencia hoje uma nova reali-
dade, na qual os hábitos devem ser readaptados, atendendo a
parâmetros que visam proteger a si e ao próximo, devido à pan-
demia do Covid-19. Desde o ano de 2020, várias atividades, em
diversos setores, se organizam com o intuito de otimizar ou re-
configurar os processos para dar vazão ao plano de retorno à
normalidade. No caso da Educação, não poderia ser diferente; as
instituições de ensino seguem firmes na proposta de fortalecer
um sistema de ensino-aprendizagem que atenda as demandas
atuais. Investem em suporte tecnológico a fim, não só de se inse-
rir em tendências globais, mas também, continuar promovendo
progressos na área e reaproximar-se de seu público após meses
marcados pelo confinamento e pelas restrições. Esse projeto bus-
cou resgatar múltiplos protagonismos – na importância do agir
individual e da forma como essas posturas somam uma coletivi-
dade – utilizando a interdisciplinaridade, que, aliada à tecnolo-
gia, permitiu estabelecer e fortalecer essas conexões. A interdis-
ciplinaridade é uma ferramenta que traz inúmeras elucidações
acerca de áreas de conhecimento afins; dinamiza conteúdos, es-
tabelecendo vínculos entre as ciências que são distanciadas por
um sistema tradicional que simplesmente não permite integrali-

442. 442
zá-las. A Teoria da Interdisciplinaridade, segundo Fazenda (2003),
se configura como uma possibilidade conceitual, prática e exis-
tencial de fazer e responder a inúmeras perguntas. A primeira e
mais frequente pergunta a ser respondida é: “Para quê estudar
isto?” – questionamentos dessa natureza depreciam disciplinas
que, potencialmente, estão presentes em vários momentos e lu-
gares do nosso cotidiano, mas, por conta da impossibilidade de
correlacionar o conhecimento de maneira natural, acabam sen-
do coadjuvantes, mesmo possuindo enorme importância no nos-
so dia a dia. E não ficam em segundo plano pelo querer do pro-
fessor, mas porque o planejamento e cumprimento de prazos já
preenchem todos os espaços disponíveis, frente às imprevisibili-
dades da realidade que estamos vivendo, não dão margem para
que os professores promovam uma experiência mais abrangente
e, consequentemente, mais profunda. Fazenda (2003) já afirmava
que a interdisciplinaridade é muito mais que o encontro entre
disciplinas: é o grande encontro de homens e mulheres que ha-
bitam o território das disciplinas e que desejam ir para além dele,
em direção a um conhecimento que possa fazer sentido para a
história da humanidade. E foi promovendo esta experiência tec-
nológica que foi possível viabilizar esclarecimento e um desper-
tar com base na valorização do conhecimento como algo que
deve ser adquirido e compartilhado para o resto da vida. Objeti-
vo – Resgatar o protagonismo docente e discente em espaços de
discussões democráticos que validem a troca de experiências
como preciosidades dentro do processo de ensino-aprendiza-
gem. Materiais e Método – Esse projeto lida com a análise de
pesquisa qualitativa, quanto a construção de espaços e uso de
tecnologias, e pesquisa quantitativa, quanto a construção de da-
dos que enumerem não só os indivíduos, mas as problemáticas,
as soluções e as novas possibilidades. O campo de pesquisa tem
como cenário a realidade da Escola Estadual Ângelo Ramazzotti,
que absorve inúmeras perspectivas, afinal, o público é ampla-
mente diversificado em vários aspectos (culturais e socioeconô-

443. 443
micos, por exemplo), sobretudo, são plenamente colaborativos
para que a escola atinja seu propósito como instrumento de difu-
são de conhecimento e ambiente democrático para aprendizado.
O primeiro passo foi reunir uma equipe que traçasse as primeiras
diretrizes deste projeto, com representantes da gestão e do corpo
pedagógico, com o intuito de absorver sugestões e críticas, e, ao
fim, obter um rumo baseado em objetivos em comum. Este pro-
jeto buscava, prioritariamente, o público-alvo que carecesse de
organização de rotina de estudo – ainda que o programa Aula em
Casa tenha se tornado um velho conhecido do ensino remoto,
muitos estudantes não possuíam um roteiro como é oferecido no
plano presencial. Aquilo que, num planejamento típico e presen-
cial, funcionaria como oficinas temáticas, um preparatório para
avaliações futuras, se transformou em transmissões via Internet
por meio do YouTube (Figura 1). Dessa forma, atraímos os estu-
dantes que buscavam um guia para tirar dúvidas gerais, superar
dificuldades de aprendizado e ampliar uso de fontes de informa-
ções essenciais para formar um posicionamento crítico sobre de-
terminado assunto. Todas as “oficinas virtuais” tiveram uma ideia
ou um tema como ponto de partida, proposto com o objetivo de
despertar a curiosidade do estudante e motivá-lo a descobrir,
cada vez mais, fazendo uso da tecnologia. É esta ânsia de lidar
com o desconhecido que move o ser humano desde a origem das
sociedades, que o provoca a questionar, investigar e solucionar
problemáticas. Bem como frisa De La Torre (2006), as grandes
invenções da humanidade surgem dos homens e mulheres que
têm a ousadia de formular perguntas, primeiramente a si pró-
prios, e depois ao mundo e à realidade que os rodeia. De fato, o
suporte tecnológico foi indispensável para a execução desse pro-
jeto (notebooks, câmeras, smartphones etc.). Ainda que não te-
nhamos alcançado 100% de nosso corpo discente, é notável o
progresso obtido por meio da participação desses, de maneira
direta, nas exibições, enviando comentários e fazendo questio-
namentos, além de proporem temas paralelos que revelavam ou-

444. 444
tras carências. Resultados – Desde o primeiro momento, a prin-
cipal preocupação na organização desse projeto estava voltada
para o alto índice de evasão escolar e, por conta disso, o objetivo
era mover estratégias que atraíssem a atenção e a participação do
corpo discente. Ainda que houvesse mobilização da comunidade
escolar para promover interatividade entre estudantes e professo-
res, utilizando o programa Aula em Casa como viabilizador do
conteúdo didático, muitos estudantes estavam distantes do am-
biente virtual escolar devido à impossibilidade de acesso às fer-
ramentas digitais. Mesmo diante das expressivas resultantes do
movimento de Busca Ativa do corpo pedagógico da escola antes
e depois do retorno ao regime presencial/híbrido, a escola enxer-
gou enorme potencialidade na construção de novos espaços para
debate. A divulgação de novas alternativas de interatividade com
temáticas que despertassem o interesse dos estudantes promoveu
uma real reaproximação ao espaço escolar e gerou um princípio
de afinidade entre docentes, discentes e as redes sociais, como
nos mostram os gráficos. Ainda visando fortalecer a proximidade
retomada, tornamos essencial a participação dos estudantes, no
que diz respeito às pautas a serem discutidas nas lives da escola,
principalmente partindo do pressuposto de que as temáticas de-
vem atender às demandas individuais que coincidem no querer
coletivo, bem como devem estar alinhadas ao que é exigido em
exames nacionais e vestibulares, por exemplo. Portanto, para
planejar novas transmissões, fizemos uma pesquisa que, em seu
resultado, mostrem a preferência do nosso público sobre o que
deve ser discutido, algo completamente relevante por revelar ap-
tidões e afinidades dos nossos estudantes (Figura 2). Conclusões
– Propor uma experiência tecnológica e seguir uma tendência
global em meio a uma pandemia foi um desafio enorme para
professores, pais e estudantes. E, também, nos provocou a fazer
uma reflexão acerca do acesso às novas tecnologias dentro do
espaço escolar. A escola deve “contribuir para que os indivíduos
participem ativa e criticamente da dinâmica social, [os governos]

445. 445
podem e devem investir na nova eficiência e competência, ba-
seadas numa lógica do virtualizante” – sob esta perspectiva, pro-
jetos desse tipo são fundamentais para o progresso dessa gera-
ção. No entanto, nossos laboratórios de informática, quando não
se encontram trancados, têm suas máquinas completamente de-
satualizadas quanto à programação e manutenção necessária.
Outra informação importante é que 91% dos professores utilizam
a Internet pessoal para realizar pesquisas, dentre outras ativida-
des docentes, uma realidade que se escancarou no desafio remo-
to no qual nós, professores e estudantes, fomos inseridos à força
durante a pandemia. É lamentável que essa experiência tenha
vindo tão tarde e em meio a um cenário caótico, o que, para al-
guns, foi empolgante, para outros foi traumático, mas nos fez
pensar em soluções para promover uma real democratização da
educação com uso de novas tecnologias, observando as especifi-
cidades de cada estudante. Os próximos passos rumam a um fu-
turo mais inclusivo, no qual nossa escola ajuda a construir as
pontes necessárias para conduzir o estudante ao Ensino Superior
e ao mercado de trabalho.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade, Conhecimento, Tecnologia.
Figura 1 – Registro da primeira trans-
missão feita por meio do canal da E. E.
Ângelo Ramazzotti no YouTube (23 de
abril de 2021).
Figura 2 – Resultado do formulário que
consultou a preferência dos estudantes
quanto aos assuntos a serem aborda-
dos em transmissões futuras.

446. 446
REFERÊNCIAS
Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade
da Informação – CetiC. TIC Educação 2016 mostra que apesar da
incorporação básica de equipamentos TIC nas escolas em áreas
urbanas, a velocidade de conexão ainda é um desafio. São Paulo,
CetiC, 2017. Disponível em https://bit.ly/3wc0s1q. Acesso em 19
jul. 2021.
DE LA TORRE, S. Transdisciplinaridad y ecoformación: uma nueva
mirada sobre la educación. Madrid: Universitad S.A., 2007.
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: qual o sentido. São Pau-
lo: Paulus, 2003.
SOBRE A AUTORA
Michela Pereira Matos (michela.matos@
Seducam.pro.br) nasceu em 3 de maio
de 1987, natural de Parintins-AM, resi-
dente em Manaus há 15 anos. Graduada
em Comunicação Social e Licenciatura
em História, ambas pelo Centro Univer-
sitário do Norte (UniNorte). Professora
efetiva da Secretaria de Educação do
Amazonas, desde 2016, atualmente lotada na Escola Estadual José
Bentes Monteiro e na Escola Estadual Ângelo Ramazzotti, onde
ministra a disciplina de História para estudantes do Ensino Funda-
mental II e Ensino Médio.

447. 447
O GOOGLE SITES COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA
DIGITAL EM UMA ESCOLA PÚBLICA
Escola Estadual Desembargador André
Vidal de Araújo
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Rennie Pantoja Nogueira
[email protected]
Introdução – Com a paralisação das aulas presenciais, em
março de 2020, devido as consequências do Covid-19, as esco-
las, de forma remota, adaptaram sua maneira de comunicação
a fim de melhorar o processo de ensino-aprendizagem. As tec-
nologias digitais de informação e comunicação (TDCIs) foram
essenciais para manter a interação e aprendizado nas escolas,
porém, a falta de profissionais qualificados e muita informação
em circulação prejudicaram os estudantes, uma vez que mudou
sua rotina e agora precisou organizar seus estudos em casa. O
projeto Aula em Casa se mostrou eficaz em sua proposta, no en-
tanto, entre 50% a 60% dos estudantes, principalmente no turno
noturno, não conseguiram acompanhar a metodologia devido
a diversas situações sociais e financeiras. O programa Google
Sites é uma plataforma de páginas da web, livre, gratuita, qual-
quer pessoa pode ter acesso e adicionar conteúdo a página,
mesmo sem conhecimento específico da programação. É uma
ferramenta perfeita para utilização em sala de aula, principal-
mente para o professor organizar conteúdos, agendar datas de
entrega de atividades e provas, dentre outros. No Google Sites,
é possível incorporar ferramentas Google, como o Google Doc,
Google Calendar, YouTube, Formulários Google. Há diversas uti-

448. 448
lidades de fazer um site, principalmente voltado para o uso em
sala de aula. Segundo o site do Qinetwork (2015), o Google Si-
tes é uma ferramenta gratuita do Google, que pode ser utilizada
como meio de oferecer um ambiente virtual de aprendizagem,
onde os estudantes e professores podem compartilhar materiais,
como slides, atividades para casa, vídeos, eventos, criar fóruns
de discussão, materiais de leituras, regras, dentre outros. A pos-
sibilidade de interação entre professores e estudantes em um
ambiente virtual de aprendizado permite o estudante esclarecer
suas dúvidas de maneira mais rápida e melhorar o seu apren-
dizado. Objetivo – Criar um website ou uma página da Web,
que centraliza as informações administrativas e pedagógicas da
escola e dos professores, com acesso por apenas um link, bem
como utilizá-la para a exposição de ações pedagógicas reali-
zadas pelos estudantes. Materiais e Método – Foram utilizadas
diversas ferramentas do Google Education para promover dife-
rentes interações, estimulando a participação da comunidade
escolar, explorando as diversas funções e propondo meios de
melhorar a interação com estudantes e professores. Na primeira
etapa, eles realizaram um levantamento das principais informa-
ções administrativas e pedagógicas que a escola precisa manter
com a comunidade escolar, como acesso às turmas do Google
Sala de Aula, grupos de WhatsApp (Figura 1). Na segunda eta-
pa, os estudantes realizaram a edição de conteúdos referentes
às informações do professor, com organização de conteúdos
com mídias em PDFs, videoaulas, apostilas e exercícios (Figura
2). Na terceira etapa, foi realizada a divulgação do site da es-
cola, disponível em <https://sites.Google.com/Seducam.pro.br/
escoladigitalandrearajo> e em <https://sites.Google.com/view/
andrevidal> por uso das diversas redes sociais, como os gru-
pos de WhatsApp e Google Sala de Aula. Na quarta etapa, foi
realizada a manutenção e edição de novos conteúdos e infor-
mações, na quinta etapa do projeto, os estudantes criaram uma
página para divulgar os resultados de seus estudos em relação

449. 449
a experimentos no ensino de física, o professor motivou os es-
tudantes a gravar um vídeo de aproximadamente 5 minutos,
explicando os conteúdos estudados referentes ao projeto “Aula
em Casa” e realizando experimentos com materiais simples e
de fácil acesso. Resultados – O Google Sites se mostrou uma
ferramenta muito eficaz no compartilhamento de informações,
de fácil acesso e principalmente de edição simples. Assim, o
uso da Google Sites facilitou e centralizou o resultado, assim
que um professor passa um conteúdo, apenas compartilha o
link de acesso e solicita para o estudante procurar no site da
escola. Dessa maneira, não sobrecarrega outros aplicativos com
várias mensagens e o estudante procura o que realmente preci-
sa. Conclusões – A utilização de um site oficial para manter as
informações centralizadas foram importantes para auxiliar a co-
munidade escolar a manter a comunicação precisa. Ao utilizar
essa possibilidade, foi possível criar um meio de fazer com que
estudantes com dificuldade de acesso à Internet e falta de re-
cursos tecnológicos acessem, quando possível, os conteúdos e
atividades em um local somente, sem necessidade de perguntar
individualmente de professores e colegas de sala, sobrecarre-
gando com várias mensagens outros aplicativos de comunica-
ção. É necessário investimento de novos dispositivos e acesso à
Internet na escola para atender estudantes em situações simila-
res de ensino remoto. Para trabalhos futuros, é necessário criar
um espaço de laboratório de informática para auxiliar profes-
sores e estudantes com aprimoramento e aperfeiçoamento de
metodologias ativas na educação.
Palavras-chave: Tecnologias Digitais de Informação e Comunica-
ção, Ensino Híbrido, Metodologias Ativas.

450. 450
Figura 1 – Em “A” página do ano letivo de 2020,
em “B” ano letivo de 2021.
Figura 2 – Em A e B. Páginas editadas pelos
estudantes para professores.

451. 451
REFERÊNCIAS
Google. Google Sites Tutorial, 2017. Disponível em< http://
home2.fvcc.edu/~drausche/tutorials/Google.pdf>. Acesso em 23
abr. 2020;
QINETWORK. Google Sites em sala de aula: dicas para professo-
res. 2015. Disponível em https://www.qinetwork.com.br/Googlesi-
tes-em-sala-de-aula-dicas-para-professores/. Acesso em 4-5-2020.
SOBRE O AUTOR
Rennie Pantoja Nogueira nasceu em 12
de agosto de 1985, na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em Licenciatura
em Ciências Naturais pela Universidade
Federal do Amazonas – Ufam, no ano de
2008. É especialista em Meio Ambiente
e Suas Tecnologias pelo Instituto Federal
do Amazonas – Ifam, no ano de 2021.
Atualmente, é professor de Ciências, efetivo na Secretaria de Esta-
dual de Educação do Amazonas (Seduc-AM).
AGRADECIMENTOS
A gestão escolar e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Esta-
do do Amazonas – Fapeam.

453. 453
O USO DE MAPAS MENTAIS COMO ESTRATÉGIA
DE ESTUDO DA LITERATURA
Escola Estadual Professor Antenor Sarmento Pessoa
Ensino Médio – 1.ª série
Joicylene Sabóia de Oliveira
[email protected]
Introdução – A Literatura faz parte da vida dos jovens, mas
o ensino deste componente curricular deve trazer técnicas que
despertem nos discentes a criatividade e ajudem o processo de
compreensão dos movimentos literários. Dessa forma, o uso de
mecanismos pedagógicos pode ser um singular aliado e os ma-
pas mentais foram inseridos na aprendizagem, uma resposta aos
anseios da turma às aulas criativas e desafiadoras. Objetivo –
Compreender o projeto literário do Classicismo, incentivando
os estudantes a desenvolver mapas mentais como estratégia de
estudo. Materiais e Método – Esse projeto, de cunho qualitativo,
aplicado no primeiro semestre de 2021, na turma da 1.ª série do
Ensino Médio, permitiu reconhecer a literatura como uma forma
específica de comunicação, previsto na Proposta Curricular de
Língua Portuguesa (2012) e contribuiu para alcançar as habilida-
des EM13LP28 e EM13LP01 da Base Nacional Comum Curricular
(BRASIL, 2018). Em um primeiro momento, ocorreu a sensibiliza-
ção para o caráter semântico e discursivo dos poemas de Camões,
aqui, os estudantes puderam ler atentamente, discutir e comparar
os textos quanto à linguagem e temas alinhados à Modernidade;
no segundo momento, a docente elaborou e apresentou à turma
o material complementar contendo conceito, contexto histórico,
características, autores clássicos, delineados nos autores (Moisés,

454. 454
2013; Diana, 2020) bem como uma forma criativa de se estu-
dar por meio da criação de mapa mental, nos moldes delimita-
dos pelo inglês Tony Buzan e orientados em Novo (2020); por
fim, os estudantes receberam suas folhas de ofício, de cartolina,
pincéis e canetinhas coloridas, blocos adesivos de variados for-
matos, régua e folha-resumo sobre Classicismo para realizarem
suas produções escritas (Figura 1). Na etapa de confecção dos
mapas, em sala de aula, a turma ficou livre, alguns estudantes
ouviram música, outros espalharam seus materiais em duas car-
teiras escolares e a professora ficou atenta às eventuais dúvidas.
Resultados – A atividade criativa permitiu integrar as componen-
tes Artes, História e Língua Portuguesa: o primeiro evidencia-se
na composição do mapa mental, nos traços delineados, cores,
projeto gráfico; o segundo, por meio dos dados utilizados nos
levantamentos históricos realizados e sintetizados nos mapas, e o
último, na parte ortográfica e gramatical desenvolvida. Na minha
experiência docente, fiquei satisfeita ao acompanhar a criação
dos trabalhos dos estudantes, pois foi significativo o brilho no
olhar deles ao verem o êxito de suas produções. Conclusões – A
escolha do mapa mental como estratégia de ensino e aprendiza-
gem foi produtiva e divertida para os estudantes. Considerando-
-se o contexto pandêmico e as situações emocionais envolvidas
nisso, quando o estudante fica conectado e imerso nas criações,
isso acaba ajudando na concentração e na motivação para os
estudos. Em verdade, os mapas mentais podem ser usados por
professores nos variados Componentes Curriculares, permitin-
do a ampla concentração dos educandos. Portanto, nas aulas de
Língua Portuguesa, seja nos estudos literários ou gramaticais, os
mapas mentais encontram um espaço especial.
Palavras-chave: Mapa Mental, Literatura, Ensino.

455. 455
Figura 1 – Mapa mental elaborado pelos estudantes.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
DIANA, D. Classicismo. Artigo publicado em 2020. Disponí-
vel em https://www.todamateria.com.br/classicismo/ Acesso em
25/06/2021.
MOISÉS, M. A literatura portuguesa. São Paulo: Cultrix, 2013.
NOVO, B. N. O que é um mapa mental? Para que serve? Passos
para fazer um. Artigo publicado em 2020. Disponível em https://
benignonovonovo.jusbrasil.com.br/artigos/916473889/o-que-e-
-um-mapa-mental-para-que-serve-passos-para-fazer-um. Acesso
em 25/06/2021.

456. 456
SOBRE A AUTORA
Joicylene Sabóia de Oliveira nasceu na
cidade de Manaus-AM, e formou-se em
Letras na Universidade Federal do Ama-
zonas em 2008. Possui mestrado em Le-
tras, na Universidade do Estado do Ama-
zonas, na área de representação literária.
Em mais de dez anos de atuação no ma-
gistério, já atuou em instituições públi-
cas e particulares. A primeira experiência foi como professora de
Redação, lidando com os textos, conduzindo os discentes nesse
prazeroso caminho da escrita. O maior desafio de sua carreira foi
se mudar para o interior do Amazonas e compor a equipe de pro-
fessores assistentes no Curso de Letras Mediado por Tecnologia,
para orientar 27 estudantes em seus estágios nas escolas, nos tra-
balhos de conclusão e organizar Semana de Letras. Na volta para
a capital, em escolas do Fundamental e Médio, a grande lição é
trabalhar um pouco a cada dia, incentivando os estudantes às prá-
ticas da leitura, dos métodos de estudo e do amor à educação.

457. 457
LINGUAGENS NO ENSINO MÉDIO: INTERPRETAÇÃO E
ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA NO GÊNERO HISTÓRIA
EM QUADRINHOS
Escola Estadual Homero de Miranda Leão
Ensino Médio – 1.ª série
Josiane Pacheco Veloso
[email protected]
Introdução – Os estudantes das escolas públicas ainda enfren-
tam muitas dificuldades quanto ao ensino da Língua Portuguesa, e
esses problemas ocorrem por inúmeros fatores, dentre os quais se po-
dem destacar: os pedagógicos e psicológicos, que são conhecidos,
muitas vezes, porém não são levados a sério pelos educadores, que,
geralmente, rotulam seus estudantes como impotentes, quando, na
verdade, eles devem criar condições para que a relação entre am-
bos ocorra de forma prazerosa, assim, dando-lhes a oportunidade de
aprender tanto quanto sua capacidade permitir. Com isso, defendo
que tanto as crianças do Ensino Fundamental quanto os adolescentes
do Ensino Médio devem estar preparados para as multiplataformas e
multilinguagens do mundo contemporâneo. Ao fazer um breve es-
tudo, verifiquei que as tirinhas possuem a vantagem de unir diversas
áreas do conhecimento, e, por isso, são ideais para serem abordadas
em sala de aula. Objetivo – Apresentar os quadrinhos das tirinhas aos
estudantes; anotar as sugestões da turma sobre o que poderia resul-
tar e desvendar junto com eles os aspectos de humor apresentados
e questionamentos com base nos conteúdos de Língua Portuguesa
estudados em sala, embasados nas partes que envolvem a gramática
normativa como: análise morfossintática, pontuação, interpretação
de texto, semântica e estilística. Materiais e Método – Tratou-se, pri-

458. 458
meiramente, de buscar estudantes que tinham apreço pelo gênero
textual História em Quadrinhos, em março de 2021, para que pu-
desse ser feito uma seleção das tirinhas mais interessantes abordadas
no livro didático. Logo após, nas aulas remotas por conta da pande-
mia, adaptamos o ensino remoto ao tecnológico, a fim de podermos
trabalhar os conteúdos de Linguagens dentro do gênero textual. Ao
iniciar o ensino híbrido em junho de 2021, buscamos novas formas
de trabalharmos a sequência didática com base no projeto, conforme
a proposta pedagógica do Ensino Médio e metodologias pertinentes
à aprendizagem. Então, na 1.ª etapa foi feita uma roda de conversa
virtual, pelo aplicativo Google Meet, com cada representante de tur-
ma sobre a aplicação da metodologia para o ensino de linguagens
(Figura 1). A 2.ª etapa foi a criação das aulas remotas e a abordagem
de temas em tirinhas, promovendo a interpretação, tipo de linguagem
e análise morfossintática de falas e orações descritas no gênero. A 3.ª
etapa, com o retorno das aulas de forma híbrida, demos a continua-
ção das análises, agora com o uso de projetor (Datashow) e computa-
dor. Resultados – Em um mundo multiplataforma, o gênero que une
linguagens verbal e não verbal nunca fez tanto sentido na escola. Esse
caráter popular do gênero traz uma dúvida: a tirinha tem lugar na sala
de aula? Especialistas da área de linguagem defendem que sim. “Pre-
cisamos preparar as crianças e adolescentes para as multiplataformas
e multilinguagens do mundo contemporâneo. A tirinha une perfeita-
mente esses fatores e é um gênero textual que deve ter seu lugar nas
aulas”, explica a formadora de professores de Língua Portuguesa He-
loísa Ramos. A partir do projeto envolvendo História em quadrinhos
na sala de aula, direcionado à promoção de atividades de leitura e
compreensão de tirinhas, com estudantes de 1.ª série do Ensino Mé-
dio da Escola Estadual Homero de Miranda Leão, foi promovido o uso
e reflexão do gênero textual em estudo por meio de exercícios inter-
pretativos de múltipla escolha, exposição oral e produção textual (ati-
vidade do livro didático de múltipla escolha e atividade de produção
escrita em tirinha). No decorrer das aulas, salientamos os possíveis
saberes (linguísticos, enciclopédicos e interacionais), mobilizados

459. 459
pelos estudantes durante o processamento do texto, destacando os
elementos que promoveriam o sucesso ou insucesso desses sujeitos
nas atividades de leitura e compreensão da tirinha proposta. Conclu-
sões – Foi constatado que esses saberes estão sempre articulados para
a construção de sentido do texto em tirinhas (linguagem verbal, não
verbal e mista), não podendo ser estudados isoladamente, pois, ape-
sar das tentativas de análises individuais dos conhecimentos, houve a
necessidade de interagir com outro para entender a possibilidade de
interpretação atribuída pelo estudante ao texto trabalhado (Figura 2).
Palavras-chave: Gênero, História em Quadrinho, Linguagens.
Figura 1 – Estudantes participando da aula remota e
fazendo análise das tirinhas.
Figura 2 – Aula de Análise sintática por meio de exemplos em imagens
(linguagem não verbal dos Cartuns) e debate discursivo sobre o conteúdo.

460. 460
REFERÊNCIAS
COSSON, R. Letramento Literário: teoria e prática. São Paulo:
contexto, 2019.
KOCK, I.; ELIAS, V. M. Ler e Compreender os sentidos do texto.
São Paulo: contexto. 216 p. 2006.
SOBRE A AUTORA
Josiane Pacheco Veloso nasceu em 12 de
fevereiro de 1988, na cidade de Novo
Airão – Amazonas. É formada em Letras
e pós-graduada em Gramática e Literatu-
ra. Casada e mãe de Theo Carvalho, 5
anos. Filha de agricultores, nascida e
criada em Novo Airão, interior do Ama-
zonas. Veio para Manaus em 2007, logo
após concluir o Ensino Médio na cidade onde nasceu, a fim de
ingressar na universidade. Iniciou a docência na rede particular,
ministrando aulas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamen-
tal e Ensino Técnico. Há dois anos, ingressou na Seduc, dedican-
do-se a estudantes do Ensino Médio, além de preparar jovens para
vestibulares e concursos.

461. 461
A LEITURA NO CONTEXTO DO NOVO ENSINO MÉDIO
EM UMA ESCOLA PÚBLICA DE MANAUS
Escola Estadual Sant’Ana
Ensino Médio – 1.ª série
Priscila Soares Lima
[email protected]
Introdução – O projeto foi desenvolvido em duas turmas do
primeiro ano na Escola Estadual Sant’Ana, localizada na área urba-
na de Manaus, com matrícula de estudantes brasileiros, estrangei-
ros e deficientes. Ressalta-se a participação de um estudante cego
e um estrangeiro no projeto, enriquecendo as trocas de experiên-
cias culturais, ao mesmo tempo que foi possível a realização da
educação inclusiva. Neste projeto, implementou-se o “Clube do
Livro”, que foi escolhido para compor as ações do Novo Ensino
Médio. Justificou-se a implementação do “Clube do Livro”, devido
a importância da leitura e de se colocar o estudante como protago-
nista no processo de construção da sua aprendizagem. O projeto
foi executado em três fases: planejamento, implementação e ava-
liação. Empregou-se a teoria da Sequência Básica de Letramento
Literário, “constituída por quatro passos: motivação, introdução,
leitura e interpretação” (COSSON, 2019). Compreende-se a lei-
tura a partir da concepção de interação autor-texto-leitor na qual
ela passa a ser uma “atividade interativa altamente complexa de
produção de sentidos” (KOCK; ELIAS, 2006), de forma a propiciar
a construção de um leitor crítico. Assim, com base na necessidade
de formar leitores críticos e de integrar o ensino aos interesses dos
estudantes e às demandas contemporâneas resolveu-se desenvol-
ver o projeto mesmo de forma on-line. Objetivo – Oportunizar aos

462. 462
estudantes um momento de leitura, reduzir o abandono escolar,
ampliar as habilidades e competências e subsidiar a discussão de
uma identidade de projetos na escola. Materiais e Método – O
aporte metodológico, nesta pesquisa, foi o método qualitativo, de-
vido ao seu caráter descritivo e à proximidade dos pesquisadores
com o objeto: o ‘Clube do Livro’. Os dados foram coletados a par-
tir da técnica da observação participante pela “qual se chega ao
conhecimento da vida de um grupo a partir do interior dele mes-
mo” (GIL, 2008). O eixo teórico do projeto centrou-se na teoria de
letramento literário de Cosson (2019). Resultados – A partir da ob-
servação participante, obteve-se os dados das ações realizadas nas
três fases do projeto. Na primeira fase realizou-se três encontros
virtuais de planejamento, quando se realizou: a pesquisa biblio-
gráfica; escolha de quatro obras; produção de vídeos explicativos
(compartilhados nos grupos das turmas); abertura de votação no
Google Classroom para escolha do livro a ser lido, sendo escolhi-
do, com 49% dos votos, o livro “Três coisas sobre você”; elabo-
ração das aulas de motivação, introdução, leitura e interpretação
e seleção dos temas, “Bullyng” e o preconceito, da realidade dos
estudantes para relacionarmos com a obra. Na segunda fase, exe-
cutou-se, em cinco encontros virtuais, as etapas de motivação, in-
trodução, leitura e interpretação. Na etapa “Motivação” mandou-
-se mensagem anônima para todos os estudantes participantes. O
texto enviado foi: “Oiii, tô te observando na escola já faz um tem-
po, desde o começo do ano te achei super interessante, mas vc pa-
receu não me notar, agora criei coragem pra mandar msg podemos
conversar por aqui?”. Essa mensagem foi enviada pelo WhatsApp
para simular a mesma situação vivida pela protagonista do livro. O
texto foi elaborado da forma que os jovens conversam entre si. Na
etapa de introdução, foi feita explanação a respeito do autor e da
obra. Em quatro aulas foi feita a leitura e interpretação de alguns
capítulos do livro. Além disso, os estudantes também realizaram
exercícios on-line, por meio do aplicativo Google Forms, com per-
guntas interpretativas de questões implícitas e explícitas, nos quais

463. 463
deviam ainda fazer sínteses, pesquisar vocábulos desconhecidos,
transcrever passagens e relacioná-las com sua vida. Na fase de
avaliação foi feito: o compartilhamento dos resultados da ativida-
de com os estudantes; a discussão com os professores da escola,
com o gestor e a pedagoga, conforme evidenciado pela Figura 1,
na ocasião, uma estudante afirmou que não se considerava leitora,
mas que passou a gostar de ler após passar pela atividade, assim
como muitos estudantes consideraram interessante a atividade. O
gestor considerou o projeto positivo, pois ajudou alguns estudan-
tes a mudarem sua concepção de leitura. Também aplicamos uma
avaliação de leitura presencial (Figura 2). Por fim, realizamos um
encontro presencial para avaliar o “Clube do Livro”. Evidencia-se
que 20 estudantes obtiveram um aproveitamento igual ou supe-
rior a 50% da avaliação, enquanto que 16 estudantes tiveram um
aproveitamento inferior a cinco pontos na avaliação. Percebendo-
-se uma relação proporcional entre os estudantes que participa-
ram das atividades virtuais e os que conseguiram ter um melhor
aproveitamento na avaliação presencial. A atividade de motivação
realmente garantiu mais entusiasmo na leitura, conforme defendi-
do por Cosson (2019), considerou-se positiva o uso da teoria de le-
tramento literário. O relato da estudante que passou a ter interessar
em ler, devido a temática do livro corrobora com Brasil (2018) que
defende a importância da conexão entre o interesse do estudante
e o conhecimento escolar e confirma os achados de Silva et al.
(2020) de que um clube do livro pode ampliar “o envolvimento
dos estudantes com os livros”. Conclusões – O “Clube do Livro”
auxiliou no desenvolvimento das habilidades e competências lei-
toras dos participantes, posto que eles tiveram melhor aproveita-
mento na avaliação, propiciou a autonomia, oportunizou a refle-
xão de temas de interesse dos estudantes, favoreceu a redução da
evasão escolar, promoveu a educação inclusiva, social e cultural,
gerando um impacto socioeducativo positivo, possibilitou a inicia-
ção científica das bolsistas do projeto e subsidiou a discussão com
o corpo docente sobre a construção de uma identidade de projetos

464. 464
da escola, auxiliando a comunidade a avaliar e reformular suas
ações para o ano de implementação do Novo Ensino Médio, com
vistas a se consolidar como uma “Escola Reflexiva” que constrói o
seu próprio projeto educativo.
Palavras-chave: Leitura, Clube do Livro, Novo Ensino Médio.
Figura 1 – Reunião de compartilhamento.Figura 2 – aplicação da avaliação
presencial.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Guia de Implementação do Novo Ensino Médio. 2018.
Disponível em<https://anec.org.br/wp-content/uploads/2021/04/
Guia-de-implantacao-do-Novo-Ensino-Medio.pdf>. Acesso em 23
jul., 2021.
COSSON, R. Letramento literário: teoria e prática. São Paulo:
Contexto, 2019.

465. 465
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 2008. Dispo-
nível em <https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-
-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-depesquisa-social.pdf> Acesso em 20
jul 2021.
KOCK, I.; ELIAS, V. M. Ler e compreender os sentidos do texto.
São Paulo: contexto. 216 p. 2006.
SILVA, L. R. de B.; BARBOSA, E. A. A.; ALMEIDA, A. L. G. da R.;
GOMES, G. T. C. Clube do livro: Incentivo à leitura para estudan-
tes em vulnerabilidade socioeconômica durante a pandemia de
Covid-19. VII Conedu. 2020. Disponível em <https://editorareali-
ze.com.br/artigo/visualizar/68161>. Acesso em 20 jul., 21.
SOBRE A AUTORA
Priscila Soares Lima é Mestre em Gestão
e Avaliação da Educação Pública na
Universidade Federal de Juiz de Fora, li-
cenciada em Letras pela Universidade
do Estado do Amazonas (2010) e em
Ciências Biológicas pela Universidade
Federal do Amazonas (2012). Realizou
Iniciação Científica no Instituto Nacio-
nal de Pesquisas da Amazônia – Inpa, foi supervisora do programa
Pibic/UEA. Atualmente, é professora efetiva na Secretaria de Edu-
cação do Estado do Amazonas, lecionando Língua Portuguesa.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
– Fapeam pela concessão de bolsas de estudo no âmbito do Pro-

466. 466
grama Ciência na Escola, à Secretaria de Desenvolvimento Econô-
mico, Ciência, Tecnologia e Inovação e ao Governo do Estado do
Amazonas pelo apoio financeiro. À família que sempre deu apoio
nesse caminho de dedicação ao estudo e pesquisa na área da edu-
cação e a Deus pela saúde nesse momento tão difícil da pandemia
da Covid-19, em que mais de 550 mil vidas foram perdidas.

467. 467
PROJETO AMAZONE-SE
Escola Estadual de Tempo Integral Marcantônio
Vilaça II – 2.º CMPM
Ensino Médio – 3.ª série
José Carlos Ferreira dos Santos
[email protected]
Introdução – O “Projeto Amazone-se” é uma excursão reali-
zada anualmente, que tem por base o aprofundamento dos estudos
de História, Filosofia, Geografia e todas as matérias de Ciências Hu-
manas, envolvendo a Cultura Local e A Sociedade da Borracha. O
projeto foi iniciado em 2017, sua importância tem difundido o co-
nhecimento local de nossa cultura, das nossas características étnicas
e de toda riqueza que existe em nosso Estado. Objetivo – Frequentar
uma excursão, realizar anotações e aprofundamentos sobre o perío-
do da Sociedade da Borracha e os conhecimentos da cultura local,
levando os estudantes a terem melhor aprendizado nas Ciências
Humanas quando tratamos de Amazonas. Materiais e Método – Ida
ao Museu do Seringal e ao Povo Indígena Dessana Tukana (Figuras
1 e 2). Ônibus e translado inicial realizado pelo próprio colégio.
Na chegada ao flutuante, situado no afluente do igarapé do Tarumã
Mirim na Zona Rural de Manaus, os estudantes juntos do professor
responsável e do apoio do corpo de estudantes do colégio realizam
o translado em uma canoa-táxi até os locais. Os estudantes também
seguem com apoio alimentício da cantina do colégio. Chegando
aos locais, os estudantes anotam as informações da aula-palestra no
Museu do Seringal, responsável pelos colaboradores da Secretaria
de Cultura do Estado do Amazonas. Resultados – Houve um grande
despertar para a cultura amazonense nos jovens do Ensino Médio

468. 468
como nunca houve em nosso Colégio, despertando o interesse até
de outros colégios públicos e também particulares. O Projeto Ama-
zone-se se tornou um referencial de projeto para o Ensino Médio
e Fundamental no Estado do Amazonas, e é de conhecimento ele-
mentar para um estudante da rede básica de ensino a culturalidade
e a riqueza que o nosso estado possui. Também houve ganhos nas
áreas de Ciências Humanas e da cultura local, preparando os estu-
dantes ainda mais para os vestibulares e para os melhores desem-
penhos do Enem (2019) de todos os colégios públicos do Estado do
Amazonas. Conclusões – Muitos de nossos jovens tiveram o contato
com um povo indígena pela primeira vez, de igual modo, também
muitos professores e outros colaboradores. A riqueza antropológi-
ca foi ímpar, tanto para os estudantes quanto para os professores,
ambos ficaram encantados com a quantidade de conhecimento ad-
quirido em um curto espaço de tempo. Houve muitas produções
científicas, solicitadas ao longo da excursão e da disciplina ministra-
da. Os conhecimentos de um povo indígena e da sociedade da bor-
racha elevaram o conhecimento dos estudantes em humanidade,
corroborando para excelentes desempenhos em vestibulares.
Palavras-chave: Projeto Amazone-se, Dessana Tukana, Povos
Indígenas.
Figura 1 – Local do povo indígena
Dessana Tukana.
Figura 2 – Local do Museu do Seringal.

469. 469
REFERÊNCIAS
SAS (Sistema Ari de Sá) – História Livro 1, Capítulo 5 – A Socie-
dade da Borracha. HELD, David. Modelos de democracia. Belo
Horizonte, Paidéia, 1987, pp. 13-33.
FIGUEIREDO, Aguinaldo. História do Amazonas. Amazonas: Va-
ler, 2011 WEBER, Max. Economia e Sociedade, volume 1, pp. 33-
34 e volume 2, pp. 187-193, Brasília, Ed. UnB, 1999.
SOBRE O AUTOR
José Carlos Ferreira dos Santos nasceu
em 28 de outubro de 1990, na cidade de
Manaus. Professor de Filosofia no Colé-
gio Militar da Polícia Militar Marcantô-
nio Vilaça 2 (CMPM 2) há seis anos. For-
mado em Licenciatura Plena em Filosofia
pela Ufam, pós-graduando em Filosofia
Clínica pelo Instituto Packter e também
discente do curso de Psicologia.

471. 471
ANÁLISE ESPACIAL DA HIDROGRAFIA DE
MANAUS POR MEIO DE GEOTECNOLOGIAS
COMO INSTRUMENTO DE AUXÍLIO NO ENSINO DE
GEOGRAFIA
Escola Estadual Manuel Rodrigues de Souza
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Flávio Teixeira Lima
[email protected]
Introdução – Este trabalho é fruto do Programa Ciência na
Escola 2019, Edital n.º 003/2019, uma parceria entre Fapeam, Se-
duc-AM, Governo do Estado do Amazonas e Semed-Manaus. Teve
o foco centrado na integração entre ensino e pesquisa para poder
conhecer o espaço geográfico, observar, entender a sua dinâmica
e analisar os componentes que se inter-relacionam para modificá-
-lo. A água é um componente fundamental para todos os seres vi-
vos. Segundo Rebouças (2004), grandes civilizações nasceram e se
desenvolveram em locais com abundância de água. Configuran-
do, assim, como substância essencial ao desenvolvimento social e
econômico. De acordo com Hirata (2008), apenas 2,5% de água
de nosso planeta é doce, porém, estão distribuídos irregularmente.
Objetivo – Realizar a caracterização geoespacial da hidrografia de
Manaus, por meio de geotecnologias, da aliança entre ensino e
pesquisa como instrumento de inteligência geoespacial (habilida-
des geográficas e cartográficas). Materiais e Método – De acordo
com Fitz (2008), as geotecnologias são ferramentas tecnológicas
que proporcionam a coleta, o armazenamento, o processamento,
a análise de produtos com referências geográficas. Sua representa-
ção é feita principalmente pelo Sistema de Informação Geográfica

472. 472
– SIG, Sensoriamento Remoto – SR. Foram utilizados softwares de
geoprocessamento como QGIS, ArcMap 10.2 e Google Earth Pro.
Na realização da pesquisa, utilizou-se imagens orbitais da missão
SRTM (Shuttle Radar Topography Mission (SRTM)) para produção
de Modelo Digital de Elevação – MDE, imagens de satélite da pla-
taforma Bing Maps. A primeira parte do trabalho envolveu a qua-
lificação dos estudantes bolsistas, por meio de seminários, sobre
o tema geotecnologias. Em seguida foi feito o processamento de
imagens, no qual os estudantes bolsistas, juntamente com o coor-
denador, produziram a parte cartográfica para a representação de
aspectos hidrográficos de Manaus, como por exemplo, criação de
rede de drenagem e delimitação de bacias hidrográficas (shapefile
dos cursos de água da zona urbana) e análise espacial, por meio
de imagens do Google Earth Pro e base Bing Maps para melhorar
a representação de igarapés ou outros corpos líquidos. Resultados
– O projeto proporcionou grande avanço para estudantes e profes-
sores. A realização do minicurso (Figura 1) pelo seminário, com
a temática hidrografia e geotecnologias, apresentou ferramentas
tecnológicas e procedimentos de tratamento de dados e transfor-
mação deles em informações. Os estudantes bolsistas do projeto
ainda participaram de um congresso internacional Amazon Tall
Tower Observatory-ATTO 2019 ou Observatório de Torre Alta da
Amazônia, um importante intercâmbio científico, porque estavam
presentes grandes pesquisadores sobre clima, floresta e hidrolo-
gia na Amazônia. Os estudantes puderam assistir palestras sobre a
importância do desenvolvimento científico na região Amazônica
e conhecer pesquisadores de outras instituições nacionais e inter-
nacionais como a USP e Max-Planck da Alemanha. A participação
no evento trouxe grande motivação para os bolsistas, no sentido de
mostrar-lhes quanto devemos nos dedicar nos estudos para poder
contribuir cada vez mais dentro da nossa sociedade. Além da par-
ticipação, o projeto também contemplou resultados cartográficos,
como mapas de bacias hidrográficas e outros, como mostra a Figu-
ra 2. O mapa das bacias hidrográficas foi obtido a partir do arquivo

473. 473
shapefile, cedido pela Prefeitura de Manaus (Semed). Conclusões
– O projeto de pesquisa foi de fundamental importância para a
difusão de conhecimentos e metodologias inclusivas no processo
de ensino e aprendizado na disciplina de Geografia. Criando opor-
tunidades para que o estudante possa observar, analisar e com-
preender a importância da hidrografia para todos nós, além ainda,
de poder conhecer ferramentas tecnológicas. Porém, ainda falta
muito na parte da infraestrutura das escolas para que elas possam
garantir o acesso dos estudantes às ferramentas tecnológicas.
Palavras-chave: Geoprocessamento, Hidrografia, Geografia.
Figura 1 – Seminário com a temática
hidrografia e geotecnologias no auditório
da escola Manuel Rodrigues de Souza.
Figura 2 – Bacias Hidrográfica de
Manaus.
REFERÊNCIAS
AMAZONAS. Proposta Curricular de Geografia para o Ensino
Médio. – Manaus: Seduc – Secretaria de Estado de Educação e
Qualidade do Ensino, 2012.
FITZ, P. R. Geoprocessamento sem complicação. São Paulo: Ofici-
na de Textos, “https://ebooks.ofitexto.com.br/epubreader/geopro-
cessamento-sem-complicao, 2008.

474. 474
HIRATA, R. Recursos Hídricos. In: TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C.
M. Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
cap. 20, p. 421- 444, 2008.
REBOUÇAS, A. R. Uso inteligente da água. São Paulo. Escrituras,
2004.
SOBRE O AUTOR
Flávio Teixeira Lima nasceu em 7 de
maio de 1982, na cidade de Parnarama-
-MA, e formou-se em 2009 em Licencia-
tura Plena em Geografia pela Universi-
dade Estadual do Maranhão – Uema.
Possui mestrado em Engenharia de Re-
cursos da Amazônia, concluído em
2015, pela Universidade Federal do
Amazonas – Ufam. É professor de Geografia do Ensino Básico,
iniciando suas atividades em 2010 pela Secretaria de Estado e Edu-
cação – Seduc-AM até 2011. Em 2013, entrou para a Secretaria de
Educação e Qualidade do Ensino do Amazonas – Seduc-AM. Atua
no Ensino Fundamental e Médio, possui ampla experiencia na uti-
lização de geotecnologias empregadas no ensino de Geografia, o
que lhe garantiu seis aprovações de Projetos Ciência na Escola –
PCE, junta a Fapeam.

475. 475
O ESTUDANTE COMO PROTAGONISTA EM SEU
PROCESSO AVALIATIVO NO ENSINO DA MATEMÁTICA
Escola Estadual de Tempo Integral Professor
Garcitylzo do Lago e Silva
Ensino Médio – 2.ª série
Joilson Alves Lopes
[email protected]
Introdução – O ensino, de uma forma geral, tem passado
por grandes e drásticas mudanças no contexto emergencial tra-
zido pela pandemia causada pelo novo coronavírus (SarsCov2).
Com o ensino da Matemática não tem sido diferente, uma vez
que, mesmo numa atuação presencial, o processo ensino-apren-
dizagem desse Componente Curricular já apresenta uma série de
desafios (MARQUES; ESQUINCALHA, 2020). Apesar do caráter
emergencial devido à crise sanitária anteriormente citada, é pre-
ciso reconhecer que é nesse cenário que surgem propostas/alter-
nativas de estratégias metodológicas inovadoras no contexto edu-
cacional, possibilitando, então, que a capacidade inovadora do
professor seja colocada em prática de forma a adequar-se à nova
realidade. É nesse cenário, de isolamento social e ensino remoto,
que as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) surgem
como ferramentas fundamentais para viabilizar e dar continuidade
às atividades escolares e, além disso, desempenhar papel funda-
mental no processo ensino-aprendizagem (FERREIRA, 2011). Ob-
jetivo – Apresentar e divulgar o desenvolvimento de uma atividade
pedagógica inovadora, que possibilita a atuação do estudante por
meio do protagonismo jovem no processo avaliativo no ensino da
Matemática. Materiais e Método – A atividade pedagógica aqui

476. 476
apresentada foi desenvolvida dentro do Componente Curricular
Matemática e teve como público alvo estudantes da 2.ª série do
Ensino Médio regular da Eeti Prof. Garcitylzo do Lago e Silva. A
estratégia foi desenvolvida no âmbito do ensino remoto e surgiu
como uma possibilidade de aperfeiçoar o processo avaliativo du-
rante esse período, fazendo uso, para isso, de Tecnologias da In-
formação e Comunicação (TIC’s). A atividade consistiu em aplicar
uma avaliação aos estudantes, elaborada em formato digital, por
meio do uso de formulário virtual, de postagem nas turmas virtuais
da 2.ª série do Ensino Médio, na qual os estudantes deveriam es-
colher, inicialmente, entre dois tipos de avaliação, a saber: opção
1 – uma avaliação com questões objetivas de múltipla escolha e
opção 2 – uma avaliação com apenas uma questão discursiva. Re-
sultados – Um total de 72 estudantes da 2.ª série do Ensino Mé-
dio Regular participou da atividade desenvolvida, sendo o índice
de participação dos estudantes por turma apresentado na Figura
1. Com relação ao índice de escolha feita pelos estudantes en-
tre as opções de avaliação propostas, foi possível perceber que a
maioria, especificamente 68 (94,4%) dos estudantes escolheram
a opção 1 (avaliação com questões objetivas de múltipla esco-
lha), enquanto que, apenas 4 (5,6%) dos estudantes, optaram pela
opção 2 (avaliação com apenas uma questão discursiva). A dis-
tribuição de pontuação dos estudantes, de forma geral, ou seja,
independentemente do tipo de avaliação escolhida, é apresentada
na Figura 2, que mostra que, numa pontuação de 0 a 10, a média
se manteve em sete pontos, além de mostrar, tanto a ocorrência
de pontuações máximas (16/72) quanto a ocorrência de pontua-
ções mínimas (12/72). É possível perceber, a partir dos resultados
apresentados, que os estudantes foram participativos, apesar das
dificuldades de acesso à TIC’s existentes, fazendo uso e assumindo
seu protagonismo no seu processo avaliativo. Foi possível perceber
também que, no ensino da Matemática, os estudantes participan-
tes da ação aqui apresentada mostraram preferência por atividades
avaliativas de natureza objetiva. Além disso, é importante ressaltar

477. 477
que atividades dessa natureza possibilitam a exploração de dife-
rentes habilidades, pois apresentam possibilidades aos estudantes
e permitem a exploração das inteligências múltiplas. Conclusões –
Diante do que foi apresentado pode-se afirmar que se faz necessá-
rio, e é possível, o desenvolvimento de estratégias metodológicas
que possibilitem a atuação dos estudantes, de forma tal que esses
atores assumam seu protagonismo, e percebam a importância de
sua função dentro do seu próprio percurso formativo. Dessa forma,
a estratégia metodológica aqui apresentada surge, tanto como uma
proposta/alternativa para esse fim quanto como uma proposta/al-
ternativa que possibilite o uso de TIC’s no ensino da Matemática.
Palavras-chave: Ensino da Matemática, Tecnologias de Informa-
ção, Comunicação.
Figura 1 – Índice de participação dos
estudantes por turma.
Figura 2 – Distribuição da pontuação
entre os estudantes participantes da
atividade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. A área de Matemática e suas Tecnologias. In: Base Nacio-
nal Comum Curricular: a etapa do Ensino Médio. Ministério da
Educação, Conselho Nacional de Educação, Brasília, 2018.

478. 478
FERREIRA, J. R. P. A tecnologia como fonte de inovação no ensino
da Matemática. Dissertação (mestrado em Educação), Universida-
de de Lisboa, Lisboa, 2011.
MARQUES, P. P. M. R.; ESQUINCALHA, A. C. Desafios de se ensi-
nar Matemática remotamente: os impactos da pandemia Covid-19
na rotina de professores. IX Seminário de Pesquisa em Educação
Matemática – SPEM, Rio de Janeiro, Ed. Virtual, 2020.
SOBRE O AUTOR
Joilson Alves Lopes nasceu em 2 de ja-
neiro de 1987, na cidade de Barra do
Corda-MA, aos sete anos de idade mu-
dou-se com sua família para São Luiz-
-RR, traçando sua carreira estudantil,
desde o Ensino Fundamental até sua for-
mação, em 2009, em Licenciatura Plena
em Matemática, na Universidade Esta-
dual de Roraima (UERR). Atuou como professor no Estado de Ro-
raima, no ano de 2011. Professor de Matemática no Estado do
Amazonas desde 2012, onde, desde 2014 ministra aulas no Ceti
Professor Garcitylzo do Lago e Silva, a partir de 2021 atua, tam-
bém, no Ceti como coordenador de Exatas.

479. 479
LABORATÓRIO EM CASA: UMA PROPOSTA DE
IMPLEMENTAÇÃO INOVADORA PARA O ENSINO
DE BIOLOGIA
Escola Estadual Nathália Uchôa
Ensino Médio – 2.ª série
Grace de Lourdes Cardoso
[email protected]
Introdução – A pandemia causada pelo novo coronavírus
(SARS-CoV-2) assolou o mundo no início de 2020 e trouxe significa-
tivo impacto na sociedade. No Brasil, o sistema educacional merece
destaque, uma vez que, em função dessa pandemia, o direito à edu-
cação tem sido abruptamente privado dos estudantes em seus mais
diversos níveis de ensino (DE OLIVEIRA et al., 2020). Nesta nova
conjuntura, no Ensino Médio a aula ocorre de forma síncrona e as-
síncrona (MOREIRA, 2020). No entanto, mesmo sendo necessário,
em caráter emergencial, o ensino remoto pode apresentar efeitos
limitados como o acesso à Internet e a desmotivação dos estudantes
(DE OLIVEIRA et al., 2020). Isto exige novas estratégias de ensino
principalmente quando se trata da ministração de disciplinas como
a Biologia, que abrange observações de fenômenos naturais. Porém,
devido às restrições de acesso às dependências físicas da escola, o
contato com a experimentação foi execrado dos estudantes. Objeti-
vo – Utilizar o ambiente de casa para a realização de aulas práticas
de ensino em Biologia, de forma independente de um laboratório
convencional, durante o ensino remoto emergencial. Materiais e
Método – A pesquisa foi desenvolvida no período do dia 10/5/21
ao dia 18/6/21 em uma escola de Ensino Médio da rede estadual de
ensino, localizada no município de Manaus-AM, em parceria com

480. 480
graduandos finalistas da Universidade Federal do Amazonas – Ufam.
Os sujeitos dessa pesquisa foram 27 estudantes de três turmas do 2.º
ano do Ensino Médio (Turma 1, 2 e 3), matriculados na disciplina de
Biologia. Esta pesquisa teve uma abordagem qualitativa e quantitati-
va, no qual o instrumento para a coleta de dados se deu por meio da
aplicação de dois questionários eletrônicos por meio da ferramen-
ta Google Forms, além da disponibilização de material de apoio,
como roteiro das aulas práticas, vídeos tutoriais e outras orientações
repassadas via Google Classroom e Google Meet. O link de acesso
foi disponibilizado pelo aplicativo de mensagens WhatsApp e e-mail
particular. A primeira etapa se deu pela aula introdutória via Google
Meet e pela aplicação do questionário prévio para selecionar os
estudantes participantes e avaliar o conhecimento específico sobre
as temáticas ofertadas. A segunda etapa foi o acompanhamento do
processo prático via WhatsApp para a orientação e esclarecimento
de dúvidas. Após a conclusão das aulas práticas em casa, os produ-
tos gerados foram analisados. A última etapa se deu por uma segun-
da aula via Google Meet para discutir sobre cada prática, ao término
foi aplicado o questionário final para a avaliação da aprendizagem.
Todos os dados, tanto do questionário prévio como do questionário
final foram catalogados e analisados para alinhar os resultados ob-
tidos. Resultados – O questionário prévio foi aplicado para os estu-
dantes, com a finalidade de averiguar a percepção dos participantes
a respeito das aulas e atividades remotas, em especial quanto às
principais dificuldades encontradas durante esse período (Figura 1).
Existe a prevalência daqueles que responderam que desconcentram
fácil, 23 estudantes (71,9%), seguidos por 11 estudantes (34,4%)
que relataram problemas com a Internet, (18,8%) e outros. Para con-
sultar a credibilidade da realização de aulas práticas em casa, foi
perguntado aos estudantes se eles achavam possível a realização de
tais atividades. Cada projeto apresentava sua particularidade meto-
dológica, bem como a adaptação de distintos materiais encontrados
no ambiente doméstico (Figura 2). Ficou evidente que na ausência
de condições laboratoriais e para não limitar a realização de aulas

481. 481
práticas, estas podem ser realizadas com materiais de baixo custo
ou materiais simples, que fazem parte do dia a dia dos estudantes,
e que não acarretam encargos significativos (LEITE, 2000). Esses da-
dos corroboram com o que ressalva Muniz et al. (2017), os autores
sustentam que os benefícios de aplicar alternativas de ensino em
períodos conturbados da vida do estudante faz com que ele consiga
compreender melhor a teoria por meio da prática, pois, durante a
atividade, ele vai se sentir motivado a entender como o experimento
acontece e, consequentemente, a visualização do assunto será mais
interessante e útil, afinal, a todo instante poderá cooperar para o seu
andamento, sentindo-se valorizado. Conclusões – Essa intervenção
frente a um cenário estagnado proporcionado pela crise sanitária se
mostrou viável e satisfatória na busca pelo resgate do entusiasmo
dos estudantes em participar e interagir durantes as aulas remotas do
ensino emergencial, por meio da execução de práticas adaptadas
às diferentes realidades, além de proporcionar uma vivência inova-
dora, inesquecível e necessária para a formação do conhecimento
científico e melhoria da qualidade do ensino.
Palavras-chave: Aulas Práticas em Casa, Adaptação Estratégica, En-
sino Alternativo, Biologia.
Figura 1 – Levantamento das dificuldades encontradas durante o ensino remoto.

482. 482
Figura 2 – Aulas práticas realizadas com materiais domésticos.
REFERÊNCIAS
DE OLIVEIRA, H. D.V.; De Souza, F.S. 2020. Do conteúdo progra-
mático ao sistema de avaliação: reflexões educacionais em tem-
pos de pandemia (Covid-19). Boletim de Conjuntura (BOCA), 2
(5), 15-24, 2020.
LEITE, L. As atividades laboratoriais e a avaliação das aprendiza-
gens dos estudantes. 2000.
MOREIRA, J. A. M.; HENRIQUES, S. B. D. Transitando de um en-
sino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em
tempos de pandemia. São Paulo, Dialogia, n.º 34, 351-364, 2020.
MUNIZ, E. K. G. G.; UJIKAWA, G. Y.; ALMEIDA, R. L. B.; SANTOS,
W. R. S.; ALMEIDA, S. M. A importância das aulas práticas no
ensino de Biologia: experiência nas aulas de citologia animal e
vegetal. IV CONEDU, João Pessoa, 2017.

483. 483
SOBRE A AUTORA
Grace de Lourdes Cardoso nasceu na ci-
dade de General Carneiro Sabará-MG.
Possui graduação em Ciências Biológi-
cas pela Universidade Federal de Uber-
lândia (1999) e mestrado em Ecologia e
Conservação de Recursos Naturais pela
Universidade Federal de Uberlândia
(2001), doutora em Diversidade Biológi-
ca pela Universidade Federal do Amazonas. Foi professora substi-
tuta da Universidade Federal do Amazonas, onde atuou como pro-
fessora na Educação a Distância em Ciências Biológicas. Tem
experiência na área de Ecologia, com ênfase em Ecologia Aplica-
da, atuando principalmente nos seguintes temas: comunicação
científica, cerrado, vereda, conferência, minicurso, ecologia vege-
tal e conservação. Atua no ensino de base pela Secretaria de Esta-
do de Educação (Seduc) há 19 anos e atualmente é professora na
Ulbra Manaus no curso de enfermagem.

485. 485
MODIFICAÇÃO DAS ESCAMAS DE PEIXES EM
BIOFIBRAS E BIOPOLÍMEROS APLICADOS EM
BIOPRODUTOS SUSTENTÁVEIS
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Galileu da Silva Pires
[email protected]
Introdução – Em Manacapuru, bem como em todos os mu-
nicípios do Amazonas, não se tem a cultura de reutilizar a es-
cama dos peixes. Esse material orgânico é descartado, em sua
maioria, no meio ambiente urbano, como feiras livres e pelas
indústrias que geralmente se localizam perto de rios e igarapés.
A necessidade do reaproveitamento das escamas de peixes como
alternativa na diminuição dos impactos ambientais e na geração
de renda para as famílias de baixa renda motivou a equipe de es-
tudantes na pesquisa desse trabalho. Objetivo – Criar um grupo
de estudantes do primeiro ano para a prática da iniciação cientí-
fica e para tornarem-se multiplicadores, valorizando a educação
das escolas públicas do interior do Amazonas, agravada pelas
imposições geográficas, tendo como primeiro trabalho científico
a reutilização das escamas de peixe, descartadas pelas indústrias
e feiras como matéria-prima para produção de fibras algodonosas
e biopolímeros, para serem aplicadas nas áreas da saúde como
bandagens de curativos em pacientes com diabetes, nas indús-
trias de embalagens e de filtros, como pesquisa inicial de sua
aplicabilidade como filtros de gases tóxicos e como bandagem
para curativos em paciente de diabetes. Materiais e Método –

486. 486
Os estudantes aplicaram as práticas laboratoriais das aluas de
Química e Biologia para desenvolverem a metodologia da pes-
quisa. 1 – Identificar os principais destinos dado às escamas em
Manacapuru. Foram identificadas todas as feiras e indústrias que
beneficiam o pescado em Manacapuru. Após esse mapeamen-
to, os estudantes escolheram as referidas, verificando as formas
de descarte e coletaram as escamas. Foram coletadas escamas
de várias espécies de peixes, devidamente identificadas e arma-
zenadas. Elas foram levadas ao laboratório da Escola Estadual
Nossa Senhora de Nazaré. 2 – Determinar um protocolo para
o processo de produção das fibras algodonosas. Todos os ma-
teriais coletados tiveram um pré-tratamento para tirar o excesso
de resíduos. As menores foram submetidas na etapa de obtenção
da hidroxiapatita (escamas de Tambaqui, Tucunaré e Piranha), foi
feita pelo emprego do tratamento térmico alcalino (Kongsri et
al. 2013), com algumas modificações. As maiores (escamas de
Aruanã e Pirarucu) foram submersos em solução de ácido clo-
rídrico e neutralização, pH igual a 7 e colocadas em solução
de hidróxido de sódio – NaOH 5% (m/v), por 24 horas, e após
a secagem processadas em um moinho de facas para obtenção
das Fibras Algodonosas como biocompósitos. As escamas foram
submetidas a dois processos para determinar a obtenção das fi-
bras e polímeros. O primeiro processo foi feito com as escamas
menores, para a obtenção de Biopolimeros e o segundo processo
com escamas maiores, para obtenção de Biofibras, proporcio-
nando a determinação dos protocolos (Figura 1). 3 – Avaliar os
biocompósitos obtidos em relação às suas propriedades quími-
cas, térmicas e morfológicas e suas aplicabilidades. Por meio da
técnica Brainstorming, determinou-se as formas de aplicabilida-
de dessas Biofibras e o Biopolimeros de Hidroxiapatita nas áreas
da saúde como bandagens curativas em pacientes diabéticos e
nas industriais de embalagens como Biocopos e Biocanudos e de
filtros para gases tóxicos. 4 – Estimar a aplicabilidade das Biofi-
bras Algodonosas e os impactos ambientais na cidade de Mana-

487. 487
capuru. As estimativas dos impactos ambientais das Biofibras Al-
godonosas e os Biopolimeros de Hidroxiapatita foram feitas por
meio de suas aplicabilidades na área da saúde e industrial pelo
direcionamento das escamas que são descartadas incorretamente
e direcionados na produção de manufaturados, possibilitando a
formação de cooperativas familiares beneficiadas com esse pro-
jeto (Figura 2). Resultados – Os resultados indicam que há maté-
ria-prima expressiva na cidade de Manacapuru e que podem ser
expandidas para outras localidades com logística pesqueira. Os
resultados, obtidos nos testes em laboratório e em campo, foram
satisfatórios e podem ser aplicados como Biocopos, Biocanudos,
Papel Exótico, Biofiltro para gases tóxicos e bandagens curativas,
material filtrante de gases, levando em corta a sua composição or-
gânica que facilita a decomposição rápida (Figura 3). Conclusões
– A transformação das escamas de peixe em Biofibras Algodono-
sas mostrou-se uma forma alternativa eficiente como Biofibras
Orgânicas, com aplicação futura em outra pesquisa destinada à
área da saúde e industrial, essas escamas em sua grande maioria
são descartadas nas vias públicas, contribuindo com o aumen-
to do lixo urbano e participando nas alterações climáticas. Este
trabalho também mostra o lado positivo da prática da iniciação
científica pelos resultados obtidos nas competições de trabalhos
científicos, desenvolvidas por estudantes, a exemplo do primeiro
lugar nacional da competição do Respostas para o Amanhã, uma
iniciativa da Samsung. Essa premiação vem motivando os estu-
dantes a acreditarem na educação. Devemos considerar a contri-
buição social deste trabalho relacionado à sustentabilidade.
Palavras-chave: Lixo Urbano, Escama de Peixe, Biofibras
Algodonosas.

488. 488
Figura 1 – Processo 1: produção de Biopolimeros. Processo 2: produção de Biofibras
Algodonosas. Etapa fundamental na determinação do protocolo de produção.
Figura 2 – Resultado final das Biofibras do processo 2 em Bandagens,
Biocopos, Biocanudos Papel Exótico e Biofiltros.
Figura 3 – Gráfico de relação do Tempo de Decomposição dos
Biofiltros de escamas de peixe.

489. 489
REFERÊNCIAS
KONGSRI, S.; AYUTTAYA, P. L.; YOOKHUM, S.; TECHA -
WONGSTEIN, S.; CHANTHAI, S. Characterization of Hydrox-
yapatite Nanoparticles from Fish Scale Waste and Its Adsorption
of Carotenoids, Asian Journal of Chemistry, v. 25, n.º 10, p.
5847-5850, 2013.
SOBRE O AUTOR
Galileu da Silva Pires nasceu na cida-
de de Manaus – AM, formado em En-
genharia Mecânica pela Utam e em
Licenciatura em Ciências Biológicas
pela UniNorte, mestre em Ecologia
pelo Instituto Nacional de Pesquisa da
Amazônia – Inpa. Tem ampla experiên-
cia na área de Biologia e Pesquisa Bio-
tecnológica, com premiações nacionais e regionais, por pesqui-
sas científicas com estudantes do Ensino Médio nos anos de
2014, 2016, 2018, 2019 e 2020, atualmente, é professor con-
cursado pela Secretaria de Estado de Educação e Desporto – Se-
duc/AM.
AGRADECIMENTOS
À equipe da E. E. Nossa Senhora de Nazaré, ao gestor Sa-
lomão Alencar, pelo apoio aos projetos, aos amigos professores:
Jesiane Spíndola, Alessandro Couto, José Victor Bezerra e Fernan-
do Coimbra, pela excelência da qualidade técnica, aos discen-
tes pesquisadores, por fazerem parte do projeto de pesquisa e a
todos os profissionais com suas contribuições dadas ao projeto.

490. 490
Agradeço aos órgãos de fomento da pesquisa pelas bolsas de es-
tudos: à Fapeam, à Sedecti, à Seduc, à Semed, ao Governo do
Estado do Amazonas por este projeto fazer parte do Programa
Ciência na Escola – PCE 2021.

491. 491
FESTIVAL DE MÚSICA COMO INSTRUMENTO
MOTIVADOR NO PROCESSO DE
ENSINO-APRENDIZAGEM
Escola Estadual Governador Melo e Póvoas
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Paulo Sérgio Medeiros de Jesus
[email protected]
Introdução – A ideia de abordar a música como ferramenta
no processo de ensino-aprendizagem surgiu como forma de moti-
var os estudantes a despertarem para a importância da Língua In-
glesa não apenas no espaço escolar, mas também para suas vidas
pós Ensino Básico. A prática musical estimula o desenvolvimento
da percepção auditiva melódica e harmônica (SONCINIF et al.,
2006), o que facilita seu desenvolvimento (ANVARI et al., 2002).
Com o intuito de integrar os estudantes e oportunizar os estudos
para além de regras gramaticais das limitações de leitura de textos,
motivando-os a desenvolver as habilidades de fala e de compreen-
são auditiva, tradicionalmente pouco trabalhadas dentro das es-
colas da rede pública do Ensino Fundamental e Médio. O festival
de música é motivacional, uma vez que a música contribui para a
formação do adolescente, a socialização, a possibilidade de poder
experimentar a língua alvo e sair da rotina livro-quadro. É capaz
de desenvolver os sentimentos, emoções, sensibilidade, intelecto,
raciocínio, motricidade e personalidade, além de estimular ele-
mentos de cultura. Objetivo – Promover, a partir da música em
Língua Inglesa, o aprendizado de forma lúdica de regras grama-
ticais, vocabulário, pronúncia, escrita, leitura e interpretação tex-
tual, integrando os estudantes na interdisciplinaridade, dando-lhes

492. 492
a oportunidade de expressão corporal, autonomia para escolher
qualquer que seja o gênero musical e desenvolver senso crítico,
tornando-se cada vez mais os protagonistas, promovendo assim a
permanência do estudante na escola. Materiais e Método – O ma-
terial utilizado foi uma caixa de som, um computador e as letras
das músicas para a realização dos ensaios num período de dois
meses (julho e agosto de 2019) envolvendo todos os estudantes
do Ensino Médio. O método utilizado nas aulas de Língua Inglesa,
que culmina com a organização do festival de música em Língua
Inglesa, exige um leque de abordagens que parte do Gramática e
Tradução, uma vez que os estudantes precisam fazer a tradução
da letra da música, pois eles precisam saber o que estão cantando.
Dessa forma eles adquirem mais vocabulário, fazem a interpreta-
ção do que está sendo transmitido na letra da canção, melhoram
a pronúncia, ritmo de fala e entonação. O Método da Gramática e
Tradução, mais conhecido como Método Tradicional, foi a manei-
ra encontrada para se trabalharem línguas clássicas como o grego
e o latim, ensinadas nas escolas, até meados do século XX (CHAS-
TAIN, 1988). Mas ainda hoje é indispensável. A outra abordagem
aplicada é o Método Áudio Lingual, que privilegia o desenvolvi-
mento das habilidades orais. Seus pressupostos teóricos baseiam-
-se nos princípios da linguística estrutural (FRIES, 1945) e da psi-
cologia comportamentalista. A língua é vista como um conjunto
de hábitos que se adquirem por meio de um processo mecânico
de estímulo – resposta. E também aplicado o TBL (Task Based Lear-
ning), que é a tarefa baseada no aprendizado. Analisa-se e discu-
te-se os elementos linguísticos que surgiram durante a realização
da tarefa; há também a prática das estruturas e a explicação das
mesmas, tendo resultado de um contexto já conhecido e natural
para os estudantes e não inventado (WILLIS; WILLIS, 2007) Após a
pesquisa para a tradução e conhecimento do vocabulário, é neces-
sário praticar o que foi aprendido. Resultados – Percebeu-se que,
com o festival de música em Língua Inglesa (Figura 1), os estudan-
tes despertaram para a importância e necessidade de se dominar

493. 493
o idioma inglês como língua franca e sua cultura e não somente
adquirir a língua para exames de vestibulares. A interdisciplina-
ridade se fez presente com as outras disciplinas e especialmente
com a disciplina de língua portuguesa uma vez que a nossa língua
mãe funciona como uma espécie de muletas para a língua alvo.
Conclusões – O resultado obtido com o Festival de Música como
instrumento motivador no processo de ensino-aprendizagem tem
sido transformador ao ponto de gerar nos estudantes o interesse
pela busca de aperfeiçoamento da Língua Inglesa dentro e fora
(cursos de idiomas) do ambiente escolar promovendo dessa forma
mais oportunidades para nossos atores no mercado de trabalho.
Palavras-chave: Festival de Música, Interdisciplinaridade, Aulas
Lúdicas, Importância do Inglês.
Figura 1 – Registros dos ensaios nos meses de julho e agosto e
Dia do Festival em setembro de 2019.
REFERÊNCIAS
ANVARI, S. H.; TRAINOR, L. J.; WOODSIDE, J.; LEVY, B. A. Re-
lations among musical skills, phonological processing, and Early
Reading ability in preschool children. Journal of Experimental
Child Psychology. Volume 83, Issue 2, p. 111-130, oct, 2002.

494. 494
CHASTAIN, K. Developing second language skills: Theory and
practice. (3rd ed.). Florida: Harcourt Brace Jovanovich. 1988.
FRIES, C. C. Teaching and Learning English as a Foreign Language.
Ann Arbor: University of Michigan Press, 1945.
SONCINI, F.; COSTA, M. J. Efeito da prática musical no reconhe-
cimento da fala no silêncio e no ruído. Pró-Fono Revista Atual
Científica, p. 161-70, 2006.
WILLIS, D.; WILLIS, J. Doing Task-based Teaching. Oxford: Oxford
University Press, 2007.
SOBRE O AUTOR
Paulo Sérgio Medeiros de Jesus, nascido
em 27 de Maio de 1971, na cidade de
Manaus-AM. Formado em Letras – Lín-
gua Inglesa – no ano de 2005 pelo Cen-
tro Universitário do Norte – UniNorte.
Atua como professor de Língua Inglesa
no Estado desde 2006. Começou no En-
sino Fundamental e nos últimos oito
anos vem trabalhando exclusivamente com o Ensino Médio na Es-
cola Estadual Governador Melo e Póvoas. Já passou por vários cur-
sos de idiomas em Manaus, e, em 2013, a Seduc juntamente com
a CAPES e Fullbright, proporcionou um intercâmbio nos Estados
Unidos de dois meses para aprofundar os conhecimentos em me-
todologia do ensino de Língua Inglesa e também aprimorar a fluên-
cia. Sempre trabalhando com música na língua alvo como um ins-
trumento motivacional, tem conseguido êxito especialmente nos
quesitos: interpretação textual, vocabulário e até mesmo
pronúncia.

495. 495
OFICINA INTERATIVA DE ENSINO MATEMÁTICO:
TEORIA E AÇÃO REFLEXIVA DA PRÁTICA
PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E
ADULTOS DA ESCOLA ESTADUAL MIRTES ROSAS
MENDES DE MENDONÇA LIMA
Escola Estadual Professora Mirtes Rosas Mendes de
Mendonça Lima – Itacoatiara/AM
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série – Educação de Jovens e
Adultos
Nora Ney de Lima dos Santos
[email protected]
Introdução – Apesar dos esforços dos educadores em trans-
mitir de forma coerente os conceitos de Matemática com aulas
expositivas; para muitos estudantes, a Matemática é uma disci-
plina sem atrativos. Pois, pelo fato da maioria deles ter dificul-
dades de aprendizagem do conceito, isso os leva a ter aversão
ao ensino da Matemática e, consequentemente, têm um bai-
xo rendimento escolar, ou até mesmo são reprovados. Diante
dessa problemática, buscou-se responder ao questionamento
central: “As oficinas interativas facilitam a aprendizagem em
Matemática, tornando menos impactantes para os estudantes
que as aulas puramente teóricas e os capacita como autôno-
mos na construção do seu conhecimento?”. Focou-se na auto-
nomia intelectual do discente em pesquisar e descobrir formas
de aprender a aprender o “gostar matemático”, entendendo
que a matemática é viva e presente em todas as etapas de sua
vida. Uma vez que estimulado de forma prazerosa, pode-se,
por curiosidade, necessidade e investigação, satisfatoriamente

496. 496
melhorar seu rendimento escolar e, consequentemente, seu re-
lacionamento com a disciplina de Matemática. E, dessa forma,
lucidar novas abordagens metodológicas para o ensino da Ma-
temática de forma dinâmica, resgatando o gosto pela discipli-
na nas etapas iniciais do Ensino Médio na educação de jovens
e adultos do turno noturno, principalmente para aqueles que
estão muito tempo longe de uma escola. Objetivo – Analisar
se oficinas interativas favorecem o aprendizado matemático de
forma mais eficiente em relação as aulas puramente teóricas na
educação de Jovens e Adultos da Escola Estadual Mirtes Rosas,
Itacoatiara-Am. Materiais e Método – Tratou-se de uma pesqui-
sa ação de cunho quantitativa com aplicação de questionário
fechado, que aconteceu no segundo semestre de 2019, envol-
vendo as turmas da primeira etapa 1 e 3. Ela foi aplicada a partir
de uma sequência didática, conforme a Proposta Pedagógica
Estadual para a Educação de Jovens e Adultos do Ensino Médio,
e levando em consideração o exposto acima, utilizou-se na me-
todologia desta pesquisa ação, de possível resolução coletiva,
pesquisadores e os participantes da situação-problema, foram
envolvidos de modo cooperativo ou participativo na resolução
do estudo e metodologia ativa de estações e rotação. No pri-
meiro mês, foi feita pesquisa bibliográfica sobre os conceitos
de matemáticos que mais impactavam os estudantes na apren-
dizagem da Matemática, organização das oficinas, seguido da
elaboração e aplicação do questionário fechado aos estudantes
da 1 etapa 1 e 3; No segundo e terceiro mês, foi feita a apre-
sentação do projeto à comunidade estudantil e a sistematiza-
ção dos assuntos matemáticos a serem aplicados nas oficinas
interativas, assim como organização e orientação do grupo de
estudantes que trabalharam durante o processo de intervenção
por oficinas midiáticas e concretas a partir da visão dos estu-
dantes envolvidos na pesquisa; No quarto e quinto mês, foram
realizadas as oficinas interativas, seguidas da coleta de dados
das turmas que participaram da oficina, no caso, 1 etapa 3,

497. 497
diretamente, e a outra turma indiretamente, pois as aulas fo-
ram puramente teóricas. E, por fim, aplicação dos questioná-
rios fechados, novamente a mesma turma, porém, dessa vez,
no enceramento das oficinas de forma concreta e midiática. No
quinto e sexto mês, foram tabulados estatisticamente os dados
coletados por meio dos questionários fechados aplicados an-
tes das oficinas e após as oficinas, como também observação
direta do envolvimento dos estudantes. Em seguida, foram ana-
lisados os resultados alcançados com o projeto e apresentados
como produto final dos estudantes em estudo, às turmas em
sala de aula no turno noturno, culminando com o encerramento
do projeto. Como também, elaboração dos relatórios finais dos
bolsistas e coordenador. Resultados – As oficinas oportuniza-
ram um aspecto qualitativo ao ensino da Matemática por sua
possibilidade lúdica e concreta, uma vez que foram confeccio-
nados jogos com materiais manipuláveis e baixado jogos mi-
diáticos para serem construídos e aplicados nas oficinas pelos
estudantes. Possibilitaram ainda a utilização de metodologias
ativas por estações e rotação, aumentando significativamente o
rendimento escolar bem acima das expectativas, respondendo
satisfatoriamente à pergunta central, uma vez que os bolsistas
juntamente com os estudantes inteiraram-se das metodologias
ativas, procuravam tirar suas dúvidas durante a construção dos
jogos e na apresentação aos estudantes, dedicavam atenção e
concentração ao executar o jogo. Também foi observado que é
possível aprender a aprender, pois os bolsistas analisaram o ren-
dimento do 1 semestre (Figura 1) e compararam ao segundo se-
mestre (1.º semestre: aprovação em Matemática apenas de 56%
e 2.º semestre: 99% de aprovação na turma aplicada a oficina,
enquanto a turma com aulas puramente teórica somente 76%
( Figura 2), constatou-se ainda que as metodologias ativas po-
tencializaram as oficinas interativas, devido sua flexibilização
em rotacionar durante as atividades desenvolvidas, assim como
durante as atividades colaborativas em grupo, estreitou laços de

498. 498
amizades entre alunado e docente. Evidenciando que o docente
de Matemática precisa conquistar seu espaço no meio do alu-
nado como um facilitador da aprendizagem com metodologias
ativas e diversificadas. Conclusões – Nas análises, as oficinas
interativas favoreceram o aprendizado matemático de forma
eficiente em relação às aulas puramente teóricas na educação
de Jovens e Adultos. Os objetivos foram alcançados, uma vez
que conseguimos promover aprendizagens de forma dinâmica
e ativa, nas quais o estudante pode participar e interagir du-
rante todo o processo de montagem dos trabalhos nas oficinas,
execução das pesquisas em portais de Internet via celular e,
principalmente, na apresentação de seus trabalhos aos colegas,
de forma lúdica e concreta, explicando e dinamizando a intera-
tividade entre colegas, favorecendo o protagonismo estudantil.
Como também nos fez refletir sobre a importância do docente
mediador. Portanto, as oficinas interativas possibilitaram o de-
senvolvimento da metodologia ativa por rotação, facilitando a
aprendizagem em Matemática dos estudantes da primeira etapa
3 de forma suave chegando aos 99% de aprovação, que relacio-
nada à primeira etapa 1, foi dificultoso o trabalho com aulas pu-
ramente teóricas, com tudo, o aumento do índice de aprovação
foi apenas de 76% e a rejeição à disciplina continuou. Sendo
a proposta metodológica por rotação uma alternativa eficiente
na dinamização das aulas de Matemática com muita interação
estudante e professor devido as estações de trabalho e pesquisa,
sanando dúvidas particulares ou em grupo, orientação dos pro-
jetos, reflexão sobre o que construíram, em que participaram
nos grupos colaborativos, pesquisas em celulares na Internet,
apresentação dos assuntos por meio de projetos e entrega docu-
mental para fechar o circuito de aprendizagem em Matemática.
Palavras-chave: Matemática, Aprendizagem, Oficinas.

499. 499
Figura 1 – 1º Semestre: Rendimento em
Matemática.
Figura 2 – 2º semestre: rendimento em
Matemática.
REFERÊNCIAS
AUSUBEL, D. P. A aprendizagem significativa: a teoria de David
Ausubel. São Paulo: Moraes, 1982.
CUNHA, Isabela Souza. Um olhar psicopedagógico na matemá-
tica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento.
Edição 07. Ano 02, Vol. 03, p. 84-93, outubro de 2017.
SOBRE A AUTORA
Nora Ney de Lima dos Santos nasceu em
23 de junho de 1977, na cidade de Itacoa-
tiara, é Doutora em Ciências da Educação
pela Universidad de Las Integración de Las
Américas – Unida. Mestrado em Ciências
da Educação pela Universidade Universi-
dad Del Sol – Unades. Possui Especializa-
ção em Educação Matemática pela Escola
Superior Batista do Amazonas – Esbam. É Licenciada em Pedagogia
pela Faculdade Latino-Americana de Educação – Flated e em Mate-
mática pela Universidade Federal do Amazonas – Ufam.

501. 501
MÍDIAS SOCIAIS E FORMAÇÃO CIDADÃ: O COMBATE
ÀS FAKE NEWS NA PANDEMIA DA COVID-19
Escola Estadual Senador Petrônio Portella
Ensino Médio – 2.ª série
Paulo Alexandre Panarra Ferreira Gomes das Neves
[email protected]
Introdução – A Covid-19 é uma doença infectocontagiosa
causada pelo coronavírus, que pode gerar síndrome respiratória
aguda grave 2 (SARS-CoV-2). A China foi o primeiro país a reportar
a doença e, até o dia 21 de abril de 2020, 213 países relataram
casos da Covid-19, correspondendo a um total de 2.397.216 casos
confirmados. No Brasil, o registro do primeiro caso ocorreu em 26
de fevereiro de 2020 no Estado de São Paulo (Brito et al., 2020). Por
se tratar de uma nova doença, muitas dúvidas surgiram em rela-
ção à transmissão, métodos de prevenção e tratamento. Enquanto
cientistas no mundo todo buscavam respostas a tais questionamen-
tos, inúmeras notícias falsas começaram a circular pelas mídias so-
ciais. Segundo Neto et al. (2020), diversas informações e notícias
foram postadas em sites jornalísticos não oficiais, o que conduziu
a muitos compartilhamentos, criando uma rede com conteúdo e/
ou pseudo-informações, conhecidas como Fake News, que consis-
tem em informações não verídicas transmitidas por meio de men-
sagem, áudio, imagem ou vídeos editados para atrair a atenção do
leitor, no intuito de desinformá-lo para obter algum tipo de vanta-
gem sobre ele. Tudo isso é construído sem que haja fonte passível
de confirmação, mas apresentando uma maquiagem – layout –
que imita os sites legais de informação (Braga, 2018). Diante desse
cenário, reforça-se o papel da formação cidadã dos estudantes por

502. 502
meio de projetos interdisciplinares que busquem aproximar o co-
nhecimento científico da realidade de vida deles (BRASIL, 1996).
Objetivo – Construir um perfil na rede social Instagram e um site
sobre as Fake News relacionadas à Covid-19, aproximando o co-
nhecimento científico dos estudantes, mostrando como identifi-
car fontes confiáveis para a obtenção de informações para que se
possa contribuir com a formação cidadã dos estudantes. Materiais
e Método – Trata-se de um estudo descritivo, tendo como base o
relato de experiência, realizado durante a disciplina eletiva sobre
a construção de um perfil na rede social Instagram (@ele.tiva24) e
um site na plataforma wix (https://cfn781.wixsite.com/cfakenews)
sobre Fake News relacionadas à Covid-19. O estudo foi realizado
durante os meses de fevereiro a junho de 2021, desenvolvido em
cinco etapas: Na primeira, foi realizada uma palestra sobre Fake
News e suas consequências para o controle da pandemia pelo
Google meet; Durante a segunda etapa, foram apresentados perfis
de profissionais de saúde, cientistas e instituições de pesquisa bra-
sileiras que disponibilizam informações seguras sobre a Covid-19
para a população; Na terceira etapa, foram realizadas discussões
em sala de aula com o objetivo de esclarecer possíveis dúvidas
sobre as Fake News apresentadas. A quarta etapa caracterizou-se
pela construção do perfil/site e na quinta etapa foram realizadas as
postagens, cujo objetivo era combater notícias falsas ou mentiro-
sas sobre a Covid-19. Vale ressaltar que as etapas de construção e
postagem foram realizadas em sua totalidade pelos estudantes que
participaram do projeto. Resultados – A partir da realização do
projeto, verificou-se a participação ativa dos estudantes em todas
as etapas do projeto. Tal participação é evidenciada pelas publica-
ções de vídeos e notícias no perfil e site criado (Figuras 1 e 2). De
acordo com Santos; Leal (2018), a metodologia de projetos auxilia
na formação integral dos estudantes, já que cria diversas opor-
tunidades de aprendizagem conceitual, atitudinal, procedimental
para eles. Ao participar de um projeto, o estudante está envolvido
numa experiência educativa em que o processo de construção de

503. 503
conhecimento está integrado às práticas vividas. Com base nisso,
foi possível evidenciar tal aspecto durante a execução do projeto,
pois a cidade de Manaus foi um dos epicentros da pandemia de
Covid-19 no Brasil e os estudantes vivenciaram essa realidade e
diversas Fake News chegaram até eles. Em virtude disso, houve in-
teresse significativo dos estudantes durante a execução do projeto,
confirmando o que Almeida et al. (2014) também verificou: que ao
trabalhar com a pedagogia de projetos foi perceptível o interesse
dos estudantes, tanto nas aulas expositivas quanto no desenvol-
vimento da atividade experimental, desenvolvendo competências
que os estimulam os estudantes a mobilizar seus conhecimentos e
completá-los. Conclusões – A disciplina Eletiva constitui-se como
um excelente meio para a criação e execução de projetos interdis-
ciplinares nas Escolas de Tempo Integral, pois é possível abordar
temas presentes no cotidiano dos estudantes, enfatizando aspectos
culturais e sociais a partir de um tema central. Além disso, pro-
porciona a atuação do estudante como protagonista no processo
ensino-aprendizagem e evidencia o papel da escola na formação
cidadã dos estudantes.
Palavras-chave: Mídias Sociais, Fake New, Aprendizagem.
Figura 1 – Print da página do site
criado.
Figura 2 – Print da página do site criado.

504. 504
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, G.; OLIVEIRA, D. O. V.; OLIVEIRA, F. M. M.; SOARES,
K. B.; RADUNZ, K.; LOPES, N. C. P.; BENTO, D. M.; MARTINS,
T. L. C. Pedagogia de projetos: uma ferramenta para o ensino de
Química contextualizado, visando a conscientização ambiental
por meio da produção de sabão ecológico. In: 33.º Encontro de
Debates sobre Ensino de Química, Ijuí, 2014.
BRAGA, R. M. C. A Indústria das Fake News e o Discurso de Ódio.
In: PEREIRA, R. V. (org.) Direitos Políticos, Liberdade de Expressão
e Discurso de Ódio. Belo Horizonte: IDDE, p. 203-220, 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei n.º 9.394, de 20 de dezem-
bro de 1996. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seed/arqui-
vos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. Acesso em 20 de Ago, 2020.
BRITO, S. B. P.; BRAGA, I. O.; CUNHA, C. C.; PALÁCIO, M. A. V.;
TAKENAMI, I. Pandemia da Covid-19: o maior desafio do século
XXI. Vigil. sanit. debate. v. 8, n.º 2, p. 54-63, 2020.
NETO, M.; GOMES, T. O.; PORTO, F. R.; RAFAEL, R. M. R.; FON-
SECA, M. H. S.; NASCIMENTO, J. Fake News no cenário da pan-
demia de Covid-19. Cogitare enferm. 2020.
SANTOS, D. M.; LEAL, N. M. A Pedagogia de projetos e sua rele-
vância como práxis pedagógica e instrumento de avaliação inova-
dora no processo de ensino aprendizagem. Revista Científica da
Fasete. p. 81-96, 2018.

505. 505
SOBRE O AUTOR
Paulo Alexandre Panarra Ferreira Gomes
das Neves nasceu em 14 de fevereiro de
1990 na cidade de Natal-RN. Graduou-
-se em Licenciatura Plena em Ciências
Naturais – Habilitação Química na Uni-
versidade do Estado do Pará (Uepa).
Mestre em Ciências Ambientais pela
Uepa. Doutor em Biotecnologia pela
Universidade Federal do Pará (UFPA). Desde 2020 atua como pro-
fessor de Química na Escola Estadual Senador Petrônio Portella.

507. 507
PROJETO MOSTRA DE LITERATURA: A LEITURA COMO
FORMAÇÃO DO SER HUMANO
Escola Estadual Professora Eunice Telles de Souza
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Joana Almeida e Silva
[email protected]
Introdução – A leitura é algo importante na vida do ser huma-
no. Ler estimula a criatividade, trabalha a imaginação, exercita a
memória, contribui como o crescimento do vocabulário e, conse-
quentemente, melhora a escrita, além de outros benefícios. Com
o intuito de mostrar a importância da leitura para os estudantes
do Ensino Médio, procura-se incentivá-los com a sua prática, por
meio da análise de obras literárias clássicas de autores brasileiros.
Sabemos que a leitura, com o desenvolvimento mental e intelec-
tual, estimula também a criatividade, a interpretação de textos e a
reflexão crítica. Foi observado por meio de uma pesquisa elabora-
da por meio de questionário, na qual se obteve um resultado não
tanto positivo, em que a maioria dos estudantes não costuma ler
frequentemente. Diante dessa problemática, procurou-se desen-
volver um projeto de literatura que envolvesse o estudante na lei-
tura, fazendo análise de obras clássicas, formular um texto com o
roteiro de perguntas e, em seguida, fazer seminário fechando com
a Mostra de Literatura, quando será apresentado o desempenho e
a criatividade das turmas, cada uma procurando fazer o melhor
das apresentações. Objetivo – Verificar o grau de dificuldades pro-
curando despertar no estudante o hábito e costume de ler, para
que se envolva e conheça obras belíssimas de autores brasileiros
(incluindo os autores amazonenses), mostrando que a leitura va-

508. 508
loriza a descoberta de suas próprias capacidades, valorizando a
importância da leitura, fazendo parte da vida e não apenas na es-
cola. Materiais e Método – Este projeto desenvolve-se desde 2007
e divide-se em quatro etapas, a seguir: A primeira etapa é sempre
a divulgação dos projetos aos estudantes no período de março a
outubro. Ocorre sempre em sala de aula de cada turma. A segunda
etapa consistirá na análise das obras escolhidas, depois entregue
em forma de texto. Na terceira etapa, os estudantes deverão apre-
sentar seminário das mesmas obras. Na quarta etapa, será feita a
culminância do resultado das 2.ª
s
e 3.ª
s
etapas, desenvolvendo o
trabalho final com a apresentação de teatro, dança ou encenação
de peças. Os materiais utilizados serão livros de literatura, mate-
riais reciclados (para elaboração de painéis), cartolina e outros,
conforme a necessidade de cada equipe. Resultados – Percebeu-se
que o projeto foi aceito com interesse, de forma significativa pelos
estudantes, e espera-se que eles desenvolvam os trabalhos com
seriedade. Conclusões – Como vem ocorrendo em outros anos, es-
pera-se que os estudantes tenham um bom desempenho e criativi-
dade e sejam multiplicadores, pois levam conhecimentos a outros
estudantes.
Palavras-chave: Projeto, Mostra de Literatura, Leitura, Hábito,
Costume.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.

509. 509
SOBRE A AUTORA
Joana Almeida e Silva, nascida em Ma-
naus-AM. Possui Licenciatura Plena em
Letras, pela Universidade Federal do
Amazonas (Ufam) e Licenciada em Psi-
cologia, pelo Centro Universitário Lute-
rano de Manaus (Ceulm). Atua na Escola
Eunice Serrano Telles de Souza desde
1996. Participou de várias formações em
benefício de nossos estudantes, nas quais foi aprimorando e obten-
do muitas experiências ao longo dos anos. Desenvolve, desde
2009, o Projeto Literário com os estudantes do Ensino Médio e um
pouco com estudantes do Fundamental. Em 2010, atuou como
apoio pedagógico, auxiliando o trabalho da gestora da escola na
época. Também atuou na Escola Alfredo Fernandes, no bairro
Nova Esperança, e no ano seguinte, na Escola Santo Antônio, no
bairro do mesmo nome. Neste último foi um trabalho gratificante,
pois trabalhou com o Projeto Avançar, na qual os estudantes esta-
vam com a idade distorcidas da série. Esse ano está dando conti-
nuidade com a Mostra de Literatura, esperando que seja um suces-
so como nos anos anteriores.

511. 511
EDUCAÇÃO MULTIDIMENSIONAL EM CIÊNCIA
E TECNOLOGIA APLICADA
Escola Estadual Milburges Bezerra de Araújo
Ensino Médio – 1.ª e 2.ª série
Joaquim da Silva Cardoso
[email protected]
Introdução – Inversores e dispositivos de segurança na pro-
dução de energia limpa (sol), que agregada à filosofia geral de
compatibilidade de energia renovável, constitua uma abordagem
inovadora abrangente e quando comparada às recomendações
de prestação do meio ambiente. Propõe-se, portanto, desenvol-
ver uma metodologia que: constitua uma ferramenta de auxílio
nas tomadas de decisões, aplicável desde a etapa de definição da
arquitetura das placas estruturais e do layout dos equipamentos
até a definição final da configuração do sistema de energia dimen-
sionada; possibilite a implementação de uma filosofia de estudo
desses equipamentos de sistemas elétricos e eletrônicos de ener-
gia renováveis, na qual se integre as recomendações tradicionais
às necessidades atuais relacionadas à área de energia limpa; seja
abrangente e com grau de precisão satisfatório, quando compara-
das com as recomendações atuais, com possibilidade de explora-
ção dos valores das grandezas elétricas envolvidas no domínio do
espaço e do tempo e apresente simplicidade na implementação
em computares pessoais. Objetivo – Apresentar uma metodologia
de estudo usando cálculo multidimensional na distribuição de cor-
rente e do campo elétrico e tensões induzidas associadas em estru-
turas de módulos fotovoltaicos. Materiais e Método – Demonstra
a técnica de desenvolvimento do protótipo a ser desenvolvido na

512. 512
elaboração dos equipamentos, um motor e um capacitor, seu ren-
dimento é função inversa de sucessão em forma espiral na captura
e armazenamento de CO2, com uma metodologia de cálculo fí-
sico-químico e uso de sensores de rotação, matematicamente re-
presentados por gráficos geométricos e metodologia em algoritmo
de Inteligência artificial (Figura 1). Resultados – Este dispositivo
de sequestro de carbono se refere à captura e armazenamento de
dióxido de carbono usando o princípio inovador da fotossíntese
artificial, usando processos tecnológicos da biomecânica. Toda
essa complexidade que envolve a física quântica na metodologia
de sistema integrado de circuitos de foto quânticos. Dessa forma,
criamos os modelos de elementos definidos e também de obter
dados matemáticos que auxiliarão no entendimento geral físico,
transformar dióxido de carbono em oxigênio. Conclusões – Espe-
ra-se que os estudantes sejam capazes de elaborar um conceito
sobre Ciência da Natureza e destacar alguns aspectos importantes
da natureza do saber científico, comparando-os com os aconte-
cimentos provenientes da intuição da criatividade em etapas que
fazem parte de métodos científicos na evolução da ciência, na
orientação espacial e habilidades matemática.
Palavras-chave: Educação Multidimensional, Ciência, Tecnologia
Aplicada.
Figura 1 – Projeto em execução.

513. 513
REFERÊNCIA
SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia,
Capítulo 24 (Outra teoria da democracia), Rio de Janeiro, Zahar,
1984.
SOBRE O AUTOR
Joaquim da Silva Cardoso, natural do
Rio de Janeiro – RJ. Nasceu em 1 de se-
tembro de 1968, licenciado e bacharel
em Física pela Universidade do Rio de
Janeiro no ano de 1992. Atualmente, é
professor da Escola Estadual Milburges
Bezerra de Araújo.

515. 515
CRIAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO MÓVEL DE
APRENDIZAGEM
Escola Estadual Vicente Telles de Souza
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Chiara Andrezza Alves Furtado
[email protected]
Introdução – A criação de uma estação de aprendizagem,
com atividades desenvolvidas e adaptadas pelos estudantes por
meio de pesquisas, que deverão cumprir os pré-requisitos de
conterem ao menos duas das sete múltiplas inteligências e duas
habilidades da Língua Inglesa, sendo consideradas interdisci-
plinares e colocadas em uma “mini biblioteca móvel”, onde os
estudantes poderão realizá-las de forma autônoma e os profes-
sores poderão ainda utilizar em sala de aula, podendo ser mo-
vimentado para as salas. Objetivo – Produzir material didático
para ser utilizado, tanto como recurso em sala de aula como re-
curso didático independente de forma autônoma pelos estudan-
tes, avaliando metodicamente as atividades criadas por meio
dos testes realizados por estudantes de diferentes séries. Mate-
riais e Método – Foi trabalhado o conceito de estação móvel de
aprendizagem e solicitada a pesquisa dos temas: Múltiplas Inte-
ligências e Autonomia na Aprendizagem, Multidisciplinaridade
no Ensino-aprendizagem, quatro habilidades da Língua Inglesa
e método Metacognitivo. Em seguida, foi feita a pesquisa e cria-
ção de atividades que deveriam cumprir os pré-requisitos: esses
desafios deverão contemplar duas habilidades da Língua e duas
das Múltiplas Inteligências e, segundo (GARDNER, 1995), exis-
tem sete inteligências, em que ele elenca e discute, partindo das

516. 516
capacidades universais da espécie humana. Os pesquisadores
testaram as atividades uns dos outros, fizeram ajustes, e foi cria-
do um questionário para pesquisa de campo, levando em con-
sideração a experiência ao fazer a atividade, eficácia delas e se
cumpriram os pré-requisitos. Os estudantes foram auxiliados a
aprender e praticar estratégias metacognitivas, a se autorrefletir,
autoavaliar, e se tornarem melhores aprendizes (ANDERSON,
2002) por meio de uma pesquisa de campo. A aplicação do
projeto foi feita movendo a estação de aprendizagem de sala
em sala, onde foi explicada, de forma sucinta, os temas acima
citados (Figura 1) no trabalho (habilidades da Língua Inglesa e
múltiplas inteligências), e, em seguida, os estudantes puderam
escolher as atividades, observando as inteligências contidas,
assim como as habilidades trabalhadas nela. Foi trabalhada a
autonomia e consciência do que estava sendo aprendido na
realização de cada atividade. Depois de concluir a atividade
(Challenges), os estudantes responderam à pesquisa de campo,
refletindo sobre a atividade realizada (método Metacognitivo).
Resultados – Analisando a pesquisa de campo, podemos per-
ceber que foram analisados estudantes de 1.ª, 2.ª e 3.ª série do
Ensino Médio e o quantitativo de 56 estudantes realizaram a
pesquisa de campo. Foi solicitado que eles respondessem criti-
camente à pesquisa e, quando perguntados sobre a nota dada
para a atividade realizada, de zero a dez, a maioria escolheu
anota igual ou superior a 8 pontos (90.9% das pessoas). Ana-
lisando de forma crítica, podemos perceber que os estudantes,
quando fazem atividades na sua área de interesse (trabalhando
a sua inteligência predominante), a motivação é maior. Quando
perguntados sobre quais das Múltiplas Inteligências as ativida-
des realizadas continham, a resposta predominante foi em pri-
meiro lugar, a Linguística, com 58,2%, constatando que o foco
principal nas atividades foi a Língua Inglesa, seguido de inter-
pessoal, quando foi verificado que na Língua, na maioria das
vezes, deve-se haver interação com o outro, as outras inteligên-

517. 517
cias foram bem variadas e os estudantes as escolheram com au-
tonomia. Os mais autônomos, com consciência nas escolhas de
atividades voltadas para as inteligências mais predominantes,
assim como críticos na análise das atividades propostas a eles.
Conclusões – Estudantes mais autônomos, com consciência
nas escolhas de atividades voltadas para as inteligências mais
predominantes, assim como críticos na análise das atividades
propostas a eles. Atividades autoexplicativas para serem reali-
zadas pelos estudantes, incentivando a autonomia e trabalho
em equipe, além de mais completas, incluindo ao menos duas
habilidades da língua e duas das nove múltiplas inteligências.
Ao saber exatamente o que a atividade está trabalhando, está
sendo trabalhada a consciência e análise da aprendizagem, as-
sim como monitoramento do conhecimento.
Palavras-chave: Material Didático, Múltiplas Inteligências, Auto-
nomia na Aprendizagem.
Figura 1 – Apresentação da Estação móvel de Aprendizagem para os estudantes.

518. 518
REFERÊNCIAS
GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática.
Tradução de Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1995.
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre
a origem e a difusão do nacionalismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2002.
SOBRE A AUTORA
Chiara Andrezza Alves Furtado nasceu
em 8 de junho de 1990 na cidade de
Manacapuru-AM, formou-se na Facul-
dade UniNorte em 2011, pós-graduada
em Libras e em Metodologia do Ensino
Superior pela Faculdade Arthur Thomas
em 2013. Em 2019, participou de um
programa de intercâmbio na Universida-
de de Iowa State em Ames – Iowa, por meio do PDPI, por 45 dias,
e ganhou a primeira e segunda olimpíadas de Língua Inglesa. Na
primeira, ficou em segundo lugar e, na segunda, em terceiro.

519. 519
FESTIVAL DOS CLÁSSICOS DA DISNEY
Escola Estadual de Tempo Integral Gilberto
Mestrinho de Medeiros Raposo
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
José Félix da Costa Filho
[email protected]
Introdução – O presente projeto foi de extrema importância,
não só para as práticas pedagógicas interdisciplinares da escola,
mas também para o desenvolvimento cultural e artístico de cada
um dos estudantes que participaram das respectivas encenações.
Objetivo – Diferenciar a importância de cada um dos contos es-
colhidos e trabalhados no Ensino Médio, analisando as diferentes
correntes literárias, pedagógicas e culturais. Materiais e Método –
Participaram desse projeto sete turmas do Ensino Médio, sendo três
turmas de primeiras séries, três turmas de segunda e duas turmas
de terceiras séries. As três primeiras séries ficaram responsáveis por
dois contos: Aladim e Branca de Neve e os Sete Anões (Figura 1),
as três segundas séries ficaram com os seguintes contos: Cinderela,
A Pequena Sereia e o Rei Leão. As terceiras séries ficaram com: A
Bela e a Fera e Peterpan (Figura 2). Diante dos clássicos apresenta-
dos, entendemos que os contos de fadas fizeram parte importante
da infância desses estudantes e, desse modo, no desenvolvimento
de muitas pessoas. Levando isso em conta, nesse projeto, tivemos a
participação dos sete clássicos. Ambos foram observados nas suas
diversas formas e versões, nas versões dos Irmãos Grimm (1812), a
versão do estúdio Disney (1937). Eles são voltados para o público
infantil e, portanto, compartilham algumas características clássicas
ao imaginário desses adolescentes inclusos no Projeto. Na primeira

520. 520
série 1, ficou Aladim. É a história de um jovem ladrão que vive de
pequenos roubos em Agrabah. Na primeira série 2, ficou a História
de Branca de Neve. Neste clássico nós temos uma representação
imaginária sobre o trio: mulher, amor e o trabalho, a partir da versão
fílmica da narrativa “Branca de Neve e os sete anões”. Na segunda
série 1: Teve Cinderela: Neste conto, teve uma história, sobre a jo-
vem Ella, cujo pai comerciante se casa novamente depois de ficar
viúvo de sua mãe. Ansiosa para apoiá-la, ela recebe bem a madrasta
e suas filhas, Anastasia e Drisella, na nova casa. No entanto, quando
seu pai morre subitamente, ela se vê à mercê de uma família cruel e
invejosa. Na segunda série 2: Tivemos a Pequena Sereia: Neste con-
to, temos Ariel, é uma sereia princesa de 16 anos de idade, insatis-
feita com a vida no fundo do mar e curiosa sobre o mundo na terra.
Ela se apaixona por um príncipe humano e faz um acordo com a
bruxa do mar para transformar-se em humana. Na segunda série 3:
O Rei Leão. Nesta obra temos: Mufasa, o leão que governa Pedra do
Rei, ganha um herdeiro, Simba. Embora esteja educando o jovem
príncipe para assumir o poder, nenhum deles está preparado para
a traição do tio, Scar. O Rei Leão acompanha a jornada atribulada
de Simba, desde a infância até à idade adulta. No Terceiro ano 1:
Peter Pan: EUA, 1953 – Peter Pan (1953) – Diretor: Clyde Geronimi,
Hamilton Luske, Wilfred Jackson. – Elenco: Tom Conway, Heather
Angel. É a história de um garoto que se recusa a crescer, leva os
irmãos Wendy, João e Miguel para conhecer a Terra do Nunca. A
ilha encantada é o lar de Peter, Sininho, os Garotos Perdidos e um
maquiavélico pirata, o Capitão Gancho (Hans Conried), que jurou
se vingar de Peter. Na Terceira série 2, tivemos: A Bela e a Fera.
A história narra a vida de uma jovem inteligente que morava em
uma pequena aldeia e era considerada estranha pelos moradores, e
seu pai, Maurice, um inventor que era visto como um louco. Certo
dia, o pai da garota vai para uma feira demonstrar sua nova inven-
ção e se perde na floresta. Os 220 estudantes do Ensino Médio,
envolvidos nos sete clássicos apresentados, participaram de oficinas
práticas no decorrer de 60 dias, envolvendo todos os professores

521. 521
e as respectivas Disciplinas do Ensino Médio, executando assim,
não só a Interdisciplinaridade, mas também a transdisciplinaridade
dentro da Escola e ainda o apoio da Secretaria Estadual de Cultura
do Estado do Amazonas, por meio da Central Técnica de Produções
– C. T. P. Resultados – Após as apresentações dos referidos contos
no auditório da escola, percebemos a interdisciplinaridade, não só
dos discentes, mas também dos docentes e ainda a participação da
família de cada um dos estudantes e a comunidade. Dessa forma,
faz-se necessário quaisquer que sejam os trabalhos culturais e ar-
tísticos. Conclusões – Este Projeto foi de grande relevância para a
Escola, uma vez que percebemos a participação da interdisciplina-
ridade não só dos discentes, mas também dos docentes e de todo o
corpo pedagógico da Escola. Percebemos ainda, que, no decorrer
dos ensaios, e na escolha das músicas, os estudantes discutiam entre
as equipes, sobre a marcação de cada cena, no decorrer da monta-
gem de cada um dos espetáculos. Entretanto, a experiência dos es-
tudantes, de forma coletiva foi o ponto primordial para os resultados
obtidos. Percebemos ainda, que nessas práticas pedagógicas faz-se
necessário envolver mais Escolas em projetos artísticos e culturais
nos diversos níveis da Educação Básica.
Palavras-chave: Contos, Literatura, Disney.
Figura 1 – Atividade prática do
projeto.
Figura 2 – Atividade prática do projeto.

522. 522
REFERÊNCIAS
GRIMM, J. W. Branca de Neve e os Sete Anões. 1812. Disponí-
vel em https://www.grimmstories.com/pt/grimm_contos/pdf/bran-
ca_de_neve.pdf. Direção de David Hand. Disney, 1937. 83 min.
Acesso em 4 de julho de 2019.
SOBRE O AUTOR
José Félix da Costa Filho, graduado em
Letras, Pedagogia e Artes Visuais. É espe-
cialista em Administração Escolar, Su-
pervisão e Orientação Educacional.
MBA em Gestão de IES (FGV/UniNorte).
Mestre em Educação Escolar (Unir) e
Mestre em Estudos Literários (Ufam).
Doutor em Letras e Doutorando em Bio-
tecnologia (Ufam) e Linguística (Unemat). Professor nos diversos
níveis de Ensino (Educação Básica e Superior). Servidor da Seduc-
-AM, desde de 1990. Trabalhou 15 anos na Escola Estadual
Deputado Josué Cláudio de Souza – GM3 do Coroado. Atualmen-
te, está lotado na CDE-02 – Eeti – Gilberto Mestrinho de Medeiros
Raposo, na Coordenação do núcleo de Língua Portuguesa, onde
desenvolve vários projetos escolares na Unidade de Ensino. Tem
vários trabalhos publicados na área educacional, envolvendo as
práticas pedagógicas desenvolvidas na Escola Ativa.

523. 523
JOGOS DIGITAIS NO ENSINO DE HISTÓRIA: ALIANDO
OS GAMES AO COTIDIANO ESCOLAR
Escola Estadual Professora Alice Salerno Gomes
da Silva
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Genilson Alves Marques
[email protected]
Introdução – A tecnologia está no cotidiano da vida escolar.
Com os avanços das Tecnologias Digitais da Informação e Comu-
nicação (TDIC), são necessárias novas possibilidades para o pro-
cesso de ensino e aprendizagem, permitindo que o conhecimento
seja facilitado e otimizado em todos os ambientes, por meio de
novas abordagens didático-pedagógicas, tornando-se ferramentas
educacionais. Nessa perspectiva, temos os games, no entanto, es-
tes foram criados para o mercado de consumo, ou seja, sem qual-
quer relação com o sistema educacional. No Brasil, ao longo dos
anos, tornou-se destaque mundial, ocupando marca fixa nas pri-
meiras posições entre os principais mercados de jogos eletrônicos
(NEWZOO, 2017). É inegável que uma das maiores dificuldades
dos professores de História está na estimulação e falta de atenção
dos estudantes quanto aos conteúdos históricos, pois entendemos
a complexidade de abordar determinados temas de maneira atra-
tiva atendendo a todos, ficando ainda mais difícil quando essas
temáticas são dialogadas por meio de interfaces tecnológicas para
que não recaiam em estereótipos e anacronismos (ALVES, 2007;
ANTONI, 2013). Para isso, o projeto proposto desenvolveu um
software com a colaboração de jovens cientistas, na conquis-
ta de uma nova metodologia de ensino na disciplina de história,

524. 524
perpassando o que entendemos apenas como capacidade lúdica
(COSTA, 2017). Assim, a inserção de novas ferramentas digitais
veiculadas às práticas pedagógicas, podem despertar o interesse
dos estudantes, bem como o desenvolvimento e a possibilidade do
pensar, agir e perceber a realidade como um processo, identifica-
dos e ressaltados nos níveis dos jogos (ALVES, 2007; LARA, 2004).
Objetivo – Elaborar um jogo digital educativo para auxiliar no en-
sino e aprendizado de discentes do Ensino Médio na disciplina de
História. Materiais e Método – O projeto foi dividido em etapas
para melhor organizar e seguir o plano de trabalho definido – 1°
fase: foram selecionados dois grupos de cinco participantes (dez
estudantes) do 1° ao 3° ano do Ensino Médio da Escola Estadual
Professora Alice Salerno Gomes de Lima, na cidade de Manaus-
-AM. A seleção foi realizada com base na análise do coeficiente de
rendimento na disciplina de História. Este projeto foi desenvolvido
ao longo do ano de 2019 como uma atividade extracurricular, vi-
venciada no contraturno dos participantes. 2.ª fase: Brainstorming:
Foi aplicada a técnica de brainstorming, que consiste na discus-
são de ideias para a busca de uma solução viável na utilização
dos games, de acordo com a realidade local. Nessa fase, foram
trabalhados recursos para chegarmos a um conceito para o jogo.
E assim surgiu a ideia para a criação de um jogo de “Roletas”,
direcionado ao conteúdo de História, nomeado de Adventure in
History (Aventura em História). 3.ª fase: Construção Protótipo: o
projeto para o jogo foi registrado e descrito com base no GDD
(Game Design Document), foi possível a criação de um protótipo,
dando visibilidade à proposta descrita no documento. As pergun-
tas para o jogo foram divididas em fases, atendendo à complexida-
de dos níveis, de acordo com os anos escolares (1.ª, 2.ª e 3.ª série).
Os estudantes identificaram as perguntas com as alternativas em
simulados e cadernos de vestibulares como SIS, UEA, PSS e Enem,
na área de conhecimento Ciências Humanas e suas Tecnologias,
focando no ensino de História. O protótipo do jogo foi desenvol-
vido dentro do aplicativo Microsoft Office PowerPoint, demons-

525. 525
trando o resultado da união de ideias das equipes de trabalho e
identificando as melhores maneiras de sua aplicabilidade. 4.ª fase:
implementação do Produto: Para a versão prévia do produto final,
os estudantes utilizaram o software para a criação de jogos chama-
do de Construct2 (Figura 2), uma ferramenta para elaboração de
jogos 2D escritos em HTML5, com o objetivo de permitir a criação
de uma aplicação sem a necessidade de experiência avançada de
programação (JESUS; JUNIOR, 2019). Após, para testarmos a sua
funcionalidade, realizamos a aplicação em sala de aula, quando
foram apresentados aos estudantes os nossos objetivos com o pro-
jeto, a utilização da nova ferramenta educacional e suas possíveis
contribuições, bem como a realização de descobertas e levanta-
mento de hipóteses sobre como se jogava, com isso obtivemos no-
vas dicas para o seu aperfeiçoamento. Por meio da demonstração
em sala de aula, os discentes identificaram a estrutura dos games,
contextualizando e enunciando as diferenças e semelhanças entre
os jogos educacionais e de entretenimento, com isso foi possível
a experimentação, de acordo com as regras que eles definissem.
Nos possibilitando o redimensionamento quanto a estrutura de
missões, fases e objetivos, adaptando as histórias, criando cená-
rios, personagens e objetos para compor o enredo na construção
desse conhecimento. Resultados – O jogo educacional Adventure
in History (Figura 1) se tornou uma ferramenta de auxílio no pro-
cesso de ensino e aprendizado dos estudantes do Ensino Médio,
quanto aos conteúdos de História Geral do Brasil e do Amazonas.
E segue a proposta curricular da disciplina, apresentada pela Se-
cretaria de Estado de Educação e Qualidade de Ensino do Estado
(Seduc_AM). O game desenvolvido pelos estudantes, para os es-
tudantes, é focado em auxiliá-los em seus estudos para o ingresso
nos vestibulares do UEA, Enem, SIS e PSS, estes últimos realizados
de maneira seriada e contínua quanto as três séries do Ensino Mé-
dio. O jogo consiste em perguntas, que são selecionadas aleato-
riamente (conforme a série escolar), por meio das cores vermelho,
verde, azul e amarelo, estabelecida na roleta, essa determina o

526. 526
grau de dificuldade da questão que será respondida. Conforme o
jogador acerta as perguntas, os pontos são contabilizados de acor-
do com a dificuldade da questão, com isso, o estudante avança
nas etapas, até chegar o momento que o estudante “vence”. Após
os ajustes na 4° fase de implementação do produto, novamente
o game foi disponibilizado aos estudantes como produto final,
sendo aplicado dentro da sala de aula (Figura 2), neste momento,
identificamos grande atuação, atenção e interesse dos estudantes,
que passaram a ser mais participativos nas aulas da disciplina de
História. Essa nova dimensão acerca do conteúdo, possibilitou
maior assiduidade e discussões para melhorias do jogo. Ao final
de cada aula, os estudantes realizaram avaliações qualitativas para
identificarmos a relevância do game para o aprendizado da disci-
plina, e em sua grande maioria considerou que o jogo atendeu as
expectativas. Para uma verificação minuciosa, foi realizado uma
varredura sobre o rendimento escolar dos estudantes no primeiro
semestre (sem o jogo) e segundo semestre (após o jogo), e assim,
destacamos que, a maioria dos estudantes atingiu grau de excelên-
cia nas provas contínuas, com notas variando entre 8 a 10 pontos.
Conclusões – Consideramos que, os games fazem parte da cultura
e quando inseridos no ambiente educacional contribuem para que
o acesso às informações sejam disponibilizadas de maneira fácil e
alcançável, tornando- se uma forte ferramenta de apoio interativo
no ensino da disciplina de História, permitindo que socializem e
colaborem para a construção do conhecimento. O jogo Adventure
in History foi criado por meio da execução do projeto “Jogos digi-
tais no ensino de História: Aliando os games ao cotidiano escolar”
do Programa Ciência na Escola (PCE). O game foi uma ferramenta
facilitadora e agiu como uma nova proposta didático-pedagógica
para o ensino e aprendizado dos estudantes do Ensino Médio, con-
cedendo aos professores de História dialogar e trabalhar com seus
estudantes em diferentes contextos.
Palavras-chave: Games, Ensino de História, Tecnologias Digitais.

527. 527
Figura 1 – Capturas de Tela do jogo Adventure
in History.
Figura 2 – Aplicação do jogo em
sala de aula.
REFERÊNCIAS
ALVES, L. Ensino on-line: trilhando novas possibilidades pedagó-
gicas mediadas pelos jogos eletrônicos. Palestra na mesa redonda
durante evento da Abed. Recife, 2007.
ANTONI, E.; ZALLA, J. O que o jogo ensina: práticas de constru-
ção e avaliação de aprendizagens em História. In: GIACOMONI,
M. P.; PEREIRA, N. M. (orgs.). Jogos e ensino de História. 2. reimpr.
Porto Alegre: Evangraf, v. 1, p. 117-146, 2013.
COSTA, M. A. F. Ensino de história e games: dimensões práticas
em sala de aula. Curitiba, Ed Appris, 2017.
JESUS, H.; JUNIOR, A. Construct 2 no Brasil: uma revisão siste-
mática de literatura. Anais do Workshop de Informática na Escola,
[S.l.], p. 1.149, nov. 2019. ISSN 2316-6541. Disponível em <https://
br- ie.org/pub/index.php/wie/article/view/8626/6187>. Acesso em
27 jun. 2020. doi:http://dx.doi.org/10.5753/cbie.wie.2019.1149.
LARA, I. C. M. Jogando com a Matemática de 5.ª a 8.ª série . São
Paulo: Rêspel, 2004.
NEWZOO. Global Games Market Report. Disponível em <https://
newzoo.com/insights/articles/the-global-games-market-will-rea-

528. 528
ch-108-9- billion-in-2017-with-mobile-taking-42/>. Acesso em
junho de 2020.
SOBRE O AUTOR
Genilson Alves Marques nasceu em 23
de agosto de 1985, na cidade de Salva-
dor-BA e formou-se em bacharelado e
licenciatura em História (2009) na Uni-
versidade Católica de Salvador. É Espe-
cialista em História do Brasil pela Uni-
versidade Cândido Mendes Leciono
desde 2010. Atua no Estado do Amazo-
nas desde 2012, sempre realizando projeto escolares como o PCE
– Programa Ciência na Escola e também proporcionando aos estu-
dantes a participarem de olimpíadas escolares.

529. 529
AMAZÔNIA E SUAS INOVAÇÕES PARA O
DESENVOLVIMENTO DE UMA SOCIEDADE
SUSTENTÁVEL – UMA EXPOSIÇÃO POR MEIO DO
OLHAR DOS ESTUDANTES DA EJA
Escola Estadual de Tempo Integral Bilíngue Gilberto
Mestrinho de Medeiros Raposo
Ensino Médio – 1.º e 2.º Seguimento – Educação de
Jovens e Adultos
Jessica Natasha Jacquiminouth Aires Marinho
[email protected]
Introdução – Um dos grandes desafios no trabalho com o pú-
blico jovem e adulto é combater a evasão escolar, sendo, assim, ne-
cessária uma atenção às metodologias usadas para que haja um en-
gajamento dos estudantes por meio da aprendizagem significativa,
contextualizando com a cultura em que esse sujeito está inserido,
transformando-o em um cidadão crítico e reflexivo por meio de ativi-
dades práticas e motivadoras, nas quais o estudante seja protagonista
da sua aprendizagem. Pensando nisso, os estudantes da EJA aborda-
ram o tema por meio de uma exposição multidisciplinar. Objetivo
– Organizar uma exposição sobre as inovações amazônicas para o
desenvolvimento da sociedade de forma sustentável, pelo olhar dos
estudantes da Educação de Jovens e Adultos. Materiais e Método –
Tratou -se de uma pesquisa exploratória, utilizando o método qualita-
tivo, que aconteceu no segundo semestre de 2019, envolvendo todos
os estudantes da EJA. Na primeira etapa, foram selecionados professo-
res conselheiros para cada turma, a fim de acompanhar e direcionar o
andamento do projeto; na segunda etapa, as turmas escolheram seus
subtemas a partir do tema central; na terceira etapa, houve reuniões

530. 530
entres os estudantes para fazer a análise dos dados e itens que seriam
apresentados na exposição; na quarta etapa, as equipes iniciaram a
produção do material que seria usado no seu stand (Figura 1). Os
processos de aprendizagem vividos durante a organização dessa ex-
posição, sejam eles formais ou cotidianos, envolvem a possibilidade
de atribuição de significado, por parte daqueles que aprendem, às in-
formações recebidas do exterior da escola (Figura 2), da televisão, dos
amigos, da família etc. (OLIVEIRA, 2003) Resultados – Percebeu-se
que a aprendizagem por meio de projetos na modalidade Educação
de Jovens e Adultos potencializa o engajamento dos educandos, de-
senvolvendo as metodologias ativas e competências gerais da BNCC.
As relações interpessoais fazem com que ocorra uma aprendizagem
significativa. Conclusões – Os estudantes conseguiram entender a
importância das inovações para o desenvolvimento da nossa socie-
dade, necessidade de ser de modo sustentável, pois vivemos na re-
gião Amazônica, onde os recursos naturais são abundantes, mas não
infinitos. O resultado obtido foi a transformação social por um novo
olhar para a Amazônia, amplificando também o desenvolvimento das
relações interpessoais para a construção de projetos que favoreçam
nossa sociedade.
Palavras-chave: Sustentabilidade, Inovação, Amazônia.
Figura 1 – Turma representando os benefí-
cios, gastos e dimensões da Ponte rio Negro.
Figura 2 – Turma representando a
importância do extrativismo sus-
tentável para a região Amazônica.

531. 531
https://drive.Google.com/file/d/1gd_-nE-9cjVmsEgKPzjipi2RUO-
wo-Mk-/view?usp=sharing
Vídeo – representação do comércio popular da rua Marechal Deo-
doro – “Bate – palma”
REFERÊNCIAS
OLIVEIRA, I. B. Currículos praticados: entre a regulação e a eman-
cipação. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
SOBRE A AUTORA
Jessica Natasha Jacquiminouth Aires
Marinho nasceu na cidade de Manaus,
Amazonas, casada, formou-se em Peda-
gogia pela Universidade Federal do
Amazonas, possui especialização em
Neuropsicopedagogia e Novas Aprendi-
zagens, Neurociência do Desenvolvi-
mento Humano e é uma Educadora
Google – L1.

533. 533
UTILIZAÇÃO DO INSTAGRAM PARA INSERÇÃO
DO CONHECIMENTO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA
FEMININA NO ENSINO MÉDIO
Escola Estadual Senador João Bosco Ramos de Lima
Ensino Médio – 2.ª série
Ivana Amorim dos Santos
[email protected]
Introdução – No ano letivo de 2020, marcado pelo isolamen-
to social necessário para o combate a pandemia provocada pelo
novo coronavírus, a utilização de ferramentas on-line na educação
foi um dos principais desafios dos processos de ensino-aprendi-
zagem. Este desafio impulsionou a produção de trabalhos aca-
dêmicos que visassem uma aprendizagem significativa de forma
não presencial. Neste contexto, surgiu este projeto didático feito
na escola estadual Senador João Bosco Ramos de Lima, Manaus
– Amazonas. Segundo Rosa (2020), os professores e estudantes
tiveram que se adaptar. Além disso, é necessário levar em con-
ta que o estudante poderá não ter acesso à Internet por questões
socioeconômicas, entretanto, a utilização de tecnologia precisa
vir atrelada com formação de habilidades e competências, pois
é necessário que ele se torne protagonista do seu processo de
aprendizagem. O projeto produzido foi intitulado “Miniolimpía-
das de química” e possuiu atividades que foram solicitadas aos
estudantes do primeiro ano do Ensino Médio, o qual foi aplica-
do como avaliação do III bimestre do ano de 2020. Foi solicitado
nesta Miniolimpíada atividades como: a construção de podcast,
publicações de flyers em redes sociais, apresentações em sala de
aula, quiz on-line, além de construção de slogan de cada equipe

534. 534
envolvida na Miniolimpíada, em todas as atividades o conteúdo
trabalhado da unidade foi funções inorgânicas. Um dos trabalhos
passados então visou postagens na rede social Instagram de cien-
tistas mulheres que tivessem desenvolvido trabalhos na área da
Química Inorgânica, especificamente funções inorgânicas, já que
era o assunto da unidade a ser trabalhado, sendo assim, a visibili-
dade de cientistas, além de que alcançar o estudante é difundida
ao público, o qual é objetivo principal deste trabalho. A principal
atividade a ser descrita é a importância de se trabalhar a produção
científica na área dos compostos inorgânicos feita por mulheres,
o acesso à pesquisa sobre essas mulheres não foi de fácil acesso,
na área das funções inorgânica pouca informação havia disponí-
vel, porém, nomes masculinos são encontrados muito facilmen-
te, principalmente aqueles que produziram teorias Ácido-Base. O
nome dessas mulheres, com exceção de Marie Curie, sequer são
citadas nos livros didáticos e na mídia, na televisão ou Internet
e são divulgadas com pouca ênfase ou com alguma dificuldade
na procura, no momento da pesquisa, por sites de busca de arti-
gos acadêmicos, o que reflete a não importância da divulgação da
ciência produzida por mulheres, ou a não busca por esses temas
por usuários, o que deve ser revista, pois esta divulgação reflete
maior representatividade e, portanto, no almejo de jovens mulhe-
res na profissão científica e especificamente na área de exatas.
Nos livros didáticos, em uma pesquisa feita por Rambald; Probst,
2017, a introdução da história da mulher ocorreu a partir de 2006,
antes disso, mulheres eram apenas citadas, fato que contribuiu
para a formação de estudantes, que não viam a representatividade
feminina como sujeito produtivo na construção da sociedade. O
professor, portanto, possui um papel fundamental de inserir, no
processo de ensino-aprendizagem, esses sujeitos para que o es-
tudante tenha acesso a essas representações. A pesquisa é uma
forma de inserir esses sujeitos. Objetivo – Utilizar as redes sociais
para divulgar o trabalho de pesquisa. Materiais e Método – Mate-
riais tecnológicos como computadores, celulares ou tablets foram

535. 535
utilizados nas atividades de produção e divulgação dos flyers, por
meio de documento Word na qual possuía a descrição da ativida-
de dentre as quais tinha: como seria entregue a atividade, como
fazer, prazo entre outras informações importantes. Dentro dessas
atividades tem-se a atividade com tema mulheres cientistas na
Química Inorgânica. Foi utilizado o método de sala de aula inver-
tida, já que o estudante pesquisava e produzia os trabalhos antes
da orientação da professora, com formação de equipe composta
de até sete componentes; cada equipe possuía um nome e um lí-
der na qual tinha acesso às seis atividades propostas, somente líder
tinha acesso a essas atividades pelo grupo criado no WhatsApp.
Resultado – Nas postagens sobre as mulheres cientistas (Figuras 1
e 2), os estudantes colocam a imagem da cientista e as produções
feitas por elas na área de Química Inorgânica, assim como foi so-
licitado da atividade proposta. Alguns estudantes relataram que
foi um trabalho diferenciado, aprenderam novas tecnologias como
a produção de flyer, construção de páginas, obtiveram conheci-
mentos que não imaginavam, como conhecer mulheres que são
cientistas na atualidade, como no caso da Daniela Truzzi. Já outros
estudantes, relataram que foi um trabalho cansativo já que alguns
componentes das equipes não quiseram contribuir com algumas
atividades. A utilização de outros meios de avaliação, além de
provas, pode trazer, além da ferramenta avaliativa, também uma
ferramenta para que ele estude e obtenha conhecimento e seja
estimulada a atenção do estudante para uma nova forma de ativi-
dade, as habilidades desenvolvidas ao executar uma atividade es-
pecífica, nesse caso, uma atividade avaliativa, também precisa ser
levada em conta, já que a avaliação também pode ser uma forma
de aprendizagem. Dessa forma, a Miniolimpíada trouxe uma nova
dinâmica aos estudantes, principalmente na utilização de tecnolo-
gias digitais. Apesar de ser uma geração que nasceu na tecnologia,
não obtinham habilidades digitais, que puderam ser desenvolvidas
neste trabalho. Conclusões – A atividade específica sobre a publi-
cação das cientistas trouxe um novo olhar desses estudantes frente

536. 536
às questões de gênero, incluídas na construção da ciência, é muito
nítido a surpresa causada aos estudantes ao se depararem com
cientistas femininas dos quais nunca ouviram falar. Dessa forma,
é importante em um trabalho avaliativo na qual o objetivo não é
só avaliar, mas também aguçar a busca pelo conhecimento, deixar
bem claro quanto é importante os estudantes estarem atentos e
críticos aos que são oferecidos a eles como conhecimento único,
além disso, as publicações em redes sociais possibilitam o acesso
a essas informações por outras pessoas, não somente aos estudan-
tes que pesquisaram e publicaram, sendo, de certa forma, uma
contribuição do conhecimento a comunidade.
Palavras-chave: Produção Científica, Redes Sociais, Conhecimento.
Figura 1 – Postagem sobre a
cientista Julia Lermontova.
Figura 2 – Postagem sobre a
cientista Daniela.

537. 537
REFERÊNCIAS
RAMBALDI, A. K.; PROBST, M. As mulheres representadas nos
livros didáticos: História do Brasil. Livro Interfaces científicas, v. 5
n.º 3, Aracaju-Se, 2017;
ROSA, R. T. No. Das aulas presenciais as aulas remotas: as abruptas
mudanças impulsionadas na docência pela ação do coronavírus o
Covid-19. Revista Científica Schola, Santa Maria-RS, Julho 2020.
SOBRE A AUTORA
Ivana Amorim dos Santos nasceu em 21
de fevereiro de 1984, na cidade de Sal-
vador-BA, e formou-se em 2017 na Uni-
versidade Federal da Bahia. Ivana É téc-
nica em química pelo IFBa, formada em
Bacharel em Química em 2012 e em
Licenciatura em Química em 2017 pela
UFBA, especialista em Educação do En-
sino Superior pelo Instituto Superior de Educação Ocidente em
2016, mestranda em educação pela Utic e estudante de Licencia-
tura em Matemática pela Uninter. Trabalhou em diversas áreas
como indústria e com dez anos de docência, 2 como servidora de
Seduc-AM, na escola Senador João Bosco Ramos de Lima. Possui
pesquisa na área feminista e gênero e espera da Educação, além
do conhecimento, a equidade e combate às diferenças de gênero
e etnia.

539. 539
A LINGUAGEM DE PROGRAMAÇÃO APLICADA AO
ENSINO DE SOCIOLOGIA NA ESCOLA ESTADUAL
NATHÁLIA UCHÔA
Escola Estadual Nathália Uchôa
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
José de Ribamar Miranda Marinho
jose.ribamar.,[email protected]
Introdução – Este relato trata da experiência que associou o
uso da linguagem de programação como recurso ao aprendizado
da disciplina de Sociologia, na Escola Estadual Natálhia Uchôa,
durante o período de aulas remotas no ano de 2020. A proble-
mática de como manter os estudantes estudando no cenário oca-
sionado pela pandemia do novo coronavírus foi desafiador e pro-
vocador. Docentes e discentes tiveram que se adaptar às novas
exigências educacionais promovidas por secretarias de educação
de todo o país. Evidenciou-se nessa experiência, a interdisciplina -
ridade, dimensão defendida pela Base Nacional Comum Curricu-
lar (BNCC, 2017), uma vez que a estratégia trabalhada mobilizou
saberes de áreas distintas do conhecimento, para lidar com o pro-
blema do ensino remoto em meio a pandemia. Usando conheci-
mentos de programação construiu-se três sites de Sociologia com
fins didáticos para atender os estudantes das 1.ª, 2.ª e 3.ª séries do
Ensino Médio. Esses produtos tecnológicos foram pensados para
apresentar características dinâmicas, interativas e de relevância ao
processo educacional. Objetivo – Inovar o ensino de Sociologia
na Escola Estadual Nathália Uchoa usando metodologias ativas,
incorporando a linguagem de programação como recurso apli-
cado ao ensino dessa disciplina. Materiais e Método – Trata-se

540. 540
de uma experiência didático-pedagógica interdisciplinar que foi
desenvolvida em quatro etapas ao longo do ano letivo de 2020.
Etapa 1 – Aprendizado sobre a construção de sites e programação.
Nessa etapa, foi fundamental o estudo sobre a construção de sites
no Google Sites e as possibilidades de incorporar elementos/ob-
jetos construídos em linguagem de programação. Foram também
de extrema relevância as formações sobre metodologias ativas e
o pensamento computacional ofertadas pela Seduc-AM, durante
o período de aulas remotas. Além disso, o professor buscou qua-
lificação em Linguagem de Programação e continua em formação
constante junto à renomadas organizações internacionais, como
por exemplo, a Code.Org, empresa americana que promove for-
mação em computação em sua plataforma on-line e gratuita; estu-
dou-se a programação em Scratch, que usa uma linguagem criada
pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), dos Estados
Unidos da América; Etapa 2 – Elaboração de objetos programados
no software de programação Visual Studio Code, que foram inseri-
dos nos sites construídos como elementos dinâmicos e interativos.
Para essa etapa, o professor dispunha de um notebook, com pro-
cessador Core i3, com 4GB de memória, equipamento com certa
limitação de hardware e software, mas que foi possível realizar o
que se almejava, especialmente, porque a vontade de inovar e a
coragem para fazer eram muito mais motivadoras. Na Figura 1,
tem-se um exemplo de onde ocorriam as construções dos objetos/
elementos, que eram postos nos três sites de Sociologia. No soft-
ware Visual Studio Code eram postas em prática as ideias iniciais
de objetos e animações para serem inseridas nos sites de Sociolo-
gia da 1.ª, 2.ª e 3.ª séries do Ensino Médio. Os sites foram criados
no Google Sites e os códigos personalizados foram criados com
técnicas de programação no Visual Studio Code. Etapa 3 – Vincu-
lação de links que remetiam à conteúdos de Sociologia. Nessa eta-
pa, abordou-se temas sociológicos pertinentes e que estão sempre
presente nos processos seletivos do Amazonas e do Brasil; Etapa
4 – Elaboração de atividades avaliativas interativas vinculadas aos

541. 541
sites para que os estudantes pudessem realizar. Finalizava-se cada
atualização do site com atividades que se configuravam como evi-
dências de participação dos estudantes e serviam como avaliações
dos conhecimentos adquiridos. Todas essas etapas permitiram, ao
longo do processo, repensar o modo como a Sociologia era e po-
dia ser ensinada diante dos avanços tecnológicos vigentes. Assim
como, criou-se a possibilidade de se dialogar com o pensamento
computacional na escola, como afirma Valente (2016), no mundo
atual o pensamento computacional está “em gestação” quando se
trata de inseri-lo nos currículos escolares. Resultados – O estudan-
te contemporâneo está, cada vez mais, conectado. Contudo, essa
dinâmica global atinge a todos de modo desigual, favorecendo
alguns e excluindo outros. Os inúmeros fatores socioeconômicos
divergentes pelo mundo levam à exclusão digital de milhares de
pessoas. Essa tendência indica que as projeções futuras vão exi-
gir do educador novas competências e habilidades para lidar com
essa realidade que inclui a tecnologia como elemento necessário
ao aprendizado dos estudantes. Desafio ainda maior à disciplina
de Sociologia, tradicionalmente um componente curricular que
demanda muita discussão teórica e reflexiva. Na Figura 2, tem-se
um dos resultados alcançados em forma de site construído. Cons-
tatou-se um total de 4.503 acessos, entre os meses de fevereiro a
dezembro de 2020, demostrando que a disponibilização do am-
biente virtual aos estudantes foi bem aceita, promovendo a intera-
ção no site que ainda está ativo e disponível aos estudantes com a
volta das aulas presencias. Conclusões – A experiência realizada
com o ensino remoto no ano de 2020 acarretou muitas lições.
Aprender a aprender foi uma delas, aprender a ensinar foi outra.
Talvez o mais desafiador tenha sido vencer os próprios medos de
errar ao tentar essa iniciativa; tivemos erros, mas muito mais acer-
tos e conseguimos atingir o que se tinha almejado. As dificulda-
des existiram, estavam por toda parte, especialmente, quando se
pensou na questão de integrar conhecimentos. Foi em busca de
transformar o fazer pedagógico em realidade que a coragem de

542. 542
enfrentar as dificuldades deram lugar a motivação, dedicação e a
vontade de superar e inovar o ensino de Sociologia. O apoio do
gestor da escola foi essencial nesse processo, indicando impor-
tantes formações sobre a cultura digital na escola que foram bem
aproveitadas e contribuíram muito nessa jornada. Os sites perma-
necem ativos e os estudantes da Escola Estadual Nathália Uchôa
continuam acessando e participando das atividades propostas pelo
professor. E, com a volta do ensino presencial, estar-se usando o
Laboratório de Informática da escola, como espaço para acessar,
aprender e interagir com o conteúdo de Sociologia em face da
promoção do novo Ensino Médio e do contexto da educação 4.0.
Palavras-chave: Sociologia, Programação Visual, Aprendizagem.
Figura 1 – Ambiente de programação do Visual Studio Code.
Figura 2 – Página inicial do site de Sociologia da 1.ª série.

543. 543
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2017.
Disponível em http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/
BNC C_20dez_site.pdf. Acesso em 22 de jan. 2021.
VALENTE, J. A. Integração do pensamento computacional no cur-
rículo da Educação Básica: diferentes estratégias usadas e ques-
tões de formação de professores e avaliação do estudante. Revista
e-Curriculum, [S.l.], v. 14, n.º 3, p. 864-897, set. 2016. ISSN 1809-
3876. Disponível em <https://revistas.pucsp.br/curriculum/article/
view/29051>. Acesso em 13 mar., 2021.
SOBRE O AUTOR
José de Ribamar Miranda Marinho nas-
ceu em 22 de agosto de 1977, na cidade
de Belém-PA, e formou-se em Ciências
Sociais na Universidade Federal do Pará.
É Cientista Social (UFPA), Matemático
(Univ. Estácio de Sá – Rio de Janeiro),
Mestre em Ciências Sociais (UFPA), Pro-
fessor da Seduc-AM, desde 2015. Foi
professor pesquisador em 4 edições do PCE/Fapeam, na área de
Sociologia, com apresentação de pesquisa financiada por esse
programa em evento internacional. Foi professor do Ensino Médio
nas seguintes escolas: CMPM I – Colégio Militar da Polícia Militar,
CMPM VII, E. E. Nathália Uchôa. No mês de setembro, foi lotado
como assessor de gestão educacional do Núcleo de Inteligência
em Gestão (NIG) da Seduc-AM, atuando em escolas da CDE1.

545. 545
STEAM E CULTURA MAKER NA ESCOLA FREI
MÁRIO MONACELLI
Escola Estadual Frei Mário Monacelli
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Guilherme Vilagelim de Souza
[email protected]
Introdução – Os resultados insatisfatórios em avaliações da edu-
cação brasileira demonstram as dificuldades de aprendizado dos
estudantes. O Ministério da Educação instituiu mudanças como o
Novo Ensino Médio e a Base Nacional Comum Curricular a serem
implantadas, até 2022, para atender essas demandas. As escolas
apostam em novos projetos educacionais como o Steam e cultura
Maker na escola, visando processo de ensino e aprendizagem di-
ferenciado e replicável. Criado nos Estados Unidos na década de
1990, Steam é um acrônimo em inglês para as disciplinas Scien-
ce, Technology, Engineering, Arts e Mathematics (Ciências, Tecno-
logia, Engenharia, Artes e Matemática). É conhecido como uma
abordagem pedagógica que integra áreas e é baseada em projetos,
tendo como objetivo formar pessoas com diversos conhecimentos
para que desenvolvam diferentes habilidades. Em conjunto com a
cultura maker, as habilidades do Steam permitem que os estudan-
tes resolvam problemas ao conectar ideias que pareciam desco-
nectadas, beneficiando o aprendizado interdisciplinar e trazendo
os estudantes para o centro do processo cognitivo. Nesse processo,
eles exercem a colaboração e aprendem uns com os outros. Para
dar início a essa abordagem na escola, foram realizadas oficinas
com cinco desafios temáticos. Em cada oficina, foram problema-
tizadas questões cotidianas (de maneira norteadora e provocati-

546. 546
va), para que os estudantes, a partir de um desafio, propusessem
soluções práticas e coletivas. Objetivo – Trabalhar o aprendizado
baseado em problemas do cotidiano da população amazônica a
partir das ferramentas Steam, realizando oficinas de aprendizagem
criativa, elaborando atividades que atendam as competências e
habilidades da Base Comum Curricular, desenvolvendo habilida-
des cognitivas, colaborativas e socioemocionais do estudante, pre-
parando-o para o mercado de trabalho Materiais e Método – O
projeto foi desenvolvido em cinco oficinas Steam e uma amostra
dos produtos desenvolvidos nas oficinas. Mesmo com as medidas
de restrição vigentes, ele iniciou de maneira híbrida com as se-
guintes oficinas práticas: Oficina Science: Conhecendo o princípio
da eletricidade; Oficina Technology – Criando máquinas simples;
Oficina Engineering – Como fazer uma casa inteligente; Oficina
Arts – Construindo Pontes indestrutíveis; Oficina Mathematics –
Hora de Programar; e Amostra Steam – Apresentação dos produtos
desenvolvidos ao longo das oficinas Steam. Resultados – Além dos
produtos propostos nas oficinas Steam, este projeto, despertou a
vocação científica dos estudantes, criando uma cultura de desen-
volvimento/criação de novos projetos de pesquisa científica e ino-
vação tecnológica, inserindo tanto professor quanto estudante no
universo da pesquisa tecnológica. Conclusões – Propostas como
esta, podem criar condições para que o estudante tome consciên-
cia e entenda os conceitos curriculares presentes nos produtos que
constroem. Desenvolver, nos estudantes, um papel mais proativo
com relação aos problemas do mundo e a construção do caráter,
mostrando a eles a importância de correr riscos, aprender a lidar
com falhas, alcançar sucesso e desenvolver uma mentalidade que
inclui criatividade, curiosidade, persistência, responsabilidade so-
cial e trabalho em equipe.
Palavras-chave: Ferramentas Steam, Cultura Make, Educação.

547. 547
Figura 1 – Apresentação dos kits de robótica educacional para as turmas.
REFERÊNCIAS
ACERA. The Massachusetts School for Science, Creativity and Leadership.
2020. Disponível em: www.aceraschool.org.Acesso em: 9 abr. 2021.
PAPERT, Seymour. Constructionism: a new opportunity for elemen-
tary science education. Proposta para a National Science Foundation,
Massachusetts Institute of Technology, Media Laboratory, Epistemolo-
gy and Learning Group,Cambridge MA, 1986.
SOBRE O AUTOR
Guilherme Vilagelim de Souza possui
Mestrado (2019) e Graduação (2016),
em Geografia pela Universidade Federal
do Amazonas. Tem experiência em pes-
quisa nas áreas de Geografia da Saúde,
Saúde Coletiva, Geotecnologias e Ma-
peamento Participante em comunidades
tradicionais. Atuou como gerente de de-

548. 548
senvolvimento na empresa Azimute Escola & Consultoria em geo-
tecnologias (2015), professor de Geografia na Escola SESC/AM
(2016), coordenador do Departamento de Gestão de Risco de De-
sastres na Cruz Vermelha Brasileira – Amazonas DGRD/AM (2019)
e professor de Geografia e Educação Tecnológica na rede de esco-
las Sesi/AM (2020). É pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesqui-
sas das Cidades da Amazônia- Nepecab e do Laboratório de Pla-
nejamento e Gestão do Território na Amazônia – Dabukuri.
Atualmente, ocupa o cargo de professor na Secretaria de Estado de
Educação e Desporto – Seduc-AM e é doutorando no Programa de
Pós-graduação em Geografia na Ufam.

549. 549
ÉTICA E CIDADANIA: UM OLHAR SOBRE A
ADOLESCÊNCIA NO CONVÍVIO SOCIAL E FAMILIAR
Escola Estadual José Carlos Martins Mestrinho
– Itacoatiara/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Carlos Eduardo Silva Reis
[email protected]
Introdução – Em nossa atualidade, a relação entre nossos
adolescentes e a família ou a relação sobre conceitos filosóficos
e sociológicos como a ética e a cidadania estão muito frágeis. O
intuito deste projeto será buscar resgatar também o adolescente
de reflexões que visem seu mundo social, sua família na con-
vivência ética. A adolescência possui seus modos específicos
de se comportar, agir e sentir e só podem ser compreendidos a
partir da relação que se estabelece entre eles e os adultos. Essa
interação se institui de acordo com a família, a sociedade e a
cultura pela a qual se inserem. A própria BNCC acredita que
o entrelaçamento entre questões sociais, culturais e indivíduos
permite aprofundar, no Ensino Médio, a discussão sobre a ética.
Para tanto, os estudantes devem dialogar sobre noções básicas
como o respeito, a convivência e o bem comum em situações
concretas. A ética pressupõe a avaliação de postura e a tomada
de posição em relação a defesa dos direitos humanos, a iden-
tificação do bem comum e o estímulo ao respeito e ao acolhi-
mento às diferenças entre pessoas e povos, tendo em vista a
promoção do convívio social e o respeito universal às pessoas,
ao bem público e à coletividade. Em suma, o conhecimento
do outro, da outra cultura, depende da capacidade de se inda-

550. 550
gar para indagar o outro, atitudes fundamentais para a área de
Ciências Humanas e Sociais aplicadas. Segundo a nova Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), é o primeiro passo para
a formação de novos sujeitos. Inclusive nas competências Es-
pecíficas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Portanto, a
sociedade da qual faz parte o indivíduo, consiste em um grupo
humano, ocupante de um território, como uma forma de orga-
nização baseada em normas de conduta responsáveis por sua
especificidade cultural. Ou seja, na construção de sua vida em
sociedade, o indivíduo estabelece relações e interações sociais
como outros indivíduos constrói sua percepção de mundo, atri-
bui significados ao mundo ao seu redor, interfere e transforma a
natureza, produz conhecimentos e saberes e molda seu caráter
e suas atitudes em relação ao outro dependendo do caráter pelo
qual será moldado. A própria (LDB)93.94/96. Lei de diretrizes e
bases da educação em seu CAP.II- Da Educação Básica- Seção
I- Das Disposições Gerais. ART.22. Objetivo – Contribuir para a
ampliação e aplicação de ideias e conceitos relacionados à éti-
ca e a cidadania para os estudantes. Materiais e Método – Tra-
tou-se de uma pesquisa qualitativa que teve início no meio do
semestre do ano de 2020 e foi realizado um levantamento em
sala por meio das aulas de filosofia, que tratavam sobre a ética.
Surgiu então a ideia de criar um projeto na escola. No primeiro
momento, houve a divulgação do projeto em todo o âmbito
educacional e familiar. No segundo momento, os estudantes
pesquisaram conceitos essências da ética sobre a formação do
caráter e da índole sobre as condutas sociais, depois, os estu-
dantes analisaram e produziram ideias relacionadas à cidadania
sobre as questões relacionadas aos problemas sociais atuais, e
também listaram problemas éticos sobre a sociedade. Na quinta
etapa foram elaboradas e planejadas oficinas e mesas redondas,
para que os estudantes pudessem expor suas concepções uns
aos outros e diferenciassem situações sociais. Resultados – Ape-
sar que parte da abrangência do projeto foi prejudicado pelo

551. 551
contexto da pandemia, foi para a escola, estudantes e família de
grande relevância social, pois por meio do ensino de filosofia
na escola e de questões filosóficas este projeto continua em for-
ma de ensino sobre o currículo escolar, além da boa absorção
dos temas como a importância da ética e da cidadania para a
vida do adolescente que está em uma fase de sua vida de en-
tendimento de si e de suas escolhas pessoais. Conclusões – A
partir do projeto, houve em todo contexto escolar uma visão
de mundo. Como devemos em determinadas situações agir so-
bre nossos comportamentos? Qual nosso comportamento social
com nossa família? Com os nossos colegas da escola? Estamos
agindo de modo correto com os outros? A resposta foi reflexiva
e impactante e positiva e ainda está sendo constantemente re-
fletida na escola estadual Jose Carlos Martins Mestrinho.
Palavras-chave: Ética e Cidadania, Convívio Social, Família.
REFERÊNCIAS
A Filosofia e Seu Ensino: Desafios Emergentes/ José Luís Correa
Novaes e Marco Antônio Oliveira Azevedo. – Porto Alegre: Sulina,
2014.
Base Nacional Comum Curricular. Ensino Médio. Ministério da
Educação.
Lei. 9.394/96. LDB- Leis de Diretrizes e Bases da Educação. Atua-
lizada em março de 2017.

552. 552
SOBRE O AUTOR
Carlos Eduardo Silva Reis nasceu em
Mucajaí-RR em 10/12/1987. Formou-se
em Filosofia em 2011, na Universidade
Estadual de Roraima. Especialista em Fi-
losofia da Educação. Possui Especializa-
ção em Filosofia da Educação. A partir
de 2012, iniciou sua função como pro-
fessor de filosofia pela Seed-RR, secretá-
ria de educação do estado de Roraima, onde atua na rede estadual
de ensino até o ano de 2019. A partir do ano de 2020, é professor
efetivo de filosofia, no município de Itacoatiara, na Escola Estadual
José Carlos Martins Mestrinho
AGRADECIMENTOS
À Fapeam, fundo de amparo à pesquisa do Estado do Ama-
zonas. À gestão da escola Jose Carlos Martins Mestrinho, Kalise
Lamego e ao professor Marcos Alfaia pelo o enorme apoio aos
projetos em Itacoatiara.

553. 553
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E RECICLAGEM DE ÓLEO
DE COZINHA NA PRODUÇÃO DE SABÃO: UMA
EXPERIÊNCIA COM ADOLESCENTES DO CENTRO
SOCIOEDUCATIVO DAGMAR FEITOSA
Escola Estadual Josephina de Melo
Ensino Médio – 3.ª série
Danielle Portela de Almeida
[email protected]
Introdução – Os problemas ambientais a cada dia assu-
mem destaque e chamam nossa atenção, isso porque fazemos
parte do meio ambiente e nossas ações refletem diretamente
nele. Entender de que maneira podemos contribuir e minimizar
esses impactos é uma das preocupações da Educação Ambien-
tal. De acordo com Leff (2003), a educação ambiental tenta
articular subjetivamente o educando à produção de conheci-
mentos e vinculá-lo aos sentidos do saber. Isto implica fomentar
o pensamento crítico, reflexivo e propositivo face às condutas
automatizadas, próprias do pragmatismo e do utilitarismo da
sociedade atual. É necessária uma reflexão mais aprofundada
em relação à essa temática e consequentemente mudanças de
atitudes e alternativas de práticas sustentáveis. Hoje, a Educa-
ção Ambiental vem sendo reconhecida como ferramenta capaz
de sensibilizar a sociedade acerca dos problemas ambientais e
ajudar a promover a sustentabilidade (MENDONÇA; CÂMARA,
2012). Objetivo – Desenvolver a prática da reciclagem do óleo
de cozinha na produção de sabão visando à construção da per-
cepção ambiental de adolescentes internos do Centro Socioe-
ducativo Dagmar Feitosa. Materiais e Método – A pesquisa de

554. 554
cunho qualitativo foi desenvolvida no Centro Socioeducativo
Dagmar Feitosa, sendo este um dos anexos da Escola Estadual
Josephina de Melo. O Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa
está localizado na cidade de Manaus e atende adolescentes do
sexo masculino (entre 15 e 17 anos), sendo administrado pela
Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania
(SEJUSC) e onde também funciona a Escola Estadual Josephina
de Melo (Seduc). Nossa proposta contemplou os estudantes do
Ensino Médio da Escola citada, dentre esses estudantes, dois
eram bolsistas do projeto e atuavam juntamente com a profes-
sora coordenadora. Inicialmente fizemos a sondagem de co-
nhecimentos prévios dos adolescentes (para isso utilizamos o
questionário aberto) a respeito do óleo de cozinha e sua ação
no ambiente. O questionário é o conjunto de questões, sistema-
ticamente articuladas, que se destinam a levantar informações
escritas por parte dos sujeitos pesquisados, com vistas a conhe-
cer a opinião dos mesmos sobre os assuntos em estudo. [...]
As questões devem ser objetivas, de modo a suscitar respostas
igualmente subjetivas, evitando provocar dúvidas, ambiguida-
des e respostas lacônicas (SEVERINO, 2007). Foram realizadas
com os bolsistas do projeto, leituras de artigos científicos so-
bre a temática abordada, bem como a importância da recicla-
gem, e foram organizados momentos de estudos e discussão
com a coordenadora do projeto para o feedback dessa litera-
tura. A partir de então realizamos palestras educativas sobre a
preservação do meio ambiente e a ação do óleo na natureza.
Abordamos temas, como: sustentabilidade, consciência e ci-
dadania ambiental. Resultados – Foram alcançados resultados
favoráveis com o projeto de reciclagem de sabão no Centro So-
cioeducativo, as atividades desenvolvidas ao longo do projeto
promoveram a percepção ambiental e a reflexão das relações
individuais e coletivas relacionadas ao meio ambiente. Como
ponto positivo, o Centro disponibilizou um espaço destinado
à produção do sabão (Figuras 1 e 2) que posteriormente será

555. 555
melhorado para que essa prática continue em andamento. Isso
mostra a preocupação com o meio ambiente e a importância
da reciclagem de resíduos orgânicos como o óleo de cozinha,
a fim de destacar os danos causados a natureza pelo seu des-
carte de forma incorreta. Por meio da análise do questionário
de sondagem de conhecimentos prévios dos estudantes (n=20)
identificamos que os conceitos relacionados à conservação/pre-
servação do meio ambiente, reciclagem, tipos de poluição e
educação ambiental ainda estão distantes da realidade e con-
vivência diária de alguns adolescentes, o que tornou de suma
importância a realização deste trabalho. O conhecimento pré-
vio dos estudantes, a crença na sua própria capacidade, a dis-
ponibilidade para aprender, o sentimento de pertença ao grupo
de colegas e a valorização dos saberes escolares são algumas
condições subjetivas que explicam por que, a partir de um mes-
mo ensino, há sempre espaço para a construção de diferentes
níveis de aprendizagem (LEAL et al., 2017). Conclusões – Olhar
para o meio ambiente com cuidado é responsabilidade de cada
um de nós, práticas sustentáveis e atitudes corretas devem per-
mear nossas vidas, e a educação ambiental é uma ferramenta
indispensável para a sensibilização do indivíduo e mudanças
de atitudes. Com a execução desse projeto muitos adolescentes
tiveram o olhar voltado para as questões ambientais e poderão
compartilhar o que aprenderam com seus amigos e familiares,
despertando dessa forma a sensibilização pelo meio ambiente.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Reciclagem, Óleo de Cozi-
nha, Sabão.

556. 556
Figura 1 – Produção de sabão.Figura 2 – Oficina de produção de sabão.
REFERÊNCIAS
LEAL, E. A.; MIRANDA, G. J.; CASA NOVA, S. P. C. 2017. Revo-
lucionando a sala de aula: como envolver o estudante aplicando
as técnicas de metodologias ativas de aprendizagem. São Paulo:
Atlas.
LEFF, E. Saber Ambiental: sustentabilidade, racionalidade, com-
plexidade, poder. São Paulo: Cortez. 2003.
MENDONÇA, D. J. F.; CÂMARA, R. J. B. Educação Ambiental em
unidades de conservação: um estudo sobre projetos desenvolvi-
dos na Apa do Maracanã. Simpósio de Excelência em Gestão e
Tecnologia. IX SEGeT. 2012.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo:
Cortez. 2007.

557. 557
SOBRE A AUTORA
Danielle Portela de Almeida nasceu em
7 de janeiro de 1988, na cidade de Ma-
naus-AM, e formou-se em (2011) no cur-
so de Licenciatura Plena em Ciências
Naturais pela Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), também é Mestre em
Ensino de Ciências (2013) pela Universi-
dade do Estado do Amazonas (UEA) e,
atualmente, doutoranda do Curso de Ciências Ambientais e Sus-
tentabilidade na Amazônia pela Ufam.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam), à Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc-
-AM) e a Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Ci-
dadania (Sejusc).

559. 559
APROVEITAMENTO INTEGRAL DOS ALIMENTOS
NA MERENDA ESCOLAR: UMA QUESTÃO DE
SUSTENTABILIDADE
Escola Estadual Antônio Nunes Jimenez
Ensino Médio – 1.
a
, 2.
a
e 3.
a
série
Carolina Sousa de Sá Leitão
[email protected]
Introdução – Uma das funções da alimentação é garantir as
necessidades do corpo. Uma boa alimentação é rica em nutrientes,
dão energia, promovem o crescimento e mantém o corpo saudá-
vel (ABREU et al., 2012). O aproveitamento total dos alimentos é
a utilização de um determinado alimento na sua totalidade. A falta
de informações sobre os princípios nutritivos de cascas, talos, fo-
lhas, cascas e sementes leva a população a jogar estas partes no
lixo, gerando o desperdício de toneladas de recursos alimentares. A
alimentação integral possui, como princípio básico, a diversidade
de alimentos e a complementação de refeições, com o objetivo de
reduzir custo, proporcionar preparo rápido e oferecer paladar regio-
nalizado (LIMA et al., 2010; HAMA, 2011). A quantidade de resíduo
alimentar gerado no processamento da merenda escolar pode se
tornar um contribuinte nutricional na alimentação dos estudantes,
além de ajudar a minimizar o impacto ambiental causado por esses
rejeitos (LIRA et al., 2017). Objetivo – Propor uma mudança na con-
cepção da merenda escolar a partir do aproveitamento integral dos
alimentos, motivando a diminuição do desperdício e da geração de
resíduos, ampliando sua aplicação na merenda escolar para a ela-
boração de novas receitas, minimizando o impacto ambiental e pro-
porcionando a sustentabilidade. Materiais e Método – Este trabalho

560. 560
teve início no ano de 2019, por meio do apoio e financiamento da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas- Fapeam,
por meio da aprovação do Projeto Como agregar o aproveitamento
integral dos alimentos na merenda escolar, no Edital N.º 009/2019
– POP C, T & I. Inicialmente, foi feito um levantamento sobre o des-
perdício e a aceitação da merenda escolar entre os estudantes do
turno vespertino da E.E. Deputado Josué Cláudio de Souza, situada
no Coroado. Após essa análise, foi realizada a verificação dos insu-
mos oferecidos pelo Governo do Estado para a preparação da me-
renda escolar e organizado um treinamento com os manipuladores
de alimento escolar (merendeiros) para sugestão de cardápio a partir
da aplicação do aproveitamento integral dos alimentos, evitando
assim o desperdício dos resíduos gerados e agregando sabor e valor
nutricional às preparações. Em seguida, foram organizadas palestras
de conscientização para toda a comunidade escolar sobre o Con-
sumo de uma Alimentação Saudável e Sustentabilidade e Impacto
Ambiental, reforçando a importância do trabalho socioambiental
das escolas e a minimização do impacto ambiental. Por fim, foi feita
a distribuição da cartilha gerada no âmbito do projeto para toda a
comunidade escolar (estudantes, pais/responsáveis e funcionários).
Em abril de 2021, este trabalho foi retomado, agora na E.E. Antônio
Nunes Jimenez, situada no Zumbi, com o intuito de difundir e dis-
cutir a questão da sustentabilidade e trazer uma alimentação mais
nutritiva aos estudantes da escola. Resultados – Como resultado do
projeto anterior, foi possível gerar uma cartilha contendo receitas
que agregam o uso integral dos alimentos na merenda escolar (Fi-
gura 1) e o resultado das preparações realizadas pelos merendeiros
após a realização do treinamento (Figuras 2, 3 e 4). Conclusões –
Sendo assim, é possível observar que é possível disseminar a ciência
dentro das escolas discutindo sobre a importância de uma boa ali-
mentação, o cuidado com o meio ambiental a partir da minimiza-
ção dos impactos gerados pelo desperdício e as possíveis aplicações
para mitigar este problema, despertando o pensamento crítico e a
educação ambiental no espaço escolar, além de trazer uma melho-

561. 561
ria nutricional à qualidade da merenda a partir do aproveitamento
integral dos alimentos.
Palavras-chave: Desperdício, Impacto Ambiental, Alimentação.
Figura 1 – Cartilha
desenvolvida
durante o projeto.
Figura 2 – Almôndega recheada com talo
de couve.
Figura 3 – Purê de jerimum
(polpa e casaca).
Figura 4 – Banana palha
(polpa e casaca).
REFERÊNCIAS
ABREU. E. S.; SIMONY, R. F.; DIAS, D. H. S.; RIBEIRO, F. R. O.
Avaliação do desperdício alimentar na produção e distribuição de

562. 562
refeições de um hospital de São Paulo. Universidade Presbiteriana
Mackenzie, SP. 2012.
HAMA, L. Gastronomia amazônica: saiba mais sobre diferentes
sabores da natureza. Edição: M de Mulher. 2011.
LIMA, S. A. N.; SILVA, A. C. J.; MARQUES, Z. A.; SANTOS, J. M.
2010. Produtos Regionais: uma tendência gastronômica. X Jorna-
da de Ensino, Pesquisa e Extensão – JEPEX 2010. UFRPE, Recife-PE.
LIRA, D. L. Compostagem de resíduos alimentares: uma aborda-
gem em um ambiente escolar. Monografia (Licenciatura em Quí-
mica) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Pernambuco, Campus Ipojuca, Ipojuca, 2017.
SOBRE A AUTORA
Carolina Sousa de Sá Leitão nasceu em
Recife-PE, em 18 de junho de 1983. For-
mou-se em Ciências Biológicas na Uni-
versidade Federal do Amazonas – Ufam,
fez mestrado (Cunl-Inpa) e doutorado
(GCBEv-Inpa) no Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia- Inpa, e tem ex-
periência na docência desde 2007,
atuando no Ensino Médio, EJA e Ensino Superior. É professora efe-
tiva da Seduc-AM, desde 2020.
AGRADECIMENTOS
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas-
Fapeam Edital N.º 009/2019 – POP C,T&I.

563. 563
JORNAL DIGITAL E O CONTEXTO ATUAL: PANDEMIA E
TEMAS RELEVANTES DA ATUALIDADE
Escola Estadual Antônio Lucena Bittencourt
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Daniel Lucas Rodrigues de Souza
[email protected]
Introdução – No intuito da mobilização dos saberes con-
temporâneos e sua respectiva propagação a população, em geral,
principalmente à comunidade escolar, este projeto visa a interlo-
cução entre a Transversalidade e a Interdisciplinaridade por meio
da produção do Jornal Digital na Escola. O jornal é um gênero
literário que aglutina notícias capazes de instigar os leitores na
busca por mais saberes, uma vez que, a linguagem utilizada em
sua metodologia proporciona uma Educação Popular, facilitando a
interação do leitor com o conteúdo exposto, logo, dinamizando a
comunicação. Objetivo – Popularizar os conhecimentos sobre os
Temas Contemporâneos, no Contexto da Pandemia da Covid-19,
que são de importante exploração na nossa sociedade, pois tratam
de assuntos cotidianos da vida do ser humano no planeta Terra.
Materiais e Método – Este projeto está em fase de implantação
na Escola enquadra-se no caráter qualitativo, como recomenda os
elementos ressaltados por Bogdan; Bicklen (1994), quando con-
sideram que “os dados são predominantemente descritivos e a
preocupação com o processo é maior que com o produto”. De-
limita-se, ainda, ao contexto da Investigação Empírica, apontado
por Yin (2001), quando “investiga um fenômeno contemporâneo
dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os li-
mites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente defini-

564. 564
dos”. Trata-se, também, da Pesquisa-Ação-Participante que consis-
te no estabelecimento de uma rede de comunicação no nível de
captação de informações e de divulgação, visando à resolução de
problemas coletivos (THIOLLENT, 2005). Resultados – uma verda-
deira transformação em todo coletivo social, na escola, na socie-
dade, na comunidade escolar; para o estudante: Desenvolver ha-
bilidades no campo da pesquisa científica, com iniciativa, espírito
de equipe, liderança e afetividade no ambiente de trabalho (Figura
1). Demonstrar criticidade sobre os conteúdos selecionados para
serem publicados no Jornal na Escola emitindo opiniões próprias.
Conclusões – os estudantes participantes foram impactados pela
dinamicidade do projeto e que gera motivação para futuras con-
quistas e tendências profissionais nas áreas tocadas pelo projeto.
Além disso, abordagem do projeto transforma o veículo de co-
municação e informação numa ferramenta pedagógica transversal
que facilita o ensino e a aprendizagem de temas da atualidade, de
modo prático, acessível e facilitado, contribuindo com a difusão
de conhecimento na sociedade contemporânea.
Palavras-chave: Jornal Digital, Redes Sociais, Interatividade.
Figura 1 – Estudantes desenvolvendo habilidades no
campo da pesquisa científica.

565. 565
REFERÊNCIAS
BOGDAN, R.; BICKLEN, S. Investigação Qualitativa em Educação:
Uma Introdução à Teoria e aos métodos. Portugal: Porto, 1994.
THIOLLENT, M. Metodologia da Pesquisa-ação (14.ªed.) São Pau-
lo: Editora Cortez, 2005.
YIN, R. K. Estudo de Caso: planejamento e métodos. Trad. Daniel
Grassi – 2.ª ed. – Porto Alegre: Bookman, 2001.
SOBRE O AUTOR
Daniel Lucas Rodrigues de Souza, Bol-
sista do Programa de Iniciação Científica
da Universidade do Estado do Amazo-
nas, com o Projeto Políticas Públicas de
Educação Ambiental sua aplicabilidade
na sociedade brasileira: um enfrenta-
mento ao PLS 221 de 2015 (2017-2018).
É membro fundador da página de divul-
gação científica: Universo Biologia, no Instagram e Facebook
(2019). É bolsista do Programa de Residência Pedagógica da Uni-
versidade do Estado do Amazonas – com ênfase na inserção das
novas tecnologias da informação e comunicação na escola do En-
sino Básico (2018-2020).

567. 567
CONSTRUÇÃO DE EXPERIMENTO USANDO
A PLATAFORMA ARDUINO PARA SIMULAR A
VELOCIDADE MÉDIA DE CORPO EM MOVIMENTO
Escola Estadual Homero de Miranda Leão
Ensino Médio – 1.ª série
Ivan Viana Dos Santos
[email protected]
Introdução – Atualmente, de acordo com Moreira (2015),
existe uma grande necessidade de se abordar o ensino de Física,
unindo a teoria com a prática. Frequentemente, a Física é ensinada
de forma puramente abstrata, o que dificulta o reconhecimento
dessa ciência no dia a dia por parte dos estudantes. Este projeto
consiste em uma construção e aplicação de experimento de baixo
custo no ensino de velocidade média usando um sensor ultrassôni-
co. Para desencadear o projeto, três discentes participantes tiveram
que adquirir conhecimento de circuito elétrico, som, e conheci-
mentos prévios da plataforma Arduino. O projeto foi desenvolvido
e, ao final foi apresentado para todos os estudantes da 1.ª série do
Ensino Médio da escola, na tentativa de proporcionar ao estudante
uma experiência prática atrelada a realidade física vivenciada no
cotidiano, tornando o aprendizado um processo significativo. Ob-
jetivo – Apresentar aos estudantes o conceito de velocidade média
atrelado à prática fazendo uso da plataforma Arduino. Materiais e
Método – Este trabalho teve a finalidade de apresentar aos estu-
dantes o conceito de velocidade média, e com o uso da plataforma
Arduino, simular este fenômeno, procurando ir de acordo com o
que Pereira (2014) ressalta em seu trabalho, (pois uma implicação
da abordagem Vygotskyana para o ensino de Física é afirmação de

568. 568
que a introdução de um novo signo na atividade psicológica causa
uma transformação fundamental das funções mentais superiores).
A duração do projeto foi de quatro meses desde a sua elaboração
até a conclusão. O público alvo foram os estudantes do 1° ano do
Ensino Médio, pois é nesse ano de ensino que o conteúdo citado é
abordado. No entanto, a construção do experimento foi desenvol-
vida por três estudantes da 2.ª série do Ensino Médio. Para facilitar
a execução da proposta, foi dividido o desenvolvimento do pro-
jeto em aulas descritas: Aula 1 – Para a primeira aula, foram pre-
vistas inicialmente a apresentação do projeto aos três estudantes.
Em seguida, o professor pediu que esses estudantes fossem atrás
de materiais bibliográficos, como livros e material adicional refe-
rente ao assunto de velocidade média. Essa aula foi realizada pela
plataforma Google Meet. Ainda no primeiro encontro, foram pas-
sadas as instruções sobre o desenvolvimento das atividades e que
deveria ser realizada uma apresentação final com o resultado do
experimento aos estudantes da 1.ª série. Aula 2 – Agregando novos
conhecimentos à pesquisa externa à escola já realizada pelos três
estudantes, foi feita uma breve abordagem teórica sobre o assunto
de velocidade média com alguns exemplos do cotidiano. Essa aula
foi realizada na própria sala de aula, na qual os estudantes fize-
ram pesquisas na Internet e as trouxeram impressas, com anota-
ções no caderno ou em mídias (celular). Em seguida, foi abordado
e esclarecido as dúvidas dos estudantes pelo professor sobre os
conceitos de velocidade média. Aula 3 e 4 – Após a aula teórica,
foi realizado algumas aulas práticas, usando o Arduino e alguns
dispositivo eletrônico (Ultrassônico, Led e outros). Nas primeiras e
segundas aulas práticas os estudantes conheceram os dispositivos
eletrônicos e a plataforma Arduino e, ao final, puderam construir
o primeiro experimento. Neste experimento, além do aprofunda-
mento do experimento anterior foi possível integrar um sensor ul-
trassônico (medidor de distância por meio do som), no qual, foi
programado para um led ou mais ascender dado uma determinada
distância de algum objeto a frente desse sensor. Vale ressaltar que

569. 569
no momento da construção desse experimento, além de circuitos
elétricos e programação, o professor explorou com os estudantes
a respeito da velocidade do som e reflexão do som. Aula 5 – O
experimento, objetivo do projeto, foi aperfeiçoado por meio do
experimento anterior, foi utilizado o mesmo circuito anterior, no
entanto, a programação foi reajustada. No final da simulação, os
estudantes tiveram oportunidades de fazer alguns ajustes na pro-
gramação. Como, por exemplo, programar outra velocidade para
o Led ascender. Para divulgar o experimento à comunidade esco-
lar, foi feito uma apresentação para mostrar o trabalho desenvol-
vido para estudantes da 1.ª série do Ensino Médio. Observam-se
alguns momentos da divulgação, como, um estudante apresentan-
do o circuito construído e um estudante simulando a velocidade
do seu movimento. Resultados – No momento da divulgação, foi
possível observar a integração do conhecimento, foi abordado al-
guns aspectos da plataforma Arduino, o seu uso no dia a dia e,
ao final, foi mostrado a programação e o circuito feito para, só
então, fazer a simulação do movimento de um estudante presente
na sala (Figura 1). Nesse momento os estudantes presentes fica-
ram muito curiosos para entender do que tratava aquele experi-
mento. Pode-se observar que, conforme o movimento fosse mais
rápido, em intervalo de tempo, obtinha-se um espaço maior, em
consequência, a velocidade era maior, ou seja, perceberam que
velocidade média está relacionada com a distância e tempo. Além
do conhecimento de física adquirido, observou-se a curiosidade
em conhecer mais sobre a plataforma Arduino. O professor e os
três estudantes participantes fizeram algumas observações sobre a
plataforma e também divulgaram livros e alguns sites que falam a
respeito da mesma. As observações feitas durante a realização do
projeto e da divulgação mostraram que o ensino de Física unindo
teoria e prática se torna mais significativos, pois estimula a criati-
vidade e motiva os discente, possibilitando um maior rendimen-
to no processo de ensino indo em acordo com Moreira (2015),
existe uma grande necessidade de se abordar o ensino de Física

570. 570
unindo a teoria com a prática, já que desperta os estudantes para
essa ciência e, por muitas vezes, contribuem para o interesse dos
estudantes pela Física. Conclusões – A possibilidade de apresen-
tar conceitos físicos fazendo uso de componentes eletrônicos que,
constantemente, utilizamos nos permite mostrar como a Física se
faz presente em nossas vidas. Além disso, utilizando componen-
tes eletrônicos juntamente com plataforma arduíno propiciou uma
aula de Física mais dinâmica, estimulando a criatividade tanto nos
estudantes quanto nos professores.
Palavras-chave: Velocidade Média, Plataforma Arduíno,
Aprendizagem.
Figura 1 – Experimento e estudantes vivenciando aula prática.

571. 571
REFERÊNCIAS
MOREIRA, M. L. B. Experimentos de baixo custo no ensino de
mecânica para o Ensino Médio. 2015. 67 f. Dissertação (Mestrado
em Ensino de Física) – Universidade Federal Rural de Pernambuco
(UFRPE), Garanhuns, 2015.
PEREIRA, A. P. Implicações da perspectiva de Wertsch para a in-
terpretação da teoria de Vygotsky no ensino de física. Instituto de
Física – UFRGS, Porto alegre – RS, 2014.
SOBRE O AUTOR
Ivan Viana dos Santos nasceu em 24 de
abril de 199,3 na cidade de Silves-AM e
formou-se em Licenciatura em Ciências:
Matemática e Física na Universidade Fe-
deral do Amazonas. É filho de Maria Al-
cilene Viana dos Santos e Idevan Neves
dos Santos. Viveu e estudou até os seus
17 anos naquela localidade. Concluiu
,em 2010, o Ensino Médio, e em seguida, ingressou no Curso de
Licenciatura em Ciências: Matemática e Física da Universidade
Federal do Amazonas/ Pólo Itacoatiara, concluindo sua graduação,
em 2016. Em 2018, ingressou no Mestrado de Ensino de Física do
Instituto Federal de Educação do Amazonas/Ifam, o concluindo,
em 2020. Concomitante ao mestrado foi aprovado no concurso da
Secretaria de Educação do Estado do Amazonas, na qual foi em-
possado no ano de 2020, trabalhando como professor efetivo nes-
sa secretaria. Atualmente, trabalha na Educação Básica lecionan-
do a disciplina de Matemática, juntamente trabalha em projetos
usando a plataforma arduíno.

573. 573
MATEMÁTICA EM UMA VIAGEM PELOS
MUNICÍPIOS DO ESTADO DO AMAZONAS
Escola Estadual Frei Silvio Vagheggi
Ensino Médio – 1.
a
, 2.
a
e 3.
a
série
Cristiane Albuquerque Amore
[email protected]
Introdução – O tema abordado neste trabalho surgiu a partir
da necessidade de integrar a matemática com o conhecimento de
algumas peculiaridades dos municípios do Estado do Amazonas,
às vezes desconhecido pelos estudantes do nosso Estado. A vivên-
cia da sala de aula é capaz de demonstrar o desconforto dos es-
tudantes ao operacionalizar com os números inteiros e racionais,
além de mostra que os estudantes não conseguem compreender
com facilidade o real significado da representação de uma fração.
Neste contexto, a proposta deste trabalho foi integrar o estudo da
Matemática com as disciplinas de Geografia, História e Biologia,
trazendo a fauna e a flora como destaque das peças do jogo. As-
sim, é apresentada uma alternativa metodológica com a aplicação
de um jogo para dinamizar o estudo abordado. Objetivo – Desen-
volver um jogo com recursos regionais, integrando o conhecimen-
to da Matemática com outras disciplinas. Materiais e Método – O
trabalho teve início com pesquisas bibliográficas para a seleção
do material que tivesse referência de trabalho similar e que envol-
vesse aspectos da região amazônica em relação à fauna e flora. O
norte para o desenvolvimento da pesquisa foi a tese de mestrado
“A utilização dos Jogos como Recurso Didático no Processo Ensi-
no – Aprendizagem da Matemática nas Séries Iniciais no Estado do
Amazonas” (ALBUQUERQUE, 2009). Com base nesse estudo, foi

574. 574
desenvolvido pelos estudantes da 3.ª série do Ensino Médio um
jogo utilizando o mapa do Estado do Amazonas e elementos da
nossa biodiversidade como material alternativo para auxiliar as au-
las (Figura 1). Com a orientação da professora, os estudantes cria-
ram as regras e as questões de matemática sobre números inteiros
e racionais. Para que se tornasse um trabalho multidisciplinar, to-
das as questões levaram o jogador a conhecer no mapa a locali-
zação dos municípios, um pouco de sua história, o conhecimento
da geografia, o turismo, a cultura e a economia básica. O mapa do
Estado do Amazonas foi utilizado como tabuleiro do jogo (Figura
2). Para a identificação dos jogadores foram utilizadas peças do
artesanato regional com animais da Floresta Amazônica (Figura 2).
As peças manuseadas para o cálculo das questões eram caroços de
tucumã, sementes do caju, caroços de pupunha e sementes regio-
nais encontradas nas feiras de artesanatos em forma de pulseiras
e colares. O movimento no mapa foi realizado por uma canoa
de artesanato. Foram usados dois dados como sendo o marco do
início pela pedra maior e uma ampulheta para medir o tempo de
resposta. Todo o desenvolvimento realizado no jogo era para que
os estudantes por meio das questões fizessem uma viagem pelos
municípios por meio do cálculo matemático (Figura 2). O jogo
tem início no município de Manaus, que é a capital do Estado do
Amazonas, sendo o ponto de partida. Cada jogador foi represen-
tado por um animal da fauna amazônica. Cada jogador, na sua
vez, tira uma carta de destino, que indicará o município, e a outra
que contém a questão com sua pontuação. Para obter a resposta, o
jogador deve manusear as sementes das frutas regionais. Se estiver
correta, receberá a pontuação, seguindo para seu destino e, ao
chegar, deverá ler a carta contendo as informações do município.
Se errar a questão, não joga e permanece onde está. Serão feitas
três rodadas no jogo. O jogador que acumular o maior número de
pontos ganha o jogo, os demais jogadores devem somar também
o total de pontos conquistados para classificá-los. Essa pontuação
vale para finalização do jogo. Resultados – Um processo de apren-

575. 575
dizagem quando há o envolvimento dos estudantes, estimulados
pelo professor, que incentiva a criatividade e deixa que os estudan-
tes construam suas estratégias e aplicações, reflete um grau de res-
ponsabilidade e aprendizagem do conteúdo. Após a finalização da
criação de apresentação, estratégia, regras e construção do jogo,
começou o manuseio do material com a participação de 5 (cin-
co) estudantes que jogaram entre si e foi notado a descontração
e o interesse em aprender o conteúdo desenvolvido e a mudança
de comportamento na sala de aula. Uma das causas do fracasso
do ensino é que tradicionalmente a prática mais comum é aquela
em que o professor apresenta o conteúdo partindo de definições,
exemplos, demonstração de propriedades, seguidos de exercícios
de aprendizagem, fixação e aplicação, pressupondo-se que o es-
tudante aprende pela reprodução e repetição. No dizer de Elenir
Souza Santos o estudante precisa adquirir habilidades, como fazer
consultas em livros, entender o que lê, tomar notas, fazer síntese,
redigir conclusões, interpretar gráficos e dados, realizar experiên-
cias e discutir os resultados obtidos e, ainda, usar instrumentos de
medida quando necessário, bem como compreender as relações
que existem entre os problemas atuais e o desenvolvimento cien-
tífico. Isso só será possível a partir do momento que o professor
assumir o seu papel de mediador do processo ensino-aprendiza-
gem, favorecendo a postura reflexiva e investigativa. O trabalho foi
aplicado nas 1.ª, 2.ª e 3.ª série do Ensino Médio, com estudantes
que participaram do processo de construção. Foi possível notar
que na aplicação nas salas, houve estudantes que fizeram o cál-
culo proposto e somente apresentaram o resultado, estudantes que
desistiram, os que não tentaram fazer e outros que apesar de não
saberem, ficaram perguntando e sua curiosidade levou a apren-
derem a regra do jogo e, principalmente, entenderam o conteúdo
matemático proposto, fazendo da aprendizagem uma brincadeira,
que gerou um desafio e saiu vencedor por construir seu conhe-
cimento dos números inteiros e racionais. Assim, buscamos uma
forma de potencializar a aprendizagem das operações por meio

576. 576
dos jogos, estimulando e criando e envolvendo os estudantes nas
atividades. Conclusões – Este trabalho permitiu verificar a constru-
ção do conhecimento com a participação dos estudantes no pro-
cesso de viabilidade em aplicar diferentes metodologias em sala
de aula no ensino dos números inteiros e racionais. O interesse
dos estudantes foi demonstrado desde os primeiros contatos com
as pesquisas e sugeriram as mudanças apresentadas pela professo-
ra de forma integrada nas elaborações das questões e utilização do
material. O mais importante foi verificar o crescimento intelectual
na hora da operacionalização e apresentação dos resultados. Um
encontro perfeito do material lúdico, operações e aquisição do co-
nhecimento. A troca de experiência do conhecimento da profes-
sora com a vivacidade dos jovens mostrou que a matemática pode
ser ensinada de forma mais prazerosa quando há a participação e
integração de todos os atores do processo ensino-aprendizagem.
Palavras-chave: Matemática, Jogo, Escola.
Figura 1 – Elementos da nossa biodiversidade.

577. 577
Figura 2 – Tabuleiro, peças e cartelas do jogo.
REFERÊNCIA
ALBUQUERQUE, C. S. C. A Utilização dos Jogos como Recurso
Didático no Processo Ensino-Aprendizagem da Matemática nas
Séries Iniciais no Estado do Amazonas. Manaus- UEA, 2009.
SOBRE A AUTORA
Cristiane Albuquerque Amore nasceu
em 18 de outubro de 1965, na cidade de
Manaus-AM; é professora e advogada.
Graduada em Matemática pela Ufam e
Direito pela Faculdade Marta Falcão.
Possui especialização em Educação Ma-
temática pela Esbam – Escola Superior
Batista do Amazonas, Informática na
Educação – Faculdade Objetivo, atualmente Centro Universitário
do Norte. Especialização na área do Direito em Direito Tributário
– Faculdade Martha Falcão, Direito Civil e Processo Civil – Escola
Superior da Magistratura/AM, Direito Previdenciário e Direito do
Trabalho e Processo do Trabalho – Escola da Advocacia da
OAB-AM.

579. 579
MODELAGEM COMPUTACIONAL DA CURVA DE
CRESCIMENTO DA COVID-19 NO ESTADO DO
AMAZONAS
Escola Estadual Jairo da Silva Rocha
Ensino Médio – 1.ª série
Ronald Patrick Batista de Azevedo
[email protected]
Introdução – Um dos grandes desafios do professor na atuali-
dade é trazer para dentro da sala de aula metodologias inovadoras,
capazes de gerar no estudante um interesse pelo estudo teórico
trabalhado no ambiente escolar. É perceptível a dificuldade em
encontrar uma metodologia que faça com que os estudantes não
somente se interessem pelo assunto ministrado, mas busquem de-
senvolver uma certa autonomia no quesito da investigação e da
pesquisa. Com base nisso, foram desenvolvidas metodologias que
visam associar os conteúdos escolares a assuntos que tenham im-
pacto direto na vida dos estudantes, proporcionando um estudo
interdisciplinar. Dessa forma, o presente projeto buscou realizar
uma pesquisa em cima de um assunto muito recorrente e de gran-
de importância na atualidade, que é a pandemia do novo coro-
navírus mais amplamente conhecido como Covid-19. Objetivo
– Aplicar os modelos de dinâmica populacional de Malthus e de
Gompertz no software STELLA com o intuito de construir cenários
hipotéticos da taxa de contaminação da Covid-19 no Estado do
Amazonas. Materiais e Método – A pesquisa foi dividida em três
momentos: a primeira foi a busca de referências e de dados para
a análise, a segunda foi o tratamento dos dados e a exploração do
software STELLA, utilizado na pesquisa, e a terceira foi a aplica-

580. 580
ção dos modelos e o desenvolvimento da discussão e análise dos
resultados. Pode-se afirmar que a presente pesquisa é de caráter
quantitativo, por se tratar de um estudo que teve como ponto de
partida a análise de dados e a busca de soluções numéricas para
problemas de caráter matemático. Além disso, os dados de conta-
minação trabalhados foram adquiridos pela plataforma da SUSAM
(2020) e os dados populacionais pela plataforma do IBGE. A partir
da aquisição dos dados, realizou-se uma interpolação numérica,
que gerou uma equação diferencial responsável por nos fornecer
a constante intrínseca de crescimento da taxa de contaminação.
Sendo este processo necessário, por se tratar de uma análise de
um fenômeno situado na realidade, tornando indispensável uma
espécie de redefinição de uma situação real em um modelo ma-
temático para que seja possível obter uma solução numérica que
possa ser reinterpretada na situação real. Processo esse, definido
por Bassanezi (1988), por modelagem matemática. No mais, para
buscar as soluções numéricas de cada modelo, utilizou-se o soft-
ware interativo STELLA, que permitiu realizar a modelagem de
cada equação aplicando apenas em sua estrutura lógica a cons-
tante obtida anteriormente pela interpolação dos dados da taxa de
contaminação. Ou seja, a razão pela qual o software foi conside-
rado nessa pesquisa foi porque ele anula a necessidade da busca
de soluções analíticas, que fogem totalmente do nível acadêmico
dos estudantes envolvidos no projeto. Dessa forma, transcorreu
a exploração do software STELLA para o entendimento dos estu-
dantes em torno da funcionalidade dos itens básicos do sistema,
para que eles verificassem a importância do cálculo da constan-
te de crescimento e de sua aplicação no sistema, sendo tal pro-
cesso responsável por gerar as soluções numéricas dos modelos
que permitiram realizar discussões sobre a taxa de contaminação
no Estado do Amazonas e de como o Governo lidou com elas.
Resultados – Após os cálculos aritméticos dos dados de contami-
nação, relacionou-se as taxas de contaminação com os próprios
dados obtidos, gerando a equação diferencial presente no gráfico

581. 581
1 (Figura 1). Também é responsável por nos fornecer a constan-
te intrínseca de crescimento que é necessária para as simulações
dos modelos no software STELLA. No entanto, o modelo de Gom-
pertz também exigiu o valor limite da população que, no caso, é
a população atual do Estado do Amazonas. Após a aplicação da
constante de crescimento e do valor populacional limite, gerou-se
o resultado. Dessa forma, a Figura 2 apresenta as soluções numé-
ricas dos modelos considerados, de forma que, a função em azul,
denominada “casos G”, representa a solução numérica do modelo
de Gompertz, enquanto que a função vermelha, intitulada “casos
M”, representa a solução do modelo de Malthus. O gráfico da fi-
gura 2 nos permitiu observar que a função de Gompertz apresenta
um crescimento bem mais rápido no início da simulação do que
de Malthus, podendo assim concluir, quando comparado aos da-
dos reais, que o modelo de Malthus falhou na simulação e obteve
resultados incoerentes. Além do mais, verificou-se que a aplicação
dos modelos de Gompertz e de Malthus no software STELLA apre-
sentaram resultados intrigantes. Sendo que, por meio da compa-
ração dos dados obtidos por uma regressão linear e pelo auxílio
de um gráfico, verificou-se que o modelo de Malthus apresentou
uma solução com boa aproximação dos dados reais, mas com um
crescimento muito lento. Já o modelo de Gompertz obteve uma
solução com uma aproximação não tão boa quanto a de Malthus,
mas com um crescimento exponencial mais acelerado, o que nos
permitiu realizar boas aproximações para os cenários. Dessa for-
ma, considerou-se apenas o modelo de Gompertz para construir
os cenários. Além disso, por meio da comparação da solução do
modelo de Gompertz com os dados reais, observou-se que seu
comportamento assintótico poderia ser muito bem o comporta-
mento da curva de crescimento, caso não houvesse sido decretado
o isolamento. Ainda mais, durante o debate dos resultados, outra
questão foi levantada, referente aos possíveis casos e subnotifica-
ção dos dados de contaminação apontadas pelo relatório técni-
co desenvolvido pela Ufam em 2020. Segundo esse documento,

582. 582
o Estado não teve a capacidade de testar o mínimo de pessoas
possíveis para de gerar os dados. Além disso, seus resultados fo-
ram similares à solução de Gompertz, com uma curvatura maior
quando comparado aos dados reais, sendo que o referido estudo
não considerou os dados oficiais, baseando-se apenas nas taxas
de contaminação apresentadas por diversas localidades do mun-
do, como Nova Iorque. Ainda quando comparamos as curvas de
crescimento do Estado do Amazonas e do Estado de São Paulo, ve-
rificamos que elas apresentam um padrão de crescimento, padrão
esse bem diferente às curvas de Lombardina e de Nova Iorque,
que apresentam um estouro de crescimento após o milésimo caso
confirmado. Dessa forma, o presente estudo encontrou em suas
soluções diversos motivos para buscar entender melhor o padrão
na taxa de crescimento da curva de contaminação que ocorreu
no Estado do Amazonas por conta de sua forma intrigante (Figura
3). No entanto, não foi possível realizar o objetivo de tentar esti-
mar em quanto tempo a população total do Estado do Amazonas
estaria infectada pelo vírus, até por que, de acordo com o estudo
de Lima (2020), é impossível estimar o tempo necessário para que
toda população do Amazonas tenha sido infectada, tendo em vista
a pequena quantidade de dados divulgados pelo Governo, assu-
mindo que é necessário dispor de dados gerais a partir de uma
testagem em massa. Conclusões – Mesmo que nem todos os ob-
jetivos da proposta tenham sido alcançados, o projeto apresentou
uma grande oportunidade dos estudantes bolsistas em conhecer
melhor o mundo da investigação, do fazer científico. Ramo este
tão necessário, mas ao mesmo tempo tão escasso de profissionais.
Além disso, e partindo da hipótese de que somente o estudo teóri-
co não é o suficiente para a formação de um cidadão, este projeto
buscou correlacionar disciplinas de diversos campos com o intuito
de desenvolver um aprendizado mais significativo.
Palavras-chave: Stella, Matemática, Aprendizagem, Pesquisa,
Modelagem.

583. 583
Figura 1 – Gráfico da equação diferencial.Figura 2 – Gráfico de comparação das
soluções com os dados oficiais.
Figura 3 – Apresentação dos resultados
REFERÊNCIAS
BASANEZI, R. C. Equações Diferenciais com Aplicações. Coleção
BC& T – UFABC. Edit.: Harbra, S. Paulo. 1988.
LIMA, M.; LEÂO, J.; CABRAL, C.; DIAS, S.; SILVA, D.; STEINMETZ,
W. A.; COSTA, J. M.; BITAR, S.; DUCZMAL, L. H.; ALMEIDA, A.
C. L. Curva de Contaminação COVID – 19 Estado do Amazonas.
Relatório técnico. Ufam. 2020.

584. 584
SOBRE O AUTOR
Ronald Patrick Batista de Azevedo nasci-
do em 14 de abril de 1997, na cidade de
Manaus-AM, formou-se na Universida-
de do Estado do Amazonas – UEA em
2018 no curso de Licenciatura em Mate-
mática. Hoje atua na Escola Estadual Jai-
ro da Silva Rocha como professor de
Matemática do Ensino Básico.
AGRADECIMENTO
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
(Fapeam) pelo apoio financeiro.

585. 585
JOGOS ELETRÔNICOS: AS NOVAS REPRESENTAÇÕES
DO TRABALHO PARA OS JOVENS DA ESCOLA
PRIMEIRO DE MAIO
Escola Estadual Primeiro de Maio
Ensino Médio – 3.ª série
Rodrigo Lima de Almeida
[email protected]
Introdução – Os jogos eletrônicos são uma das ferramen-
tas mais utilizadas para o lazer, segundo a pesquisa Game Bra-
sil 2018: 75,5% dos brasileiros são adeptos aos jogos eletrônicos,
sendo que as plataformas mais utilizadas por eles são: celulares/
smartphones (84%), consoles (46%) e computador (45%). A pre-
sente proposta consiste em desenvolver o raciocínio crítico a res-
peito do uso responsável de jogos eletrônicos e a relação com o
trabalho. A finalidade deste projeto está em um uso consciente e
responsável dos jogos eletrônicos. Objetivo – Desenvolver o pen-
samento crítico quanto ao uso dos jogos eletrônicos e sua relação
com o mercado de trabalho, oferecendo sistema de recompensas
no processo de gameficação do trabalho. Materiais e Método – Foi
realizado primeiramente uma pesquisa quantitativa, por meio de
um questionário para estabelecer o número de estudantes que uti-
lizam os jogos eletrônicos. No segundo momento, uma pesquisa
qualitativa; a partir dos dados coletados, foi constituído grupo de
estudo para debater a relação dos jogos eletrônicos com as for-
mas de trabalho da atualidade. No terceiro momento, um plano
de ação de como utilizar de forma consciente os jogos eletrônicos.
E o último momento, aplicação deste plano de ação, onde iremos
socializar com todos os estudantes da turma os jogos que são vol-

586. 586
tados para a dinâmica de gratificação do mercado de trabalho e
também os que são criativos/críticos. Resultados – Os estudantes
perceberam qual papel dos jogos eletrônicos na atualidade e de-
senvolveram um pensamento crítico sobre sua realidade, perce-
bendo que jogar jogos eletrônicos são uma forma de preparação
para uma determinada forma de trabalho. Com isso, uma visão
mais crítica sobre os jogos eletrônicos transformou a percepção do
uso dos jogos eletrônicos ligados a gameficação do trabalho. Os
estudantes compreenderam as gratificações dos jogos eletrônicos
como ferramenta para o aumento da produtividade do trabalho.
Conclusões – Esta proposta consiste em desenvolver o raciocínio
crítico a respeito do uso responsável de jogos eletrônicos e a rela-
ção com o trabalho.
Palavras-chave: Jogos Eletrônicos, Pensamento Crítico, Gameficação.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2017.
SOBRE O AUTOR
Rodrigo Lima de Almeida, brasileiro, na-
tural do Pará, professor na Seduc/Amazo-
nas desde fevereiro de 2016. Concluiu a
graduação em 2012 na Universidade Fe-
deral do Pará e possui especialização em
Fisiologia do Exercício pela Universida-
de Gama filho. Possui pesquisa em Jogos
Eletrônicos, fomentada pela Fapeam.

587. 587
LITERATURA, ARTES, HISTÓRIA E MEMÓRIA:
MINHA ESCOLA, MEU LUGAR NO MUNDO
Escola Estadual Márcio Nery
Ensino Médio – 3.ª série
Sideny Pereira de Paula
[email protected]
Introdução – A intencionalidade em se criar um projeto com a
temática que envolve a escola Márcio Nery e a comunidade do bair-
ro do São Francisco, onde a escola está localizada, partindo-se da
aplicabilidade da literaturas, das artes em geral e da valorização dos
talentos dos estudantes e de seus familiares, foi pensada para que
não só esses estudantes (que são da 3.ª série do Ensino Médio, do
turno matutino) pudessem ter seus talentos e conhecimentos conhe-
cidos e valorizados pela escola e pela comunidade do bairro, mas
também para os moradores do bairro, os familiares desses estudan-
tes, pudessem ter um espaço para também divulgar seus talentos,
seus dons artísticos e literários. Nas palavras de Silva et al. (2015), é
explícito que se faz necessário que a comunidade e a escola se en-
carem responsavelmente como parceiras de caminhada, pois ambas
são responsáveis pelo que produzem, podendo reforçar ou contra-
riar a influência uma da outra. Uma das maiores dificuldades que
as escolas enfrentam, como citado acima, é a de trazer para dentro
de seus muros, a comunidade de seu entorno. Sem a participação
ativa da comunidade nas ações da escola, muito se perde em termos
de fortalecer laços que servirão para que o estudante esteja aprovei-
tando a totalidade de tudo o que a escola oferece a ele: o ensino
formal, a cultura, a diversidade, o lazer, saúde, alimentação saudá-
vel e afins. Esse projeto contempla o todo dessa interação escola-

588. 588
-comunidade, interligados por meio dos estudantes (Figuras 1 e 2).
Objetivo – Envolver a Escola Estadual Márcio Nery e a comunidade
do bairro do São Francisco nas ações desenvolvidas na mesma, por
meio dos talentos dos estudantes e de seus familiares, nas ações do
projeto de Língua Portuguesa, que contempla as artes em geral e os
talentos dos envolvidos. Materiais e Método – Os materiais são de
acordo com as ações especificadas nos objetivos. Teve início no se-
gundo semestre de 2020 e continua até este ano de 2021: com um
enfoque qualitativo, o projeto desenvolveu-se sob dois pressupos-
tos: reconhecer e valorizar os talentos literários e artísticos dos es-
tudantes e da comunidade do entorno da escola e a inserção dessa
comunidade nas ações da mesma, para que haja uma interatividade
e parceria. É perceptível que os professores das escolas têm muita
dificuldade em desenvolver aulas voltadas à literatura e às artes, o
que os levava muito frequentemente a um ensino tradicional de gra-
mática, mesmo a partir do estudo com textos literários, então, uma
das principais intenções de se desenvolver o projeto, foi fazer essa
quebra e colocar realmente em prática os talentos dos envolvidos
na escola, o que foi um sucesso, pois descobriu-se talentos diversos
e houve realmente essa participação. Resultados – Os resultados fo-
ram positivos, pois a intenção era trazer a comunidade para dentro
da escola, como forma de parceria para a melhor inserção do estu-
dante e de formá-lo com sujeito construtor de seu conhecimento,
como descrito nas LDBs (Inciso II, art. 3.º, LDB): “A liberdade de
aprender como princípio de ensino: cabe ao educador a tarefa de,
no âmbito da instituição escolar, ensinar a aprender, mas respeitar,
como princípio, a liberdade de aprender”. Esse projeto começou a
ser aplicado em outubro de 2020 e está sendo desenvolvido tam-
bém neste ano de 2021, com resultados muito positivos, levando-
-se em consideração que o objetivo vem sendo alcançado; trazer a
comunidade para dentro da escola, como parceiros, colaboradores
e incentivadores dos nossos estudantes. Em relação a garantia de
padrões mínimos de qualidade de ensino para desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem. O Inciso IX, art. 4.º, LDB expli-

589. 589
cita que: cabe ao poder público, por meio dos governos; às famílias,
por meio dos pais e responsáveis e à sociedade, como um todo,
ofertar um ensino de qualidade. Zilbernam (2009) expõe que os
modelos de ensino de literatura seguem, embora tenham mudado
de algumas formas, os mesmos desde os gregos e latinos, e que, no
entanto, não têm mais o mesmo objetivo: hoje se pretende, com a
leitura literária, formar sujeitos críticos e humanizados (CANDIDO,
2004). Partindo-se dessa premissa, o projeto desenvolvido, buscou,
por meio de ações práticas voltadas à literatura e artes em geral, a
valorização dos talentos artísticos dos estudantes e de seus familia-
res, pertencentes à comunidade do bairro do São Francisco, onde a
escola está localizada, além de firmar essa parceria entre a escola e
essa comunidade, objetivo que foi alcançado. Conclusões – Pensar
em se desenvolver um projeto que envolva a escola e a comunidade
não é uma tarefa fácil, mas é necessária, pois a escola não funciona
bem sem que todos os envolvidos no processo não estejam ativos e
participantes. Também tivemos a oportunidade de ensinar aos mes-
mos sobre recursos midiáticos para promover seus talentos, e para
tal, os divulgamos nas redes sociais, nos meios de comunicação,
apresentamos a eles as plataformas de publicação digitais e todos
os recursos tecnológicos que eles desconheciam, o que foi um novo
universo de possibilidades, que se abriu para eles.
Palavras-chave: Literatura, Artes, Memória, Escola, Comunidade.
Figura 1 – Arquivo Pessoal. Figura 2 – Arquivo Pessoal.

590. 590
REFERÊNCIAS
CÂNDIDO, A. O direito à literatura. E outros ensaios. Coimbra:
Angelus Novos, 2004.
SILVA, E.; GOMES, L. S.; SANTANA, V. H. Escola e comunidade:
uma relação necessária. Disponível em https://portal.fslf.edu.br/
wp-content/uploads/2016/12/tcc10.pdf Acesso em 18/07/2021.
ZILBERMAN, R. Que literatura para a escola? Que escola para a
literatura? Revista desenredo. Passo Fundo – v. 5 – n.º 1 – 9-20 –
jan./jun. 2009.
SOBRE A AUTORA
Sideny Pereira de Paula, nasceu em 12
de agosto de 1967, na cidade de Ma-
naus, AM. Formada em Letras, Língua
Portuguesa, pela Ufam-AM, mestra em
Estudos Literários pelo PPGL/Ufam, AM,
doutoranda Em Literatura e Práticas So-
ciais pela UNB (Universidade de Brasí-
lia), professora da Seduc, AM, lotada na
Escola Estadual Márcio Nery, turno matutino. É teórica da área de
Literatura, com artigos publicados em revistas, capítulos de livros
e tem participação ativa em congressos, simpósios e ouros, tanto
nacionais quanto internacionais, como comunicadora, palestrante
e organizadora dos mesmos.

591. 591
O CENTRO CRIATIVO: A DANÇA TRANSFORMADORA
Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida
Ensino Médio – 1.ª série
Vanderlan Soares dos Santos
[email protected]
Introdução – O presente projeto justifica-se por acreditar-
mos nas possibilidades e benefícios sociais das danças urbanas no
resgate social de crianças e adolescentes em situação de risco e
evasão escolar. Por meio de leituras e pesquisa, constatamos que
as danças praticadas no âmbito público (rua), com o passar dos
tempos, vêm sendo apreciada fortemente por crianças e adoles-
centes. A disseminação das danças urbanas no mundo é fato, pois
essa linguagem de dança pode ser praticada em qualquer espaço,
o que facilita sua adesão em diferentes e diversas comunidades.
Esta, pode ser levada para os pátios, quadras e praças, não neces-
sita de grandes aparatos, como sapatilhas, malhas e meias, sendo
sua prática acessível às classes mais pauperizadas. Um outro fator
importante é que não há restrições para seus praticantes: nelas
podem participar a criança, o jovem e o adulto, independente de
gênero, raça, credo ou orientação sexual. Todos esses fatores agre-
gados auxiliam grandemente as crianças e jovens no controle da
evasão escolar, na minimização dos riscos sociais, na socialização
e no respeito a si mesmo e ao outro. Objetivo – Desenvolver es-
tudos de danças urbanas, oferecendo aulas dos diferentes estilos,
como possibilidade de intervenção na minimização da evasão es-
colar. Materiais e Método – Tratou-se de uma pesquisa qualitativa,
de campo, onde em princípio foram coletados os dados relativos à
condição de estabilidade escolar e situação socioeconômica, por

592. 592
meio das fichas individuais dos estudantes e entrevistas. Após a co-
leta das informações adentraremos na efetivação do cronograma de
atividades, com o intuito de normatizar as ações da pesquisadora.
O método utilizado foi o dialético onde conforme assinala Marco-
ni e Lakatos (2010), as coisas não são analisadas na qualidade de
objetos fixos, mas em movimento: nenhuma coisa está “acabada”,
encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; e o
fim de um processo sempre é o começo de outro. Após as primei-
ras ações serem efetivadas, deu-se início à a pesquisa em campo,
ou seja em sala de aula, com o início das atividades práticas das
danças urbanas (Figuras 1 e 2), Nessa abordagem a metodologia
utilizada nas aulas foi construtivista, pois acreditamos que esse
método procura instigar a curiosidade, já que o estudante é levado
a encontrar as respostas a partir de seus próprios conhecimentos
e de sua interação com a realidade e com os colegas, e que o sa-
ber não é algo que está concluído, terminado, e sim um processo
em incessante construção e criação. Resultados – Com relação
aos resultados esperados, sabemos que fatores internos e exter-
nos contribuem e influenciam nos resultados apresentados, visto
que alguns estudantes podem apresentar um resultado satisfatório
e outros não; a individualidade biológica, o apoio dos pais e da
escola, a participação da sociedade e principalmente a vontade do
participante são fatores determinantes do bom desempenho nas
demais atividades, como nas disciplinas, com a família e outros.
Conclusões – Desse modo, expressadas em todos os sentidos e
em qualquer lugar, na rua ou nas quadras, nas salas de aulas ou
nos palcos, as danças urbanas proporcionam aos seus praticantes
a sensação de liberdade e de cidadania, de pertencimento a uma
sociedade que tende a excluir os que estão à margem. É tarefa do
professor não desanimar frente aos inúmeros desafios do seu fazer
profissional.
Palavras-chave: Centro Criativo, Danças Urbanas, Dança
Transformadora.

593. 593
Figura 1 – Roda de conversa sobre
implementação da origem das Danças
Urbanas.
Figura 2 – Professor Vanderlan ensi-
nando a técnica de improvisação nas
Danças Urbanas em sala de aula.
REFERÊNCIA
LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa, 5. Ed. São Paulo: Atlas.
Limites e necessidades da atuação do profissional de saúde. 2002.
SOBRE O AUTOR
Vanderlan Soares dos Santos nasceu em 16
de agosto de 1990, na cidade de Maués. É
pesquisador, coreógrafo, bailarino e profes-
sor da rede pública de ensino do Estado do
Amazonas. Graduado pela Universidade
do Estado do Amazonas em Licenciatura
em Dança e Especialista em Biomecânica
na mesma instituição. Tem curso técnico
em Língua Estrangeira pela EnglishTown (2015) e curso técnico em Ma-
nutenção e Suporte em Informática pelo Cetam (2012). Atualmente está
se especializando em Arte da Cena, e do Mestrado Profissional em Ar-
tes (Prof-Artes). Pesquisador na área das danças urbanas, artes cênicas e
dança improvisação, atua como diretor da Companhia de Dança Frag-
mento de Rua e é bailarino na R2 Cia de Dança.

595. 595
A FÍSICA NA TECNOLOGIA 5G
Escola Estadual Maria Amélia do Espírito Santo
Ensino Médio – 3.ª série
Sidomar Pirrony Rodrigues de Oliveira
sidomar.,[email protected]
Introdução – Vivemos em um mundo globalizado, em cons-
tante transformação, onde o indivíduo precisa atualizar-se sempre,
se apropriando de informações e conhecimento tecnológico para
inserir-se na sociedade. A utilização da tecnologia 5G no ensino
tem sido alvo de grande interesse, pois possibilita que sejam articu-
lados conhecimentos tecnológicos e práticas pedagógicas, criando
um ambiente favorável à construção do conhecimento. O uso da
tecnologia 5G nas escolas deve ser baseado numa análise crítica
do seu significado social e cultural, para que sejam exploradas di-
versas possibilidades de aprendizagem. Este projeto tem como ob-
jetivo desmitificar por meio do ensinamento dos conceitos físicos
de ondas eletromagnéticas, frequência e comprimento de onda “se
a implementação da tecnologia 5G no ensino nas escolas pode-
rá causar efeitos nocivos à saúde dos seres humanos”, pois não
é novidade que a educação está passando por uma revolução (e
muito dessa mudança passa pela tecnologia 5G) e nós temos que
estar cientes e preparados para isso. Objetivo – Apresentar uma
visão panorâmica da Tecnologia 5G, buscando caracterizar essa
tecnologia, seus efeitos e impactos ao ensino da física. Materiais
e Método – As atividades serão organizadas hierarquicamente,
seguindo uma sequência didática, na qual o estudante, após es-
tudar os conceitos físicos envolvidos, possa adquirir a condição
necessária para relacionar esses conceitos com a tecnologia 5G.

596. 596
Em cada aula os estudantes receberão um roteiro alinhado cons-
trutivamente, no qual descrevo passo a passo o andamento das
atividades. De acordo com o planejamento, utilizaremos um total
de 4 semanas, tendo dois encontros quinzenais de uma hora cada.
Para o desenvolvimento da sequência didática e coleta de dados,
as aulas serão desenvolvidas na sala de mídia da escola, onde será
usado um quadro branco para desenvolver as aulas teóricas, um
computador conectado à Internet e com os softwares do PhET ins-
talados com experimentos que englobam alguns dos conceitos do
eletromagnetismo, incluindo as ondas eletromagnéticas. Resulta-
dos – Esperamos que no final do projeto os estudantes tenham
condições de entender a física envolvida na tecnologia 5G e pos-
sam associá-la com os conceitos físicos estudados em sala de aula.
Conclusões – Ao fim do projeto de pesquisa esperamos impactar
nos seguintes aspectos: melhorar a assiduidade dos estudantes nas
aulas de física, melhorar o rendimento bimestral do estudante e,
por fim, realizar a inserção e motivação dos estudantes à pesquisa
científica.
Palavras-chave: Tecnologia 5G, Física Tecnológica, Ondas
Eletromagnéticas.
REFERÊNCIAS
RAMALHO JUNIOR, Francisco et al. Os Fundamentos da Física.
10. ed. rev. e ampl. SP: Moderna, 2009. Vol 3.
PENTEADO, Paulo Cesar Martins. Física Conceitos e Aplicações.
1.ed. SP: Moderna, 1998.

597. 597
SOBRE O AUTOR
Sidomar Pirrony Rodrigues de Oliveira
nasceu em 20 de setembro de 1983, na ci-
dade Manaus-AM, e formou-se em Licen-
ciatura Plena em Física na Universidade
Federal do Amazonas. Atualmente é pro-
fessor da Secretaria de Estado de Educação
e Desporto – Seduc, lotado na Escola Esta-
dual Maria Amélia do Espírito Santo.

599. 599
MENTE SÃ E CORPO SAUDÁVEL
Escola Estadual Dom Milton Correa Pereira
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Wilson Albuquerque Matias
[email protected]
Introdução – Visa proporcionar momentos de lazer, socia-
bilização entre os educandos do Distrito Educacional 06, procu-
rando ocupar o tempo ocioso na vida de jovens, dando-lhes na
prática de atividades físicas recreativas, dança e desportivas uma
oportunidade e opção de vida saudável, já que estamos vivendo,
atualmente, na era do sedentarismo. A cada dia as pessoas estão
diminuindo suas atividades físicas cotidianas e ao mesmo tempo
aumentando a ingestão de alimentos calóricos e pouco nutritivos.
O impacto não poderia ser diferente: os índices de saúde e quali-
dade de vida são afetados negativamente. E dessa forma, colocan-
do-os longe de vícios e fora das drogas e do submundo dos crimes,
ajudando ainda na educação alimentar, cultural e familiar, procu-
rando fazer com que pais e filhos se integrem em uma socialização
prazerosa. Ademais, de uma forma saudável e inteligente, fazer à
aproximação da escola a família, trazendo a família até a mesma.
Objetivo – Promover, desenvolver a busca de uma boa qualidade
de vida, o intercâmbio sócio-desportivo e cultural entre estudantes
da rede estadual, municipal e privada na área do bairro da Cidade
Nova, proporcionando trocas de conhecimentos e aprimorando
habilidades pessoais e, futuramente, podendo ampliar seu raio de
atuação. Materiais e Método – As atividades foram desenvolvidas
no espaço poliesportivo da escola, utilizando a quadra esportiva,
para jogos recreativos e pré-desportivos, o refeitório com as suas

600. 600
mesas para a práticas de jogos de tabuleiro ou de salão, e o pátio
para as aulas de dança e ginásticas aeróbica, e também para pa-
lestras motivacionais e sobre como adquirir uma boa qualidade de
vida (Figuras 1 e 2). As atividades serão desenvolvidas no espaço
poliesportivo da escola. “O local para a realização do projeto será
a própria quadra esportiva da Escola Estadual Dom Milton Correa
Pereira. Para a manutenção e realização deste projeto, é neces-
sário o seguinte: material esportivo: cones e pinos de plástico de
vários tamanhos – 20 unidades; cordas e bastões – 10 unidades;
bolas de iniciação esportiva (bolas de borracha) – 20 unidades;
estagiários auxiliares praticantes de atividades físicas e esportivas
para auxiliar na administração do projeto e execução das ativida-
des técnicas e táticas; apitos – Fox 20 – 06 unidades; colchonetes
– 20 unidades; coletes para utilização em atividades coletivas – 6
conjuntos; cordas elásticas – 6 pares; outros; ajuda de custo para
estagiários na participação do projeto. Resultados – Com essas
atividades despertar-se-á o incentivo à prática esportiva entre os
estudantes da escola e de outras instituições da rede pública e/ou
privada (as quais forem convidadas), oportunizando a estes que
por algum motivo não tem como praticar atividades físicas, espor-
tivas e outros, de forma a desenvolver seu talento individual e ao
mesmo tempo coletivo; divulgando e também tornando conhecido
e valorizado o trabalho desenvolvido pelos profissionais de Edu-
cação Física na área de treinamento desportivo infanto-juvenil nas
escolas do Distrito Educacional 06, promovendo, desta forma, a
aproximação da escola e a família, e que a mesma venha à escola
e conheça o ambiente onde o seu filho passa a maior parte de
sua vida educacional. Conclusões – O esporte é um espetacular
meio de socialização e um ótimo recurso para tratar de enfermida-
des psicossomáticas. Quando bem desenvolvido, traz benefícios
a todos que o praticam e, de tabela, ajuda a sociedade a viver de
forma saudável e tranquila, pois com a prática de atividades, todos
se ocupam e não deixam a mente vazia, de forma que se realiza
exercícios corporais e mentais. Com uma boa equipe e materiais

601. 601
didáticos, com quantidade e qualidade satisfatórias, o projeto foi
desenvolvido com sucesso, pois alcançou seus objetivos, fazendo
que o interesse em continuar veio da própria sugestão e a pedi-
do dos participantes. Haja vista, houve resultados notórios, como
uma melhor qualidade de vida e aumento na disposição física e
emocional. Por fim, o planejado foi executado e com resultados
oriundos do compromisso de cada parte integrada na ação de-
sejada. O projeto foi bem aplicado, desenvolvido e aceito pelo
público-alvo, seus objetivos alcançados e disseminados na comu-
nidade onde foi realizado. Perspectivas de aumentar o número de
participantes em seu breve retorno, já que seu início se deu muito
antes de sua data projetada para a sua implantação em 2021.
Palavras-chave: Esporte, Lazer, Saúde, Qualidade.
Figura 1 – Atividade desenvolvida na
escola.
Figura 2 – Atividade desenvolvida na qua-
dra da escola.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2008.

602. 602
SOBRE O AUTOR
Wilson Albuquerque Matias nasceu em
16/09/1963, em Manaus-AM. Formou-
-se em Licenciatura Plena em Educação
Física no ano de 1993 pela Universida-
de Federal do Amazonas. Pós-graduado
em Psicopedagogia pela UNICAM. Mes-
trado em Ciências da Educação pela Fa-
culdade UNIDES – Paraguai. Doutoran-
do em Ciências da Educação pela
Faculdade Unida – Paraguai.

603. 603
CORY – CODE LIBRARY
Escola Estadual de Tempo Integral Professora
Jacimar da Silva Gama
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Giulianne Ferreira Zagury Gomes
[email protected]
Introdução – Nas salas de aula vemos cada vez mais a in-
teração com o celular, já que os meios de comunicação se am-
pliaram e diversificaram por meio do avanço da tecnologia; a
vida dos discentes necessita de um caminho que vá além dos
aplicativos de bate-papo e redes sociais que usam. Como em
muitas bibliotecas escolares existe um desfalque de um profissio-
nal da área de biblioteconomia, isso limita o acesso a conhecer
o acervo da biblioteca. Assim, a necessidade de oportunizar a
todos uma facilidade e aproximação deste ambiente escolar, que
por meio de um aplicativo o usuário poderá conhecer a lista de
itens catalogados e pesquisar alguma obra. Objetivo – Oportuni-
zar o protagonismo dos estudantes no processo de organização
da biblioteca escolar, na catalogação do acervo literário físico
da escola e na criação do protótipo de app CoRy – Code Library,
unindo-os ao ambiente tecnológico, utilizando ferramentas por
meio da plataforma Code IoT. Materiais e Método – Para o bom
desenvolvimento do projeto, foram utilizados os mais variados
tipos de fonte que pudessem agregar às práticas esperadas no
resultado executável do aplicativo. O CoRy – Code Library teve
sua criação por meio dos estudantes (Figura 1) na plataforma do
Code IOT, sendo esta uma iniciativa da Samsung Eletronics Co,
Ltd. em parceria do Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnoló-

604. 604
gico – LSI-TEC, oferecendo gratuitamente cursos para uma for-
mação técnica básica; esta oportunidade foi aproveitada pelos
estudantes do projeto para idealizar o aplicativo para a bibliote-
ca. A leitura do material do curso profuncionário – Curso Técnico
de Formação para os Funcionários da Educação, disponível na
Internet, também deu direcionamento para percebermos as in-
cumbências de ordenação e catalogações de um acervo literário.
Em encontros virtuais ocorreu a participação em webinar sobre
Empreendedorismo na prática, por meio de um Evento on-line da
ORBIS: Aspirante à Empresa Júnior de Biblioteconomia. E, uma
reunião virtual com a profissional da área, a bibliotecária Tai-
ná Rebelo, que compartilhou conhecimentos teóricos, como a
leitura técnica de dados, contracapas, lombadas e conhecimen-
tos práticos das ações e serviços dentro deste ambiente, de que
modo classificar, separar, dispor, identificar por etiquetas, núme-
ros e cores os itens que a instituição possui. (Figura 2) Resulta-
dos – Com o aperfeiçoamento deste trabalho, obtivemos como
produto final o aplicativo CoRy – Code Library, desenvolvido na
plataforma do Code IOT pelo MIT App Inventor. Este projeto é
viabilizado para uso aos demais interessados por meio de um link
em APK ou um código QR, sendo necessário gerar outro cons-
tantemente, onde os usuários podem baixar o referido aplicati-
vo em seus smartphones. Ao final das atividades do projeto em
dezembro de 2020, o encerramento foi mostrado em uma apre-
sentação de resultados no YouTube com uma Live utilizando a
ferramenta de transmissão, o Streaming Yard; o vídeo está dispo-
nível em <https://www.YouTube.com/watch?v=rS62DMd3PI4>.
Conclusões – Neste trabalho os estudantes tiveram a oportuni-
dade de protagonizar os processos de organização da biblioteca
escolar, ao colocar em ação o sistema de catalogação do acervo
literário físico da escola em planilhas e posteriormente adicionar
parceladamente ao protótipo do app CoRy – Code Library, uni-
dos ao ambiente tecnológico, com a utilização das ferramentas
por meio da plataforma Code IoT. Esta prática do planejamento

605. 605
e organização enriquece suas próprias ideias e conhecimentos,
tanto no campo acadêmico quanto em sua vida pessoal, de ma-
neira diferenciada e responsável, refletindo a importância do uso
consciente do telefone celular em sua vida escolar.
Palavras-chave: Biblioteca, Organização, CoRy – Code Library.
Figura 1 – Criação do app na plata-
forma App Inventor.
Figura 2 – Organização e catalogação.
REFERÊNCIAS
CODE IOT. Internet das Coisas: Cursos On-line, 2019. Página Ini-
cial. Disponível em <http://codeiot.org.br>. Acesso em 19 de ago.,
2019.
CODE IOT. Aplicativos para dispositivos móveis: Cursos On-line.
Página Inicial. Disponível em <http://codeiot.org.br>. Acesso em
10 de ago. de 2020.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.

606. 606
SOBRE A AUTORA
Giulianne Ferreira Zagury Gomes nas-
ceu em 05 de outubro de 1987, na cida-
de de Manaus-AM, e formou-se em 2010
no Centro Universitário do Norte – Uni-
Norte. Trabalha na área de educação
desde 2007, teve experiências em cursi-
nhos privados e públicos, participando
de projetos governamentais, e tornou-se
professora da rede pública do Estado do
Amazonas em 2012.

607. 607
PROJETO CUIDANDO DO MEIO AMBIENTE, A
COMEÇAR POR MIM! RECICLAGEM DE PAPEL
Escola Estadual de Tempo Integral Maria
Rodrigues Tapajós
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Raquel Moreira Gomes
[email protected]
Introdução – A importância de cuidar do meio ambiente
dentro e fora da escola, por meio de várias atividades experi-
mentais, permeando as áreas do conhecimento das disciplinas
flexíveis do currículo do Ensino Médio em tempo integral: Ar-
tes, Projeto de Vida e Empreendedorismo e Preparação Acadê-
mica, além das disciplinas da base comum: Língua Portuguesa
e Química. Tendo como intuito apresentar algumas etapas de
uma proposta de trabalho com experimentos nas diversas áreas
da escola tanto na parte pedagógica quanto em artes, tornando
meio ambiente em um lugar de conservação, utilizando mate-
riais de baixo custo e fácil montagem e acesso, com estudantes
do Ensino Médio. Objetivo – Proporcionar aos estudantes do
Ensino Médio da rede pública de ensino do estado do Amazo-
nas, por meio de experimentos com materiais de fácil acesso
conceitos da área do Meio Ambiente, nos quais existem cer-
tas dificuldades na assimilação em reciclar e preservar. Enten-
der que a começar por mim, o meio ambiente terá resultados
expressivamente satisfatório. Materiais e Método – A proposta
foi aplicada em uma escola da rede pública na cidade de Ma-
naus-AM. Está sendo realizada seguindo uma metodologia que
considerou as concepções prévias dos estudantes. Os papeis

608. 608
coletados dentro da sala de aula e nos devidos ambientes como
secretaria, diretoria, sala dos professores e coordenação, serão
usados como matéria-prima para confecção de papeis reciclá-
veis que serão usados para pintura dos estudantes nas aulas de
arte, obtendo assim material de grande utilidade pelo fato de
muitos estudantes não terem condições de comprar telas ou fo-
lhas de desenho como papel canson, também como confecção
de capas para cadernos de anotações, convites, papel semente
e outros que poderão surgir conforme o trabalho desenvolvido
pelos estudantes. As sobras de matéria-prima (papeis descarta-
dos) terá rumo certo para reciclagem ajudando o meio ambiente
dentro e fora da escola. Os estudantes terão contato com os con-
ceitos estudados em sala utilizando-os de a troca de ideias com
o professor. Cada sala tem 1 brigadista, cuidando da limpeza e
separação do lixo produzido por eles. Cada sala tem uma caixa
de papelão que serve de deposito para lixo reciclável. Sempre
que possível, os brigadistas se reunirão na sala de artes ou na
coordenação pedagógica da escola para discutirem estratégias
de como devem proceder em algumas situações. Conforme o
que irá acontecendo construirão e analisarão os conceitos en-
volvidos e apresentarão para os estudantes da escola. Além da
explicação dada aos demais estudantes, será aberto um espaço
a perguntas e questionamentos sobre o experimento e seus con-
ceitos envolvidos e assim detectar se a experiência foi construti-
va para o seu conhecimento. Esperando-se um aprofundamento
dos conceitos envolvidos e a possibilidade da construção do
conhecimento e a relação a reciclagem e ao meio ambiente.
Os livros didáticos que apresentam alguma coisa sobre o meio
ambiente, são raros e para isso podemos utilizar livros de auto-
res que se preocupam com este planeta “Terra, Casa de Todos!
Desafios do Saneamento Básico” (autor) Fernando Carro – 2014
demonstração, verificação e investigação, os quais podem ser
utilizados quando houver um experimento. Entendemos as-
sim, que a atividade experimental, na sua essência visa mudar,

609. 609
“Meio ambiente, poluição e reciclagem” (autores) Cláudia Ma-
ria Chagas Bonelli, E. B. Mano e Élen Beatriz Acordi Vasques
Pacheco saber. Relações de um sujeito em confronto coma ne-
cessidade de aprender. Mobilização do aprendiz, tirando-o da
passividade. Atingir a conexão dos símbolos. Como estratégia
de ação para a execução das atividades, fizemos, ao longo de
todo processo, pesquisas bibliográficas, pois consideramos um
dos procedimentos fundamentais para um bom entendimento
teórico dos fenômenos observados. Serão elaboradas atividades
de experimentação com materiais de fácil acesso e baixo custo
(recicláveis em geral e outros materiais que usamos diariamente
em nossas vidas). Na apresentação da atividade experimental
aos estudantes, em todos os momentos serão indagados sobre
suas concepções prévias. Resultados – O trabalho desenvolvi-
do contribuirá para que os estudantes participassem mais na
preservação do meio ambiente. Os estudantes desenvolverão
atividades descritivas com muito dinamismo, participação e
criatividade. Espera-se a discussão de alguns conceitos. Con-
clusões – A importância de cuidar do meio ambiente dentro
e fora da escola, por meio de várias atividades experimentais,
permeando as áreas do conhecimento das disciplinas flexíveis
do currículo do Ensino Médio em tempo integral: Artes, Projeto
de Vida e Empreendedorismo e Preparação Acadêmica, além
das disciplinas da base comum: Língua Portuguesa e Química.
Palavras-chave: Meio ambiente, Reciclagem, Papeis, Artes,
Matéria-prima.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.

610. 610
SOBRE A AUTORA
Raquel Moreira Gomes, atualmente pos-
sui vinculo funcional estatutário Seduc-
-AM, atuando na Escola Estadual de
Tempo Integral Maria Rodrigues Tapajós,
como professora de Artes, – Formada
pela UFMS –Em Artes pela Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul e Peda-
goga, formada pela UCDB – Universida-
de Católica Dom Bosco-MS e estudando Mestrado/Doutorado na
aérea de reciclagem.

611. 611
INSETÁRIO VIRTUAL: BIODIVERSIDADE,
CONSERVAÇÃO E EDUCAÇÃO
Escola Estadual Belarmino Marreiro
Ensino Médio – 1.ª série
Suzely da Silva Nobre
[email protected]
Introdução – De acordo com os Parâmetros Curriculares Na-
cionais do Ensino Médio (PCNEM), são algumas competências e
habilidades a serem desenvolvidas em Biologia, a contextualiza-
ção sociocultural de reconhecer o ser humano como agente e pa-
ciente de transformações intencionais por ele produzidas no seu
ambiente e identificar as relações entre o conhecimento científico
e o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da
vida, as condições de vida e as concepções de desenvolvimento
sustentável. Assim, a construção de um insetário virtual se insere
nessas competências, visto que, sua produção é uma excelente
oportunidade para introduzir os estudantes na abordagem científi-
ca, bem como aprimorar os estudos sobre o assunto. Ao contrário
dos insetários tradicionais, nos quais é preciso coletar os insetos
da natureza e sacrificá-los para a preservação nas coleções, a pro-
posta aqui apresentada, baseia-se na forma como Maria Sibylla
Merian fazia suas observações e registros: na natureza, contem-
plando as múltiplas relações que os insetos estabeleciam entre si e
com o ambiente, respeitando o equilíbrio ambiental e produzindo
pinturas em aquarela. Assim, seguimos a premissa ecológica que
“da natureza nada se tira além de fotos”. Considerando o momen-
to atual que enfrentamos a pandemia da Covid-19 e que os nossos
estudantes produzem e socializam imagens com muita facilidade,

612. 612
por meio de seus smartphones e conhecem muitos aplicativos que
os auxiliam nessa produção e socialização, a opção foi pelo apli-
cativo Instagram, uma rede social que permite que eles tirem fotos,
apliquem filtros e compartilhem, interagindo com o(a) professor (a)
e seus colegas, com “curtidas” e “comentários”. Para o desenvolvi-
mento do projeto vamos seguir partes de sequências didáticas pre-
sentes no Guia de Construção do Insetário Virtual, uma dissertação
de Machado, Elaine Ferreira 2016, na qual se trabalha o contexto
histórico de Maria Sibylla Merian e como podemos utilizar esse
contexto no momento atual por meio das tecnologias de infor-
mação. Objetivo – Desenvolver com os estudantes a construção
coletiva do insetário virtual para observação e registro de insetos
apenas em imagens por meio da mediação de smartphones e o
aplicativo Instagram. Materiais e Método – O Projeto será desen-
volvido na Escola Estadual Belarmino Marreiro, com 3 estudantes
da 1.ª série do Ensino Médio turno Vespertino e auxílio da comuni-
dade escolar. Inicialmente foi trabalhado o referencial teórico com
os estudantes, explanando a importância do projeto para assim
partir para a construção do insetário de forma virtual. Os estu-
dantes com ajuda da comunidade escolar irão fotografar insetos
nas proximidades da escola e suas residências, As imagens serão
devidamente identificadas e classificadas e postada na página do
Instagram criada para o desenvolvimento do projeto. Como mate-
rial utilizaremos Smartphone com câmeras fotográficas e acesso à
Internet e ao aplicativo Instagram. Resultados – Espera-se que ao
final do projeto tenha-se um perfil no aplicativo Instagram com
fotos de insetos tiradas pelos próprios estudantes e identificadas
de acordo com os critérios de classificação taxonômica. Esta pá-
gina estará disponível para toda comunidade escolar que poderá
acessar e utilizar seu conteúdo enriquecendo seus conhecimen-
tos acerca do assunto, além de destacar a importância da Biodi-
versidade da nossa região e mostrar que ela pode ser estudada e
conservada ao mesmo tempo. Conclusões – O projeto está em
andamento, espera-se que a comunidade escolar tenha o projeto

613. 613
como uma ferramenta de conhecimento que prioriza a biodiver-
sidade, conservação e educação de forma conjunta. Quanto aos
riscos tem-se uma preocupação com a resolução das fotos para
que elas sejam de alta qualidade e possam mostrar todos os de-
talhes do nosso objeto de estudo, além do acesso à Internet que
pode dificultar a elaboração do trabalho, porém, acredita-se que
são adversidades que podem ser facilmente sanadas.
Palavras-chave: Biodiversidade, Insetário Virtual, Biologia, Tecno-
logia da Informação.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ci-
clos do ensino fundamental: Ciências Naturais. Brasília: MEC/SEF,
1998.
SOBRE A AUTORA
Suzely da Silva Nobre, nasceu em 12 de
Fevereiro de 1986, na cidade de Ma-
naus-AM, formou-se em 2011 no curso
de Licenciatura em Ciências Biológicas
no Instituto Federal de Educação, Ciên-
cia e Tecnologia do Amazonas – Ifam,
possui curso técnico em Multimeios Di-
dáticos e pós-graduação em Biodiversi-
dade e Ecologia. Atualmente professora da Secretaria de Estado e
Educação do Amazonas, atuando em duas escolas: O II Colégio
Militar da Policia Militar Marcantônio Vilaça II e na Escola Estadual
Belarmino Marreiro. Iniciou a participação em projetos escolares
com os estudantes a partir do Cebac em 2016 desde então surgiu

614. 614
o interesse por demais projetos. No ano de 2020 trabalhou o Pro-
jeto Jardim Suspenso, feito de garrafas PET e irrigados com a água
dos ar-condicionado pelo PCE, no mesmo ano desenvolveu com
estudantes o interesse na participação de Olimpíadas Científicas
(OBB,OBA, OBQJr e ONC) sendo o professora representante e in-
serindo a Escola Belarmino Marreiro nessas competições pela pri-
meira vez e já tendo resultados positivos com a participação de
vários estudantes incluindo 3 medalhistas. Suas áreas de interesse
concernem o Ensino de Ciências e Biologia com ênfase no uso de
tecnologias e mídias sociais como objeto de ensino e
aprendizagem.
AGRADECIMENTOS
Ao Governo do Estado do Amazonas, por meio da Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas – Fapeam, fomen-
tadora do projeto por meio do Programa Ciência na Escola –PCE
em parceria com a Secretaria de Estado e Educação – Seduc-AM.

615. 615
MÚSICA COMO RECURSO DIDÁTICO EM
TEMPOS TECNOLÓGICOS: O SOM QUE HÁ
NA GEOGRAFIA EM TEMPOS REMOTOS
Escola Estadual Homero de Miranda Leão
Ensino Médio – 1.ª série
Sandra de Souza Holanda
[email protected]
Introdução – No Brasil, infelizmente temos uma cultura total-
mente errada e equivocada em que a música é um hobby ou um
passa tempo. Mas se pesquisarmos em qualquer país da Europa
iremos perceber que a música é uma matéria comum dentro das
universidades, dentro das escolas. Então é comum as universida-
des terem fanfarras, bandas e até mesmo orquestras. A música tem
um poder de educação, um poder de sociabilização que nenhuma
outra tem. Objetivo – trabalhar com a música temas de Geografia
com os estudantes por meio do Goolge Meet, visando desenvol-
ver nos estudantes pensamentos refletivos, interpretação crítica e
questionamentos do saber, sendo um diferencial para a prática do
professor e um aprendizado a mais para os estudantes. Materiais e
Método – Tratou- se de uma aula diferenciada com os estudantes
da 1.ª série do Ensino Médio matutino em período remoto no pe-
ríodo de 2020, onde os mesmos puderam acessar o link do Goolge
Meet, ouvir as músicas propostas pelo docente e debater sobre o
significado de sua letra (Figura 1). Desenvolver atitudes espontâ-
neas é de importantíssimo valor para se construir uma educação
rica em valores culturais. Diz Brennand que – Rousseau defendia
que a escola não deveria prepará-la para o futuro nem a modelar
para determinados fins, mas oferecer-lhe a possibilidade de ser li-

616. 616
vre e espontânea, oportunizando lhe felicidade, enquanto ainda
criança (SILVA, 2009). No primeiro momento foi avisado aos estu-
dantes sobre uma aula diferenciada no Goolge Meet, em que eles
acessaram o link no horário de aula remota e se apresentaram. No
segundo momento, ouviram a música com os temas globalização,
desigualdade social, mundo capitalista e a importância da água
no planeta Terra. Em terceiro momento, os estudantes puderam
debater e explanar suas ideias e pontos críticos a respeito do que
a letra da música passava para o ouvinte, afim de concordarem e
discordarem sobre o ponto e frase maior que a letra menciona. Re-
sultados – Percebeu-se que com a utilização da música nas aulas
de geografia, os estudantes demostraram grande interesse sobre os
temas e significados do mesmo. É a partir deste entendimento que
começo a falar sobre a importância da música para aprendizagem,
ressaltando a importância de se oferecer possibilidades para os
estudantes serem livres e espontâneos, por meio da educação mu-
sical. Assim, interagir com o meio natural e o ritmo musical, usan-
do sua espontaneidade a desenvolver habilidades e interpretações
críticas e pessoais sobre cada letra na música. Conclusões – A uti-
lização da música nas aulas de Geografia foi bastante construtivis-
ta, visto que os estudantes foram os grandes transformadores do
conhecimento e aprendizado. A música faz parte do cotidiano dos
jovens e nada melhor do que saber aproveitar e levar conhecimen-
to sobre os temas de Geografia.
Palavras-chave: Música, Aulas, Geografia.
REFERÊNCIA
SILVA, J. B. A Infância Começa a se fazer importante. In: BREN-
NAND, Rossi Edna (org.). Trilhas do Aprendente – Volume 3 João
Pessoa: Ed. Universitária, P.395 – 396. 2008.

617. 617
Figura 1 – aplicação do projeto.
SOBRE A AUTORA
Sandra de Souza Holanda tem 40 anos.
É licenciada em Geografia pela Faculda-
de Nilton Lins em Manaus no ano de
2011. Pós-graduada em Geografia e
Educação Indígena pela Faculdade Gali-
leo. É natural de Manaus e concursada
pela Seduc desde 2020, mas leciona
desde 2011. Atualmente está lotada na
Escola Estadual Homero de Miranda Leão, onde ministra as disci-
plinas de Geografia e História.

619. 619
CONSTRUINDO INCLUSÃO: UM OLHAR SOBRE OS
PCDS E PNES. USO DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA PARA
LEITURA E PRODUÇÃO DO TEXTO DISSERTATIVO
ARGUMENTATIVO
Colégio Martha Falcão
Ensino Médio – 1.ª série
Valéria da Rocha Breves de Sousa
[email protected]
[email protected]
Introdução – Em várias cidades do Brasil, a mobilidade urba-
na e acessibilidade às pessoas com deficiências físicas é um assun-
to discutido e de estrema relevância, dada a falta de visibilidade a
quem precisa de um transporte de qualidade e espaço trafegável
como os PCD’s. Para isso é preciso proporcionar espaços de dis-
cussões (KOCH, 2011; BRAGA e TAVARES, 2012) que auxiliem
os estudantes para construção de saberes por meio de sequência
didática. Para isso, o ensino para a vida proporciona o momento
único ao utilizar os estudos sobre as dimensões constitutivas dos
gêneros (BAKHTIN, 2003; DOLZ et al., 2004). Objetivo – Propor-
cionar ao estudante situações e oportunidades para a construção
de um pensamento crítico e reflexivo usando a sequência didática,
que vão desde a pesquisa, debate, até a construção dos gêneros
em prosa, tomando como base a conscientização de uma socie-
dade mais justa e inclusiva. Materiais e Método – Trata-se de uma
pesquisa qualitativa, com o método de pesquisa de campo que
está em andamento no primeiro e segundo trimestre de 2021, en-
volvendo estudantes do primeiro ano do Ensino Médio. A referida
atividade é uma proposta criada pela professora de Língua Portu-

620. 620
guesa e possui 3 etapas: a primeira é a pesquisa sobre o assunto; a
segunda é a elaboração de roteiro de pesquisa in loco para obser-
var espaços urbanos e após isso fazer o debate; a terceira é a ela-
boração de texto dissertativo-argumentativo pelos estudantes, sob
orientação da professora. Resultados – O Colégio Martha Falcão,
foi fundado em 12 de maio de 1986, atende estudantes do Ensino
Fundamental (1.º ao 9.º ano) e Ensino Médio (1.ª a 3.ª série). O
objetivo principal da escola é a formação do ser humano integral,
proporcionando uma variedade de conhecimentos curriculares,
visando um futuro harmonioso. As atividades proporcionam ino-
vações e sucesso. Nesse sentido, ao iniciar qualquer conteúdo ou
mesmo trabalho mais complexo, é importante atentar para os pro-
cedimentos a serem adotados, não como didática ou metodologia,
mas como uma sequência eficaz que transmita além do conteúdo
a forma como desenvolver habilidades e competências. Os estu-
dantes passaram por aulas que em sua composição consideram os
estudos sobre os gêneros. O gênero dissertativo-argumentativo deu
base para a compreensão de como desenvolver o texto conside-
rando estrutura, embasamento e argumentação. Após isso foi feito,
debate (Figura 1) que envolve os direitos das PCD’s. Os próximos
passos serão: a visita in loco e as discussões a partir da observa-
ção da dos espaços da cidade, para que executem o processo de
construção de um relatório. Toda aula que contempla conteúdo
mais complexo deve ser planejada com sequência didática, prin-
cipalmente os que envolvem o sociodiscursivo. Segundo Cristóvão
(2001), o interacionismo sociodiscursivo é uma corrente da psico-
logia da linguagem que se apoia em uma perspectiva interacionis-
ta social de linguagem e em teorias de linguagem que dão prima-
zia ao social, sobretudo na de Bakhtin (BRONCKART, 1997/1999).
Seu quadro epistemológico se baseia na concepção de que “as
condutas humanas” são produto de um processo histórico de so-
cialização, marcado, principalmente, pelo uso de instrumentos
semióticos, como a linguagem. Os pressupostos do interacionis-
mo sociodiscursivo que estaremos ressaltando serão os conceitos

621. 621
de aprendizagem e desenvolvimento de Vygostky (1934/1993) e
suas decorrências para a prática do ensino de línguas. Braga e
Tavares (2012) salientam que os objetos de estudos que envolvem
a leitura devem compor posicionamento crítico problematizador,
o que favorece possibilidades de expressar seus posicionamentos
acerca de qualquer assunto, principalmente os que envolvem po-
lítica, ética e valores para uma sociedade mais justa, e por quê
não inclusiva? Para isso, os estudantes fizeram pesquisas sobre a
referida temática e deram continuidade ao projeto com mesa re-
donda. Momento em que os estudantes puderam expor a riqueza
de conhecimentos. Conclusões – As atividades proporcionam ino-
vações e sucesso. Nesse sentido, ao iniciar qualquer conteúdo ou
mesmo trabalho mais complexo é importante atentar para os pro-
cedimentos a serem adotados, não como didática ou metodologia,
mas como uma sequência eficaz que transmita além do conteúdo,
a forma como desenvolver habilidades e competências.
Palavras-chave: Construção Inclusão, PCDs, Pensamento Crítico.
Figura 1 – Mesa redonda.

622. 622
REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasí-
lia: MEC/ SEMTEC, 2002.
______. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais comple-
mentares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, có-
digos e suas tecnologias. Brasília: MEC/ SEMTEC, 2002.
BRAGA, P.; TAVARES, F. M. R. S. Tendências Atuais em Linguística
Aplicada: Leitura no Ensino de Língua Materna. Taubaté, 2012.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáti-
cas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento.
In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. Gêneros Orais e escritos na escola.
Trad. e org. ROJO, R.; CORDEIRO, G. S. São Paulo: Mercado das
Letras, p. 95-128. 2004.
MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gênero e com-
preensão. São Paulo: Parábola, 2008.
SOBRE A AUTORA
Possui graduação em Letras – Língua
Portuguesa pela Universidade Nilton
Lins (2007). Especialista em Língua Por-
tuguesa e Literatura pela Faculdade
Montenegro (2012). Mestre pelo Progra-
ma de Pós-graduação em Letras – PPGL
(2019). Pesquisadora dos Estudos sobre
a Linguagem, especificamente Análise
do Discurso de Linha Francesa. Tem experiência com Ensino Fun-
damental e Médio. Atuou como professora de Comunicação Em-

623. 623
presarial pelo Senai. Atualmente é Professor – Tutor do Instituto
Metropolitano de Ensino – IME. E professora do Colégio Martha
Falcão. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua
Portuguesa e Literatura.

625. 625
DEMOCRACIA DIGITAL: UM ENSAIO DO
PROTAGONISMO JOVEM NA EETI GARCITYLZO
Escola Estadual de Tempo Integral Professor
Garcitylzo do Lago e Silva
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Rosinaldo Silva de Sousa
[email protected]
Introdução – No ano de 2019 o grêmio estudantil contou com
ações que ressignificaram o ensino na Eeti Garcitylzo. O processo de
reativação e eleição das autarquias para o grêmio teve como cerne o
protagonismo jovem na construção da democracia, inaugurando de
forma protótica a inserção de ferramentas tecnológicas (TICs) amplifi-
cando o alcance das campanhas dos candidatos por todo o ambiente
escolar e comunidade. A palavra protagonismo vem de “prótos”, que
em latim significa principal, o primeiro, é de “agonistes”, que quer di-
zer lutador, competidor (BRENER, 2016). Desse modo, o estudante é
levado a pensar em ações e atitudes capazes de contribuir não apenas
com o seu desenvolvimento, mas que possam resolver problemas e
desenvolver a comunidade em que está inserido. Tendo em vista que
a educação é um direito de todos, e dever do estado, família e socie-
dade civil a democracia também o é, pois, por meio dela o estudante
é visto como um todo e não como parte integrante do processo. As-
sim, o protagonismo jovem também é compromisso da democracia.
A inovação tratada no certame da eleição em tela, diz respeito ao
uso do App FaceTime para transmissão do debate entre os candidatos
para todo o corpo docente e discente da escola e comunidade, onde
o candidato apresentou seus projetos e ações de gestão visando as
melhorias no espaço escolar e entorno. A segunda contou com o voto

626. 626
eletrônico utilizando o Google Forms como plataforma de recolhi-
mento das intenções de votos. Tais estratégias deram aos estudantes a
motivação e liberdade necessária para buscar e discutir entre ambas
as soluções significativas no âmbito de sua visão de espaço de forma
autoral. Objetivo – Inovar o certame eleitoral utilizando as TICs como
ferramenta de liberdade de expressão, engajamento social, descen-
tralização do conhecimento e garantindo-lhes a autonomia com foco
na democracia e direito a uma educação de qualidade. Materiais e
Método – O Projeto Democracia Digital: ensaios do protagonismo jo-
vem na Eeti Garcitylzo partiu do pressuposto de dar novos sentidos no
ato da criação e reativação do Grêmio Estudantil da escola, tendo em
vista que este estava inoperante há 4 anos, assim, a ideia inicial con-
sistia na formação de rodas de conversa entre estudantes e a gestão
escolar para conhecimento prévio do regimento do Grêmio Estudantil
e o PPP da escola. De posse desses conhecimentos, foi criado um
organograma de visitas pela escola e seu entorno para os estudantes/
candidatos, corroborando com seu Brainstorming (chuva de ideias)
na elaboração de suas propostas de gestão. Consequentemente, o
engajamento se tornou mais forte na medida em que aconteciam as
visitas/campanhas dentro das salas de aula do colégio, onde o can-
didato ouvia as sugestões de melhorias de seus colegas de turma,
garantindo a liberdade de ideias e trabalhando a gestão participativa.
Em consonância com a amplitude dos impactos causados por essa
nova fórmula de protagonismo jovem que por muito era desconhe-
cido, surgiu a ideia de um debate virtual para toda a comunidade
escolar, onde os candidatos defenderam suas propostas ao mesmo
tempo que eram submetidos a questionamentos sobre o regimento do
grêmio e os desafios que por ventura viriam a encontrar. Com o uso
de dois celulares no modo Face time, um notebook e um Datashow a
transmissão ao vivo do debate se concretizou (Figuras 1 e 2). Resulta-
dos – As consequências provocadas pelo Projeto Democracia digital:
Ensaios do protagonismo jovem na Eeti Garcitylzo consistiram em:
participação ativa dos estudantes nas ações da escola, apoio nas bus-
cas de resoluções de problemas do cotidiano escolar, diminuição dos

627. 627
índices de indisciplinas, recuo dos índices de reprovação, adoção de
postura e fortalecimento de valores como ética, respeito, responsabi-
lidade e compromisso. Conclusões – Uma escola que se preocupa e
oportuniza aos estudantes ações que valorizem seus ideais de mun-
do, que considera suas especificidades comportamentais e cognitivas
propondo uma troca dinâmica entre o “eu” e o “outro”, permitindo a
inter-relação de suas ações com o espaço e como podem transformar
a realidade em que vivem. Estará preparando agentes protagonistas,
empoderados e conscientes do poder de influência de suas decisões
deixando o estado de passividade em relação aos seus direitos e de-
veres como cidadãos.
Palavras-chave: Democracia Digital, Inovação, Liberdade de Expressão.
Figura 1 – Gráfico do resultado da eleição. Fonte: Google Forms.
Figura 2 – Layout da Cédula de votação. Fonte: Google Forms.

628. 628
REFERÊNCIAS
AMAZÔNIA, E. Protagonismo Juvenil, 7 de fev. 2013. Agência Jovem
de Notícias, Jornalismo educomunicativo independente. Disponível
em <https://www.agenciajovem.org/wp/artigo-protagonismo-juvenil-
-por-eduardo-da-amazonia/>. Acesso em 20 de maio de 2021.
BRENER, B. S. O que é Protagonismo Juvenil? 2 de dez. de 2016.
Fundação Telefônica Vivo, São Paulo. Disponível em <https://fun-
dacaotelefonicavivo.org.br/noticias/o-que-e-protagonismo-juve-
nil/>. Acesso em : 20 de maio de 2021.
BRASIL. A área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias. In:
Base Nacional Comum Curricular: a etapa do Ensino Médio. Bra-
sília: Ministério da Educação, Conselho Nacional de Educação.
2012;
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,
DF: Centro Gráfico, 1988.
SOBRE O AUTOR
Rosinaldo Silva de Sousa nasceu em 15
de outubro de 1987, na cidade de Santa-
rém-PA, e formou-se em Geografia na
Universidade Estadual de Vale do Aca-
raú-UVA/CE. Viveu sua infância e ado-
lescência em uma comunidade do Pará
,chamada Comunidade Guaraná. Lugar
que lhe proporcionou suas bases e valo-
res para vida e onde foram feitas suas primeiras autoafirmações de
progresso na vida e na carreira.

629. 629
I MOSTRA AFRO-INDÍGENA DO PROJETO
DIVERSIDADE EM AÇÕES
Escola Estadual de Tempo Integral Maria
Rodrigues Tapajós
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Otto Franco Pereira
[email protected]
Introdução – O trabalho intitulado “Diversidade em Ações:
Oficinas para dialogar com a Diversidade na Escola de Tempo
Integral Maria Rodrigues Tapajós” é uma estratégia de dinamiza-
ção e construção das relações etnarraciais no ambiente escolar,
de modo a oportunizar práticas pedagógicas que estimulem o co-
nhecimento. A partir da sua realização, compreendendo assim um
meio pelo qual a inquietação desperte problemáticas que venham
postular desafios, levando os (as) estudantes (as) à pesquisar não
apenas origens, mas outras formas de produzir os aspectos práticos
do conhecimento apresentado nas oficinas, como outras questões
que permeiam a forma de pensar e agir da sociedade, lhes pon-
do em condições de estabelecer o seu olhar com a criticidade de
quem refletiu a teoria a partir das suas práticas. Objetivo – Com-
preender por meio do diálogo entre os diferentes temas da diversi-
dade, concatenando atividades práticas, levando a comunidade à
reflexão-ação das suas relações sociais no contexto social escolar.
Materiais e Método – Caracteriza-se como pesquisa qualitativa ex-
ploratória de abordagem, utilizando a técnica da pesquisa-ação,
por instigar na sua aplicação a busca por meio da reflexão, da
problematização a partir dos processos práticos – as oficinas te-
máticas. O pensar e fazer pedagógico se torna coeso pela reflexão.

630. 630
O professor é mediador e propõe trocas – interação de forma con-
tínua e também progressiva, pois “é possível por meio da obser-
vação e da reflexão sobre nossas ações, fazermos uma descrição
do saber tácito que está implícito nelas”. (SHÖN, 2000). Desta
forma, está estruturado a partir da formulação de oficinas pedagó-
gicas temáticas, que aglutinarão os estudantes por afinidades com
os temas apresentados (Figura 1). Compreendendo assim, o meio
pelo qual serão coordenadas todas as relações entre elementos
pesquisados, diálogos, elementos construídos e reflexão-ação co-
tidiana. Sendo assim, a oficina é um rico processo de construção
coletiva. Onde seus participantes terão a oportunidade de explorar
o conhecimento e desenvolver suas atividades num ambiente pro-
pício para ressignificar sua forma de agir. Permitindo ainda o fazer
pedagógico dinâmico, uma vez que estimula a autonomia do estu-
dante, tornando-se autor da ação diante de “um sistema de ensino
e aprendizagem que abre novas possibilidades quanto a troca de
relações, funções, papéis entre educadores e educandos [...]”, se-
gundo Schulz (1991). A dinamicidade deste processo reestabelece
o ato de planejar contínuo, pois permite a cada descoberta a mu-
dança para adequação durante o curso das atividades. Resultando
na melhoria do agir, pois refletiu a reelaboração de todos os envol-
vidos. Compreende-se ainda que na oficina surge um novo tipo de
comunicação entre professores e estudantes. É formada uma equi-
pe de trabalho, onde cada um contribui com sua experiência. O
professor é dirigente, mas também aprendiz. Cabe a ele diagnosti-
car o que cada participante sabe e promover o “ir além do imedia-
to” (VIEIRA e VALQUIND, 2002). Nesta perspectiva o universo de
quatrocentos estudantes da Escola de Tempo Integral Maria Rodri-
gues Tapajós, distribuídos em dez salas de aula, serão organizados
em 15 grupos de trabalho em suas salas, que participaram das
oficinas temáticas para realizar suas pesquisas, desenvolver técni-
cas de trabalho, estruturar sua atividade e apresentar seus resulta-
dos. Esta construção coletiva e diversa permitiu o diálogo partindo
das experiências, expectativas e conhecimentos adquiridos, assim

631. 631
como, pela interação entre grupos de diferentes salas. Pois cada
grupo de trabalho da sala terá seu momento de trocas e construção
com os grupos da mesma temática presentes nas demais salas, em
quatro momentos distintos. Resultados – Dentro do aspecto for-
mativo as turmas foram organizadas em quinze grupos temáticos
distintos, que puderam não apenas compartilhar material pesqui-
sado, como se consolidar como grupo multisseriado que deba-
tiam entre si, compreendendo a dinâmica de produção coletiva de
sua unidade temática de conhecimento. A realização das oficinas
pedagógicas, com as práticas de manipulação de materiais e ex-
perimentação de jogos e brincadeiras, visitações e os seminários,
formaram os aspectos práticos do projeto. Quinze atividades que
possibilitaram dialogar, interagir e integrar a escola-comunidade.
A partir destes dois aspectos iniciais, cada grupo multisseriado de
estudantes organizou seus materiais para elaboração de um ban-
ner, contendo suas pesquisas, fotos e relatos. Efetivando um ciclo
de múltiplas aprendizagens em que foram protagonistas de suas
escolhas. Finalizando este ciclo a I Mostra Afro-Indígena do Proje-
to Diversidade em Ações compreendeu não apenas o acumulo de
materiais produzidos pelos estudantes, mas, uma grande troca de
saberes, que possibilitou uma reflexão sobre as relações entre seus
pares, a comunidade e, perceber no cenário regional, nacional e
internacional as desigualdades sociais e as diferentes formas de
manifestação da cultura do preconceito e racismo (Figura 2). Den-
tro do aspecto formativo, até a escolha dos temas nas salas de aula
foi compreendido como processo natural. A novidade para eles
foi a ampliação do grupo com colegas de outras turmas. Esta inte-
gração multisseriada favoreceu ampliar o contato com estudantes
das outras séries, conviver e crescer com as diversas vivências,
experiências e diferenças, favorecendo o diálogo com pesquisas
e as formas de pensar e agir na coletividade. Os aspectos práticos
do projeto foram as oficinas pedagógicas com a elaboração dos
materiais para exposição, consolidando a apreensão das leituras
realizadas preliminarmente, ampliando o sentido da confecção de

632. 632
produtos pela manipulação dos diversos materiais (papel paraná,
tintas, pincéis, cola, fio, miçangas, tecidos, penas, cordas, lã etc).
Estas oficinas possibilitaram não apenas o diálogo da diversidade
étnico-racial, religioso ou outros diversos aspectos culturais, como
também das configurações de preconceitos e racismos existentes
em nossa sociedade. Enquanto realizavam a produção material,
foram gerados questionamentos problematizando situações do co-
tidiano, fazendo-os refletir suas formas de pensar e agir e, como
podemos com nossas ações transformar o meio em que vivemos
(Figura 3). Conclusões – Dialogar sobre a diversidade etnorracial,
sobretudo envolvendo a africanidade, o que tem sido um grande
desafio na Educação Básica. Há muitas resistências de estudantes,
pais e responsáveis, colegas professores e até mesmo gestores. Mas
quando chegamos com uma proposta diferenciada, que envolve a
todos, dinamizando a busca do conhecimento à experimentação,
viver o processo ensino-aprendizagem se torna mais prazeroso.
Abrir o diálogo para ouvir inquietações e manifestação de dúvidas
silenciadas pela falta de conhecimento.
Palavras-chave: Diversidade, Racismo, Preconceito, Oficinas.
Figura 1 – Encontros de Grupos Temáticos, Seminários e
Registro das Aprendizagens.

633. 633
Figura 2 – Montagem da I Exposição Afro-Indígena do
Projeto Diversidade em Ações.
Figura 3 – Acompanhamento das Fases de Execução do Projeto.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n.º
9394/95 de 20 de dezembro de 1996.
_________. História da Educação do Negro e outras histórias.
Org. Jeruse Romão. Secretaria de Educação Continuada, Alfabeti-
zação e Diversidade. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria
de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005;.
_________. Plano nacional de implementação das diretrizes cur-
riculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais
e para o ensino de História e Cultura Afrobrasileira e Africana.

634. 634
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade.
– Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Conti-
nuada, Alfabetização e Diversidade, 2009.
_________. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana. Brasília: Ministério da Educação, Secre-
taria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2004.
SCHULTZ, M. B. TALLER, E. L. Es o se hace? Buenos Aires: Magis-
tério del Rio de La Plata, 1991.
VIEIRA, E.; VALQUIND, L. Oficinas de Ensino: O quê? Por quê?
Como?. 4.º ed. Porto Alegre. EDIPUCRS, 2002.
SHÖN, D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para
o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000. 33
SOBRE O AUTOR
Otto Franco Pereira, mestrando em Ciên-
cias da Educação pela Universida San
Lorenzo. Graduado em Educação Física,
Fac. La Salle (2007). Pesquisador de jo-
gos, brinquedos e danças brasileiras.
Idealizador e coordenador do Geap,
Grupo de Expressões Artísticas e Popula-
res, que se tornou sua maior expressão
profissional. Danças Amazônicas e o Maracatu Nação (Geap) ga-
nham destaque entre suas produções. Além das exposições: Nos-
sas raízes (2015), Brasil meu Brasil Africano (2016) e I Mostra Afro-
-Indígena do Projeto Diversidade em Ações (2019).

635. 635
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: COMPOSTAGEM E
HORTA NA ESCOLA
Escola Estadual Professor Francisco das Chagas
de Souza Albuquerque
Ensino Médio – 1.ª e 3.ª série
Marcos Paulo Alho de Sousa
[email protected]
Introdução – O compromisso mundial de proteção e pre-
servação do meio ambiente tem como uma de suas vertentes a
destinação correta do lixo, uma vez que a poluição de rios e
mares, a emissão de gases que acentuam o efeito estufa, lixões
a céu aberto e aterro sanitários abarrotados são uma triste rea-
lidade devido à destinação incorreta dos resíduos produzidos e
a carência na reciclagem dos mesmos. A escola forma cidadãos
cientes de seus direitos e deveres e, de acordo com os Parâme-
tros Curriculares Nacionais (PCNs) e a Base Nacional Comum
Curricular, a adoção da Educação Ambiental é um dos meios
que as instituições de ensino devem adotar para elucidar a im-
portância do meio ambiente e da ação adequada do homem na
preservação do mesmo. Utilizando a compostagem, os resíduos
orgânicos (principalmente restos de frutas e verduras) produzidos
na escola podem ser reciclados gerando um adubo muito rico
para produção de legumes e afins na horta escolar, além de ser
uma forma proveitosa de trabalhar a Educação Ambiental com
os estudantes. Objetivo – Implantar a compostagem na escola,
explicar sua importância e motivar os estudantes a realizarem as
etapas da reciclagem dos resíduos orgânicos até a produção da
horta escolar. Materiais e Método – A pesquisa ocorreu entre os

636. 636
meses de agosto e dezembro de 2020, envolvendo estudantes
do Ensino Médio e as merendeiras da escola, tendo um caráter
qualitativo. Para alcance dos resultados, adotou-se a técnica de
compostagem termofílica utilizando composteiras (Figura 1) fei-
tas de material reutilizado (baldes de manteiga com capacidade
de 25 litros). Primeiramente, com a aquisição das composteiras,
os estudantes receberam uma pequena palestra sobre a impor-
tância do projeto e como poderiam fazer parte do mesmo, ain-
da, as merendeiras foram consultadas e orientadas sobre a forma
mais adequada de separar os resíduos “molhados” que seriam
utilizados na compostagem, dando preferência para cascas de
frutas e verduras. A próxima etapa foi adquirir os resíduos secos
(folhas secas e serragem), essenciais para a montagem adequada
e início da compostagem. Cumpridas as primeiras etapas, deu-se
início à compostagem com a participação principal de 3 alunas
que encabeçaram o projeto, visto que a pandemia reduziu muito
o número de estudantes na escola e foi grande a necessidade de
evitar aglomeração. Ao passo que a compostagem ia ocorrendo,
os estudantes eram motivados a trazerem resíduos secos e garra-
fas plásticas que serviriam como vasos da horta escolar. Passa-
dos 3 meses do início da compostagem, o adubo estava pronto
(Figura 2) e a montagem da horta foi possível. Sementes de vá-
rias hortaliças foram plantadas (Figura 3) e, após poucos dias,
já iniciaram o crescimento, confirmando a qualidade do adu-
bo produzido pela reciclagem dos nutrientes nas composteiras.
Resultados – Ao fim do projeto, grande quantidade de resíduo
orgânico foi reciclado, adubo orgânico e biofertilizantes foram
produzidos. Não houve medição do peso dos resíduos utiliza-
dos na compostagem ao lixo e nem do biofertilizante e adubo
produzidos, por conta da inexistência de balanças adequadas.
A partir do projeto, os estudantes puderam ver e participar ativa-
mente das ações, separando os resíduos e montando a parte seca
e molhada na composteira. Dessa forma foi trabalhada a cons-
cientização dos discentes e houve estímulo para que tal prática

637. 637
de separação e reciclagem dos resíduos pudesse ser realizada
também fora da escola. A montagem dos vasos da horta, junta-
mente com o adubo produzido na própria escola possibilitou o
plantio de algumas hortaliças e gerou a expectativa do consumo
dos alimentos da merenda escolar produzidos na própria esco-
la. Conclusões – As ações positivas, que contribuem ativamente
para o bem comum, devem ser praticadas e estimuladas mais e
mais. Com a Educação Ambiental, estudantes e outros agentes
conhecem e vivenciam a importância da adoção de novas ati-
tudes que combatam ativamente os prejuízos causados ao meio
ambiente decorrentes da ação humana. Com a compostagem,
resíduos sólidos são reciclados, retornando ao meio em forma
de adubo, plantas são nutridas e impede-se a contaminação das
águas, do solo, diminui-se a emissão de gases danosos ao meio
ambiente e lixões e aterros recebem menos lixo, o que contribui
com a preservação do meio ambiente à medida que estimula
cidadãos mais conscientes de suas ações.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Compostagem, Horta na
Escola.
Figura 1 – Composteiras adquiridas e matéria
seca.
Figura 2 – Adubo produzido a
partir da compostagem.

638. 638
Figura 3 – Crescimento das mudas
REFERÊNCIA
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: proposta preliminar.
2.ª versão revista. Brasília: MEC, 652 p. 2016.
SOBRE O AUTOR
Marcos Paulo Alho de Sousa, natural de
Santarém-PA. Licenciado pleno em Edu-
cação Física pela Universidade Estadual
do Pará (Uepa) e licenciado em Ciências
Biológicas pela Universidade Federal do
Pará (UFPA). Possui mestrado em Ciên-
cias Ambientais, com ênfase no bioma
amazônico, pela Universidade Federal
do Oeste do Pará (Ufopa). Atualmente é professor efetivo de Edu-
cação Física na Secretaria Municipal de Educação (Semed) e pro-
fessor efetivo de Biologia na Secretaria Estadual de Educação (Se-
duc). Atuou como professor substituto do Instituto Federal do

639. 639
Amazonas (Ifam) em algumas disciplinas do Parfor, além de pos-
suir experiência em estudos de doenças cardiovasculares em ado-
lescentes, barcoding de peixes de igarapés e compostagem. De-
senvolve um projeto de compostagem e horta na escola estadual
em que trabalha, atualmente.

641. 641
EXPLICAR CÁLCULO RENAL, NA CRISTALIZAÇÃO
DE OXALATO DE CÁLCIO DO LIMÃO CAIANO, EM
EQUILÍBRIO QUÍMICO
Escola Estadual Deputado Vital de Mendonça
– Itacoatiara/AM
Ensino Médio – 2.ª série
Márcio Laranjeira Anselmo
[email protected]
Introdução – O Ensino de Ciências embasado nos princípios
das Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), n.º 9394/96,
fundamentados na Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
evidenciam a natureza de conhecimentos que, em fatos necessi-
tam de seriedade em muitos ambientes escolares, no que tange a
Ciência da Natureza e Suas Tecnologias no ensino. Por sua vez,
as escolas são primordiais, tornando-as inclusivas, atendendo as
demandas dos educandos. Embora, parte dessas ações compete
ao profissional mediador que, ao adquirir o conhecimento téc-
nico científico, multiplica habilidades consistentes trabalhadas
a partir dos eixos temáticos como GT1-Experimentação, GT2-E-
ducação Ambiental, GT3-Ludicidade, GT4-Etnoconhecimento e
GT5-CTSA Ciência Tecnologia Sociedade e Ambiente) conquistas
significativas, ratificadas nos estágios supervisionados e aperfei-
çoadas na dedicação profissional contínua do sistema educa-
cional. Entretanto, por meio dos lócus pedagógicos, professores
agregam valor na alfabetização com mecanismos de Ensino de
Ciências. Em virtude desta ótica, cabe ao professor, um compro-
misso de amplo e contextualizado trabalho, a vista que, na atuali-
dade, o ensino é lecionado de forma descontextualizado, e, além

642. 642
disso, fora das diretrizes interdisciplinares, Gadotti et al. (2016).
Neste contexto, em particular o ensino da Química, percebe-se
que os estudantes, em sua maioria, não adquirem conhecimen-
tos, associando o conteúdo estudado com o seu cotidiano, tor-
nando-se desestimulados pelo tema. Objetivo – Dar ênfase na
contextualização do conteúdo Equilíbrio Químico, a partir da
extração e cristalização do oxalato de cálcio do limão caiano
(Averrhoa bilimbi), para explicar a formação de cálculo renal no
organismo, popularmente conhecido como pedra nos rins. Mate-
riais e Método – Sistematicamente, o trabalho é estruturado em
cinco momentos, com enfoque na abordagem experimental, co-
nectado aos métodos qualitativo e quantitativo no ensino remoto
e semipresencial. A princípio foram realizadas pesquisas para o
levantamento bibliográfico, no periódico da Capes, em artigos
indexados na plataforma Scopus. Logo depois, foi desenvolvida
a abordagem de aplicação e contextualização do conteúdo de
Equilíbrio Químico, de acordo com a proposta curricular de Quí-
mica, com recursos didáticos como o livro “Ser protagonista”,
(edição 2018, 2019, e 2020), projetor multimídia e quadro bran-
co. Posteriormente, foi realizado o teste diagnóstico nas turmas
com questionário, com finalidade de investigar o conhecimento
adquirido (Figura 1). Paralelo a isso, coletou-se cerca de 500 fru-
tos, oriundos da zona rural do município de Itacoatiara, os quais
passaram por lavagem, e posteriormente triturados e levados para
a extração, processados no método de separação (filtração) e res-
pectivamente elaborado o teste experimental, qual objetivou a
precipitação do oxalato de cálcio (CaC
2
O
4
) em cristais, a partir
da reação do ácido oxálico (C
2
H
2
O
4
) concentrado no fruto limão
caiano (Averrhoa bilimbi), protagonizada pelos estudantes bolsis-
tas que prepararam soluções de cloreto de cálcio (CaCl
2
), assim
como bicarbonato de sódio (NaHCO
3
), neutralizando o extrato
da prática vivenciada. Resultados – Os resultados apresentam
mensurações significativas na importância da prática experimen-
tal ao ensinar Química, pois 59% dos estudantes assimilaram o

643. 643
conteúdo de Equilíbrio Químico, com os anseios da experiência
proveniente do extrato do fruto oxidativo, rico em ácido oxálico,
fundamentado nas reações urolitíases no sistema renal, represen-
tado no contexto físico no sal inorgânico, originando a cristaliza-
ção do oxalato de cálcio do limão caiano, correspondendo a 117
estudantes envolvidos. Consoante a isso, (23%) reaplicaram o ex-
perimento, reaprimorando os princípios interdisciplinares da Bio-
logia e Química, qual totaliza 1) estudantes. Paralelo aos demais
(10%), não conseguiram interpretar o projeto, conjunturando à
ineficiência de 4 estudantes. Por outro lado, (8%) qual retribui
a 2 estudantes, não participaram das atividades experimentais.
Ademais, o levantamento bibliográfico foi primordial para a con-
textualização, pois a experimentação é prática importantíssima,
afinal, os estudantes compreendem e elaboram pensamentos
críticos reflexivos ligados ao caráter investigativo científico. Me-
diante aos dados, a reaplicação da prática por alguns estudan-
tes, torna-se necessário, por consequência de fatores externos,
existentes no âmbito escolar (SÃO PAULO, 2017). Contudo, o
contato com o vírus foi uma realidade que contribuiu para re-
sultados ineficientes apresentados, forçando estudantes a cum-
prirem o isolamento social. Congruente a isso, as precipitações
a partir das reações são fatos alcançados como dados dos expe-
rimentos desenvolvidos pelos bolsistas do Programa Ciência na
Escola – PCE/2021. Conclusões – Em síntese, a contextualização
aliada à experimentação, é significativa, pois propõe instigar o
raciocínio lógico e a curiosidade nos estudantes, ao desenvolver
o protagonismo na prática da cristalização do oxalato de cálcio
do limão caiano, destacando-se a importância da interdisciplina-
ridade diante dos processos químicos e biológicos, conectado a
conteúdos que apresentam reações e transformações no contexto
real do cálculo renal no organismo, interdisciplinando e na mes-
ma dimensão adicionando diferenças no ensino.
Palavras-chave: Extração, Aprendizagem, Experimentação.

644. 644
Figura 1 – Matriz curricular, reações e soluções em repouso,
quantitativo em % de estudantes.
REFERÊNCIAS
AMAZONAS / Seduc. Proposta Curricular de Química para o Ensi-
no Médio. Manaus-AM, 2012.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica.
Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018.
GADOTTI, M. Aprendizagem significativa e crítica: Conceito e
característica, no 06, de 27/09/2016.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (MEC), Secretaria de Educação Mé-
dia e Tecnológica (Semtec). PCN + Ensino Médio: Orientações
educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacio-
nais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Bra-
sília: MEC/Semtec, 2002.

645. 645
SOBRE O AUTOR
Márcio Laranjeira Anselmo nasceu no
dia 19/10/1990, na cidade de Barreiri-
nha-AM e se formou em 04/04/2019 na
Universidade Estadual do Amazonas –
UEA. Graduado em Licenciatura em
Química, pela Universidade do Estado
do Amazonas. Pós-graduando em Meto-
dologia de Ensino de Biologia e Quími-
ca, pela Faculdade Venda Nova do Imigrante, IESX_PPROV – Fave-
ni / Brasil. Professor efetivo na Secretaria de Estado de Educação e
Desporto – Seduc. Lotado no município de Itacoatiara-AM. Teme
experiência em pesquisa científica, ensino e extensão. Desempe-
nhou a função de bolsista no Programa de Apoio à Iniciação Cien-
tífica – PAIC/UEA, com o fomento da Fundação de Amparo à Pes-
quisa do Estado do Amazonas – Fapeam.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas
– Fapeam.

647. 647
O ENSINO DA GEOGRAFIA PARA A PRÁTICA DE
EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRAIA DO CATURETÊ
Escola Estadual Professora Maria Belém – Proeti
– Barreirinha/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Rosenilson Souza da Gama
[email protected]
Introdução – Proporcionar aos estudantes e comunidade uma
nova visão de espaço e o meio que os rodeiam, assim como a
percepção e sensibilização do meio ambiente é tarefa inerente ao
educador. Educar ambientalmente significa ir além da apropriação
de conceitos e processos que retratem a temática, pois os Parâme-
tros Curriculares Nacionais assinalam que “o trabalho de educa-
ção ambiental deve ser desenvolvido a fim de ajudar os estudantes
a construírem uma consciência global das questões relativas ao
meio para que possam assumir posições afinadas com os valores
referentes à sua proteção e melhoria”. Para isso, é importante que
possam atribuir significado aquilo ou sobre a questão. E esse sig-
nificado é resultado de ligação que o estudante estabelece entre o
que aprende e a sua realidade cotidiana. Partindo desse pressupos-
to, o projeto teve sua relevância, pois o local (Praia do Caturetê) a
ser objeto de estudo é uma área de fácil acesso e a procura por este
espaço tem aumentado significativamente e seus efeitos podem ser
observados, assim como o aumento da pressão sobre os recursos
e os ecossistemas. Objetivo – Analisar a percepção dos estudantes
sobre as transformações e degradação do espaço ambiental, por
meio de estudos na Praia do Caturetê, no município de Barrei-
rinha/Am, assim como contextualizar os conhecimentos teóricos

648. 648
sobre educação ambiental com a prática pedagógica. Materiais
e Método – Buscando compreender o processo de EA, faz-se ne-
cessário a interdisciplinaridade (Geografia, Química, Matemática
e Biologia), considerando que a interiorização do conhecimento
geográfico pelas articulações escalares e as múltiplas linguagens
são imprescindíveis à formação do saber e a constituição crítica
nos sujeitos, ou seja, constroem nos educandos uma perspectiva
geográfica dimensionada no cotidiano, sem serem engessadas as
ideologias como delimitadoras e definidoras da relação sujeito-
-mundo. Objetivando a construção de uma metodologia didáti-
ca, a pesquisa se realizou com a comunidade e estudantes em
conformidade aos objetivos propostos, onde nos apropriamos do
método observacional que segundo Severino (2008) “as técnicas
são os procedimentos operacionais que servem de mediação prá-
tica para a realização das pesquisas [...]”. Acreditamos que este
tipo de pesquisa nos daria resultados satisfatórios. Como sabe-
mos, um trabalho científico deve seguir as seguintes ordens: a)
levantamento bibliográfico; b) entrevistas ou depoimentos com
sujeitos envolvidos na pesquisa. “Para amenizar as dificuldades,
o pesquisador deve realizar uma séries de atividades preliminares
tendentes a esclarecer sua visão de cada um desses possíveis in-
formantes. Isso significa realizar contatos informais com a maior
qualidade possível [...]” (TRIVIÑOS, 1987); c) análise dos dados e
questionamentos da pesquisa. Resultados – O projeto, durante sua
execução, agregou conhecimentos, despertou curiosidade pela
ciência, contribuiu com a construção de uma discussão voltada
à educação ambiental, considerando a ênfase na interdisciplinari-
dade conduzindo este assunto de cunho fundamental o mais cedo
possível nas escolas. Ao fazermos a primeira prática com apenas
três turmas, observou-se o espaço, seguindo de uma ampla discus-
são ao ar livre, pode-se perceber inicialmente a indignação e refle-
xão sobre o recorte, pois o local apesar de ser um espaço privado
continua sendo uma área de atração, principalmente nos finais de
semana por estudantes que em média chega a 60 % dos banhis-

649. 649
tas, e isso o fizeram pensar sobre suas práticas que muitas vezes
compromete um bem com valor inestimável. É imprescindível a
importância do trabalho de campo na produção do conhecimento
geográfico, cabe a ele mostrar os diversos tipos de recortar, ana-
lisar e conceituar o espaço, para que sejam revelados e tornados
visíveis os fenômenos que se deseja pesquisar na realidade. Como
o previsto nos objetivos, na segunda ida a campo, questionários
foram aplicados a quatro turmas com temas básicos de EA, enfa-
tizando principalmente questões relacionadas diretamente a Praia
do Caturetê, onde se constatou que em sua maioria as respostas
mostraram, reconheceram que o espaço sofre diretamente com as
ações antrópicas, pois é perceptível materiais diversos (lixo inor-
gânico) serem depositados de qualquer forma, sem que nem uma
atitude educativa seja tomada. Durante as atividades práticas do
projeto (Figuras 1 e 2), percebemos que as perguntas direcionadas
aos estudantes, banhistas, donos de embarcações, demonstraram
preocupações com o meio ambiente na escola, na praia e no seu
entorno, despertando no educando questionamentos, indagações
e sensibilidade com as questões ambientais. Acentuando que este
momento de reflexão sobre suas práticas é valioso para semear-
mos a informação, o conhecimento, instigar o saber, o fazer e
principalmente despertar a capacidade de tornar o indivíduo parte
desse contexto o qual são indissociáveis. Conclusões – sair dos
muros da escola é sempre importante para aprender com o mundo
real, e não somente aquele ilustrado nos livros didáticos, claro
que teoria e prática são indissociáveis. A ideia de ministrar aula de
EA na praia do Caturetê tornou-se uma experiência inesquecível,
pois, os estudantes puderam vivenciar os aromas e as texturas do
meio natural, fazendo caminhadas, participando de jogos de sen-
sibilização, jogos cooperativos, gincanas e perceber o quão rico é
nosso ecossistema amazônico.
Palavras-chave: Educação Ambiental, Caturetê, Geografia.

650. 650
Figura 1 – Produção de elementos
geográficos.
Figura 2 – Alunos na gincana de educa-
ção ambiental.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: apresentação dos temas
transversais. Parâmetros Curriculares Nacionais: meio ambiente,
saúde. Secretaria de educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF,
1997.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. Ed. rev.
atualizada – São Paulo: Cortez, 2007.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a
pesquisa qualitativa em educação. – São Paulo, 1987.
SOBRE O AUTOR
Rosenilson Souza da Gama nasceu no
município de Parintins, cursou o Ensino
Básico em escola pública. Graduado em
Licenciatura em Geografia (2010) pela
Universidade do Estado do Amazonas
(UEA), técnico em guia de turismo (Ce-
tam) e mestrando em Ciência da Educa-

651. 651
ção pela Facultad Interamericana de Ciencias Sociales – FICS. Ser-
vidor efetivo na Escola Estadual Professora Maria Belém (Proeti).
Atualmente desenvolve projetos de educação ambiental como “A
educação ambiental por meio de trilhas ecológicas” (PCE). Ganha-
dor do Prêmio Criativos da Escola-2019 como professor colabora-
dor com o projeto “Amazônia, um laboratório natural”. Também
participou com projeto “Prática de campo: inclusão e protagonis-
mo juvenil com os estudantes do terceiro ano do Ensino Médio da
Escola Estadual Professora Maria Belém” da edição 2019 do Prê-
mio Professor Inovador.
AGRADECIMENTOS
À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas –
Fapeam, aos bolsistas: Ana Vitória Belém Salgado, Gabriel de Sou-
za Arival, Larissa Sales Pereira e aos voluntários Filipe Gonçalves
e Lilian Teixeira.

653. 653
UTILIZAÇÃO DO FILME COREANO A GRIPE PARA
CONSCIENTIZAÇÃO ACERCA DAS MEDIDAS DE
PREVENÇÃO CONTRA O VÍRUS SARS-COV-2,
CAUSADOR DA COVID-19
Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão
Ensino Médio – 3.ª série
Tarcila de Araújo Alves
[email protected]
Introdução – Com o início da pandemia do Novo Coronavírus
em março de 2020, difundir conhecimentos sobre prevenção e so-
bre o ciclo biológico dos vírus se tornou imprescindível e urgente,
diante de tantas informações falsas espalhadas em mídias e redes
sociais, e, mesmo com o pouco conhecimento existente na época,
ações imediatas de conscientização foram tomadas. Para tal, foi
realizada uma atividade reflexiva sobre esta questão e simultanea-
mente foi explorado o conteúdo de vírus seguindo as competências
da BNCC (BRASIL, 2018). Costa e Barros (2014) discorreu sobre o
uso de metodologias ativas como forma de despertar o interesse
e atenção nos estudantes durante o ensino de Ciências Biológi-
cas. Um dos recursos mais efetivos entre as metodologias ativas
é a exibição de filmes (COELHO e VIANA, 2010), uma vez que
estes podem mostrar de modo aplicado os conteúdos lecionados,
e também levar o estudante a pensar sobre o tema e contextuali-
zá-los durante a aprendizagem (BARROS et al., 2019; SANTOS,
2010). Objetivo – Mostrar de forma lúdica por meio de um filme
contemporâneo a importância da prevenção contra doenças virais
no geral. Materiais e Método – A atividade de conscientização foi
realizada no período de março e agosto de 2020 nas dependências

654. 654
da Escola Estadual Benjamin Magalhães Brandão em três turmas
de terceiro ano do Ensino Médio durante as aulas de Biologia. A
atividade foi realizada durante um período de 5 horas (referentes
à cinco aulas). Inicialmente foi realizada uma aula expositiva so-
bre o conteúdo sobre vírus. Na aula seguinte os estudantes foram
levados até a sala de mídia onde assistiram ao filme: A Gripe /
(Original) – 2013 / Direção: Kim SungSoo / Duração: 122 minutos
durante três tempo cedidos pelos professores das disciplinas de
Língua Portuguesa, Química, Matemática e Física. Após o filme foi
realizada a explicação das analogias observadas no filme e propôs-
-se que os próprios estudantes escrevessem redações associando o
filme ao caso de epidemias virais reais, incluindo a pandemia de
Covid-19. Originalmente, a proposta da atividade era a pesquisa
em fontes confiáveis para a produção de cartazes e panfletos com
as informações reais sobre a disseminação do Novo Coronavírus
no mundo, meios de prevenção e histórico do mesmo (BARROS
et al., 2019). Resultados – Os estímulos aos estudantes durante as
aulas são de extrema importância para que o processo de ensino/
aprendizagem seja efetivo. Dessa maneira, novas metodologias e
a reformulação de técnicas antigas de ensino podem despertar o
interesse dos estudantes pelos conteúdos a serem trabalhados em
sala de aula. Além disso, a contextualização dessas novas aborda-
gens de acordo com o conteúdo e com as problemáticas contem-
porâneas tornam a aprendizagem significativa para os estudantes
(COSTA e BARROS, 2014. Para o ensino de Biologia existe uma
grande diversidade de recursos didáticos que podem ser usados
pelos professores no processo de ensino/aprendizagem dos seus
conteúdos, e um dos mais utilizados são os filmes. O uso do au-
diovisual é cientificamente comprovado como uma boa estratégia
para estimular diferentes partes do cérebro, como a memória, con-
centração e processamento de informações (LOURENÇO et al.,
2021). Transmissão aérea: importância do uso de máscara pelos
doentes para se evitar a transmissão aérea e proteção de pessoas
saudáveis. Tempo de incubação do vírus: o supervírus visto no fil-

655. 655
me não possui tempo de incubação, porém o Sars-Cov-2 apresenta
até 12 dias de incubação assintomática, porém a pessoa está em
fase infectante. Tempo de infecção: O vírus do filme leva 36 horas
para causar uma infecção sistêmica e levar ao óbito. O Novo Co-
ronavírus pode apresentar dois tipos de infecção de acordo com
o estado de saúde do paciente, sendo leve com sintomas seme-
lhantes aos de gripes sazonais e o estado grave que leva à fibrose
pulmonar e ao óbito. Mutações virais: Vírus são seres que sofrem
mutações muito rapidamente graças a sua grande plasticidade
nas recombinações gênicas. Estado de Pandemia: Durante o filme
existem vários momentos em que se é mostrado a importância de
manter a população informada sem causar pânico e a situação
de fechar estabelecimentos comerciais, a corrida contra o tempo
nas pesquisas pelo tratamento e o fechamento de fronteiras. Infec-
ção de agentes de saúde: No filme em uma cena, é possível ver
muitas pessoas indo aos hospitais desesperadas e em pânico sem
qualquer tipo de proteção causando a infecção de pessoas ali pre-
sentes. Filtragem da Internet. Durante o filme, o primeiro ministro
pede que a Internet da cidade de Bundang seja cortada para evitar
que os jovens passem mensagens e informações erradas pela mes-
ma. Conclusões – Por meio do uso do filme “A gripe” se mostrou
como uma alternativa muito lúdica para conscientização e apren-
dizagem do conteúdo de vírus, despertando o interesse destes. Foi
observado que esta atividade gerou uma reflexão sobre epidemias
virais que tornou o processo de aprendizagem mais significativo ao
serem associadas com o contexto mundial vivenciado na época.
Palavras-chave: Covid-19, Prevenção, Estratégias de Ensino, Meto-
dologias Ativas.

656. 656
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
COSTA, E. C. P.; BARROS, M. D. M. Luz, câmera, ação: o uso de
filmes como estratégia para o ensino de Ciências e Biologia. Revis-
ta Práxis, ano VI, n.º 11, p 81-93. 2014.
BARROS, A. A. L.; SILVA, G. M. T.; NEVES, J. A.; BRITO, L. E.;
SILVA, R. R.; FIGUEIREDO, S. M.; HENRIQUE, V. H. O. Cinema
na escola: o uso do filme wall-e para o trabalho com educação
ambiental. Educação & Linguagem, ano 6, n.º 2, p. 84-92. 2019.
LOURENÇO, R. W.; ALVES, J. G. S.; SILVA, A. P. R. For meaningful
learning: active methodologies for experimentation in science and
chemistry classes in Elementary School II and High School . Brazi-
lian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.º 4, p. 35037-35045.
2021.
SOBRE A AUTORA
Tarcila de Araújo Alves nasceu em 08 de
fevereiro de 1995, na cidade de Ma-
naus-AM. É formada em licenciatura em
Ciências Biológicas pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam), mestre em
Biotecnologia pelo Programa de pós-
-graduação em Biotecnologia na Univer-
sidade Federal do Amazonas – PPGBio-
tec/Ufam e pós-graduanda em Neuroeducação pela Universidade
Maurício de Nassau (Uninassau). Possui experiência com a cria-
ção de jogos lúdicos e metodologias ativas, bioprospecção de fár-
macos, morfofisiologia e bioquímica. Atualmente atua como pro-

657. 657
fessora de Biologia na Escola Estadual Benjamin Magalhães
Brandão.
AGRADECIMENTOS
Ao gestor Otávio Vasconcelos pelo apoio dedicado ao pro-
jeto. Ao coordenador do Distrito 4 João Batista Costa Ribeiro e à
coordenadora adjunta pedagógica do Ensino Médio Kamilla Ota-
wia de Araujo Queiroz. Ao senhor secretário de Educação e Des-
porto Luís Fabian, pelo suporte enviado à escola no período de
quarentena e de ensino híbrido.

659. 659
O ENSINO DAS CLASSES GRAMATICAIS POR
MEIO DE PARÓDIAS
Escola Estadual Professora Sebastiana Braga
Ensino Médio – 1.ª série
Maria Helena Marques Lira
[email protected]
Introdução – Este projeto descreve a elaboração, o desen-
volvimento e a conclusão para melhorar o ensino aprendizagem
das classes gramaticais para os estudantes de primeiro ano do
Ensino Médio da Escola Estadual Professor Sebastina Braga. O
tema surgiu como alternativa para motivá-los na aprendizagem,
já que estão sempre em contato com as tecnologias, que in-
cluem vídeos de clipes de músicas, filmes, slides entre outras. A
paródia, tema central deste projeto, será executado por meio da
linguagem verbal e não verbal – manuscrita, impressa, eletrô-
nica. Áudio e vídeo. O ensino da gramatical é importante tanto
na escrita quanto na fala, isso tudo porque estamos inseridos
em uma sociedade contemporânea, na qual a aprendizagem se
faz necessária para o ingresso a universidade e ao mercado de
trabalho por meio de avaliações externas que exigem uma gra-
mática contextualizada que depende das regras normativas. A
música, como sempre esteve presente na vida dos seres huma-
nos, ela também sempre está presente na escola para dar vida
ao ambiente escolar e favorecer a socialização dos estudantes,
além de despertar neles o senso de criação e recreação. Obje-
tivo – Desenvolver a criatividade, sensibilidade e imaginação
por meio da música e proporcionar a observação do conceito e
das características inerentes às classes gramaticais. Materiais e

660. 660
Método – Primeira etapa: apresentação da proposta, sondagem
dos conhecimentos prévios sobre paródia. Segunda etapa: or-
ganização e sistematização dos estudos sobre as classes grama-
ticais, como produzir paródia, revisão e reescrita da produção
das paródias. Terceira etapa: culminância de todas as atividades
produzidas à comunidade escolar, livro, computadores, celula-
res, papel ofício, instrumentos musicais. Resultados – O projeto
terá a partir de uma pesquisa sobre a ferramenta a ser trabalha-
da para o melhor entendimento do assunto abordado (classes
gramaticais), enfatizar os principais pontos sobre o conteúdo
abordado, desde seu conceito até suas classificações e estru-
turas, trabalhar com músicas que estejam em evidências para
facilitar o envolvimento de quem ouve a paródia, uma outra
etapa será destinada a apresentação da paródia com auxílio
de instrumentos musicais, teatro e fantoches para dinamizar o
processo de aprendizagem numa culminância, num intuito de
que estejam em evidências para facilitar envolvimento de quem
ouve paródia, uma outra etapa será destinada a apresentação
de instrumentos musicais. Conclusões – Este projeto descreveu
a elaboração, o desenvolvimento e a conclusão para a análise e
melhorias ensino aprendizagem das classes gramaticais pra os
estudantes da 1.ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Pro-
fessora Sebastiana Braga. O tema surgiu como alternativa para
motivá-los na aprendizagem, já que estão sempre em contato
com as tecnologias, que incluem vídeos de clipes de músicas,
filmes, slides entre outras.
Palavras-chave: Paródia, Classes Gramaticais, Aprendizagem.

661. 661
REFERÊNCIA
BEHRENS, MARILDA APARECIDA. Paradigma da complexidade:
metodologia de projetos, contratos didáticos e portfólios. 2. ed.
Vozes, 2006. 72 p.
SOBRE A AUTORA
Maria Helena Marques Lira nasceu em
18 de agosto de 1964, na cidade de Ita-
piranga – Amazonas, formada em Lín-
gua Portuguesa pela Universidade Fede-
ral do Estado do Amazonas, em 2004. É
professora de Língua Portuguesa, con-
cursada há mais de 30 anos pela Secre-
taria de Educação – Seduc-AM, gradua-
da em Letras pela Universidade Federal do Amazonas – Ufam,
pós-graduada em Gestão Escolar pela Universidade do Estado do
Amazonas – UEA, tem experiência em Projetos Escolares de apren-
dizagem em gramática, redação, leitura e literatura com estudan-
tes do Ensino Médio da Escola Estadual Professora Sebastiana
Braga.

663. 663
EDUCAÇÃO 4.0 E O PENSAMENTO COMPUTACIONAL
NO EXERCÍCIO DA CIDADANIA DO SÉCULO XXI
Escola Estadual Ceti Dom Jorge Edward Marskell
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Rodrigo Bonifácio de Souza Pavani
[email protected]
Introdução – O Projeto Intitulado “Educação 4.0 e o Pensa-
mento Computacional no exercício da cidadania do século XXI”
é resultado do Programa Estratégico em Tecnologia da Informação
(RH-TI), edital financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado do Amazonas (Fapeam). O projeto de pesquisa foi executa-
do com apoio da professora Tanara Lauschner (ICOMP/Ufam); Pro-
fessora Marisa Cavalcante (Instituto de Física e Tecnologia/Ufam) e
Elio Molisani (Instituto de Física e Tecnologia/Ufam). Objetivo Ge-
ral: capacitar professores voluntários efetivos da Seduc com intuíto
de desenvolver conceitos da Educação 4.0 e Learning by doing nas
escolas estaduais de tempo integral (Ceti). O projeto de pesquisa
foi aplicado em três escolas estaduais de tempo integral: Ceti Prof.
Manuel Vicente Ferreira Lima, Ceti Dom Jorge Edward Marskell e
Ceti Eng. Prof. Sérgio Alfredo Pessoa Figueiredo. O presente arti-
go tem como objetivo apresentar os resultados produzidos pela
equipe da Escola Estadual Ceti Dom Jorge Edward Marskell, loca-
lizada no município do Itacoatiara – Amazonas. O pensamento
computacional somado as metodologias ativas podem inspirar os
estudantes na construção de seus projetos de vida. O projeto de
pesquisa contou com financiamento da Fapeam para aquisição de
notebooks, kits Arduino Uno, kit sensores eletrônicos e ferramen-
tas básicas para construção de “mini-espaços Makers” em três es-

664. 664
colas estaduais de tempo integral (Ceti). Objetivo – Estruturar os
espaços “Makers” para subsidiar na elaboração de protótipos de
robótica por meio da linguagem de programação e princípios bá-
sicos de eletrônica. Materiais e Método – Tratou-se de um projeto
de pesquisa com intuito de desenvolver conceitos metodológicos
da Educação 4.0 e Learning by doing. Na visão de Schmidt; De-
wey (2009) defende que os programas educativos deveriam ser
baseados na resolução de problemas, ou seja, aprender fazendo,
pois há uma correspondência entre prática e teoria. Assim sendo,
o projeto adotou o seguinte percurso metodológico: formação dos
professores voluntários da Seduc por meio de um curso de imersão
em cultura Maker e Educação 4.0; seleção de 30 estudantes bol-
sistas para participarem do projeto de pesquisa; construção de um
espaço Maker na escola; aulas práticas e expositivas sobre pen-
samento computacional, computação desplugada e Internet das
coisas (IoT); realização de oficinas sobre aplicações do Arduino
(IDE) e Scratch; realização de reunião para definição de “situações
problemas” e “solução tecnológica” para serem desenvolvidas por
meio do kit Arduino Uno e da linguagem de programação; desen-
volvimento de protótipos conforme cada “situação problema” e
apresentação dos resultados para comunidade escolar por meio
de eventos científicos. Resultados – O protótipo “monitoramento
de planta” foi coordenado pela professora Anacilia Maria (ICET/
Ufam). Objetivo do protótipo: realizar o monitoramento da umi-
dade do solo por meio do sensoriamento remoto. Assim, evitando
desperdício de água. Metodologia: A metodologia utilizada pos-
suiu 4 etapas: 1.ª Etapa: os estudantes tiveram aulas sobre pensa-
mento computacional e computação desplugada, bem como parti-
ciparam de oficinas sobre “Cultura Maker”, Scratch, Arduíno e IoT;
2.ª Etapa: após as aulas expositivas e oficinas, o conhecimento foi
posto em prática por meio da definição de uma situação problema
que deveria ser resolvida por meio do uso do Kit Arduino Uno; 3.ª
Etapa: para a preparação do protótipo, os estudantes realizaram
pesquisas em alguns páginas da Internet, que serviram de base

665. 665
para elaboração do circuito e 4.ª Etapa: a partir da construção do
protótipo, alguns testes foram realizados com intuito de verificar
se o sistema estava funcionado corretamente. Materiais: fiação de
jump; 01 protoboard; 01 sensor de umidade do solo; 01 placa
Arduino Uno; 03 leds (amarelo, verde, vermelho); 03 resistores de
10k para cada led; 01 placa de compensado. Programação Ardui-
no: A programação utilizada para desenvolvimento do protótipo
foi baseada nos tutoriais postados no site Filipeflop. A programa-
ção foi adaptada para ser conectada na maquete confeccionada
pelos estudantes. A programação faz a leitura da porta analógica
a cada 2 segundos e de acordo com os valores lidos acende o Led
correspondente à solo seco (Led Vermelho), solo com umidade
moderada (Led Amarelo) e / ou solo úmido (Led Verde). O protó-
tipo “automatização de segurança” foi coordenado pelo professor
Vandermi João da Silva (ICET/Ufam). Objetivo do Protótipo: desen-
volver uma maquete para representação de uma residência capaz
de acionar dispositivos automaticamente por meio de sensores de
presença. Metodologia: Para desenvolvimento do protótipo foram
seguidos os seguintes passos: Passo 1- separação dos materiais;
nesse passo foram separados os sensores de presença, resistores de
4k, relés de acionamento, uma lâmpada com bocal, um ventilador
(cooler de computador), fiações diversas, uma placa Arduino Uno
e uma placa de compensado; Passo 2- divisão das tarefas entre
os estudantes; os estudantes foram divididos em três grupos, um
responsável pela confecção da maquete, outro responsável pela
montagem do circuito e o terceiro grupo responsável pela progra-
mação; Passo 3- construção do protótipo; nessa fase os estudantes
após recolherem todo o material necessário, construíram a ma-
quete, instalaram a fiação de energia, construíram o circuito para
o Arduino e codificaram o programa para acionamento via sensor
de presença; Passo 4- testes e integração do protótipo; nessa fase
os estudantes testaram todos os sensores e a fiação em conjunto
com toda a montagem da casa. Materiais: fiação de jump; 01 pro-
toboard; 01 sensor de movimento PIR para Arduino; 01 relé de

666. 666
5V; 01 diodo 1N4007; 01 transistor BC548; 01 resistor de 10K;
01 ventilador de computador (cooler); 01 bocal; 01 lâmpada e 01
placa de compensado. Programação do Arduino: A programação
para controle da lâmpada foi desenvolvida baseada nos tutoriais
postados no site Filipeflop. Algumas adaptações foram realiza-
das para conexão do cooler. Conclusões – O projeto de pesqui-
sa fomentou um ambiente de protagonismo juvenil por meio da
iniciação científica. Os estudantes puderam desenvolver respos-
tas criativas para situações problemas por meio da metodologia
Learning by doing. A construção de protótipos na plataforma placa
Arduino Uno possibilitou que os estudantes pudessem entender
conceitos relacionados ao pensamento computacional. Os estu-
dantes tiveram oportunidade de desenvolver sistemas automatiza-
dos com auxílio sensores eletrônicos. Assim sendo, foi construído
um conhecimento que até então não existia entre os bolsistas. O
desenvolvimento dos protótipos gerou um ambiente de trabalho
colaborativo por meio da lógica computacional. A apresentação
das maquetes em férias científicas (Robô TI – Organizado pelo
Ifam e II Workshop Cunhantã Digital) colaborou para o resgate da
autoestima bolsistas.
Palavras-chave: Educação 4.0, Learning by Doing, Cultura Maker,
Pensamento Computacional.
REFERÊNCIAS
SCHMIDT, I. A. DEWEY, J. A Educação Para uma Sociedade De-
mocrática. CONTEXTO & EDUCAÇÃO Editora Unijuí Ano 24 n.º
82 julho/dezembro. P. 135-1541, 2009.

667. 667
SOBRE O AUTOR
Rodrigo Bonifácio de Souza Pavani nas-
ceu em 08 de junho de 1990, na cidade
de Duque de Caxias-RJ e formou-se em:
Ciências Sociais na Universidade Fede-
ral Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ). Pos-
sui especialização em Gestão em Saúde
no Instituto Federal de Educação, Ciên-
cia e Tecnologia do Amazonas (Ifam).
AGRADECIMENTOS
À Fapeam, que financiou esse projeto por meio do Edital Pro-
grama Estratégico em Tecnologia da Informação (RH-TI).

669. 669
USO E OCUPAÇÃO DO SOLO: MORANDO EM
ÁREAS DE RISCO AMBIENTAL
Escola Estadual de Tempo Integral Maria Madalena
Santana de Lima
Ensino Médio – 1.ª série
Márcio Silveira Nascimento
[email protected]
Introdução – O ensino de Geografia deve levar o estudan-
te a compreender a realidade sob o ponto de vista de sua espa-
cialidade, ou seja, o espaço geográfico a que ele está inserido.
Complementando esse pensamento, os Parâmetros Curriculares
Nacionais, asseveram que se torna importante que o professor ofe-
reça a oportunidade de um conhecimento organizado de sua área
e procure valorizar o lugar de vivência dos educandos (BRASIL,
1998). Assim o ensino de Geografia tem o papel de estimular a
leitura crítica dos estudantes, para que se percebam como agentes
produtores e transformadores do espaço nos quais estão inseridos
e que possam ter melhores condutas quanto ao zelo desses luga-
res. E para atingir esses desígnios, proporcionaremos atividades no
âmbito escolar, envolvendo os estudantes da Escola Maria Mada-
lena Santana de Lima, localizada no bairro Armando Mendes, na
zona leste de Manaus, bairro o qual é envolto às áreas industriais,
áreas verdes e áreas residenciais, marcado pela intensa urbaniza-
ção desarticulada de planejamento adequado, caracterizado por
uma paisagem em constantes transformações e inúmeros proble-
mas quanto à configuração de seus espaços, com áreas considera-
das como de risco ambiental, suscetíveis a recorrentes problemas
de inundações e deslizamentos de terra, cenário ideal para im-

670. 670
plementação de ações educativas para que os mesmos, imbuídos
desse conhecimento, despertem valores, condutas e atitudes em
promover o interesse para a conservação e uso racional dos espa-
ços do seu bairro. Objetivo – Aplicar os conhecimentos geográfi-
cos por meio de práticas educativas dinâmicas no uso de oficinas
pedagógicas, para que os conteúdos de Geografia escolar “solo” e
“paisagem” sejam contextualizados na realidade da comunidade
escolar. Materiais e Método – O projeto foi realizado com uma
turma da 1.ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Maria Ma-
dalena Santana de Lima. Foram aplicadas três oficinas pedagógi-
cas. Se deu em duas fases, onde primeiramente foram ministradas
aulas expositivas dialogadas sobre a temática e num segundo mo-
mento se aplicou as oficinas pedagógicas, na tentativa de articular
os conhecimentos adquiridos para um ensino-aprendizagem mais
eficiente. As oficinas pedagógicas são situações didáticas que per-
mitem uma ação educativa por meio do trabalho prático ou na
execução de atividades que busquem construir o conhecimento.
Entendemos que a tarefa de levar os estudantes a compreenderem
um conteúdo de forma ampla e contextualizada na sua realidade,
vai ao encontro com a metodologia utilizada pelo professor (FARI-
NA; GUADAGNIN 2007). Ao final do projeto, houve o momento
de socializar com a comunidade, por meio de uma exposição em
praça pública do bairro os conhecimentos e resultados obtidos.
As oficinas pedagógicas realizadas no projeto foram: Oficina 1:
Perfil de solo em papel (2 horas). Houve necessidade de contex-
tualizar o estudo dos solos dentro da Geografia, compreendendo
sua importância, capacitando os estudantes a uma compreensão
do que é o solo (SOUZA; LOCH, 2018). (Figura 1). Oficina 2: Aula
de Campo utilizando realidade virtual (8 horas): Ler a paisagem é
descobri-la, e no tocante do ensino desse conteúdo, é de grande
importância a aula de campo, pois é nesse momento que coloca-
mos os estudantes diante de um ambiente a ser decifrado, no qual
podem identificar os tipos de paisagem, de modo a entender as
relações entre elas e se sentir parte desses ambientes. 1° momen-

671. 671
to: Construção dos óculos de realidade virtual (4 horas). Nesse
momento, foi explicado como confeccionar os óculos e disponi-
bilizamos os materiais para que os estudantes se dividissem em
grupos (Figura 2), construíssem seus próprios óculos. 2° momento:
Captura das imagens em 360º (2 horas). Esta etapa consistiu em
explorar algumas paisagens. 3.º momento: Visualização das ima-
gens: Tour paisagens do bairro (2 horas). Após a captura das ima-
gens em 360º, deu-se o momento de socializar as mesmas com os
demais estudantes da turma. Oficina 3: Pintura com tinta à base
de solo (Figura 3): Exposição “paisagens do meu bairro” (4 horas).
Essa atividade serviu tanto para diagnosticar como os estudantes
reconhecem o solo enquanto elemento constituinte da paisagem,
importante para a percepção dos estudantes quanto às caracterís-
ticas do solo na paisagem e os variados usos do solo pelo homem.
Resultados – As atividades desenvolvidas ao longo da realização
do projeto conseguiram atingir com êxito seu objetivo. Pôde-se
observar uma turma participativa, cujas discussões cada vez mais
despertaram o interesse dos estudantes. Notou-se em grande parte
dos estudantes, o anseio por atividades práticas, ou aquelas que
possam despertar mais seu interesse. Nessa etapa da pesquisa, foi
possível dar significado e aplicabilidade aos conceitos aprendidos,
instigando-os à reflexões críticas e à construção de conhecimen-
tos geográficos. Conclusões – A execução do projeto atingiu uma
temática social importante, pois risco ambiental, apesar de uma
forte vinculação aos fenômenos extremos da natureza, deve ser
compreendido sob um ponto de vista mais amplo, que remete à
noção de risco social. Nesse sentido, esses riscos passam a ser tra-
tados também como fenômeno social, já que atingem populações
socialmente vulneráveis, como as que normalmente se instalam
em áreas urbanas sujeitas a inundações e a deslizamentos.
Palavras-chave: Uso e Ocupação do Solo, Conhecimentos Geo-
gráficos, Áreas de Risco Ambiental.

672. 672
Figura 1 – Criando perfil de solo com molde de
papel.
Figura 2 – Construção dos óculos
de realidade virtual de papelão.
Figura 3 – Oficina “Pintura com tinta a base de solo.”
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura/Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Geografia. Bra-
sília: MEC/SEF, 1998.
FARINA, B. C.; GUADAGNIN, F. Atividades práticas como ele-
mentos de motivação para a aprendizagem em geografia ou
aprendendo na prática. In: REGO, N. CASTROGIOVANNI, A. C.;
KAERCHER, N. A. Geografia: práticas pedagógicas para o Ensino
Médio. Porto Alegre, 2007,11-148.
SOUZA F. L.; LOCH R. M. S. Proposta para o ensino de solos em
geografia por meio de atividades experimentais. In: PARANÁ. Se-
cretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

673. 673
Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Pro-
fessor PDE: Produção Didático-pedagógica 2016. Curitiba: SEED/
PR, 2018.
SOBRE O AUTOR
Márcio Silveira Nascimento, Manauara,
é professor da Educação Básica Rede
Pública Seduc-AM (Ensino Médio/com-
ponente Geografia). Mestre em Ensino
Tecnológico pelo Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Ama-
zonas (Ifam). Possui especialização em
Informática na Educação pelo Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam) e
graduado em Geografia pela Universidade do Estado do Amazo-
nas (UEA). Membro do Grupo de Pesquisa Utilização de Recursos
Naturais Amazônicos no Processo de Ensino e Aprendizagem (Ur-
naea). Atua nas linhas de pesquisas em Ensino, Educação em So-
los, Meio ambiente, Interdisciplinaridade; Tecnologias na Educa-
ção e Geografia Escolar.

675. 675
ROMPENDO BARREIRAS LINGUÍSTICAS E
CRIANDO PONTES DE APRENDIZAGEM PARA
ESTUDANTES VENEZUELANOS NA ESCOLA
Escola Estadual Marechal Hermes
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Siluane Lima da Silva
[email protected]
Introdução – Das informações integradas no “Relatório Geral do
Colóquio sobre Direitos Humanos na Política Migratória Brasileira –
2013” é possível identificar que, sem desconsiderar as questões rela-
cionadas à saúde, ao trabalho, à moradia e à documentação, uma das
principais dificuldades e necessidades enfrentadas pelos imigrantes, no
Brasil, está associada à educação. A atual crise na Venezuela, que levou
o país ao colapso econômico, tem gerado um elevado fluxo migratório,
ocasionando um aumento no número de matrículas de estudantes imi-
grantes/venezuelanos nas escolas regulares de Manaus. As demandas
constituem um desafio para as instituições que recebem os venezuela-
nos: como ajudá-los na adaptação e garantir que possam aprender? A
barreira que se instaura pelo desconhecimento da Língua Portuguesa
limita a atuação dos imigrantes no país. Deste modo, a escola assume
uma função importante na ascensão da cidadania ativa, considerando
as diferentes necessidades educativas dos cidadãos, constituindo-se a
escola como local importante para os imigrantes, o espaço a partir do
qual poderão ser desenvolvidas oportunidades de integração na socie-
dade de acolhimento e no qual se configuram instrumentos de mobi-
lidade social ascendente e de agregação de competências intercultu-
rais. Como fazer com que esses estudantes, que saíram de seu país, do
aconchego de seus lares, tenham um aprendizado significativo? Com-

676. 676
preende-se, deste modo, que não falar a Língua Portuguesa limita não
somente a aprendizagem das matérias, mas as relações interpessoais,
além da interação escolar. Objetivo – Analisar métodos e técnicas de
aprendizagem que facilitem o estudo de Língua Portuguesa entre os
discentes venezuelanos matriculados no Ensino Médio, do turno ves-
pertino, da Escola Estadual Marechal Hermes. Materiais e Método – A
pesquisa foi desenvolvida de forma extensa, em meio a uma pande-
mia que parou o mundo, dialogando entre o ensino remoto e híbrido.
Primeiramente, realizamos leituras sobre o tema; a partir das análises
bibliográficas fomos para a segunda parte do projeto, as entrevistas (Fi-
gura 1). Em meio ao estudo, foram elaborados 4 questionários: um para
a criança imigrante; outro para a família do imigrante (Figura 2); um
para os colegas de classe; e, por fim, um para a equipe pedagógica
(professor, pedagogo, etc.). Durante o ensino remoto trabalhamos com
entrevistas via Google Forms, para os imigrantes, que abordavam ques-
tionamentos socioeconômicos, ressaltando a trajetória de vida, escolar,
bairro e renda; estrutura de trabalho e estrutura familiar. Quando retor-
namos ao ensino híbrido, realizamos entrevistas livres, semanalmen-
te. Resultados – O aumento no número de matrículas de estudantes
imigrantes/venezuelanos nas escolas regulares de Manaus representa
um desafio para as instituições que recebem os imigrantes: como aju-
dá-los na adaptação e garantir que possam aprender? A barreira que se
instaura pelo desconhecimento da Língua Portuguesa limita a atuação
dos estrangeiros no país. Alguns estudantes que chegaram a Escola Esta-
dual Marechal Hermes compreendem e falam o mínimo do português,
outros somente por mímicas; além disso, temos problemas como: es-
colaridade, idade, autismo, deficiência intelectual, etc. A língua como
barreira à compreensão equivale também ao fato de a comunidade
escolar não ter o domínio de outros idiomas; pois a grade curricular
contempla o ensino de uma língua estrangeira: Língua Inglesa, não o
espanhol. Conclusões – O projeto trouxe uma reflexão sobre a adapta-
ção de estudantes venezuelanos na Escola Estadual Marechal Hermes,
que poderia muito bem se expandir para as outras escolas de Manaus.
Permitiu que os estudantes, envolvidos na pesquisa, propagassem o co-

677. 677
nhecimento adquirido a toda comunidade escolar nativa, salientando
o quão necessário é olhar para o outro com empatia e entender as limi-
tações do estudante venezuelano que se encontra em um contexto des-
favorável. Algo extremamente relevante, que nos fez entender a quão
necessária foi a execução desta pesquisa, deu-se por observarmos que
nossos estudantes venezuelanos estão interagindo com os demais co-
legas nativos, e um desses estudantes estará participando do PCE/2021
(Programa Ciência na Escola) como cientista júnior.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem, Língua Portuguesa,
Venezuelanos.
Figura 1 – Reunião para expor a temáti-
ca do projeto.
Figura 2 – Entrevista com família
venezuelana.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, S. E. F. de A. (2008). Contributos para uma educação
para a cidadania: professores e alunos em contexto intercultural.
(Tese de Mestrado, Universidade Aberta, Lisboa, Portugal). Dispo-
nível em: http://docplayer.com.br/50078-Contributos-para-uma
educacao-para-a-cidadania.html.
FIGUEIREDO, Nébia Maria Almeida de. Método e metodologia na
pesquisa científica / Nébia Maria Almeida de Figueiredo (org). - 3.
ed. – São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2008.

678. 678
SOBRE A AUTORA
Siluane Lima da Silva nasceu na cidade
de Benjamin Constant; Graduada em Le-
tras pela Universidade Estadual do Ama-
zonas (UEA). Especialista em Educação
Musical pelo Instituto Federal de Educa-
ção, Ciência e Tecnologia do Amazonas
(Ifam). Doutoranda em Educação pela
Universidade Nacional de Rosário
(UNR) – Argentina. Atua como professora de Língua Portuguesa –
Seduc/Am (40 horas de efetivo serviço- Ensino Fundamental II e
Ensino Médio). Coordenadora do projeto PCE – Programa Ciência
na Escola, promovido pela Fapeam – Fundação de Amparo à Pes-
quisa do Estado do Amazonas, em 2019 com o tema: “Dificulda-
des na leitura e escrita no processo de ensino-aprendizagem dos
estudantes do Ensino Fundamental II, da Escola Estadual Marechal
Hermes: perspectivas para sua compreensão e superação.”; e, em
2020, com o tema: “Rompendo barreiras linguísticas: como criar
pontes de aprendizagem por meio da disciplina de Língua Portu-
guesa para estudantes imigrantes venezuelanos da Escola Estadual
Marechal Hermes”.
AGRADECIMENTOS
À Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa no Amazonas),
pelo financiamento por meio do projeto PCE (Ciência na Escola)
no ano de 2020, o qual agradecemos o financiamento, a parceria
e por acreditar nesse projeto.

679. 679
ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA POR MEIO DA
MÚSICA
Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida
Ensino Médio – 1.ª série
Pedro Thiago de Sousa Oliveira
[email protected]
Introdução – Compreendendo a necessidade de se aprender
a língua espanhola, o presente projeto visa facilitar a mediação do
ensino de uma importante língua estrangeira, que há tempos está
sendo ministrada em muitas escolas da rede pública do Amazonas,
no que tange ao uso da Música, com todas as suas formas, interpre-
tações, e usando-a como canal de desenvolvimento da aprendiza-
gem, para uma assimilação da mesma. Objetivo – Desenvolver e
aplicar os conhecimentos linguísticos por meio da música, para
obtenção de uma aprendizagem mais aprofundada do Espanhol, e
aprimorar os conhecimentos linguísticos da nossa língua materna,
aplicando-a na aprendizagem do Espanhol, reconhecendo os esti-
los musicais oriundos da cultura hispânica, apresentando vocabu-
lários voltados ao cotidiano do estudante, com interações musicais
apresentadas no projeto, favorecendo, assim, a aprendizagem da
língua espanhola por meio das proximidades gramaticais e lexi-
cais. Materiais e Método – O projeto é desenvolvido de acordo
com a dinâmica de alternância dos estilos musicais e o planeja-
mento gramatical e lexical prévio dos bimestres escolares. Estudos
dirigidos de acordo com os planejamentos bimestrais. Exercícios
orais e escritos dos textos musicais trabalhados em sala de aula.
Produção textual a partir das músicas em Espanhol. Uso constante
do dicionário Português/Espanhol, cedido pela biblioteca escolar.

680. 680
Resultados – A dinâmica com alternância nos estilos musicais foi
desenvolvida em sala de aula, por meio de produção textual a
partir de músicas, para uma melhor compreensão dos estudantes,
com uso constante de dicionários de Português/Espanhol. Desse
modo, obteve-se resultados positivos. Conclusões – Desenvolver e
aplicar os conhecimentos linguísticos por intermédio da música,
para uma aprendizagem mais aprofundada do Espanhol, obtendo
conhecimentos linguísticos basilares para a compreensão da lín-
gua materna.
Palavras-chave: Língua Espanhola, Música, Conhecimento
Linguístico.
REFERÊNCIA
BAGNO, Marcos. Língua, Linguagem, Linguística: Pondo os pin-
gos nos ii. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.
SOBRE O AUTOR
Pedro Thiago de Sousa Oliveira, natural
de Fortaleza/CE, tem 38 anos e, desde
1999, reside em Manaus. É professor de
Espanhol, formado em Letras pela Es-
bam, em 2008. Especialista em Metodo-
logia do Ensino Superior, pela Universi-
dade Gama Filho em 2010. Desde 2007,
faz parte da Seduc-AM. Atualmente, le-
ciona na Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida – EENSA e no
Colégio Brasileiro Pedro Silvestre – CBPS.

681. 681
UM OLHAR DIFERENCIADO SOBRE O ENSINO
DA FÍSICA, VISTO EM CASA
Escola Estadual Maria da Luz Calderaro
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Alciele Freitas Barbosa
[email protected]
Introdução – Os estudantes do Ensino Médio vêm apresen-
tando dificuldades na disciplina de Física, diante do momento que
estamos vivenciando (pandemia) e das dificuldades de entendi-
mento apresentadas em sala (virtual) e executadas em casa. Nós,
professores, sentimos a necessidade de inovar nossos métodos
de ensino-aprendizagem. Buscamos alternativas e estratégias que
chamem a atenção e interesse pela disciplina. Pensando em mu-
dar esse cenário, o trabalho proposto aos discentes foi voltado à
prática experimental em casa, tornando mais interessantes as aulas
de física, não se prendendo apenas às teorias, mas principalmen-
te nas equações das leis estudadas, colocando em prática o que
aprenderam em sala de aula. Objetivo – Minimizar as dificulda-
des, estimulando a curiosidade e o bom desempenho de cada es-
tudante por meio da Física, para que tenham uma aprendizagem
significativa. Materiais e Método – Os grupos foram formados pe-
los educandos, os quais se dividiram e fizeram as pesquisas das
teorias estudadas em sala; em seguida, colocaram-nas em prática
em casa (Figura 1). Usaram materiais de baixo custo, que, na sua
maioria, eram reciclados (Figura 2). Desde o começo do século
XIX, discute-se a necessidade da educação científica para o públi-
co em geral, com o propósito de popularizar a ciência, até a defesa
de formação de cientistas (SANTOS; AULER, 2011). Há tempos,

682. 682
os educadores procuram novas metodologias de ensino, como a
da Física, que muitas vezes é alvo de reclamações por parte dos
estudantes, mas, com razão, pois sentem a frustração de não con-
seguirem a compreensão. Resultados – O projeto desempenhou
papel importante no processo de ensino e aprendizagem, podendo
ser observada, durante o seu desenvolvimento, a motivação, o in-
teresse e uma melhor assimilação dos conteúdos pelos estudantes.
Com a elaboração de experimentos, observou-se maior participa-
ção dos estudantes nos trabalhos apresentados, facilitando a troca
de experiências e interação entre professor e estudante. Conclu-
sões – O projeto “Um olhar diferenciado para o Ensino da Física,
visto em casa”, buscou, por meio da prática pedagógica executada
com os discentes, um melhor aproveitamento das aulas de Física.
Considerando que a disciplina constitui base, também, para outras
ciências, favorecendo entendimentos aos fenômenos estudados
por meio dos experimentos feitos em casa, os discentes adquiriram
sensibilidade em relação à reciclagem e à reutilização de materiais
que normalmente são descartados em suas residências.
Palavras-chave: Ensino, Aprendizagem, Física.
Figura 1 – Aula prática, feita em casa.

683. 683
Figura 2 – Experimento com material reciclável.
REFERÊNCIA
SANTOS, W.; AULER, D. CTS e educação científica: desafios, ten-
dências e resultados de pesquisas. Editora UnB, 2011.
SOBRE A AUTORA
Alciele Freitas Barbosa nasceu no dia 27
de junho de 1973, em Maués-AM. Filha
de Maria Lindalva da Silva Barbosa e Al-
cides Ribeiro Barbosa, iniciou sua traje-
tória como professora de Física no ano
de 2005, no município de Parintins,
onde concluiu a graduação em Licen-
ciatura Plena em Física, na Universidade
do Estado do Amazonas (UEA). É Especialista em Docência do En-
sino Superior, pelo Centro Universitário Barão de Mauá, e, atual-
mente, leciona a disciplina de Física na Escola Estadual Maria da
Luz Calderaro, para o 1°, 2° e 3° anos do Ensino Médio – Manaus
(Coordenadoria Distrital 03/ Seduc).

685. 685
PRÁTICA E PERCEPÇÃO NA ESCOLA – A MÚSICA
EM MOVIMENTO
Escola Estadual Nossa Senhora Aparecida
Ensino Médio – 1.ª série
Lorena Monteiro Neres de Lima
[email protected]
Introdução – O projeto busca abranger, por meio da música, à
comunidade escolar e o entorno, visto que serão promovidas oficinas
e ações que trabalhem o desenvolvimento global do estudante e suas
especificidades vinculadas à percepção de movimento, espacialidade
e estímulos sonoros, três eixos que viabilizam uma melhora expres-
siva no progresso escolar da criança e adolescente, em sua jornada
estudantil. Atividades musicais serão implementadas na escola, assim
como apresentações e mostras culturais, na busca de desenvolver um
trabalho interdisciplinar, também, pois envolverá as demais disciplinas,
engajando movimento e interação cultural. As oficinas visam oferecer
temas de produção de materiais musicais recicláveis e performance em
grupo. No anseio de oferecer conhecimento cultural, a pedagogia mu-
sical abrange e difunde a interação entre mente e corpo, e isso pode-se
afirmar por alusão a um dos pensadores musicais mais citados no cam-
po da pesquisa musical, Émile Dalcroze, que preconiza o aprendizado
por meio de uma escuta ativa, com a qual a comunicação se propaga.
Ademais, a Educação Musical pode ser um agente de transformação e
mudança social para o ser integrado na realidade escolar. Objetivo –
Promover um desenvolvimento global do discente no campo escolar,
como auxílio de práticas musicais e artísticas, desenvolvendo ativida-
des, dentro das ciências musicais, que integrem corpo e movimento.
Materiais e Método – Nas oficinas, serão trabalhados a percepção mu-

686. 686
sical, o reconhecimento de timbres, o ritmo e a elaboração de instru-
mentos; com atividades expositivas e dialogadas; aulas práticas e dire-
cionadas. Resultados – Inserir informações alinhadas com os objetivos
e metas, de forma qualitativa, com melhora integral do estudante nas
ações escolares, melhora na comunicação e interação social dos par-
ticipantes; formação de grupos musicais na escola e espaço cultural
aberto. Conclusões – O projeto busca abranger, por meio da música, a
comunidade escolar e o entorno, visto que serão promovidas oficinas e
ações que trabalhem o desenvolvimento global do estudante e suas es-
pecificidades vinculadas à percepção de movimento, espacialidade e
estímulos sonoros, três eixos que viabilizam uma melhora expressiva no
progresso escolar da criança e adolescente em sua jornada estudantil.
Palavras-chave: Educação Musical, Comunidade Escolar, Percep-
ção, Movimento.
REFERÊNCIA
THOMAS, J.R., NELSON, J.K., SILVERMAN, S.J. Métodos de pes-
quisa em atividade física. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2012.
SOBRE A AUTORA
Lorena Monteiro Neres de Lima, gradua-
da em Licenciatura Plena em Música
com aptidão em práticas instrumentais,
busco contribuir com a comunidade es-
colar de forma ativa e integrada a praticas
musicais, visto que, por meio das Artes
em geral a mesma pode ser pertinente na
descoberta de talentos e aptidões, sejam
elas individuais ou coletivas.

687. 687
FILOSOFIA EM TEMPO DE PANDEMIA: DESAFIO
DA EAD NO MUNICÍPIO DE TABATINGA
Escola Estadual Duque de Caxias – Tabatinga/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª séries
Lizandro Barboza da Silva
[email protected]
Introdução – Neste trabalho foi tomado como objeto de pes-
quisa o “ensino de Filosofia em tempo de Pandemia por meio da
Educação a Distância no município de Tabatinga” aprovado pela
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)
no edital N.º 001/2020, em parceria com a Secretaria de Estado de
Educação (Seduc) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed)
no Programa Ciência na Escola (PCE), onde foram contemplados
com 01 bolsa de vigência de 06 (seis) meses o Professor Ciência
na Escola Lizandro Barboza da Silva e 03 (três) estudantes de Ini-
ciação Científica Tecnológica Júnior com uma bolsa de duração de
05 (cinco) meses. Essa análise teve como ponto norteador as leis
e teorias sobre os desafios da Filosofia em ensinar não somente
em sala de aula de modo presencial, mas também utilizando-se
as tecnologias e redes sociais para a aprendizagem à distância,
numa dinâmica interdisciplinar, multidisciplinar e transdisciplinar.
Objetivo - Compreender como são construídos os saberes em filo-
sofia na educação à distância com os estudantes do Ensino Médio
em tempo de Pandemia, tendo como enfoque uma aprendizagem
crítica, criativa e emancipadora. Materiais e Método – Nos proce-
dimentos metodológicos optou-se por uma abordagem qualitativa
por trabalhar questões de subjetividade no campo filosófico e dei-
xará o entrevistado mais à vontade para responder as questões que

688. 688
nos ajudará a entender a educação à distância em meio a uma Pan-
demia. Com relação aos fins foi realizada uma pesquisa descritiva
para retratar os fatos registrados durante as aulas teóricas e práticas
de filosofia (Figura 1). E quanto aos meios é bibliográfica tendo
em vista ter como base materiais já publicados, constituído prin-
cipalmente de livros, artigos de periódicos e, atualmente, material
disponibilizado na Internet e livros a respeito dos temas e pensa-
dores. Os participantes foram 02 (dois) professores que trabalham
Filosofia na escola contemplada do projeto. Estudantes da própria
escola, sendo que dos 422 (quatrocentos e vinte e dois) estudantes
matriculados no Ensino Médio do turno vespertino, 321 (trezentos
e vinte e um) participaram da entrevista. O instrumento de aná-
lise: Google Classroom. E o mês de análise foi novembro/2020.
Resultados – A outra pergunta foi se os estudantes gostavam de
filosofia, respondendo que sim 86%. Este é um fator positivo, uma
vez que a maioria vê com otimismo essa área do conhecimento.
Dando continuidade aos questionamentos foi perguntado a for-
ma como tinham aprendido filosofia no tempo de pandemia via
Educação à Distância. O interessante que 38% foi pesquisando
na Internet, houve os que leram o livro didático com 30,5%, obti-
vemos também com resultado satisfatório a aula em casa da Seduc
(13,7%) e as explicações do professor da disciplina (12,1%), o res-
tante apareceram outras respostas. A próxima pergunta foi sobre a
ferramenta EAD que é mais adequada para aprender filosofia em
tempo de pandemia, tendo como resposta: 44,5% via WhatsApp,
21,8% Google Classroom, 21,2% Google Meet, os demais outras
atividades. Foi perguntado ainda qual seria a melhor forma que
poderiam ter para melhorar o rendimento estudando Filosofia a
distância, sendo respondido: 57,6% lendo mais, o importante aqui
é que veem que a leitura é forma essencial que o ser humano tem
para tornar-se autônomo mediante as indagações do conhecimen-
to. Agora uma das perguntas mais importantes feita aos discentes
foi a minha autoavaliação dos trabalhos realizados durante o ano,
tendo como resposta 50,7% a resposta de ótimo, acompanhado

689. 689
41,1% bom e 8,1% regular. Ainda nessa análise, busquei entender
também qual era dentre as técnicas utilizadas pelo professor de
Filosofia, a que mais tinham gostado em aprender filosofia, onde
tive como respostas: 35,2% resumos, acompanhado de debate
filosófico (28,3%), leitura de textos filosóficos (12,1%), músicas
filosóficas (8,4%). Conclusões – Este projeto procurou mostrar a
importância que a Filosofia tem, independentemente dos fatos que
ocorram na humanidade, e que a Pandemia veio para nos aler-
tar ainda mais dos por quês? Como? Quando? Onde? que tanto é
trabalhado no filosofar. Os objetivos da pesquisa foram alcança-
dos uma vez que construímos saberes em filosofia na educação
a distância tais como: fórum de debates, cards, memorial filosófi-
co, avaliações escritas, entre outras atividades que despertaram a
aprendizagem crítica, criativa e emancipadora.
Palavras-chave: Filosofia, Pandemia, EAD, Estudantes, Tabatinga.
Figura 1 – Teria a filosofia nos despertado do sono profundo para
buscarmos respostas para a realidade que vivemos na pandemia?
Fonte: Google classroom (2020).

690. 690
REFERÊNCIAS
______. Ministério da Educação. Orientações Curriculares Para
o Ensino Médio. Ciências Humanas e suas tecnologias. Conheci-
mentos de Filosofia. Ministério da Educação. Secretaria de Educa-
ção Básica. Brasília, DF, 2006.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos de filosofia. 4. ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
GALEFFI, Dante Augusto. O Ser-sendo da Filosofia. Salvador: Edu-
fba, 2001
SOBRE O AUTOR
Lizandro Barboza da Silva, licenciado em
Filosofia (Ufam-2005) e em Letras (UEA-
2008), faz do aprendizado uma luta a fa-
vor das causas sociais. Mora na tríplice
fronteira amazônica (Brasil-Colômbia-Pe-
ru), cidade de Tabatinga-AM, lugar exu-
berante, rico na multiculturalidade. Foi
agraciado com o diploma de “Honra ao
Mérito” e “Cidadão Tabatinguense”, pela Câmara Municipal de Ta-
batinga, em 2019. Atualmente, faz mestrado profissional em Ensino
de Filosofia, na Universidade Federal do Amazonas. Participa de
Academias de Letras, virtuais, nacionais e internacionais, tendo sido
agraciado, no ano de 2020, com o prêmio de um dos melhores poe-
tas do Amazonas, pela Almeida Editorial. Com cinco projetos apro-
vados pela Fapeam ao longos dos anos, em 2021 foi também con-
templado para trabalhar em mais uma pesquisa, intitulada: “Filosofia
e interfaces culturais: diálogos interculturais entre a escola indígena
e não indígena no município de Tabatinga-AM”.

691. 691
UMA ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA REFERENTE À ÁGUA
CONSUMIDA NA ESCOLA E SUA IMPORTÂNCIA PARA
A VIDA
Escola Estadual Márcio Nery
Ensino Médio – 2.ª série
Juliana Alexandre Limeira
[email protected]
Introdução – Quando se trata da água com relação ao consumo
humano padrões devem ser estabelecidos, dentre esses encontram-
-se os aspectos biológicos e físico-químicos, onde tais características
devem ser sempre ajustadas, independentemente da origem da água
que será consumida. Por conta disso foram estabelecidos padrões da
legislação que devem ser acatados para que a saúde dos consumido-
res seja preservada. Segundo Oliveira et al. (2018), estes padrões são
estabelecidos para servirem como indicadores, caso ocorra alguma
alteração em características físicas, químicas e biológicas da água,
pois estas alterações, por mais que em sua maioria não apresentem
riscos à saúde humana, quando em excesso possa vir a promover
estes riscos. Sendo assim, pra garantir a segurança do produto final,
estes parâmetros são estabelecidos por lei e devem ser levados em
consideração tanto com relação a água proveniente de poços arte-
sianos, quanto a água que é passada pela estação de tratamento da
cidade. Portanto, foi desenvolvida a Portaria de N.º 2.914, em 12 de
dezembro de 2011 pelo ministério da saúde, para assim promover o
controle e a segurança dos consumidores (BRASIL, 2011). Objetivo
– Analisar a qualidade da água consumida na escola a partir de as-
pectos físico-químicos, além de ressaltar a importância da água para
a vida no planeta, realizando o levantamento dos locais de arma-

692. 692
zenamento da água consumida na escola, identificando os aspectos
sanitários presentes nos locais de armazenamento da água e coletar
a água das diferentes fontes de armazenamento (Bebedouro dos estu-
dantes, caixa d’água da escola, bebedouro dos professores). Materiais
e Método – Este trabalho foi desenvolvido na Escola Estadual Marcio
Nery, localizada na cidade de Manaus, Amazonas. O público desta
escola foram jovens na faixa etária de 12 a 20 anos de Idade, a moda-
lidade de ensino praticada na escola é o Ensino Médio, o horário de
funcionamento é entre as 07:00 a 17:30, de segunda a sexta. Para rea-
lização deste trabalho foi utilizada seguido os passos sugeridos pela
Fundação Nacional da Saúde – FUNASA (2004), porém por se tratar
de um laboratório de Escola de Ensino Médio, os recursos são bastan-
te limitados. Sendo assim, quando necessário, processos e métodos
foram substituídos, de modo ao final da realização do projeto, todos
os resultados finais esperados sejam alcançados. Inicialmente, com a
ajuda dos estudantes a professora coordenadora do trabalho realizará
o levantamento dos locais de armazenamento da água para consumo
na escola. Além disso, também será verificada a fonte de água que a
escola utiliza, se trata-se de poço ou água da estação de tratamento
da cidade. A partir disso será verificado se as condições de higiene
destes locais estão dentro dos padrões aconselhados pela legislação.
Para só assim iniciar a coleta, esta coleta será feita da água presente
na caixa d’água da escola, bebedouro dos estudantes e bebedouro
dos professores. Para a realização das análises físico-químicas, foram
de acordo com a Portaria de N.º 2.914/ 2011 (BRASIL, 2011). Onde
os métodos de análise escolhidos encontram-se no Manual Prático de
Análise de Água (FUNASA, 2004). Com ressalva para a análise de pH,
da condutividade elétrica da água e turbidez. O pH foi verificado a
partir do pHmetro universal (Fitas), a análise da condutividade elétrica
será realizada a partir de um circuito eletroquímico desenvolvido pela
coordenadora e estudantes, por fim, a turbidez da água será analisada
a partir da refração do laser. Resultados – Os testes foram realizados,
em sua maioria a partir de instrumentos presentes no laboratório da
própria escola. O único teste que apresentou resultados inconclusivos

693. 693
foi o de condutividade da água, pois os multímetros utilizados não
permitiam obter sequer um resultado aproximado. Os testes realiza-
dos foram: Teste de pH: Durante o teste de pH, assim como para todos
os outros testes, foram colhidas 3 amostras, uma de cada objeto de
estudo (do bebedouro dos estudantes, torneira e bebedouro dos pro-
fessores); Teste de condutividade, como mostra o quadro 1, os resul-
tados foram inconclusivos; e os testes de ferro e turbidez onde foram
obtidos resultados dentro dos padrões. Por meio deste estudo, mesmo
com alguns testes não apresentando com exatidão os resultados espe-
rados, foi possível observar que os principais parâmetros analisados
na água da escola estão de acordo com os valores de referência como
mostra a Tabela 1. Conclusões – Analisar a qualidade da água consu-
mida na escola a partir de aspectos físico-químicos, além de ressaltar
a importância da água para a vida no planeta, torna-se fundamental
e de grande importância, em especial quando destinada ao consumo
humano, conseguindo assegurar se a água distribuída é de confiança,
ou seja, se está isenta de microrganismos ou substâncias químicas
que podem ser prejudiciais à saúde das pessoas.
Palavras-chave: Análise Físico-Química, Água Consumida na Es-
cola, Saneamento Básico.
Tabela 1 – Especificações dos testes e resultados
obtidos em cada amostra
Teste Instrumento
utilizado
Bebedouro
dos estudan-
tes
Torneira da
Escola
Bebedouro dos
professores
pH Fitas de escala
universal de pH
Aprox. 5 Aprox. 6 Aprox. 7
CondutividadeMultímetro InconclusivoInconclusivoInconclusivo
Ferro Teste de ferro de
água de aquário
Dentro dos
padrões
Dentro dos
padrões
Dentro dos
padrões
Turbidez Lazer vermelhoDentro dos
padrões
Dentro dos
padrões
Dentro dos
padrões

694. 694
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA
(Brasil). RDC n.º 274, de 22 de setembro de 2005. Brasília, 2005.
7 p.
BRASIL, M. d. S. 2011. Portaria No 2.914, de 12 de dezembro de
2011. Dispõe sobre os procedimentos de controle e de vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de po-
tabilidade. Diário Oficial da União.
OLIVEIRA, L. M.; RIBEIRO, D. M.; OLIVEIRA, M. G.; CARVALHO,
W. F.; LIMA, M. D. P.; SOUZA, K. R. F. Análises físico-químicas e
microbiológicas da água de bebedouros em escolas públicas da
cidade de Timon-MA. Pubvet, v.12, n.º 5, p.1-6, Mai., 2018.
SOBRE A AUTORA
Juliana Alexandre Limeira, nasceu em
09 de julho de 1996, na cidade de Cam-
pina Grande, PB. Formado em Licencia-
tura em Química, pela Universidade Fe-
deral do Amazonas – Ufam, formou-se
no ano de 2018. Pós-graduanda pela
Faculdade Batista de Minas Gerais no
curso de Tutoria em Educação a Distân-
cia. Atualmente, integra o quadro de professores da Escola Esta-
dual Marcio Nery, Seduc – AM. Apresenta experiência em projetos
científicos desenvolvidos na escola.

695. 695
METODOLOGIAS ATIVAS NO ENSINO DE LITERATURA:
POTENCIALIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM?
Escola Estadual José Bernardino Lindoso
Ensino Médio – 2.ª série
Gisele dos Santos Ribeiro
[email protected]
Introdução – O trabalho com a leitura literária na escola tem
enfrentado uma grande resistência por parte dos estudantes, pois
os mesmos apresentam desinteresse e desmotivação. Como resul-
tado há o pouco aproveitamento do tempo-aula e consequente-
mente os estudantes ficam com a aprendizagem dos conteúdos
comprometida. Sabe-se que a didática tradicional com utilização
do livro didático e explicação do conteúdo na lousa cada vez me-
nos consegue despertar o envolvimento dos estudantes. É de notó-
rio saber que existem muitas formas de ensinar e aprender além da
forma acima citada, sabe-se também que cada estudante tem seu
ritmo e maneira própria de construir conhecimentos e as formas de
ensinar que mais tem conseguido levar os discentes a aprenderem
são aquelas de cujo participativas, interacionais, colaborativas.
Tais metodologias tornam o aprendiz protagonista de seu processo
ensino-aprendizagem e este último sofre constantes mudanças, o
que leva os docentes a também buscarem atualizarem-se e inova-
rem em suas práticas educativas. Uma das alternativas para tal é a
utilização de metodologias ativas aliada ao uso das novas tecno-
logias educativas. Segundo Bacich et al. (2015), as Metodologias
ativas são estratégia de ensino centradas na participação efetiva
dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de
forma flexível, interligada e híbrida. Dessa forma, consistem em

696. 696
uma série de técnicas, procedimentos e processos utilizados pelos
professores durante as aulas, afim de auxiliar a aprendizagem dos
estudantes. O fato de elas serem ativas está relacionado com a rea-
lização de práticas pedagógicas para envolver os estudantes, en-
gajá-los em atividades práticas nas quais eles sejam protagonistas
da sua aprendizagem. Objetivo – Analisar a contribuição do uso
das metodologias ativas para o ensino de Literatura na 1.ª série do
Ensino Médio de uma escola pública manauara por meio da sala
de aula invertida e rotação por estações. Este projeto encontra-se
alinhado às Competências Gerais da Educação Básica de núme-
ro 1, 2, 4, 5 e 10 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Dessa forma, busca-se aliar TICs ao ensino literário de forma a
favorecer aos estudantes a utilização das tecnologias digitais além
de incentivar a criatividade, o empreendedorismo, a autonomia e
o protagonismo juvenil dos mesmos. Materiais e Método – O pre-
sente projeto tratou-se de uma pesquisa ação no segundo semestre
de 2020 apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado
do Amazonas (Fapeam). Inicialmente realizou-se a explicação de
como seria o projeto e a sensibilização das quatro turmas par-
ticipantes. O projeto foi organizado modularmente por meio de
sequências didáticas a partir do 3.º bimestre. Inserindo-se as me-
todologias ativas (modelos híbridos), baseadas em sala de aula in-
vertida, utilizando-se o aplicativo de WhatsApp, Google formulá-
rios, e rotação por estações (4.º bimestre) para estudar o conteúdo
Arcadismo. A primeira etapa( módulo I) consistia em trabalhar os
conhecimentos teórico ou seja, realizou-se aula expositiva e dia-
logada para levantamento prévio do conhecimento dos estudantes
quanto ao uso de tecnologias com finalidade educativa, uso que
faziam dos aparelhos celulares, se possuíam acesso à Internet e
também se conversou sobre os conceitos de ensino híbrido, me-
todologia ativa, sala de aula invertida e rotação por estações por
meio de um vídeo (https://www.YouTube.com/watch?v=QUBGu-
paKl3U) assistido pelos estudantes presencialmente e disponibili-
zado no grupo de WhatsApp , já que as aulas estavam em mode-

697. 697
lo híbrido (Figura 1). Depois realizou-se a segunda etapa(módulo
II)- após explicação do que se tratava a rotação por estações por
meio de produção de vídeo pelo Play Games e compartilhado via
WhatsApp e em formato pdf .Em seguida, com o objetivo de es-
timular o trabalho em grupo, o respeito aos princípios éticos, a
solidariedade e a responsabilidade, estimulando a divulgação do
conhecimento, as turmas foram divididas por meio de sorteios em
quatro estações : estação dos jogos, estação tecnológica (produ-
ção de vídeos), estação das artes e estação teórica . Os estudantes
envolvidos em cada estação criaram um grupo de WhatsApp para
manterem contato e organizarem-se para a culminância das apre-
sentações. Dialogava-se sobre a organização das equipes, tempo
de apresentação em cada estação e definido conjuntamente quais
as medidas a serem tomadas em relação a cada estação: Jogos
-confecção de caça palavras gigante e tabuleiro gigante com per-
guntas e respostas, Tecnologias- produção de vídeo de cunho au-
toral com junção de áudio dos estudantes e imagens aliados aos
aspectos contextuais, históricos e bibliográficos sobre Arcadismo
vistos com óculos de realidade virtual , Artes -confecção de pai-
néis em estilo desenho mangá e Teórico- apresentação de slides.
A etapa final foi a apresentação dos estudantes entre as salas par-
ticipantes seguindo todos os protocolos de segurança como o uso
de máscaras, álcool e distanciamento (Figura 2). Juntamente com
isso, o uso dos recursos das redes sociais como Facebook e Insta-
gram por meio das lives sendo o seu acesso por meio de Qrcod.
Os visitantes foram organizados em pequenos grupos, de forma a
passar por cada uma das estações. Os estudantes foram desafiados
a demonstrarem melhor desempenho e interatividade nas redes
sociais por meio da proposta do campeonato híbrido que nomeou
o evento como Rodízio Literário (Figura 3). Resultados – Os estu-
dantes adquiriram novas perspectivas quanto a inovação em seus
estudos para o ensino de Literatura na 1.ª Série do Ensino Médio,
pois as metodologias ativas como um processo de aprendizagem
possibilitaram a autonomia dos estudantes, despertou a curiosi-

698. 698
dade e estimulou as tomadas de decisões individuais e coletivas.,
aumentando assim, o interesse pelo estudo literário. Além disso,
houve uma resposta positiva quanto à utilização das metodolo-
gias ativas com o uso de TICs, o que despertou nos demais pro-
fessores quebra de paradigmas comportamentais e pedagógicos
no ambiente escolar, ou seja, que outros docentes puderam com-
preender a necessidade de rever as metodologias utilizadas para
favorecer a aprendizagem dos estudantes. Os docentes e discentes
perceberam que dispositivos móveis e TICs podem e precisam ser
utilizados para fins pedagógicos. Houve uma ressignificação da
aprendizagem ao verificar as possibilidades do ensino híbrido com
as metodologias ativas oportunizando melhorias na aprendizagem
dos estudantes de forma a contribuir para a efetivação do Projeto
Político Pedagógico no que tange ao protagonismo juvenil, à inser-
ção de novas tecnologias educativas e formação de pesquisadores.
Conclusões – A razão pela qual usar uma maneira diferente para
que os estudantes sintam interesse pela leitura literária está na apli-
cação de práticas escolares que enfatizem o uso de tecnologias
das quais eles já dominam e talvez até melhor que os professo-
res para que tenha um significado do que eles têm estudado em
relação à Literatura. Além da escrita manual e impressa existem
outros mecanismos tecnológicos como áudios, vídeos e imagens.
A possibilidade de criação de textos, vídeos, músicas desfaz toda
a superficialidade do ensino da Literatura na vida dos estudantes.
Isso porque os textos contemporâneos aliados às tecnologias digi-
tais possibilitam a interatividade em vários níveis de cunho sócio
educativo. Além do mais, deve-se dá importância a inclusão na es-
cola dos estudantes que vieram migrados com novos dispositivos
como celulares. Por isso, é preciso que a escola reflita sobre sua
responsabilidade e incumbência de aderir as novas tecnologias da
informação de forma a transformar nossos hábitos institucionais de
ensinar e aprender.
Palavras-chave: Aprendizagem, Literatura, Interatividade.

699. 699
Figura 1 – Estudantes assistindo vídeo sobre Metodologias Ativas Figura.
Figura 2 – Realização do evento de forma presencial e virtual.
Figura 3 – Premiação das turmas com melhores desempenhos
no campeonato híbrido.

700. 700
REFERÊNCIAS
BACICH, L.; TANZI NETO, A.; TREVISANI, F. M. Ensino híbrido:
personalização e tecnologia na educação. Porto Alegre: Penso,
2015.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília: MEC/SEB, 2018. Disponível em http://basenacionalco-
mum.mec.gov.br/. Acesso em 27/04/2020.
SOBRE A AUTORA
Gisele dos Santos Ribeiro possui gradua-
ção em Letras – Língua Portuguesa pela
Escola Superior Batista do Amazonas
(2004). Atualmente, é professora na Se-
cretaria Municipal de Educação de Ma-
naus, professora da Escola Estadual José
Bernardino Lindoso e professora da Se-
cretaria de Estado de Educação e Quali-
dade de Ensino. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em
Letras – Língua Portuguesa.

701. 701
LEITORES E VALORES: UM OLHAR MAIS DO QUE
LITERÁRIO. RESGATE HISTÓRICO, LINGUÍSTICO &
CULTURAL POR MEIO DA LITERATURA BRASILEIRA
Escola Estadual Sólon de Lucena
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª séries
Carlos Antonio Pereira Rocha
[email protected]
Micaela Vallera Roque da Silva
[email protected]
Introdução – No cotidiano das escolas brasileiras o que se
constata, em larga escala, é a inoperância das instituições no que
tange à formação de leitores. Fato este constatado ao observar-se
que, por exemplo, no Brasil, em 2008, segundo a pesquisa Retratos
da Leitura no Brasil, Jardim (2008), do Instituto Pró-livro, o brasi-
leiro lê em média 4,7 livros por ano e apenas 21% da população
estudada comprou pelo menos 1 livro naquele ano. Ao comparar
as taxas de leitores do Brasil às de outras nações, o que se vê é um
abismo dantesco, pois em países como a Bélgica a população re-
gistra a leitura de 20 livros por habitante ao ano em média. Este ar-
gumento encontra apoio em autores como Orlandi (2005) que sus-
tenta que a leitura traz benefícios em forma de prazer, de lazer, de
aquisição de conhecimentos e de enriquecimento, o cultural pela
interação. Destarte, naturalmente, os olhares recaem sobre a escola
pressupondo ser esta a única responsável pela formação de leitores,
entretanto, o que nossa pesquisa nos revela é que a participação
da família e do grupo social é bem maior do que o que alguns
autores querem admitir. Objetivo – Investigar maneiras pelas quais

702. 702
a Literatura Brasileira pode ser integrada ao currículo do Ensino
Fundamental e examinar como o ato de ler pode servir para melho-
rar o ambiente geral escolar e promover uma melhor compreensão
do material curricular. Materiais e Método – A metodologia pre-
sente no trabalho deu-se com a utilização dos seguintes tipos de
pesquisa: teórica bibliográfica, qualitativa, descritiva, exploratória
com sustentação em pesquisa de campo. Consequentemente, com
a análise de dados obtidos para a elaboração do trabalho científico,
coletados por meio da estudos dirigidos (Figura 1) aos estudantes
das 1.ª e 3.ª séries do Ensino Médio da Escola Estadual Sólon de
Lucena, do município de Manaus – AM. A opção da escolha dos
estudantes das 1.ª e 3.ª séries do Ensino Médio deu-se pelo fato
destes estarem iniciando e concluindo o Ciclo educacional básico
e, portanto, habilitam-se ao contato direto com todas as tentativas
para a formação de leitores que o Ensino Fundamental e Médio
dispõe, ou seja, nos permite ter uma ideia concreta de como o estu-
dante está entrando e saindo a partir de sua experiência cuja Escola
Estadual Sólon de Lucena, e que por sua vez, foi escolhida por ser
uma escola antiga na cidade de Manaus. Não obstante, a expe-
riência objeto da presente obra de pesquisa, não é cunhada com o
crivo de ser uma prática isolada, antes mostra aos estudantes-leito-
res uma experiência perfeitamente concebível em qualquer insti-
tuição ou instância educacional. As atribuições de leitura, pesquisa
e debates foram apresentadas aos estudantes das 1.ª e 3.ª Série por
meio de estudos dirigidos para grupo e individuais, no intuito de
se alcançar a consecução dos objetivos pré-definidos, que tangem
à descoberta de como está o preparo do estudante concluinte do
Ensino Médio no que diz respeito à leitura e consequentemente a
escrita, haja vista esta definição, as falas são reproduzidas na inte-
gra. Procurou-se levar em consideração todas as impressões afe-
ridas nos estudos como preferências manifestas intuitivamente e,
tom de voz, trejeitos, a empolgação ou retração dos estudantes.
A Pesquisa quantitativa de opinião foi realizada com a aplicação
de leituras conduzidas (10 a 20 sessões em sala de aula) estrutu-

703. 703
radas por meio de pesquisas presenciais e orientadas, realizadas
nos domicílios, com a devida autorização dos pais ou responsá-
veis pelos estudantes. A educação tem o dever de formar leitores
proficientes, que compreendam e interpretem aquilo que se leem;
que consigam ler também o que não está escrito, ou seja, tenham
a capacidade de identificar elementos implícitos; que possam esta-
belecer uma relação do texto em que está lendo com outros textos
lidos anteriormente; que saibam que a um texto se pode atribuir
vários sentidos. GRASSI, (2008). Sendo que, para constituir um lei-
tor competente, é necessária uma prática constante de leitura, par-
tindo de um trabalho organizado em torno da diversidade de textos
que circulam socialmente. “Os verdadeiros analfabetos são os que
aprenderam a ler e não leem” (SILVA, 1986). “Com a formação de
leitores, também se está formando escritores” (FREIRE, 1982). Re-
sultados – Na escola pesquisada, verificamos a existência de uma
ampla sala de leitura/biblioteca, não obstante os estudantes revela-
ram que raramente visitam esse espaço e que nenhuma atividade
é realizada no mesmo, só o frequentam quando há a necessidade
de apanhar algum livro que o professor pediu. Segundo os mesmos
a realização de atividades na biblioteca, na maioria das vezes, só
ocorre durante o Ensino Fundamental, perdendo-se esse hábito ao
alcançar o Ensino Médio. Opinião esta reiterada pela professora
D.S.D., responsável pela sala de leitura da Escola Estadual Sólon
de Lucena, (também consultada sobre a frequência dos estudantes
do Ensino Médio na sala de leitura). Assim, os estudantes perdem
o costume de frequentá-la. Eles só se dirigem até lá para pegar al-
gum livro que o professor manda, ou esse lugar acaba se tornando,
às vezes, “quebra-galho”, deixando-se de aproveitar esse espaço
para o incentivo da leitura. Conclusões – Este projeto apresenta os
resultados de uma pesquisa realizada na Escola Estadual Sólon de
Lucena, do município de Manaus – AM. Para a realização, foi feita
uma seminários temáticos com os estudantes com base em ques-
tões relacionadas à leitura e à Literatura. Com isso, pretendíamos
verificar as práticas de leitura desses estudantes, levantar quais são

704. 704
as influências para prática da leitura que os estudantes recebem
e, principalmente, saber se estão saindo da escola como leitores
ou não leitores. Ao final, concluiu-se que os estudantes têm, sim,
interesse em ler, mas leituras diferentes daquelas que a escola exi-
ge e que a escola precisa se remodelar, priorizando o estudo da
literatura e incentivando a leitura. Assim, trata-se aqui da formação
de leitores do ponto de vista dos “próprios estudantes” enquan-
to pesquisadores. De maneira geral ficou claro que os estudantes
ainda estão distantes da posição leitores assíduos, pois, falta ainda,
por parte de toda a comunidade escolar local e das autoridades
governamentais, dar maior mérito à leitura e à literatura. Uma boa
sugestão, a exemplo do que é feito em diversos Estados e Escolas,
é a alocação da Literatura como Componente Curricular do Ensino
Médio. Esta seria uma importante ação de valorização da leitura e
da formação de leitores. A leitura do texto literário no Ensino Médio
é, sem dúvida, muito importante para o estudante nesta fase de sua
formação. O texto promoveu um encontro especial com a leitura,
pois por meio do contato com a literatura o estudante descobre as
múltiplas faces da linguagem e entra em contato com diferentes
aspectos da Língua Portuguesa.
Palavras-chave: Leitura, História, Conhecimento, Pesquisa.
Figura 1 – Relação temática dirigida conectada da Sala de Aula para a Quadra
da Escola Estadual Sólon de Lucena.

705. 705
REFERÊNCIAS
Brasil, SEB. Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio
(PCNEM). Brasília: MEC/SEB. 2002.
FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se
completam. São Paulo: Cortez, 1982.
JARDIM, S. M. Retratos da leitura no Brasil: 2 Ed. Brasília, 2008.
ORLANDI, E. P. LEITURA, perspectivas interdisciplinares. 5 ed.
São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, E. T. Leitura e Realidade Brasileira. 3 ed. Porto Alegre: Mer-
cado Aberto, 1986.
SOBRE O AUTOR
Carlos Antonio Pereira Rocha é profes-
sor Mestre em Linguística Aplicada à
Língua Inglesa e Espanhola, pela Univer-
sidade de Brasília – UNB; especialista
em Psicopedagogia e Educação Inclusi-
va e Libras, pela Faculdade Teológica e
Cultural da Bahia – FATECBA; graduado
em Letras pela Universidade Federal do
Tocantins – UFT; proficiente em Inglês e Espanhol; tradutor e intér-
prete de Português/Inglês/Espanhol/Libras. Atualmente, leciona
Língua Portuguesa em turmas de 1.º, 2.º e 3.º Anos na Escola Esta-
dual Sólon de Lucena.

707. 707
EXPERIMENTOS COM MATERIAIS DE BAIXO CUSTO
NO ENSINO DA FÍSICA PARA O ENSINO MÉDIO
Escola Estadual de Tempo Integral Marcatonio Vilaça
II – 2.º CMPM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª, 3.ª séries
José Maria Pinheiro Pantoja
[email protected]
Introdução – A ideia foi como poderá ser explorado a experi-
mentação para diminuir o estigma negativo em relação à disciplina
de física que os estudantes trazem consigo e também construir para
o melhoramento do processo ensino aprendizagem desses estudan-
tes. As dificuldades que os estudantes apresentam nas aulas de física
em relacionar-se com os conteúdos apresentados, evidencia a im-
portância de se ter aula experimental para despertar o interesse dos
mesmos, trabalhando com materiais de baixo custo. Entre os con-
teúdos a serem trabalhados, está: Eletrostática, com carga elétrica,
eletrodinâmica com energia e transformações de energia, termodi-
nâmica e a óptica com associação de espelho plano e lentes, o ex-
perimento deverá contribuir para a formação de estudantes críticos.
Os estudantes que chegam ao Ensino Médio apresentam dificulda-
des, desinteresse em compreender a física mesmo relacionando-as
com atividades do seu cotidiano, por isso faz-se necessário traba-
lhar experimentos de baixo custo que irão diminuir os problemas
enfrentados nas escolas de Ensino Médio. Objetivo – Proporcionar
aos estudantes do Ensino Médio a experimentação e melhorar a
aprendizagem da física, abordando os diversos conceitos de manei-
ra lúdica e dinâmica. Materiais e Método – O projeto didático pe-
dagógico foi feito no formato de unidade didática, exatamente para

708. 708
ser aplicado aos estudantes da escola Marcantonio Vilaça II. Com o
tema escolhido pelos estudantes “A contribuição da experimenta-
ção no ensino da física para estudantes do Ensino Médio”. Ao longo
de todo processo foi feito pesquisas biográficas considerando ser
um dos procedimentos fundamentais para um bom entendimento
teórico dos fenômenos observados. Será aplicada na escola estadual
Marcantonio Vilaça II – Escola da Polícia, para Ensino Médio, duran-
te todo o ano escalonando como três aulas teóricas e uma prática e
no final do semestre é mostrada para todo corpo docente da escola,
pais e convidados com uma mostra envolvendo toda a física estuda-
da. Foram elaboradas atividades de experimentação com materiais
de fácil acesso e baixo custo com a com reciclagem em geral como
latas de refrigerante do lixo, fios, garrafas PET, Lâmpadas queimas de
led e outros materiais que é usado pelo povo na rua e muito mais,
mas ante da apresentação do projeto aos estudantes, mesmo foi
apresentado à equipe pedagógica da escola e para o corpo docente,
Logo foi possível a participação e integração de um ou mais discipli-
nas durante a implementação de algum experimento especifico que
acharam condizente com suas área. Os experimentos abordarão
conteúdos de física relativos ao primeiro, segundo e terceiros anos
do Ensino Médio. Foram apresentados experimentos relacionados
com os conteúdos de cada serie (Figura 1). No final da implantação
foi esperado um resultado positivo, levando em consideração que
os estudantes consideram importante a experimentação nas aulas
de física sob vários aspectos. Enfim é foi esperado que por meio de
experimentação na aula de física com materiais acessíveis, pôde-se
encontrar uma maneira pela qual os mesmos possam interagir com
a física do cotidiano, pois esses materiais fazem parte do seu coti-
diano e possam ser alternativa para melhoria do processo de ensino
aprendizagem, levando-os à percepção de que é possível fazer do
ensino algo mais estimulante e motivador e da aprendizagem, algo
significativo. Resultados – Diante do término deste projeto é com-
preensível que as atividades realizadas atingiram o objetivo propos-
to. Conseguiu-se envolver a classe estudantil da escola na execução

709. 709
do projeto com o objetivo ensinar por meio de aulas demonstrativas
os pontos da disciplina de física como uma ciência de nosso dia a
dia. Apresentando as leis da eletroestática (eletricidade), utilizando
de equipamentos de baixo custo e assim utilizando de uma peda-
gogia que pode dar certo. Isto fica claro que para os próximos anos,
em outras turmas pode continuar usando desta metodologia, pois
além de envolver os estudantes no ambiente escolar os tornam mais
ativos no aprendizado das ciências da natureza, compreender as
linguagens e funções das leis da física moderna. Poder situar a física
no dia a dia é entender os fenômenos que fazem as ações presen-
tes em nossas vidas. O mais difícil é poder situar esses fenômenos
físicos em ações do cotidiano. Mas por meio do uso de instrumen-
tos foi possível demonstrar e também envolver os estudantes nas
experiências realizadas (Figura 1). Porém, a dificuldade em ter um
laboratório equipado com os materiais necessários para práticas la-
boratoriais é uma realidade da educação nacional, pois ainda fal-
tam nas escolas públicas os devidos equipamentos que podem ser
de grande valia no aprendizado prático da física ou de qualquer
outra ciência natural. Mas diante do envolvimento foi possível ob-
ter materiais necessários para realização dos experimentos, alguns
foram feitos artesanalmente enquanto outros foram aquisições feitas
pelo próprio docente. O desafio de uma disciplina como a física
é exatamente essa parte de demonstrar na prática, porque a falta
de um laboratório torna o aprendizado muito teórico e com pouca
demonstração do quanto à formulas podem ser compreendidas na
realidade cotidiana. Conclusões – Em virtude dos fatos menciona-
dos e das observações realizadas, registradas e analisadas durante
todo o processo do projeto conclui-se que foi capaz de criar um am-
biente propício de ampliação e desenvolvimento do conhecimento
científica dos estudantes, pois tiveram a oportunidade de interagir,
conhecer, realizar e explicar experimentos de física.
Palavras-chave: Ensino de Física, Experimentos, Maquina de
Heron.

710. 710
Figura 1 – Realização de experimentos.
REFERÊNCIA
MOORE, M. G; KEARSLEY, G. Educação à distância: uma visão in-
tegrada. São Paulo: Thomson Learning, 1990.
SOBRE O AUTOR
José Maria Pinheiro Pantoja nasceu no
dia 18 de dezembro de 1965, no municí-
pio de Canutama, onde estudou o Ensino
Fundamental e o Ensino Médio, até 1984,
quando saiu para o Seminário Maior dos
padres em Belém-PA e cursou Filosofia e
Teologia, até 1989. Voltou para Manaus e
em 2005, iniciou o curso de Física na
Universidade Federal do Amazonas, o
qual foi concluído em 2011.

713. 713
ENSINO DE FÍSICA POR MEIO DE PROTÓTIPO
ANTICOVID-19 NO AMBIENTE ESCOLAR COM
SISTEMA ARDUINO
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
José Victor Bezerra Teixeira
[email protected]
Introdução – Muito se discutiu acerca das modalidades
de interação durante a pandemia do novo coronavírus (SAR-
S-CoV-2) nos meses anteriores, perpassando por várias áreas
do cotidiano que precisaram se adaptar, como por exemplo,
os contextos educacionais e diversos outros âmbitos que foram
afetados. Com isso, enfatiza-se que a área educacional teve cer-
ca de 90% dos estudantes do mundo afetados (Unesco, 2020),
dessa forma, destaca-se o ensino de física no nível médio que é
uma das disciplinas com médias de baixo índice, necessitando
de formas de instigar os estudantes a compreender os fenôme-
nos da natureza, assim, o público alvo deste projeto consiste
nos estudantes da Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré,
localizada no município de Manacapuru/AM, que está propor-
cionando a aplicabilidade do conhecimento da física no âmbito
social. O projeto aborda temáticas como mecânica, termologia
e eletricidade, nas quais serão discutidas no laboratório de ciên-
cias com aulas práticas, utilizando sensores controlados por Ar-
duino para explicar fenômenos térmicos, mecânicos e elétricos,
pois estes comportamentos da natureza ocorrem por processos
invisíveis aos olhos, e com leis complexas de serem explanadas

714. 714
com apenas o uso do quadro. O projeto viabilizou a construção
de dois protótipos que fundamentam o sistema AntiCovid-19
(AC-19), abrangind dois mecanismos: um dispenser de álcool
automatizado com sensor de temperatura exposto. (Figura 1); e
uma pulseira que é capaz de monitorar a temperatura corporal
dos estudantes durante o turno de aula alertando para casos de
estado febril (Figura 2). Objetivo – Minorar a proliferação do
vírus em âmbito escolar por meio de um dispenser automático
de álcool com um termômetro de distância acoplado por meio
de sensores térmicos controlados por Arduino. Materiais e Mé-
todo – Para desenvolver o ensino de Física e o conhecimento
científico em uma abordagem multidisciplinar de forma práti-
ca, resolvemos desenvolver o sistema AC-19 que contempla um
conjunto de protótipos controlados por Arduino. O protótipo
para monitoramento de temperatura corporal em formato de
pulseira que emitirá um alerta de possível infecção pelo vírus,
informando para outras pessoas com a mesma pulseira em de-
terminada distância. O projeto foi inicialmente executado por
meio de aulas teóricas e práticas da plataforma Arduino para
que assim pudesse ser iniciado o processo de fabricação dos
protótipos, e em paralelo abordando temas de física (eletrici-
dade, termometria, mecânica), biologia (virologia, bioestatísti-
ca, patogenia) e programação instrumental utilizando lingua-
gem C++, entre outros assuntos que foram necessários para a
compreensão do funcionamento dos componentes eletrônicos
utilizados. As atividades de construção dos protótipos se subdi-
vidiram nas seguintes etapas: (i) introdução à robótica e conhe-
cimentos de eletrônica e eletricidade, aplicados em atividades
secundárias para dar suporte ao desenvolvimento dos protóti-
pos bem como levantamento bibliográfico; (ii) desenvolvimento
da linguagem de programação para fabricação dos protótipos e
estabelecer a comunicação entres os módulos sensor de tempe-
ratura e distância, execução de movimentos com motor servo,
bem como a comunicação a distância entre as pulseiras com

715. 715
sensor térmico(Fig. 2); (iii) análise do custo benefício e testes no
ambiente escolar quanto a satisfação dos usuários da própria
instituição que está ainda em andamento. Dessa forma, o pro-
jeto foi desenvolvido no laboratório de informática da escola,
pois o mesmo possui vários computadores e espaço adequado
com o devido distanciamento entre os estudantes para a reali-
zação das atividades, em que cada estudante possui disponível
um Arduino com alguns componentes para iniciar as aplicações
secundárias e entender a linguagem de programação estabele-
cendo comunicação com os exercícios direcionados pelo coor-
denador e em paralelo levantamento bibliográfico para aprimo-
rar o desenvolvimento dos protótipos. Após todas as atividades
preparatórias, foi iniciada a construção das peças que compõe
a pulseira e o dispenser automático, assim como os códigos do
conjunto para executar as atividades, que está em teste, bus-
cando corrigir erros para o melhor funcionamento do sistema
AC-19. A pulseira está sendo avaliada por dois estudantes do
projeto no período de aula regular para averiguar a funcionali-
dade do material, enquanto que o dispenser com termistor ins-
talado na entrada da escola, pois esta possui um grande fluxo
de estudantes, colocando o sistema em situação de estresse,
para averiguar possíveis panes e custo benefício quanto ao uso
de baterias ou tomadas. Simultaneamente foram aplicadas pes-
quisas para fornecer dados de satisfação das pessoas que utili-
zam o dispenser automático e outra coleta de informação no
aspecto da funcionalidade da pulseira de temperatura corporal.
Resultados – Conforme os resultados tendenciem dados positi-
vos quanto a funcionalidade do protótipo, reforça-se simulta-
neamente o papel do estudante pesquisador promovendo uma
formação crítica por meio do ensino da física ligado à demanda
social por meio da perspectiva CTSA, implicando em soluções
mitigadoras no enfrentamento da proliferação do vírus criando
a possibilidade de beneficiar a comunidade Manacapuruense
com incentivo dos agentes públicos para futuras instalações do

716. 716
sistema AC-19 nas demais repartições públicas do município.
Conclusões – Por meio destes protótipos, durante as etapas de
desenvolvimento, os estudantes pesquisadores serão instigados
com enfoque na perspectiva ciência-tecnologia-sociedade-am-
biente (CTSA), movimento este que valoriza o aspecto científi-
co, tecnológico e ambiental, aplicando temáticas como física
geral, biologia, química, matemática e demais ciências, pro-
piciando ao discente o perfil de pesquisador no contexto de
enfretamento da pandemia do novo Coronavírus.
Palavras-chave: CTSA, Arduino, Covid-19.
Figura 1 – Dispenser de álcool e sensor de temperatura automatizado.
Figura 2 – Pulseira em teste medindo temperatura corporal.

717. 717
REFERÊNCIA
Unesco. A Comissão Futuros da Educação da Unesco apela ao pla-
nejamento antecipado contra o aumento das desigualdades após
a Covid-19. Paris: Unesco, 16 abr. 2020. Disponível em https://
pt.Unesco.org/news/comissao–futuros–da–educacao–da–Unesco–
apela–ao–planejamento–antecipado–o–aumento–das. Acesso em
18 abr.2021.
SOBRE O AUTOR
José Victor Bezerra Teixeira, nascido na
cidade de Castanhal-PA e graduado em
licenciatura plena em Ciências Natu-
rais com Habilitação em Física na Uni-
versidade do Estado do Pará (2017);
Pesquisador em ensino de física, ener-
gias renováveis (solar e eólica) utilizan-
do plataforma Arduino e robótica; Pós-
-graduando em Docência para a Educação Profissional e
Tecnológica na Universidade Aberta do Brasil pelo Instituto Fede-
ral do Amazonas (2021); Atualmente, professor concursado da
Secretaria de Estado de Educação e Desporto do Amazonas
(2020) na cadeira de física, contribuindo com o desenvolvimento
científico no município de Manacapuru desde 2020, com proje-
tos aprovados no Programa Ciência na Escola (PCE) e demais
eventos científicos que popularizam a ciência e estudos
tecnológicos.

718. 718
AGRADECIMENTOS
A todos que fazem parte do desenvolvimento científico da Es-
cola Estadual Nossa Senhora de Nazaré (Manacapuru-AM) a qual
faço parte, por contribuírem com o desenvolvimento da ciência,
cito os professores Salomão Souza Alencar (gestor), Galileu da Sil-
va Pires, Fernando França Coimbra, Jesiane Spindola de Andrade e
Alessando Couto, além dos discentes José Victor da Rocha Maciel,
Sarah Almeida Barros e Felipe Lima de Souza por desenvolverem a
pesquisa. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazo-
nas – Fapeam, por conceder fomentos para dar suporte à pesquisa.
A Deus por capacitar todos os pesquisadores para o bem da comu-
nidade manacapuruense e minha família pelo apoio.

719. 719
A IARA E O RIO POLUÍDO NOS JOGOS DE
TABULEIROS DESPLUGADO INFANTIL
Centro Municipal de Educação Infantil Prof.
Caio Carlos Frota de Medeiros
Educação Infantil – 1.° período
Michelle Nunes da Silva
[email protected]
Introdução – Em 2021, a cidade de Manaus sofreu no mês
de janeiro grandes índices de contaminação do Coronavírus,
chegando a ser decretado lockdown severo, restringindo a circu-
lação da população em serviços não essenciais. Para o ano letivo
ficou decidido a continuação da aula remota por meio do Projeto
Aula em Casa, em parceria da Secretaria Estadual – Seduc e a
Secretaria Municipal de Educação – Semed no qual está sendo
transmitido pela TV, YouTube e aplicativo Mano. Primeiramente,
fomos mergulhar no perfil das famílias da escola, quais as dificul-
dades para interagir com os recursos tecnológicos e como faría-
mos a ponte da aula em casa às famílias. Muitas pessoas diziam
que as crianças já nasciam sabendo manusear a tecnologia, mas
se descobriu que a maioria, na verdade, sabem jogar e as famílias
só interagiam em redes sociais de trocas mensagens e fotos. Ob-
jetivo – Criar um processo de aprendizagem gameficado no qual
as crianças e famílias desenvolvam cenários e desafios da vida
real; construir jogos de tabuleiros a partir de um gênero textual
e relacionar o problema do texto como o jogo lúdico. Materiais
e Método – O método desenvolvido foi pensado a partir de uma
abordagem qualitativa, utilizando traços da pesquisa-ação e a
aplicação de uma pesquisa num campo concreto confrontando

720. 720
com um problema de ação que constitui a contribuição essen-
cial do pesquisador na sua relação com os atores. O projeto foi
aplicado no primeiro semestre de 2021, envolvendo 24 crianças
do turno matutino e 24 no turno vespertino do 1° período com 4
anos e as famílias com baixa renda. A mesma foi aplicada a partir
de uma sequência didática conforme a Proposta Pedagógica Mu-
nicipal da Educação Infantil e com a supervisão e orientação do
Projeto de Robótica Procurumim; pois neste semestre a professo-
ra passou por formação moduladas via meet, no qual a mesma
aplicava os conceitos trabalhados e registrava para apresentar os
resultados durante as formações. Na primeira fase, foi passado
o conceito do cantinho desplugado; no qual foi explicado por
meio de vídeo como fazer um canto de experiências, igual os
que são criados no espaço da escola. As famílias criaram um
espaço com materiais pedagógicos reciclados para iniciar jogos
simples, como alfabeto móvel de cartela de ovo, números com
tampinhas, crachá com o nome próprio (Figura 1). Na segunda
fase, com o espaço criado, foi proposto diversos jogos no piso da
cerâmica das residências, foi uma forma encontrada para parti-
ção das crianças que não tinham material escolar (Figura 2). Na
terceira fase, as famílias e as crianças foram desafiadas a criar
robôs mascotes reciclados para o Festival Olímpico da Educação
Infantil; nesta fase foi desenvolvido o conceito de programador
e dos 4 pilares do pensamento computacional. Decomposição:
É o processo que divide os problemas em partes menores para
facilitar a resolução, desenvolvimento e gerenciamento; seleção
de materiais para o robô; Reconhecimento de Padrões: Os pa-
drões são similaridades ou características que alguns problemas
compartilham; identificar possíveis problemas no material para
criação do robô; Abstração: Permite criar uma representação,
uma ideia do que está se tentando resolver; os movimentos do
robô relacionado ao movimento do corpo humano; Algoritmo:
Um algoritmo é um plano, uma estratégia ou um conjunto de ins-
truções ordenadas para a solução de um problema ou execução

721. 721
de uma tarefa; seguir um passo a passo para montagem do robô.
Na quarta fase, foi realizado um sequência didática, para o dia
do Meio Ambiente , nesta faze a professora deveria desenvolver
o conceito de gamificação um dos elementos mais poderosos é
o storytelling, essa ferramenta é descrita como a arte de contar
uma boa história: uma narrativa tem o poder de engajar qualquer
pessoa, criando uma experiência imersiva e marcante e forta-
lecendo o conhecimento na mente dos indivíduos. Resultados
–. A experiência conseguiu alcançar os seus objetivos, pois as
famílias apesar de ser de baixa renda e com dificultes de manter
a Internet, eles não mediram esforços para fazer as experiências,
que ficou visível na imagem, as diversificações dos jogos. Tam-
bém o mais significante foi a participação de todos os familiares
e fora a pesquisa particular para criação das regras dos jogos e
as peças para o gamy e também a indicação de soluções para
os problemas da poluição, no qual uma família criou o jogo em
uma sacola e a outra em uma caixa de pizza. A experiência foi
riquíssima para o desenvolvimento integral das crianças, como
também incentivou a participação nos grupos do WhatsApp,
desta forma as crianças e famílias construíram um conhecimen-
to juntos. O projeto pode ser aplicado em qualquer espaço, na
escola, nas residências e em qualquer série de ensino. Conclu-
sões – Dar autonomia para o professor, não significa que ele vai
mandar e as famílias irão só executar, significa criar oportunida-
des de construir uma aprendizagem coletiva, principalmente no
contexto da aula remota. As famílias estão em casa e muito não
tem a formação para desenvolver os conteúdos que são passados
na escola, outro tem quatro crianças para serem atendidas pelo
Projeto Aula em Casa.
Palavras-chave: Game, Criança, Família, Jogo de Tabuleiro.

722. 722
Figura 1 – Criação dos cantinhos das experiências.
Figura 2 – Jogos nas cerâmicas das residências.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalco-
mum.mec.gov.br/abase/.
BRASIL. Plano Nacional de Educação. http://pne.mec.gov.br/ima-
ges/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf.
Manaus, Prefeitura de. Proposta pedagógico-Curricular educação
infantil, creche/pré-escola, 2016.

723. 723
SOBRE A AUTORA
Michelle Nunes da Silva nasceu em Ma-
naus-AM, concluiu o Magistério no IEA,
graduada em Pedagogia pela UEA, espe-
cialista em Educação, Pobreza e Desi-
gualdade Social na Universidade Fede-
ral do Amazonas. É concursada pela
Semed. Idealizadora do Projeto Mão na
Roda: Brincadeira Inclusiva no espaço
escolar, projeto desenvolvido em 2015, com adaptações de brin-
quedos no parquinho da escola para crianças com deficiências
intelectuais e múltiplas, no conjunto Residencial Viver Melhor.
Prêmio Professor Inovador 2015 na categoria Educação Especial;
9° Prêmio Professora do 2015 no 1.° lugar geral na categoria da
Educação Infantil ; Galeria de honra da Semed 2015; Mérito esco-
lar 2015 pela Seduc; Por representar o Amazonas, ganhou a Placa
da Assembleia Legislativa do Amazonas como professora destaque
no Brasil 2016; Condutora da tocha olímpica Rio 2016 em Ma-
naus, em homenagem a sua história com o projeto inclusivo; Prê-
mio Prof. Inovador 2017, categoria Ed. Ambiental; 2019 Professor
Inovador 1.º lugar na categoria Educação Tecnológica e 3.º lugar
2019 no Prêmio PARATODOS de Educação Inclusiva no espaço
escolar. De 2015 a 2020 participou das Boas Práticas Pedagógicas
da Semed e ainda como voluntária da Fifa em Manaus. Atualmen-
te, mestranda em Educação da Universidade do Estado do Amazo-
nas UEA.

725. 725
JOGOS DIGITAIS COMO MECANISMO
POTENCIALIZADOR DA APRENDIZAGEM
DA LÍNGUA INGLESA DIRECIONADA À
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Escola Estadual de Tempo Integral Madre
Tereza de Calcutá
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 1.º ao 5.° ano
Myller Figueira Nogueira
[email protected]
Introdução – A tecnologia, atualmente, está em todos os
campos da sociedade, sendo parte do nosso dia a dia. Dentro
da escola, isso não deveria ser diferente, pois o mundo tecno-
lógico permite muitas facilidades e novas formas de ensinar e
de aprender. A esse respeito, conforme Alves e Coutinho (2016),
há evidências do crescimento na quantidade de jogos digitais
desenvolvidos com a finalidade de educar e de transmitir co-
nhecimento assim como um crescimento nas discussões sobre
o significado e a qualidade do aprendizado mediado por jogos
digitais. Jogos digitais, sob a perspectiva de Petry (2016), como
objeto educativo, não precisam, necessariamente, ter sido cons-
truídos com esse propósito, mas, muitas vezes, são utilizadas no
ensino, pois despertam o interesse do jogador e incentivam a
curiosidade por parte de quem joga. A Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) é focada no desenvolvimento de habilidades
e competências e tem como objetivo garantir que todos os estu-
dantes recebam uma formação humana integral e que contribua
para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclu-
siva, gerando uma oportunidade de inserir e/ou expandir a inclu-

726. 726
são no ambiente escolar, pois a sociedade contemporânea impõe
um olhar inovador e voltado a uma Educação Inclusiva. (BNCC,
2017). Apesar disso, estudantes com deficiência também podem
desenvolver suas capacidades, desde que sejam oferecidas con-
dições para tal e, nesse contexto, a Base Nacional Comum Curri-
cular (BNCC), reconhece que a Educação Básica deve promover
uma educação inclusiva, voltada ao seu acolhimento, do seu re-
conhecimento e desenvolvimento pleno, nas suas singularidades
e diversidades, pois a escola é um espaço de aprendizagem e
de democracia inclusiva (BRASIL, 2017). Objetivo – Investigar o
efeito de jogos digitais educacionais na aprendizagem dos con-
teúdos da disciplina de Língua Inglesa por estudantes inclusos
no Ensino Fundamental I, na Escola Estadual de Tempo Integral
Madre Tereza de Calcutá. Materiais e Método – Tratou-se de uma
pesquisa qualitativa que aconteceu no segundo semestre de 2020
e desenvolvida por três estudantes do 5° ano do Ensino Funda-
mental I na Escola Estadual de Tempo Integral Madre Tereza de
Calcutá que acompanharam o desempenho de estudantes de di-
ferentes níveis escolares (1° ao 5° ano) que possuíam alguma
deficiência, dentro do conteúdo programático da disciplina de
Língua Inglesa, sob a supervisão do professor Myller Nogueira,
coordenador do projeto e professor regente da disciplina de Lín-
gua Inglesa nessa referida escola, e foi dividido em cinco etapas
que se articulam e se complementam entre si. Na primeira etapa,
foi realizado um encontro entre o coordenador e os estudantes
do 5° ano (Figura 1) para análise dos conteúdos de Língua Inglesa
que seriam ministrados em sala de aula e consequentemente ava-
liados durante o desenvolvimento do projeto; escolha dos jogos
digitais educacionais referentes a esses assuntos e dos estudantes
com deficiência que foram o objeto de estudo do projeto. Já na
segunda etapa, o coordenador fez avaliação oral e escrita (Figura
2) para verificar se os estudantes com deficiência selecionados
possuíam algum conhecimento prévio de vocabulário a respeito
dos conteúdos que aprenderiam por meio dos jogos digitais edu-

727. 727
cacionais. Na terceira etapa, os estudantes do 5° ano ensinaram
os estudantes com deficiência a utilizarem os jogos corretamen-
te, supervisionando e cronometrando o tempo no qual os estu-
dantes estiveram fazendo uso desses jogos. Foi nesta etapa que
os estudantes com deficiência também aprenderam os conteúdos
de Língua Inglesa previamente selecionados na primeira etapa.
Resultados – Percebeu-se que os estudantes com deficiência par-
ticipantes apresentaram melhor rendimento escolar na disciplina
de Língua Inglesa, com uma aprendizagem significativa, aliando-
-se aos objetivos preconizados pela BNCC, no item da Educação
Integral, oportunizando, assim, uma Educação Inclusiva, uma
vez que, por meio dos jogos digitais educacionais, os estudan-
tes com deficiência puderam assimilar os conteúdos com maior
facilidade, demonstraram maior concentração e interesse, mini-
mizando consideravelmente o risco de ocorrer frustrações no de-
correr do seu processo de aprendizagem na língua-alvo. Conclu-
sões – Apesar de a estrutura da escola onde foi desenvolvido este
projeto não possuir as ferramentas tecnológicas como: tablets,
celulares ou computadores para que se alcançasse um núme-
ro maior de estudantes neste estudo, com o apoio das famílias,
mesmo possuindo baixa renda e estarem, por vezes, inseridas em
um ambiente social desafiador que, além da questão econômica
enfrenta problemas com drogas, condições de moradia precárias,
entre outros, conseguiu-se contornar esse problema e finalizar a
pesquisa, o que indica ser muito viável a aplicação deste projeto
em outros contextos e realidades, bem como tornar uma reali-
dade a ideia desenvolvida no projeto, o que contribuiria grande-
mente para o êxito no ensino-aprendizagem da Língua Inglesa e
demais disciplinas do currículo escolar, por todos os estudantes,
com deficiência ou não.
Palavras-chave: Jogos Digitais Educacionais, Educação Inclusiva,
Língua Inglesa.

728. 728
Figura 1 – Encontro – coordenador/alunos
do 5° ano.
Figura 2 – Avaliação oral.
REFERÊNCIAS
ALVES, L.; COUTINHO, I. J. Games e educação: nas trilhas da ava-
liação baseada em evidências. In: Jogos digitais e aprendizagem:
Fundamentos para uma prática baseada em evidências. Campinas,
SP: Papirus Editora, P. 9-15. 2016.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC.
2017. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/
images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso 28 jun. 2021.
PETRY, L. C. O Conceito Ontológico de Jogo. In: ALVES, Lynn.;
COUTINHO, Isa Jesus (Orgs.). Jogos digitais e aprendizagem: Fun-
damentos para uma prática baseada em evidências. Campinas:
Papirus Editora, P. 17-42, 2016.

729. 729
SOBRE O AUTOR
Myller Figueira Nogueira nasceu em 20
de setembro de 1991 na cidade de Óbi-
dos-PA e se formou em 2014, no curso
de Letras – Inglês, no Centro Universitá-
rio do Norte – UniNorte. Pós-graduando
em Alfabetização e Letramento pelo
Centro Universitário Leonardo Da Vinci
(Uniasselvi) e em Gestão Escolar e Coor-
denação Pedagógica pela Universidade Play. Atualmente, é profes-
sor estatutário de Língua Inglesa na Secretaria de Estado de Educa-
ção e Desporto (Seduc-AM), atuando nas Escolas Estaduais de
Tempo Integral Madre Tereza de Calcutá e Machado de Assis, onde
desenvolve projetos de ensino e de pesquisa dentro do currículo
da sua disciplina.

731. 731
OS DESAFIOS DAS TÉCNICAS DE DESIGN GRÁFICO
VISUAL NA APRENDIZAGEM DE INFORMÁTICA NO
CENTRO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA DA FAMÍLIA
MARIA DE MIRANDA LEÃO
Centro Estadual de Convivência da Família Maria de
Miranda Leão/Centro de Educação Tecnológica do
Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 3.ª série
Rosimery Mendes Rodrigues
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
Introdução – A área de representação gráfica exige aborda-
gens e conteúdos educacionais que tratem de maneira integra-
da conceitos e procedimentos advindos tanto de técnicas tra-
dicionais quanto de tecnologias digitais. Sendo que o processo
de ensino-aprendizagem da sala de aula presencial (Figura 1)
que se utiliza do pacote do Office com os aplicativos do Word,
PowerPoint e Excel que contém poucos recursos para a aplica-
ção do design gráfico visual para a realização das atividades
propostas. Contudo, abarbávamos os reptos de ideia, design,
recorte, colagem, agrupamento, linguagem, porém conseguía-
mos realizar as atividades. Entretanto, esse ambiente de estudo
teve que ser adaptado e transformado por causa da pandemia
para as práticas de orientação à distância (Figura 1), e de cons-
trução de conteúdo educacional digital no ambiente virtual de
aprendizagem. Contudo, nas ações pedagógicas apresentamos
vídeo conferência, apostilas, tutoriais, podcast, vídeos aulas

732. 732
e gamificação. Para Castells (1999), vem abordar é necessário
se fazer compreender os novos espaços de aprendizagem e as
muitas possibilidades de interação que se mostram e que re-
querem mudanças na educação. Objetivo – Implantar o design
gráfico visual Canvas para possibilitar o desenvolver da criação,
da linguagem e da comunicação no fazer educacional, social
e profissional. Materiais e Método – Tratou-se de uma pesqui-
sa qualitativa que aconteceu no segundo semestre de 2019, e
no primeiro semestre de 2020, envolvendo todos os estudantes
da educação tecnológica. Esta foi aplicada conforme a propos-
ta pedagógica do Regimento Acadêmico do Cetam (Manaus,
2020). Na primeira etapa foi realizada a técnica da chuva de
ideias brainstorming, com ações planejadas para elaboração
das atividades do design gráfico visual por meio da plataforma
gratuita Canvas. Entretanto, na segunda etapa foi feita a escolha
do material e-book, panfletos, apresentações, cartões, convites,
logotipos, currículo, cartazes, infográfico, gráficos, entre ou-
tros, que possam desenvolver habilidades de criação ao estu-
dante para a aplicação educacional, social e profissional. Sen-
do que, na terceira etapa foi realizado o acompanhamento e a
criação destes trabalhos (Figura 2). Resultados – Notou-se que
o projeto demonstra que os desafios existem em qualquer si-
tuação de vivência e de aprendizagem, porém os estudantes do
Centro Estadual de Convivência da Família Maria de Miranda
Leão conseguiram criar conteúdos que possibilitam a informa-
ção no contexto da realidade vivenciada por todos. Conclusões
– A união de estudantes e professor busca promover a educa-
ção de maneira satisfatória e prazerosa com meios e técnicas
tradicionais e inovadoras no ensinamento, na linguagem e co-
municação para a aplicação das ferramentas digitais e as técni-
cas citadas no contexto que ajudam a desenvolver conteúdos,
aprimorando o conhecimento do estudante. Portanto, o design
gráfico visual por meio do Canvas veio demonstrar a facilida-

733. 733
de de realizar divulgações, informações com uma linguagem
visual criativa e atual, agilizando o processo de aprendizagem.
Palavras-chave: Tecnologia Digital, Design Gráfico Visual,
Aprendizagem.
Figura 1 – Ensinamento presencial e on-line,
trabalhando o Office e o Canva.
Figura 2 – Criações de conteúdos
digitais com o design gráfico
visual na plataforma Canva.
REFERÊNCIAS
CASTELLS, M. A era da informação: economia, sociedade e cultu-
ra. vol.3. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
Manaus, Regimento Acadêmico do Centro de Educação Tecnoló-
gica do Amazonas – Cetam, Manaus: Cetam, 2020.

734. 734
SOBRE A AUTORA
Rosimery Mendes Rodrigues, graduada
em licenciatura em Geografia pelo Insti-
tuto de Filosofia, Ciências Humanas e
Sociais da Ufam, em Administração pela
UniNorte, pós-graduada em Gestão de
Pessoas pela Estácio de Sá, em Tecnolo-
gias Digitais aplicadas a Educação pelo
Cefor/Ifes. Professora e Instrutora do Ce-
tam nos cursos de administração e informática – e-mail: rosi-
[email protected] – (92) 98811-3879.

735. 735
STORYTELLING: NARRATIVAS DIGITAIS COM
PRODUÇÃO DE UM E-BOOK SOBRE O ENSINO
DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 5.º ANO
Escola Municipal de Ensino Fundamental
Francinete Rocha Brasil
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 5.º ano
Adelannie Sussuarana da Rocha
[email protected]
Introdução – A criação de pequenas histórias é um motivo autên-
tico para o processo da escrita, nela, há a possibilidade de o estudante
assumir formas de expressão própria, desenvolvendo a sua autonomia
e iniciativa, podendo ser classificadas como objetos digitais de en-
sino-aprendizagem, uma vez que possibilita novos caminhos para a
prática pedagógica da produção textual na esfera escolar. A narrativa
digital adequa-se a uma aprendizagem sócio-construtivista e promove
a autonomia, que faz com que o sujeito desenvolva diversas compe-
tências. Permite uma construção pessoal de significado, porque possui
múltiplas informações e conhecimentos, sendo assim, constitui uma
aprendizagem criativa, centrada no estudante. (JESUS, 2010). Objetivo
– verificar a viabilidade pedagógica com a técnica de contar história
Storytelling no ensino da escrita dos estudantes de 5.º ano na disciplina
de Língua Portuguesa. Materiais e Método – A pesquisa foi realizada
por meio do método dialético, com uma abordagem qualitativa, em
que os estudantes atuaram mediante a um problema envolvendo o
ensino de Língua Portuguesa num contexto social, pois segundo Gil “É
um método de interpretação dinâmico e totalizante da realidade. Con-
sidera que os fatos não podem ser considerados fora de um contexto
social, político, econômico, etc”,. Empregado em pesquisa qualitativa,

736. 736
pesquisa abordou a dificuldade dos estudantes no ensino de Língua
Portuguesa na produção textual onde foi trabalhado a técnica Storytel-
ling por meio das narrativas digitais com a produção de um E-Book e
publicação na Plataforma ISSUU. O projeto vem sendo desenvolvido
na escola desde de 2019, nesse respectivo ano o livrinho foi publicado
na Plataforma ISSUU com o nome “Viajando pelo Mundo dos Gêne-
ros Textuais” (Figuras 1 e 2) seguindo os mesmos passo a passo do ano
de 2020 que foi repensado, considerando-se a realidade do ano letivo
devido a Covid-19, o livro foi publicado com o nome Livrinho das
Narrativas. Os estudantes dos 5.º anos produziram textos de histórias
de própria autoria seguindo os passos a passo da técnica Storytelling
obedecendo a ortografia, oportunizando os estudantes desenvolver
o processo de ensino-aprendizagem na escrita criando histórias por
meio da técnica Storytellig no ensino de Língua Portuguesa num con-
texto social. Seguindo os seguintes passos: 1.º Passo: Explicação da
técnica Storytelling via WhatsApp e pesquisando na Internet por meio
da Google; 2.º Passo: Trabalho de produção de histórias com entrega
presencial pelos responsáveis, para compor o E-Book; 3.º Passo: Pro-
dução de vídeos utilizando a técnica Storytelling. Como instrumento
de coleta de dados foi realizado a observação mediante aos textos e
vídeos produzidos pelos estudantes. Ressaltando que nas duas produ-
ções de 2019 e 2020 os estudantes expressaram em seus textos, suas
emoções, sentimentos, sonhos e sofrimentos. Resultados – O resultado
nos mostrou que 95% dos estudantes realizaram as atividades e assi-
milaram que uma história tem Introdução, Desenvolvimento e Con-
clusão, mediantes ao desenvolvimento da escrita por meio da técnica
Storytelling com o uso das tecnologias digitais por meio das narrativas.
Segundo orienta Azeredo (2013), “O uso das tecnologias é importante
na atualidade, influenciando e provocando transformações na socie-
dade como um todo”. Portanto, no âmbito educacional, nesse contex-
to de mudanças em relação ao pensamento sobre ensino- aprendiza-
gem, surgem novas maneiras de pensar em materiais que despertem
nos educandos mais interesse e atitudes mais significativos na hora de
aprender. Esses recursos apoiados a tecnologia de comunicação digi-

737. 737
tal (TCD) são chamados de objetos digitais de ensino-aprendizagem
(ODEA) e possibilitam novos caminhos para a prática pedagógica.
Para Jesus (2010) contar histórias é uma ferramenta de aprendizagem
com grande potencial, seu valor no processo de ensino-aprendizagem
consiste no seu poder de envolver as emoções dos estudantes e sua
imaginação nos conteúdos curriculares. Quando o ouvinte se apropria
da história e a reproduz numa outra criação, há uma comunicação
interativa. “A combinação de formas de comunicação multimodal e
multimídia que envolve a construção da narrativa digital constitui ca-
racterística fundamental para considerar uma metodologia de apren-
dizagem de grandes potencialidades cognitivas, expressivas e comu-
nicativas”. A proposta da Narrativa Digital é aliar essa antiga arte de
propagar fatos com recursos das tecnologias digitais. Estas narrativas
são elaboradas na perspectiva de múltiplas linguagens como textos,
fotografias, vídeo, áudio, etc e depois de prontas são divulgadas na
rede mundial de computadores, a Internet, que tem o poder de pro-
pagar o texto a muitas pessoas. Conclusões – Storytelling termo em
inglês. “Story” significa história e “telling”, contar. Storytelling é a arte
de contar histórias usando técnicas inspiradas em roteiristas e escrito-
res para transmitir uma mensagem de forma inesquecível. Desenvol-
vendo e adaptando histórias utilizando elementos específicos como
personagem, ambiente, conflito, com começo, meio e fim, transmi-
tindo uma mensagem de forma inesquecível ao conectar-se com o
leitor no nível emocional. Ao contar boas histórias, você garante que
está produzindo um material único. Por mais que seja sobre um tema
desgastado ou de conhecimento geral, o seu conteúdo abordará uma
perspectiva única: a sua, deixando sua imaginação fluir. O estudo da
técnica Storytellig propiciou os estudantes participantes produzir texto
de própria autoria onde cada um colocou suas emoções e sentimentos
deixando a imaginação discorrer pelas narrativas. Nas produções dos
vídeos o interessante é que cada estudante colocou seu próprio estilo
com suas criatividades.
Palavras-chave: Storytelling, Narrativa, Criatividade.

738. 738
Figura 1 – Dia da 1ª produção do livrinho
Storytelling. Alunos pesquisando narrativas
digitais.
Figura 2 – Dia da Socialização
da 1ª produção do livrinho
Storytelling.
Endereço de acesso aos Livros Digitais na Plataforma ISSUU do ano
de 2019 e 2020: https://issuu.com/adelanniesussuaranadarocha/do-
cs/o_lugar_onde_vivo_2019__1___reparado___2_ e https://issuu.
com/adelanniesussuaranadarocha/docs/livro_storytelling
REFERÊNCIAS
AZEREDO, D. C.; REATEGUI, E. A construção de narrativas Di-
gitais como apoio ao processo de Letramento. Cinted – UFRGS.
V.11 N.º 1, julho, 2013.
Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasí-
lia, 2017.
JESUS, A. G. Narrativa Digital: uma abordagem Multimodal na
aprendizagem de inglês. Dissertação de Mestrado em Ciências da
Educação: área de especialização em tecnologia educativa, Uni-
versidade do Minho, 2010.

739. 739
SOBRE A AUTORA
Adelannie Sussuarana da Rocha, nasci-
da no dia 02/11/1973, graduada em Pe-
dagogia pela Universidade Nilton Lins.
Especialista em Gestão Educacional com
Ênfase em Administração, Supervisão,
Orientação e Inspeção Escolar pela Fa-
culdade da Serra – Fase; Gestão de Cur-
rículo e Desenvolvimento de Práticas
Pedagógicas pela Universidade do Amazonas – UEA. Letramento
Digital pela Universidade Estadual do Amazonas – UEA. Professo-
ra estatutária da Secretaria Municipal de Educação de Manaus–Se-
med.; Trabalha na Escola Municipal Francinete Rocha Brasil desde
de 2012. Desenvolve projetos na escola: Aprendendo a ler com a
ajuda dos estudantes monitores; O mercadinho e o sistema mone-
tário; Jornal Grilo Falante; Cuca Maluca; A Utilização da Platafor-
ma Khan Academy como ferramenta facilitadora ao ensino de Ma-
temática com os estudantes do 5.º ano.
AGRADECIMENTOS
A Deus pela vida, à minha família pelo apoio, e à gestora
Maria das Graças Câmara Mota que sempre apoiou os projetos
realizados na escola, sempre preocupada em uma educação de
qualidade para os estudantes.

741. 741
PLACAR MOTIVACIONAL TECNOLÓGICO
Escola Estadual Elias Nóvoa Alvarez – Iranduba/AM
Ensino Médio – 2.ª e 3.ª série
Cristiano Drumond de Lima
[email protected]
Introdução – Devido às restrições das medidas sanitárias es-
tabelecidas pela Organização Mundial da saúde (OMS), os pro-
fissionais de educação passaram a utilizar de forma acentuada as
ferramentas tecnológicas de informação e comunicação no ensino
remoto, como forma de evitar a interrupção das atividades escola-
res e a evasão escolar. Diante do fato, buscou-se a estratégia para
motivar os estudantes da 2.ª/3.ª série do Ensino Médio da Escola
Estadual Elias Nóvoa Alvarez a prosseguir com os estudos por meio
do método inovador do Placar Motivacional Tecnológico. Objeti-
vo – Motivar os estudantes do Ensino Médio a realizarem a entrega
de avaliações e exercícios repassados em aula no “ensino remoto”,
em data estipulada por meio de um Placar Motivacional com au-
xílio de aplicativo, o WhatsApp. Materiais e Método – O presente
trabalho é de abordagem qualitativa, iniciada no ano de 2020 por
conta da Pandemia da Covid-19 e pelas enchentes dos rios no esta-
do do Amazonas em 2021, os professores tiveram que criar e adotar
novas estratégias de ensino, que fossem acessíveis e viáveis para
transmissão e informação de conhecimento aos discentes. Dessa
forma, o uso das redes sociais foi primordial para o processo de en-
sino-aprendizagem, como forma de diminuir os impactos causados
no campo educacional, para Freire (1996) “ensinar não é transferir
conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produ-
ção ou a sua construção”. A prática pedagógica inovadora o “Placar

742. 742
Motivacional Tecnológico”, foi aplicada em grupos de WhatsApp,
com o objetivo de instigar e informar o rendimento de cada estu-
dante. Trata-se de uma tabela de notas contendo a confirmação de
tarefas e avaliações de todos os estudantes frequentes. Não consiste
em uma prática de caráter competitivo, mas sim como forma de
estimular os educandos do Ensino Médio a realizarem as entregas
de atividades disciplinares, pois “O uso de aplicativos em contextos
educacionais é capaz de proporcionar diferentes possibilidades de
trabalho pedagógico de modo significativo” (CAMARGO e DAROS,
2018). Inicialmente, o processo de ensino foi desenvolvido em uma
turma de treze estudantes do 2.º ano do Ensino Médio Tecnológico
no ano de 2020, no momento a aplicabilidade do método está sen-
do feita na turma do 3.º ano do Ensino Médio Tecnológico, com o
número de vinte e dois estudantes. Resultados – A partir da estraté-
gia adotada se observou o crescimento do interesse por parte dos es-
tudantes referente a atualização diária do Placar Motivacional, que
foi um recurso tecnológico utilizado pois os estudantes sentiram-se
com a obrigação em serem mais atuantes nas atividades disciplina-
res. O que consta que houve o alcance da proposta inovadora pelo
professor, “Acreditamos que a tecnologia só consegue alcançar o
seu potencial no fomento à aprendizagem quando está nas mãos de
professoras e professores bem formados, estimulando a inovação em
suas práticas pedagógicas’’ (CIEB, 2020). Conclusões – As técnicas
pedagógicas em modelo tecnológico como o uso do WhatsApp, são
ferramentas que auxiliam docentes e discentes no processo de ensi-
no-aprendizagem. Dessa forma o Placar Motivacional Tecnológico
nasceu com a finalidade de incentivar os estudantes a terem o maior
comprometimento de suas atividades escolares, vindo a apresentar
um resultado satisfatório, com aumento da entrega das atividades
no tempo estabelecido durante as aulas mediadas pelo professor.
Palavras-chave: Placar Motivacional, Ferramentas Tecnológicas,
Redes Sociais.

743. 743
REFERÊNCIAS
FOFONCA, E.; BRITO, G. S.; ESTEVAM, M.; CAMAS, N. P. V. C.
Metodologias pedagógicas inovadoras: contextos da Educação
Básica e da educação superior. Curitiba: Editora IFPR. 183 p. v.
2. 2018.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, – (Coleção Leitura) ISBN 85-219-
0243-3, 1996.
O papel das práticas pedagógicas inovadoras mediadas por tec-
nologia. Centro de Inovação para a Educação Brasileira – CIEB.
Disponível em <https://cieb.net.br/o- papel-das-praticas-pedago-
gicas-inovadoras-mediadas-por-tecnologia/>. Acesso em 18 de
Jun. 2021.
SOBRE O AUTOR
Cristiano Drumond de Lima nasceu no
dia 13 de novembro de 1977 na cidade
de Manaus, Amazonas. É graduado em
licenciatura plena em Educação Física
(Ufam), licenciatura em Ciências Bioló-
gicas (Uniasselvi) e é pós-graduado em
Fisiologia Humana (Ufam) e Fisiologia
do Exercício (Unigranrio). É professor
concursado da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade de
Ensino, Seduc-AM. Atua como professor na modalidade Ensino
Mediado por Tecnologias, na Escola Estadual Elias Nóvoa Alvarez,
no Distrito de Cacau Pirêra, zona rural do município de
Iranduba.

745. 745
AMPLIANDO OS HORIZONTES: COMUNIDADE
LAGO DO LIMÃO, A CAMINHO DA UNIVERSIDADE
Escola Estadual Elias Nóvoa Alvarez – Iranduba/AM
Ensino Médio – 2.ª e 3.ª séries
Enedina Faustino Braz
[email protected]
Introdução – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi
instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho es-
colar dos estudantes ao término da Educação Básica. O exame
nacional é utilizado como mecanismo de acesso à educação su-
perior. Para os estudantes da Comunidade do Lago do Limão do
município de Iranduba é o processo em que se tem o enfoque e
um objetivo a ser alcançado. Para tanto, os estudantes são prepara-
dos e orientados mediante a um acerto tecnológico de elaboração
dissertativa, no qual se dividiu em etapas preparatórias que am-
pliassem a perspectiva dos mesmos para com o ingresso às univer-
sidades. Objetivo – Preparar e orientar os estudantes do 3.º ano do
Ensino Médio, por meio de oficinais pedagógicas, com o intuito
de alcançar o ingresso ao ensino superior mediante o Exame Na-
cional do Ensino Médio – Enem. Materiais e Método – A presente
pesquisa é de cunho qualitativo, a qual se iniciou em 2020, no
momento em que se instaurava mundialmente a Pandemia da Co-
vid-19, a qual impactou em diferentes setores sociais, dentre os
principais afetados está o campo educacional. Dessa forma, pro-
fissionais da educação foram desafiados a buscar novas práticas
de ensino que conseguissem expandir a transmissão de conheci-
mento. “O ‘ensino’ remoto é posto como um substituto excepcio-
nalmente adotado neste período de pandemia, em que a educação

746. 746
presencial se encontra interditada” (GALVÃO e SAVIANI, 2021).
Mediante as novas metodologias tecnológicas utilizadas na edu-
cação, o método a ser utilizado para mediar o conhecimento aos
estudantes foram os grupos de aplicativos de comunicação como
o WhatsApp, empregado como recurso tecnológico para o proces-
so do ensino-aprendizagem fora do âmbito escolar, aguardando
o exato momento para seu retorno presencial seguindo as nor-
mas sanitárias estabelecidas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS). Por meio do aplicativo de comunicação, as aulas discorre-
ram, constituindo assim as seguintes etapas da pesquisa: Primeira
Etapa (2020), foram aplicados questionários diretos aos familiares
e estudantes da turma do 2.º ano, da comunidade, relacionado à
importância de cursar o Ensino Superior; Segunda Etapa (2020),
estabeleceu-se a realização de oficinas de divulgação on-line (não
havia aulas presenciais); Terceira Etapa (2021), nesse período, as
oficinas de preparação para o Enem puderam ser feitas de forma
presencial; Quarta Etapa (2021,) executou-se oficinais presenciais
de redação para o Enem (Figuras 1 e 2); Quinta Etapa (2021) mobi-
lização para a inscrição dos estudantes para o Enem e para outros
certames; Sexta Etapa (2021) fase que se divide em dois momentos:
a realização de três simulados ao longo do ano de 2021 e a rea-
lização de oficinas de auxilio quanto a boa utilização da nota de
corte do Enem; Sétima Etapa (2021) foi a última realizada , a qual
diz respeito ao monitoramento de quantos discentes concluírem
as inscrições e quantos conseguiram ingressar em universidades.
Resultados – Constatou – se que, mesmo vivenciando um período
atípico como tem sido a Pandemia da Covid-19, a Educação Tec-
nológica tem buscado múltiplos meios didáticos para tentar suprir
as dificuldades e necessidades encontradas referentes a este mode-
lo de Educação. Pensando nisso, a estratégia adotada foi o uso de
aplicativos que possibilitam suporte e viabilidade quanto utiliza-
ção das Tecnologias de Informação e Comunicação para o campo
educacional, a ideia de inovar a técnica de ensino em grupos de
WhatsApp (ALMEIDA, 2018), foi a ferramenta pedagógica para o

747. 747
desenvolvimento de oficinas de redação, na qual teve como in-
tuito apresentar auxílios e informações direcionadas sobre, como
ocorre o processo de ingresso no Ensino Superior referente ao Exa-
me Nacional do Ensino Médio. Conclusões – Os jovens estudantes
almejam cursar uma faculdade, mesmo diante de tantas barreiras
que enfrentam em suas vivências. E por meio da aplicabilidade
do método inovador, criou-se oportunidades para a concretização
da inserção e aprovação dos mesmos nos certames que tiveram
conhecimento. Onde o mesmo tornou-se fio condutor para o in-
gresso as universidades pelo Exame Nacional do Ensino Médio.
Palavras-chave: Enem, Educação Superior, Ensino, Aprendizagem.
Figura 1 – Estudantes participando da
oficina de redação para o Enem.
Figura 2 – Realização de oficinas prepa-
ratórias para o Enem.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. L. O aplicativo WhatsApp como ferramenta didática
na Educação Científica do Colégio Estadual Antônio Figueiredo
em Ibiassucê-BA. Disponível em<https://encuentros.virtualeduca.
red/storage/ponencias/argentina2018/ZLefiidiDk2WA0n ZHEEj-
Jpaw4gHe7nRslfRj2JUu.pdf>. Acesso em 17 de jun. 2021.

748. 748
GALVÃO, A. C.; SAVIANI, D. Educação na pandemia: a falácia do
“ensino” remoto. Covid-19; trabalho e saúde docente, p. 38, Jan
de 2021.
SOBRE A AUTORA
Enedina Faustino Braz, nasceu na cidade
de Uruará, Estado do Pará. Formou-se
em Licenciatura Plena em Pedagogia,
pelo Instituto de Educação e Ensino Su-
perior Samambaia – IESA, atualmente
cursa a segunda Licenciatura, no curso
de Letras, pela Universidade Estácio de
Sá. É professora concursada da Secreta-
ria Estadual de Educação do Estado do Amazonas – Seduc-AM,
para atuar na modalidade Ensino Mediado por Tecnologias. É mo-
radora da Comunidade Lago do Limão, Município de Iranduba,
assim como toda a sua família e sonha que seus estudantes tenham
as mesmas oportunidades que ela teve por meio da Educação.

749. 749
O ENSINO TECNOLÓGICO EM TEMPOS DE
PANDEMIA: SOCIALIZANDO EXPERIÊNCIAS DE
PRÁTICAS INOVADORAS VISANDO O MENOR
ÍNDICE DE EVASÃO ESCOLAR
Escola Estadual Elias Nóvoa Alvarez – Iranduba/AM
Ensino Médio – 1.ª série – Turma 01
Ana Priscila de Oliveira Conceição
[email protected]
Introdução – A plataforma de vídeos YouTube é a maior e a
mais acessada rede de informação de conteúdo audiovisual gra-
tuito disponível na Internet. Dispondo de uma grande quantida-
de de vídeos que abrangem os mais diversos assuntos e aos mais
diversos públicos. Essa plataforma permite a democratização do
acesso e da produção de conteúdo informativo, bem como educa-
tivo. Pensando assim, profissionais da educação utilizam-no como
suporte pedagógico para a mediação de suas aulas. E partir dos de-
safios encontrados durante a pandemia, foi a ferramenta utilizada
pelo corpo docente da Escola Estadual Elias Nóvoa Alvarez, para
a turma do 1.º ano do Ensino Médio da Educação Tecnológica,
como aspecto motivador na execução das aulas remotas durante
a pandemia da Covid-19 no período 2021. Objetivo – Evidenciar
os desafios encontrados pelos docentes da E.E. Elias Nóvoa Alva-
rez relacionados ao ensino remoto e enumerar as ações realizadas
para evitar o processo de Evasão Escolar. Materiais e Método – O
recorte dessa pesquisa é de caráter qualitativo, iniciando-se no ano
de 2021, período em que ainda são notáveis as consequências da
Pandemia da Covid-19, consequências essas em que o campo edu-
cacional foi afetado. Diante disso, o corpo docente das escolas foi

750. 750
desafiado à buscar novas metodologias de ensino mediadas com
uso de aplicativos de informação como YouTube, “[...] a tecnologia
está cada vez mais presente nas salas de aula, o que, consequen-
temente, enriquece as práticas pedagógicas e aumenta o nível e a
qualidade do conhecimento adquirido pelos estudantes” (OLIVEI-
RA, 2016). As atividades foram desenvolvidas utilizando materiais
de apoio selecionados por faixa etária de idade, como materiais
impressos, usados visando a transmissão do ensino e aprendiza-
gem dos estudantes. Desde o início do ano de 2021, adotou-se
a prática tecnológica inovadora com o auxílio do YouTube, essa
técnica contribuiu para o menor índice do abandono escolar, pois
até o momento as aulas do Ensino tecnológico da E. E. Elias Nóvoa
Alvarez do Distrito de Cacau Pirêra, Município de Iranduba, estão
sendo realizadas sem o contato presencial “O ‘ensino’ remoto é
posto como um substituto excepcionalmente adotado neste perío-
do de pandemia, em que a educação presencial se encontra inter-
ditada” (GALVÃO; SAVIANI, 2021). Resultados – Evidenciando as
problemáticas já citadas quanto ao Ensino Tecnológico no período
pandêmico e visando reverter o quadro desmotivador quanto à
participação dos estudantes nas aulas, os recursos utilizados como
ferramenta de auxilio no processo de ensino e aprendizagem foi o
YouTube, essa ferramenta serviu como prática metodológica para
mediar o ensino remoto, pois até o presente momento, não há
registro de evasão escolar na turma do 1.º ano do Ensino Médio/
turma 01 da Educação Tecnológica, o qual era um dos objetivos da
técnica inovadora a atingir esse resultado. Contudo, vivenciando
essa realidade, apenas dois estudantes não interagem nas aulas em
virtude de não disponibilizarem de acesso à Internet, como repre-
senta o Gráfico 1. Conclusões – Sabe-se que a pandemia causou
impactos em diferentes setores sociais entre os quais, se insere a
Educação, especificamente em relação à Educação Mediada por
Tecnologia. Dessa forma, buscaram-se meios para mediar o ensino
de forma remota, e ao mesmo tempo encontrar uma solução para
evitar a Evasão das Instituições Escolares. Sendo assim, o meio tec-

751. 751
nológico inovador foi a utilização do aplicativo do YouTube, este
meio foi imprescindível para sustentar a relação entre professor e
estudante no processo de ensino-aprendizagem e o fortalecimento
permanentemente dos educandos em aulas remotas.
Palavras-chave: Ensino Tecnológico, Pandemia, YouTube, Evasão
Escolar.
Gráfico 1 – Demonstração do quantitativo dos estudantes
que dispõe de acesso à Internet:
REFERÊNCIAS
GALVÃO, A. C.; SAVIANI, D. Educação na pandemia: a falácia do
“ensino” remoto. Covid-19; trabalho e saúde docente, p. 38, Jan
de 2021.
OLIVEIRA, P. M. O YouTube como ferramenta pedagógica. Forma-
ção, Tecnologia e Cultura Digital. Disponível em <http://sistemas3.
sead.ufscar.br/ojs/index.php/2016/article/view/1063>. Acesso em
27de junho de 2021.

752. 752
SOBRE A AUTORA
Ana Priscila de Oliveira Conceição. É
graduada em Letras – Língua Inglesa,
pela Universidade de Brasília – UnB e
em Normal Superior pela Universidade
do Estado do Amazonas – UEA. É espe-
cialista em Mídias na Educação pela
Universidade Federal do Amazonas –
Ufam e em Psicopedagogia, pela AD-
CAM, Brasil. É docente concursada da Secretaria de Estado de Edu-
cação do Estado do Amazonas, Seduc-AM. É professora na
modalidade de Ensino Mediado por Tecnologias, na Escola Esta-
dual Elias Nóvoa, Distrito de Cacau Pirêra, município de
Iranduba.

753. 753
“A” DE ABELHINHA: O USO DAS TECNOLOGIAS
E DA LUDICIDADE NO PROCESSO DE
ALFABETIZAÇÃO PELO ENSINO REMOTO
Escola Municipal Padre Raimundo Nonato Pinheiro
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 1.º ano
Adria Priscila Moraes da Silva
[email protected]
Introdução – A expectativa dos professores que trabalham em
classes de Ensino Fundamental nos anos iniciais é como proporcio-
nar aos seus estudantes um ambiente onde os mesmos não se sintam
entediados nas aulas e nem pressionados na realização das ativida-
des, mas que as realizem em um clima prazeroso e acolhedor, com
coisas que fazem parte do imaginário infantil. Neste sentido, Lima
(1998) destaca que “a criança aprende melhor brincando e todos os
conteúdos podem ser ensinados por meio de brincadeiras e jogos,
em atividades predominantemente lúdicas”. um dos maiores desa-
fios enfrentados por um alfabetizador em ensino remoto é achar me-
canismos que tornem o processo de alfabetização bem significativo
e que alcance resultados satisfatórios, surgiram várias inquietações
que serviram como um incentivo para a realização desse projeto.
Ciente dessa dificuldade, foi criado elo entre a aprendizagem, as
tecnologias e a ludicidade, a fim de que a aprendizagem não se
tornasse uma coisa mecânica, mas sim prazerosa. Frente a isto, Kil-
patrick (1967) tece o seguinte comentário, “quanto mais cedo nos
convencermos de que o ensino não é tarefa mecânica, mas uma arte
liberal que exige criação, melhor será”. Por esse motivo, as videoau-
las animadas foram criadas em um canal no YouTube, para servir
de ferramenta, bem como alcançar os objetivos desejados, pois o

754. 754
professor da atualidade, precisa ser aquele profissional voltado para
o novo, o diferente, o eclético, precisa ser um pesquisador, aberto a
inovações e a novas tecnologias. Partindo desse pressuposto a ativi-
dade destacada no projeto foi “A de Abelhinha”, que surgiu a partir
da vontade de querer fazer o diferente, de contribuir com o processo
de alfabetização da turma de forma lúdica, dinâmica e eficaz. Foi
realizada com os estudantes de uma turma do 1.º ano do Ensino
Fundamental da Escola Municipal Padre Raimundo Nonato Pinhei-
ro. Objetivo – Incluir atividades lúdicas no ensino remoto, a fim de
contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem das crianças
de uma turma de 1.º ano do Ensino Fundamental, buscando atribuir
contribuições significativas neste processo formativo. Materiais e
Método – A aplicação do projeto ocorreu no dia 15 a 19 de março
de 2021, com crianças na faixa etária de 6 a 7 anos. A aplicação
se deu de forma remota, por meio de um vídeo aula animada e
interativa enviada para o grupo da turma (Figura 1). Os resultados
foram avaliados mediante as observações dos registros fotográficos
enviados pela turma (Figura 2). A aplicação se baseou no seguinte
roteiro: 1.º Momento: A atividade teve início com a indagação sobre
o animal escolhido (a abelha), sempre destacando as característi-
cas físicas do animal, estimulando a participação da turma, a fim
de despertar o conhecimento de mundo dos mesmos. Logo após,
o nome do animal foi revelado e tudo de forma bem lúdica, com
imagens e desenhos animados. Em seguida foi indagado sobre o
alimento que a abelha produz, também com intuito de estimular a
oratória das crianças. 2.º Momento: Foi destacada a palavra “A b e l
h a” em suas duas formas, letra bastão e a letra cursiva, logo após foi
feita a leitura da palavra. 3.º Momento: Foi mostrado separadamente
a vogal A nas suas diferentes formas (Bastão e cursiva/ Maiúscula
e minúscula). 4.º Momento: Foi exposto como se faz o traçado da
vogal A, também em suas duas formas. Primeiramente, a professora
foi fazendo e depois pediu que os estudantes fizessem com o seu
dedinho, para terem o conhecimento do formato da letra em suas
diversas formas. 5.º Momento: Foram apresentadas outras palavras

755. 755
que possuem a vogal A em sua composição, mostrando que pode-
mos encontrar essa vogal em diversas palavras. Em cada palavra foi
feita a leitura e a contagem de quantas vezes a vogal aparece na
palavra que foi exposta. 6.º Momento: Foram apresentadas algumas
frases e então foi feita a leitura pausadamente de cada uma e foi pe-
dido que as crianças contassem a quantidade de vezes que a vogal
aparece na frase. 7.º Momento: deu-se com a apresentação de uma
canção sobre a vogal A, como uma forma lúdica de fixar e finalizar
a atividade. 8.º Momento: No oitavo e último momento, foi encami-
nhado uma atividade impressa voltada para o conteúdo abordado.
E a devolutiva das atividades foram enviadas na semana seguinte.
Resultados – Frente a todos os dados obtidos na aplicação deste
projeto, conclui-se que foi relevante a inclusão de atividades lúdicas
no ensino remoto, pois essas atividades proporcionaram a interação
e a construção do conhecimento por meio da realidade vivenciada
pelas crianças, além de desenvolver inúmeras potencialidades. Em
suma, o projeto “A de abelhinha” obteve resultados satisfatórios,
as crianças interagiram com mais facilidade, aumentaram as suas
habilidades motoras e desenvolveram melhor a sua capacidade de
compreensão e oralidade (Figura 1). O retorno das atividades im-
pressas foram a prova concreta de que essa atividade atingiu os seus
objetivos (Figura 2). Conclusões – Acredita-se ter sido de grande
importância a realização desse projeto voltado para a alfabetização,
usando como ferramenta a ludicidade e fazendo das tecnologias
um suporte importantíssimo nesse processo. Pôde-se observar que
a criança que é estimulada a descoberta ela tem as suas habilida-
des aguçadas, estão sempre em busca do novo, do possível e sua
aprendizagem se torna mais efetiva e eficaz. A partir do momento
em que as atividades lúdicas começaram a ser inseridas mesmo que
de forma remota, notou-se um progresso que repercutiu em todo
conjunto, alcançando resultados satisfatórios.
Palavras-chave: Lúdico, Alfabetização, Tecnologias, Ensino
Remoto.

756. 756
Figura 1 – Alunos assistindo a vídeo
aula.
Figura 2 – Evidências da atividade
proposta.
REFERÊNCIAS
KILPATRICK, W. H. Educação para uma civilização em mudança.
5. ed. São Paulo: Melhoramentos. 1967.
LIMA, A. F. S. O. Pré-escola e Alfabetização: Uma proposta basea-
da em Paulo Freire e Jean Piaget. Petrópolis: Vozes. 1998.
Canal Professora Adria Priscila: https://youtu.be/WZHDvlvbx
Música (Letra A) – Retirada do canal Letras animadas.
SOBRE A AUTORA
Adria Priscila Moraes da Silva, natural
de Manaus, Amazonas. Concluiu o Ensi-
no Médio na Escola Estadual Marquês
de Cruz, no ano de 2005. É graduada em
licenciatura plena em Pedagogia pela
Universidade Federal do Amazonas –
Ufam, desde 2014. É servidora efetiva
da Semed. Atualmente atua como pro-

757. 757
fessora do 1.º ano do Ensino Fundamental. É idealizadora do pro-
jeto “A” de Abelhinha: O uso das tecnologias e da ludicidade no
processo de alfabetização no ensino remoto, realizado na Escola
Municipal Padre Raimundo Nonato Pinheiro. É uma profissional
dinâmica, voltada para o novo, o diferente, o eclético, professora
pesquisadora, aberta à inovações e à novas tecnologias, que não
mede esforços quando o assunto é oferecer uma educação de
qualidade.

759. 759
PROGRAMA INTEGRADOR DE CONCLUSÃO
DE CURSO: IMPLEMENTAÇÃO DE ARTIGO
CIENTÍFICO A NÍVEL TECNOLÓGICO
Centro de Ensino Literatus
Educação Tecnológica – 3.ª série – Turmas AC1 e
AC2/20V, AC2/20M, profissionalizante
Max Anderson Queiroz Macuiama
[email protected]
Introdução – A educação à nível técnico vem ao longo dos anos
mostrando a inserção desse profissional em uma equipe multipro-
fissional à nível de graduação. Sabendo de sua importância, os mé-
todos de ensino estão mais práticos e objetivos, pois se preocupam
com a formação e com a vivência diária desse profissional. Cabe a
ele desenvolver ao longo do ensino, uma postura e uma visão pro-
fissional. O trabalho de conclusão de curso pelas graduações focam
nesses objetivos, por isso a relevância de trazer esse contexto para o
nível técnico de ensino. Dessa forma os estudantes começam a ter
uma visão real de uma pesquisa científica, as etapas que incluem
e o desfecho que a pesquisa vai trazer para a sociedade. Objetivo
– Implantar e elaborar artigos científicos pelos estudantes do nível
técnico, para o incentivo da integração dos mesmos na pesquisa e
desenvolvimento científico. Materiais e Método – Foi adotado uma
abordagem qualitativa descritiva e de caráter exploratório que acon-
teceu nos meses de abril a junho de 2021, envolvendo os estudantes
matriculados no módulo integrador (pré-requisito para estágio), que
desenvolve disciplinas que a turma já passou, mas trabalha com
conteúdo. Dessa forma, foi desenvolvido um novo modelo para esse
módulo, elaborar um trabalho de conclusão de curso. Para assim o

760. 760
estudante trabalhar em cima do conteúdo que possui dificuldade, já
estudado. O módulo tem carga horária de 60 horas. As aulas ocor-
reram de forma remota, sendo 5 dias presencial (Tabela 1). Sabendo
que existem diversos métodos de artigos, o escolhido foi o quantita-
tivo, usando plataformas como o Google Forms para elaboração dos
questionários e redes sociais para a divulgação desses links, como
Facebook, WhatsApp e Instagram. As aulas online foram realizadas
pelo Google Classroom. Os temas escolhidos pelos estudantes fo-
ram diversos, Covid-19, doenças imunológicas, parasitarias, conta-
minação da água, impactos da enchente, vacinação e entre outros
trabalhos a serem desenvolvidos pelos estudantes. Foi trabalhado
com os estudantes as seguintes etapas: escolha do tema, elaboração
do questionário, levantamento dos dados, interpretação dos resulta-
dos e construção do artigo seguindo um modelo padronizado e de-
pois ser avaliado em uma apresentação que também conta com um
modelo de slide todos nas normas da ABNT, assim para a obtenção
da nota desse módulo (Figura 1). Resultados – De início, houve uma
adaptação dos estudantes no novo modelo do módulo, o ponto de
partida foi incentivá-los e mostrar a importância e os valores de uma
produção de artigo científico. Segundo Pereira; Silva (2011), falam
que é importante ressaltar, tanto a instituição formadora quanto os
estudantes precisam estar imbuídos do mesmo espírito científico,
crítico e participativo, tão essenciais para a elaboração de um TCC,
ou seja, que mecanismos de reflexão, orientação, acompanhamen-
to e de avaliação façam parte dessa rotina acadêmica. Observou-
-se um desenvolvimento diferente com os estudantes no decorrer
das aulas, o interesse motivou na elaboração dos artigos em pouco
tempo. Perante ao trabalho realizado pelos estudantes, consegui-
mos fazer um levantamento de informação dos conhecimentos da
população à frente de determinados assuntos de saúde, os artigos
produzidos contam com resultados que evidenciam principalmente
a saúde da população, cuidados de vida e meios que vivem. Con-
clusões – O nível técnico ainda se encontra em desenvolvimento,
mas hoje conseguimos ver sua importância no trabalho multiprofis-

761. 761
sional, trabalhados lado a lado. Com isso, podemos incluir novos
métodos de educação a nível técnico e aperfeiçoar esse profissio-
nal. A implantação desse modelo de ensino ajuda na participação
do desenvolvimento e crescimento desse profissional ainda na sala
de aula, incentivando e mostrando a relevância na inserção de uma
equipe. Como Educador, precisamos oferecer condições ao estu-
dante de criar e de ter um novo olhar diante do problema pesquisa-
do, na busca de respostas que concretizem uma reflexão, a partir de
ações e atitudes metodológicas coerentes com o objeto de estudo.
Palavras-chave: Artigos Científicos, Tecnologia, Aprendizagem.
Figura 1 – Apresentação dos grupos.
Tabela 1 – Cronograma das aulas
Dias Modo
Aula de apresentação – divisão dos grupos e temas
escolhidos
1 Presencial
Elaboração do questionário no Google forms 2 On-line
Questionário formulado e disponível para os resultados4 On-line

762. 762
Aula de métodos de artigos 1 Presencial
Aula da norma da ABNT 1 Presencial
Levantamento dos resultados obtidos nos questionários1 Presencial
Entrega e apresentação 1 Presencial
Entrega de notas 1 On-line
REFERÊNCIA
PEREIRA, A. A. C.; SILVA, M. D. L. R. D. O trabalho de conclusão
de curso: constructo epistemológico no currículo formação, valor
e importância. Salvador: Lab., 2011.
SOBRE O AUTOR
Max Anderson Queiroz Macuiama. Far-
macêutico e professor. Natural de Tefé-
-am. Atua na área da educação a quase
5 anos. Com especialização em Farmá-
cia clínica e prescrição farmacêutica,
especialista em Docência do Ensino Su-
perior e neuropsicologia. Realizou e
participou de diversos projetos e ações
sociais na capital e interior. Atualmente é consultor técnico educa-
cional do curso de Análises Clínicas do Centro de Ensino Literatus,
onde tem projetos como: programa de monitoria e o Projeto Inte-
grador de Conclusão de curso, este que está sendo publicado no
livro, todos para o nível técnico educacional.

763. 763
OS BENEFÍCIOS DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
DO CETAM NA SEDE DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL DE MANACAPURU
Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré
– Manacapuru/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Eugênia Aires da Rocha
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
Introdução – As transformações tecnológicas tornaram possível
o surgimento da era da informação. Partindo desse pensamento, pre-
cisa-se pensar na educação do hoje com vista ao futuro, refletindo so-
bre o processo pedagógico sistematizado, a tecnologia da informação
e da comunicação que vem sendo utilizada de maneira significativa
no processo de ensino e de aprendizagem. O fenômeno da globali-
zação exige que a informação seja transmitida de maneira rápida e
atualizada; assim, o uso do computador apresenta-se como ferramen-
ta imprescindível para a inserção e participação efetiva no processo
global. Estas tecnologias além de trazerem mudanças na estrutura da
sociedade, também geram novas formas de patrimônios e postos de
trabalho. As tecnologias também estão inseridas no contexto educa-
cional, sendo necessário analisar e, de certa forma, estruturar a sua
utilização como recurso pedagógico, como instrumento facilitador da
prática pedagógica, contribuindo para o processo de ensino e apren-
dizagem. Hoje, as novas tecnologias na educação têm oportunizado
o trabalho com recursos que facilitam a compreensão do estudante,
além de favorecer a interação professores, estudantes e tecnologias.
É interessante destacar que fazer uso das tecnologias traz a possibi-

764. 764
lidade de atrair os estudantes para a reestruturação e acomodação
do conhecimento aprendido em decorrência a diversidade como é
tratado o tema. No Cetam temos como bandeira que educar já não é
somente ensinar, mas sim, envolver, despertar, causar impacto, acom-
panhando os avanços tecnológicos, proporcionando uma aprendiza-
gem com maior aproveitamento, fazendo o uso das ferramentas dis-
ponibilizadas pelas novas tecnologias, uma vez que as informações
interagem com os seres humanos, promovendo uma educação de
qualidade. A introdução das novas tecnologias digitais apresenta mu-
danças para a dinâmica social, cultural e tecnológica. Os benefícios
do Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo de Edu-
cação Profissional de Manacapuru é que os valores, as competências,
as performances e as habilidades tidas socialmente como fundamen-
tais para a formação humana, foram se desenvolvendo com coesão
educacional e técnico profissional. Objetivo – Destacar a necessida-
de das tecnologias na vida estudantil, evidenciando a importância do
papel do Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo de
Educação Profissional de Manacapuru, mostrando a utilidade desse
ambiente como uma ferramenta muito útil no processo ensino apren-
dizagem dos estudantes, com estímulo às pesquisas, ao raciocínio,
com intenção de mostrar a forma como é trabalhado este ambiente,
e que sirva para melhorar a sua aplicabilidade na prática pedagógi-
ca. Materiais e Método – A metodologia usada é de um relato de
experiência, direcionada na integração pedagógica das tecnologias
de Informação e Comunicação, mais precisamente do Laboratório de
Informática. Trabalhar em uma escola virtualizada é, sem dúvida, um
avanço muito grande para nossa comunidade. Promover a conscien-
tização digital de maneira a formar um cidadão crítico e ético é fator
primordial, estamos no caminho coeso para acompanhar o mundo
digital de forma que promova a inclusão digital por meio de projetos,
cursos profissionalizantes e oficinas, que tenham as tecnologias de
informação e comunicação como ferramentas pedagógicas, com me-
todologias diferenciadas e significativas para o estudante, conteúdos
que venham por meio de informações, notícias, socialização, aulas

765. 765
on-line, pesquisas, publicações, por meio da interatividade e colabo-
ração com seu professor, no envio de e-mails, pesquisas na internet,
vídeos, e outros (Figura 1). No Cetam fazemos uso de metodologias
diferenciadas utilizando as tecnologias é muito interessante para o
currículo técnico profissionalizante. Resultados – Fazer parte como
educadora de um ambiente tão importante para a inclusão digital do
estudante é transformador. Utilizar recursos de inovação educacional
didática e ter a oportunidade de divulgar a quem for de interesse o
relato de experiência sobre a Educação Profissional e Técnica: Os be-
nefícios do Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo
de Educação Profissional de Manacapuru são maravilhosos, uma vez
que visa favorecer o ensino-aprendizado do estudante bem como do
professor, no lidar com esse recurso, como em pesquisa, formatação,
digitação, slides e outros. E que possa subsidiar o trabalho desenvol-
vido pelo professor em sala de aula, permitindo o estudante a ser
construtor desse conhecimento e que o referido venha a ser algo além
que um suporte tecnológico, passando a ser uma ferramenta constru-
tora no aprendizado do estudante quando integrada ao currículo. As
novas formas de ensinar, aprender e pensar, no tempo da informática
e das tecnologias de informação, estimula-nos a estar flexíveis para
novas capacitações diariamente. As novas tecnologias nos dão opor-
tunidade de melhorar nossa prática pedagógica. Conclusões – Os be-
nefícios do Laboratório de Informática do Cetam, na sede do Núcleo
de Educação Profissional de Manacapuru, são: o aumento da produ-
tividade; a melhoria da qualidade dos serviços; mais estímulo para
os profissionais da área; facilidade para a leitura prévia de relatórios;
facilidade de acesso às informações da empresa e maior segurança
das informações. Esses benefícios são rapidamente notados de forma
a facilitar o trabalho dos profissionais da área. Desse modo, o Cetam
conseguiu se unir com a inovação e extrair excelentes resultados sa-
tisfatório para educação, dessas novas ferramentas que vem surgindo
cada vez mais no mundo.
Palavras-chave: Tecnologia, Educação, Qualidade da Educação.

766. 766
Figura 1 – Os benefícios do Laboratório de Informática na
sede do Núcleo de Educação de Manacapuru.
REFERÊNCIAS
ARENDT, Hannah. Entre o passado e o futuro. 5. ed. São Paulo:
Perspectiva, 2005.
BAILLY, Anatole. Dictionnaire grec-français, 16. ed. Paris: Lib. Ha-
chette, 1950.
SOBRE A AUTORA
Eugênia Aires da Rocha é formada no cur-
so superior em Tecnologia em Análise e
Desenvolvimento de Sistemas, é especia-
lista em Tecnologias Educacionais para a
Docência em Educação Profissional e Tec-
nológica pela UEA, e trabalha como pro-
fessora instrutora de Informática celetista
do Centro Tecnológico do Amazonas.

767. 767
O MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL DO AÇAÍ NO
DISTRITO DO CACAU PIRÊRA, NO MUNICÍPIO DO
IRANDUBA-AM POR MEIO DAS TECNOLOGIAS
Escola Estadual de Tempo Integral Gilberto
Mestrinho de Medeiros Raposo
Ensino Médio – 2.ª série
José Félix da Costa Filho
[email protected]
Introdução – O presente Projeto de pesquisa, (aprovado pela
Fapeam – 2021, Por meio do Edital – Programa Ciência na Escola –
PCE – Edital N.º 004/2021), será desenvolvido e investigado espe-
cificamente em uma das comunidades (Distrito) do município de
Iranduba no Estado do Amazonas (no período de junho a dezem-
bro de 2021). Das quarenta e quatro comunidades elencadas ao
município de Iranduba, a escolhida foi o Distrito de Cacau Pirêra,
tendo em vista que, o referido Distrito é o ponto primordial de es -
coamento das produções, não só do Açaí, mas também de outros
produtos agrícolas que sustentam estas populações alocadas nas
respectivas comunidades, que tem como ponto final as feiras da
Manaus moderna, feira da Pané e as demais feiras do centro da
cidade de Manaus, capital do Estado do Amazonas. A vida em
comunidade é uma predominância das relações de compadrio e
de amizade, também é uma característica importante do estilo de
vida na Amazônia. A escolha do Distrito de Cacau Pirêra como
ponto primordial deste estudo, deu-se pela sua reciprocidade e
acolhimento aos diversos visitantes das comunidades agrupadas
ao município de Iranduba. Este modelo tem sido objeto de avalia-
ções econômicas que apontam para a inviabilidade financeira dos

768. 768
projetos, a respeito de outros benefícios sociais e ambientais. Des-
ta forma, entendemos que não é só nas áreas verdes, nas florestas
nativas e tropicais que concentram a maior riqueza em espécies
dos ecossistemas terrestres, mas também nos pequenos povoados
e até mesmo nas pequenas produções de plantas nativas, como
é o caso do Açaí no Distrito de Cacau Pirêra. Assim, é bem reco-
nhecido que, para se utilizar racionalmente as palmeiras nativas e
a Floresta Amazônica, devem ser aplicadas técnicas de manejos
adequadas, seguidas de monitoramento do crescimento da floresta
residual, para as futuras colheitas da floresta, por meio do mane-
jo policíclico (SILVA, 1989). Objetivo – Apresentar um Plano de
Gestão Ambiental de acordo com as NRB ISSO 14.000 por meio
do manejo florestal sustentável da palmeira nativa: Açaí (Euterpe
oleracea); no Distrito de Cacau Pirêra, no Município de Iranduba
no Estado do Amazonas como recuperação da floresta de diferen-
tes intensidades de exploração, por meio das análises da dinâmica
da floresta, pelo estudo da diversidade das espécies e pelo empre-
go de modelos de crescimento. Materiais e Método – O referido
projeto, será desenvolvida a partir de um mapeamento da produ-
ção dos registros e relatos da população dos moradores do Distrito
de Cacau Pirêra, sobre a percepção ambiental como objeto de
pesquisa. Após os questionamentos, os dados serão registrados e
tabulados por meio da Estatística descritiva, gerando gráficos que
serão analisados para efeito de início da investigação. Desta for-
ma, ao se estabelecer uma leitura dos questionamentos realizados
pelos moradores e comunitários do Distrito de Cacau Pirêra e mais
três comunidades que serão: Paricatuba; Lago do Janauari e Sera
Baixa, realizaremos uma análise dos inúmeros detectados e cole-
tados sobre as produções do Açaí (Euterpe oleracea). A partir desta
perspectiva, precisar-se-á fazer com que o entrevistado comunitá-
rio entenda o “Meio Ambiente” como um todo, não apenas como
fragmentado, meio a este, onde há a relação constante entre o
homem e a natureza. Será desenvolvido e disponibilizado um Pro-
tocolo de Inventário para Monitorar o Crescimento e Produção de

769. 769
Florestas Tropicais, assim como também, a criação de um banco
de dados utilizando- se o SFC (Sistema de Inventário Florestal Con-
tínuo), (SILVA; LOPES, 1984). Para Travassos (2004) a relação ho-
mem e natureza se configuram por dois aspectos: o primeiro inclui
o humano na natureza, e qualquer discurso que obedeça a esse
paradigma faz do homem um ser natural e reconhece a natureza
humana, o segundo prescreve a disjunção entre estes dois termos e
determina o que há de específico no homem por exclusão da ideia
de natureza. Resultados – O referido projeto é de 2021, entretanto,
os resultados, só teremos em dezembro de 2021. Assim, faremos
um agrupamento das comunidades investigadas, que assim foram
divididas: nas estradas e ramais são vinte comunidades, no setor
do Rio Negro, temos onze comunidades, no Setor do Rio Solimões
temos treze comunidades, totalizando assim quarenta e quatro co-
munidades. As três comunidades selecionadas e o Distrito do Ca-
cau Pirêra, foram escolhidos devido o acesso, a flexibilidade dos
espaços físicos, não só para as reuniões ordinárias, mas também
as reuniões extraordinárias, juntos aos respectivos representantes
das comunidades. E ainda, entregaremos para estas comunidades,
como produto final: “Um plano de Gestão Ambiental” de acordo
com as NBR ISO 14000. Neste plano apresentaremos uma pro-
posta envolvendo: A Gestão Ambiental, a Educação Ambiental e o
Manejo Florestal. Conclusões – O referido projeto, será executado
em 25 encontros, sendo 12 na escola (Figuras 1 e 2) e 13 no campo
(Distrito de Cacau Pirêra e nas três comunidades), trabalharemos
com 87 horas de estudos, (pesquisas e visitas as três comunidades
elencadas), 38 horas na Escola e 49 horas no campo de pesquisa
(Distrito e comunidades). Assim, podemos definir a melhor opção
para a zona de manejo com base na interação do Açaí e o “Meio
Ambiente”. Desenvolveremos ainda: 1 Caracterizar o mosaico de
talhões que compõem a zona de manejo, por meio de seus fatores
climáticos, fisiográficos e biológicos. 2 Utilizar tecnologias ade-
quadas para a implantação e manutenção do Manejo Florestal do
Açaí nas comunidades a serem investigadas. 3 Permitir o estudo

770. 770
da viabilidade econômica na seleção dos talhões que compõem a
zona de “Manejo Florestal”. 4 Estabelecer florestas de alta produ-
tividade para multiprodutos. 5 Determinar a sustentabilidade das
áreas reformadas. 6 Promover melhor aproveitamento dos recur-
sos do Açaí. 7 Agregar maior valor aos recursos florestais. 8 Inserir
as áreas recuperadas em zonas definitivas.
Palavras-chave: Sustentabilidade, Meio ambiente, Comunidades.
Figura 1 – Planejamento do Projeto na
escola.
Figura 2 – Planejamento do Projeto na
escola.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Funda-
mental. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Fundamental.
Brasília: MEC, 2017.
IBGE. Estados@: Amazonas. Dados de 2016 e 2017. Disponível
em http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=sp>. Acesso
em 3 de abril de 2021.
SILVA, J. N. M.; LOPES, J. C. A. Inventário florestal contínuo em
florestas tropicais: a metodologia utilizada pela EMBRAPA-CPA-

771. 771
TU na Amazônia brasileira. Belém: Embrapa-CPATU, (Embrapa-
-CPATU. Documentos, 33), 1984, 36 p, 1984.
SILVA, J. N. M. The behaviour of the tropical rain florest of the
Brasilian Amazon after logging. Oxford, PhD Thesis. University of
Oxford, UK, 303 p, 1989.
TRAVASSOS, E. G. A prática da Educação ambiental nas escolas.
Porto Alegre: Mediação, 2004.
SOBRE O AUTOR
José Félix da Costa Filho, graduado em
Letras, Pedagogia e Artes Visuais. Espe-
cialista em Administração Escolar, Su-
pervisão e Orientação Educacional. Pos-
sui MBA em Gestão de IES (FGV/
UniNorte). Mestre em Educação Escolar
(Unir) e em Estudos Literários (Ufam).
Doutor em Letras e doutorando em Bio-
tecnologia (Ufam) e Linguística (Unemat). É professor da Educação
Básica e da Educação Superior. É servidor da Seduc e atualmente
está lotado na Eeti Gilberto Mestrinho de Medeiros Raposo, na
Coordenação do Núcleo de Língua Portuguesa, onde desenvolve
vários projetos escolares. Possui vários trabalhos publicados na
área educacional, envolvendo as práticas pedagógicas desenvolvi-
das na escola ativa.

773. 773
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA):
AS TECNOLOGIAS DA GAMIFICAÇÃO COMO
FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM
DE ESTUDANTES NO CENTRO DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DO AMAZONAS
Escola Estadual Senador João Bosco – Seduc/ Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 3.ª série
Sidney Socorro do Espírito Santo Ruiz – [email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
Introdução – Este projeto tem o objetivo de dialogar sobre o
uso das tecnologias digitais para o ensino de pessoas com autismo
no Centro de Educação Tecnológico do Amazonas. É um estudo
bibliográfico e exploratório, que busca levantar o conteúdo de re-
centes pesquisas sobre o tema e discutir sobre seus resultados. A
justificativa se dá a partir da importância das tecnologias digitais
na promoção de habilidades fundamentais para o desenvolvimen-
to de pessoas com autismo. Como metodologia, foi mapeado os
trabalhos científicos em alguns bancos de dados digitais do Ce-
tam e com base nos resumos destes trabalhos, será observado os
problemas das pesquisas e resultados alcançados. Da análise dos
dados será coletado à comprovação dos benefícios das ferramen-
tas digitais para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e so-
cioemocionais em autistas, no entanto, no decorrer do projeto, ob-
servou-se que os princípios do Ensino Estruturado podem ser mais
explorados para orientar a criação e uso das ferramentas digitais
visando o aprendizado de conteúdos escolares por pessoas com
autismo. Objetivo – Dialogar sobre o uso das tecnologias digitais

774. 774
para o ensino de pessoas com autismo no Centro de Educação
Tecnológico do Amazonas, instruindo na utilização da tecnologia
e promover o emprego da aplicação de ferramentas tecnológicas.
Materiais e Método – O projeto apresenta práticas realizadas no
ano de 2001, sobre o uso das tecnologias digitais no ensino de
pessoas com autismo. Tal pesquisa pode esclarecer estudos pos-
teriores que objetivem tratar do tema, descrevendo em linhas ge-
rais como o assunto é tratado. Pode inclusive auxiliar em estudos
diversificados, facilitando uma leitura rápida e fluída do tema do
projeto, quando não houver maior exigência de aprofundamento.
O autismo e as tecnologias digitais no ensino – As tecnologias di-
gitais podem contribuir para o ensino de pessoas com autismo na
medida em que considerem as individualidades e reais necessida-
des desse público. As contribuições podem ser muitas: a riqueza
de ferramentas que possibilitam experiências visuais, tão essen-
ciais às pessoas com autismo; a não necessidade de enfrentamento
presencial nas relações que podem ser estabelecidas; os feedbacks
sensoriais das expressões faciais e tons de voz não possuem a mes-
ma relevância no ambiente virtual; a facilitação da escrita quando
esta não é possível por meios manuais; e muitos outros. Resultados
– O projeto reflete uma base na abordagem qualitativa, tendo em
vista o objetivo de dialogar sobre os mais recentes avanços teóri-
cos sobre o uso de tecnologias digitais no ensino de pessoas com
autismo no Amazonas (Figuras 1 e 2). Sua base lógica de investi-
gação será o método dialético. Considerando que este modo de
interpretação da realidade entende que os fatos sociais não podem
ser compreendidos isoladamente, sem considerar as nuances polí-
ticas, econômicas, culturais etc. No projeto o desenvolvimento de
ferramentas digitais para pessoas com TEA foi primordial, para que
os estudantes pudessem ser incluídos de forma coesa. Uma dessas
ferramentas é o game MOTIVAEduc, baseado na metodologia de
Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que se mostrou pro-
missor no apoio do desenvolvimento de habilidades e competên-
cias cognitivas. O sistema permite a participação autônoma, ativa

775. 775
e criativa dos sujeitos e contribui para comunicação e interação.
Outra ferramenta importante no projeto foi o Edukito, um ambiente
digital de aprendizagem, projetado para levar em consideração os
níveis de interação social e de mediação de pessoas com autismo.
Este ambiente revela como se dão os processos de interação de
autistas em ambientes digitais. Conclusões – Durante esse projeto
foi verificado que ações mediadoras em formato de formação das
ideias eficientes no trabalho com autistas e demonstram estreita
ligação entre apropriação e interação social. Além disso, perce-
bemos no decorrer do projeto a necessidade veemente de mais
pesquisas destinadas a propor e avaliar ferramentas digitais para o
ensino de conteúdos escolares às pessoas com TEA. Esse dado pa-
rece significativo, pois, mais do que ensinar habilidades motoras,
cognitivas e sociais, é preciso dar sentido ao aprendizado dessas
habilidades. Os estudantes autistas devem aprender habilidades
básicas ao mesmo tempo em que são inseridos no mundo letrado,
de informação, de ciência e de cultura. Sobretudo, porque serão
requeridos esses domínios na maior instituição de socialização.
Ressalta-se no projeto que um aspecto essencial para o uso das
ferramentas digitais é o preparo adequado dos professores/media-
dores, ou seja, a formação de professores merece maior atenção
nas pesquisas relacionadas ao par tecnologia-autismo. Desde já,
podemos assinalar a carência de estudos que tenham como objeto
principal a formação de professores na mediação de ferramentas
digitais utilizadas no ensino de pessoas com autismo, já que essa
necessidade é mencionada superficialmente apenas como resul-
tados de estudos interessados em avaliar os aspectos qualitativos
das ferramentas digitais. Por conta dessa carência, encontramos
poucos estudos apontando orientações sobre como trabalhar com
ferramentas digitais no ensino de pessoas com TEA.
Palavras-chave: Autismo, Ensino, Tecnologia.

776. 776
Figura 1 – As tecnologias da gamifi-
cação como ferramenta de ensino e
aprendizagem.
Figura 2 – As tecnologias da
gamificação.
REFERÊNCIA
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à
prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
SOBRE O AUTOR
Sidney Socorro do Espirito Santo Ruiz,
graduado em Sistema de Informação
pelo Centro Universitário Fametro, espe-
cialista em Ethical Hacking & Cyber Se-
curity pelo Centro de Inovação VincIT –
Uniciv, finalista na pós-graduação em
Tecnologias Educacionais para a Docên-
cia em Educação Profissional e Tecnoló-
gica pela UEA, pós-graduando em Engenharia de Automação em
Processos Industriais e Robótica pela Faculdade Descomplica,
possui o curso de programador web pela Fundação Desembarga-
dor Paulo Feitosa e o curso de Formação Continuada em Tutoria
EaD pelo Cetam. Instrutor credenciado no Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas – Cetam, atuando presencialmente e
remotamente nos cursos técnicos de tecnologia da informação.

777. 777
O USO DO APLICATIVO GOOGLE EARTH EM
SALA DE AULA
Escola Municipal Alegria de Saber – Rio
Preto da Eva/AM
Ensino Fundamental – Anos Finais – 9.º ano
Jânia Rodrigues Lemos
[email protected]
Introdução – O presente artigo apresenta uma pesquisa sobre
o uso do aplicativo Google Earth na disciplina de Geografia, que
assume a responsabilidade de apresentar a razão lógica para a ocor-
rência dos elementos presentes na superfície do planeta, suas in-
ter-relações, e sua organização no espaço. Devido ao grande uso
do livro didático, houve o cuidado de inovar e tornar as aulas de
Geografia mais prazerosas. Segundo Pereira e Silva (2012) “O uso
desse software permite trabalhar a Geografia de forma inovadora,
[...] permitindo, assim, o afloramento da curiosidade e a reflexão
sobre temáticas não abordadas em livros didáticos de forma prática”.
Com o software Google Earth é possível navegar pelo planeta terra,
ver estruturas em 3D, pesquisar por locais favoritos, pois, o Google
Earth é uma interface completa cuja função da pesquisa é a apre-
sentação do Google Earth como um aplicativo que permite navegar
pelo planeta Terra e obter várias outras informações geograficamen-
te. Pois, de acordo com informações da Wikipedia “O Google Earth
é um software cuja função é apresentar um modelo tridimensional
do globo terrestre, construído a partir de um mosaico de imagens
de satélite e aéreas obtidas de diversas fontes [...], estão disponíveis
no Google Earth imagens da Lua, Marte e o céu, sobre o usuário e
que no início de 2015 foi liberado o acesso gratuito à versão Pro do

778. 778
Google Earth, com funcionalidades adicionais em relação à versão
básica”. Objetivo – Conhecer um aplicativo que pode ser usado para
sua localização, identificando a importância do aplicativo Google
Earth como ferramenta pedagógica na disciplina de Geografia junto
aos estudantes na sala de aula, despertando nos educandos o concei-
to e conhecimento de cartografia. Materiais e Método – O referido
projeto está fundamentado na pesquisa-ação crítico colaborativa. Foi
aplicado um questionário diagnóstico para a avaliação do conheci-
mento de uma turma de 9.º ano do Ensino Fundamental, da rede mu-
nicipal de Rio Preto da Eva, na disciplina de Geografia em relação
ao uso das tecnologias com o Google Earth. A referida pesquisa foi
baseada na observação e investigação de modo que o Software Goo-
gle Earth facilitasse o trabalho pedagógico em sala de aula no que
se refere ao desenvolvimento de recursos tecnológicos educativos e
que possa promover a aprendizagem de qualidade na disciplina de
Geografia no contexto escolar. Segundo Levy (1998), “o aprendiza-
do na maioria das atividades é potencialmente redefinido pela nova
tecnologia,” sendo assim, propicia aos estudantes relevante contri-
buição no processo de ensino e aprendizagem e ampliação dos co-
nhecimentos geográficos de maneira significativa com o manuseio
do aplicativo em questão. Após, foi feito a apresentação do aplicati-
vo Google Earth e desenvolvidas atividades para que pudessem de-
senvolver habilidades no uso do software. As atividades propostas
visavam prepará-los para a aprendizagem dos conceitos elementares
da cartografia, como a noção de escala, os pontos de orientação,
entre outros. A sequência de aplicação das atividades foi a seguinte:
Primeira atividade, foi solicitado que, individualmente, elaborassem
um mapa da escola e seu entorno, a partir da visão de cima, em
uma folha A4 em branco. Tal atividade serviu como um diagnóstico
inicial para a identificação das habilidades presentes e ausentes nos
estudantes. Outra atividade realizada onde cada estudante recebeu
duas imagens de satélites impressas em papel tamanho A4, ambas do
entorno da escola, sendo uma mais antiga, do ano de 2003, e a outra
recente, do ano de 2012. A tarefa exigia a comparação entre as duas

779. 779
imagens para identificação das possíveis mudanças ocorridas no es-
paço. Foi proposto discussões sobre as transformações ocorridas ao
longo dos anos e, uma preocupação dos estudantes foi a localização
dos diversos elementos: a escola, o comércio frequentado por eles,
praças, casas de amigos e até mesmo, como muitos moram próximos
à escola, conseguiram identificar suas casas nas imagens de saté-
lites. Somente após isso, passaram a comparar as duas imagens a
fim de encontrar pontos que sofreram alguma mudança durante o
tempo. Por meio das atividades se conseguiu propor a construção de
um novo mapa, mas desta vez com o olhar e seleção do estudante,
criação de legendas, o que permitiu uma autoria maior levando-os
a perceber a importância dos símbolos e seus significados no mapa.
Com isso, foi possível verificar que os pontos de referência esco-
lhidos foram quase sempre os mesmos, como empresas de grande
porte existentes no bairro onde se localiza a escola. Resultados – Os
instrumentos de coleta de dados se estenderam aos estudantes, como
a observação dos participantes, questionários e armazenamento em
mídia do material produzido (Figura 1). Observou-se diante dos fatos
que a maioria possui aparelho celular, mas não possuem o conhe-
cimento do software Google Earth. Na tabela (Tabela 1), observa-se
que todos os estudantes da turma usam o livro didático e, os instru-
mentos de tecnologia são bem menos usados. E se tratando do que-
sito aparelho celular, 75% da turma possui o aparelho, mas a maioria
desconhecia o software Google Earth como está registrado na Figura
1. A referida pesquisa auxiliou os estudantes a inovar e tornar as au-
las de Geografia mais prazerosas, pois, a Internet pode sim, estimular
a criatividade e melhorar a assimilação do conhecimento com o uso
das tecnologias (Figura 2). O aplicativo, até então desconhecido, tor-
nou-se mentor para novas didáticas, esclarecimentos e conhecimen-
tos bem apropriados dentro da disciplina de Geografia. Diante da
descoberta do uso do aplicativo e sobre as tecnologias educacionais
em sala de aula no ensino de Geografia, foi possível refletir sobre
o uso da imagem do software Google Earth. Tornou-se um agente
facilitador no processo de ensino utilizado adequadamente nas au-

780. 780
las da referida disciplina. E com o conhecimento desse software foi
possível compreender o espaço geográfico de forma mais dinâmica
dimensionando o mundo entendendo como estão organizados os
países, os oceanos e a divisão do globo terrestre. Conclusões – A
possibilidade em compartilhar um novo método de ensino com o
aplicativo dinamizando as aulas de Geografia, foi com a intenção
de produzir um material que colaborasse, auxiliasse ou diminuísse o
distanciamento entre as expectativas dos estudantes e a prática do-
cente em relação ao uso das novas tecnologias educacionais em sala
de aula. Enfim, espera-se com isso, propiciar aos estudantes relevan-
te contribuição no processo de ensino, aprendizagem e ampliação
dos conhecimentos geográficos de uma maneira diferenciada com
o uso das novas tecnologias em mãos. Utilizando os novos conhe-
cimentos adquiridos nesse projeto. Portanto, verificou-se como foi
uma descoberta maravilhosa a ponto de motivar a turma a ter novas
atitudes com o uso da tecnologia.
Palavras-chave: Geografia, Google Earth, Tecnologia,
Tabela 1 – Recursos já usados para estudar
Descriminação do Questionário Nº de
Estudantes
%
Computadores com acesso à Internet 05 22,72
Computadores sem acesso à Internet 02 09,09
Tablets 07 31,81
Datashow para apresentações 07 31,81
Aparelhos eletrônicos (DVD, aparelho de som e outros)10 45,45
TV e/ou pendrive 06 27,27
Quadro da sala e pincel 17 77,27
Livro didático 22 100
Textos, jornais, revistas, mapas, geo-atlas e outros08 36,36
Fonte: 22 estudantes de uma turma de 9º Ano da Escola
Municipal Alegria de Saber (2019)

781. 781
Figura 1 – Gráfico do questionário
da turma.
Fonte: Alunos do 9º Ano, Lemos (2019).
Figura 2 – Prints de imagens
do Google Earth.
Fonte: Acervo pesquisadora, Lemos
(2019).
REFERÊNCIAS
Google EARTH. Visão geral do Google earth. Disponível em https://
support.Google.com/earth/topic/4363013?hl=pt_BR&ref_topi-
c=2376010&visit_id=637095436456178149-1168857923&rd=2
Acesso em 21 out. 2019.
LÉVY, P. A Máquina Universo: criação, cognição e cultura infor-
mática. Trad.: Bruno Charles Magne – Porto Alegre: ArtMed, 1998.
PEREIRA, J. S.; SILVA, R. G. S. O Ensino da Geomorfologia na Edu-
cação Básica a partir do Cotidiano do Estudante e o Uso de Fer-
ramentas Digitais como Recurso Didático. Revista de Ensino de
Geografia, Uberlândia. V. 3, n.º 4, p.69-79, Jan/Jun, 2012.

782. 782
SOBRE A AUTORA
Jânia Rodrigues Lemos nasceu na cidade
de Manaus-AM. Formada no Normal Su-
perior pela Universidade do Estado
Amazonas. Licenciada em Geografia
pela Universidade Federal do Amazo-
nas. Iniciou no magistério em 1993 com
Educação Física de 1.º ao 5.º Ano e com
a Educação de Jovens e Adultos. Traba-
lhou com Geografia de 6.º ao 9.º do Ensino Fundamental após ser
licenciada. Pós-graduada com especialização em Letramento Di-
gital. Já esteve como coordenadora da Educação Indígena no mu-
nicípio de Rio Preto da Eva, supervisora e gestora escolar. Atual-
mente está como orientadora educacional, trabalhando e
desempenhando um papel de grande relevância na Educação de
Rio Preto da Eva.

783. 783
INFORMÁTICA APLICADA AO CURSO TÉCNICO
EM QUALIDADE OFERTADO PELO CENTRO DE
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO AMAZONAS
Centro de Convivência Padre Pedro Vignola/Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Odair da Costa Cordeiro
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Josiany Dantas da Mota
[email protected]
Introdução – A revolução de maior impacto para a huma-
nidade foi a da informação, e a “Informática Aplicada à Quali-
dade”, projeta uma difusão do saber, que se consolida no “Cur-
so Técnico em Qualidade” ofertado pelo Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas”, por meio da captação, geração,
processamento e difusão dos conhecimentos ali identificados,
atrelando o sucesso da instituição aos dados que ela acumu-
la. Esse artigo objetiva destacar à aplicação dos conhecimentos
dentro do curso técnico de nível médio, mais especificamente
da “Informática Aplicado a Qualidade do Cetam”, a partir de
uma abordagem baseada na observação participante ativa e das
práticas delineadas no plano de intervenção pedagógica, que
contribuiu para o desenvolvimento de habilidades e competên-
cias dos estudantes do curso técnico em qualidade, com foco
na inserção do componente curricular de informática aplicada

784. 784
à qualidade. Objetivo – Contribuir para o desenvolvimento de
habilidades e competências dos estudantes do curso técnico
em qualidade, com foco na inserção do componente curricu-
lar informática aplicada à qualidade. Materiais e Método – A
relação teoria e prática têm a finalidade de fortalecer o conjun-
to de elementos norteadores da aquisição de conhecimentos e
habilidades necessárias à concepção e à prática do técnico em
qualidade. A partir da experiência vivenciada, como instrutor
educador do Cetam, nos componentes curriculares das ativida-
des práticas I e II, no curso técnico em qualidade (Figura 1), per-
cebeu-se que as tecnologias ativas e as projeções educacionais
inovadoras ajudam no ensino-aprendizagem do alunado e na
motivação da construção de novos conhecimentos, além de dar
sentido para tal conteúdo que está sendo abordado em conjun-
to com as tecnologias. Resultados – Concluiu-se com o escopo
de apoiar tecnicamente a implementação e a manutenção dos
sistemas de gestão da qualidade, controlar a qualidade de pro-
dutos e processos e atuar em auditorias de sistemas de gestão da
qualidade, considerando os padrões, normas, procedimentos e
requisitos técnicos, de qualidade, de saúde e segurança e de
meio ambiente pertinentes. É necessário que o professor moder-
no esteja consciente da importância do seu papel para a forma-
ção do estudante, seja dentro ou fora do ambiente educacional,
pois as mudanças quanto ao uso da informática não acontecem
somente no âmbito educacional: ela está inserida no espaço
das comunicações por redes de computação em qualquer es-
paço. Conclusões – A “Informática Aplicada à Qualidade” é a
chave do processo de difusão do conhecimento dentro do curso
de informática do instituto em estudo, uma vez que indica onde
o processo inicia e termina; identifica cada atividade (ação) que
compõe o processo, identifica uma necessidade de decisão no
processo, onde normalmente recebe uma entrada e tem como
saídas dois caminhos (sim ou não); identifica uma conexão,
normalmente, mostra a continuidade do fluxo em outro ponto,

785. 785
de forma a evitar que suas linhas se cruzem e identifica o sen-
tido do fluxo do processo. Neste sentido, conclui-se que todo
o conhecimento trazido para o curso é captado, reconstruído,
armazenado e disseminado para a comunidade.
Palavras-chave: Educação, Informática, Docência, Qualidade, No-
vas Tecnologias.
Figura 1 – Atividade para elaboração de Tabela e Gráficos
REFERÊNCIA
ARAUJO, Luis César G. de. Organização, sistemas e métodos e
as tecnologias de gestão organizacional. 2ª Ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2007.

786. 786
SOBRE O AUTOR
Odair da Costa Cordeiro é PCD, forma-
do em magistério pelo Instituto de Edu-
cação do Amazonas e Graduado em
Gestor da Qualidade pela UniNorte,
pós-graduado em MBA Lean Manufactu-
ring pela Fucapi e especialista em Do-
cência em Educação Profissional e Tec-
nológica pela UEA. Professor no Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam e Examinador do
Programa Qualidade Amazonas – PQA; trabalho realizado de for-
ma voluntária junto à Fieam, visitando várias empresas para ava-
liar os projetos nas categorias de Gestão e Processo.

787. 787
ARTE E FOTOGRAFIA: ADAPTAÇÃO E READAPTAÇÃO
NO CONTEXTO DO ENSINO REMOTO
Centro de Convivência Padre Pedro Vignola/Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Adriana Alves de Lima
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – Considerando o atual panorama social, veri-
fica-se que a Educação teve que passar por inúmeras transfor-
mações, em especial, no processo de ensino e aprendizagem,
que ganhou novos contornos. Nesse contexto, o projeto aqui
desenvolvido visa a análise desses pontos no que tange às ar-
tes e em específico a fotografia, que representa um curso que
requer a prática sobre a teoria, que se desenvolveu e avançou
ao longo deste período de forma positiva. O curso de Fotografia
do UEPT do Cetam – C.E.C.F. Padre Pedro Vignola tem gerado
frutos consideráveis e positivos, e que tem resultados primo-
rosos na formação dos educandos do Ensino Médio. Objetivo
– Compreender a importância do conhecimento da fotografia
como arteterapia, para: comunicação, expressão, ética, legisla-
ção, fotografia científica, fotografia cultural, fotografia digital,
fotografia com técnicas de iluminação e fotografia publicitária.
Materiais e Método – Este projeto permitiu aos estudantes des-
lumbrar os diferentes temas e oportunidades espalhadas pela
história da cidade de Manaus. Os materiais e métodos foram os

788. 788
mais diversos (Figura 1), uma vez que todos foram coesamente
incluídos dentro de suas possibilidades sociais, educacionais
e de se expressarem, enquanto autores fotográficos. Criar uma
linguagem própria dentro da composição fotográfica é um ca-
minho árduo, mas transcendente. Resultados – Um momento
crucial na vida de todo professor, estudante e artista escolar, é
quando começa o autoquestionamento. Qual minha visão, meu
objeto, qual o rumo de minha produção? Quem não se encontra
no meio artístico pode achar isso uma coisa sem importância
para o fotógrafo, mas em um determinado momento isso aca-
ba pegando, principalmente depois de alguns anos dentro da
fotografia. No contexto do projeto, o questionamento foi ma-
ravilhoso, pois os estudantes passaram a questionar se a foto
que produziu dentro de assuntos variados pode ser classificada
como uma produção artística coerente, se tudo aquilo vai ser
encarado por quem observa como um trabalho escolar repre-
sentativo de sua visão. Nesse momento foi observado, nas aulas
remotas, que os estudantes passaram a procurar um foco, uma
direção, uma maneira de tornar tudo relevante. Passaram a pro-
curar sua unidade formal (estilo, técnica, olhar) e a sua unidade
temática (temas relativos à sua produção, a história que você
vai contar, compor). E nessa hora nossos corações explodiram
de alegria e determinação, nossos objetivos foram plenamente
alcançados, pois a mente de nossos estudantes se abriu para um
novo mundo, além do olhar. Conclusões – Em uma das aulas,
foi maravilhoso assistir ao filme Pollock com Ed Harris no papel
principal. A cena marcante, fazendo link com o tema do pro-
jeto, onde o artista senta no chão em frente à tela branca e se
pergunta “e agora?”. Para a fotografia isso não é muito diferente:
quando isso acontece, procurar um rumo é a principal solução.
A primeira coisa a se fazer é decidir as vertentes fotográficas a
se seguir. Não precisa ser apenas uma ideia. Pode ser um con-
junto, mas o principal é saber que esse tipo de projeto não é
uma coisa a ser executada a curto espaço de tempo. Expressar

789. 789
a personalidade de uma pessoa por meio de uma imagem e, às
vezes, apresentar o próprio fotografado à sua essência pela pri-
meira vez. Não são casos isolados de o fotografado se enxergar
pela primeira vez em um retrato bem executado.
Palavras-chave: Arte, Educação, Ensino Remoto.
Figura 1 – Exposição dos trabalhos dos estudantes.
Fonte: Eliseu Assis.
REFERÊNCIAS
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza:
UEC, 2002.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. Arte e Educação. Dis-
ponível em: <https://pt.slideshare.net/SimoneHelenDrumond/
arte-simone.> Acesso em: 21/06/2021.

790. 790
SOBRE A AUTORA
Adriana Alves de Lima nasceu em Ma-
naus-AM. É bacharel em Engenharia
Elétrica pelo Centro Universitário do
Norte e pós-graduanda em Tecnologias
Educacionais para a Docência em Edu-
cação Profissional e Tecnológica (UEA).
Atua como docente no curso de foto-
grafia no Centro de Educação Tecnoló-
gica – Cetam.

791. 791
A NEUROCIÊNCIA NAS TECNOLOGIAS DIGITAIS
E ASSISTIVAS COMO CONTRIBUIÇÃO PARA O
PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NAS
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS COTIDIANAS
E.M.E.F Monsenhor Francisco Pinto / Secretaria
Municipal de Educação – Semed / Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas – Cetam / Universidade do
Estado do Amazonas – UEA
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Sandro Garabed Ischkanian
Introdução – A neurociência nas tecnologias digitais e assisti-
vas esquadrinham reduzir as limitações pessoais das pessoas com
deficiência (PCDs), podendo romper barreiras e aproximar a comu-
nicação entre os sujeitos envolvidos no processo ensino e apren-
dizagem. Nesse aspecto, a arte de educar consiste em despertar e
estimular no educando suas potencialidades dormentes. Em outras
palavras, a educação deve ser um estímulo ao desenvolvimento do
ser humano em toda a sua essência, capacitando-o para a vida. Des-
se modo, poder-se dizer que os projetos tecnológicos digitais e assis-
tivos estão alicerçados nessa visão globalizante e transformadora da
educação. A visão do potencial humano como força propulsora das
transformações é um convite para sonhar novas rotas para o desen-
volvimento humano, ampliando a atuação do educador em relação
ao conhecimento daqueles que o acompanham não só na sala de
aula, mas em qualquer ação educativa. “A neurociência nas tec-
nologias digitais e assistivas como contribuição para o processo de

792. 792
ensino e aprendizagem nas práticas pedagógicas cotidianas”é ca-
paz de mostrar qual é a melhor forma de tornar o aprendizado real
em sala de aula presencial e virtual, afinal, novas atitudes e práticas
contribuem com as mudanças e transformações que tanto buscamos
para deixar o mundo melhor para todos que buscam o ato de educar
e educar-se. Objetivo – Evidenciar que as tecnologias proporcionam
aos educandos e à pessoa com deficiência maior independência,
qualidade de vida e inclusão igualitária, por meio da ampliação de
sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, desenvol-
vimento de habilidades para um aprendizado globalizante em seus
afazeres cotidianos, além da integração progressiva com a família,
amigos, educadores e sociedade. Materiais e Método – O ensino
com foco nas tecnologias aguça fatores pertinentes à neurociência
do pensamento transformador, em espiral crescente, oportunizando
um aprendizado global, tendo em vista que estimula a autonomia
dos estudantes no processo de aprendizagem. É praticando o pensar
que se projeta um caminho certeiro, pois a prática de pensar é a raiz
para a construção de um desenvolvimento intelectual tecnológico
harmônico e criativo, em que as diferenças não geram distancia-
mento, mas sim a possibilidade do exercício da complementaridade,
propondo uma trajetória flexível e integrada em direção a um mun-
do inclusivo, cooperativo, competente, viável e de paz. Resultados
– Abordar sobre um novo contexto educacional, destacando a rela-
ção entre neurociência e educação tecnológica, mostrando como o
processo de aprendizagem do cérebro transcendente, quando esti-
mulado coesamente. À medida que as tecnologias e a globalização
expandem e se tornam cada vez mais próximas aos educandos, a
educação percorre caminhos propulsores. Os resultados descrevem
que o acesso às tecnologias globalizantes pelas pessoas com defi-
ciência é um recurso que desencadeia transformações sociais, além
de mudanças na forma como o conhecimento é construído (Figura
1). Conclusões – Tratando-se dessa multirreferencialidade e inclu-
são, são necessários a compreensão e o tratamento do ser humano
como ser-pessoa-estudante-educando. O trabalho docente nesta

793. 793
modalidade de ensino interliga uma série de premissas e promove
o progresso da educação, ciência e cultura pelo compartilhamento
de informações e pela criação de novos meios de aprendizagens.
Conclui-se que os recursos tecnológicos saciam parte das limitações
oriundas da deficiência, minimizando as barreiras na comunicação,
locomoção, vivências, socialização e aprendizagens.
Palavras-chave: Educação Transformadora, Formação, Aprendiza-
gem, Tecnologias.
Figura 1 – Atividades referente às tecnologias educacionais.
REFERÊNCIAS
MORAN, J. M. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Cam-
pinas: ed. Papirus, 2012.
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. As tecnologias touch
screem na educação. Disponível em: Google Académico – http://
scholar.google.com.br>citations. Acesso em 20/2/2021.

794. 794
SOBRE A AUTORA
Simone Helen Drumond Ischkanian é
professora e pedagoga concursada da
Semed/Manaus. Trabalha como profes-
sora tutora na UEA Formadora EAD em
plataformas educacionais do Brasil e ex-
terior e é mestra em Ciências da Educa-
ção pela Universidade São Carlos e
Doutoranda pela UNISAL.

795. 795
TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
(TICS): A IMPLANTAÇÃO DAS TICS NA FORMAÇÃO
HUMANA INTEGRAL NO ENSINO A DISTÂNCIA (EAD)
Escola Estadual de Educação Profissionalizante
Padre Estelio Dalison
Ensino Médio – 3.ª série
Jucilene Leite dos Anjos
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – Esta pesquisa teve como objetivo salientar a im-
portância dos TICs como base para a abertura de fronteiras inova-
doras na educação a distância, com o objetivo de desenvolver o
indivíduo em seus aspectos sociais, cognitivos e culturais, aspec-
tos que se tornam importantes para serem refletidos e discutidos
no meio educacional, sobre o uso da tecnologia na atualidade. É
necessário que as escolas acompanhem essas transformações evo-
lutivas, onde o ensino integrar-se às TICs, que aceleram os meios
de comunicação por meio das redes mundiais. Tais tecnologias
são importantes nas metodologias pedagógicas revolucionárias,
de acordo com o tempo referente à história e as suas necessida-
des. Afirma, Oliveira (2015): “Isso requer dos educadores novas
habilidades para oferecer aos estudantes novas oportunidades de
aprendizagem”, já que no mundo globalizado a sociedade vem
tornando-se cada vez mais diversificada com o desenvolvimento
rápido, além das mudanças, que atingem o mercado de trabalho,
e na formação do homem para a relação com a natureza. Obje-
tivo – Aplicar, testar e avaliar qualitativamente o uso dos diversos

796. 796
softwares e aplicativos à tecnologia de informação e comunicação
TICs, na educação remota de aulas práticas. Materiais e Método –
As atividades com os estudantes dos cursos técnicos da instituição
Centro Tecnológico do Amazonas – Cetam, requerem aulas inte-
rativas e práticas, relacionadas aos desenhos técnicos. As TICs são
ferramentas de suma importância para o acontecimento das aulas
remotas. Para a execução do projeto, existe um grande número
de ferramentas com diferentes especificações, dentre as quais as
seguintes foram elencadas como as mais relevantes para o intuito
dessa pesquisa: Google Meet: é uma plataforma de videoconferên-
cia para as aulas remotas com o acesso de compartilhamento de
tela. TeamViewer: um software de compartilhamento de tela, que
também permite acesso remoto a computadores ou mesmo celular
dos estudantes. Google Classroom: funciona como uma sala de
aula virtual, uma plataforma que permite o professor comunicar-se
com seus estudantes, bem como criar e distribuir tarefas. Mesa
digitalizadora: é um equipamento eletrônico bem parecido com
uma prancheta, na qual você pode desenhar e escrever usando
uma caneta em cima da mesa que irá captar as informações. Ca-
neta Digital: um equipamento eletrônico que possui sensibilidade
à pressão. Enquanto o estudante faz um esboço no papel, a caneta
converte o seu desenho em formato digital e são produzidas dire-
tamente ao computador. São programas e equipamentos usados
para monitorar a atividade dos estudantes e melhorar a aprendi-
zagem em sala de aula digital, utilizando recursos da tecnologia.
Assim, as aulas tendem a ser mais dinâmicas e participativas, pren-
dendo a atenção dos estudantes e fugindo do método passivo de
ensino. Resultados – O distanciamento social também causou um
grande impacto na área da educação: foi preciso moldar a forma
de ensinar, mais do que nunca; tivemos que nos adaptar aos recur-
sos tecnológicos (Figuras 1 e 2). Com as diferentes especificações
de ferramentas, contribuições metodológicas para o incremento
no método de ensino, os professores podem acompanhar de for-
ma mais eficaz e simultânea o desenvolvimento e as dúvidas dos

797. 797
discentes durante as novas as aulas remotas, já que as mesmas
funcionam de forma práticas e interativas. Conclusões – Portan-
to, o tema abordado foi escolhido pelas observações referente às
dificuldades de interação dos estudantes com os professores perti-
nente às aulas a distância, devido o curso ser voltado a atividades
práticas. E pela falta de instruções de como usar os TICs de forma
adequada, principalmente pela falta de ferramentas adequadas,
na qual influencia na implantação na educação junto à Forma-
ção Humana Integral, já que antes da pandemia tínhamos uma
aproximação maior com estudante para os desenvolvimentos das
atividades manuais, como o desenho técnico.
Palavras-chave: TICs, Técnico, Formação Humana.
Figura 2 – Caneta digital. Fonte:
https://laparola.com.br/cane-
ta-transfere-o-conteudo-direta-
mente-do-papel-para-o-digital.
Figura 1 – Aula de desenho técnico em sala de
aula antes da pandemia.
REFERÊNCIA
OLIVEIRA, E. S. G. Docência e tecnologias: novas demandas, no-
vos saberes. II CONEDU Congresso Nacional de Educação, 2015.

798. 798
SOBRE A AUTORA
Jucilene Leite dos Anjos é Arquiteta e Ur-
banista, formada pela UniNorte. Pós-gra-
duada em Gerenciamento Ágil de Proje-
to pelo IDAAM e finalista na pós
Tecnologia Educacionais para a Docên-
cia em Educação Profissional e Tecnoló-
gica pela UEA. Trabalha como professora
do curso técnico de Design de Interiores,
Técnico de Edificações, Técnico em Paisagismo, Técnico em Segu-
rança do Trabalho, no Centro Tecnológico do Amazonas – Cetam.

799. 799
ANÁLISE E EVOLUÇÃO DA INCLUSÃO DIGITAL
NO PROJETO JOVEM CIDADÃO, DO CENTRO
DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICO DO AMAZONAS
Escola Estadual Senador Manoel Severiano
Nunes – Seduc/Centro de Educação Tecnológica
do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Walter Pereira Martins Filho
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – No universo da educação globalizante, sempre
há um jeito transformador de caminhar. Nesses tempos de pan-
demia, a Inclusão Digital no Projeto Jovem Cidadão tem em vista
uma educação abrangente aos estudantes finalistas do Ensino Mé-
dio. As novas tecnologias da informação e comunicação ocupam
na vida dos jovens uma influência coesa nas práticas cotidianas,
nas relações com o mundo e com as pessoas. Os jovens com ida-
de entre 15 a 19 anos, estudantes de cursos profissionalizantes
do Centro de Educação Tecnológico do Amazonas, que partici-
param com afinco do projeto de Inclusão Digital, ampliaram suas
possibilidades de acesso ao conhecimento, à cultura, ao lazer, à
cidadania e principalmente à autonomia na área das tecnologias.
Objetivo – Investigar a evolução da tecnologia e a evolução da In-
clusão Social dos Jovens dentro do Projeto Jovem Cidadão na cida-
de de Manaus, delineando análises de estatísticas crescentes sobre
a quantidade de jovens que estão tendo acesso à inclusão social, a
fim de demonstrar as estratégias utilizadas dentro do projeto para o

800. 800
aumento da acessibilidade da inclusão digital e prototipar as ações
educativas que promovam o desenvolvimento de competências no
uso das tecnologias. Materiais e Método – Os materiais e méto-
dos utilizados no processo do projeto contextualizaram a análise e
evolução da Inclusão Digital no Projeto Jovem Cidadão do Cetam.
Para a construção do conhecimento em questão são caracteriza-
dos pela abordagem foram delineadas ações com reflexão e res-
peito aos indivíduos. Os instrumentos utilizados no projeto estão
representados por fontes escritas e documentais que, uma vez con-
sideradas, são importantes fatores na elaboração do conhecimento
proposto no Cetam (Figura 1). A partir do projeto realizado, as
fontes analisadas visaram produzir conhecimentos que atendam
as perspectivas esperadas pelos objetivos propostos do projeto em
proposição. Os procedimentos metodológicos definidos para o ar-
tigo são importantes para o entendimento pleno do aqui exposto,
levando-nos a crer que os materiais e métodos utilizados influen-
ciaram consideravelmente na produção do conhecimento de todos
os envolvidos, refletindo uma visão transformadora dos jovens do
Amazonas nos dias atuais. Resultados – A característica marcante
do projeto destaca-se por sua organização em companhia com o
governo do Estado do Amazonas, com foco na inclusão digital e
incentivar. Os jovens participantes assumiram o compromisso e,
em toda caminhada, foram empenhados no desenvolvimento das
novas habilidades. O planejamento, a seriedade, a paciência, a
competência de todas as pessoas envolvidas tornaram o projeto
transformador, neste período de pandemia. Conclusões – Neste
sentido, trago sentimentos que me inundam com pensamentos re-
flexivos de satisfação pela caminhada neste projeto, que coesa-
mente projetou a diferença na vida dos jovens com idade entre 15
a 19 anos, estudantes de cursos profissionalizantes do Centro de
Educação Tecnológico do Amazonas. Estes sujeitos, além de pes-
soas, são pensadores, que me disseram e ensinaram saberes que
não quero esquecer, para continuar transformando vidas, afinal,

801. 801
educar é a arte de mediar saberes, para que todos possam rumar
por caminhos abrangentes.
Palavras-chave: Tecnologia, Inclusão Social, Desenvolvimento de
Competência.
Figura 1 – Mapa conceitual sobre as formações do
Cetam, pertinentes ao projeto.
REFERÊNCIA
CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
SOBRE O AUTOR
Walter Pereira Martins Filho é mestre
em Administração pela American Uni-
versity System – Universidade America-
na – Asunción – Paraguai (2011). Pós-
-graduando em Tecnologias
Educacionais para a Docência em Edu-
cação Profissional e Tecnológica – UEA.
MBA em Gestão da Docência do Ensi-

802. 802
no Superior UNICEL (FACULDADE LITERATUS) (2012). MBA em
Nível em Gestão de Tecnologia da Informação IDAAM (2007).
EAD (Ensino a Distância) – Gestão de Tecnologia da Informação
– FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS (2006). Qualificação Profis-
sional em Formação Continuada de Tutores a Distância – Cetam
(2018). Graduado em Administração Habilitação em Marketing
– CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE (UniNorte) (2003). Pro-
fessor Lacto e Strictu Sensu. Coach certificado pelo Instituto Bra-
sileiro de Coaching (IBC). Certificado pelo Profissão Coach. Espe-
cialista em Informática – Marketing Digital e Tecnologia da
Informação. Consultor de Empresas – Gestor de Projetos. Pales-
trante – Microempresário – Coach.

803. 803
COMPUTAÇÃO DESPLUGADA: PROMOVENDO
HABILIDADES E O ENGAJAMENTO DAS
CRIANÇAS DURANTE O ENSINO REMOTO
Centro Municipal de Educação Infantil Professora
Elza Damasceno da Silva
Educação Tecnológica – 2.° período
Rita Cristina Guimarães de Almeida
[email protected]
Introdução – A Computação Desplugada é um método que
consiste em realizar atividade de pensamento computacional,
sem o uso do computador. Por meio dela são empregadas ati-
vidades criativas e dinâmicas que ampliam o raciocínio lógico,
desenvolvendo a aprendizagem. “Entendemos que os recursos e
tecnologias de informação e comunicação devem ser utilizados
para promover a produtividade em sala de aula e fora dela, e
que as tecnologias devem favorecer positivamente o processo
de ensinar e aprender” (CARVALHO, 2010). Vivenciamos um
novo momento na educação por meio do ensino remoto, por
conta da pandemia, desenvolver atividades utilizando a Com-
putação Desplugada tem sido um ótimo método para engajar e
desenvolver habilidades nas crianças, dando sentido à apren-
dizagem, com métodos que envolvem toda família e inovam a
forma de ensinar. Objetivo – Proporcionar e motivar o aprendi-
zado por meio da Computação Desplugada. Materiais e Méto-
do – O presente trabalho foi desenvolvido a partir de abril de
2020 até novembro de 2020 no CMEI Professora Elza Damas-
ceno da Silva. Participaram do projeto 20 crianças, de ambos
os sexos, com idade entre 5 e 6 anos. As principais atividades

804. 804
do projeto foram: compondo o nome com objetos; jogo da me-
mória das vogais; jogo da velha com a Turma da Mônica; jogo
do Mico com numerais (Figura 1); completando os ovos (Figu-
ra 2); quantificando com pregadores de roupa; quebra-cabeça
com numerais. Resultados – As crianças e os pais/responsáveis
participaram de forma brilhante das atividades propostas. Ou-
vimos muitos relatos dos pais sobre a alegria das crianças em
realizarem as atividades, que muitas vezes envolviam a partici-
pação de toda família. Por meio da Computação Desplugada,
obtivemos o resultado de 100% das crianças engajadas durante
o ano letivo de 2020, isso porque são atividades diferenciadas,
onde a criança e família participam ativamente das atividades
e aprendem por meio de brincadeiras e interações. Todas as
atividades foram pensadas para que pudéssemos atingir todas
as crianças. Assim sendo foram organizadas as atividades e en-
tregues aos pais/responsáveis. Ao executarmos a Computação
Desplugada com as crianças, estamos desenvolvendo na prática
atividades que exigem criatividade e pedem uma solução para
situação problema. “Essas técnicas estimulam o raciocínio e o
pensamento computacional, que tendem a modificar a forma
dos indivíduos resolverem problemas” (SANTOS et al., 2016).
Atualmente as crianças vivem em um mundo com diversas mí-
dias, onde a sua interação com esse ambiente dá-se de forma
prazerosa, por meio de vídeos, desenhos e jogos. Dessa forma,
podemos aproveitar essa curiosidade para inserir a Computacão
Desplugada no cotidiano da criança. “O professor criativo, de
espírito transformador, está sempre buscando inovar sua prática
e um dos caminhos para tal fim seria dinamizar as atividades
desenvolvidas em sala de aula” (VEIGA, 1991). Conclusões –
A Computação Desplugada fez parte do cotidiano de nossas
crianças em um período muito difícil, que vivemos em aula
remota. Isso com certeza foi o diferencial para atingirmos as ha-
bilidades necessárias da Educação Infantil e consequentemente
o engajamento das crianças nas aulas. A participação da família

805. 805
foi fundamental para o sucesso do projeto, e o melhor de tudo,
foi uma participação com dedicação e entusiasmo. Um profes-
sor inovador faz toda diferença para o pleno desenvolvimento
da criança.
Palavras-chave: Computação Desplugada, Crianças, Engajamento.
Figura 1 – Jogo do Mico com numerais.
Figura 2 – Completando os ovos.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, F. C. A.; IVANOFF, G. B. Tecnologias que educam:
ensinar e aprender com tecnologias da informação e comunica-
ção. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
SANTOS, E. R.; SOARES, G.; BIANCO, G. D.; FILHO, J. B. R.;
LAHM, R. A. Estímulo ao Pensamento Computacional a partir da
Computação Desplugada: uma proposta para a Educação Infantil.
Revista Latinoamericana de Tecnologia Educativa. Espanha, v. 15,
n.º 3, 2016.
VEIGA, I. P. A. Técnicas de ensino: Por que não? Campinas, SP:
Papirus, 1991.

806. 806
SOBRE A AUTORA
Rita Cristina Guimarães de Almeida nas-
ceu na cidade de Manaus – AM, filha de
Luciete e David, casada, tem um filho e
um irmão. Estudou durante todo Ensino
Fundamental e Ensino Médio na rede
pública Municipal e Estadual. Em 2007
ingressou na Universidade Federal do
Amazonas – Ufam, onde é formada em
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Educação Infan-
til e Anos Iniciais; Docência do Ensino Superior; Administração
Escolar, Supervisão e Orientação. Gosta de estudar e de vencer
desafios. Servidora efetiva junto à Secretaria Municipal de Educa-
ção, atua como Professora na Educação Infantil desde 2014. É
apaixonada pela Educação e acredita na educação pública de
qualidade.

807. 807
CANVAS: FERRAMENTA PARA PRODUÇÃO DE
IMAGENS PARA ILUSTRAR GUIA DE ESTUDO DO
PROJETO AULA EM CASA DO COMPONENTE DE
QUÍMICA PARA 1.ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO
Centro de Mídias de Educação do Amazonas – CEMEAM
Avançar 1 (Escola Estadual Osmar Pedrosa) e 2.º ano do
Ensino Fundamental – Anos Iniciais (Escola Municipal
Dr. Anderson Pereira Dutra)
Darlinda Dias Monteiro
[email protected]
Introdução – Este artigo descreve um relato de experiência
sobre o uso do aplicativo Canvas como recurso interativo para ilus-
trar o Guia de Estudo do 1.º ano do Ensino Médio da disciplina
Química do Projeto Aula em Casa, para os seguintes conteúdos:
Química: conceito e aplicações; e substâncias químicas: conceito
e características. Tal pesquisa pretendeu favorecer o processo de
internalização de conceitos científicos a partir da leitura e inter-
pretação das imagens, proporcionando aos estudantes uma forma
de conhecimento baseada no seu cotidiano neste tempo de pan-
demia da Covid-19. Objetivo – Despertar o interesse dos estudan-
tes na ciência e mostrar como o conhecimento científico explica
problemas do dia a dia. Materiais e Método – A organização do
trabalho foi realizada em 3 etapas: a primeira etapa consistiu na
curadoria de conteúdo. Na segunda etapa ocorreu a escolha dos
conteúdos da unidade 1. Na terceira etapa, a produção no formato
das imagens no aplicativo Canvas. Interagir com ferramentas digi-
tais é algo fundamental e transformador perante a inclusão tecno-
lógica, entretanto, é muito comum ainda deparar-se com o pouco

808. 808
uso dessas ferramentas ou até mesmo, a falta de uso em contexto
escolar (NETO; MENDES, 2017). A seguir, descreveremos algumas
das imagens produzidas e os conteúdos que foram abordados em
sala de aula. Na primeira imagem temos a Química no cotidia-
no, que corresponde à presença da química em várias situações
do nosso dia a dia, permitindo a busca para soluções de proble-
mas ambientais, aumento da produção agrícola e a produção de
materiais que possibilitam a confecção de novos equipamentos.
Lembrando que o ensino de química está intimamente ligado ao
cotidiano, nas transformações da matéria, desenvolvimento de no-
vas tecnologias e evolução da sociedade como um todo, seguindo,
assim, a concepção da importância do pragmatismo linguístico,
bem como o histórico do ensino de química (PORTO et al., 2013).
Uma provocação aos estudantes a responderem e debaterem sobre
o tema “Perigo do desconhecido”, auxiliando a estimular a criati-
vidade e o pensamento crítico. N figura 1 é possível visualizar as
substâncias químicas presentes na composição da pasta de dente.
Utilizamos o tema gerador “a química dos pensamentos negativos”
para conscientização da realidade da saúde mental (Figura 2); a
imagem mostra um homem cabisbaixo, preocupado e triste. Pensar
que algo não vai dar certo dispara um gatilho hormonal do cérebro
dizendo que algo ruim vai acontecer. Para resolver essa situação de
pensamentos negativos, é necessário ativar a serotonina, um neuro-
transmissor produzido pelo cérebro responsável pelo pensamento
positivo e sensação de bem-estar. Para ilustrar o conteúdo de subs-
tâncias químicas: classificação e características, utilizamos como
tema gerador “a molécula da alegria: Serotonina”. Demonstramos
aos estudantes que, atualmente, quando queremos expressar nos-
sas emoções, utilizamos os emojis para dizer que estamos alegres
ou tristes e até mesmo comemorar algo. Resultados – O guia de es-
tudo da aula em casa de Química da 1.ª série e os formatos de posts
propostos neste guia possibilitou aos estudantes expandirem seus
conhecimentos e compartilharem essas informações, procurando
identificar suas potencialidades no processo de ensino-aprendiza-

809. 809
gem. Conclusões – O desafio de um novo fazer pedagógico deve
ser um processo constante na vida do professor, mudanças estas
que são significativas para a vida do estudante. O uso do Canvas
como ferramenta digital para construção de imagens para o Guia
de Estudos do Aula em Casa foi uma ferramenta essencial para a di-
vulgação da química no cotidiano do estudante. Além disso, houve
o despertar para leituras sugeridas pelos temas geradores, como “A
Química dos pensamentos negativos” e “A Molécula da alegria:
Serotonina”. Nesta perspectiva, considera-se que a distribuição do
guia de estudo do 1.º ano aos estudantes sem acesso à Internet foi
significativo para continuarem seus estudos e para despertar suas
curiosidades, estimulados pelos formatos dos posts.
Palavra-chave: Canvas, Imagens, Química, Ensino, Aprendizagem.
Figura 1 – Substâncias químicas
presentes.
Figura 2 – Realidade mental.
REFERÊNCIAS
PORTO, M. R.; SATURNINO, K. C.; LIMA, E. M. M.; LEE, S. T.;
LEMOS, R. A. A.; MARCOLONGO, P. C.; RIET, C. F.; CASTRO,

810. 810
M. Avaliação da exposição solar na intoxicação experimental por
Brachiaria decumbens em ovinos, Pesquisa Veterinária Brasileira,
v. 33, n.º 8, p. 1009-1015, 2013.
NETO, A. S.; MENDES, G. M. L. Os Usos das Tecnologias Digitais
na Escola: Discussões em torno da fluência digital e segurança do-
cente. Revista e-Curriculum, v. 15, n.º 2, p. 504-523, 2017.
SOBRE A AUTORA
Darlinda Dias Monteiro, natural de Ma-
naus-AM, formada pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam) em Licen-
ciatura e Bacharelado em Química e
Mestre em Ciências da Educação pela
Universidade Lusófona de Humanida-
des e Tecnologias. Ata como professora
de Química no Centro de Mídias do
Amazonas. Tem como objetivo no seu fazer pedagógico buscar
sempre metodologias inovadoras que ajudem no despertar do in-
teresse de seus estudantes e que auxiliem de maneira significativa
no processo de ensino-aprendizagem na área de Química.

811. 811
O USO DE SOFTWARES COMO INSTRUMENTO DE
ALFABETIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA LEITURA
COM UMA TURMA DE EJA DO 1.º CICLO
Escola Municipal Professora Marly Barbosa Garganta
Educação de Jovens e adultos – EJA – 1.ª Fase do
Primeiro Ciclo
Francisco César Brito Vieira
[email protected]
Introdução – O universo da prática e desenvolvimento do
presente trabalho foi no telecentro da Escola Municipal Professora
Marly Barbosa Garganta, situada na zona norte de Manaus, com
uma turma de 1.ª fase do 1.º ciclo de EJA, onde senhores e senhoras
tinham como expectativa à aprendizagem da leitura e da escrita por
meio de jogos educativos e softwares. Nesse ambiente tão diverso
e complexo, qual a importância e o impacto dos jogos educativos
e softwares na contribuição da aprendizagem da leitura e da es-
crita com uma turma de adultos em sala de aula? De que forma
esses estudantes conseguem perceber a contribuição e o uso das
tecnologias no processo de ensino e aprendizagem? O manuseio
e desenvolvimento de habilidades digitais e a capacidade de lidar
com as tecnologias de informação e comunicação em espaços de
Telecentros Escolares é um trabalho que visa contribuir como uma
ferramenta para o desenvolvimento das habilidades de alfabetiza-
ção, leitura, matemática e aprendizagem digitais dos estudantes e
demais integrantes da comunidade escolar da Secretaria Municipal
de Educação de Manaus (Semed) e pessoas interessadas. Objetivo
– Criar mecanismos e atividades de leitura como alternativa para al-
fabetização de uma turma de EJA, por meio de softwares. Materiais

812. 812
e Método – Tratou-se de uma pesquisa qualitativa e tecnológica e
aconteceu no ano de 2019, no período de março à dezembro, en-
volvendo uma turma de adultos (EJA) da 1.ª fase do 1.º ciclo, portan-
to, senhores e senhoras. As atividades aconteciam todas as semanas,
ocorrendo, de duas a quatro aulas, que tiveram como procedimento
inicial a apresentação do espaço, as máquinas e sua composição,
forma de manuseio, principalmente do mouse e do teclado com os
programas disponibilizados nos computadores. Além disso, foram
incluídas as atividades de jogos da Língua Portuguesa para trabalhar
leitura, escrita e Matemática. Dentre os softwares mais utilizados,
elencamos os programas Tux Math e Netbil, Internet, videoaulas,
atividades digitais de alfabetização e de conhecimentos gerais. Me-
diante as diversas realidades dos estudantes, bem como suas espe-
cifidades, inicialmente, todos precisaram de auxílio para executar as
atividades, e por conta das exigências relacionadas ao processo de
ensino e aprendizagem que as mesmas propõem, nos colocamos à
disposição para auxiliarmos e facilitar no domínio das tecnologias
utilizadas, as quais foram desenvolvidas a partir da necessidade de
alfabetização desse público alvo. Na primeira etapa foi feita uma
reunião com a professora da turma sobre essa proposta. Na segunda
etapa foi apresentado o Telecentro, seus instrumentos e finalidades
e funcionalidade aos estudantes. Na terceira etapa foi realizada uma
roda de conversa com a professora e referidos estudantes. Por fim,
na quarta etapa, foi realizado um cronograma com definição de dias
e horários para as práticas no Telecentro. Resultados – Percebeu-se
que o Telecentro foi um espaço de excelência para a aplicação de
métodos e recursos na prática e desenvolvimento da leitura e escri-
ta como instrumento de alfabetização. As atividades digitais desen-
volvidas no Telecentro propiciaram o exercício de conteúdos tanto
de alfabetização, escrita e matemática como de conteúdos de co-
nhecimentos gerais (Geografia, História, Ciências, Artes e Religião).
Muitas dessas atividades foram trabalhadas em forma de jogos, com
resposta de acerto e erro imediatos para o estudante, também, refor-
çar o que foi trabalhado tanto no Telecentro como em sala de aula.

813. 813
As aulas apresentaram conteúdos de maneira dinâmica e serviram
como reforço sobre o que era trabalhado no telecentro e o que era
ensinado em sala de aula. Ademais, sempre que alguém evidencia-
va alguma dificuldade, as atividades eram repetidas. Foram momen-
tos de muito aprendizado, pois nos proporcionaram uma troca de
saberes – além de conhecermos as histórias de vida, trabalharmos a
autoestima e compreendermos que cada estudante aprende e reage
de maneira diferente e deve ter liberdade. Dentre esses estudantes,
destacamos alguns, como o Jocélio: por conta de um acidente na in-
fância, desenvolveu transtorno mental crônico, e precisava de uma
atenção especial e mais tempo para poder executar os comandos
e, dessa forma, trabalhamos a inclusão (Figuras 1 e 2). O senhor
Jurandir, ex-presidiário, que se destacava em todas as atividades:
da Matemática à digitação, História, Língua Portuguesa e Ciências
Naturais. Tinha mais facilidade para aprender e ainda ajudava os
colegas em suas atividades. A senhora Rosemeire, natural do inte-
rior do Maranhão, que era agricultora, e por conta dessa situação
nunca teve acesso ao espaço escolar. Não lia e nem escrevia. Em
decorrência de um problema de cegueira do esposo, a necessidade
de estudar se fez necessária, uma vez que precisava acompanhá-lo
ao médico e as consultas. Assim sendo, aprendeu a ler e escrever
muito rapidamente, tanto que no final do ano já estava tirando a sua
carteira de motorista. Conclusões – Fazendo um diagnóstico desses
estudantes, pôde-se constatar que poucos conheciam o alfabeto ou
algumas palavras, tendo dificuldade, inclusive, para pegar um ôni-
bus, escrever o próprio nome ou coisas do cotidiano. Ao chegar à
etapa final constatamos que todos conseguiram superar seus medos,
dificuldades e anseios. Enquanto professor envolvido nesse proces-
so pedagógico de cada dia, descobri que cada estudante tem seus
saberes e que cada um aprende de forma diferente, e isso foi res-
peitado, levado em conta, para que tivéssemos êxito nos resultados.
Palavras-chave: Alfabetização, Tecnologia, Softwares.

814. 814
Figura 1 – Trabalhando a inclusão.Figura 2 – Trabalhando a inclusão.
REFERÊNCIA
ADAIR, C. B.;MURRAY, B. A. Revolução total dos processos. São
Paulo: Nobel, 1996.
SOBRE O AUTOR
Francisco Cesar Brito Vieira, amazonense,
cursou o Ensino Médio no Instituto de
Educação do Amazonas – IEA. Bachare-
lou-se em Teologia pelo Seminário Evan-
gélico Wesleyano – SEW, em 2001. Em
2003, entra no Curso Normal Superior,
pela Universidade do Estado do Amazo-
nas – UEA, o qual conclui no ano de 2007.
Pesquisador pela Fapeam de 2015 a 2019. No ano de 2008, passa no
Curso de Mestrado Profissional na Amazônia, promoção da Universi-
dade do Estado do Amazonas – UEA, onde conclui no ano de 2011.
Em 2005, passa no concurso para professores da Semed, e assume em
2006. Atualmente compõe o quadro de docentes da rede municipal
de ensino de Manaus. Foi premiado na edição 2019 como professor
inovador na categoria Fundamental II (Anos Finais), e em 2020 entrou
para a Galeria de Honra da Secretaria Municipal de Educação. Tem
várias publicações, entre artigos, resumos e relatos de experiência.

815. 815
TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO E MOTIVAÇÃO: AULAS
REMOTAS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA NO CURSO DE INFORMÁTICA BÁSICA
E AVANÇADA DO CETAM -AM
Centro Estadual de Convivência da Família
Maria de Miranda Leão
Ensino Fundamental – Anos Finais e Médio
Sebastião da Silva Alves
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
Introdução – A pandemia mundial da Covid-19 direcionou
o mundo do trabalho e da educação para novas formas de pro-
dução coletiva, por meio das tecnologias. No Cetam, buscamos
soluções de enfrentamento para continuar prestando elevados
e eficazes serviços na educação. Os passos delineados, item a
item, nos proporcionaram esclarecer e confirmar a capacidade
do referido ensino e este fazer parte do cotidiano do Centro de
Educação Tecnológica do Amazonas – AM, por meio de seus
Diretores, Gerentes, Coordenadores, todo o Corpo Docente, o
qual faz parte os Instrutores de Informática, evitando aglomera-
ções e reduzindo de forma acentuada a disseminação do vírus
da Covid-2019. As diversas formas de ensinar e aprender fas-
cinam o professor e o motivam, tornando prazerosa a relação
de ensino e de aprendizagem, bem como a prática docente. O
ensino técnico é uma opção muito procurada nas instituições,
estando em constante processo de avaliação quanto ao proces-
so de ensino e de aprendizagem e a qualidade proposta nos di-

816. 816
ferentes cursos da modalidade profissional. Na área da informá-
tica não é diferente, vários são os motivos pelos quais coloca-se
em pauta discussões com este foco, principalmente na forma-
ção técnica, dentre os quais salienta-se a melhor qualificação
profissional, por meio das tecnologias. Por ser uma formação
conexa no Cetam, a prática e a teoria são vivenciadas e discu-
tidas dentro do âmbito de aprendizagem, possibilitando uma
formação integral e visão de “um todo” em relação ao cuidado,
evitando ao máximo uma fragmentação dos saberes necessários
à evolução do estudante. Objetivo – Especificar na tecnologia,
educação e motivação: as aulas remotas na educação profissio-
nal e tecnológica no curso de informática básica e avançada
do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas têm como
escopo formar profissionais técnicos, com postura ética e com
elevado grau de responsabilidade social, capazes de planejar,
desenvolver e fornecer suporte e manutenção de sistemas e de
tecnologias de processamento e transmissão de dados e infor-
mações. Materiais e Método – Qualificar o ensino utilizando
metodologias tecnológicas inovadoras no curso de informática
básica e avançada do Cetam nos permitiu delinear novas meto-
dologias de trabalho em sala de aula virtual, buscando atender
a formação de um novo perfil de estudante com o desenvol-
vimento de novas habilidades e competências necessárias aos
novos tempos. No caso de ensino técnico profissionalizante,
a qualidade perpassa a formação de um profissional capaz de
pensar criticamente sobre sua diplomação, sendo capaz de
identificar metodologias que lhe despertem maior interesse em
participar do desenvolvimento de uma aula. Em relação de me-
todologias ativas aplicadas nas aulas remotas na Educação Pro-
fissional e Tecnológica no Curso de Informática Básica e Avan-
çada do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas, tem-se:
aprendizagem baseada em problemas; pedagogia da problema-
tização; estudo de caso pertinente à realidade do educando;
grupos refletivos e grupos interdisciplinares; grupos de tutoria

817. 817
e grupos de facilitação; exercícios em grupos virtuais; seminá-
rios virtuais; relato crítico de experiências; mesas-redondas vir-
tuais; socialização por meio de vídeos aulas; plenárias virtuais;
exposições dialogadas; debates temáticos; leitura comentada;
oficinas virtuais; apresentações de filmes; apresentações musi-
cais; dramatizações por meio de videoaula; dinâmicas virtuais
na perspectiva lúdico-pedagógico; e portfólios virtuais. Resul-
tados – Os resultados na utilização das contribuições metodo-
lógicas ativas corroboram no sentido de engrandecer as aulas
(Figura 1). As tecnologias tiveram fatores de grande importância
na vida de nossos estudantes, bem como geraram uma série de
discussões positivas nas aulas virtuais. Enquanto profissionais
da educação, buscamos cada vez mais conhecimentos na área
tecnológica para proporcionar à clientela do Cetam um estudo
de qualidade, eficaz e eficiente em todos os seus níveis, facili-
tando a permanência dos estudantes em suas residências, por
meio de salas de aulas virtuais. Enfim, continuamos projetando
possibilidades de novos conhecimentos para nossos estudantes.
Conclusões – A tecnologia na educação não visa substituir pro-
fessores ou abolir os métodos de ensino, mas agregar melhorias
significativas aos estudos e às formas de aprender. A coleta de
boas práticas e apontamentos de novos caminhos para tecnolo-
gia na educação tornam as aulas mais instigantes, diferenciadas
e participativas. Os estudantes, por sua vez, sentem-se mais à
vontade e motivados a estudarem. Como as opções são muitas,
cabe ao professor buscar alternativas para trazer até a sala de
aula virtual os recursos tecnológicos aos estudantes, de forma a
despertar o interesse deles e engajá-los no aprendizado.
Palavras-chave: Aulas Remotas, Informática Básica, Cetam.

818. 818
Figura 1 – Tecnologia, educação e motivação
nas aulas de educação profissional.
REFERÊNCIA
LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo. Ed.34, 2010.
SOBRE O AUTOR
Sebastião da Silva Alves tem 60 anos é
Casado e graduado em Norma Superior
pela Universidade do Estado do Amazo-
nas (UEA), pólo Urucará, 2005, Pós-gra-
duando em Tecnologias Educacionais
para Docência em Tecnologia Profissio-
nal e Tecnológica (UEA/Cetam), mes-
trando em Educação com Especializa-
ção nas TICs (Funiber/Universidad Europea del Atlántico e
colaborador do Cetam/Am.

819. 819
SABERES AMAZÔNICOS: IDENTIFICAÇÃO E
CLASSIFICAÇÃO DE PLANTAS UTILIZADAS
COMO MEDICAMENTOS ALTERNATIVOS PARA
TRATAMENTO DE COVID-19 POR FAMÍLIAS DA
COMUNIDADE DA VILA AMAZÔNIA
Centro de Ensino Mediado por Tecnologia
de Parintins – Parintins/AM
Ensino Médio – 2.ª série
Maria Loreto Cunha Teixeira
[email protected]
Introdução – A utilização de plantas na cura e combate de
diversas doenças e dores já foi uma prática muito comum por nos-
sos antepassados, mas, nos dias atuais, essa medicina tradicional
vem se perdendo a cada dia. Com a chegada da pandemia do novo
coronavírus (Covid-19) e a falta de medicação específica para a até
então desconhecida doença, houve na comunidade da Vila Amazô-
nia o resgate da cultura, na utilização de plantas para uso medici-
nal despertando-nos interesse pelo maior conhecimento sobre essas
plantas e a forma como as famílias as utilizam com medicamentos
para prevenção e tratamento da Covid-19. Objetivo – Realizar uma
pesquisa de campo para identificar e classificar as plantas, folhas,
galhos e ervas utilizadas por famílias da comunidade da Vila Ama-
zônia de forma medicinal para tratamento alternativo da Covid-19.
Materiais e Método – Tratou-se de uma pesquisa qualitativa, que
aconteceu no primeiro semestre de 2021, qual envolveu os estu-
dantes da turma 42 do segundo ano tecnológico. A primeira etapa
foi constituída por um conjunto de reuniões, onde foi apresentada
a temática para os estudantes, explanando aquilo que a literatura

820. 820
apresenta, bem como inserindo-os no mundo da pesquisa (Figura
1); na segunda etapa foi a pesquisa de campo, investigando quais
plantas e ervas foram utilizadas como medicamentos naturais para
tratamento de sintomas da Covid-19; na terceira etapa deu-se a clas-
sificação das plantas e ervas evidenciadas na pesquisa, as amos-
tras coletadas foram prensadas, secas e dispostas em uma cartolina,
costuradas com identificação de seus respectivos dados, tais como
nome científico, nome vulgar, data da coleta, nome do coletor e as
observações sobre as mesmas; na quarta etapa aconteceu a apresen-
tação para a comunidade escolar, com as amostras e depoimentos
de pessoas que utilizaram as plantas como medicamentos. Resulta-
dos – Percebeu-se que despertou um maior interesse no resgate da
cultura, valorizando os saberes e conhecimentos do povo da co-
munidade, levando os estudantes pesquisadores a valorizarem sua
cultura e suas raízes. Provocou ainda, nos estudantes, o ímpeto por
produzir pesquisas, por desenvolver ciência. Por fim os resultados
da pesquisa foram expostos à comunidade. Conclusões – A utiliza-
ção de plantas na cura e combate de diversas doenças e dores já foi
uma prática muito comum por nossos antepassados, mas, nos dias
atuais essa medicina tradicional vem se perdendo a cada dia.
Palavras-chave: Plantas Medicinais, Covid-19, Herbário.
Figura 1 – Primeira reunião com estudantes para apresentação
do projeto em sala de aula.

821. 821
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
SOBRE A AUTORA
Maria Loreto Cunha Teixeira, nasceu no
dia 10 de dezembro de 1974, no muni-
cípio de Parintins/AM. Cursou licencia-
tura em Biologia pela Universidade do
Estado do Amazonas (UEA). Está cursan-
do pós-graduação de Tutoria em Educa-
ção a Distância pelo Instituto Pedagógi-
co de Minas Gerais – IPEMIG. Atua
como professora na Seduc-AM no Centro de Ensino Mediado por
Tecnologia de Parintins/AM e na Escola Estadual Senador Álvaro
Maia. Em sua graduação, foi inserida no universo da pesquisa, ten-
do realizado diversos estudos na época. Resumo publicado em
anais de congresso: Identificação Estrutural do Óleo Essencial da
Espécie Osimum basilicum, Conhecida Popularmente como Man-
jericão, In: 62.ª Reunião Anual da SBPC. Amante da natureza,
acredita que toda forma de vida deve ser respeitada.

823. 823
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO: CRIANDO E
RECRIANDO TEXTOS E CONTEXTOS
Complexo Municipal de Educação Especial
André Vidal de Araújo
Ensino Fundamental – Anos Finais – 8.º ano
Ozivane Monteiro dos Santos
[email protected]
Introdução – Visando suprir uma necessidade emergencial es-
colar do alunado em tempos pandêmicos, e considerando o valor
das tecnologias de comunicação, criou-se o projeto Tecnologia na
Educação: Criando e Recriando Textos e Contextos, na premissa de
possibilitar o desenvolvimento da aprendizagem do estudante no
que se refere às capacidades de lidar com o universo da comunica-
ção linguística. Essa proposta originou-se com a finalidade de pres-
tar suporte especializado para o bom desempenho do aprendente
com deficiência no ensino das competências linguísticas, conforme
MEC/CNE (2009), art.2, resolução 04, que orienta o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), que tem como função completar
ou suplementar a formação do estudante, fornecendo serviços, re-
cursos e estratégias sem barreiras, eliminando os obstáculos à plena
participação dos estudantes na sociedade e no desenvolvimento da
aprendizagem. Nos dias atuais, vivemos um tempo pandêmico, as
aulas presenciais foram suspensas, carecendo manter o isolamento
social e manter o trabalho de forma on-line. Quando chegou a nós
a informação de que teríamos que ministrar aulas por intermédio
dos recursos midiáticos, ficamos a pensar sobre quais possibilidades
poderiam ser utilizadas para atender o objetivo em questão, então,
vários meios foram testados, mas o que nos residiu de forma exitosa

824. 824
foi a experiência de ensino utilizando a plataforma on-line Google
Meet (Figura 1), que nos empoderou na aplicação do ensino, visto
a sua praticidade em ser utilizada em qualquer tipo de celulares,
tablets, notebooks ou desktops, além de favorecer as realizações de
aulas e reuniões por videoconferência, com alta qualidade de áudio
e vídeo, comportando os participantes on-line ao mesmo tempo.
Isso nos ajudou grandemente nessa missão, tornando possível reali-
zação as aulas, mesmo a distância, mantendo-nos em unidade, pro-
fessor, estudantes e família todos conectados ao mesmo tempo e no
mesmo objetivo. Objetivo – Possibilitar a prática de criar e recriar
de textos e contextos utilizando os meios midiáticos para aquisição
da aprendizagem. Materiais e Método – A metodologia usada no
acompanhamento desse projeto foi dividida em vários momentos.
No primeiro instante, o estudo de campo deste projeto foi realizado
junto ao professor e estudantes. No segundo momento, a identifica-
ção da necessidade dos estudantes e os recursos midiáticos a serem
utilizados. No terceiro momento, deu-se o início do trabalho com
os estudantes, nos dias correspondentes às terças e quintas-feiras, no
turno matutino; as aulas ocorreram de forma on-line, de forma expo-
sitiva, dialogada e compartilhada, com exibição de recursos midiá-
ticos, como: imagens, vídeos, textos e contextos nas realizações das
tarefas. Iniciando sempre as aulas com uma acolhida ou um vídeo
direcionado ao contexto de estudo, em seguida, a apresentação do
tema, objeto de estudo. Nessa proposta, foram trabalhados gêne-
ros textuais, como: conto, fábula, tirinhas, lenda (como vídeo “O
cavalo e o burro”, 2021) notícia, cardápio de restaurante, rótulos,
lista de compras, entre outros. De forma simples e pontual, esse
material agradou os estudantes, que realizaram de forma exitosas as
atividades (Figura 2). Resultados – Consideramos que essa proposta
fomentou o incentivo ao estudante para o cultivo da escrita, leitura
e de produções de textos, bem como contribuiu para o aumento da
capacidade verbal, visual, memorativa e imaginativa, além disso, a
capacidade de criar e recriar textos e compreender o contexto do
assunto estudado, conduzindo-os aos aprimoramentos das compe-

825. 825
tências linguísticas. Os trabalhos foram realizados de forma coope-
rativa, cultuando a troca de ideias e experiências, além de ter sido
composto pelo uso de metodologias diversificadas. Durante o ensi-
no, viu-se o engajamento dos estudantes, uma vez que o mesmos
conseguiram dar um salto no placar para o nível de conhecimento,
pois, o desejo de querer aprender tornou-se espontâneo. Uma mãe
relatou que o horário disposto pelo Proale tornara-se o melhor horá-
rio do dia para o estudante e outros que já dormiam, manifestando
o desejo de estar na aula. Esse trabalho enfatizou a integração do
alunado a diferentes propósitos educativos, proporcionando-lhes
condições de encontro com o verdadeiro sentido do prazer da in-
teração com a leitura e escrita, expressão que rege a voz do sujeito.
Dessa forma, tornaram-se hábeis no exercício da leitura e da escrita.
Conclusões – O CMEE trabalha programas para manter a escola in-
tegradora, inclusiva, que é baseado no Plano de Desenvolvimento
da Educação Lei n.º 10.172/2001. Dada as observações, podemos
relatar que o projeto abordando os gêneros textuais proporcionou
aos estudantes um grande aprendizado na oportunidade de utilizar
a Língua Portuguesa nas mais diversas formas de comunicação e
integração ao convívio escola e comunidade.
Palavras-chave: Educação, Gêneros Textuais, Tecnologia.
Figura 1 – Trabalho telepresencial utilizando
a plataforma on-line Google Meet.
Figura 2 – Aplicação dos gêneros
textuais.

826. 826
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n
o
10.172, de 9 de janeiro de 2001. Aprova o Pla-
no Nacional de Educação e dá outras providências. Disponível
em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_ 2001/ l10172.
htm>. Acesso em 17 jun., 2021.
ELEVA PLATAFORMA. 2021. Metodologia de Ensino: tudo o que
você precisa saber sobre o tema!. Blog eleva plataforma. Disponí-
vel em <https://blog.elevaplataforma.com.br/ metodologia-de-en-
sino/>. Acesso em 11 jun., 2021.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CONSELHO NACIONAL DE EDU -
CAÇÃO (MEC/ CNE). Resolução n.º 4, de 2 de outubro de 2009. Insti-
tui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especia-
lizado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília,
DF: MEC/CNE, 2009. Disponível em <http://portal.mec.gov.br/dmdo-
cuments/rce b004_09.pdf>. Acesso em 11 jun., 2021.
O CAVALO E O BURRO. [S. l.: s. n.º], [2021]. 1 vídeo (3 min 29s).
Publicado pelo canal Mundo Das Crianças TV. Disponível em <ht-
tps://www.YouTube.com/watch?v=lo8MkTS_ WS8>. Acesso em 10
de jun., 2021.
SOBRE A AUTORA
Ozivane Monteiro dos Santos, amazo-
nense, natural de Lábrea. Licenciada em
Letras, Língua Portuguesa e suas Litera-
turas (UniNorte). Especialização em Me-
todologia de Ensino de Língua Portugue-
sa e suas Literaturas (UEA), em Políticas
Públicas e Contextos Educativos (FAR),

827. 827
Educação Inclusiva, Especial e Políticas Públicas de Inclusão
(FAEL), formação em Atendimento Educacional Especializado rea-
lizado pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e em Tec-
nologia de Informação e Comunicação Acessível (UFRGS). Atual-
mente exerce a função de professora integrante do Programa de
Alfabetização, Leitura e Escrita – Proale, no Complexo Municipal
de Educação Especial (CMEE), atua como Assessora Pedagógica de
estudantes inclusos e realiza formação de professores da Secretaria
Municipal de Educação de Manaus (Semed). Formadora Educacio-
nal no Projeto Arumã, do Instituto Federal do Amazonas (Ifam).
Atuou como professora no curso de Pedagogia ministrando a dis-
ciplina de Educação Especial no Plano Nacional de Formação de
Professores da Educação Básica – Parfor – pela Universidade do
Estado do Amazonas – UEA. A professora Ozivane Santos, para
concluir essa pequena biografia, deixa a seguinte mensagem: a
plataforma da solução é o conhecimento em ação.

829. 829
STORYBOARD COMO FERRAMENTA DE ENSINO,
APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO NA DISCIPLINA
DE PORTUGUÊS INSTRUMENTAL NOS CURSOS
TECNOLÓGICOS NO CETAM -AM
Instituto Benjamin Constant – IBC/Centro de
Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Vanderléia Souza Pontes
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – A educação globalizante abrange vários tópicos,
e um deles destaca que é papel do professor criar um ambiente de
sala de aula, repleto de possibilidades para descoberta de conhe-
cimentos globalizantes. O Storyboard é um guia de planejamento
de projeto, ele é o script de um plano de aula. Para projetos mais
simples, anotações quadro a quadro e desenhos podem servir para
projetos com uso de multimídia ou produção de vídeos, para dimi-
nuir a ocorrência de erros durante a produção e desenhar quadro
a quadro a sequência de cenas. O Storyboard em nosso projeto
foi utilizado como uma história multimídia; é uma combinação de
vídeo, texto, fotos, áudio, gráficos e interatividade, apresentada em
formato não linear, em que cada informação dada em cada meio é
complementar, e não redundante. Objetivo – Ao iniciar um projeto
de construção de objetos de aprendizagem utilizando o Storyboard,
é preciso primeiramente organizar-se, levando em consideração
algumas peculiaridades, a saber: a) para quem se destina; b) que
conteúdo será estudado por meio dele; c) onde será utilizado (será

830. 830
para aulas a distância ou para aulas presenciais); d) o que se pre-
tende, que o estudante aprenda ou sistematize por meio do seu
uso (objetivos). Portanto, ao criarmos objetos de aprendizagem,
além de respondermos as questões propostas, precisamos assegu-
rar que haja comunicação clara entre o grupo de trabalho, até que
se obtenha o produto final. Materiais e Método – Roteiros escritos
e Storyboards; podemos escrever um roteiro textual que apresen-
te o que o objeto conterá, ou seja: textos, imagens, atividades, a
forma como serão apresentados estes elementos e as indicações
técnicas para a orientação da equipe de produção. Na disciplina
de português instrumental, o Storyboard tem por origem as ano-
tações e desenhos que os diretores cinematográficos faziam das
cenas a serem filmadas, e prendiam em quadros nas paredes dos
estúdios para conhecimento da equipe de filmagem. Visualizar um
filme por meio de um roteiro é complexo, e é por este motivo que
surgiu o Storyboard, que é o roteiro desenhado em quadros, seme-
lhante aos quadrinhos, porém, os quadrinhos não possuem balões
de fala. Traduzindo, story significa história, enquanto board, nesse
contexto, quadro. A tradução deste contexto para aplicar com o
estudante em sala de aula se justifica pelo fato dos artistas/diretores
de cinema esboçarem o roteiro e os fixarem em uma placa com ta-
chinhas. O Story é uma ferramenta que auxilia o cineasta (estudan-
te) no delineamento de suas atividades. As sequências de desenhos
usados para definir e pré-visualizar filmagens, sejam filmes, seja
sequências curtas, é uma sequência de cenas muito utilizada na
publicidade, animações e em cinema em geral. A primeira vista, o
Storyboard parece ser uma história em quadrinhos. Apesar de não
ser uma HQ propriamente dita, por não possuir balões, nem se
destinar a reprodução, preserva a característica da reprodução em
quadros. Resultados – A proposta apresentada nesse artigo foi uti-
lizada pelas educadoras como forma de firmar o desenvolvimento
colaborativo de software educativo na disciplina de português ins-
trumental nos cursos tecnológicos do Cetam-AM e, consequente-
mente, oferecer reformulações importantes para o melhoramento

831. 831
dos Objetos de Aprendizagem Implementados (OAI). Salientamos
que o Storyboard é apenas uma fase no desenvolvimento colabo-
rativo nas aulas de Português Instrumental, e que ele, juntamente
com todas as outras documentações, são desenvolvidos e lapida-
dos com a participação de todos os envolvidos no processo. Des-
te modo, a metodologia colaborativa é incentivada por meio de
ambientes que possibilitam a comunicação e a troca de ideias.
Conclusões – É nesse âmbito que a proposta de desenvolvimento
colaborativo se faz presente, indicada aqui, a fim de produzir soft-
wares que atendam às necessidades reais focadas em determina-
dos conteúdos da disciplina de português instrumental nos cursos
tecnológicos do Cetam – AM. Os resultados obtidos se mostraram
positivos, uma vez que os estudantes projetaram coesamente as
atividades dos Storyboards. Nessas aplicações, foram envolvidos
50 estudantes. As aplicações foram realizadas com intuito de des-
tacar as novas formas de aprender e ensinar os conteúdos. No de-
senvolvimento do Storyboard, professores e estudantes trocam um
fluxo contínuo de informações, enviando e recebendo versões de
conteúdos conexos.
Palavras-chave: Storyboard, Português Instrumental, Tecnologias,
Aprendizagem.
Figura 1 – Apresentação realizada sobre a disciplina
de Português Instrumental

832. 832
REFERÊNCIA
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. As tecnologias touch
screem na educação. Disponível em: Google Académico - http://
scholar.google.com.br › citations. Acesso em: 26/05/2021.
SOBRE A AUTORA
Vanderléia Souza Pontes, formada pela
Universidade Nilton Lins em Licenciatu-
ra Plena em Letras (Língua Portuguesa),
pós-graduanda em Tecnologias Educa-
cionais para a Docência em Educação
Profissional e Tecnológica – Universida-
de do Estado do Amazonas e colabora-
dora educacional do Centro de Educa-
ção Tecnológico do Amazonas no IBC
– Instituto Benjamin Constant.

833. 833
AS PERSPECTIVAS PRÁTICAS DO HOMEM DO
CAMPO NA PRESERVAÇÃO DAS MATAS CILIARES
DA COMUNIDADE DO MATO GROSSO – GLEBA
VILA AMAZÔNIA
Centro Mediado por Tecnologia de Parintins
– Parintins/AM
Ensino Médio – 3.ª série
Tarcísio de Souza Santos
[email protected]
Introdução – O meio ambiente pode ter diversos conceitos,
que são identificados pelos componentes que fazem parte dele. Um
deles é a ecologia, que é o sistema em que se desenvolve a vida de
um tipo organismo, ou seja, existem diversos tipos de ecossistema
em que os organismos vivem. No meio ambiente existem vários fa-
tores externos que têm influência sobre a vida dos organismos, e
dentro deles está a preservação do meio ambiente que é o foco
maior no projeto. A preservação do meio ambiente, depende mui-
to da sensibilização e participação de todos os indivíduos de uma
sociedade. A cidadania para a preservação do meio ambiente deve
contemplar atividades e noções que contribuem para a conservação
do meio ambiente. Desta forma, é importante instruir e educar os ci-
dadãos de várias idades, por meio de formação de conscientização
nas escolas. Vamos trabalhar a educação ambiental, pois muitos co-
munitários que moram na margem do lago queimam e desmatam as
matas ciliares, que são que suma importância para a existência da
nascente do lago. Trabalhar a sustentabilidade é um dos fatores mais
importantes para garantir a preservação do meio ambiente junto com
comunidade e escola. A sustentabilidade se refere às diversas medi-

834. 834
das e estratégias que podem ser adotadas pela sociedade para que o
meio ambiente seja preservado e seja considerado sustentável. Isso
significa que devem ser encontradas formas de ação que permitam
a coexistência das pessoas com a preservação do meio ambiente
para que os recursos naturais não se esgotem. Objetivo – Mostrar as
perspectivas dos comunitários com a preservação das matas ciliares
do lago da comunidade do Mato Grosso – Gleba Vila Amazônia.
Materiais e Método – Este estudo foi realizado na comunidade do
Mato Grosso – Gleba Vila Amazônia. Para o desenvolvimento do
projeto, foi realizado uma pesquisa bibliográfica e desenvolvido um
estudo de caso, foram utilizados procedimentos como observação,
análise de questionários, aplicados para 35 famílias que moram na
comunidade do Mato Grosso (Figuras 1 e 2). Resultados – No de-
correr da pesquisa podemos observar que os moradores no início
estavam com vergonha de responder os questionários, pois é a pri-
meira vez que é realizado projeto de pesquisa na comunidade. Mas,
compreendemos que a Educação Ambiental é uma prática social
para o aperfeiçoamento da população interessada no debate e dis-
cussão de forma ampla, dos interesses, necessidades e exigências da
comunidade. Ela atua primeiramente na sensibilização, e posterior-
mente promovendo a difusão de saberes, propiciando a melhoria da
qualidade de vida de forma sustentável. Perante isso, podemos notar
as perspectivas dos comunitários quando o assunto é preservação
das matas ciliares do lago da comunidade do Mato Grosso – Gleba
Vila Amazônia, pois, os objetivos foram alcançados. Conclusões –
A partir do exporto, nota-se a grande importância de trabalhar as
perspectivas do homem do campo na preservação, pois o projeto
despertou o interesse da comunidade na preservação das matas ci-
liares. Trabalhar os estudantes na escola é um papel fundamental na
conscientização para um futuro melhor a educação ainda faz gran-
des cidadão. Portanto, a educação ambiental é o ponto primordial
na busca de conhecimento para uma futura geração.
Palavras-chave: Preservação, Matas Ciliares, Vila Amazônia.

835. 835
Figura 1 – Resultado da pesquisa realizada.Figura 2 – Realizando a pesquisa.
REFERÊNCIAS
BOGDAN, R.C.; BIKLEN, S. K. Investigação Qualitativa em Educa-
ção: uma introdução à teoria e aos métodos. Lisboa: Porto Editora,
1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
SOBRE O AUTOR
Tarcísio de Souza Santos nasceu em 19
de agosto de 1981, na cidade de Parin-
tins-AM, e formou-se em 2007 na Uni-
versidade do Estado do Amazonas /UEA.
Atualmente é professor do Centro Me-
diado por Tecnologia de Parintins.

837. 837
JOGOS DIGITAIS ELABORADOS NO
POWERPOINT COMO FERRAMENTA DE
APRENDIZAGEM NA PRÉ -ESCOLA
Centro Municipal de Educação Infantil Paulo
Herban Jacob
Educação Infantil – 2.º período
Sonaia Barroso Peres e Silva
[email protected]
Introdução – A geração que hoje integra a pré-escola é uma
geração que nasceu conectada as tecnologias. É fato que nem
todas as famílias dispõem de recursos financeiros para propor-
cionar às suas crianças o mínimo de contato com meios tecnoló-
gicos, como laptops, smartphones e softwares de jogos digitais.
Assim, a escola tem papel fundamental em oportunizar o contato
da criança com a tecnologia, a fim de contribuir para o desenvol-
vimento de suas competências, habilidades e aquisição de novos
conhecimentos. A Base Nacional Comum Curricular (2018), ao
explanar a competência 5, que compõe as competências gerais
da Educação Básica, nos mostra que utilizar as tecnologias como
ferramenta de ensino e aprendizagem vai além dos muros da es-
cola, pois perpassa pela aquisição de direitos e inclusão social.
Objetivo – Inserir os jogos digitais elaborados no PowerPoint na
vida escolar das crianças da pré-escola, estimulando a curiosida-
de, a criatividade e a aprendizagem. Materiais e Método – Em
2020, devido a pandemia da Covid-19, utilizamos como nunca
as tecnologias para interação e comunicação. Durante a maior
parte do referido ano mantivemos contato com as crianças e suas
famílias por meio de aplicativos de mensagens. Assim, em con-

838. 838
sonância com a Proposta Pedagógico Curricular do Município
de Manaus (2016), no decorrer do ano letivo de 2020 desen-
volvemos jogos digitais elaborados no PowerPoint, buscando
proporcionar às crianças experiências significativas por meio de
recursos tecnológicos e midiáticos, pois “esses recursos facilitam
o envolvimento das crianças em diversas experiências, instigan-
do-as a usá-los de forma lúdica para ampliação de seus saberes,
tornando-se mais uma forma de expressão e exploração do mun-
do” (Manaus, 2016). Visando também garantir o direito das crian-
ças de acompanhar as atividades de acordo com os recursos que
dispunham, tendo em vista que algumas famílias não tinham ma-
terial, como: caderno, lápis, borracha entre outros, mas ao baixar
os jogos no celular tinham contato com as mesmas atividades
propostas, porém, sem precisar de recurso material. Na primeira
etapa a professora de referência pesquisou e acompanhou vários
tutoriais de como elaborar os jogos digitais no PowerPoint. Na
segunda etapa a professora estabeleceu um cronograma contem-
plando as datas e temas que iria trabalhar utilizando os jogos
como recurso, estes, desenvolvidos com temas diversificados,
relacionados a datas comemorativas, tais como: Dia Mundial
da Água, aniversário de Manaus, Semana do Folclore e Semana
Nacional do Trânsito; outros temas abordavam as histórias tra-
balhadas previamente, bem como as vogais, numerais e cores.
Além dos temas diversificados, elaboramos jogos com diferentes
formas de jogar, tais como: quiz, adivinhas, quebra-cabeça e ro-
letas divertidas. Vale destacar que foi levado em consideração o
tempo de duração dos jogos para que as crianças não ficassem
muito tempo em frente às telas. Outro ponto a ser ressaltado foi
a orientação que a professora repassou aos pais quanto a postura
corporal das crianças no momento de jogar. Na terceira etapa
os jogos foram disponibilizados às crianças por meio de apli-
cativos de mensagens. Na quarta etapa a professora observou a
aceitação e a participação das crianças nas atividades: o entu-
siasmo foi notório desde o primeiro jogo, as crianças demonstra-

839. 839
ram bastante interesse e aguardavam ansiosos pelo próximo jogo.
Algumas famílias apresentaram certa dificuldade em manusear
os jogos, em outros momentos as famílias estavam sem Internet,
mas esses obstáculos foram sanados com a ajuda da professora
de referência, que disponibilizou tutoriais e enviou os jogos por
e-mail. Dessa forma, toda a turma de 24 crianças participou das
atividades envolvendo os jogos digitais, os responsáveis envia-
vam as devolutivas à professora de referência por meio de fotos,
demonstrando as crianças brincando com os jogos. (Figura 1).
Resultados – Por meio dos jogos digitais elaborados no Power-
Point as crianças ampliaram seus conhecimentos e acessaram
uma nova forma de aprender, de superar desafios e de brincar.
Além das crianças da turma da professora, os irmãos e primos
também tiveram acesso aos jogos, conforme relato pelos respon-
sáveis. Nesse sentido, as crianças foram multiplicadoras de infor-
mação e conhecimento. A professora também disponibilizou os
jogos para as demais turmas do CMEI Paulo Herban Jacob, bem
como para outras unidades de ensino, e participou de uma tarde
de formação com professoras de outros CMEI’s que fazem parte
da DDZ Norte, compartilhando seus conhecimentos e demons-
trando como elaborar jogos digitais no PowerPoint. Desse modo,
os objetivos do projeto foram alcançados, e podemos dizer que
superados, pois foi pensado para um grupo, mas alcançou tantos
outros. Conclusões – Com o auxílio da tecnologia foi possível
manter o contato com as crianças e suas famílias no período de
atividades remotas. No decorrer do projeto ficou evidente que a
tecnologia veio contribuir para o desenvolvimento das crianças
se considerarmos que a utilização da mesma tenha planejamento
e intencionalidade.
Palavras-chave: Jogos Digitais, Ferramenta de Aprendizagem,
Pré-escola.

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Figura 1 – Crianças interagindo com os jogos digitais no ambiente doméstico.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
Manaus, Prefeitura de. Proposta pedagógico-Curricular de Educa-
ção Infantil, creche/pré-escola, 2016.
SOBRE A AUTORA
Sonaia Barroso Peres e Silva nasceu em
21 de fevereiro de 1989, na cidade de
Manaus-Am, e formou-se em 2013 no
curso de Licenciatura em Pedagogia no
Centro Universitário do Norte. Servidora
efetiva da Semed/Manaus desde 2014,
busca desenvolver projetos na Unidade
de Ensino na qual atual, com a finalidade
de contribuir para o desenvolvimento o integral das crianças, pois
acredita que a educação é um instrumento de transformação social.

841. 841
A UTILIZAÇÃO DA METODOLOGIA STEAM NA
MATEMÁTICA COM MATERIAIS RECICLADOS NO
5.º ANO
Escola Municipal Francisco Maia de Amorim
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 5.º ano
Ricardo Cesar Barbosa Leite
[email protected]
Introdução – O projeto teve como finalidade facilitar o pro-
cesso de ensino-aprendizagem na Matemática, pois no Ensino
Fundamental, vários desafios se impõem ao aprendizado da disci-
plina, constatado por meio das avaliações diagnósticas realizadas
nas escolas: dificuldades em raciocínio lógico, leitura e interpre-
tação de situações problemas e ausência de conhecimentos bási-
cos sobre as quatro operações, nessa perspectiva, a metodologia
Steam leva o estudante a criar, construir, aprimorando seus co-
nhecimento de maneira prazerosa, criativa e reflexiva no contexto
diário, motivando o estudante ao raciocínio lógico. Steam é uma
metodologia ativa que procura trabalhar de forma interdisciplinar
buscando a investigação, descobrimento, conexão, criação e re-
flexão dos estudantes nos conteúdos das áreas do conhecimen-
to. O processo busca a autonomia do estudante onde o professor
se torna um mediador, porém, não deixando de ser importante
nessa construção do conhecimento. Essa metodologia surgiu nos
Estados Unidos na década de 90, buscando trabalhar Ciências,
Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática. Objetivo – Analisar o
desempenho dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem
na disciplina de Matemática por meio da construção de jogos com
materiais reciclados, envolvendo a metodologia Steam para facili-

842. 842
tar o processo de aprendizagem com os estudantes do 5.º ano do
Ensino Médio da Escola Estadual Francisco Maia Amorim. Mate-
riais e Método – A pesquisa foi crítica, por meio do método dialé-
tico com uma abordagem qualitativa, em que os estudantes atua-
ram mediante a um problema envolvendo o ensino da matemática
num contexto social, pois segundo Gil (2007): é um método de
interpretação dinâmica e totalizante da realidade. Considera que
os fatos não podem ser considerados fora de um contexto social,
político, econômico, etc. Empregado em pesquisa qualitativa (GIL,
2007; LAKATOS; MARCONI, 2003). Como instrumento de coleta
de dados, foi produzido um portfólio como produto do trabalho
desenvolvido, mostrando os estudantes com a mão na massa (Figu-
ras 1 e 2). A pesquisa abordou a dificuldade dos estudantes no en-
sino da matemática, sendo facilitado esse aprendizado mediante
uma metodologia ativa, a Steam, com o uso de material reciclado,
construindo jogos utilizando materiais reciclados para compreen-
der conteúdos de matemática, como: as quatro operações; sistema
de numeração decimal; geometria, fração, situações problemas
do contexto diário, entre outros, de maneira coletiva. Os mate-
riais que foram utilizados no desenvolvimento do projeto para a
construção dos jogos foram: papelão, forma de ovos, garrafa PET,
tampinhas de PET, entre outros. Resultados – Os resultados foram
satisfatórios, pois 90% dos envolvidos desenvolveram aprendiza-
gem dos conteúdos trabalhados, constatado nas avaliações bimes-
trais e nas atividades realizadas em sala de aula. Segundo relato
dos estudantes, “eles se sentiram motivados a apreenderem, pois,
ao construírem e produzirem, precisavam se envolver no processo,
o que era divertido”. Esta pesquisa contribui tanto para verificar a
forma de aprender dos estudantes, pois cada um tem seu méto-
do de estudar, como mostrar ao professor uma metodologia nova
para ensinar matemática. Conclusões – O trabalho desenvolvido
foi inovador, pois se pôde trabalhar os conteúdos de matemáti-
cas na prática, na construção de jogos com materiais reciclados,
mostrando que muitos dos objetos que são jogados no lixo podem

843. 843
se transformar em algo para o aprendizado colaborando com a
preservação do meio ambiente, enfatizando questões ambientais.
Palavras-chave: Metodologia Steam, Matemática, Materiais
Recicláveis.
Figura 1 – Alunos com a mão na massa.
Autor: o próprio professor.
Figura 2 – Alunos com a mão na massa.
Autor: o próprio professor.
REFERÊNCIAS
Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Brasí-
lia, 2017.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 2007.
LAKATOS, E. M. de A.; MARCONI, M. de A. Fundamentos da me-
todologia científica. São Paulo: Atlas, 2003.
Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Básica. Ministério
da Educação. Brasília, 1998.

844. 844
SOBRE O AUTOR
Ricardo Cesar Barbosa Leite, nascido no
dia 07/12/1969, graduado em Pedagogia
pela Faculdade Educacional da Lapa-
-Fael. Especialista em Letramento Digital
pela Universidade Estadual do Amazo-
nas – UEA. Professor regime RDA (Regi-
me de Direito Administrativo) da Secre-
taria Municipal de Educação de Manaus
– Semed. E-mail: [email protected]/[email protected];
trabalha na Escola Municipal Francisco Maia de Amorim desde de
2018, professor de 1.º ao 5.º ano das séries Iniciais do Ensino Fun-
damental. Projeto realizados na Escola: Laboratório de sílabas; Tra-
balhando Matemática com Formas Geométricas de Papelão; Ope-
rações fundamentais com Matérias Reciclados; Formas e Cores
com Tampinhas de PET Envolvendo Matemática; Roleta do Trânsi-
to; Arte Cênica Interdisciplinar. Endereço para acessar este CV:
http://lattes.cnpq.br/7911802391928552. E por fim, gostaria de
agradecer a Deus pela vida e à minha família pelo apoio. Segundo
Bill Gates: “Não desista nas primeiras tentativas, a persistência é
amiga da conquista”.

845. 845
O USO DE JOGOS COM TECNOLOGIA
ASSISTIVA NA APRENDIZAGEM DE PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA VISUAL
Centro de Convivência da Família Teonízia Lobo/Centro
de Educação Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Tássia Patricia Silva do Nascimento
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – O uso de jogos com Tecnologia Assistiva (TA)
na aprendizagem de pessoas com deficiência visual nos permite
delinear que nossos estudantes com qualquer deficiência, inde-
pendentemente de suas condições físicas, sensoriais, cognitivas
ou emocionais são pessoas que têm necessidades e possibilida-
des de conviver, interagir, trocar, aprender, brincar e serem feli-
zes, embora, algumas vezes, por caminhos ou formas diferentes.
Essa forma diferente de ser e agir é que as torna singulares. Traba-
lhar com os estudantes que apresentam dificuldades acentuadas
no processo de desenvolvimento e aprendizagem é um grande
desafio, com o qual podemos aprender e crescer como pessoas
e profissionais, buscando compreender e ajudar o outro. Falar e
escrever são uma das características da comunicação humana, e
muitos de nossos estudantes utilizam diversos sinais e movimen-
tos que representam algo que sentem, e compete a todos nós ter
holística pedagógica as diversas formas de se comunicar. O olhar
pedagógico globalizante estreita laços e representam situações
que envolvem, neste caso, educador e estudante em uma rela-

846. 846
ção que depende da comunicação plena para se estruturar. Neste
sentido damos destaque ao programa Braille Fácil que permite a
criação de uma impressão Braille coesa e eficaz. Objetivo – A
construção de conhecimento no uso de jogos com Tecnologia
Assistiva (TA) na aprendizagem de pessoas com deficiência visual
tem como objetivo disponibilizar o conhecimento sobre educa-
ção inclusiva para todas as pessoas interessadas e impactadas por
esse tema. Materiais e Método – No contexto metodológico das
práticas pedagógicas com os jogos pertinentes às Tecnologias As-
sistivas (TA), à mediação das educadoras envolvidas no projeto,
foi de fundamental importância, no que se refere às propostas
educacionais apresentadas aos seus educandos. Os esforços por
uma educação plena e com visão ampla e inovadora, para aten-
der as especificidades dos estudantes, foram de grande valia. As
Tecnologias Assistivas (TA) e as tecnologias assistivas no processo
de ensino e aprendizagem nos permitiram delinear planejamen-
tos e atividades utilizando: Dosvox, Jaws, Job Acess With Speech,
NVDA e Virtual Vision, entre outros. O uso das tecnologias assis-
tivas é muito importante nas escolas, pois elas são auxiliadoras
do desenvolvimento de cada estudante (Figura 1). Resultados – É
inegável a importância da tecnologia para a transformação do
contexto pedagógico escolar, ela facilita processos, encurta dis-
tâncias, acelera as comunicações e gera resultados rápidos de
habilidades. Com o poder de romper barreiras ora intransponí-
veis, a Tecnologia Assistiva (TA) é uma grande aliada da inclusão
e possibilita amplo acesso a produtos e serviços. As TAs proveem
conforto, segurança e autonomia para que pessoas com deficiên-
cia tenham uma vida melhor, por meio da educação inovado-
ra, fincada com um olhar no futuro. De acordo com Ischkanian
(2017), a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano
escolar é muito importante, devido à influência que os mesmos
exercem frente aos estudantes, pois quando eles estão envolvi-
dos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o
processo de ensino e aprendizagem. Conclusões – A construção

847. 847
dos jogos e brinquedos com as Tecnologias Assistivas (TA) que
possuam significados próprios na aprendizagem e consequen-
temente na formação humana, é fator relevante para o desen-
volvimento e a aprendizagem, pois proporciona às pessoas com
necessidades especiais, melhor qualidade de vida, maior inde-
pendência e uma inclusão social com maior mobilidade, melhor
ampliação da comunicação, controle dos seus desejos e senti-
mentos, melhor aprendizado, integração familiar e na sociedade.
Palavras-chave: Jogos com Tecnologia, Construção do Conheci-
mento, Deficiência Visual.
Figura 1 – Apresentação da proposta aos estudantes, com algumas demonstrações.
REFERÊNCIA
ISCHKANIAN, S. H. D. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras
na construção do processo de aprendizagem na educação infantil.
Relem – Revista Eletrônica Mutações, jan–jun, 2017 ©by Ufam/
Icsez.

848. 848
SOBRE A AUTORA
Doutoranda em Biotecnologia com ên-
fase em Gestão da Inovação pela Ufam.
Mestre em Sociedade e Cultura no Ama-
zonas pela Ufam. Especialista em Co-
municação e Marketing em Mídias Digi-
tais, pela faculdade Estácio do Amazonas.
Especialista em Desenvolvimento, Etni-
cidade e Políticas Públicas na Amazônia
pelo Ifam, graduação em Comunicação Social/Publicidade e Pro-
paganda pelo – Ifam. Professora Universitária.

849. 849
PROJETO AULA EM CASA: E-MAIL, UMA
POSSIBILIDADE PARA INVESTIGAR A ABRANGÊNCIA
DO FAZER DAS AULAS DE ARTE
Centro de Mídias e Educação do Estado do
Amazonas – CEMEAM
Estudantes do Projeto Aula em Casa
Lúcia Regina Silva dos Santos
[email protected]
Introdução – A elaboração dessa investigação possibilitou
realizar este relato de experiência, que se concretizou a partir da
inquietude em relação a um “vazio” profissional, em virtude de
não ser possível acompanhar, auxiliar e verificar o desenvolvimen-
to das atividades práticas solicitadas no Plano de Aula do compo-
nente curricular de Arte do Projeto Aula em Casa. Projeto esse que
foi criado em virtude de uma ação emergencial pelo Governo do
Estado do Amazonas com o intuito de reduzir o impacto da pan-
demia da Covid-19 na Educação Básica. Objetivo – Investigar o
desenvolvimento dos estudantes participantes do Projeto Aula em
Casa, tendo como instrumento de análise as atividades práticas
solicitadas nas aulas de Arte. Materiais e Método – Na busca de
obter resultados que respondessem à inquietude em relação ao de-
senvolvimento das atividades por parte dos estudantes participan-
tes do Projeto Aula em Casa, nas aulas de Arte, foi utilizado como
instrumento de coleta o Caderno de Atividades Complementares,
elaborado pelos professores ministrantes de cada componente
curricular. A estrutura do Plano de Aula contém vários elementos,
cada um com uma finalidade pedagógica específica: conteúdo,
dinâmica local interativa, praticando + interatividade (todos estes

850. 850
são trabalhados ao vivo com explanação do conteúdo e questões
objetivas corrigidas no ato da transmissão. Os estudantes, por sua
vez, participam interagindo ao vivo e fazendo uso do chat públi-
co, que também é acompanhado pelos professores ministrantes.
O plano de aula também contempla a Atividade Complementar,
cuja proposta consiste na elaboração de atividades práticas para
os estudantes. E é justo neste item que a investigação tomou for-
ma, causando uma inquietude que necessita de atenção. Segundo
Paulo Freire (1997), a investigação torna a realidade inteligível. O
que é obscuro torna-se “iluminado”. Faz-se necessário, neste mo-
mento, explanar de forma sucinta o processo de elaboração de um
Plano de Aula para uma compreensão satisfatória da investigação.
Ao finalizar as etapas de planejamento, realizado pelo professor, é
utilizado em todo o processo de construção o Google Drive. De-
pois de concluído, o plano de aula é liberado para o parecer peda-
gógico, realizado pela assessoria da Gerência de Ensino Mediado
por Tecnologia – GEMTC. Uma vez aprovado, é liberado para a
Gerência de Mídias e Conteúdos Digitais – GEMCD que, por sua
vez, tem a responsabilidade de fazer a diagramação, enviar para
os professores das escolas e disponibilizar o material produzido
na Plataforma SABER+. Paralelamente, o plano é liberado para a
produtora VAT, especializada em tecnologia de informação e trans-
missão televisiva. Nesse ponto, o plano é transformado em um ro-
teiro televisivo, que passa pelas mãos dos produtores da VAT e dos
professores quantas vezes for necessário, até ser aprovado pelo
professor ministrante e a assessoria pedagógica. Só depois desse
processo pedagógico que é dado por finalizado e transformado em
aula televisiva. A transmissão acontece seguindo um cronograma
de aulas nos estúdios do Centro de Mídias e Educação do Ama-
zonas – Cemeam. As aulas, sempre ao vivo, são disponibilizadas
para os estudantes por meio do aplicativo Aula em Casa, TV Rio
Negro e YouTube. Concomitante à ministração da aula, os profes-
sores acompanham toda transmissão por meio do chat público, es-
clarecendo possíveis dúvidas e questionamentos relacionados ao

851. 851
conteúdo. Após a transmissão, o contato com todo esse material é
“finalizado”. Contudo, se tratando da vertente da investigação, a
inquietação narrada no início do texto, persiste: como esses estu-
dantes desenvolvem as Atividades Complementares? Como obter
o retorno dessas atividades e saber o quanto estão assimilando
nas aulas? Luckesi (2011) afirma que para o educando aprender é
preciso que o conteúdo seja: exposto, assimilado, exercitado, apli-
cado, recriado e criado. Não é intenção do Projeto Aula em Casa
permanecer apenas na elaboração dos conteúdos e resolver ativi-
dades objetivas por meio televisivo. O foco é ir muito mais além e
ter a certeza de que os estudantes assistidos estão se apropriando
da materialidade. Como conseguir tal êxito em um universo atin-
gido por uma trágica pandemia como a do Covid-19? Como inves-
tigar o território do componente curricular de Arte, Materialidade
e Processo de Criação? Entender a inquietude do fazer pedagógi-
co que, segundo Paulo Freire (1997), nenhuma realidade é posta
como definitiva quando há sobre ela uma possibilidade de inter-
venção e inovação. Após inúmeros questionamentos, conclui-se
que é possível investigar usando um dos elementos do documento
padrão plano de aula, espaço este destinado à Atividade Comple-
mentar. Usando o referido elemento no final da orientação da ati-
vidade, é solicitado que estudantes e professores deem um retorno
atendendo o seguinte critério: “Se possível, compartilhe conosco
sua atividade prática, por meio de fotografias, escritos, áudios,
etc. Seria gratificante receber o seu retorno pelo e-mail: lucia@
Seducam.pro.br. Saliento em minha solicitação que não esqueça
de colocar seu nome, nome do seu professor, município e escola
que você estuda. Será uma grande satisfação receber a devolutiva
de sua Atividade Complementar. Aguardo ansiosa sua resposta”.
[...] o termo investigar indica a possibilidade de conhecer alguma
coisa que ainda não é conhecido, ou seja, significa produzir a
compreensão de algo e, em decorrência, desvendar a trama das
relações que constituem o que implica em uma interpretação da
realidade (Luckesi, 2011). Resultados – Utilizar parte do espaço do

852. 852
Plano de Aula que é destinado à Atividade Complementar onde,
a partir do momento que é disponibilizado, apenas os professores
que acompanham as turmas “presencialmente” teriam acesso aos
resultados. Este elemento nos serviu para solicitar uma devolutiva
por meio de fotos, vídeos e desenhos. Dada a conjuntura, está
foi a forma mais viável de averiguar as atividades práticas, além
de obter o retorno do alcance dos objetos desejados (Figuras 1 e
2). Em pouco tempo recebemos inúmeros e-mails que traziam em
seu conteúdo textos e anexos de fotografias, desenhos, textos e
narrativas relacionadas às Atividades Complementares. Alguns dos
envios estão apresentados no Anexo IV como figuras 1 e 2 deste
estudo, validando, assim, a nossa investigação, e principalmente
apontando que essa iniciativa torna nosso caminhar mais coeso
e significativo. Por meio de cada e-mail recebido com atividades
escritas, fotografadas, vídeos, mensagens de estudantes, respon-
sáveis e professores, corroboram com as afirmações de Luckesi
(2011), de que, de fato, sem atividade nada se faz, nem se cria,
uma vez que é por meio da atividade que o sujeito transforma a si
mesmo e o mundo que o cerca, seja material, mental ou espiritual.
Conclusões – Iniciativas que às vezes realizamos com o objetivo
de diminuir nossas inquietudes podem se tornar algo muito maior
que o esperado, pois assim como nós, poderão existir outras pes-
soas, outros profissionais com o mesmo sentimento. Nossa ação
poderá fortalecer as competências e habilidades dos envolvidos,
tornando, o exposto, assimilado, exercitado, aplicado, recriado e
criado; um novo olhar aos objetivos e habilidades. Consoante Co-
lombo; Cardim (2019) “[...] os profissionais que compõem a força
de trabalho de uma instituição de ensino, com suas habilidades
e competências diferenciadas, são os responsáveis não somente
por implantar os planos emanados pela alta administração, mas
também por apontar e ajudar a construir estratégias emergentes”.
Palavras-chave: Projeto Aula em Casa, Cemeam, Atividade
Complementar.

853. 853
Figura 1 – Atividade enviada por aluno.Figura 2 – Atividade enviada
por aluno.
REFERÊNCIAS
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
COLOMBO, S. S.; Cardim, P. A. Nos bastidores da educação bra-
sileira: a gestão vista por dentro. Porto Alegre: Paulus, 2011.
LUCKESI, C. C. Avaliação da Aprendizagem componente pedagó-
gico. 1 ed – São Paulo: Cortez, 2011.
SOBRE A AUTORA
Lúcia Regina Silva dos Santos, natural do
município de Parintins, AM, filha de Ma-
ria do Rosário Silva dos Santos (in me-
moriam). Residente em Manaus, gradua-
da em Licenciatura Plena em Educação
Artística pela Universidade Federal do
Amazonas – Ufam, Pós-graduada em

854. 854
Arte Educação e as Tecnologias Contemporâneas pela Universida-
de de Brasília – UnB, mestre em Docência e Gestão da Educação
pela Universidade Fernando Pessoa – UFP/Portugal e doutoranda
em Distúrbios e Perturbações da Linguagem pela Universidade
Fernando Pessoa – UFP/Portugal. Professora efetiva da Secretaria
de Educação e Cultura do Estado do Amazonas – Seduc. Atual-
mente, atua como professora ministrante no Centro de Mídias de
Educação do Amazonas – Cemeam.

855. 855
O USO DOS MEMES NAS REGRAS DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Escola Municipal Alegria de Saber – Rio Preto da
Eva/AM
Ensino Fundamental – Anos Finais – 9.º ano
Ivanice Cesar Correia Lima
[email protected]
Introdução – Este trabalho foi realizado utilizando as regras de
Língua Portuguesa no aplicativo de produção de memes, o que facili-
tou a aprendizagem dos estudantes do 9.º ano do Ensino Fundamen-
tal, onde os estudantes faziam os seus memes nas suas residências,
porque recebiam todo o conteúdo no WhatsApp do grupo de estudo.
Eram acompanhados pela professora por meio da tecnologia do gru-
po, e a sala de aula ficou para se fazer os ajustes, tirar dúvidas e dar
explicações. Os estudantes buscavam fazer os memes utilizando as
regras gramaticais com humor. A proposta didática ofereceu aos es-
tudantes usarem o aplicativo para memes porque eles já tinham um
prévio conhecimento, por meio das redes sociais e acesso à Internet.
Os estudantes aprovaram esse método pedagógico porque, enquanto
aprendiam as regras gramaticais, se divertiam e desejavam incluir esse
método em outras disciplinas. E no que diz respeito à importância da
regra gramatical, Bueno (1963), por sua vez, conceitua a gramática
como “a ciência que codifica e sistematiza as regras do idioma, ba-
seando-se na observação dos fatos da linguagem viva do país”. Além
das aulas criativas, despertou a curiosidade do estudante e a vontade
de interagir nas aulas. Portanto, houve um bom resultado, a didática
foi aprovada pela instituição e pela professora e assim, houve aber-
tura ser adotada por outros docentes. Objetivo – Conhecer as regras

856. 856
gramaticais com ajuda da tecnologia dos memes, analisando o uso
dos memes nas aulas de regras gramaticais e usando os memes como
ferramenta pedagógica. Materiais e Método – A pesquisa foi quan-
titativa, e as aulas foram desenvolvidas da seguinte forma: primeiro,
foi aplicado um questionário onde os estudantes falaram de suas di-
ficuldades com o celular por falta de Internet no momento das aulas;
segundo, foi apresentado o projeto, e junto foi formado um grupo de
estudo no WhatsApp, onde os assuntos eram passados à turma para
eles produzirem seus memes nas suas casas, nas quais tinham acesso
à Internet, pois de acordo com Chagas et. al. (2015), “Ao contrário do
que muitos pensam, os memes já existiam antes da era virtual. Embo-
ra esse fenômeno sempre tenha feito parte de nossa sociedade, auto-
res como Limor Shifman argumentam que a Internet exerceu um im-
portante papel nos aspectos fundamentais dos memes [...]”; terceiro,
eles faziam seus memes e enviavam no grupo para serem corrigidos;
e por fim, a sala de aula ficou somente para os ajustes. Os estudantes
tiveram os assuntos sobre regras gramaticais, dando sequência com
as pesquisas de imagens, a fim de criarem suas frases. O momento
de produção dos memes sempre era realizado, pelos estudante em
suas respectivas casas, intermediado pelo acesso à Internet. Em outro
instante, já em sala de aula, os memes produzidos eram apresenta-
dos, para as suas correções, por meio do Datashow. O aplicativo de
produção de memes facilitou o ensino de Língua Portuguesa tanto
para a professora como para os estudantes, pois, segundo Recuero
(2011), “[...] assim, quando se observa a propagação de uma hashtag,
observa-se também a propagação de um Meme, suas apropriações e
recombinações. E podemos ver claramente como diferentes Memes
propagam-se também de forma diferente [...]”. Resultados – Com o
aplicativo, os estudantes aprenderam as regras de Língua Portuguesa
com maior precisão. Essa potencialidade está no domínio do assunto,
para depois criar uma frase de acordo com o assunto estudado, que
levava à produção no aplicativo de memes. Isto é ter domínio do as-
sunto dado em suas mãos diante de um estudo e prática fora e dentro
da escola. Como se tem visto nas salas de aula, com o acesso, bem

857. 857
mais frequente da Internet foi possível utilizar os memes nas aulas de
gramática em Língua Portuguesa (Figuras 1 e 2). De fato, como afirma
Gomes (2016), “A escola nos dias atuais, é desafiada a compreender
o mundo complexo e caótico das relações humanas no trabalho e na
educação e se reinventar, para continuar mantendo sua importância,
que vai além da acreditação e da distribuição de diplomas”. Com
isso, é necessário acompanhar a tecnologia e usá-la a favor do mo-
mento na sala de aula, já que despertou o interesse do agente prota-
gonista desse processo, isto é, o estudante. Não foi deixado de lado o
conhecimento de sala de aula, mas fundiu com o conhecimento tec-
nológico que o estudante já possuía do seu cotidiano virtual. Como
os memes são inerentes à realidade dos estudantes, não foram trata-
dos como novidade por eles. Entretanto, a sua abordagem, consoante
à parte gramatical das aulas de Língua Portuguesa, ocorreu de forma
dinâmica. Consequentemente, expandiram quando começaram a so-
cialização no grupo de WhatsApp. Conclusões – O trabalho sobre os
memes em Língua Portuguesa procurou discutir o modo como esse
aplicativo vem tomando uma grande potencialidade nas redes sociais
e como facilitou aos estudantes no emprego das regras gramaticais,
a partir dos resultados dos diversos memes feito pelos estudantes. Os
estudantes mudaram a sua mentalidade em relação às redes sociais,
antes, utilizadas apenas como diversão, mas agora também como
uma ferramenta que facilitou e vai facilitar na sua formação futura
nos estudos de Ensino Médio e Superior. Ademais, os memes não
serviram apenas para os fins humorísticos, mas também para mostrar
informações importantes ligadas à Língua Portuguesa estimulando o
leitor a dominar o assunto, no caso, aqui, as regras gramaticais. Por-
tanto, uma formação de competência ligada à Língua Portuguesa, à
leitura, à escrita e às tecnologias coloca o aplicativo de produção de
meme como uma possibilidade de alcançar novos horizontes no en-
sino e aprendizagem para os estudantes.
Palavras-chave: Tecnologia, Língua Portuguesa, Regras Gramati-
cais, Memes.

858. 858
Figura 1 – Emprego dos
porquês.
Figura 2 – Emprego do mas e mais / senão e
se não.
REFERÊNCIAS
BUENO, F. S. Gramática normativa da língua portuguesa: curso
superior. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 1963.
CHAGAS, V.; FREIRE, F.; RIOS, D.; PAZ, L. F. Museu de Memes.
2011. Disponível em http://www.museudememes.com.br/acervo/.
Acesso em 16 jul., 2019.
GOMES, Romeu. Análise e interpretação de dados de pesquisa
qualitativa. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza. (Org.) et al. Pes-
quisa Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ: Vozes,
p. 79-108, 2013.
RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina,
2011.

859. 859
SOBRE A AUTORA
Ivanice Cesar Correia Lima é natural de
Caxias-MA. Nascida em 25 de setembro
de 1971, é filha de Júlio César e Maria
da Conceição Correia Lima. Mudou-se
para Manaus-AM, aos 19 anos. Licen-
ciada em Letras, Língua e Literatura Por-
tuguesa pela Universidade Federal do
Amazonas (Ufam), possui especializa-
ção em Letramento Digital pela Universidade do Estado do Ama-
zonas (UEA). Atualmente reside na cidade de Rio Preto da Eva-AM,
onde exerce a função de professora de Língua Portuguesa, nas tur-
mas de 6.º e 7.º, Ensino Fundamental, na Escola Municipal Meni-
no Jesus.

861. 861
EDUCAÇÃO FLORESTAL E TECNOLOGIAS: PRÁTICAS
EXITOSAS COM OS ESTUDANTES DO CENTRO
TECNOLÓGICO DO AMAZONAS – CETAM, NO CURSO
TÉCNICO EM FLORESTAS
Escola Municipal Tenente Brigadeiro Eduardo
Gomes/Centro de Educação Tecnológica do
Amazonas – Cetam
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Hingrid Mara Pontes da Silva
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – O presente artigo exibe uma discussão positiva
a respeito da acessibilidade às tecnologias da informação e seu
uso na promoção da sustentabilidade rural, na realidade dos estu-
dantes do Cetam, localizado em Santa Isabel do Rio Negro. Exis-
te um grande potencial educacional para a Educação Florestal e
Tecnologias junto às áreas específicas da ciência da informação,
porém é um enorme desafio. Os estudantes, tendo acesso a essa
ferramenta, serão estimulados a participarem de forma efetiva e
consciente no processo de desenvolvimento sustentável na sua
propriedade. Segundo Oliveira (2013), a tendência que pode ser
observada na atualidade é que, cada vez mais, o uso da computa-
ção se fará necessário na administração, produção e comercializa-
ção dos produtos agropecuários e, em consequência, a adoção de
tecnologias da informática estará presente, de forma crescente, no
desenvolvimento do setor. Objetivo – Identificar se os estudantes
utilizam as ferramentas tecnológicas da informática e quais grupos

862. 862
necessitam de capacitação em informática, despertando o interes-
se dos estudantes para tecnologia da informação, proporcionando
a Inclusão Digital Rural com curso gratuito para ensinar a usar os
recursos da informática e da Internet, favorecendo os estudantes
rurais com informações que agreguem conhecimentos modernos
ao seu meio, com vistas a alcançar a eficiência na produtividade
rural, alertando-os e sensibilizando-os com base nos princípios
da Educação Ambiental. Na definição desses objetivos, busca-se
conhecer a realidade e o perfil dos estudantes e seus familiares,
assim como na necessidade de permitir que eles reflitam sobre as
questões Ambientais. Materiais e Método – Foi utilizado o modo
global de tratar os processos do projeto, desde a base teórica até a
coleta e análise dos dados com os estudantes, a partir do objetivo
geral da pesquisa. Em relação às diferentes formas utilizadas no
projeto, optou-se pela pesquisa-ação-participativa: com este con-
texto, procura-se intervir na prática de modo inovador. Os avanços
científicos e tecnológicos voltados para o setor da educação flo-
restal precisam permitir a implantação de indústrias limpas, para
um crescimento econômico mais equilibrado e conectado como
o meio ambiente, tanto no ambiente urbano quanto na área rural.
O projeto foi realizado em novembro de 2019 com a turma do
curso técnico em florestas, e na figura 1, observa-se a coleta de
dados em campo. No decorrer do projeto utilizamos técnicas de
investigação, ensino e aprendizagem, compostas por um número
mais ou menos elevado de questões apresentadas por escrito aos
estudantes, tendo por objetivo o conhecimento de opiniões, cren-
ças, sentimentos, interesses, expectativas e situações vivenciadas
em seu cotidiano, pertinentes à educação ambiental. Resultados
– A tecnologia é determinante para a análise de florestas, e desta-
camos que só é possível alcançar um equilíbrio ambiental quando
se concilia Educação Ambiental, Sustentabilidade Ecológica, Sus-
tentabilidade Ambiental e Sustentabilidade Social. No entanto, o
autor amplia seus Pilares da Sustentabilidade incluindo Sustenta-
bilidade Espacial ou Territorial, Sustentabilidade Cultural e Susten-

863. 863
tabilidade Política. A Educação Ambiental é um dos pilares para
o desenvolvimento das perspectivas sociais de nossos estudantes
dos municípios do Amazonas, tendo em vista que se faz presente
na economia, principalmente nos pequenos municípios. Conclu-
sões – A informática evoluiu e hoje permite o desenvolvimento de
aplicações voltadas para a Educação Ambiental na agricultura fa-
miliar. Além disso a TI (Tecnologia da Informação), que abrange o
conjunto de atividades e soluções envolvendo software, hardware,
banco de dados, de redes, auxilia os alunos do Cetam a lidarem
com informações. É imprescindível ampliar o acesso do produtor
rural ao computador e à Internet. E esta é uma das condições mí-
nimas para que ele possa desfrutar dos benefícios do uso da tecno-
logia da informação para Educação Ambiental.
Palavras-chave: Educação Florestal, Formação, Aprendizagem,
Tecnologias.
Figura 1 – Aula prática do curso técnico em florestas e avaliação.

864. 864
REFERÊNCIA
OLIVEIRA, J. B. O ensino de informática nos cursos de engenharia
das áreas agrárias e Ambientais. Revista de Ensino de Engenharia,
ISSN01015001., v. 32, n.º 1, p. 918, 2013.
SOBRE A AUTORA
Hingrid Mara Pontes da Silva é formada
em Técnica de Segurança do Trabalho
pelo Instituto Federal do Amazonas Ifam
e Engenharia Florestal pela Universida-
de Federal do Amazonas Ufam. Possui
pós-graduação em Tecnologias Educa-
cionais para a Docência em Educação
Profissional e Tecnológica, pós-gradua-
ção em Gestão de Agronegócios e Legislação Ambiental pela Fa-
culdade Única, e é instrutora no Centro de Educação Tecnológica
do Amazonas – Cetam desde 2019, atuando no curso técnico em
florestas nos municípios do interior do Amazonas.

865. 865
DESIGN DE APRENDIZAGEM COM O USO DE
CANVAS COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE
REDES DE COMPUTADORES NO CURSO TÉCNICO
EM INFORMÁTICA DO IFAM – CAMPUS MAUÉS
Instituto Federal do Amazonas – Ifam – CAMPUS
MAUÉS – Maués/AM
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
Isaac Elias Fernandes Cohen Junior
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – As tecnologias e a infinidade de recursos tec-
nológicos existentes contribuem com a formação de estudantes
capazes de lidar com as novas tecnologias. Dessa forma, em-
pregar as utilidades e benefícios do uso do computador como
recurso pedagógico contribui com a educação do estudante. A
diversidade tecnológica desperta a curiosidade e o interesse do
estudante, por isso, é preciso aproveitar esse recurso para desper-
tar a sua vontade de aprender. O projeto do Designer de Aprendi-
zagem com o uso de Canvas como ferramenta no ensino de Re-
des de Computadores torna o processo de ensino-aprendizagem
mais dinâmico, com interesse de não apenas ensinar informática
para os estudantes, mas também ensinar conteúdos interdisci-
plinares com a interatividade proporcionada pelo computador.
O Designer de Aprendizagem com o uso de Canvas como ferra-
menta no ensino de redes de computadores proporciona resul-
tados positivos, como: a acessibilidade à informação, que per-
mite o acesso a fontes de pesquisa na Internet; a autonomia nos

866. 866
trabalhos facilita o desenvolvimento autônomo das atividades,
contribuindo com o aprendizado individualizado; o interesse em
aprender; o ambiente informatizado proporciona atividades mais
dinâmicas e ativas, que despertam o interesse do estudante; agu-
ça a criatividade: as diversas ferramentas disponíveis facilitam o
desenvolvimento da criatividade dos estudantes. Objetivo – Ana-
lisar como a utilização do Design de Aprendizagem pode contri-
buir para o ensino de redes de computadores, a fim de facilitar
e simplificar o aprender a aprender, descrevendo assim, como o
Design de Aprendizagem no ensino de Redes de computadores
pode contribuir para a ação do aprender a aprender e identificar
pontos positivos e negativos a partir da percepção do professor e
estudantes na utilização do Design de Aprendizagem no ensino
de Redes de Computadores. Materiais e Método – A mídia eletrô-
nica incorporada à educação deve ser encarada como um modo
de desenvolver todas as possibilidades da mente e de fazer com
que os professores a vivenciem nas mais diferentes perspectivas
tecnológicas. Os processos metodológicos se deram por meio
de aulas práticas, com uma breve revisão teórica dos sistemas
e novas tecnologias. Os estudantes receberam toda informação
voltada ao manuseio das novas tecnologias “Designer de Apren-
dizagem com o uso de Canvas como ferramenta no ensino de
Redes de Computadores”. O computador não é um instrumento
que ensina o aprendiz, mas sim a ferramenta com a qual o estu-
dante desenvolve algo. Sendo assim, o aprendizado ocorre pelo
fato de estar executando uma tarefa por intermédio do compu-
tador. Embasando a utilização de vários softwares com cursos e
treinamentos, tem-se por escopo auxiliar os estudantes trabalha-
rem com o computador, integrando-os aos conteúdos de apren-
dizagem com a maior riqueza de possibilidades. Resultados – A
inserção da ferramenta “computador” na Educação vem provo-
cando grandes mudanças nas concepções, até então apresenta-
das, de ensino e aprendizagem. A Informática na Educação e a
integração do computador no processo de ensino dos conteúdos

867. 867
curriculares de todos os níveis e modalidades de ensino, atual-
mente, é uma realidade coesa no Ifam. Dessa forma, o resultado
deste projeto “Designer de Aprendizagem com o uso de Canvas
como ferramenta no ensino de Redes de Computadores”, trou-
xe uma nova perspectiva para educação, inserindo os recursos
tecnológicos por meio do uso do computador, o qual promove o
desenvolvimento de inúmeras habilidades que irão favorecer os
processos de ensino e de aprendizagem. Conclusões – O proje-
to “Designer de Aprendizagem com o uso de Canvas como fer-
ramenta no ensino de Redes de Computadores” propiciou aos
estudantes um ensino inovador. Por meio de novas tecnologias e
metodologias, tornando mais interativo e dinâmico o processo de
ensino e aprendizagem, oportunizando ferramentas que auxiliam
como mais um recurso tecnológico em um ambiente de apren-
dizagem significativa, desenvolvendo suas capacidades lógicas,
expressivas, construtivas, bem como as habilidades cognitivas,
atendendo o contexto em que se inserem as novas tecnologias.
A Informática é uma extensão da sala de aula. Oportunizando
aos estudantes uma aula diferenciada, buscando o desenvolvi-
mento da inteligência e da consciência individual e social dos
estudantes, possibilita-se um ambiente de troca, cooperação e
solidariedade.
Palavras-chave: Tecnologias, Inovação, Design de Aprendizagem.
Figura 1 – Aula presencial no laboratório de informática – Ifam – CMA.

868. 868
REFERÊNCIA
ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. As tecnologias touch
screem na educação. Disponível em: Google Académico - http://
scholar.google.com.br › citations. Acesso em: 20/02/2021.
SOBRE O AUTOR
Isaac Elias Fernandes Cohen Junior, forma-
do em Ciência da Computação para Uni-
versidade Paulista – UNIP, professor subs-
tituto de Informática no Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do
Amazonas – Ifam (Campus Maués) e pro-
fessor de informática celetista do Centro
de Tecnologia do Amazonas – Cetam.

869. 869
GAMIFICAÇÃO MATEMÁTICA: JOGOS DIGITAIS E
ARTESANAIS NA CONSOLIDAÇÃO DA TABUADA DE
MULTIPLICAÇÃO NA TURMA DO AVANÇAR 1
Escola Estadual Osmar Pedrosa
Ensino Fundamental I – Avançar 1 – Fase 1
Dalila Martins de Moraes
[email protected]
Introdução – O ensino de matemática tem sido um grande vi-
lão nas escolas ao longo dos anos, e romper com paradigmas pré-
-conceituais sobre a tabuada e soluções de situações problemas
tem gerado inquietações nos professores que buscam fazer com
que os estudantes aprendam de forma significativa. A cada aula,
a gamificação matemática torna o aprendizado desafiador para os
docentes que buscam motivar os estudantes no ensino e apren-
dizagem de conceitos matemáticos envolvendo as vivências dos
estudantes. Os jogos digitais, como os artesanais, são ferramentas
que auxiliam nas evidencias de avanços matemáticos, consoante
a Eiras; e Eiras, que afirmam “que os jogos são importantes para o
desenvolvimento intelectual, motor, social e afetivo do ser huma-
no” (2012). A construção do conhecimento educacional, filosófi-
co e sociológico está associada à construção pessoal, que pode
ser reconhecida como uma construção do sujeito e um processo
de adaptação. Pozo (2009) afirma que “ensinar ciências não deve
ter como meta apresentar aos estudantes os produtos da ciência
como saberes acabados, definidos”. Aprender ciência está muito
mais relacionado a entrar num mundo que é ontologicamente e
epistemologicamente diferente do mundo cotidiano, analisando o
sujeito em si mesmo, na sua complexidade, no conhecimento e

870. 870
suas relações entre o sujeito e o objeto. A atual pesquisa fez par-
te do Programa Ciência na Escola – PCE, da Fapeam – Fundação
de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas em parceria com
a Seduc – Secretaria Estadual de Educação, conforme seu edital
001/2020. Objetivo – Consolidar o aprendizado da tabuada de
multiplicação por meio de jogos digitais e artesanais na turma do
Avançar 1. Materiais e Método – A presente pesquisa é dialética,
de cunho quanti-qualitativo, por assumir “as formas quantitativas
e qualitativas, necessariamente ligadas entre si e que se transfor-
mam uma na outra”, como afirmam Lakatos; e Marconi (2003). Os
estudantes da turma do Avançar 1, turno matutino, matriculados
na Escola Estadual Osmar Pedrosa, 2020, englobam o universo da
pesquisa. Para consolidar a tabuada de multiplicação por meio de
jogos digitais e artesanais na turma do Avançar 1, foram usados nas
aulas de matemática, por meio dos celulares, tablets e projeção,
o aplicativo “Tabuada: aprenda e jogue” disponível para smart-
phones com Android e iOS, seu download é gratuito e pode ser
usado offline. Foi realizada a fixação da tabuada por meio do jogo
“Pensando com os pés”, idealizado pela professora e criado junta-
mente com os bolsistas do Programa Ciências na Escola (PCE), por
meio de pegadas em material emborrachado contendo a tabuada
de multiplicação; o jogo possui ponto de partida e de chegada.
O reconhecimento da progressão da turma na aprendizagem da
tabuada de multiplicação foi analisado por meio de correção dos
exercícios, aplicado na turma do Avançar 1, antes e depois das
ferramentas propostas em que o estudante, na primeira sondagem,
antes do uso da gamificação, preencheu com lápis ou caneta as
suas respostas das operações. Já na segunda sondagem, depois do
uso da gamificação nas aulas de matemática o estudante respon-
deu as operações por meio do Google formulário. Dado o exposto,
a pesquisa consolidou a aprendizagem da tabuada de multiplica-
ção nas turmas do Avançar 1. Resultados – Verificou-se na turma
34% de acertos da tabuada. Com o resultado obtido, iniciou-se a
confecção do jogo “Pensando com os pés”. Foi promovido o jogo

871. 871
como meta de acertar todas as operações de multiplicação. A di-
nâmica central usava do raciocínio, memorização e aprendizado
da tabuada, enquanto a mecânica do jogo levava cada estudante a
seguir as pisadas da multiplicação, pensando no resultado correto
e chegar ao final primeiro que os demais. No uso da “Tabuada,
aprenda e jogue”, o estudante baixou o jogo digital, que funciona
offline. Durante a segunda sondagem, mencionada anteriormente,
os estudantes responderam 45 operações matemáticas, no Google
Forms, após usarem o aplicativo “Tabuada: aprenda e jogue” e o
jogo “Pensando com os pés”. A partir disso, verificou-se que 92%
da turma acertou as operações de multiplicação, conforme (Figura
1). Os resultados apresentados na pesquisa comprovam que o uso
dos aplicativos “Pensando com os pés” e “Tabuada. “Aprenda e
jogue” na turma avolumaram o processo de ensino e aprendiza-
gem da turma. Como afirma uma das dez competências da Base
Nacional Comum (BNCC), temos que “exercitar a curiosidade in-
telectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criati-
vidade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular
e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com
base nos conhecimentos das diferentes áreas” (BRASIL, 2018).
Conclusões – Espera-se que os estudantes da turma do Avançar 1
tenham uma mudança conceitual sobre o ensino de matemática
ao compreender um fato, construir seu próprio conceito e exem-
plificar suas aplicabilidades de uma forma crítica e construtiva.
Que os bolsistas selecionados possam desenvolver habilidades
e reflexão científica com argumentações, investigações, leitura e
criações inovadoras. Por fim, estimular outros a pesquisarem me-
todologias ativas nas turmas do Avançar, uma modalidade de en-
sino que com quatro fases distintas atende estudantes entre idades
de 8 a 18 anos que buscam regularizar os estudos.
Palavras-chave: Matemática, Lúdico, Competição.

872. 872
Figura 1 – Resultados obtidos antes e depois das gamificações
matemática na turma de Avançar 1
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricu-
lar. Brasília, 2018.
EIRAS, D. B.; EIRAS, S. B. Dinâmicas, jogos e brincadeiras: Diver-
são para todos. Curitiba: A.D. Santos Editora. 2012.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia
Científica. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003.
POZO, J. I. A aprendizagem e o Ensino de Ciências: do conheci-
mento cotidiano ao conhecimento científico. Porto Alegre, ARt-
med. 2009.

873. 873
SOBRE A AUTORA
Dalila Martins de Moraes é professora
da rede pública municipal e estadual no
Amazonas. É formada em Licenciatura
em Pedagogia pela Universidade do Es-
tado do Amazonas (UEA) e especialista
Docência do Ensino Superior (UNINAS-
SAU). Desenvolve o ensino-aprendizado
em turmas do Ensino Fundamental 1,
dilatando a aprendizagem significativa e a pesquisa. Já participou
de congressos locais, regionais e nacionais divulgando os saberes
construídos nas escolas e projetos científicos. Dalila está disponí-
vel para tutoria de projetos, bem como consultas de metodologias
de trabalho científico.

875. 875
UTILIZAÇÃO DO WHATSAPP COMO
FERRAMENTA PEDAGÓGICA NA MODALIDADE
DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Escola Municipal Menino Jesus – Rio Preto da Eva/AM
Ensino Fundamental – Primeiro Segmento da EJA – 4.º e
5.º ano
Antônia Costa de Souza
[email protected]
Introdução – Tendo em vista a expansão das novas tecnolo-
gias, das quais muitas estão acessíveis a grande parte da população,
como os smartphones com seus softwares, aplicativos e redes so-
ciais, que fazem parte da vida em sociedade como instrumentos de
comunicação, é possível a defesa de que estes também podem ser
utilizados como ferramentas de ensino e aprendizagem nas salas
de aula e fora das mesmas. Apesar do público da EJA ser de uma
turma do 1.º segmento, que equivale ao 4.º e 5.º ano do Ensino
Fundamental, eles são adultos, o que se tornou favorável aos ob-
jetivos do projeto pelo conhecimento que os mesmos já possuem
do aplicativo em questão. Com isso, a professora da turma apre-
sentou o seguinte questionamento: é possível utilizar o WhatsApp
como uma ferramenta pedagógica na modalidade da Educação de
Jovens e Adultos? Foi levado em consideração que o público, na
sua maioria, possui um aparelho celular, por se tratar de adultos.
O projeto fez uso do aplicativo WhatsApp devido sua facilidade
de aquisição e pela possibilidade de ser utilizado nos mais diversos
sistemas operacionais, como Android, WindowsPhone e IOS. Outra
questão que somou na escolha do aplicativo foi a flexibilidade que
o mesmo possui neste processo de integração com outras tecnolo-

876. 876
gias, possibilitando a utilização de vídeos, áudios, imagens e textos,
bem como pesquisas. Isso foi proposto respeitando a autonomia e
administração do próprio tempo dos estudantes, além da interação
entre estudantes e estudantes com a professora. E como bem desta-
ca Feliciano (2016), as novas tecnologias podem exercer o papel de
“contribuir para autonomia, criatividade e também ensinar para a li-
berdade”, uma vez que a modalidade busca auxiliar o estudante no
uso dos seus conhecimentos no dia a dia, e não limitá-lo ou privá-lo
de melhorar seus conhecimentos. Objetivo – Utilizar o aplicativo
WhatsApp como ferramenta pedagógica na modalidade da Educa-
ção de Jovens e Adultos, fazendo uso desse aplicativo para receber
aulas direcionadas e atividades propostas, bem como responder os
exercícios ofertados, visando a interação dos conhecimentos; enviar
pesquisas e relatórios com o uso do aplicativo considerando a par-
ticipação do estudante, diminuindo a infrequência da turma. Mate-
riais e Método – Primeiramente, houve um esclarecimento à gestora
da escola juntamente com o corpo técnico e docente da instituição
escolar para que pudessem apoiar a materialidade da aplicação do
projeto. Foram esclarecidos os objetivos e informações foram discu-
tidas para então agir na turma que apresentava infrequências, caso
comum em turmas de EJA. A turma foi observada quanto ao uso da
tecnologia móvel e os mesmos, na sua maioria, possuíam aparelho
celular e o aplicativo WhatsApp em uso. No que diz respeito ao
tempo de aula desses estudantes, é bem reduzido e gera dificulda-
des para muitos. Esse foi um ótimo motivo, para em outro momento,
ser criado um grupo utilizando o WhatsApp (Figura 1) para postar
as atividades e conteúdos a fim de que os mesmos pudessem es-
tudar os assuntos e realizar em casa as tarefas propostas e, assim
fora feito. Eles não perderam os conteúdos, puderam fazer e postar
as pesquisas que eles realizavam, e ainda podiam gerar conversas
educativas a partir dos assuntos trabalhados, contando com o au-
xílio e orientação da professora; mas não deixavam de levar para a
sala de aula as tarefas, bem como tirar suas dúvidas com a profes-
sora. As Novas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação

877. 877
se tornaram fundamental na utilização dessa ferramenta digital para
somar ao processo de formação e aprendizagem durante o ensino
educacional dessa turma. Isso tornou as aulas mais interessantes e
atraentes em fazer uso das tecnologias na educação, tendo em vista
que estas se fazem presente no cotidiano das pessoas, independente
de classe social, e a escola, segundo Feliciano (2016), ”deve estar
atenta a essas transformações, se adequar as mesmas, e principal-
mente saber aproveitar os recursos que estão disponíveis, entre eles,
as novas tecnologias [...]”. E foi o que aconteceu: a escola caminhou
no projeto no intuito de elevar o processo educacional e atualizar as
novas demandas e tecnologias, sempre tendo como foco o processo
inclusivo e dinâmico, que gerou maior facilidade ao acesso à tec-
nologia. Resultados – Houve uma grande adesão por parte dos en-
volvidos, onde foi possível o alcance dos objetivos propostos. A tec-
nologia foi de fundamental importância na intervenção pedagógica.
A turma se superou, a educação teve seus objetivos alcançados,
pois foi possível mensurar pela importância que se direcionou o
grupo de WhatsApp. A turma levou a sério o direcionamento para o
qual o mesmo fora criado. O projeto foi muito eficaz e oportunizou
novas e atrativas experiências no meio educacional da Educação
de Jovens e Adultos. Na última figura (Figura 2) é possível apreciar
que algumas das pesquisas realizadas e direcionadas via WhatsApp
foram usadas para serem apresentadas numa exposição realizada na
escola no mês de novembro, com o tema “Feira das Nações”, onde
foi dado ênfase à cultura italiana, como a culinária e a dança. Con-
clusões – Assim sendo, faz-se jus a Rolkouski (2011), que afirma que
“o papel da tecnologia no processo ensino-aprendizagem suben-
tende uma concepção do que vem a ser o aprender e o ensinar. O
uso da tecnologia está além do “fazer melhor”, “fazer mais rápido”,
trata-se de um “fazer diferente”: e nisso a turma se destacou quando
apresentou suas atividades.
Palavras-chave: WhatsApp, EJA, Tecnologia, Ferramenta
Pedagógica.

878. 878
Figura 1 – Prints do uso WhatsApp
com tarefas.
Figura 2 – Prints do uso do What-
sApp na Feira das Nações.
REFERÊNCIA
FELICIANO, L. A. S. O uso do WhatsApp como ferramenta Pe-
dagógica. In: XVIII ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFOS ,
2016, São Luiz – MA. Anais [...]. São Luiz – MA: [s.n.º],2016.
Disponível em http://www.eng2016.agb. org.br/resources/
anais/7/1467587766_ARQUIVO_ArtigoAGB.pdf. Acesso em 23
maio 2019.
SOBRE A AUTORA
Antônia Costa de Souza nasceu na cida-
de de Iranduba-AM. É licenciada em Pe-
dagogia pela Escola Superior Batista do
Amazonas e licenciada em Geografia
com especialização em Educação, Po-
breza e Desigualdade pela Universidade
Federal do Amazonas (Ufam). Especialis-

879. 879
ta em Letramento Digital pela Universidade do Estado Amazonas
(UEA). Em 2012, foi convidada para fazer parte da Equipe Gestora
da Escola Municipal São Francisco como gestora onde permane-
ceu até 31/12/2014. Atualmente é professora da Rede Municipal
de Rio Preto da Eva-AM, no turno noturno, e também na Rede
Municipal do município de Manaus, no diurno. A educadora visa
a igualdade para todos, educação de qualidade e um futuro pro-
missor por meio da educação.

881. 881
UTILIZANDO O APLICATIVO PADLET
COMO INSTRUMENTO DE OTIMIZAÇÃO DA
APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA
Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 5.º ano
Gilmara Pereira de Oliveira da Silva
[email protected]
Introdução – Em março de 2020 a pandemia chegou ao Bra-
sil, ocasionando impactos em vários setores, e no setor educa-
cional, impossibilitou às crianças de irem à escola. Suspendendo
temporariamente às aulas, em combate ao novo coronavírus, cha-
mado de Covid-19. Dessa forma, com o intuito de darmos conti-
nuidade às atividades educacionais, adotou-se o ensino remoto,
algo extremamente desafiador para os educadores, assim como
para os pais e estudantes, que tiveram que se adequar para acom-
panhar o ensino de seus filhos. No atual momento de pandemia,
os sistemas de ensino, em caráter de urgência, adaptaram as aulas
em “AULAS REMOTAS”, com o objetivo de continuar a escolari-
zação das crianças. As metodologias utilizadas pelos professores
e os recursos tecnológicos foram diversos, como: YouTube, What-
sApp, Google Classroom, salas interativas, uso de aplicativos que
viabilizassem essa comunicação, entre outros. Essa revolução edu-
cacional mostrou o quanto a tecnologia tem se mostrado eficiente
e o quanto as pessoas precisam estar aptas a esse avanço tecno-
lógico (CORDEIRO,2020). O aplicativo Padlet é uma ferramenta
que permite uma maior interação de forma dinamizada entre os
envolvidos, permitindo a postagem de fotos, vídeos, documentos,
áudios e links. O uso do aplicativo trouxe para as aulas do 5.º ano

882. 882
uma nova forma de aprender quanto aos conteúdos estudados, e
um entendimento mais rápido dos assuntos trabalhados. Espera-se
dar continuidade à pesquisa não só com os discentes, mas com os
educadores da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, com
o intuito de otimizar e possibilitar um melhor ensino, aprimoran-
do as aulas remotas dos estudantes do 5.º ano e posteriormente
compartilhar as experiências digitais com outras séries de ensino,
por meio de uma formação tecnológica com os estudantes moni-
tores do projeto e outros discentes. Objetivo – Abordar a tecno-
logia utilizando o aplicativo Padlet como alternativa significativa
na educação, principalmente em tempos de pandemia. Materiais
e Método – O projeto foi desenvolvido em três etapas: a primeira
etapa foi a pesquisa em relação à Tecnologia. Essa pesquisa trans-
correu com leituras de livros, sites, monografias e projetos de ou-
tros professores. Inicialmente foi baixado o aplicativo e criado o
Mural Virtual no celular da professora; a primeira ideia foi criar um
Mural Virtual com características de um painel, onde é possível
expor fotos, comentários etc. Além disso, a tela inicial do aplica-
tivo mostra as diversas opções de murais que estão dispostas para
nós. O projeto é trabalhado conforme o conteúdo ministrado, e
a partir disso é que foi feita a escolha de qual Mural Virtual criar.
A segunda etapa foi a apresentação do aplicativo para as turmas,
por meio de um vídeo, mostrando para os discentes as etapas de
como participar do Mural Virtual; foi compartilhado um link de
acesso ao mural no grupo de estudantes via WhatsApp. A terceira
e última etapa foi o treinamento da participação efetiva dos es-
tudantes no Mural Virtual, especificamente, no uso do aplicativo
Padlet. Durante o processo de conhecimento do aplicativo houve
boa aceitação tanto pelos estudantes quanto pelos pais, bem como
interação e acompanhamento dos mesmos na vida escolar de seus
filhos a qualquer hora, sendo que muitos verificam a postagem
de seus filhos quando chegam do trabalho, geralmente à noite.
O docente consegue visualizar e monitorar todo o acesso dos vi-
sitantes, que no caso são os estudantes. No aplicativo, a configu-

883. 883
ração de acesso permite ao professor ampliar ou limitar a forma
de interação de seus estudantes, bem como regular as linguagens
usadas dentro dele. É usado também para auxiliar qualquer con-
teúdo programado do 5.º ano. Depois de terminado a atividade
com o tema específico do estudo em questão do Mural Virtual,
o docente tem a opção de salvar em PDF e compartilhar a prá-
tica com os pais, outros docentes, gestor e pedagoga da escola,
pois fica salvo com uma característica de um jornal. Essa pesquisa
apresenta uma abordagem qualitativa e envolve a obtenção de da-
dos descritivos, onde o pesquisador tem um contato direto com a
situação estudada, pessoas, lugares e processos interativos, procu-
rando compreender os participantes ativos da pesquisa, tornando,
assim, um meio facilitador de entendimento dos fatos estudados
cientificamente. Resultados – Com o uso do aplicativo obtivemos
uma interação mais ampla e dinamizada entre os estudantes, pro-
fessor e pais. Além disso, seu uso é feito de maneira prática, visto
que os estudantes não precisam baixar o aplicativo para ter aces-
so, pois a professora envia o link e eles já são direcionados à tela
principal do Mural Virtual, podendo também ser compartilhado de
outras formas. Foi notório o empenho dos estudantes em produzir
as atividades propostas para postar no Mural Virtual (Figura 1), e
eles, por sua vez, analisavam e comentavam as postagens de seus
colegas, havendo assim uma troca efetiva de experiências e sabe-
res entre as turmas do 5.º ano (Figura 2). A experiência no uso do
aplicativo padlet fez com que os estudantes do 5.º ano fossem pro-
tagonistas de seus próprios conhecimentos. Além disso, a partici-
pação nas aulas melhorou, ocorrendo de forma efetiva, bem como
interações com os conteúdos programáticos do MEC e conteúdo
do aula em casa propostos pela Secretaria Municipal de Educação
(Semed).Outrossim, foi aplicado um questionário aos estudantes
que participaram do projeto pelo Google Forms, com perguntas
simples, como: gostou de conhecer o aplicativo Padlet? Gostou
de ver e comentar nas publicações dos seus colegas?. As respostas
dos estudantes foram positivas, pois 93,9% disseram que sim, que

884. 884
gostaram de conhecer o aplicativo, e 93,9% gostaram de ver e co-
mentar nas publicações de seus colegas. Assim, o aplicativo Padlet
realmente chamou a atenção dos estudantes e contribuiu para um
melhor desempenho nas aulas e, consequentemente, facilitou o
aprendizado no que diz respeito ao entendimento dos conteúdos
trabalhados. A inovação na prática docente é necessária para que
aconteça uma transformação no fazer educação, e para isso é pre-
ciso que o educador reflita sua prática e leve aos estudantes uma
nova forma de aprender, estimulando-os a buscarem uma auto-
nomia de sua aprendizagem e possibilitando-os a desenvolverem
competências e habilidades necessárias para uma aprendizagem
de qualidade. Conclusões – O uso do aplicativo Padlet trouxe para
as aulas do 5.º ano uma relevância maior quanto aos conteúdos
estudados e um entendimento mais rápido dos assuntos trabalha-
dos. Por fim, espera-se dar continuidade à pesquisa, com o intuito
de continuar ajudando e possibilitando aos educandos um melhor
ensino. Diante disso, o aplicativo torna as aulas remotas dos estu-
dantes do 5.º Ano da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida
mais significativa, fazendo com que os estudantes construam seus
próprios conhecimentos de maneira ativa e com autonomia.
Palavras-chave: Tecnologia, Pandemia, Educação, Ensino.
Figura 1 – Publicações dos alunos no
mural/virtual.
Figura 2 – Comentários das publicações.

885. 885
REFERÊNCIAS
CAMARGO, F.; DAROS, T. A sala de aula inovadora – estratégias
pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Penso Editora ,
2018.
SOBRE A AUTORA
Gilmara Pereira de Oliveira da Silva nas-
ceu no dia 21 de agosto de 1984, na ci-
dade de Manaus-AM e formou-se em
Pedagogia pela Universidade Federal do
Amazonas – Ufam em 2010. Em 2013
trabalhou como professora RDA na Se-
med, onde ficou até 2017. Tornou-se
professora efetiva da Semed em março
de 2019. Atualmente atua no Ensino Fundamental I com turmas de
5.º ano.

887. 887
CONECTANDO-SE À OLIMPÍADA DE INGLÊS
PARA O FUTURO DO TRABALHO
Escola Estadual Tiradentes
Ensino Médio – 1.ª, 2.ª e 3.ª série
André Machado de Souza
[email protected]
Introdução – A olimpíada de inglês é um concurso cultural
com o intuito educacional e recreativo para estudo da língua alvo,
que envolve as quatro habilidades de aprendizagem do idioma: fala,
escrita, leitura e audição. Promovida por uma startup educacional
(chatclass) com apoio do escritório de ensino de Língua Inglesa
(RELO) da embaixada americana no Brasil, a olimpíada de inglês
engajou e premiou estudantes de todo o país, por meio do uso do
aplicativo de mensagens muito usado pelos estudantes (WhatsApp),
pelo qual qualquer estudante com pacote de dados disponível pode
participar, democratizando, assim, o ensino do inglês. Objetivo –
Estimular o aprendizado do idioma entre os estudantes da escola
pública, oportunizando a participação a todos os estudantes sem
prejulgamento de suas habilidades linguísticas quanto à língua es-
trangeira inglesa, usando a inteligência artificial (AI) da startup, tam-
bém conhecida como robô de inglês, para realizar as atividades a
distância em qualquer lugar ou horário, ou presencialmente, dentro
do prazo estipulado de um mês. Desta forma, falando, escrevendo,
lendo e escutando a Língua Inglesa, de forma divertida e espontâ-
nea pelo WhatsApp, independentemente do isolamento da escola
em decorrência de pandemia, os estudantes se motivarão a apro-
fundarem seus estudos a fim de alcançarem uma futura inserção
no mercado de trabalho. Materiais e Método – Para participar, os

888. 888
estudantes devem, obrigatoriamente, fazer parte de uma turma do
professor cadastrado na plataforma e estar cursando o Ensino Mé-
dio. O professor cria as turmas e envia o código aos estudantes. Os
estudantes salvam o número de celular da inteligência artificial, o
robô de Inglês, no seu dispositivo móvel de acesso ao WhatsApp.
A seguir, fazem um cadastro e um teste de nivelamento, onde são
separados de acordo com seu nível de conhecimento do idioma:
iniciante, intermediário e avançado. É necessário o envio de link aos
pais para efetuarem uma autorização para fins de premiação e colo-
cação dos estudantes com melhores resultados. Durante o concur-
so, diariamente, o estudante acessa módulos com atividades diárias,
tais como vídeos e depoimentos de pessoas que contam sobre suas
experiências e como o inglês transformou as suas vidas. Ao final de
cada módulo, o discente realiza um teste para avaliar sua evolução
até aquele momento. O papel do professor é ser mediador, dar fee-
dback nas atividades realizadas pelos estudantes e monitorar com
frequência a performance dos aprendizes durante a olimpíada. O
docente faz gravação de tutoriais em vídeo, postados no YouTube,
para que os estudantes saibam acessar o robô (uso de programas de
gravação e edição) e disponibiliza os links nos grupos de WhatsApp
da cada turma participante. Cria-se o incentivo aos estudantes por
meio de aferição de nota bimestral baseada na pontuação gerada
pelo robô da olimpíada de inglês. Manter o contato com os estudan-
tes postando áudios motivacionais, além de videoconferência para
mostrar o resultado em andamento, a fim de estimular a intensifica-
ção na realização das atividades e criar a sensação de proximidade
com os educandos. Resultados – Foram obtidos estudantes entre
os top 50 melhores nas três categorias: iniciante, intermediário e
avançado. Foram 135 estudantes inscritos e ativos, de nossa escola,
dentre eles, houve 14 estudantes entre os cinquenta melhores do
Estado na categoria Ensino Médio iniciante, mais 16 estudantes na
categoria médio intermediário e 6 estudantes avançados (rankings
estaduais com os nomes dos estudantes destacados em anexo). O
estudante destaque como primeiro colocado do Amazonas, Iago de

889. 889
Oliveira Nogueira, foi premiado pela Chatclass e Embaixada Ame-
ricana com vários cursos online e o exame internacional TOEFL Ju-
nior, tendo obtido nota dez com 294 atividades realizadas e 500 pa-
lavras faladas. Por isso, foi presenteado pelo gestor escolar com um
relógio produzido na Zona Franca de Manaus. O professor respon-
sável de Língua Inglesa, André Machado de Souza, foi o primeiro
colocado no Estado do Amazonas pelo progresso obtido por todos
os seus estudantes tanto da rede municipal como estadual, obtendo
129.939 pontos. Este foi premiado com cursos on-line da Univer-
sity of Cambridge, do RELO (Embaixada Americana) e da Editora
FTD, além de livros e CD de músicas americanas para uso em sala.
Sete estudantes da escola foram contemplados com estágio remu-
nerado (R$ 432,20) pela Fundação Alfredo da Matta de acordo com
suas colocações no concurso e até a presente data realizam estágio
nesta instituição. Conclusões – O professor não pode subestimar
seus estudantes, mas compartilhar as oportunidades oferecidas de
aprendizagem do idioma inglês com todos. A motivação, o interesse
e a busca de ferramentas tecnológicas, pelo professor, é essencial
para despertar o interesse dos discentes. Considerando que algu-
mas operadoras de telefonia celular incluem em seus pacotes o uso
das redes sociais, isso facilita o acesso (ao estudante) sem desconto
dos dados móveis do usuário. Este uso da tecnologia nos dispositi-
vos móveis, a “gamificação” e a competitividade são características
atraentes e envolventes para os jovens estudantes.
Palavras-chave: Inglês, Olimpíadas, Tecnologias.
REFERÊNCIAS
AMAZONAS, Governo do Estado do. Repriorização Curricular
Ensino Médio, 2021. <https://www.sabermais.am.gov.br/pagina/
repriorizacao-curricular-programacao-aula-em-casa-1a-serie-
-em>. Acesso em 05 de out., 2020.

890. 890
EDUSIM SERVIÇOS EDUCACIONAIS LTDA. Chatclass: organi-
zadora do concurso olimpíada de inglês, c2021. Página inicial.
Disponível em <https://www.chatclass.com.br/>. Acesso em 26 de
jul., 2021.
U.S. MISSION BRAZIL. Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil:
parceira da olimpíada de inglês, c2020. Página sobre a Olimpíada
de inglês. Disponível em <https://br.usembassy.gov/pt/participe-
-da-2a-olimpiada-de-ingles-e-desafie-seus-conhecimentos-e-gra-
tuito/>. Acesso em 21 de setembro de 2020.
SOBRE O AUTOR
André Machado de Souza nasceu na ci-
dade de Manaus. Graduou-se em Letras
– Língua Inglesa pela Ufam, em 2004,
tornando-se professor efetivo da Seduc/
AM no mesmo ano, já na Semed/Ma-
naus efetivou-se no ano seguinte. Atual-
mente está lotado nas escolas Municipal
Vicente de Paula e Estadual Tiradentes.
Teve experiência como professor no Projeto CEL / Ufam, no SE-
NAC/AM e na EST Idiomas/UEA. Certificado em English – Langua-
ge pela University of Oregon, USA, onde realizou, em 2012, um
curso para professores de redes públicas como intercâmbio cultu-
ral patrocinado pela CAPES, Fulbright e Embaixada dos EUA. An-
dré tem sido voluntário, junto a sua esposa, em trabalhos pastorais
catequéticos e litúrgicos da Igreja Católica de São Francisco de
Assis desde de sua tenra juventude. Atualmente é acadêmico do
curso de pós-graduação de Produção e Gestão de Mídias Digitais
e Educacionais da Universidade Estadual do Amazonas.

891. 891
CURUMINS E CUNHANTÃS PROTAGONIZANDO O
EMPREENDEDORISMO E A INOVAÇÃO NA PRODUÇÃO
DE ARTEFATOS DIGITAIS PARA AUXILIAR O ENSINO
REMOTO E HÍBRIDO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Escola Municipal Jornalista Sabá Raposo
Ensino Fundamental – Anos Finais – 6.º ao 9.º ano
Regiane Cardoso da Silva Rocha
[email protected]
Introdução – Com os impactos a nível mundial em diversos
setores da sociedade, causados pela pandemia da Covid-19, se
faz urgente a criação de estratégias de enfrentamento. Nesse
novo normal, a educação vem passando por processos de rein-
venção no fazer pedagógico, no ensino remoto e híbrido. Com os
surtos de casos de Covid-19 em Manaus, as aulas foram suspen-
sas, sem previsão para retorno. Logo, a Escola Municipal Jornalis-
ta Sabá Raposo, pensou e implementou mecanismos para viabi-
lizar não apenas repasse dos conteúdos, mas, sobretudo, o
desenvolvimento socioemocional dos estudantes e seus respon-
sáveis. Para tal, foram criados grupos de WhatsApp, encontros
virtuais, salas de aula on-line, entre outros. Em um desses grupos
os estudantes do 6.º ao 9.º ano, integrantes do clube de Lingua-
gem de Programação e Robótica da escola, iniciaram trocas de
ideias a respeito do desenvolvimento do clube em meio à pande-
mia, onde perceberam a necessidade de desenvolverem ações
para ajudar a comunidade tanto na área da saúde quanto do en-
sino remoto e híbrido. O presente projeto se estruturou em dois
momentos, com a produção de dois artefatos digitais confeccio-
nados com o uso de linguagem de programação e editoração

892. 892
gráfica de sites – que é um aplicativo para oferecer informações
fidedignas sobre o corona vírus, a fim de auxiliar na prevenção e
posteriormente um site para auxiliar no acompanhamento das
aulas remotas e híbridas de nossa escola (Figura 1). Objetivo –
Instigar nos aprendizes o interesse pela pesquisa acadêmico-
-científica com uso de tecnologias, na busca por estratégias ino-
vadoras, capazes de oferecer resolutividades problemáticas
vivenciados por si em tempos de pandemia, criando um aplicati-
vo para rodar em aparelhos Android com informações importan-
tes e fidedignas acerca do vírus, a fim de oferecer aos seus usuá-
rios a arma mais eficaz no combate contra a Covid-19: o
conhecimento, desenvolvendo um site exclusivo da escola que
auxilie a comunidade escolar no ensino remoto e híbrido em
apenas alguns cliques, trazendo acesso rápido para as platafor-
mas digitais do projeto “Aula em Casa” (proposta de ensino re-
moto oferecida pela Semed em parceria com a Seduc) e demais
recursos viáveis para EAD. Materiais e Método – O projeto enve-
redou-se em uma linha de pesquisa-ação: um tipo de pesquisa
com base empírica que é concebida e realizada em estreita asso-
ciação com uma ação ou com a resolução de um problema cole-
tivo, no qual os pesquisadores e participantes representativos da
situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo
ou participativo (THIOLLENT, 1986), uma vez que a proposta
aqui apresentada é conduzir ao centro da problemática o sujeito
que mais sentiu o impacto das consequências da pandemia,
oportunizando aos mesmos oportunidades de perceberem-se
como pertencente ao contexto social e local, compreendendo
que “o produto do projeto” será uma forma de contribuir, de
agregar à sociedade, à nossa escola e a eles mesmos, já que,
quando o indivíduo assume um lugar ativo em seu próprio pro-
cesso de conhecimento, a aprendizagem é muito mais efetiva.
Sobre essas prerrogativas, o projeto alinha-se às Metodologias
Ativas, dentre elas a Aprendizagem baseada em projetos (ABP) e
cultura Maker ”mão na massa”, por seus aspectos relevantes na

893. 893
formação de sujeitos autônomos, com múltiplas destrezas para
resolutividade de situações problemas em ambiente colaborati-
vos, de descobertas, pois instiga “o pensar fora da caixinha”, a
capacidade de se reinventar, construir seu próprio conhecimen-
to, arquitetando novas tecnologias ou soluções inovadoras para
os desafios que surgem como exigências para o jovem do século
XXI. Os procedimentos metodológicos para o alcance das metas
e realização dos artefatos digitais foram estruturados em 2 eta-
pas: a preparatória e de execução. Na fase preparatória para a
criação do artefato aplicativo, que foi batizado pelo nome “To
Know Fight: Covid-19: Conhecer Para Combater”, as ações fo-
ram: reuniões on-line, com os estudantes, coordenadora do pro-
jeto e equipe diretiva para debates, referente à preparação e exe-
cução das ações do projeto; reunião on-line com os responsáveis
para expor a importância do projeto; definição das aplicações e
serviços que fariam parte do corpo do app; distribuição das tare-
fas entre os membros da equipe; pesquisas direcionadas na web
para coleta de dados fidedignos pertinentes à Covid-19 a serem
apresentadas no app; no levantamento das plataformas e softwa-
re para a criação do aplicativo, vislumbramos uma ferramenta
que admitisse nossas perspectivas e limitações no viés da lingua-
gem de programação, optamos pelo o MIT App Inventor, uma
plataforma dinâmica e intuitiva que permite programar remota-
mente em múltiplas telas. Na fase de execução foram realizadas:
oficinas on-line sobre App Inventor, para o aprendizado de como
criar o designer e programação do app; houve encontros presen-
ciais para testagem e ajustes das telas, download do Apk e insta-
lação do App nos smartphones dos estudantes e tablets da escola
e compartilhamento nos grupos da escola, da família, possibili-
tando maior alcance de usuários; apresentação do projeto na II
Expocreati 2020, versão on-line. As etapas de preparação e exe-
cução do site, batizado Sabá Conectado, iniciaram em fevereiro
de 2021. A fase preparatória ocorreu semelhantemente as do
aplicativo: encontros virtuais, pesquisas e tabulações de dados

894. 894
sobre as plataformas do projeto Aula em Casa e demais recursos
para o ensino remoto; estruturação das funções dos membros da
equipe; levantamento e escolha da ferramenta para a criação do
site, a qual optou-se pelo Canvas, uma plataforma com recursos
de fácil entendimento e alta qualidade grátis, facilitando a cria-
ção do designer do nosso site; na fase de execução foram realiza-
das: oficinas on-line sobre a plataforma Canvas; encontros vir-
tuais e presenciais, quando permitidos, para desenvolvimento
das páginas do site (Figura 2) e definição das aplicabilidades a
serem oferecidas; testagem e compartilhamento do link do site,
vídeos tutoriais nos grupos da escola e apresentação na reunião
de pais e mestres. Resultados – Com a criação dos artefatos digi-
tais app “To Know Fight Covid-19: “Conhecer para Combater” e
site Sabá Conectado, vislumbramos resultados bastante positivos,
visto que os mesmos alcançaram 80% de nosso público alvo:
estudantes do Ensino Fundamental l e ll, nos turnos matutino e
vespertino, além de professores, equipe diretiva, responsáveis e
familiares dos estudantes, totalizando 1.230 usuários. Dentre os
aspectos de sucesso, elege-se o avanço do acompanhamento do
ensino remoto e híbrido após a criação do Site Sabá Conectado,
pois reuniu em um só lugar, em alguns cliques, todos os recursos
e plataformas para dar suporte a toda equipe escolar, favorecen-
do acesso fácil e rápido para: plataformas digitais do Projeto Aula
em Casa, e por lá ter acesso às aulas transmitidas pela TV, fazen-
do download das cartelas e videoaulas, assim como acessar a
inúmeros materiais de apoio, atividades interativas e jogos edu-
cacionais on-line e comunicar-se com a escola. Pontua-se ainda
a participação dos estudantes nas aulas, na entrega das ativida-
des, e concomitante rendimentos escolares satisfatórios, baixo
índice de reprovação e desistência, haja vista que conseguimos
resgatar vários estudantes não engajados que já haviam desistido
pela falta de informações de como usar as plataformas, culmi-
nando, dessa forma, na inclusão sociodigital e promoção da edu-
cação de qualidade e igualitária. Conclusões – Ao final desse

895. 895
projeto, concluímos que a experiência de tornar nossos curumins
e cunhantãs protagonistas e sujeitos de seu próprio conhecimen-
to, por meio de autoria de aplicativos, animações, entre outros,
permitiu retirá-los da posição de apenas consumidores e recepto-
res de tecnologias, conduzindo-os a posição de autores, protago-
nistas do seu “eu” programador de tecnologias digitais para reso-
lutiva de situações problemas no seu cotidiano. O aplicativo e o
site Sabá Conectado vieram para auxiliar a todos na área da saú-
de e no ensino remoto e híbrido de nossa escola, trazendo me-
lhorias no processo de ensino-aprendizado, mesmo em tempos
de pandemia.
Palavras-chave: Tecnologia, Inovação, Educação, Saúde, Pandemia.
Figura 1 – Atefatos digitais – APP To
Know Fight Covid-19: Conhecer para
Combater” e Site Sabá Conectado.
Figura 2 – Encontros presenciais para cria-
ção dos artefatos digitais.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Consulta Pú-
blica. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2015.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa – ação. 2. ed. São Paulo:
Cortez, 1986

896. 896
SOBRE A AUTORA
Regiane Cardoso da Silva Rocha é pro-
fessora há 16 anos na Secretaria Munici-
pal de Educação – Semed, na cidade de
Manaus-AM. Atualmente exerce a fun-
ção de coordenadora de telecentro, me-
diando aprendizagem interdisciplinar
com as tecnologias educacionais na Es-
cola Municipal Jornalista Sabá Raposo,
situada na Zona Norte de Manaus. É graduada em Normal Supe-
rior/Pedagogia pela Universidade Estadual do Amazonas (UEA),
2008, com especialização em Mídias Educacionais pela Universi-
dade Federal do Amazonas – (Ufam), 2013.

897. 897
DESAFIOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA NO
PERÍODO DE PANDEMIA – COVID-19: ATIVIDADES
E MÉTODOS COMO RECURSO FACILITADOR DE
APRENDIZAGEM DO ESTUDANTE AUTISTA
Escola Estadual Alfredo Campos
Ensino Fundamental – Anos iniciais – 5.º ano
Erica de Freitas Serrão
[email protected]
Introdução – A educação de crianças com necessidades espe-
ciais, transtornos de desenvolvimento ou dificuldade de aprendiza-
gem sempre foi um grande desafio. E diante de uma pandemia, fo-
mos surpreendidos pela suspensão das aulas, houve a necessidade
de se reinventar para conseguir alcançar as necessidades de apren-
dizagem do estudante. Ter concentração durante as aulas remotas
é um grande desafio para a maioria dos estudantes, de qualquer
idade e nível escolar. Para os estudantes com necessidades espe-
ciais, a experiência de contato com professor por meio de uma
tela de televisão é ainda mais desafiadora. Para os estudantes com
transtorno do espectro autista (TEA), surgem questões quando são
colocados para aprender por meio de ensino remoto: o estudante
autista consegue permanecer em frente à tela e ter a concentração
para aprender o conteúdo? Será que isso é possível? Será que ele
consegue entender o que é dito? Sabe-se que o transtorno autis-
ta consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou
acentuadamente anormal da interação social e da comunicação,
bem como um repertório muito restrito de atividades e interesses.
As manifestações dos transtornos variam imensamente, dependen-
do do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indiví-

898. 898
duo. A educação constitui um direto da pessoa com deficiência,
assegurado no sistema educacional inclusivo em todos os níveis e
aprendizado ao longo da vida, de forma a alcançar o máximo de-
senvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, senso-
riais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesse e
necessidades de aprendizagem (Lei Brasileira da Inclusão in MEC,
2015, P. 02). Considerando a importância de garantir e contribuir
com o processo de ensino-aprendizagem do estudante com TEA,
houve a necessidade de confeccionar e elaborar atividades e recur-
sos pedagógicos de acessibilidade para garantir e complementar a
escolarização e ensino durante o período de suspensão das aulas
presenciais. Objetivo – Apresentar atividades e métodos de ensino
como recursos facilitadores para estudante com transtorno do es-
pectro autista (TEA) no período de pandemia. Materiais e Método –
Tratou-se de um acompanhamento educacional (professora aux. de
vida) no primeiro semestre de 2020, com o estudante autista do 5°
ano do Ensino Fundamental I, Séries Inicias, logo após a suspensão
das aulas presencias devido a pandemia da Covid -19, O mesmo foi
acompanhando durante o segundo semestre. No primeiro semestre
houve a necessidade de fazer um levantamento do conhecimento
de aprendizagem do estudante, respeitando as necessidades e espe-
cificidades, com o objetivo de conquistar a confiança do estudan-
te e, ao mesmo tempo, proporcionar atividades motivadoras a ele.
Desta forma, para ensinar, deve-se respeitar a história, característica
particulares, pontos fortes e barreiras encontradas pelo estudante
com TEA. O estudante com TEA geralmente responde bem a uma
abordagem vivencial da aprendizagem, estímulos visuais, figuras,
placas, jogos, fichas, cartazes, imagem e outros (Figura 1), sendo es-
tes, confeccionados pela professora. Sob esse aspecto, eles são mui-
to parecidos com os estudantes que ainda estão em um estágio con-
creto do desenvolvimento cognitivo. As atividades e metodologias
foram organizadas de forma interdisciplinar (trabalhando todas as
disciplinas), abordando os conteúdos ministrados conforme a grade
curricular, o conhecimento e desenvolvimento do estudante. Sem-

899. 899
pre respeitando seu limite e aceitação. Adotando mecanismo alter-
nativos para os conhecimentos e aquisição do vocabulário amplo
na linguagem, estimulando a fala, leitura e escrita. Na matemática,
buscou-se desenvolver algumas habilidades numéricas, conceitos e
noção espacial. Outro recurso importante nesse trabalho foi a cria-
ção de um canal via WhatsApp para realizar o acompanhamento
remoto, por meio de vídeo e fotos em parceria com a família do
estudante e equipe escolar. Resultados – Estudos comprovam que
as crianças desenvolvem, melhor e mais rápido, suas habilidades
verbais motoras e sociais, por meio de estímulos concretos e estrutu-
rados, como imagens. Os recursos de apoio visual tiveram um papel
fundamental para que o estudante superasse seus desafios de apren-
dizagem e comunicação, além de compreender os direcionamentos
oferecidos. Os recursos confeccionados e propostos pela professora
foram fundamentais no seu desenvolvimento e no seu aprendizado
durante o período de pandemia. Para os estudantes com TEA, por
exemplo, o estar em casa, que é a zona de conforto, pode ser usado
a favor da educação. Com as atividades e recursos confeccionados
(Figura 2), a família conseguiu realizar uma rotina de estudo para
acompanhar o estudante, resultando em uma troca de conhecimen-
to com a professora. O trabalho foi realizado de forma colaborativa
(entre ambas as partes) durante o isolamento social, mesmo na dis-
tância física. Conclusões – Com o surgimento da pandemia, o iso-
lamento social, a suspensão das aulas e com a ruptura da rotina da
vida da criança, da família e da escola, pôde-se ter um momento de
grande reflexão no papel do professor de educação especial como
mediador de ensino, em busca do atendimento da aprendizagem de
forma significativa. Nesse contexto tão desafiador, cumpriram-se as
demandas de ensino e aprendizagem dos estudantes público-alvo
da educação especial, que estão nas classes regulares do Ensino
Básico, fazendo parte da educação inclusiva.
Palavras-chave: Educação Inclusiva, Pandemia, Autismo.

900. 900
Figura 1 – Estímulos visuais confeccionados.
Figura 2 – Atividades e recursos confeccionados.
REFERÊNCIA
BRASÍLIA. Secretaria de Direitos Humanos. Direitos Humanos de
Criança e Adolescente – 20 anos do Estatuto. Brasília, 2010.
SOBRE A AUTORA
Érica de Freitas Serrão, brasileira, natural
do Estado do Amazonas, nascida em 10
de janeiro de 1985. Formou-se em 2010
na Faculdade TAHIRIH. Pós-graduada
em Psicopedagogia pela Universidade
Estácio de Sá. Pós-graduada em Educa-
ção Especial e Práticas Pedagógicas In-
clusivas pela Faculdade Boas Novas de
Ciências Teológicas, Sociais e Biotecnológicas. Professora efetiva
aux. de vida na Escola Estadual Alfredo Campos, Manaus-AM.

901. 901
TRABALHANDO A PLATAFORMA “ÁRVORE DE
LIVROS” REMOTAMENTE, NO ENSINO DA EJA,
EM TEMPOS DE PANDEMIA
Escola Municipal Vicente de Paula
Educação de Jovens e Adultos – Segundo
Segmento – Turmas 4.ª e 5.ª Fases
Marcela Brito de Castro Alves
[email protected]
Vivaldo Serafim de Oliveira
[email protected]
Introdução – Quando trabalhamos com educação, devemos
estar constantemente revendo o processo de ensino-aprendiza-
gem, e a educação tecnológica, por meio de projetos, tem uma
contribuição muito importante nesse processo, desenvolvendo
projetos que venham intervir de forma efetiva na vida de crianças
e adolescentes. Quando falamos de ensino-aprendizagem, tam-
bém estamos falando de qualidade de vida, pois a escola e o pro-
fessor têm a obrigação de formar cidadãos, oportunizando a eles
aulas de qualidade, que venham contribuir para um rendimento
satisfatório na sua vida social e acadêmica. É comprovado que
quando um estudante tem as oportunidades certas e é envolvido
adequadamente em projetos que o auxilie nas suas capacidades
físicas e mentais, esse estudante provavelmente será muito mais
bem sucedido, tanto socialmente quanto profissionalmente, tendo
como fator importante uma melhor qualidade de vida. Segundo
Vigotsky, o professor é quem direciona a construção da motivação,
sendo esta, um dos pilares para um bom clima da sala de aula. O

902. 902
professor tem que conhecer como o estudante aprende, a fim de
usar estratégias de ensino que lhe deem a sensação de estar con-
quistando algo importante no ato simples de cumprir tarefas que
estão de acordo com a sua zona proximal de desenvolvimento
(VIGOTSKY, 1993). Os projetos surgem pela necessidade de ofere-
cer algo diferenciado aos estudantes, que por muitas vezes passam
por dificuldades de aprendizagem, problemas familiares, e com
isso enxergam na escola uma válvula de escape para os seus pro-
blemas, pois na escola encontram carinho, respeito, valorização
e fazem atividades onde se sentem importantes, felizes e motiva-
dos. A escola não pode deixar de ser o ponto mais significativo de
conquista e motivação desses jovens senhores, pois é ela que irá
direcionar corretamente esse ensino, estimulando e mostrando a
forma adequada de como o estudante deve agir. De acordo com
Freire (1991), “devemos acreditar nas mudanças, nas transforma-
ções sociais, com oportunidades iguais para todos, em busca de
uma sociedade livre e para todos”. A educação se transforma, se
adapta, visando sempre a melhoria para os educadores e educan-
dos, e em tempos de pandemia não está sendo diferente, onde
professores e estudantes buscam o tempo todo novas formas de
aprender e ensinar. Com isso, surgiu a educação remota, que está
tão sendo discutida e debatida; as escolas tiveram que aprender,
se adaptar a esses novos conceitos, essa nova forma de educar.
Dentro desse contextos, os projetos mediados pelas tecnologias
se encaixam muito bem, pois muitos já são bem adequados a essa
realidade, como a plataforma Árvore de Livros, que possui uma
infinidade de livros que o estudante pode ler e estudar em qual-
quer lugar, facilitando a aprendizagem nesse momento tão difí-
cil que estamos passando. Objetivo – Trabalhar e desenvolver no
estudante o interesse pela leitura, utilizando a plataforma Árvore
de Livros, fazendo com que o mesmo sinta prazer na busca pela
leitura. Materiais e Método – Tratou-se de uma pesquisa com um
foco qualitativo, realizado durante todo o ano de 2020, envolven-
do jovens e adultos do segundo segmento, turmas 4° e 5° fases

903. 903
do ensino noturno EJA (Figuras 1 e 2). Devido a Escola Municipal
Vicente de Paula ficar em uma área carente de recursos humanos
e tecnológicos, dentro do contexto escolar, durante o decorrer das
aulas, identificamos que muitos de nossos estudantes têm extrema
dificuldade de aprendizagem, principalmente nas disciplinas de
Português e Matemática. Por meio dessas necessidades, a proposta
foi contribuir na melhoria desse ensino, além de ampliar as ativi-
dades de português utilizando a plataforma Árvore de Livros, que
está bastante adequada às nossas necessidades e dos estudantes de
4° e 5° fases, vindo com uma quantidade muito boa de livros. Com
a pandemia, decidimos inovar, criando uma forma diferente de
trabalhar, então começamos a trabalhar “10 Peças de Shakespare”,
um livro de fácil leitura, que vem com 10 capítulos contendo resu-
mos de 10 obras de Shakespare. Cada estudante recebeu seu có-
digo de acesso à plataforma, onde a professora, juntamente com o
coordenador de telecentro, indicaram o livro. No começo tiveram
uma certa dificuldade, mas a professora de Artes esteve disponível
o tempo para tirar dúvidas, fazendo com que o entendimento dos
estudantes fosse mais rápido e preciso; aproximadamente 26 es-
tudantes acessaram e acompanharam as atividades propostas pela
professora. Em seguida, a professora preparou exercícios avaliati-
vos com os estudantes, onde obteve um bom retorno, lembrando
que a preparação com esses estudantes foi feita também de forma
remota, com a utilização do Google Meet. Resultados – É percep-
tível cada vez mais em nossos lares e no próprio ambiente de tra-
balho a necessidade que as tecnologias têm em nossas vidas. Essa
modernização vai nos permitir ter velocidade em tudo, pois com
a criação da Internet tudo ficou mais simples e prático. Entretanto,
ainda que as tecnologias se façam presentes no cotidiano das pes-
soas, percebemos que muitos dos nossos estudantes não acessam
adequadamente ou não sabem acessar, pois trabalhamos com um
público mais velho, onde muitos não se sentem confortáveis com
essas tecnologias ou mesmo não têm acesso de forma adequada,
fazendo com que tenham receio de tentar. O nosso projeto teve

904. 904
como foco trabalhar atividades onde nossos estudantes realmen-
te sentiam extrema dificuldade. Buscamos desenvolver a leitura
de forma remota, com os recursos disponíveis pelos estudantes.
O trabalho realizado com os estudantes buscou oportunizar algo
diferente para eles, mostrando e desmistificando a ideia errônea
que os estudantes têm sobre as tecnologias. Conclusões – Estamos
passando por um ano muito difícil, diferente, mas com empenho,
dedicação e força de vontade iremos superar todos esses obstácu-
los. Dessa forma, trabalhar com a educação de jovens e adultos
sempre foi um desafio muito gratificante e prazeroso. Mesmo os
estudantes não estando presentes a educação continuará se fazen-
do presente, ainda que de forma remota, pois educar supera limi-
tes e transforma mentes e a sociedade.
Palavras-chave: Tecnologias, Árvore de Livros, Ensino, EJA.
Figura 1 – Alunos participando
das atividades do Projeto.
Figura 2 – Alunos participando das atividades do
Projeto.

905. 905
REFERÊNCIAS
VYGOTSKY, L. S. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 1993.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários a prática
educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.
SOBRE A AUTORA
Marcela Brito de Castro Alves nasceu em
28 de Setembro de 1968. É especialista
em Arteterapia na Educação pela Uni-
versidade Candido Mendes e licenciada
em Educação Artística pela Universida-
de Federal do Amazonas (1996). Con-
cursada pela Seduc há quase 30 anos,
exerceu a função de professora na Esco-
la Estadual Vasques e Vasques, Escola Estadual Antonio Mauriti
(1998), Escola Jardim da Infância JIBA, (1999), Escola Estadual He-
lena Araújo (2000), Colégio Militar da Polícia Militar – CMPM I
(2000), SESI/DR-AM no ano de 2003 a 2006 Escola Municipal Per-
gentina/Semed (2006). Atualmente exerce a função de professora
na Escola Municipal Vicente de Paula com estudantes do EJA.

907. 907
TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS DA PLATAFORMA
GOOGLE: UMA FERRAMENTA DIDÁTICA
GLOBALIZANTE, NOS PROCESSOS DE ENSINO E
APRENDIZAGEM DO CURSO DE INFORMÁTICA
Aldeia Infantis S.O.S Brasil/Centro de Educação
Tecnológica do Amazonas – Cetam
Ensino Fundamental – Anos Iniciais – 6.º ao 9.º ano e
Ensino Médio – 1.ª a 3.ª série
Maykaren Rodrigues Ferreira
[email protected]
Simone Helen Drumond Ischkanian
[email protected]
Introdução – Hoje podemos dizer que a sala de aula vir-
tual já está se tornando uma realidade no país, visto que os seus
benefícios e vantagens estão cada vez mais de acordo com a
nova realidade da educação. Em decorrência da pandemia da
Covid-19, os educadores, cada vez mais, têm buscado novas for-
mas dinâmicas e interativas de aprendizagem, desde a Educação
Básica até os anos finais da educação. Nesse sentido, a educação
também sofreu grandes transformações nos anos de 2020 e 2021,
o ensino on-line passou a se tornar referência e sinônimo de efi-
ciência no processo de aprendizado, principalmente na vida de
crianças e jovens em idade escolar e Educação Básica. São muitas
as vantagens encontradas na sala de aula virtual dos estudantes
das turmas do curso de informática básica Cetam-AM, das quais
destacamos: flexibilidade de horário, disponibilidade de material
ao estudante em tempo integral, ritmo de aprendizagem definido
pelo próprio estudante, ocupação do tempo ocioso empregado

908. 908
para o aprendizado, treinamento de um grande número de estu-
dantes ao mesmo tempo, facilidade quanto ao uso de recursos
utilizados como hobby na educação. Nas metodologias ativas, o
professor passa a ser um intermediador, um facilitador de apren-
dizagem do estudante com a tecnologia (Figura 1). Nesse contex-
to, o estudante é o protagonista do seu aprendizado, passando a
ter uma postura ativa. Objetivo – Focar no estudante e em suas
necessidades de aprendizagem; conteúdos atualizados de forma
simples e rápida; possibilidade de personalização de conteúdos,
flexibilizando tempo e espaço, com custo reduzido em relação
ao ensino presencial, possibilitando o mensuramento do rendi-
mento de estudantes por meio de novas formas de avaliação e
desenvolvimento de capacidades e habilidades de autoaprendi-
zagem. Materiais e Método – Os recentes acontecimentos deram
um novo caráter para esta metodologia de ensino e educação on-
-line no Cetam-AM. Dentro deste contexto, alguns fatores foram
levados em consideração: a oferta de um ensino de qualidade
para estudantes e readaptação das aulas, em sentido pedagógico
e didático, e de acordo com sua idade escolar. Como a maior
parte das aulas acabou sendo transferida para o on-line, estes
profissionais tiveram que se readequar em meio às tecnologias de
comunicação e de ensino, o que foi positivo em todos os setores,
e o mesmo aconteceu com os estudantes. De forma geral, pode-
-se dizer que este ano marcou o início de uma nova era na educa-
ção, com foco na tecnologia. Ciente deste quadro, o Cetam-AM
tem oferecido uma experiência que tem como principal método
proporcionar o melhor para seus usuários, o que reflete em uma
série de vantagens para a educação como um todo. Resultados
– Por não haver previsão de que as coisas retornem à normalida-
de, muitas das tendências educacionais estabelecidas em 2020 e
2021, sobretudo as tecnológicas, tendem a se manter no futuro.
Portanto, nós, profissionais das TICs, evidenciamos que é neces-
sário que as escolas do hoje, do amanhã e do futuro, possuam
um sistema de uso simples e intuitivo, que dê condições comple-

909. 909
tas para todos que o utilizam, principalmente para os estudantes
que estão iniciando sua vida acadêmica, como os da Educação
Básica. O uso da plataforma Google Meet e Classroom nas aulas
de informática básica do Cetam-AM facilitou a integração entre
todos aqueles que constroem o processo de aprendizado. Por
meio dela foi possível ampliar o diálogo e encontrar as melhores
soluções para um ensino completo e de qualidade. Outra vanta-
gem é o fato de que um dos principais objetivos propostos pelo
Cetam-AM na Sala Virtual é a simplicidade e objetividade. Os
benefícios foram transcendentes, e tornou-se possível compreen-
der o papel cada vez mais atuante da educação do futuro. Sem
dúvidas, trata-se de um importante instrumento para construção
de um ensino de qualidade. Conclusões – A sala de aula virtual
no Google Classroom do curso de informática básica do Cetam-
-AM, vem consolidar pontes para um aprendizado muito mais
eficiente e positivo no hoje e no futuro. No final, as tecnologias
ativas, que podemos utilizar nas salas de aulas virtuais, são muito
mais que um instrumento para estudantes, professores, pais e ins-
tituições de ensino desenvolverem-se em prol do conhecimento.
O projeto envolveu os estudantes de forma a despertar neles a
curiosidade natural e a tirá-los da ociosidade que o período pan-
dêmico proporcionou em casa. A ferramenta tecnológica citada
foi de grande valia para o processo de aprendizagem, tendo em
vista que não poderíamos estar de forma física por questões de
segurança e saúde dos estudantes. O desenvolvimento de habi-
lidades são fatores possíveis de evidenciar quando o estudante
projeta na devolutiva de um conteúdo trabalhado.
Palavras-chave: Google Classroom, Educação Inovadora, Tecnolo-
gias Ativas, Conteúdos.

910. 910
Figura 1 – Professor como intermediador e facilitador de
aprendizagem do estudante com a tecnologia.
REFERÊNCIA
LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica
/ Marina de Andrade Marconi, Eva Maria Lakatos.- 7. ed.- São
Paulo: Atlas, 2010.
SOBRE A AUTORA
Maykaren Rodrigues Ferreira, formada
em Design Gráfico pelo Centro Univer-
sitário do Norte – UniNorte, pós-gra-
duada em Docência do Ensino Superior
e pós-graduanda em Tecnologias Edu-
cacionais para a Docência em Educa-
ção Profissional e Tecnológica. Atua
como instrutora no curso de Informáti-
ca no Centro de Educação Tecnológica
– Cetam.